8
O SINTRAJUS A BATALHA AGORA É PELA DIREITO DE REPRESENTAÇÃO! EXISTE! Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011 Boletim informativo da Sintrajus - Servidores do Judiciário Estadual da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira

SINTRAJUS

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Boletim informativo da Sintrajus - Servidores do Judiciário Estadual da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira

Citation preview

Page 1: SINTRAJUS

O SINTRAJUS

A BATALHA AGORA É PELA DIREITO DE REPRESENTAÇÃO!

EXISTE!

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Boletim informativo da Sintrajus - Servidores do Judiciário Estadual da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira

Page 2: SINTRAJUS

Nós, abaixo assinado, SERVIDORES PÚBLICO DO JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO, repudiamos a decisão da Justiça do Trabalho nos autos do processo Processo n.º 0000520-24.2011.5.02.0444 - 4º Vara do Trabalho, que negou em primeira instância a criação do SINDICATO DOS TRABA-LHADORES E SERVIDORES PÚBLICOS DO JUDICIÁRIO ESTADUAL NA BAIXADA SANTISTA, LITORAL E VALE DO RIBEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO • SINTRAJUS, sob a alegação de que a criação do sindicato deve ser realizada pelo próprio SINDICATO UNIÃO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁ-RIO DO ESTADO DE SÃO PAULO, sindicato este que entendemos não realiza a atividade de representação dos trabalhadores como precisamos, não fiscaliza as condições de trabalho, possuindo baixíssima filiação na categoria. O atual presidente está há mais de vinte anos no cargo em sucessivas e ilimitadas reeleições. O estatuto impõe que para se candidatar o servidor precisa estar filiado ao sindicato há 3 anos e pertencer à categoria há 5 anos. Vários servidores já tentaram se filiar e não conseguiram. Durante a greve da categoria em 2010 retirou-se do movimento oficialmente através de edital publicado em jornal em 14 de maio, sem realizar qualquer assembléia para tal atitude, nem da categoria, nem dos sindicalizados, mesmo assim a greve seguiu, a maior prova de que não possui de fato qualquer representação ou representatividade junto a categoria. Pedimos que o Tribunal Regional do Trabalho, espelhado nas decisões majoritárias desta corte reverta esta decisão que só vem prejudicar a liberdade de organização dos trabalhadores consagrada na Carta Magna de 1988.

Conheça nossa gente!Esse são os diretores do Sintrajus. Além da diretoria executiva, compõe a diretoria colegiada mais 16 companheiros. Entre em contato [email protected] Tel.: (13) 3024-3039 sIntRaJUsDiretoria executiva:Coordenação geral Hugo Nicodemos Coviello (Santos)secretarias: geral - Eliana Cristina Alves de Souza (São Vicente- aposentada)Finanças - Lygia Pereira Mendes (Santos)Juridíca – Alexandre dos Santos (Santos)Comunicações - Riberto Cacheiro (Praia Grande)Cultura – Mário Sérgio Soares (Santos)Formação Política e sindical – Paulo Luz (Itanhaém)Patrimônio – Rosângela dos Santos (Santos)saúde e segurança do trabalho – José Carlos de Almeida (Santos)

Conselho Fiscal: tItULaResMário Ricardo Reis Silveira (São Vicente)Solange Martins de Oliveira Fernandes (São Vicente)Soraya Cravari (Santos)sUPLentesDavid Tomaz Garcia (Caraguatatuba)João Carlos da Silva (Santos)Lucilene Cieplinsk (Santos)DIRetoRes nas ComaRCas:Adelson Pereira Gaspar (Santos)Eduardo Alexandre Teixeira Requejo (São Vicente)Maria de Fátima de Araújo Moreira Mota (Mongaguá)Michel Iorio (Cubatão)Nicolas Madureira Barbosa (Santos)João Paulo Pedroso Ide (Guarujá)Joara Ferreira Borges (Caraguatatuba)José Carlos dos Santos (Santos)José Ribeiro de Araújo (São Vicente)José Valdomiro Pereira da Silva (Praia Grande)Sérgio Augusto Heidrich Crochemore (Santos)Silvio José Realle (Santos)Valdir Ribeiro (Registro)

P2

E X P E D I E N T E

Boletim informativo da Sintrajus - Servidores do Judiciário Estadual da Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira

edição: Secretária de Comunicações Diagramação: cassiobueno.com.brImpressão: Gráfica Diário do Litoral

Abaixo assinadoJunte assinaturas com seus colegas de trabalho e encaminhe para o Sintrajus, atraves dos diretores do sindicato.

