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ORTOGRAFIA OFICIAL Grafia correta das palavras A grafia procura representar os sons da língua sob a forma escrita. A escrita não consegue reproduzir todos os matizes da fala, daí ser a grafia das palavras o resultado de uma convenção escrita, e não de uma fiel transcrição fonológica ou fonética. A ortografia prescreve a maneira correta de escrever as palavras, baseada no padrão culto do idioma. A – Uso do S 1. nos adjetivos terminados pelos sufixos – oso / osa, indicadores de estado pleno, abundância. Ex.: 2. nos sufixos – ês / esa / isa, indicadores de origem, título de nobreza ou profissão. Ex.: 3. depois de ditongos. Ex.: Observação: O fonema /s/ pode ser representado graficamente por: s, c,ç,sc,sç,ss, x, xc, z. Ex.: a) Correlação nd ns em substantivos formados a partir de verbos: ascender- expandir- distender- suspender- pretender- b) Correlação ced cess em nomes formados a partir de verbos: ceder- conceder- exceder- aceder-

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ORTOGRAFIA OFICIAL Grafia correta das palavras

A grafia procura representar os sons da língua sob a forma escrita. A escrita não consegue reproduzir todos os matizes da fala, daí ser a grafia das palavras o resultado de uma convenção escrita, e não de uma fiel transcrição fonológica ou fonética. A ortografia prescreve a maneira correta de escrever as palavras, baseada no padrão culto do idioma.

A – Uso do S

1. nos adjetivos terminados pelos sufixos – oso / osa, indicadores de estado pleno, abundância.Ex.:

2. nos sufixos – ês / esa / isa, indicadores de origem, título de nobreza ou profissão.Ex.:

3. depois de ditongos.Ex.:

Observação:O fonema /s/ pode ser representado graficamente por: s, c,ç,sc,sç,ss, x, xc, z.

Ex.:

a) Correlação nd ns em substantivos formados a partir de verbos:ascender- expandir- distender-suspender- pretender-

b) Correlação ced cess em nomes formados a partir de verbos:ceder- conceder- exceder- aceder-

c) Correlação ter tenção em nomes formados a partir de verbos:abster- ater- conter-deter- reter-

d) Correlação tir ss em substantivos formados a partir de verbos:omitir- percutir- emitir- demitir-

B – Uso do Z

1. nos sufixos – ez / eza, formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos.Ex.:

2. no sufixo – izar, formador de verbos.canal + izar = canalizar atual + izar = atualizar

Em palavras como analisar e pesquisar não ocorre o sufixo verbal -izar. Veja como eles se formaram : análise + ar = analisar pesquisa + ar = pesquisar

Exercícios:

Complete as lacunas com S ou Z:

a) industriali......ar b) fri...................ar c) parali...........ard) preci.............ar e) fiscali.............ar f) escravi.........ar g) mecani.........ar h) ameni............ar i) hipnoti.........arj) catequi.........ar l) moderni.........ar m) improvi........arn) dinami.........ar o) sinteti............ar p) reve.............arq) bati..............ar r) enfati.............ar s) suavi............art) desli.............ar u) problemati.....ar v) tranqüili.......ar

Atenção:

catequese – catequizar

síntese - sintetizar

ênfase - enfatizar

C- Uso do G e do J

1. nas palavras terminadas em – ágio / égio / ígio / ógio / úgio.Ex.:

2. nos substantivos terminados em – gem (exceções: pajem, lajem e lambujem) Ex.:

3. Após a inicial, grafa-se ge ou gi.Ex.: agência, agenda, agente, agiota, ágilExceção: ajeitar e seus derivados.

4. As palavras de origem indígena e africana são grafadas com j.Ex.: pajé, canjica, jibóia, jirau. Escrevem-se com g:

Escrevem-se com j:

D – Uso do X e do CH

Emprega-se X:

1. depois de ditongo.Ex.:

2. depois da sílaba en.Ex.:Exceções: encher e seus derivados; encharcar; enchova

3. depois da sílaba me.Ex.:Exceção: mecha (substantivo)

Escrevem-se com x:

Escrevem-se com ch:

4. nas palavras de origem indígena ou africana.Ex.: xangô, xará, xavante, xingar, xique-xique

E – Uso das letras E e I

1. São grafados com E os verbos com infinitivo em - OAR e – UAR.Ex.: magoar – magoe atuar – atue perdoar – perdoe efetuar – efetue

2. São grafados com I verbos com infinitivo em – AIR, - OER e - UIR.Ex.: cair – cai roer – rói influir - influi sair – sai doer – dói possuir – possui

Escrevem-se com E: irrequieto, parêntese, desprender, umedecer, sequer, quase, senão, destilaria, arrepiar.

Escrevem-se com I: aborígine, crânio, mói, privilégio, requisito, pátio, craniano.

F – Uso das letras O e U

Assim como as letras E e I, as letras O e U também são facilmente confundíveis na escrita devido aos vícios da linguagem oral.

Escrevem-se com O: mágoa, tossir, capoeira, goela, cobrir, engolir, mochila, cochicho, soar (emitir som).

Escrevem-se com U: curtume, tábua, tabuada, cuspir, bulir, bueiro, suar(transpirar)

G – Uso da letra H

Conserva-se a letra h no princípio de várias palavras e no fim de algumas interjeições em razão da etimologia e da tradição escrita do nosso idioma: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, humildade; ah! oh!

O h desaparece nas palavras derivadas por prefixo: desumano, desonesto, desonra, inábil, etc. No entanto, permanece nas palavras compostas ligadas por hífen: super-homem, pseudo-herói, anti-higiênico, mal-humorado, etc.

A letra h exerce papel importante na formação dos dígrafos: chave, milho, ninho.

H – Uso dos PORQUÊS

Exemplo RazãoPorquêPor quêPorquePor que

Exercícios:

1. Complete com porquês:

a) Você tem sede de saber, __________?b) Não encontrei o caminho ______________ passei.c) Não sabemos _____________ ela faltou.d) Não houve aula ____________ o professor faltou.e) Não entendo ____________ ela não compareceu ao encontro. Ora, __________ nós

fomos muito agressivos com ela.f) Ninguém entendeu o _____________ da briga. Entendeste __________ eles se

desentenderam?g) _____________ não respondeste minhas cartas? Seria _________ não as recebeste?h) Aqueles __________ não foram explicados.i) Maria, _______ não fizeste o que te pedi?j) Ela não soube explicar ___________ .

Atenção:

Por que ele foi reprovado?

Ele foi reprovado porque não estudou o suficiente.

Seria porque faltou muito à aula?

A terceira frase apresenta uma hipótese, uma possível causa em forma de pergunta, por isso é grafado assim.

I – Emprego do HÍFEN

Com os prefixos abaixo, quando a palavra a seguir inicie por: VOGAL, H, R ou S:Prefixo Vogal H R S

1. AUTO, CONTA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA.Ex.:

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2. ANTE, ANTI, ARQUI, SOBREEx.:

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3. HIPER, INTER, SUPEREx.:

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4. CIRCUM, Mal, PANEx.:

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5. AD, AB, OB, SOB, SUBEx.:

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1. Prefixos que exigem hífen: ex (estado anterior) ex-diretor, ex-presidente

vice vice-presidente, vice-governador pré, pró, pós pré-aviso, pró-Guaíba, pós-guerra Exceções: preestabelecer, preexistir

recém recém-nascido

grã, grão grã-cruz, grão-duque

bem quando o segundo elemento tiver autonomia na língua: bem-vindo, bem-educado, bem-humorado, bem-querer.

Exceções: bendizer e seus derivados.

2. Prefixos que nunca exigem hífen:

aero ambi cardioaudio bi justafoto tri radioeletro tetra fisiomulti uni biopoli hexa tele

mini maxi micro

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

PROPAROXÍTONAS

OXÍTONAS PAROXÍTONASA(S), E(S), O(S), EM, ENS

SIM NÃO

OUTRASTERMINAÇÕES

NÃO

-um(uns) -u(s)-x -ei(s)-i(s) -n-r -l-ão(s), ã(s) dit.crescente

Observação: hífen – hifens, pólen - polenspróton – prótons, nêutron – nêutrons

MONOSSÍLABOS TÔNICOS

-á -é -ó

DITONGOS ABERTOS

éi ói éu

HIATOS: VOGAIS IGUAIS

ôo êe

HIATOS: Í e Ú tônicos seguidos ou não de “s” em sílabas isoladas.

TREMA E ACENTO AGUDO

O trema e o acento agudo no U só ocorrem nos grupos QU e GU, seguidos das vogais E e I, quando o U é pronunciado ou é tônico.

Exemplos: trema: freqüente, tranqüilo, lingüiça, agüenta

acento agudo: argúi, apazigúe, averigúe, obliqúe

ACENTO DIFERENCIAL

Os acentos diferenciais servem para distinguir palavras homógrafas, indicando a pronúncia aberta ou fechada da sílaba tônica.

PáraPôrPólo, pólosCôa, côasPéla, pélasPêlo, pêlosPêra (singular)Pôde

ParaPorPoloCoaPelaPeloPeraPode

ORTOÉPIA

Em algumas palavras, torna-se difícil a localização da sílaba tônica, ou por serem desconhecidas, ou pelo emprego incorreto na linguagem coloquial.

Oxítonas Paroxítonas ProparoxítonasNobelUreterCateterSutilRefém

Circuito necropsiaFortuito recordeGratuito rubricaFluido decanoAvaro ciclopeFilantropo

ÂmagoProtótipoÔmegaLêvedoÍnterim

Observação: Há palavras que podem ser pronunciadas de duas maneiras diferentes:Acrobata - acróbata réptil - reptilXerox - xérox projétil - projetil

CLASSES GRAMATICAIS (identificação, emprego e flexão)

Classes Variáveis Classes Invariáveis Substantivo Advérbio Artigo Preposição Adjetivo Conjunção Numeral Interjeição Pronome Verbo

1. SubstantivoPalavra variável em gênero, número e grau que dá nome aos seres em geral

Classificação:

1. Substantivo Comum: Designa os seres de uma espécie de forma genérica.Ex.:

2. Substantivo Próprio: Designa um ser específico.Ex.:

3. Substantivo Concreto: Designa os seres que têm existência própria. Ex.:

4. Substantivo Abstrato: Designa ações, qualidades ou estados, sentimentos. Indica coisas que não têm existência própria.

Ex.:

Formação:

1. Substantivo Simples: É formado por um só radical.Ex.:

2. Substantivo Composto: É formado por mais de um radical.Ex.:

3. Substantivo Primitivo: Serve de base para a formação de outros substantivos.Ex.:

4. Substantivo Derivado: É formado a partir de um substantivo primitivo.Ex.:

Há um tipo de substantivo comum que merece atenção especial, pois, mesmo estando

no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie, e por isso é chamado de coletivo.

Exemplos: arquipélago (ilhas), assembléia (pessoas em geral), atlas (mapas), banca (advogados, examinadores), multidão (pessoas), esquadrilha (aviões).

2. ArtigoAcompanha o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; é a marca do substantivo.

a) Artigo Definido: indica um substantivo específico, determinado: o (s), a (s).b) Artigo Indefinido: indica um ser qualquer dentre outros da mesma espécie. (um, uns,

uma, umas).Observe a diferença:

Paulo pegou o carro. Paulo pegou um carroc) A ausência do artigo atribui uma idéia genérica ao substantivo. Homem algum é uma ilha. (ser humano)

3. AdjetivoModifica o substantivo, atribuindo-lhe um estado, qualidade ou característica

Observe: O jovem brasileiro fez sucesso no exterior. O adjetivo brasileiro designa a naturalidade do substantivo jovem. A situação se inverte quando falamos o brasileiro jovem: agora brasileiro é o substantivo e jovem é o adjetivo.

