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Boletim Informativo Pesquisa & Extensão BIPERS BIPERS Publicação conjunta do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves – EMBRAPA e da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS JUNHO/2002 SISTEMA INTENSIVO DE SUÍNOS CRIADOS AO AR LIVRE – SISCAL Suínos e Aves Osmar Antônio Dalla Costa Roberto Diesel Elder Joel Coelho Lopes Romão da Cunha Nunes Carmo Holdefer Simone Colombo

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Boletim Informativo Pesquisa & Extensão

BIPERSBIPERSPublicação conjunta do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves – EMBRAPA e daAssociação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS

JUNHO/2002

SISTEMA INTENSIVO DE SUÍNOS CRIADOS AO ARLIVRE – SISCAL

Suínos e Aves

Osmar Antônio Dalla CostaRoberto DieselElder Joel Coelho LopesRomão da Cunha NunesCarmo HoldeferSimone Colombo

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ANO 9 BIPERS n o 13 JUNHO/2002

Boletim Informativo de Pesquisa—Embrapa Suínos eAves e Extensão—EMATER/RS

Articulação da Embrapa Suínos e Aves com aAssociação Riograndense de Empreendimentos deAssistência Técnica e Extensão Rural – EMATER/RS

Circulação: Semestral

Tiragem: 2000

Coordenação : Roberto Diesel, ENGo Agro

Correspondências, sugestões e questionamentos sobre a matéria constanteneste boletim poderão ser enviados à Coordenação do BIPERS.

Embrapa Suínos e Aves

BR 153, km 110, Vila TamanduáCaixa Postal 21CEP 89700-000 – Concórdia, SCFone: (49) 442-8555Fax: (49) 442-8559http: / / www.cnpsa.embrapa.br /[email protected]

EMATER/RS

Rua Botafogo 1051Caixa Postal 2727CEP 90150-053 – Porto Alegre, RSFone: (51) 233-3144Fax: (51) 229-6199http: / / www.emater.tche.br /

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Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre –SISCAL

Osmar Antônio Dalla Costa 1

Roberto Diesel 2

Elder Joel Coelho Lopes 3

Romão da Cunha Nunes 4

Carmo Holdefer 5

Simone Colombo 6

1Pesquisador M. Sc., Embrapa Suínos e Aves. Programa de Pós-Graduação em Zootecnia(Produção Animal), FCAV/UNESP Jaboticabal – SP.

2Extensionista EMATER/RS3Zootec., estagiário, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia4Professor EV/UFG, Cx Postal 131, CEP 74001-970 Goiânia – GO.5Auxiliar de operações, Embrapa Suínos e Aves6Informát., estagiária, convênio Embrapa Suínos e Aves e UnC Concórdia.

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Sumário

1 Introdução 7

2 Considerações gerais sobre a instalação do sistema 72.1 Escolha do local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.2 Cobertura vegetal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.2.1 Sugestões para manutenção da cobertura vegetal . . . . . . . . 92.2.2 Escolha das espécies forrageiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.2.3 Implantação de forragens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2.4 Melhorias de pastagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2.5 Manejo das áreas degradadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3 Origem das leitoas de reposição 14

4 Aspecto sanitário 15

5 Manejo do SISCAL 15

6 Taxa de lotação 15

7 Tempo e forma de ocupação dos piquetes 15

8 Escalonamento da produção 16

9 Dimensionamento da produção 169.1 Dimensionamento de um sistema de produção de suínos, para produzir

27 animais a cada 21 dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179.1.1 Definição dos coeficientes técnicos . . . . . . . . . . . . . . . . 19

9.2 Dimensionamento das instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.1 Cobrição e gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.2 Cachaços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229.2.3 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239.2.4 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239.2.5 Reposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

9.3 Consumo diário de ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.1 Gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.2 Maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259.3.3 Creche . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