NOME FUNCIONAL FORO ASSINATURA

#

Moção de apoio ao SintrajusEm consideração a luta do Sintrajus, e da categoria na região da

Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira, contra a ação movida pelo sindicato que rejeitamos, que obteve uma primeira decisão favorável na Justiça do Trabalho de Santos, o Sindjesp - Região Metropolitana de São Paulo, vem a público apoiar o Sintrajus, reiterando que:

1) Cabe a nós, membros de sindicatos e do Comando da Base dos Judiciários, reforçar a luta política. A luta política, a conscientização dos trabalhadores na base, o correto programa de luta e de reivindi-cações de melhorias para os trabalhadores, é que deve ser o centro das nossas ações. A luta política pode e deve respaldar a luta jurídica, mas não o inverso. Agora, mais do que nunca.

2) O União ganhou 1 round, apenas isso. A luta, entretanto, será longa, árdua e dura. Da decisão, cabe recurso. Ora, se fosse o Sintrajus que ganhasse, o União também não entraria com recurso?

3) Não devemos nos pautar pelos extremos. Não podemos por um lado dar um grande valor para a descisão jurídica, com as ressalvas expres-sas no ponto 1. Por outro

lado, não podemos menosprezar o impacto político negativo que isso pode trazer para muitos dos colegas. Nesse momento, é importan-te que sejamos companheiros e fiquemos ombro a ombro uns com os outros. Cabe a nós, cientes do que esta decisão pode representar, trabalhar politicamente para diminuir esta aparente derrota política, lembrando a todas das colossais dificuldades que já enfrentamos pra chegar até aqui, e as que virão pela frente. Não supervalorizar, nem menosprezar esta decisão. A luta é longa, e a unidade na luta se faz mais que necessária.

Por um sindicalismo de base, democrático, independente e de Luta!

Força aos companheiros dos Sindicatos recém criados!!

Força aos companheiros do SINTRAJUS!!!Fora Burocratas!, TODO PODER À BASE DOS

TRABALHADORES!!!Saudações sindicais,

Diretoria do Sindjesp da Região Metropolitana de SP - SINDJESP-RMSP

Uma entidade classista de Base, Radicalmente

democrática, E DE LUTA!Agosto de 2011.

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Page 3: SINTRAJUS

P3Greve nacional dos Servidores do Judiciário Federal se fortalece Quizz!

Prestando contas Atualização até setembro de 2011

MENSALIDADES DOAÇÕES RENDIMENTOS DESPESAS SALDO

JANEIRO R$ 530,00 R$ 95,65 R$ 625,65

FEVEREIRO R$ 1.140,00 R$ 468,00 R$ 1.403,62 R$ 204,38

MARÇO R$ 1.440,00 R$ 47,40 R$ 212,00 R$ 1.275,40

ABRIL R$ 1.505,00 R$ 10,43 R$ 1.515,43

MAIO R$ 1.435,00 R$ 15,58 R$ 280,33 R$ 1.170,25

JUNHO R$ 955,00 R$ 29,18 R$ 69,00 R$ 915,18

JULHO R$ 1.150,00 R$ 33,14 R$ 12,00 R$ 1.171,14

AGOSTO R$ 1.165,00 R$ 42,91 R$ 217,03 R$ 990,88

SETEMBRO R$ 980,00 R$ 50,87 R$ 138,73 R$ 892,14

TOTAIS R$ 10.300,00 R$ 611,05 R$ 182,11 R$ 2.332,71 R$ 8.760,45

* em função da decisão judicial e posteriores discussões da diretoria o sistema de contribuição nos meses de agosto e setembro foi intermitente. ** o sistema de contribuições e arrecdação deverá voltar a funcionar normalmente a partir de outubro.