Locução Adjetiva: é a reunião de duas ou mais palavras equivalentes a um adjetivo.Exemplos: dente de cão (canino), água de chuva (pluvial), ônibus da escola (escolar),

jornal de ontem, sala de aula.

4. NumeralIndica a quantidade ou ordem de sucessão

a) Cardinal: designa uma quantidade determinada.

Ex.:b) Ordinal: indica a ordem ou posição ocupada numa determinada série.

Ex.:c) Fracionário: indica uma fração ou divisão.

Ex.: meio, metade, um quinto Atenção: 12h30min lê-se: meio-dia e meia

d) Multiplicativo: indica uma multiplicação.Ex.: duplo, dobro, triplo.

5. Pronome Substitui ou acompanha o substantivo

Como pessoas do discurso, permite identificar as três pessoas do processo de comunicação:

Primeira pessoa – aquela que fala ou emissor; Segunda pessoa – aquela com se fala ou receptor; Terceira pessoa – aquela de quem se fala ou referente.

Ao substituir o substantivo, o pronome desempenha a mesma função de um

substantivo, daí ser chamado de pronome substantivo; ao acompanhar o substantivo, o pronome exerce a função de um adjetivo, daí ser chamado de pronome adjetivo.

Exemplo: Esta caneta é minha. Esta é um pronome adjetivo porque determina o substantivo caneta, enquanto minha é um pronome adjetivo porque substitui o substantivo.

A. Pronomes pessoais

Número Pessoa Caso Reto Caso Átonos

OblíquoTônicos

1a. Eu Me Mim, comigoSingular 2a. Tu Te Ti, contigo

3a. Ela, ela Se, o, a, lhe Si, consigo1a. Nós Nos Conosco

Plural 2a. Vós Vos Convosco3a. Eles, elas Se, os, as, lhes Si, consigo

Os pronomes pessoais retos exercem a função de sujeito, enquanto os pronomes pessoais oblíquos exercem a função de objetos diretos ou indiretos. Os pronomes O(s) e A(s) atuam sempre como objetos diretos; o pronome LHE(s), como objeto indireto.

Os pronomes SE, SI e CONSIGO indicam a reflexividade da ação verbal e por isso são chamados de pronomes reflexivos. Isso quer dizer que só devem ser usados quando indicam que o sujeito da terceira pessoa se relaciona com um complemento também da terceira pessoa. Exemplo: Ele pensa apenas em si mesmo. Saiu e levou os livros consigo.

As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo. Exemplo: Nada aconteceu entre mim e ti.

As formas conosco e convosco são substituídas por com nós e com vós diante de palavras como outros, mesmos, próprios, todos e ambos para evitar a cacofonia. Exemplo: Ele saiu com nós todos. Ela irá com nós mesmos.

Quando o verbo termina em Z, S ou R, os pronomes O(s) e A(s) assumem as formas LO(s) ou LA(s): Exemplos: Fiz + o = fi-lo; quis + a = qui-la; querer + o = querê-lo.

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas NO(s) ou NA(s). Exemplos: Chamaram-no, pôem-nas.

B. Pronomes de tratamento

Pronome Abreviatura Usado paraVossa Alteza V.A. PríncipesVossa Eminência V.Emª. CardeaisVossa Excelência V.Exª. Altas autoridades do governoVossa Magnificência V.Magª. Reitores de universidadesVossa Majestade V.M. Reis, ImperadoresVossa Reverência ou Reverendíssima V.Revª. SacerdotesVossa Santidade V.S. PapaVossa Senhoria V.Sª. Funcionários graduados

Observação: O pronome de tratamento é empregado para nos dirigirmos a alguém, embora a concordância gramatical seja feita sempre com a terceira pessoa. Exemplo: Vossa Senhoria pode entrar e apresentar seus planos.

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você(s).

C. Pronomes possessivos

Pessoa P r o n o m e s1a. Meu(s), minha(s)2a. Teu(s), tua(s)3a. Seu(s), sua(s)1a. Nosso(s), nossa(s)2a. Vosso(s), vossa(s)3a. Seu(s), sua(s)

D. Pronomes demonstrativos

Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso:

Pessoa Masculino Feminino Neutro1a. Este(s) Esta(s) Isto2a. Esse(s) Essa(s) Isso3a. Aquele(s) Aquela(s) Aquilo

Os pronomes demonstrativos situam os seres designados no espaço e no tempo:

Espaço TempoEste, esta, isto (aqui)Esse, essa, isso (ali)Aquele, aquela, aquilo (lá)

PresentePassadoRemoto

Esses pronomes também podem estabelecer relações entre as partes do discurso:

Exemplo: Os alunos, os pais e os professores organizaram uma excursão. Estes(os professores) planejaram o passeio; esses (os pais) preparam o lanche e aqueles (os alunos), os jogos.

Dependendo do contexto, algumas outras palavras podem desempenhar o papel de pronomes demonstrativos; é o caso de o, a, tal, semelhante, próprio e mesmo e seus plurais. Exemplos: Sou a que foi premiada. (aquela que) Tal foi a sua decisão. (essa foi) A própria pessoa defendeu-se das acusações. (ela mesma)

E. Pronomes indefinidos

Referem-se à terceira pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado, genérico.

Variáveis InvariáveisAlgum, nenhum, todo, outro, muito, pouco,

certo, vários, tanto, quanto, qualquer, bastante

Alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo

Há também as locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, quem quer que, todo aquele, seja quem for, etc.

F. Interrogativos

Variáveis InvariáveisQual, quanto Que, quem

Pergunta direta: Que fizeste ontem? Quem chegou?Pergunta indireta: Quero saber que fizeste ontem? Estou perguntando quem chegou?

G. Pronomes relativos

Os pronomes relativos estabelecem uma relação entre o antecedente e o que se diz a respeito dele. Exemplo: O aluno que saiu chama-se Paulo.(o qual aluno saiu)

Variáveis InvariáveisO qual, cujo, quanto Que, quem, onde

Observação: O pronome quem se refere à pessoa; o pronome cujo estabelece relação de posse; o pronome onde se refere a lugar. Exemplos: Este é o aluno a quem confiamos o segredo.

Este é o livro cuja autora admiramos. (Não se usa artigo definido entre o pronome cujo e o substantivo imediato).

A sala onde estamos é bem iluminada.

Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas.Exemplo: Enviei um livro a meu irmão. Meu irmão mora em Recife. Enviei um livro a meu irmão que mora em Recife.

6. VERBO 7. ADVÉRBIO

Ação – cantar, sair, estudarEstado ou modo de ser – Ela é bonita. Ele está satisfeito. Fenômenos da natureza – chover, nevar,

Modifica: o verbo – Ele estuda muito.o adjetivo – Ele é muito estudioso.Outro advérbio – Ele estuda muito bem.

8. PREPOSIÇÃO Liga termos, estabelecendo relações de sentido e de dependência entre eles. As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. As preposições acidentais são: conforme, mediante, durante, segundo, visto, Exceto. São locuções prepositivas: abaixo de, acerca de, de acordo com, a par de, atrás de, acima de, à procura de, à busca de, à espera de.

9. CONJUNÇÃO Liga termos da mesma função ou orações. As conjunções podem ser coordenativas ou subordinativas, conforme a oração que introduzem. Exemplos: Maria e João participaram do encontro. A conjunção e liga os núcleos do sujeito composto. Maria saiu e voltou logo. A conjunção e liga a primeira oração á segunda, adicionando um fato a outro. Obs.: As conjunções serão estudadas posteriormente. (Sintaxe externa)

10. INTERJEIÇÃO

É a palavra usada para exprimir emoções e sentimentos. De todas as classes gramaticais, é a que mais depende de entonação e contexto. Exemplos: Puxa! Oh! Ah! Ei! Bis! Calma! Psiu! Oxalá! Etc.

FLEXÃO NOMINAL

I . FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS (Gênero, Número, Grau)

A. A. GÊNERO

1. 1. Biformes (Heterônimos) Menino - menina, camponês – camponesa, genro – nora, cão – cadela

2. 2. Uniformes

a) comuns de dois gêneros – a distinção de gênero é feita através do artigo, pronome ou outra palavra que modifique o substantivo: O dentista – a dentista, aquele estudante – aquela estudante, um paciente – uma paciente, o gerente – a gerente.

b) sobrecomuns – apesar de designar pessoas ou animais do sexo masculino ou feminino, apresenta um só gênero para ambos. Exemplos: a criança, o cônjuge, a vítima, a testemunha, o guia, o ídolo, o indivíduo, a pessoa.

c) epicenos – usados para os animais com acréscimo das palavras macho e fêmea. Exemplos: jacaré macho – jacaré fêmea, cobra macho – cobra fêmea.

Observações: 1. Alguns substantivos alteram o sentido, mediante a troca de gênero dos determinantes que os acompanham. Exemplos: o cabeça – a cabeça o rádio – a rádio o lotação – a lotação o grama – a grama o capital - a capital o moral – a moral 2. Outros substantivos são usados indistintamente no gênero masculino ou feminino.Exemplos: o/a diabete (ou diabetes) o/a laringe o/a usucapião o/a personagem o/a dengue o/a íris

Atenção: o champanha a cal o guaraná a sentinela o dó a omoplata o eclipse a dinamite o telefonema

B. B. NÚMERO

Plural dos substantivos simples:

Substantivos terminados em: Exemplos: 1. vogal, ditongo oral >>> acrescenta-se s 2. –m, -n >>> -ns 3. –ão >>> -ões, -ãos, -ães

4. –r, -z, -s >>> -es

5. –s (paroxítonos), -x >>> invariáveis

6. –al, -el, -ol, -ul >>> -is

7. –il (oxítonos) >>> -is

8. –il (paroxítonos) >>> -eis

Sempre singular Sempre plural

a fé, o norte, o sul bodas, fezes, olheiras, óculos, escombros

Alguns substantivos têm significados diferentes no singular e no plural. É o caso de:

Plural dos Substantivos Compostos:

Vão para o plural: Substantivo + substantivo

a) 1. as duas palavras: Substantivo + adjetivo Numeral + substantivo

Substantivo + preposição + substantivob) 2. somente a primeira: c) Substantivo + substantivo (limitador)

d) Verbo + substantivoe) 3. somente a segunda: Palavra invariável + substantivo

Palavras repetidas ou parecidas

Observação: Quando a palavra guarda se referir à pessoa, ambas vão para o plural. Exemplos: guardas-civis, guardas-noturnos.

C. GRAU

1. 1. AUMENTATIVO – meninão, homenzarrão, corpanzil, corpaço, fogaréu.

2. 2. DIMINUTIVO – menininho, homenzinho, corpinho, foguinho, livreco.

3. Os substantivos no grau diminutivo podem apresentar uma conotação pejorativa, como nas palavras: jornaleco, livreco, casebre, mulherzinha.

Diminutivo Plural:

Caracóis + inhos = caracoizinhos burguês + inhos = burguesinhos

No primeiro caso, o substantivo adquire um z antes do sufixo diminutivo porque a palavra não apresenta s na sua grafia primitiva. No segundo caso, o substantivo diminutivo plural conserva o s que é próprio da palavra. Exercícios:

a) café e) colherb) bar f) chapéuc) chinês g) papeld) lápis h) flor

II. FLEXÃO DOS ADJETIVOS (Gênero, Número, Grau)

A. A) GÊNERO

1. 1. Uniforme – inteligente, jovem, contente

2. 2. Biforme – honesto – honesta, valentão – valentona, cristão – cristã, europeu - européia

B. B) NÚMERO

1. 1. Simples – seguem as mesmas regras do substantivo

Observação: O substantivo utilizado como adjetivo, permanece invariável. Exemplo: blusas vinho, carros laranja.