9.4 Consumo total de ração de uma unidade produtora de leitões . . . . . . 25

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10 Instalações e equipamentos 2610.1 Cabanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2610.2 Comedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2710.3 Cercas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2810.4 Rede de Abastecimento de Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2810.5 Bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2910.6 Sombreadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2910.7 Escritório e depósito de ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3010.8 Brete de contenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

11 Referências Bibliográficas 30

12 Anexo 1 – Dimensionamneto do Sistema de Produção 3212.1 Descrição do sistema de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3212.2 Estimativa do material necessário para a instalação da rede hidráulica . 3212.3 Estimativa do material necessário para a instalação da cerca elétrica . 32

13 Anexo 2 – Cabana Cela parideira com lona plástica 34

14 Anexo 3 – Cabana cela parideira tipo chalé 40

15 Anexo 4 – Creche móvel sobre cama para suínos 44

16 Anexo 5 – Comedouro de gestação 51

17 Anexo 6 – Comedouro de maternidade 53

18 Anexo 7 – Comedouro de creche 56

19 Anexo 8 – Bebedouro vasos comunicantes 61

20 Anexo 9 – Bebedouro de vaso comunicante – geminado – Santa Rosa 6220.1 Localização dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6220.2 Instalação dos bebedouros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

21 Anexo 10 – Sombreador móvel 64

22 Anexo 11 – Brete de manejo e carregador 66

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1 Introdução

O sucesso da agricultura familiar, entre outras coisas, depende da combinação daatividade agrícola com a pecuária.

Tradicionalmente, a suinocultura, por permitir uma produção intensiva em pe-quenas áreas e estar presente na maioria das propriedades familiares do Rio Grandedo Sul e Santa Catarina, tem se revelado como uma das atividades, juntamente coma bovinocultura de leite, que melhor combina com as características da pequenapropriedade rural.

No entanto, muitos produtores jovens ou proprietários não têm condições deimobilizar elevadas somas de capital para construir ou melhorar suas instalações e/ouequipamentos numa atividade que se revela incerta. Assim, a utilização de um sistemade produção que seja tecnicamente viável e que não envolva elevados investimentosvem sendo uma boa opção para tais situações. É com esta perspectiva que o SistemaIntensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL) tem sido uma alternativa para quemvai ingressar na produção de suínos ou aumentar a sua produção e não dispõe derecursos financeiros.

Nesse sentido, o SISCAL permite a flexibilidade que o atual momento econômicoexige de toda a atividade economicamente viável e, em especial, da produçãoagropecuária.

No entanto, para que o sistema atenda os seus objetivos, é preciso que o mesmorespeite uma série de etapas e critérios que o fundamentam enquanto sistemazootecnicamente eficiente, economicamente viável e ecologicamente adequado.

Esta publicação foi elaborada pela Embrapa Suínos e Aves e pela Emater – RS,com objetivo de informar os princípios básicos do SISCAL para técnicos e produtores,no sentido de otimizar a produção.

2 Considerações gerais sobre a instalação do sistema

O Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL ) é adotado porprodutores de vários países do mundo. No Brasil, existe um número considerávelde produtores de suínos localizados em sua maioria na região Sul, que utilizam essesistema de criação.

O sucesso do SISCAL depende fundamentalmente de três aspectos: da adoçãodos princípios básicos na sua implantação, do manejo e do homem responsável pelacriação.

Quando o sistema é bem planejado, torna-se uma boa opção para aquelessuinocultores que querem iniciar na atividade suinícola e não podem fazer grandesinvestimentos, ou têm a produção instalada e pretendem ampliar e proporcionandoum melhor bem estar aos animais com a prespectiva de produzir um suíno com umamenor agressão ao meio-ambiente.

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Os índices de produtividade obtidos neste sistema de produção, normalmente, sãomenores aos obtidos nos sistemas confinados, mas a rentabilidade deste sistemapode ser maior em função do menor custo de implantação e manutenção.