DETALHAMENTO DAS DESPESASFEVEREIRO2o. Tabelião de Notas .................................................. R$ 14,008o. Tabelião de Santos ................................................. R$ 152,808o. Tabelião de Santos ................................................. R$ 9,60Cartório de Registro de Títulos e Documentos - RTD .. R$ 449,67Papelaria Natalhie Ltda - Jambo .................................. R$ 18,00NBC - Assessoria e Publicidade Ltda. (Edital) ............... R$ 699,55Papelaria Natalhie Ltda - Jambo .................................. R$ 60,00TOTAL ...................................................................... R$ 1.403,62

MARÇO8o. Tabelião de Santos ................................................. R$ 148,80Cartório de Registro de Títulos e Documentos - RTD .. R$ 16,208o. Tabelião de Santos ................................................. R$ 7,00Torres Palace Hotel (para representante no Encontro de Servidores do Judicário de Monte Aprazível ............... R$ 40,00TOTAL ...................................................................... R$ 212,00

MAIO8 Tabelião de Santos .................................................... R$ 7,00GRU para registro no MTE ........................................... R$ 273,33TOTAL ...................................................................... R$ 280,33

JUNHOaquisição de aparelho de telefone Livre/Embratel ...... R$ 69,00TOTAL ...................................................................... R$ 69,00

JULHOLanchonete Atrás do Forum (compra de água e café para reunião do Sintrajus) ..... R$ 12,00TOTAL ...................................................................... R$ 12,00

AGOSTOconta telefone Livre/Embratel ..................................... R$ 17,03custas de recurso de apelação .................................... R$ 200,00TOTAL ...................................................................... R$ 217,03

SETEMBROpassagens ida e volta à reunião entre sindicatos regionais ............................................ R$ 70,96metrô ........................................................................... R$ 5,80Bar e Lanches Chibana Ltda.(refeição reunião sindicatos) ....................................... R$ 9,00conta telefone Livre/Em bratel .................................... R$ 52,97TOTAL ...................................................................... R$ 138,73

A greve nacional dos Servidores do Judiciário Fede-ral já paralisa diversos estados e atinge praticamente todos os fóruns da Baixada Santista. Estão paralisados os fóruns da Justiça Federal e Trabalhista em Santos e da Justiça Trabalhista em Praia Grande e São Vicente. Além da crescente adesão de servidores à greve em Cubatão e Guarujá.

A categoria reivindica a aprovação do PL 6613/09, parado há mais de um ano na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), da Câmara Federal. Os servidores

também cobram do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, uma postura mais efe-tiva em relação ao reajuste salarial da categoria, que está com os salários congelados há cinco anos.

- Fundado em outubro de 1988 sem que a ca-tegoria soubesse do fato, sem publicação de edital em jornal, transformando uma reunião de servi-dores em assembléia de fundação do sindicato.

- Nunca implantou sub-sedes regionais, ape-nas um clube recreativo a 600 Km da Capital que passou a servir como local de assembléias e reu-niões praticamente incógnitas, avisando os ser-vidores por meio de fax para as administrações dos Foruns, que os interessados devem se cotizar por conta própria para participar das suas Assem-bléias.

- Nunca implantou delegacias regionais ou outras formas de representação local. Não criou tampouco incentivou a organização por local de trabalho.

-Em 2004 afirmou que não participou da greve da categoria desde o inicio pois “não fora convida-do” pelas associações.

- Durante a greve da categoria em 2010 reti-rou-se do movimento oficialmente através de edi-tal publicado em jornal em 14 de maio, sem reali-zar qualquer assembléia para tal atitude, nem da categoria, nem dos sindicalizados, mesmo assim a greve seguiu, a maior prova de que não possui de fato qualquer representação ou representativida-de junto a categoria.

-Boa parte da diretoria do sindicato sequer aderiu à greve da categoria, sendo mais conhecido o caso do tesoureiro do sindicato que continuou trabalhando normalmente durante o período.

- Possui baixíssima filiação na categoria, o atual presidente está há mais de vinte anos no cargo em sucessivas e ilimitadas reeleições.