2. 2. Compostos

a) Adjetivo + adjetivo = plural do segundo elemento. Exemplos: olhos azul-claros, camisas verde-escuras, lentes côncavo-convexas. Havendo mais de dois adjetivos para o mesmo substantivo, somente o último flexiona. Exemplo: reuniões luso-franco-brasileiras, Exceções: blusas azul-celeste, blusas azul-marinho

b) Adjetivo + substantivo = invariável. Exemplos: tapetes verde-esmeralda, blusas verde-mar, casacos amarelo-ouro.

Atenção: O adjetivo surdo-mudo flexiona em gênero e número.

C. C. GRAU

1. 1. Comparativo

a) Igualdade: Ele é tão alto quanto ela.

b) Superioridade: Ele é mais alto que ela. c) Inferioridade: Ela é menos alta que ele. Observação: Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam formas especiais no grau comparativo respectivamente melhor, pior, maior e menor.

2. 2. Superlativo

Sintético – facílimo, gostosíssimo, paupérrimoa) Absoluto: Analítico – muito fácil, muito gostoso, muito pobre

Ele é o mais veloz de todos.b) Relativo

Ele é o menos veloz de todos.

Alguns superlativos absolutos sintéticos adquirem a forma original do latim.

Exemplos: amargo – amaríssimo; amigo – amicíssimo; doce – dulcíssimo; fiel – fidelíssimo; livre – libérrimo; sábio – sapientíssimo; sagrado – sacratíssimo.

EMPREGO DOS PRONOMES

A. A - PRONOMES PESSOAIS: EU ou TU / MIM ou TI

Exercícios:

a) Entre ............... e o professor há uma grande amizade. b) Para ............... será um prazer sua presença. c) Este exercício é para ............. fazer agora. d) Nunca houve nada entre ............. e ele. e) Nada conseguirás sem ............, por isso nada faças sem .......... estar presente. f) Exceto .............. , todos leram o relatório. g) Ele pensou em ............ e .............. para realizar aquela tarefa programada. h) Ele estava sentado entre ......... e ............... no cinema. i) Empresta-me teu material para ........... estudar para prova.

B) B - PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS: CONTIGO / CONSIGO

Exercícios:

a) Saiu rápido e levou todos os livros ........................... b) Sairei ............... amanhã para escolhermos os móveis. c) Maria, gostaria de falar ................ logo após o jantar. d) Era para eu falar .................... ontem sobre aquele assunto. e) Ele não queria levar ...................... os problemas familiares. f) Sozinho, ele discutia ................ a razões de seu insucesso.

C - PRONOMES: COM NÓS / CONOSCO

Exercícios:

a) Eles virão .................. mesmos ao show. b) Gostariam de ir ao shopping .................. ? c) O professor discutiu .................. todos em aula. d) As crianças partirão ................... para a viagem de férias. e) Ficamos decepcionados ................ próprios após o resultado dos exames.

D - PRONOMES DEMONSTRATIVOS: ESTE / ESSE / AQUELE Exercícios:

a) Você vai sair com ..................vestido à noite?b) ............... meu vestido é bonito, Maria?c) Viste ................ vestido que Joana usou na formatura?

d)Pretendo ser aprovado ............... ano no concurso da Caixa. e) Nasci em 1970; ................. ano o Brasil foi campeão do Mundo. f) .................... ano que passou, não fomos à praia.g) .................... são os nossos maiores problemas: miséria e violência.h) Miséria e violência, ................. são nossos maiores problemas.i) Di Cavalcanti e Portinari retrataram o povo brasileiro de formas originais, mas distintas: ......... deu ênfase ao aspecto social; ..........., à sensualidade lírica.j) ................ que falaste provocou uma inquietação em todos.

E – COLOCAÇÃO DO PRONOME PESSOAL OBLÍQUO

1. PRÓCLISE – Colocação do pronome oblíquo antes do verbo. Ocorre por atração das seguintes palavras:

a) Palavras de sentido negativo e a maioria dos advérbios. Nada me interessa. Sempre me convidam.

b) Conjunções subordinativas, pronomes relativos, pronomes indefinidos, pronomes demonstrativos neutros.Quando me contaram, tudo me agradou. Há fatos que me aborrecem.

c) Orações iniciadas por palavras interrogativas, exclamativas, ou que exprimem desejo.Deus te abençoe! Quem te chamou?

d) Gerúndio regido pela preposição em.Em se tratando de disciplina, ele é muito aplicado.

2. MESÓCLISE – Colocação do pronome oblíquo no meio do verbo. Ocorre somente com o futuro do presente e o futuro do pretérito do indicativo.

a) Encontrar-nos-emos amanhã. b) Encontrar-nos-íamos ontem.

Observação: Se houver palavra atrativa, o pronome volta à posição de próclise.

3. ÊNCLISE – Colocação do pronome oblíquo depois do verbo.

a) Início de frase – Entregaram-me a encomenda.

b) Verbo no imperativo afirmativo. Alcança-nos o livro.

c) Verbo no infinitivo pessoal. Era preciso ajudá-la.

d) Verbo no gerúndio. Saíram, deixando-nos a sós.

LOCUÇÕES VERBAIS

1. Verbo principal – infinitivo ou gerúndio

a) Com palavra atrativa – antes do auxiliar ou depois do principal.Não lhe quero falar. Não quero falar-lhe.

b) Sem palavra atrativa – depois do auxiliar ou depois do principal.Quero lhe falar. Quero falar-lhe. Ia dizendo-lhe tudo.

2. Verbo principal – particípio

a) Com palavra atrativa – antes do auxiliar. Não o tenho esperado.b) Sem palavra atrativa - depois do verbo auxiliar. Tenho o esperado muito.

FLEXÃO VERBAL

Em Português, temos três conjugações indicadas pelas diferentes vogais temáticas

1ª conjugação – estudar, cantar 2ª conjugação – vender, correr, pôr (poer) 3ª conjugação – partir, dividir TEMPOS E MODOS VERBAIS INDICATIVO TEMPOS AR ER IR SIGNIFICADO DOS TEMPOS PRESENTE estudo, as vendo, es parto, es Ocorre no momento da fala

PRET.PERFEITO -ei, ste - i, ste - i, -ste Inicia e termina no passado

PRET.IMPERF. –va, vas - ia, -ias ia, ias Ação continuada no passado

PRET.MQ PERF. –ra, ras - ra, -ras -ra, -ras Ação mais remota

FUT. PRESENTE -rei, rás -rei, -rás -rei, -rás Vai acontecer

FUT.PRETÉRITO -ria, -rias -ria, -rias -ria, -rias Deveria ocorrer, mas não ocorre

SUBJUNTIVO PRESENTE

PRET.IMPERF.

FUTURO

FORMAS NOMINAIS

GERÚNDIO INFINITIVO PARTICÍPIO

IMPERATIVO

PRES.INDIC. IMPERATIVO AFIRM. PRES.DO SUBJ. IMP.NEGATIVO

VERBOS EM EAR

Os verbos passear, frear, cear e outros adquirem um i nas três primeiras pessoas do singular e na terceira do plural do presente do indicativo e do subjuntivo. Eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam. Que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que eles passeiem.

VERBOS EM IAR

Os verbos em iar - negociar, variar, premiar, mobiliar são regulares, com exceção dos cinco verbos abaixo: Mediar Esses verbos adquirem e nas três pessoas do singular e na Ansiar terceira pessoa do plural do presente do indicativo e do Remediar subjuntivo. Incendiar Eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles odeiam. Odiar Que eu odeie, que tu odeies, que ele odeie, que eles odeiem

VERBO REQUERER

O verbo requerer é irregular na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e, conseqüentemente no presente do subjuntivo. Eu requeiro, tu requeres, ele requer, ... Que eu requeira, que tu requeiras, que ele requeira, ...

VERBOS DEFECTIVOS:

A) Os verbos colorir, abolir, demolir, banir, carpir, aturdir, delinqüir, exaurir, extorquir, entre outros não são empregados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, conseqüentemente não apresentam presente do subjuntivo.

B) Os verbos falir, computar, combalir, remir, foragir-se, aguerrir, comedir-se, entre outros somente são conjugados nas formas nós e vós do presente do indicativo, logo não possuem presente do subjuntivo.

C) Os verbos adequar, precaver e reaver são conjugados apenas nas formas nós e vós do presente do indicativo e dos tempos derivados.

VOZES VERBAIS

1. VOZ ATIVA – o sujeito pratica a ação.O aluno comprou um livro.Eles a chamarão.

2. VOZ PASSIVA – o sujeito sofre a ação.

Um livro foi comprado pelo aluno. Ela será chamada por eles.

TRANSFORMAÇÃO DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA

O lenhador derrubou a árvore. Sujeito VTD obj. direto

A árvore foi derrubada pelo lenhador. Sujeito verbo ser + principal agente da passiva

Obs.: só pode haver voz passiva quando os verbos forem transitivos diretos, à exceção de OBEDECER e RESPONDER (a coisas, não a pessoas), casos de verbos transitivos indiretos em que se admite a transformação de voz. Exemplo: Obedeço à lei. A lei é obedecida por mim.

ATIVA PASSIVA ANALÍTICA

Ele chamou o colega. Eles devem vender a casa.

Eles podem ir lendo as regras.

3. VOZ PASSIVA SINTÉTICA – VTD + SE

Vendem-se livros. (Os livros são vendidos)Vende-se esta casa. (Esta casa é vendida)

4. VOZ REFLEXIVA – O sujeito pratica e sofre ação.

Ela feriu-se. (a si mesma)Olhei-me no espelho.

SINTAXE INTERNA

I - FUNÇÕES DOS TERMOS DA ORAÇÃO

SUJEITO PREDICADO

NOME VERBO

Objeto Adjunto Adnominal

Adjunto adverbialComplemento Nominal

PredicativoAposto

Agente da passivaVocativo

ORAÇÃO ORAÇÃO

nexo oracional (conetivo)

Estrutura frasal: Ordem direta

Sujeito Verbo Complementos Adjunto Adverbial

Notas:

I.A – TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

1. SUJEITO

Classificação:

a) SIMPLESÉ o sujeito que apresenta um só núcleo.

Ex.:

b) COMPOSTOÉ o sujeito que apresenta, mais de um núcleo.

Ex.:

c) EXPRESSO NA FORMA VERBAL (OCULTO)É o sujeito que está na desinência verbal. Identifica-se pela pessoa gramatical em que o verbo está conjugado.

Ex.:

d) INDETERMINADOCom o verbo na 3ª. pessoa do plural (desde que não haja referência a nenhum ser anteriormente expresso.

Ex.: Roubaram o anel. (Quem roubou? Não se sabe.)Com o verbo na 3ª. pessoa do singular, seguido do pronome se.

Ex.: Vive-se bem aqui. (VI + SE) Precisa-se de operários.(VTI + SE)

e) ORAÇÃO SEM SUJEITOHá alguns verbos que não apresentam sujeito, por isso são impessoais. Nesses casos, os verbos são flexionados apenas na 3ª pessoa do singular, com exceção do verbo SER que vai concordar com o predicativo.

Fenômenos da natureza Ex.:

HAVERNo sentido de existir ou indicando tempo passado.Ex.:

FAZER No sentido de tempo transcorrido ou do fenômeno da natureza.Ex.:

ESTARUsado para tempo, temperatura.Ex.:

SERUsado para horas, datas, distância.Ex.:

Para achar o sujeito, faça a pergunta:

Que (m) é que + ___________? verbo

EXERCÍCIOS:

1. Corrija as frases abaixo:a) Podem haver problemas no concurso.

________________________________________________________

b) Vão fazer dois anos que não se vêem.________________________________________________________

c) Houveram muitos problemas no encontro.