Antes de implantar o sistema em uma propriedade, produtores e técnicos,preferencialmente, devem visitar um sistema em produção com objetivo de sanar todasas suas dúvidas, pois assim podemos evitar erros na implantação e na execução.

2.1 Escolha do local

Na escolha do local para a implantação do SISCAL deve-se dar preferência aosterrenos com topografia levemente inclinada. Não se deve instalar este sistema emsolos com declividade superior a 20%.

Dá-se a preferência a solos com boa capacidade de drenagem, evitando-se osúmidos e pedregosos. Outros fatores, tais como tamanho da criação, densidadeanimal, regime de chuvas e direção predominante dos ventos, também devem serconsiderados.

Se necessário, deve-se implantar práticas de conservação do solo a fim de evitar aentrada das águas da chuva para dentro do sistema e facilitar o seu escorrimento parafora. Uma pequena inclinação no terreno facilita o escoamento das águas pluviais.

Deve-se verificar, antes da implantação do sistema, se no local existem plantastóxicas como o Mio-Mio, Samambaia, Fedegoso e Timbó, pois estas podem provocarintoxicações nos animais, quando ingeridas.

2.2 Cobertura vegetal

A cobertura vegetal, entre outros fatores, desempenha um importante papel noequilíbrio do meio-ambiente por proteger o solo do impacto das gotas da chuva, dosraios solares e do pisoteio animal, entre outros fatores. Por isso, deve-se manter aárea sempre com uma boa cobertura vegetal durante todo o ano.

Como os animais têm a tendência de seguir sempre os mesmos caminhos, asáreas próximas dos bebedouros, das cabanas, cercas e nas sombras são as quemais degradam, em função do pisoteio contínuo dos suínos.

Neste sistema sugere-se o uso de forrageiras que produzam muita massa verdee proporcionem boa cobertura do solo. Estas podem variar dentro de cada regiãodependendo de sua adaptação às condições locais.

As forragens do SISCAL devem ser implantadas, principalmente, para manter osolo coberto e não para alimentação das matrizes. Muitas vezes, o produtor e otécnico, preocupados em agilizar a implantação do sistema, acabam descuidando-sedos aspectos relacionados à cobertura vegetal. Isto pode se constituir num grandeproblema ambiental para a propriedade no futuro.

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2.2.1 Sugestões para manutenção da cobertura vegetal

• Colocar os suínos nos piquetes só quando a pastagem estiver totalmenteformada;

• Distribuir bem os equipamentos nos piquetes, o que permite uma melhorutilização pelos animais;

• Instalar, sempre que possível, os bebedouros nas partes mais baixas dospiquetes;

• Usar cabanas, comedouros e sombreadores leves para facilitar a mudança;

• Trocar de lugar as cabanas, comedouros e os sombreadores dentro dospiquetes, sempre que for observado o início da degradação da cobertura vegetal;

• Manter as matrizes sempre destrompadas;

• Fazer rotação de piquetes;

• Usar uma boa área por animal;

• Isolar as áreas de pastagens degradadas e providenciar o reimplante de novasmudas.

2.2.2 Escolha das espécies forrageiras

As forrageiras mais indicadas para o SISCAL devem possuir as seguintescaracterísticas: boa adaptação, perene; estolonífera, rizomatosa; facilidade em seestabelecer e dominar; bom crescimento durante todo ano e resistente ao pisoteio.No entanto, devido à dificuldade de conseguir uma forrageira que atenda todas estascaracterísticas, sugere-se a consorciação de duas ou mais espécies que, juntas,atendam as condições desejadas.

No SISCAL da Embrapa suínos e aves vem sendo utilizada uma combinação deespécies de gramíneas como a missioneira, a estrela africana, a bermuda e o quicuio.

As semeaduras de azevém anual, de aveia de ervilhaca, são feitas no inverno sem,no entanto, remover a estrutura do solo.