Estamos descrevendo o...a) sindicato pelegãob) sindicato fujãoc) sindicato vilãod) sindicato U-sur-pa-çãoe) todas as anteriores

Relacione a história com as alternativas:

Resposta: qualquer alternativa é correta se você sabe de quem estamos falando

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Entre em contato conosco!www.sintrajus.blogspot.com

[email protected] Tel.: (13) 3024-3039

Page 4: SINTRAJUS

P4

O SINTRAJUS

A BATALHA AGORA É PELA DIREITO DE REPRESENTAÇÃO!

EXISTE!Companheiras e companheirosApós muito esforço chegamos a

esse primeiro exemplar informativo do Sintrajus.

Durante esse tempo, desde a cria-ção do sindicato até aqui, foram reali-zadas muitas reuniões e discussões, foi criado um blog (www.sintrajus.blogs-pot.com), um sistema de contribuição para arrecadação de mensalidades dos filiados (mais de 500, ver prestação de contas na página...), e o confronto jurí-dico com o pretenso “sindicato único”, rejeitado pela categoria e criado por meandros e subterfúgios que desde o inicio tornaram questionável sua legiti-midade. Como já descrito antes em nosso blog, ofe-recemos um prêmio, para quem apresente uma foto do momento de sua cria-ção, alguma informação sobre a assembleia de ju-diciários que o fundou.

O pretenso “sindicato único”, também conheci-do como “sindicato pele-gão”, “sindicato fujão”, e “sindicato vilão”, há vinte anos presta o desserviço de se tornar um entrave nas discussões com o em-pregador, o TJ, cumprindo classicamente o papel de pelego, a pele de carneiro que serve de amortece-dor, que permite suavizar a montaria, ou seja, a exploração do patrão sobre o empregado (os judiciários).

Por conta dessa dinastia sindical pe-lega, cujo presidente se perpetua no cargo há mais de vinte anos, os judici-ários de São Paulo são os únicos entre todos os funcionários do judiciário do Brasil (estaduais e federais) que não possuem uma representação sindical atuante, reconhecida e legitimada pela categoria, que organize as lutas, e dê su-porte para a organização dos trabalha-dores em cada local de trabalho. Nossa categoria só possui alguma força frente

ao patrão, o TJ, graças ao trabalho e a luta de algumas associações - que rea-lizam na prática esse trabalho sindical - assim como algumas organizações au-tonômas de base, por região.

Essas organizações autonômas, de base e por região é que inspiram a cria-ção dos sindicatos regionais que nas-cem pra fazer o que o “sindicato pele-gão” nunca fez: defender a categoria e organizar as lutas dos judiciários.

Os trabalhadores do judiciário pau-lista, através de Assembleias que segui-ram os ritos legais, criaram sete sindica-tos regionais em todo o Estado: Sintra-jus (Baixada Santista, Litoral e Vale do

Ribeira); Sindjesp Campi-nas (comarca de Campi-nas); Sindjuris (Ribeirão Preto e Rio Preto); Sind-jesp ABCDMR (região do ABCD paulista); Sindjesp Metropolitano (região Osasco, Guarulhos e Alto Tietê); Sindjesp Caieiras e São Paulo e Sindicato da região de Sorocaba, Pira-cicaba, Limeira e Jundiaí.

Todos eles enfrentam processos na justiça tra-balhista, onde o “sindica-to pelegão” tenta impedir o direito constitucional de livre escolha e associação sindical.

No caso do Sintrajus ocorre a mesma situação. O “sindicato pelegão” entrou na justiça trabalhista em Santos, para impedir a existência do Sintrajus, pedir indenização por “preju-ízos sofridos” (atividade sindical dá lu-cro ou prejuízo?) e pasmem, cobrando também indenizações milionárias da Assojubs, sob a esdruxula acusação que a entidade criou o Sintrajus.

A Justiça do Trabalho negou todos os pedidos de indenização e negou en-caminhar oficio para que nosso blog fosse retirado da internet. A derrota que sofremos, em primeira instância - e perdemos essa batalha, mas não a

Mais de 100 servidores que em alto e bom som bradaram não aceitar mais a falsa representação do “sindicato pelegão”

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Page 5: SINTRAJUS

P5

O SINTRAJUS

A BATALHA AGORA É PELA DIREITO DE REPRESENTAÇÃO!