________________________________________________________

d) Ela o esperava já faziam duas semanas.

________________________________________________________

e) Haviam dias que ela não era encontrada.

________________________________________________________

f) Como faziam cinco graus, as pessoas se abrigavam do frio.

________________________________________________________

g) Hoje é vinte de outubro.

________________________________________________________

2. PREDICADO

VERBOS E SEUS COMPLEMENTOS

TIPO SIGNIFICAÇÃO EXEMPLOS

Verbos de Ligação (V.L.)

Não tem significação própria. Apenas liga o sujeito ao seu predicado.São eles: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e andar (no sentido de estar).

Verbo Intransitivo (V.I.)

Tem significação completa. Não precisa de complemento. Pode estar acompanhado de adjuntos adverbiais.

Verbo Transitivo Tem significação incompleta, isto é, precisa de um complemento.

Direto (V. T. D.)

Necessita de um complemento que a ele se liga sem o auxílio de preposição. Esse complemento chama-se objeto direto.

Indireto (V. T. I.)

Necessita de um complemento que a ele se liga com o auxílio de preposição. Esse complemento chama-se objeto indireto.

Direito e Indireto (V.T.D.I.) Necessita de dois complementos, objeto direto e indireto.

Há verbos que são intransitivos, mas exigem um complemento que expressa circunstância.

Ex.: Ela mora no centro. Eles vivem em Caxias do Sul. O professor vai à Secretaria de Educação.

Todos esses tipos de verbos podem vir acompanhados, facultativamente, de adjuntos adverbiais.

a) PREDICADO VERBALÉ aquele que tem como núcleo significativo um verbo intransitivo ou transitivo.

Ex.:

b) PREDICADO NOMINAL

É aquele que tem como núcleo significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, daí ser chamado de predicativo do sujeito. No predicado nominal, o verbo não é significativo e recebe o nome de verbo de ligação.

Ex.:

c) PREDICADO VERBO-NOMINALÉ aquele que apresenta dois núcleos significativos: um verbo e um nome

Ex.:

3 . APOSTO – Locução nominal que amplia, explica ou desenvolve outra locução nominal.

Camões, autor de Lusíadas, foi o maior poeta português.Esperamos tudo dele: amor, dedicação, compreensão.

4. VOCATIVO – É um chamamento.Maria, feche a porta. Feche a porta, Maria.Ouçam bem, crianças, cuidem para atravessar.

EXERCÍCIOS:

1. Identifique os verbos dos períodos abaixo, classificando-os:a) O examinador deu uma entrevista ao repórter.b) As questões das provas são difíceis.c) Nomearam as novas ruas da cidade.d) Estava irritado com as brincadeiras.e) Estava em sala de aula ontem.f) Todos dependemos da aprovação no concurso.

2. Observe as duas frases seguintes:

a) O proprietário da farmácia saiu.b) O proprietário saiu da farmácia.

I – Na frase A, da farmácia é adjunto adnominal. II – Na frase B, da farmácia é adjunto adverbial. III – Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado.IV – Tanto em A como em B, da farmácia tem a mesma função sintática.

Constatamos que está (estão) correta (s):a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas IIId) I e II e) II e IV

3. Observe as frases seguintes:

A) Entregaram-me o material ontem.B) Chamaram-na para assumir o cargo.C) O aluno obedece-lhes sem hesitar.D) Eles pedem-nos carinho.

Em quais das frases os pronomes oblíquos destacados exercem a mesma função sintática?

a) A e B b) B e C c) B, C e D d) A, B e C e) A, C e D

4. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas. De um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito da afirmativa com que se inicia o Hino Nacional é:

a) indeterminado b) num povo heróico c) do Ipirangad) As margens plácidas do Ipiranga e) o brado retumbante

CONCORDÂNCIA VERBAL

REGRA BÁSICA – O verbo concorda com o sujeito a que se refere.

Os candidatos compareceram ao concurso. Tu e ele farão o trabalho juntos.

a) VERBOS NO SINGULAR

VERBO SITUAÇÃO EXEMPLOSHaver No sentido de existir e de tempo

passado.

FazerNo sentido de tempo transcorrido ou clima.

Chover, ventar Fenômenos da natureza.

Verbo transitivo indireto ou intransitivo

Na terceira pessoa, seguido do pronome se.

Vive-se bem aqui.Precisa-se de operários.

Qualquer verboQue tiver como sujeito palavras ligadas pela conjunção ou (= exclusão)

Paulo ou João casará com Maria.

Qualquer verbo Que tiver como sujeito as expressões um de ..., qual de..., nenhum de ..., mais de um ...

Nenhum de nós perderá.

Qualquer verbo Que tenha como sujeito toda uma oração

Vencer na vida é o nosso ideal.

Qualquer verboQue tenha sujeito composto resumido pelos pronomes tudo, nada, ninguém

A casa, o carro, tudo foi vendido.

b) VERBO SER

Nas indicações de horas e datas, o verbo ser concorda com a expressão numérica a que se refere.

Hoje são 30 de julho. Hoje é dia 30 de julho. É uma hora. São cinco horas.

Concordará, de preferência, com o predicativo, quando o sujeito for isto, aquilo, tudo.Tudo são flores. Isto são fatos que acontecem todos os dias.

C) CASOS ESPECIAIS

Coletivos especificados Uma nuvem de gafanhotos destruiu (ou destruíram) a plantação.

Porcentagens especificadas 20% da classe desistiu (ou desistiram)Com as expressões a maior parte dos..., a maioria dos..., um bando de...

A maioria dos participantes preferiu (ou preferiram) sair.

Com as expressões quantos de nós..., quais de vós...

Quantos de nós não souberam (ou soubemos) viver.

Sujeitos representados pelos pronomes relativos quem, queNomes próprios com artigo no pluralNúcleos do sujeito sinônimos Sujeito passivo: VTD + SESujeitos ligados por nem

Exercícios:

Corrija os erros de concordância:

1. Não podiam mais haver reuniões naquele horário.

2. Fazem três anos que regressaram.

3. Já devem fazer dois anos que vieram para o Brasil.

4. Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.

5. A maioria dos atletas pediram asilo político.

6. Não pode existir boas leis sem bons legisladores.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

REGRA BÁSICA

O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Todos os dois alunos estudiosos foram aprovados.

1. Adjetivo anteposto: concorda com o substantivo mais próximo. Escolheste má hora e lugar. Escolheste mau lugar e hora.

2. Adjetivo posposto: concorda com o substantivo mais próximo ou com os dois.Escolheu a hora e o momento adequado ou adequados.

3. Casos especiais:

Mesmo, próprio

É proibidoÉ bomÉ necessário

Obrigado

Quite, incluso

Menos, alerta

Anexoem anexo

Bastante

Meio

Melhor, mais bem

Muito/poucoBarato/caro

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

A relação de dependência entre o verbo e seu complemento constitui a regência verbal. Para isso, devemos estar atentos à predicação dos verbos. Há verbos que, dependendo da sua regência, adquirem significados diferentes:

TRANSITIVOS DIRETOS TRANSITIVOS INDIRETOSVERBO SENTIDO EXEMPLO SENTIDO EXEMPLO

Aspirar

Assistir

Agradar

Visar

Obedecer

Pagar

Perdoar

Querer

Proceder

Responder

Precisar

OUTROS CASOS

Implicar

Preferir

LembrarEsquecer

Esquecer-seLembrar-se

Custar

Morar, residir, situar-se

Ter de

Chegar, ir

Atender

Namorar

DUPLO OBJETO: DIRETO E INDIRETO

AVISAR – ACONSELHAR – CERTIFICAR – ENSINAR INCUMBIR – INFORMAR – NOTIFICAR – PROIBIR - COMUNICAR

ALGO A ALGUÉMALGUÉM DE ALGO

ATENÇÃO: Cientificar alguém de algo.

REGÊNCIA NOMINAL

Assim como os verbos necessitam de complemento, os substantivos, adjetivos e advérbios também têm essa necessidade para completar o seu sentido.

Quem necessita, necessita de algo. O verbo necessitar precisa de um objeto indireto.

Quem tem necessidade, tem necessidade de algo. O substantivo necessidade precisa de um complemento nominal.

Substantivos

Admiração a, por Desconfiança deAversão a, para, por Dúvida a cerca deAlusão a Medo a, deCapacidade de, para Respeito a, com, para com, por Adjetivos

Acessível a, Apto a, paraAgradável a Ávido deAlheio a, de Incompatível comAnsioso de, para, por Preferível a

Advérbios

Favoravelmente aContrariamente aLonge dePerto de

Exercícios:

A) Complete o espaço com o ou lhe.

1. Ao mesmo tempo que ______ informo de sua aprovação, felicito _____ com entusiasmo e abraço ____ cordialmente.

2. Sempre tinha aspirado ____ posto de diretor, mas a proposta não ____ agradou, pois implicava ____ seu afastamento desta cidade .

3. Um professor que se impõe todos os alunos ____ obedecem, muitos ____ prezam e ____ querem como um pai.

4. As flores, a professora recebeu ____ com muito carinho e respondeu ____ alegremente, confessando-se emocionada.

B) Complete com os pronomes relativos, atendendo a regência dos verbos:

1. A mesa _______ nos sentamos ficava no fundo salão.2. O livro _______ histórias gostamos foi premiado.3. As informações ______ dispomos são poucas e imprecisas.4. Devemos respeitar as pessoas _______ convivemos.5. O orador expôs idéias _______ discordo totalmente.

CRASE E REGÊNCIA

Crase é a fusão de a + a. O primeiro a é sempre uma preposição, e o segundo é, geralmente, um artigo definido, razão pela qual diante de palavras masculinas não ocorre crase. Exemplo: Refiro-me a + a carta. Refiro-me à carta.

Os pronomes demonstrativos, aquele, aquela e aquilo devem receber acento grave, indicativo de crase, sempre que a palavra anterior exigir preposição a.Exemplo: Refiro-me àquela reunião em que se discutiu o problema da greve.

Refiro-me àquele ofício que eles nos enviaram.

CASOS OBRIGATÓRIOS

A) Nas locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas, formadas de palavras femininas:

às vezes às escuras à tarde às pressas à vontadeà medida que à vista à toa à procura de à espera de

B) Nas expressões à moda de, à maneira de subentendidas:Usamos móveis à Luiz XV. A couve à mineira é gostosa.

C) Diante das palavras casa, terra e distância, quando estão determinadas.Chegamos a casa. (em) Chegamos à casa de nossos amigos.Os astronautas chegaram a terra. Os astronautas chegaram à terra dos gigantes.

Moro a distância. Moro à distância de cem metros daqui.

D) Na indicação do número de horas determinadas.Chegou às duas horas. Saiu à uma hora.

CASOS FACULTATIVOS

A) Pronome possessivo feminino singular.Entreguei o livro a minha amiga. (à minha amiga)

B) Nomes próprios femininos.Entreguei o livro a Maria. (à Maria)

CASOS ESPECIAIS

A) Nomes geográficos.Vou à Bahia. Volto da Bahia.Vou a Roma. Volto de Roma.

B) à que = ao queá qual = ao qualSua idéia é igual à que tive. Seu pensamento é igual ao que tive.

CASOS PROIBIDOS

Nunca ocorre crase:1. Antes de palavras masculinas2. Antes de verbos.3. Antes de pronomes de tratamento, com exceção de (senhora).4. Antes de pronomes demonstrativos, relativos e indefinidos, com exceção de outra.5. Antes de pronomes pessoais.6. Nas expressões com palavras repetidas. Cara a cara, gota a gota7. Com a singular diante de palavra no plural.