Entre as espécies que podem ser utilizadas nas várias regiões do Brasil estão:

Gramíneas anuais de inverno

• Aveia Preta (Avena strigosa): gramínea anual de inverno, de porte ereto,cespitosa, reproduzida por sementes. Sua forragem é muito tenra e nutritiva.Pode ser utilizada tanto para pastoreio como para cortes. Quando consorciadacom azevém aumenta seu período de pastoreio em cerca de trinta dias, se nãohouver períodos de estiagem.

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• Azevém (Lolium multiflorum): gramínea anual de inverno-primavera, cespitosa,reproduzida por sementes, pode perenizar-se por ressemeadura natural. Preferesolos pouco úmidos e bem drenados. É mais utilizado para pastoreio do que paracorte. Tem alto valor forrageiro e sua palatibilidade é boa. Pode ser consorciadacom aveia e ervilhaca. Pode produzir até 25 t/ha/ano e permite até quatro cortesanuais.

Leguminosas anuais de inverno

• Ervilhaca (Vicia sativa): leguminosa anual de inverno, largamente utilizada comoadubação verde e também para corte. Desenvolve-se bem em solos profundose resiste bem ao frio, porém umidade excessiva e pH são limitantes ao cultivo.

Gramíneas perenes de inverno

• Cevadilha (Bromus catharticus): gramínea anual, bienal e em alguns casosperene,. cespitosa, ereta e reproduzida por sementes (30–40 kg/ha). Produzaté 27 t/ha em um único corte. Ótima para pastagens permanentes, feno e paraconsorciação com trevo branco.

• Festuca (Festuca arundinacea): gramínea permanente, originária da Europa.Possui rizomas que não se espalham muito; cresce em touceiras. Utilizada paraconsorciação com trevos, e resiste às temperaturas abaixo de zero.

Gramíneas anuais de verão

• Capim Italiano ou milheto (Penisetum tiphoides): gramínea anual de verão, eretae cespitosa, com colmos grossos e suculentos, muito apreciada pelos suínos.Reproduzida por sementes. Apresenta altas produções de massa verde porhectare. Constitui-se numa alternativa para pastoreio e para cortes. Substituio sorgo como forragem. O grão pode ser utilizado na ração.

Gramíneas perenes de verão

• Capim Andropogon (Andropogon gayanus): capim tropical,cespitoso originárioda Nigéria, com porte alto, resistente à seca e ao frio, apresentando cerca de11% de proteína bruta, produzindo cerca de 12 t/ha/ano de matéria seca em seiscortes. Implantação inicial muito lenta com um ciclo de produção de novembro aabril.

• Capim Colonião (Panicum maximum): capim cespitoso, de porte médio, comfolhas e colmos finos. Produz cerca de 12 toneladas de matéria seca por hectareano, com cerca de 5,5% de proteína bruta.

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• Capim Quicuio (Pennisetum clandestinum): espécie perene, agressiva, estoloní-fera e rizomatosa, adapta-se bem ao Alto Vale do Itajaí, Planalto e ao OesteCatarinense e todo Rio grande do Sul, muito exigente em fertilidade do solo.Tem boa qualidade e é resistente ao frio. Produz sementes com alto vigor,porém a implantação é por mudas em função da dificuldade de colheita e da nãodisponibilidade da mesma no mercado. O seu estabelecimento é normalmentemais lento que a estrela africana. Tem afinidade com o trevo branco e o azevém.Apresenta cerca de 10,8% de proteína bruta.

• Capim Elefante (Penisetum purpureum): capim perene, de touceiras colmoseretos próprio para o corte, mas também serve para pastejo. Apresenta cercade 12% de proteína bruta no pico e rende cerca de 50 t/ha/ano em 3–5 cortes.

• Capim de Rhodes (Chloris gayana): gramínea perene, de estabelecimentolento no primeiro ano, ereta, que forma touceiras, natural da África do Sul eTanzânia, reproduzida por sementes (2–4 kg de sementes/ha), produz cerca de15 toneladas de matéria seca por hectare em quatro a cinco cortes anuais parafenação. Apresenta cerca de 7,9% de proteína bruta.