EXISTE!guerra pela legitima representação sin-dical, atuante, democrática e combati-va – foi apenas quanto à representação, e mesmo assim a juíza entendeu que a dissociação do “sindicato pelegão” é possível, discordando apenas da forma como ocorreu a assembleia.

No entender dela a dissociação po-deria ocorrer em uma assembleia cha-mada pelo próprio “sindicato pelegão”. Nós respeitamos a decisão em primeira instância, mas jamais concordaremos, pois pela decisão da primeira instância trabalhista a assembléia do “sindicato pelegão” com a participação apenas de seus sindicalizados se sobreporia ao direito de uma assem-bléia da categoria aberta à participação de todos os trabalhadores judiciários. Portanto recorremos ao TRT (2ª instância), contra essa decisão que enten-demos contrária a cons-tituição, pois o direito de livre escolha pertence aos trabalhadores, indepen-dente de serem sindica-lizados ou não, e esse di-reito se legitima em uma assembléia aberta à par-ticipação de todos, como a que foi realizada para a fundação do Sintrajus.

A questão territorial tembém está ao nosso favor, pois a lei garante o direito à cria-ção de sindicato desde que sua área de abrangência não seja inferior a área de um município e que nesta área não es-teja localizada a sede do sindicato do qual se está dissociando.

É o que acontece com o Sintrajus. Na Assembleia realizada dia 29 de ja-neiro de 2011 na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos, divulgada em edital do jornal “Agora São Paulo”, e no Diário Oficial da União, compare-ceram mais de 100 servidores que em alto e bom som bradaram não aceitar mais a falsa representação do “sindi-

cato pelegão”, exigiram a dissociação da representação sindical, elegendo seus próprios representantes durante a Assembleia e aprovando o Estatuto. A assembléia está gravada em vídeo que pode ser acessada na página de nosso blog.

Porém antes de existir de direito, toda essa luta e esse esforço, incluindo a batalha jurídica, só terá validade se o sindicato existir de fato. E para isso a participação de cada trabalhador, ser-vidor do judiciário da Baixada Santista, Litoral (Sul e Norte) e Vale do Ribeira é fundamental.

Filie-se ao Sintrajus, contribua, mas acima de tudo participe, discutindo no seu local de trabalhando, organi-zando nesses locais elei-ções para a escolha dos representantes de seção, de prédio, de fórum. Vá as reuniões da diretoria colegiada, elas são aber-tas as vozes de todos os servidores. Acompanhe e fiscalize.

O Sintrajus só exis-tira de direito, quando através dessa atuação de cada um, democrática e participativa, ele existir e importar de fato para a vida da categoria em nos-sa região.

O Sintrajus não veio para ocupar es-paço ou fazer acordinhos de bastidores com o patrão.

O Sintrajus nasce para fazer história, para ajudar a construir a história de luta dos trabalhadores servidores públicos do judiciário, na defesa de nossos direi-tos, em busca de novas conquistas, en-frentando quem quer que seja por um judiciário a serviço da população e um Brasil com liberdade, justiça e igualda-de social.

Nascemos desse sonho.Da realidade fazemos nossa luta!

A Justiça do Trabalho negou todos os pedidos de indenização e negou encaminhar oficio para que nosso blog fosse retirado da internet.

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Page 6: SINTRAJUS

P6

-Tribunal acrescenta mais 1,5% como amortização da defasagem devida.

-Bedran diz em reunião que magis-trados não recebem acima do teto do STF e compara indenizações pagas a eles com 13º de servidores.

Em reunião realizada no último dia 11 no Palácio da Justiça em São Paulo, o TJ através de seu presidente, o desem-bargador Bedran, anunciou que a partir de novembro os servidores receberão mais 1,5% nos seus salários, a titulo de amortização da defasagem devida acu-mulada desde 2002, até então 14,69%.

Ainda assim foi preciso muitas reu-niões e discussões dos re-presentantes da categoria para sensibilizar o TJ que inicialmente não queria pagar mais nada esse ano, dando uma banana para os débitos que tem com os servidores: dez parce-las atrasadas de 4,77% (março a dezembro de 2010) e duas parcelas de 6,43% (março e abril de 2011). A alegação como sempre falta de verbas, apesar da folha de pesso-al de 2011, em função da greve de 2010, ser supe-rior a do ano passado em mais de 400 milhões.