8. Depois de preposição, à exceção de “até “ (caso em que o uso é facultativo).

Exercício:

Completa com a, à, as, às ou há:1. Se ____ ilusão, o adulto preferir____ realidade, não ___ necessidade de recorrer ___

apoio psicológico.2. Viu-se frente ___ frente com o inimigo, observava, ___ distância, o que estava

acontecendo.3. Nesta oportunidade, volto ____ referir-me ___ problemas já expostos ___Vossa Senhoria

___ alguns dias.4. Solicito ___ secretária que entregue ____ cliente ____ cópia do contrato assinado ___

dois dias.5. Quando ele chegou ____ reunião, já eram três horas da tarde. Não conseguiu, portanto,

chegar _____ tempo de presenciar ______ cenas descritas pelo autor.6. Entrou ____ força, ____ gritar que queria falar _____ sós com o diretor.7. Aderiu ____ proposta, porque preferia conservar o cargo _____ entregar ___queles que o

postulavam.8. Não deves perguntar ____ mim, mas sim ____ quem esteve presente ____ discussão.

9. Chegou ____ uma hora e sairá daqui ____alguns minutos, pois deseja chegar ____ tempo de assistir ______ últimas cenas do espetáculo.

10. Orientar o homem ______ fim de que se adapte ______ mudanças é uma das metas da educação, já que a vida impõe ______ todas as pessoas certas alterações de comportamento.

SINTAXE EXTERNA

NEXOS ORACIONAIS

a) Conjunções coordenativas

CLASSIFICAÇÃO BÁSICAS CONJUNÇÕES

ADITIVASNemNão só ... mas tambémNão apenas como também

ADVERSATIVASPorém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante

ALTERNATIVAS Ou... ou, ora.. ora, quer...quer

CONCLUSIVASLogo, por conseguinte, pois, por isso, conseqüentemente

EXPLICATIVAS Que, pois, porquanto

COORDENAÇÃO:

b) Conjunções subordinativas

CLASSIFICAÇÃO BÁSICAS FUNÇÕES E TIPOS EXEMPLOSExprimem causa: pois que, Como não compareceu,

CAUSAIS visto que, já que, como, uma vez que

todos ficaram preocupados.

CONCESSIVASExprimem concessão: ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de (que), a despeito de, conquanto

Embora não tenha condições, viajará.

CONDICIONAISExprimem condição: caso, contanto que, desde de que, a menos que

Ele poderá viajar desde que tenha condições.

CONFORMA-TIVAS

Exprimem conformidade: como, segundo, consoante

Agiu conforme a exigências do patrão.

FINAISExprimem finalidade: para que, para

Continuarei trabalhando a fim de progredir.

PROPORCIO-NAIS

Exprimem proporcionalidade: à medida que, ao passo que

À medida que estudamos, aprendemos.

TEMPORAISExprimem tempo: depois que, antes que, logo que, assim que, sempre que

O aluno retirou-se antes que a aula terminasse.

COMPARATI-VAS

Exprimem comparação: assim, como, do que, tal qual, tanto quanto

Critica mais do que elogia.

CONSECUTIVASExprimem conseqüência: tal... que, de sorte que, tanto ... que, de forma que

Ele estudou tanto que obteve aprovação.

A) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS:

B) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS:

Exercem funções equivalentes às dos adjetivos. São introduzidas pelo pronome relativo. Classificam-se em:

1. Adjetivas restritivas – referem-se a uma parte do conjunto, limitando-o.Exemplo: O aluno que saiu chama-se Paulo. A oração em negrito restringe o aluno, pois nem todos os alunos saíram.

2.Adjetivas explicativas – referem-se a todos os elementos do conjunto; normalmente apresentam uma explicação óbvia. Vêm sempre entre vírgulas.Exemplo: O leão, que é o rei dos animais, fugiu do circo. A oração em negrito refere-se a todos os elementos do conjunto.

Exercício: Identifique as orações subordinadas adjetivas:a) O homem que é mortal julga-se eterno.b) O homem que trabalha vence na vida.c) O pai que era compreensivo perdoou a filha.d) O cão que é o amigo do homem merece o nosso carinho.

c) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Exercem funções equivalentes às dos substantivos. Exercem a função sintática que falta na oração principal. Vêm introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes: que e se.Exemplo: Os colegas afirmam que ele voltará logo. A oração em negrito exerce a função de objeto direto, completando o sentido do verbo afirmar.

As orações subordinadas substantivas classificam-se em:

1. Objetivas diretasNão sei se ele virá. Desconheço se ele foi aprovado.

2. Objetivas indiretasO menino necessita de que o ajudem. Ele desconfia de que todos virão.

3. SubjetivasÉ preciso que todos o auxiliem. Parece que todos venceram.

4. PredicativasMeu desejo é que todos sejam aprovados.

5. Completivas nominaisTodos têm esperança de que saiam vitoriosos. Tenho certeza de que ele virá.

6. ApositivasSó desejo uma coisa: que todos sejam felizes. Ele esperava tudo deles: que fossem pessoas de bem.

d) ORAÇÕES REDUZIDAS

Orações subordinadas reduzidas são orações dependentes que têm o verbo numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Levantando-se, iniciou o seu discurso. A oração em negrito equivale a uma oração adverbial, podendo ser desenvolvida da seguinte maneira: quando se levantou ...

a) Orações reduzidas de infinitivo

Era difícil ouvir a verdade. (que se ouvisse a verdade)Fugiu, sem dar explicações. (sem que desse explicações)

b) Orações reduzidas de gerúndio

Estando magoado, retirou-se da festa. (porque estava magoado)Vimos uma criança fugindo. (que fugia)

c) Orações reduzidas de particípio

Terminado o trabalho, todos se retiraram. (quando terminou o trabalho)Aborrecido com a família, abandonou-a. (porque se aborreceu com a família)

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação têm a função de reproduzir na escrita alguns dos inúmeros recursos que temos na fala, tais como as pausas e a melodia da frase.

O ponto, a vírgula e o ponto-e-vírgula servem basicamente para marcar pausas, enquanto os demais sinais de pontuação são utilizados, sobretudo para marcar a melodia ou entonação.

A - VÍRGULA

Sujeito composto

Enumeração

Aposto intercalado

Vocativo

Adjunto adverbial deslocado, intercalado

Omissão de um termo

Expressões de caráter explicativo

Orações coordenadas

Orações subordinadas

Datas e endereços

Nunca deve ocorrer vírgula:

Entre o sujeito e o verbo. Entre o verbo e seus objetos Antes das orações subordinadas substantivas Nas orações adjetivas restritivas No adjunto adverbial em sua posição normal.

B - DOIS PONTOS

Emprega-se em:

1) Nas transcrições/citações: _________________________________________

2) Nas explicações: _________________________________________ _________________________________________________________________

3) Nas enumerações: ______________________________________ _________________________________________________________________

C – ASPAS Emprega-se:

1) na transcrição literal de um texto: ___________________________________ _________________________________________________________________

2) Para indicar palavras e expressões estrangeiras: ________________________________________________________________________________________

3) Para destacar palavras e expressões num contexto: ____________________ _________________________________________________________________

4) Para denotar ironia: ______________________________________________ _________________________________________________________________

D – PONTO-E-VÍRGULA

1. Separa orações coordenadas extensas.

Muitos daqueles antigos livros de poesia eram interessantes; porém, a maioria do povo não os admirava.

2. Separa pensamentos opostos. Ele estuda inglês; ela, francês.

3. Separa a oração coordenada quando a conjunção está deslocada. Estudou muito; não conseguiu, no entanto, aprovação.

OBSERVAÇÕES:

Os elementos intercalados podem vir entre vírgulas, entre dois parênteses ou entre dois travessões.

Exemplo: Paulo, o melhor aluno da aula, recebeu um prêmio da escola. Paulo – o melhor aluno da aula – recebeu um prêmio. Paulo (o melhor aluno da aula) recebeu um prêmio.

O travessão também é utilizado para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos

EXERCÍCIOS:

Pontue os períodos abaixo:

1. Os alunos no entanto não apresentaram o trabalho com clareza e correção apesar de terem se preparado bastante.

2. Por muitos séculos o homem lutou contra as adversidades da vida não conseguindo porém superá-las.

3. Todos estavam avisados mas alguns não respeitaram o acordo embora tivessem concordado anteriormente.

4. Atendendo a solicitação dos alunos o curso promoverá uma palestra sobre o assunto no próximo dia vinte às oito horas.

5. Há alguns anos no mesmo local encontraram-se os dois colegas a fim de recuperar o tempo perdido.

6. Indique a alternativa cuja pontuação está correta:a) Lembrando do que você disse, resolvi ontem terminar os trabalhos

iniciados.b) Lembrando, do que você disse, resolvi, ontem terminar os trabalhos

iniciados.c) Lembrando do que você disse, resolvi, ontem, terminar os trabalhos

iniciados.d) Lembrando do que você disse resolvi, ontem, terminar os trabalhos

iniciados.

DISCURSO DIRETO E INDIRETO

Um dos valores estilísticos mais significativos é o do diálogo. Para transmitir-nos o pensamento ou as emoções dos personagens, o escritor usa o discurso direto e o discurso indireto.

DISCURSO DIRETO

Ocorre discurso direto quando reproduzimos textualmente as palavras de alguém:

A moça repetiu: “Preciso muito de ti.”

CARACTERÍSTICAS

1. Inicial maiúscula, pontuação – dois pontos, vírgula ou travessão e, às vezes, aspas -, ausência de conjunção.

2. Verbo na 1ª ou 2ª pessoas: O rapaz garantia: “Não revelarei o segredo.” Perguntei-lhe: “Por que não ficas comigo?”

3. Pron. demonstrativos este(a) ou esse (a) Maria afirmava: “Esse trabalho não me agrada.”

4. Advérbio aqui “É preciso passar por aqui”, afirmou o guarda.

5. Tempos Verbaisa) Presente do Indicativo

Ele me perguntou: “A quem devo

DISCURSO INDIRETO

Ocorre discurso indireto quando reproduzimos a mensagem de alguém com palavras nossas. A moça repetiu que precisava muito de mim.

CARACTERÍSTICAS

1. Não há pontuação, nem iniciais maiúsculas, mas surge uma conjunção, tornando o período composto por subordinação.

2. Verbo na 3ª pessoa: O rapaz garantia que não revelaria o segredo. Perguntei-lhe por que não ficava comigo.

3. Pron. Demonstrativo aquele(a) Maria afirmava que aquele não lhe agradava.

4. Advérbios ali ou lá O guarda afirmou que era preciso passar por ali.

5. Tempos Verbaisa) Pretérito Imperfeito do Indicativo

Ele me perguntou a quem devia

entregar o trabalho?”

b) Pretérito PerfeitoEle disse: “Estive na escola ontem.”

c) Futuro do PresenteO médico explicou: “Com o medicamento, a criança dormirá calmamente.”

d) ImperativoO professor ordenou: “Façam o exercício!”

entregar o trabalho.

b) Pretérito mais-que-PerfeitoEle disse que estivera na escola ontem.

c) Futuro do PretéritoO médico explicou que, com o medicamento, a criança dormiria calmamente.

d) Pret. Imperfeito do SubjuntivoO professor ordenou que fizéssemos o exercício.

EXERCÍCIOS:

1. O ministro apresentou a velhinha com um gesto triunfal: “Aqui está ela!” a) O ministro apresentou a velhinha com um gesto triunfal e disse: Aqui está ela!

a) O ministro apresentou a velhinha com um gesto triunfal e exclamou: - Aqui está ela!

b) O ministro apresentou a velhinha com um gesto triunfal e exclamou que ela estava lá.

c) O ministro, ao apresentar a velhinha com um gesto triunfal, exclamou que ela estava aqui.

d) O ministro, apresentando a velhinha com um gesto triunfal, disse que ela estava aqui!