• Capim Jaraguá (Hyparhenia rufa): gramínea perene de colmos eretos e firmes,constitui densas e vigorosas touceiras com inúmeros perfílios basais, origináriada África Tropical. Produz 10 toneladas de matéria seca hectare ano para feno.

• Capim Pangola (Digitaria decumbens): grama tropical para altitudes de 600 a800m, perene rasteira com estolões superficiais que cobrem todo o terreno.Produz até 10 toneladas de feno/ha/ano, com cerca de 4,8% de proteína bruta.

• Capim Gordura (Melinis minutiflora): gramínea perene, cespitosa com colmoseretos. Apresenta cerca de 7,5% de proteína bruta e rende de 4 a 4,5 t/ha/anode matéria seca, em quatro cortes. Muito utilizado nos Estados de São Paulo eMinas Gerais.

• Grama Bermuda (Cynodon dactylon): gramínea de clima subtropical temperado,perene e rizomatosa, de fácil adaptação a vários ambientes. A espécie possuivários híbridos de importância sob o ponto de vista forrageiro. Entre elesdestacamos as cultivares Coast Cross, Tifton 85 e 68 e Florakirk. É sensívelao sombreamento, tolera um pouco a geada e é relativamente exigente emfertilidade do solo. Apresenta cerca de 7,9% de proteína bruta.

• Brachiaria Humidícola (Brachiaria humidícola): gramínea perene, ereta, esto-lonífera e rizomatosa, muito agressiva. Não é tolerante ao frio. Adapta-se aregiões secas e a solos pobres e úmidos. Sua qualidade é considerada baixa. Aimplantação se dá rapidamente por mudas e lentamente por sementes. Tempotencial para o Litoral em função de sua grande rusticidade, boa coberturado solo e por ser possivel a implantação por sementes. Apresenta 11,9% deproteína bruta e produz 9–10 t/ha/ano de matéria seca.

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• Brachiaria (Brachiaria decumbens): gramínea perene, prostrada que emitegrandes quantidades de estolões, dificultando a consorciação com leguminosas.Muito rústica, resistente à seca e tolerante a deficiências minerais do solo.Não é adaptada a solos úmidos, implanta-se facilmente através de sementes.Apresenta baixa qualidade e não tolera o frio. Tem potencial para o litoral,principalmente em função de sua rusticidade e grande facilidade de implantaçãopor semente. De difícil consorciação pela agressividade.

• Estrela Africana (Cynodon plectostachyium): perene, muito agressiva, estoloní-fera e rizomatosa, adaptada em quase todo o estado de Santa catarina, comexceção das áreas mais frias. Tem qualidade média, suporta solos pobres,úmidos e de pH baixo. Quando bem manejada, proporciona boa coberturavegetal. Sua reprodução é exclusivamente vegetativa.

• Hermathria (Hermathria altissima): perene, agressiva, rizomatosa e estolonífera.Tem boa tolerância ao frio e aos solos pobres e úmidos. Apresenta qualidademédia a superior. Sua implantação é exclusivamente por mudas. Tem potencialcomo pastagem para suínos em função de sua rusticidade e boa cobertura.

• Grama Missioneira (Axonopu ampressus): pouco exigente em fertilidade do solo,está adaptada às condições do Planalto e Oeste Catarinense. Sua implantaçãoé feita através de mudas. É tolerante ao frio e tem qualidade considerada baixa.

• Grama Jesuíta (Axonopus jesuiticus): muito semelhante à grama missioneira,porém tem as folhas mais estreitas, é menos produtiva e de menor qualidade.Produz sementes pouco férteis, por isso é propagada através de mudas. Espéciemuito utilizada em pastagens para suínos e na recuperação de áreas degradadasdevido a sua notável resistência ao pisoteio e recuperação após o pastoreio.