Depois o TJ tentou em-purrar goela abaixo do servidor o “car-nê miséria”, dividindo as duas parcelas atrasadas desde março, de 6,43%, em seis vezes, uma verdadeira esmola, ou seja, ainda pior que a migalha de 1,5% que ao menos é mensal e incorpora-se ao salário.

Durante o processo de negociação, que mais parece um processo de “ne-gação” (não,não,não para as propostas dos servidores), com o desembargador William Campos, Hamidi Bdine e Eduar-do Marcondes, foram cunhadas verda-deiras pérolas.

Na reunião realizada dia 20 de se-tembro, por exemplo, o TJ teve o des-caramento de afirmar que os últimos repasses de verba do governo do Esta-do, nos valores de R$ 43 milhões e R$ 50 milhões, não são destinados a qui-tar dívidas salariais com os judiciários, mas apenas para “tapar um buracão” nas contas de pessoal que na informa-ção oficial, porém sem comprovação documental, chega a 220 milhões. Al-guns dias depois do repasse de verbas o Diário Oficial divulgou imensa lista de magistrados que receberam indeferi-mento de parte de suas férias o que os

credencia para receber o pagamento desses valo-res.

Nessa mesma reunião uma representante asso-ciativa apresentou uma lista, publicada até em jornais de grande circula-ção, contendo os nomes de desembargadores que recebem salários acima do teto legal, o de mi-nistro do STF. A resposta do desembargador Cam-pos foi muito explicativa: “Não adianta trazer isso pra discussão. É público e notório que os desem-bargadores ganham aci-ma do teto”. O mesmo

desembargador afirmou que o TJ “não deve nada aos funcionários” e que a então possibilidade de conseguir mais 1,5% ao mês nos salários seria “muito vantajosa aos servidores”.

Surgiu entretanto uma nova pérola, do tratamento do TJ aos seus servido-res. Ao anunciar o acréscimo de mais 1,5% nos salários, o desembargador Be-dran afirmou que a confrontação com a magistratura “não é bom pra ninguém” criticando a divulgação de informações entre os servidores sobre o pagamento de indenizações aos magistrados e dos

Após oferecer banana e “carnezão”, TJ anuncia migalha para a categoria

vencimentos acima do teto salarial do STF, o que segundo ele “é absurdo”, não existe e comparou, pasmem, o recebi-mento de indenizações “com o mesmo que os servidores recebem no mês dos seus aniversários”.

Com esses argumentos Bedran quis encerrar a discussão sobre o orçamen-to do TJ para 2012, que sofreu corte do executivo de 48,23%. Ainda assim afirmou em tom de auto-elogio que o corte foi menor que o de 2011 (54%), e que não irá recorrer ao STF contra o corte do executivo, preferindo manter o “bom dialogo” com o governador.

Resta saber para quem o diálogo é bom, já que os servidores continuam sem receber o que lhes é devido e a situação estrutural da maioria dos fó-runs pelo estado beira o caos. Apenas como exemplo o orçamento proposto pelo executivo traz como investimento na área das varas de infância e juventu-de, para todo o Estado, a quantia de R$

10,00. Isso mesmo dez reais em investi-mentos para os cuidados judiciais com as crianças em situação de risco.

Por outro lado o “bom dialogo” com o executivo, apesar dos seguidos cortes orçamentários, tem mantido o regular pagamento de indenizações aos magis-trados, enquanto os servidores penam para receber reposição salarial e o FAM, e aí a desculpa é sempre a falta de ver-bas e o corte no orçamento.

Esta mais que evidente que a única língua que o TJ consegue entender é a greve. Até porque as vitórias que con-quistamos foram sempre após as gre-ves. Sem uma maciça mobilização dos trabalhadores, a tática da enrolação e do chicote vão continuar e os judiciários continuarão a ser tratados com descaso e cinismo, sofrendo para fechar as con-tas no fim do mês ou apenas pagar suas dívidas e sobreviver.