2. “A redação, para nós, não deve ser esse texto burocrático que tu, caro aluno, fizeste”, comentava anteontem o professor, “nem mesmo uma lista de compras é tão fria e impessoal”, concluía.

a) O professor comentava ontem que a redação, para ele, não deveria ser esse texto burocrático que o aluno fez, e concluía que nem mesmo uma lista de compras era tão fria e impessoal.

b) O professor comentava anteontem que a redação, para nós, não deve ser aquele texto burocrático que o aluno fez, e concluía que nem mesmo uma lista de compras era tão fria e impessoal.

c) O professor comentava anteontem que a redação, para eles, não deveria ser aquele texto burocrático que o aluno fizera, e concluía que nem mesmo uma lista de compras era tão fria e impessoal.

d) O professor comentava ontem que a redação, para eles, não deveria ser esse texto burocrático que o aluno fazia, e concluía que nem mesmo uma lista de compras deveria ser tão fria e impessoal.

e) O professor comentava que a redação, para ele, não deveria ser esse texto burocrático que o aluno fez, e concluía que mesmo uma lista de compras deveria ser tão fria e impessoal.

3. Naquele instante, o diretor do teatro interrompeu o ensaio e perguntou irritado: - Não é agora o momento exato para este personagem dizer “há algo de podre no reino”?

a) Naquele instante, o diretor do teatro interrompeu o ensaio e perguntou irritado se não era então o momento exato para aquele personagem dizer que havia algo de podre no reino.

b) Naquele instante, o diretor do teatro interrompia o ensaio e perguntava irritado se não era agora o momento exato para aquele personagem dizer que havia algo de podre no reino.

c) Naquele instante, o diretor do teatro interrompeu o ensaio e perguntou irritado se não era agora o momento exato para este personagem dizer que havia algo de podre no reino.

d) Naquele instante, o diretor do teatro interrompia o ensaio e perguntava irritado se não seria então o momento para aquele personagem dizer se há algo de podre no reino.

e) Naquele instante, o diretor do teatro interrompeu o ensaio e perguntou irritado para aquele personagem dizer se há algo de podre no reino.

4. Ela garantiu: “Tenho aqui, em minhas mãos, a prova do crime.”a) Ela garantiu que tinha aqui, em suas mãos a prova do crime.b) Tenho aqui, em minhas mãos a prova do crime – garantiu ela.c) Ela garantiu que tem, ali nas mãos dela a prova do crime.d) Ela garantiu que tinha ali, em suas mãos, a prova do crime.e) Ela garante que tinha a prova do crime em suas mãos.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Texto é um conjunto de palavras, frases escritas, um todo organizado, cuja finalidade é a transmissão de uma mensagem.

O texto constitui uma unidade dupla: temática – o mesmo assunto e estrutural – organização das partes seqüenciais e interligadas.

O sentido de um texto não advém da soma das frases que o constituem, mas decorre do todo, numa organização coesa e coerente.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

É a operação que visa à identificação da idéia principal ou da(s) idéia(s) secundária(s) contida(s) realmente num texto ou, logicamente, depreensível ou depreensíveis desse texto.

Há variados meios de que nos servimos para interpretar um texto. Dentre eles, destacamos como principais os seguintes:a. Formulação de questões que destacam palavras ou expressões do texto e solicitam seja

escolhida, entre as alternativas propostas, aquela que é sinônima ou antônima da palavra ou expressão destacada.

b. Formulação de questões constituídas de cinco alternativas, sendo que apenas uma delas apresenta, explícita ou implicitamente, uma idéia contida ou não no texto.

c. Formulação de questões constituídas de cinco alternativas, sendo que apenas uma delas encerra a idéia principal do texto.

Cuidados que devem ser tomados:

1. Um texto em torno de um assunto. Sobre esse assunto, há uma idéia principal e uma ou algumas idéias secundárias. Ao interpretar o texto, é preciso que o raciocínio trabalhe sobre essa idéia principal ou sobre essa idéia ou idéias secundárias. É necessário que todo o raciocínio empregado na interpretação do texto baseie-se unicamente no texto.

2. É preciso encontrar, no texto, a frase que condense a idéia principal do texto. É a busca do chamado tópico frasal.

3. É preciso sublinhar palavras, expressões ou frases que indiquem a idéia secundária (se houver apenas uma) ou as idéias secundárias (se houver mais de uma).

Exemplo de texto:

“O homem-momento desempenha, na História, papel semelhante ao do pequeno holandês que tapou com o dedo um buraco no dique e assim salvou a cidade. Sem querer reduzir o encanto da lenda, podemos salientar que, praticamente, qualquer outra pessoa naquela situação poderia Ter feito o mesmo (...). Aqui tropeça-se na grandeza exatamente como se poderia tropeçar num tesouro que salvasse uma cidade. A grandeza, entretanto, é algo que deve exigir algum talento extraordinário e não apenas a sorte de existir e, num momento feliz, estar no lugar certo.”

Assinale a alternativa que melhor resume a idéia principal do texto.

A) Se tiver sorte, qualquer pessoa pode salvar uma cidade, mas isso não é sinal de grandeza.

B) É encantadora a lenda do menino holandês que salvou sua cidade, mas não podemos transpor seu caso para outras situações.

C) O homem-momento pode ser comparado ao menino holandês que salvou sua cidade, isto é, ambos têm sorte de estar no lugar certo no momento exato.

D) Na história, somos enganados por lendas que atribuem a uma pessoa o que poderia ser realizado por qualquer outra.

E) Algumas pessoas tornam-se grandes por acaso, mas a grandeza real exige qualidades individuais.

ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO

Para bem interpretar um texto, predominantemente dissertativo, é importante identificar seus elementos estruturais.

Quando o texto é de natureza técnica e dissertativa, coloca e comprova uma idéia básica, ao contrário do texto literário que procura provocar sentimentos, emoções e enredos envolventes.

Quando se tratar de responder às questões interpretativas, há alguns elementos que são comuns aos textos e se apresentam normalmente da seguinte forma:

A) A IDÉIA BÁSICA DO TEXTO:

O que o autor pretende provar com esse texto?

Se você interpretar corretamente, a resposta será a idéia básica. Ela pode estar claramente estampada na frase-chave (se for texto dissertativo), ou, então, pode ser depreendida através da leitura de todo o texto.

B) OS ARGUMENTOS:

O autor usa a argumentação com o objetivo de reforçar a idéia básica.

Os argumentos apresentam-se como afirmações secundárias, idéias e afirmações que o autor usa para convencer o leitor quanto à validade de sua tese.

Muitas vezes, o autor também usa a exemplificação e as citações de outros autores como recurso argumentativo.

C) AS OBJEÇÕES:

Normalmente o autor já conhece a contra-argumentação e apresenta afirmações para então rebatê-las. É como se o autor estivesse tentando adivinhar as objeções que o leitor possa fazer quanto à validade de seu pensamento. Através desse recurso, o escritor pode tornar mais consistente e convincente a argumentação.

ESTRUTURA TEXTUAL - desarticulação

1)

2)

3)

1. Assinale a ordem em que os fragmentos a seguir devem ser dispostos para se obter um texto com coesão, coerência e correta progressão de idéias.

(Adaptado de texto de Edson Lopes Cardoso)

1) Não apenas os manuais de história, mas todas as práticas educativas da escola são transmitidas a partir de uma visão etnocêntrica.

2) O sistema escolar brasileiro ignora a multiplicidade de etnias que habita o País.3) A escola brasileira é branca não porque a maioria dos negros está fora dela.4) Deve-se incluir na justificação da evasão escolar a violência com que se agride a

dimensão étnica dos alunos negros.5) Estes, se querem permanecer na escola branca, têm de afastar de si marcas culturais e

históricas.6) É branca porque existe a partir de um ponto de vista branco.

COMPREENSÃO LITERAL

E INFERENCIAL DE INFORMAÇÕES

INTERPRETAR UM TEXTO É COMPREENDER O QUE O AUTOR QUISDIZER, ESCLARECENDO AQUILO QUE FOI POR ELE EXPOSTO.

Numa interpretação de texto, devemos observar:

1) o que o autor diz, procurando evitar as deduções, a análise pessoal, a deturpação das idéias apresentadas;

2) que as palavras adquirem significados diferentes de acordo com o contexto em que se localizam;

3) o conjunto do texto, a idéia central, a fim de não nos determos em pormenores secundários que não dão uma visão global exata da idéia apresentada; os recursos lingüísticos (principalmente os de estilo) empregados pelo autor, a fim de valorizá-los na compreensão da mensagem.

4) as informações literais, isto é, o que o autor apresenta claramente, e as inferências que podemos deduzir a partir de algum indício que o texto apresenta.Exemplo: A seleção jogou ontem e até Ronaldinho jogou mal. A partir da palavra até, podemos inferir que todos jogaram mal e também que até o Ronaldinho, que sempre joga bem, jogou mal.

SEMÂNTICA

O VOCABULÁRIO

Uma das estratégias importantes para compreender bem um texto está ligada ao conhecimento do vocabulário. O reconhecimento instantâneo de palavras está relacionado ao dicionário mental do leitor. Cada pessoa que quer melhorar seu desempenho na leitura deve ampliar seu conhecimento léxico (=vocabular).

Todo leitor deve preocupar-se em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar palavras-chaves e palavras “incidentais”. As palavras-chaves podem impedir a compreensão do sentido geral do texto, comprometendo a interpretação. Já as palavras “incidentais” são as de implementação periférica do texto. Tornam a percepção mais aguda e profunda, mas não chegam a comprometer o resultado geral da leitura.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Num texto, as palavras apresentam sentido normal, usual, dicionarizado: é a denotação. Entretanto, se o sentido for figurado, adquirido, sugerido, ocorre a conotação.

Exemplo:Finalmente, chegou a estação do ano preferida: a primavera. (denotação)Ela está na primavera da vida. (conotação)

CONTEXTO

Considera-se contexto o todo que se encontra no texto.A palavra flor, por exemplo, pode, como se vê a seguir, aparecer em variada

polissemia.

CONTEXTO: SIGNIFICADO:Esta flor é maravilhosa ................................... parte de uma planta.Última flor do Lácio ......................................... descendente, filha.Ela é a flor dos Ponte-Preta ............................ elite, nata

O barco vaga à flor da água........................... à superfície

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

A) SINÔNIMOS

Palavras relacionadas por um sentido comum. Formas semelhantes ou equivalentes, quanto ao significado. A língua portuguesa é um idioma rico, de farto vocabulário. Não seria louvável, por conseguinte, a adoção de uma linguagem pobre, deficiente, repetida como se não existissem sinônimos.

Exemplo:alfabeto = abecedário adversário = antagonistabrado = grito, clamor contraveneno = antídotoextinguir = apagar, abolir transformação = metamorfosejusto = certo, exato colóquio = diálogo

O Fato lingüístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.

B) ANTÔNIMOS

São palavras de significação oposta.

Exemplos:ordem # anarquia amor # ódiosoberba # humildade euforia # melancoliaemigrar # imigrar alto # baixoagradar # desagradar concordar # discordar

C) POLISSEMIA

É a situação em que uma palavra assume significados variáveis de acordo com o contexto, mas cuja origem é única.

Exemplo:Naquela frase, o ponto-final estava correto.O encontro dos amigos foi no ponto do ônibus.O livro-ponto estava na mesa do diretor.

CAMPO SEMÂNTICO

De acordo com seu uso em um texto, as palavras podem ser agrupadas segundo sua afinidade semântica. Num texto sobre atividades judiciárias, por exemplo, as palavras “advogado”, “juiz”, “processo”, “julgamento”, “defesa”, “acusação”, participam do campo semântico “Tribunal de Justiça”.

Exercícios:

1 - Com base nesse pressuposto, assinale a alternativa que apresenta palavras de um mesmo campo semântico segundo o uso que delas se faz no texto.