Com a resposta os servidores do ju-diciário de São Paulo.

Bedran, afirmou que o corte de 48% foi menor que o de 2011 (54%), e que não irá recorrer ao STF contra o governo do estado.

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Page 7: SINTRAJUS

Sindicato dos Judiciários do ABC recebe parecer favorável do MPT

P7Talvez a única grande notícia após a reunião com Bedran seja

a solução para um inacreditável impasse que há mais de 3 anos prejudicava pensionistas e aposentados por invalidez: a falta de re-posição salarial.

Por conta de uma divergência entre TJ e SPPREV sobre quem era o responsável pelo pagamento dos pensionistas e aposentados por invalidez, desde 2007 esses beneficiários estavam com seus paga-mentos congelados.

Após a greve de 127 dias e muita pressão nas discussões deste ano o TJ enfim definiu que continuará responsável pela folha de pa-gamento de pensionistas e aposentados por invalidez, porém os ín-dices de reposição da inflação passam a ser os mesmos da SPPREV, ou seja, os índices do Regime Geral de Previdência (os mesmos do INSS). Para o ano de 2008 valerá o mesmo reajuste que os servi-dores ativos receberam, 5,6%. Em 2009, como os servidores ativos não receberam reposição salarial - apesar da inflação de mais de 5% - o TJ entende que os pensionistas também não precisam.

A partir de 2010 os reajustes aplicados passam a ser os da SP-PREV.

Outro ponto polêmico discutido na reunião com o TJ diz respei-to a reposição dos dias parados da greve de 2010, cujo acordo do dissídio coletivo determina o mutirão, porém regulamentação da Secretaria de Recursos Humanos, sob o comando da secretaria Lí-lian Salvador Paula, estabeleceu o pagamento hora a hora. Durante todo o ano representantes da categoria lutam para que o TJ altere essa determinação, porém a tática patronal quer fazer prevalecer o castigo dando uma interpretação completamente distinta ao signi-ficado da palavra mutirão.

O presidente do TJ disse que é contrário ao mutirão para não ferir a isonomia entre os servidores do judiciário, alegando que mais de 90% dos grevistas já pagaram ou estão pagando os dias parados.

Mesmo assim por insistência dos representantes presentes - en-tre eles, Alexandre dos Santos, Silvio Realle e Hugo Coviello, que também são diretores do Sintrajus, além da tesoureira Lygia Men-des – Bedran aceitou que as discussões continuem para viabilizar o mutirão de acordo com a proposta dos servidores.

O Sindjesp – ABCDMRR (Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado de São Paulo na região de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, também foi acionado na Justiça do Trabalho de Santo André pelo pretenso “sindicato único”, em a ação similar a utilizada contra o Sintrajus.

No processo o Ministério Público Federal do Tra-

balho (MPT) foi acionado e concedeu um parecer totalmente favorável ao novo sindicato. O processo sem julgamento do mérito, considera totalmente im-procedente a ação movida pelo “pretenso sindicato único” e ainda entendeu necessária a emissão de uma declaração de que cabe aos trabalhadores esco-lherem por sua livre vontade a qual sindicato querem sindicalizar-se. E isso aí companheiros mais uma vi-

tória da vontade democrática da categoria na organi-zação por um sindicato representativo e de luta.

Saudações ao companheiros do Sindjesp – ABCD-MRR.

A luta continua!Entre em contato e mande sua mensagem de

apoio aos companheiros do ABCe-mail: [email protected]

Aposentados por invalidez e pensionistas receberão reajuste depois de 3 anos.

Bedran é contra mutirão para pagar a greve

#

Ano I • Edição 1 • Outubro de 2011

Page 8: SINTRAJUS

SINTRAJUS. Com essa denominação nasceu em 29 de Janeiro deste ano o mais novo instrumento de luta sindical da categoria dos servidores da Justiça estadu-al paulista.

Reunidos nessa data na sede do Sindicato dos Me-talúrgicos de Santos, mais de uma centena de funcio-nários de toda a região da Baixada Santista, Litoral (Norte e Sul), além do Vale do Ribeira, há anos caren-tes de uma legitima e atuante representação sindical, decidiram, em assembléia emocionante e cheia de vi-talidade, fundar o que acreditam ser o melhor veículo para levar a todos os judiciários a defesa dos direitos, a merecida valorização profissional, melhores condi-ções de trabalho e a luta por novas conquistas.

Infelizmente tivemos que suportar, nos entremeios das já históricas lutas que a categoria têm mantido com o Tribunal de Justiça deste estado, uma curio-sa entidade, também denominada “sindicato”, que se pretende único, estrutura criada com paradoxal e sugestivo apoio patronal. Jamais nos sentimos repre-sentados por tal agremiação e agora tratamos de de-monstrar isso através da fundação do SINTRAJUS.

O “sindicato”, mais conhecido como “Sindicato Pelegão”, “Sindicato Fujão” e até “Sindicato Vilão”, tenta juridicamente, na Justiça do Trabalho barrar a vontade da categoria. O SINTRAJUS está na luta, não vencemos a primeira batalha, porém ao contrário do que tenta alardear a dinastia pelega de mais de vinte anos, não fomos derrotados, recebemos uma decisão judicial negativa em parte, mas da qual cabe recur-so ao Tribunal Regional do Trabalho e temos certeza que com a nossa coragem e esforço, e a verdade nos olhos, seremos vitoriosos e levaremos adiante nossa luta em defesa dos Servidores do Judiciário.

Sabemos que há muito a fazer, um longo caminho a trilhar.

Lutamos contra governos e mandatários da jus-tiça em nosso estado, e porque não dizer no Brasil, que unidos em uma aliança de interesses pessoais somados aos anseios políticos das elites, dos ricos e poderosos, dos banqueiros e empresários, sempre tentaram submeter a classe trabalhadora - incluindo

os servidores públicos - à exploração, impondo precárias condições de trabalho e baixos sa-lários, transformando os trabalhadores e servidores em “bo-des expiatórios” de suas nefastas políti-cas econômicas e so-ciais, além de ampa-rar e mesmo legitimar interesses excusos ao interesse público.

Reconhecemos o valor da magistratura e respeitamos suas funções, assim como queremos que as nossas funções sejam sem-pre respeitadas. Não concordamos, porém, com a cultura de submissão e autoritarismo, contrária aos interesses pú-blicos, que nos é imposta assim que adentramos a esta instituição, situação a qual alguns de seus membros sonham perpetuar. Temos plena e total consciência que a imprescindível atividade julgado-ra, se dissociada do nosso efetivo apoio, não passa-rá jamais de mera literatura.

Formamos o primeiro grupo dirigente do SINTRA-JUS de modo a reunir pessoas afinadas em seus ob-jetivos pessoais, profissionais e coletivos, todos com uma característica comum: a participação ativa nas lutas em defesa da categoria. São companheiros co-nhecidos por sua atuação e certamente você têm um ou mais amigos entre os seus componentes. Foram meses de ponderações desde a última greve, durante a qual ficou evidente a necessidade de criação desta entidade. Somos fruto dos anseios da própria catego-ria que nos comprometemos representar.

Não toleramos mais discursos vazios ou evasivos, venham de onde vierem. Pretendemos pensar e fazer o nosso próprio futuro, sem demagogia ou politica-

gem.Nesse momento precisamos, e muito, de seu em-

penho, esteja ou não filiado. Aproxime-se, traga o seu colega ao lado, discuta em seu cartório, debata nos-sas iniciativas, critique-nos e participe. Procure-nos em sua unidade de trabalho. Obtivemos adesão qua-se imediata de mais de trezentos colegas servidores, e no momento, setembro de 2011, chegamos a mais de 500 filiados.

Temos muitos desafios e não queremos apenas legitimidade para nos fazer ouvir entre as câmaras e gabinetes do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Queremos a adesão de cada um dos funcioná-rios da região que abrangemos de Ubatuba ao Vale do Ribeira.

Precisamos de todos. Precisamos de você. Se ainda não o fez, associe-se já... E traga um companheiro.

Nossa tarefa não é fácil, mas com sua participa-ção demonstraremos que um outro Poder Judiciário é possível neste estado.

P8

Da luta nasce um sonho!