Até o início do século, nenhum investigador havia considerado os sonhos passíveis de uma interpretação séria; apenas a “opinião leiga” e as massas incultas entendiam que os sonhos constituem mensagens legíveis. Os sonhos são de fato mensagens, concordava

Freud, mas não as esperadas pelo público em geral. Não revelam seu sentido pelo método corrente de atribuir a cada detalhe do sonho uma significação simbólica única e definida, nem é possível lê-los como um criptograma a ser decifrado por meio de uma chave ingênua. Freud declarou a inutilidade de ambos os procedimentos interpretativos populares. Ao invés deles, ele recomendava o método catártico: o sonhador deve empregar a associação livre, renunciando à sua costumeira crítica racional aos meandros mentais, para reconhecer o sonho pelo que ele é – um sintoma.

a) sentido (l. 5) – crítica racional (l. 10) – sintoma (l. 11)b) opinião leiga (l. 2) – massas incultas (l. 2-3) – público em geral (l. 4-5)c) início do século (l. 1) – mensagens legíveis (l. 3) – significação simbólica (l. 6)d) investigador (l. 1) – método corrente (l. 5) – detalhe do sono (l. 5-6)e) interpretação séria (l. 2) – inutilidade (l. 8) – meandros mentais (l. 10)

2 – Em cada série abaixo, uma palavra não pertence ao mesmo campo semântico, identifique-a:

1. Mudança, processo, transformar, revolução, sucesso.2. Violão, serenata, moça na janela, sol, lua.3. Pensamento, idéia, reflexão, ponto de vista, alegria.4. Curiosidade, tristeza, pranto, abatimento, luto.5. Advogado, tribunal, pagar, sentença, recurso, audiência.

D – HOMÔNIMOS PARÔNIMOS Vocábulos que apresentam a mesma grafia e o mesmo som, mas significados diferentes, ou o mesmo som, grafia diferente e significados diferentes.

Vocábulos que têm som e/ou grafia semelhantes ao de outros e significados diferentes.

AFIM: semelhante, que tem afinidadeA FIM DE: para, com o objetivo de

AO ENCONTRO DE: favorável aDE ENCONTRO A: contra, em prejuízo de

ACENDER: pôr fogoASCENDER: subir, elevar-se

ACENTO: sinal gráfico, inflexão da vozASSENTO: base onde se senta

ACERCA DE: a respeito de, sobreA CERCA DE: distância aproximada, tempo ou espaço futuroHÁ CERCA DE: tempo aproximado, tempo ou espaço passado

A PAR: cienteAO PAR DE: sem qualquer desconto (títulos), sem ágio

CONJETURA: suposição, hipóteseCONJUNTURA: circunstância, oportunidade, situação

COSER: costurarCOZER: cozinhar

DEFERIR: conceder, atenderDIFERIR: divergir, ser diferente, adiar

DESCRIÇÃO: ato de descreverDISCRIÇÃO: qualidade de discreto – Obs.: Não existe “discreção”.

DESCRIMINAR: inocentarDISCRIMINAR: distinguir, discernir

DESPENSA: depósito de mantimentosDISPENSA: licença, permissão

DESPERCEBIDO: não visto, não notadoDESAPERCEBIDO: desprovido, desprevenido

ESTADA: demora de uma pessoa em algum lugarESTADIA: permanência de veículo para carga ou descarga

EMINENTE: elevado, alto, nobreIMINENTE: prestes a acontecer, próximo

ESPECTADOR: assistente, testemunhaEXPECTADOR: esperançoso, que tem expectativa

ESPIAR: olhar, espreitarEXPIAR: pagar, sofrer pena

ESTRATO: tipo de nuvemEXTRATO: resumo, essência, perfume (extrair)

FLAGRANTE: evidenteFRAGRANTE: que tem aroma, perfume

FLORESCENTE: floridoFLUORESCENTE: propriedade de fluorescência

TRÁFEGO: trânsitoTRÁFICO: comércio ilícito

VULTOSO: grandeVULTUOSO: inchado

Exercícios:

Complete as lacunas com a palavra adequada:

1. Iremos amanhã a primeira _______ do filme de Elizabeth Taylor (seção – sessão – cessão).

2. Os bancos transacionam somas _________ (vultuosas – vultosas).3. Aquele sujeito era tão mal-educado, que _________ sua mãe em presença de todos

(destratava – distratava).4. Muitos inconfidentes foram ___________ para a África (degradados – degredados).5. ___________ o ___________ do deputado (caçaram – cassaram; mandado – mandato).6. A maioria dos ___________ diferenciais caiu (assentos – acentos).7. O preso foi encaminhado à sua _________ )cela – sela).8. De acordo com o último __________, somos cem milhões de brasileiros (censo – senso).9. Os culpados devem _________ suas falhas (espiar – expiar).10. O imperador encaminhou-se até o ________ (paço – passo).11. O político foi __________ de subversivo (tachado – taxado).12. O secretário __________ o pedido do funcionário (deferiu – diferiu).13. O calor _________ os corpos (delata – dilata).14. Aquele é um __________ conferencista (eminente – iminente).15. _________, iremos ao encontro. (Em princípio – A princípio)16. A minha __________ na serra foi rápida (estada – estadia).17. A lâmpada _____________ ilumina bem (florescente – fluorescente).18. _________ de subir, desceu. (Em vez de – Ao invés de)

QUESTÕES DE PROVAS DA ESAF

1. ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO

1. (Analista de Finanças e Controle – AFC-STN/2005) Identifique o período transcrito com inteira correção gramatical.

a) É antiga a idéia da internacionalização da Amazônia. De tempos em tempos, ela volta ao palco, trazida por novos ventos, revestida em teses pseudocientíficas ou sócio-humanitárias usadas para ocultar o seu verdadeiro objetivo político ou econômico.

b) No início era apenas a estupefaciente surpresa de quantos famosos cientistas e naturalistas, europeus e norte-americanos, diante da magnitude do cenário florestal e hidrografico com que deparavam na Amazônia. Nos séculos 17 e 18, veio conhecê-la e estudá-la renomados cientistas e naturalistas.

c) Passada à fase de admiração científica pela sua colossal imagem geográfica, veio as ambições e a cobiça, em investidas a nossa soberania amazônica. Já nos velhos tempos do Império, ouve as tentativas do comandante Natthew Maury, que defendia a tese da livre negociação internacional do rio Amazonas.

d) Somando-se as hostes internacionalistas o ex-presidente da França François Mitterand, declarou, em 1991, que “o Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia”. A tese mais recente é que a Amazônia é “patrimonio da humanidade”.

e) A última manifestação dos ativistas da soberania partilhada para a Amazônia veio-nos do francês Pascal Lamy, que defendeu, em recente conferência realizada em Genebra, segundo o qual as florestas tropicais devem ser submetidas à gestão da comunidade internacional. (Adaptado de Carlos de Meira Mattos)

2. (Auditor-Fiscal da Receita Federal – AFRF-2003) Indique o item em que todas as palavras estão corretamente empregadas e grafadas.

a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência.

b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de intervenção específico.

c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar.

d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados.

e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua organização em delinqüência. (Itens adaptados de Michel Foucault)

3 – (Auditor-Fiscal da Receita Federal AFRF-2002) Marque a opção em que ambos os períodos estão gramaticalmente corretos.

a) O racismo no sentido de prática discriminatória em razão da etinia de uma pessoa ou grupo, atenta, primeiro, contra a própria organização política brasileira. / O racismo, no sentido de prática discriminatória, em razão da etnia de uma pessoa ou grupo, atenta, primeiro, contra a própria organização política brasileira.

b) A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Lei estão definidas várias condutas que implicam tratamento discriminatório, motivado pelo preconceito racial. / A prática do racismo é definida como crime na Lei nº 7.716/89, isto é, nessa Lei estão definidas várias condutas que implicam em tratamento discriminatório, motivado pelo preconceito racial.

c) O racismo é crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, de maneira que a prática, no mesmo contexto de ação, de mais de um núcleo acarreta uma única incriminação. / O racismo é crime de ação múltipla ou de conteúdo variado, de maneira que a prática no mesmo contexto de ação, de mais de um núcleo, acarreta em uma única incriminação.

d) O incitamento à discriminação não afasta a possibilidade de cometimento também de injúria, motivada pela discriminação ou qualquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. / O incitamento à descriminação não afasta a possibilidade de cometimento também de injúria, motivado pela descriminação ou quaisquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa.

e) A prática de tortura motivada pelo racismo, crime que tem por sujeito passivo o indivíduo, não afasta a incriminação de eventual crime de racismo previsto na legislação brasileira, que tem por sujeito passivo primário a coletividade, com lesões jurídicas da mesma forma diferenciadas: o primeiro, a integridade física, saúde e liberdade individual, e os demais, a paz pública. / A prática de tortura motivada pelo racismo, crime que tem por sujeito passivo o indivíduo, não afasta a incriminação de eventual crime de racismo previsto na legislação brasileira, que tem por sujeito passivo primário a coletividade, com lesões jurídicas da mesma forma diferenciadas, o primeiro a integridade física, saúde e liberdade individual, e os demais a paz pública. (Baseado em Carlos Frederico de Oliveira Pereira)

4 – (Auditor-Fiscal do Tesouro Estadual-AFTE-RN-2004/2005) Os enunciados formam um texto. Marque o que está gramaticalmente correto.

a) Com o avanço da tributação esta-se aprofundando a desigualdade e a exclusão, uma vez que os ganhos de produtividade em grande parte tem sido obtidos à custa, dentre outros, da sonegação tributária, revelando a simbiose entre marginalidade econômica e marginalidade social e obrigando as instituições jurídicas do Estado a concentrar sua atuação na preservação da ordem e da segurança.

b) Com a sonegação, os excluídos dos mercados de trabalho perdem as condições materiais para exercer, em toda a sua plenitude, os direitos humanos de primeira geração e para exigir o cumprimento dos direitos humanos de segunda e terceira gerações.

c) Condenados à marginalidade socio-economica e, por conseqüência, à condições hobbesianas de vida, os marginalizados não mais aparecem como portadores de direitos subjetivos públicos.

d) Nem por isso contudo, são dispensadas das obrigações estabelecidas pela legislação, especialmente em matéria criminal.

e) Diante da ampliação dos bolsões de miséria nos centros urbanos, da expansão da criminalidade e da propensão à desobediência coletiva, as instituições jurídicas e judiciais do Estado, antes voltadas para o desafio de proteger os direitos civis e políticos e de conferir eficácia aos direitos sociais e econômicos, acaba agora tendendo a assumir papéis eminentemente punitivos-repressivos.(Adaptado de Mário Antônio Lobato de Paiva)

5 – (TTN/98 – Administração Tributária) Leia o texto seguinte e responda à questão abaixo.

Segundo os cientistas, os macacos pongídeos – termo usado para designar os bichos mais próximos do homem, como gorilas, orangotangos, chimpansés e bonobos – vivem em sociedades organizadas, em que as relações entre os indivíduos são semelhantes às humanas. Diferentemente dos animais mais primitivos, aos quais se atribuem apenas emoções simples, como medo e fome, esses macacos parecem possuir compaixão e solidariedade. Sua capacidade intelectual está muito acima de todo o restante dos bichos e a diferença entre seu código genético e o dos seres humanos é de apenas 1,6%. As pesquisas com essas espécies vem causando tanta comoção que, no final de 1997, um grupo de biólogos, assessorado por advogados ambientalistas, publicou um documento pedindo a extensão dos direitos humanos aos pongídeos! (Valéria França adaptado)

Há no texto, a) três erros de ortografiab) nenhum erro de ortografiac) dois erros de ortografiad) um erro de ortografiae) quatro erros de ortografia

6 – (TRF – 2002) Indique o item que caracteriza erro gramatical ou impropriedade vocabular.

(Texto adaptado da Revista Veja, edição 1735)

As bolhas (A) de miseráveis parecem ter paredes de aço no país. Parecem inexpugnáveis(B). Sobrevivem intactas, indiferentes aos(C) progressos que o país experimenta à(D) sua volta. Não regridem se quer(E) diante de fenômenos sociais que em outros países e situações históricas foram decisivos para derrotar a pobreza.

a) Ab) Bc) Cd) D

e) E

7 – (Analista de Finanças e Controle – 2003/2004) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto que contraria a prescrição gramatical.

No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5). (Adaptado de Frei Betto)

a) 1b) 2c) 3d) 4e) 5

2. CLASSES GRAMATICAIS (Flexão)

1 - (Analista de Finanças e Controle – AFC-STN/2005) Um analista redigiu o seguinte parágrafo:

Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Acaso a sociedade contraria dívidas, os sócios só terão responsabilidade pela integralização de suas próprias quotas.

Ao relê-lo, duvidou do emprego da palavra acaso. Consultou o Dicionário Eletrônico Houaiss no verbete acaso e encontrou o seguinte:

Advérbio1 – possivelmente, quiçá, talvez, porventura

Ex.: a . lembra-se da figura da mãe?substantivo masculino (1562)

2– ocorrência, acontecimento casual, incerto ou imprevisível; casualidade, eventualidade

Ex.: o a. permitiu que se encontrassem no meio da multidão

3 - caso, fortuito; acidenteEx.: a prisão do seqüestrador não foi um a

4– desfecho, favorável ou não de um acontecimento; sucessão de fatos resultantes de causas independentes da vontade; sorte, destino, fortuna.

Ex.: o a . que nos espera

Diante desses fatos, aponte a decisão gramaticalmente correta, quanto ao emprego da palavra acaso.

a) Eliminar a palavra acaso e iniciar o período assim: Se porventura a sociedade contrair dívidas ...

b) Suprimir a palavra acaso e colocar no lugar a expressão Por acasoc) Deixar o parágrafo conforme está.

d) Reescrever o início do segundo período desta maneira: Caso a eventualidade de a sociedade contrair dívidas ...

e) Em vez de acaso, escrever Se caso.

2 – (AFC-STN/20050) Analise as assertivas acerca de aspectos lingüísticos do texto abaixo e assinale, a seguir, a opção que relaciona todas as assertivas corretas.

Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.

1. Há erro no emprego do substantivo mal (l.2) adjetivando desempenho; o correto é empregar o adjetivo mau.

2. O verbo comunicar (l.3) está empregado erradamente, pois exige objeto direto de pessoa e indireto de coisa: comunicar alguém de/sobre/acerca de alguma coisa.

3. Em virtude de introduzir oração adjetiva explicativa, deve ser colocada uma vírgula antes do pronome relativo que, ou seja, após a palavra terceiros (l.4)

4. Há falta de concordância verbal entre o verbo dispõe (l.4) e seu sujeito gramatical.

Todas as assertivas corretas estão na opção:

b) 1, 2 e 4c) 2 e 3d) 2 e 4e) 1 e 4f) 1, 3 e 4

3 – (Analista MPU-2004) Com relação aos aspectos gramaticais e textuais do trecho abaixo, assinale a opção correta.

A tragédia de Édipo é o primeiro testemunho que temos das práticas jurídicas gregas. Como todo mundo sabe, trata-se de uma história em que pessoas – um soberano, um povo -, ignorando uma certa verdade, conseguem, por uma série de técnicas, descobrir uma verdade que coloca em questão a própria soberania do soberano. A tragédia de Édipo é um procedimento de pesquisa da verdade que obedece exatamente às práticas judiciárias gregas daquela época. (Adaptado de Michel Foucault)

a) Seria mantida a correção gramatical, mas haveria mudança do sentido original do texto, caso as palavras “certa” (l.3) e própria (l.4) estivessem pospostas ao substantivo a que estão relacionadas.

b) O segmento “trata-se de uma história em que pessoas” (l.2) estaria igualmente correto se assim estivesse escrito: trata-se a história de pessoas que.

c) A oração “Como todo mundo sabe” (l.2) poderia ser substituída, sem que se alterasse o sentido do texto, por Já que é sabido.

d) Mantendo-se a correção gramatical, no trecho “conseguem, por uma série de técnicas” (l.3 e 4), o verbo poderia estar flexionado no pretérito, dado que expressa um fato passado, e no singular, em concordância com a expressão nominal “um povo” (l.3).

e) Seria mantida a correção do período (l.5 a 7) caso a última oração estivesse assim expressa na voz passiva: que são obedecidas as práticas judiciárias gregas daquela época.

4 – (Auditor Fiscal da Receita Federal-AFRE-MG/2005)

O setor público não é feito apenas de filas, atrasos, burocracia, ineficiência e reclamações. A sétima edição do Prêmio de Gestão Pública, coordenado pelo Ministério do Planejamento, mostra que o servidor público federal também é capaz de oferecer serviços com qualidade de primeiro mundo. De 74 instituições públicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter práticas e rotinas de gestão capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referências nacionais. O perfil dos premiados mostra que o que está em questão não é tamanho, visibilidade ou importância estratégica, mas, sim, a capacidade de fazer com que as engrenagens da máquina funcionem de forma eficiente, constante e muito bem controlada. (Ilhas de Excelência. ISTO É, 2/3/2005, com adaptações)

Assinale a opção incorreta a respeito das estruturas lingüísticas do texto.a) A retirada do advérbio “apenas” (l.1) preserva a correção gramatical do

texto, mas altera as relações significativas entre os argumentos.b) A supressão do advérbio “também” (l.3) preserva a correção gramatical,

mas retira do texto a idéia pressuposta de que o exercício público oferece serviços que não são de qualidade.

c) A substituição da forma não flexionada de “ter” (l.5) pelo infinitivo flexionado correspondente, terem, respeita as regras gramaticais e preserva a coerência textual.

d) A retirada do pronome do termo “tornando-os” (l.7) preserva a correção gramatical e a coerência textual, deixando subentendido o objeto de “referências nacionais” (l.7 e 8).

e) Na linha 8, a substituição do primeiro “que” pelo sinal de dois pontos preserva a correção gramatical e a coerência argumentativa do texto, com a vantagem de evitar uma repetição de palavras.

5 – (Gestor Fazendário-GEFAZ-MG/2005)

Na Grécia e em Roma, o conceito de cidadania tinha um tom bem diferente do atual. O cidadão grego, mesmo na áurea época de Péricles, em Atenas, era o nascido de família cidadã de determinada cidade-estado. Os escravos, os estrangeiros, os “periecos”, moradores da periferia, não eram cidadãos. Numa cidade-estado, era ínfima a porcentagem de cidadãos, o que evidencia a presença de uma cidadania oligárquica nessas cidades. O mesmo pode ser dito de Roma que dividia seu direito entre Jus Civile, ou direito dos cidadãos, e Jus Genium, o direito das gentes ou daqueles que não eram cidadãos, que obviamente tinham menos direitos que os primeiros.(Roberto de Aguiar, com adaptações)

Assinale a opção em que, de acordo com a argumentação do texto, a expressão da primeira coluna não se refere à da segunda coluna.a) “o que” (l.5) - a ínfima porcentagem de cidadãos em uma cidade-estado.b) “nessas cidades” (l.6) - cidades-estado da Grécia antiga.c) “O mesmo” (l.6) – a presença de uma cidadania única.d) “que” (l.8) - aqueles que não eram cidadãose) “os primeiros” (l.9) - cidadãos romanos

6 – (Auditor-Fiscal da Receita Federal – AFRF-2003) Em relação aos elementos que constituem a coesão do texto abaixo, assinale a opção correta.

O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietário. Com extensão dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente – a fazer mais do que limitar o governante: devem orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de vida, que não se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condição necessária, a ainda que não suficiente. (Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da Ética)a) Em “o orienta” (l.2), “o” refere-se a “cidadão” (l.1)b) Em “este tivesse” (l.4), “este” refere-se a “Estado” (l.3)c) Em “aqueles passam” (l.5), “aqueles” refere-se a “direitos políticos” (l.5)d) “sua ação” (l.7) e “seus atos” (l.7) remetem ao mesmo referente:

“proprietário” (l.4)e) “sua condição” (l.9) refere-se a “um aumento na qualidade de vida” (l.7 e 8)

7 – (TRF-2002) Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma coerente e gramaticalmente correta.

Boa parte do apoio à abertura econômica vinha da expectativa de que os novos capitais estrangeiros __________ um embalo e __________ ainda mais capitais, ____________ um círculo virtuoso. Passado o momento de transferência de empresas nacionais para estrangeiros, ________ uma dinâmica que, no devido tempo, _________ as escalas de produção e tamanho dos mercados também para empresas nacionais, além de ________ novas fontes de financiamento e caminhos para o crescimento econômico, a inovação tecnológica e a ocupação de mercados mundiais. Mas esse segundo momento ainda não chegou. (Editorial Folha de São Paulo, 17/2/2002)a) criavam / atraiam / gerando / surgirá / aumentaria / abririab) criariam / atrairiam / gerando / surgiria / aumentaria / abrirc) criaram / atraíram / gerava / surgiria / aumentaria / abrindod) criassem / atraíssem / gerando / surgisse / aumentará / abrireme) criarão / atrairão / gerasse / surgisse / aumentará / abrirem

8 – (Analista MPU-2004) Escolha o segmento do texto que não está isento de erros gramáticas e ortografia, considerando-se a ortodoxia gramatical.

a) Descoberta a conspiração, enquanto os outros não procuravam outra coisa senão salvar-se, ele revelou a mais heróica força de ânimo, chamando a si toda a culpa.

b) Antes de alistar-se na tropa paga, vivera da profissão que lhe valera o apelido.

c) Não obstante, foi ele talvez o único a demonstrar fé, entusiasmo e coragem na aventura de 89.

d) A verdade é que Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga eram homens requintados, letrados, a quem a vida corria fácil, ao passo que o alferes sempre lutara pela subsistência.

e) Com coragem, serenidade e lucidez, até o fim, enfrentou a pena última.

9 – (Oficial de Chancelaria-MRE-2002) Marque o item sublinhado que corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerência por impropriedade vocabular.

No Brasil, os intelectuais formaram-se e desenvolveram-se à sombra (A) do Estado. São uma elite que reafirma-se (B) como classe média. Estiveram em evidência como pensadores do social dos anos 30, como ideólogos (C) do desenvolvimento da década de 60, como atores (D) políticos sob (E) a ditadura. (Baseado em Ana Maria Fernandes)a) Ab) Bc) Cd) De) E

10 – (Oficial de Chancelaria-MRE-2004) Marque o fragmento do texto que contém erro de morfossintaxe ou ortografia.

a) Hoje, a diplomacia brasileira atualizou seus preceitos e vem enfatizando o

processo de integração regional com o Mercosul e com outros organismos regionais e financeiros.

b) Vem, outrossim, participando intensamente da discussão de importantes temas da agenda internacional, que inclui questões como a defesa dos direitos humanos, a preservação ecológica e a manutenção da paz.

c) Ao mesmo tempo, tem intensificado seus laços com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e estruturado-se para atender de forma mais ágil às necessidades do País e da política externa.

d) Nesse sentido, o Itamaraty aprimorou sua atuação no exterior por meio de 92 Embaixadas, 6 Missões junto a organismos internacionais, 37 Consulados e 14 Vice-Consulados.

e) Administra, ainda, serviços, como os de promoção comercial, assistência consular, comunicação e difusão da cultura e do idioma do País.