• Pensacola (Paspalum saurae): perene, rizomatosa, suporta bem períodos deestiagem, possui tolerância ao encharcamento. Pouco exigente em fertilidade dosolo. Tem crescimento lento e suas sementes necessitam ser escarificadas paraquebra de dormência. Produz 5–7 t/ha/ano.

• Setária (Setaria arreps). Apresenta cerca de 9% de proteína bruta e rende de10–15 t/ha/ano de feno.

Leguminosas perenes de inverno

• Trevo Branco (Trifolium repens): leguminosa perene, por ser estolonífera éadaptada ao pastoreio intensivo. Exigente em fertilidade do solo e luminosidade.

• Trevo Vermelho ou Roxo (Trifolium pratense): leguminosa perene, não é muitopersistente, porém se implanta rapidamente e com facilidade. Exigente emfertilidade e não tolera acidez do solo. Boa produtora de sementes. Não suportapastoreio contínuo. A forragem verde é tenra e de alta palatibilidade.

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• Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum): leguminosa anual, pode perenizar-sepor ressemeadura natural.

• Cornichão (Lotus corniculatus): leguminosa perene, cespitosa, nutritiva, exigenteem manejo, no entanto é relativamente pouco exigente em solo e muito toleranteà seca. Não suporta pastoreio prolongado, é melhor no rotativo.

Leguminosas perenes de verão

• Alfafa (Medicago sativa): leguminosa perene de elevado valor nutritivo. Emfunção da exigência em solo fica restrita àquelas áreas com alta fertilidadenatural. É indicada como pasto verde porque é uma forrageira de período decrescimento mais longo, proporcionando maior número de cortes. Tem boaresistência à seca.

• Lotus pedunculatus ou uliginosos (Lotus pedunculatus cv. Maku): leguminosaperene. Embora não tenha semente disponível no mercado, permite reproduçãopor mudas.

2.2.3 Implantação de forragens

Os suínos possuem um comportamento de pastoreio diferente dos bovinos. Sãoaltamente seletivos, apresentam o hábito de fuçar e de revolver a terra e, em funçãoda pequena superfície do casco, determinam considerável compactação do solo.

Quando da implantação do SISCAL, em áreas de campo nativo ou em outro tipode pastagem já estabelecida, deve-se procurar manter essa vegetação para cobrir osolo. Além disso a substituição dessas forragens poderá favorecer a compactação dosolo pelo pisoteio. Com o passar do tempo e com o aumento da fertilidade do solopode-se enriquecer esta cobertura com espécies mais nobres, como as leguminosas.

Nas áreas sem pastagens, o sistema deve ser implantado sobre gramíneasagressivas, resistentes ao pisoteio, de baixa exigência em fertilidade, estoloníferas,e que permitem uma rápida cobertura do solo.

A semeadura das espécies forrageiras pode ser feita a lanço, com distribuidorcentrífugo ou através de semeadoras específicas.

Quando a rotação com lavouras estiver prevista deve-se evitar usar forrageirascomo o capim quicuio, a grama estrela roxa e outras do gênero Cynodon, de difícilerradicação, que podem acabar tornando-se invasoras. Neste caso espécies comograma missioneira, grama jesuíta e hermathria poderão ser usadas.

2.2.4 Melhorias de pastagens

Esta tecnologia pode ser utilizada, com relativa facilidade, em pastoreio que utilizao sistema rotativo. Já no sistema de uso contínuo é mais difícil a sobre-semeadura,em função das dificuldade de implantação das sementes ou das mudas e do pisoteiodos animais.

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As forrageiras que apresentam um alto valor nutritivo (leguminosas) são, em geral,exigentes em fertilidade do solo. Isto pode aumentar os custos de implantaçãoem solos deficientes. Em função disto, deve-se procurar ter uma pastagem básicaconstituída por espécies rústicas (gramíneas), pouco exigentes e persistentes, eenriquecê-las pela introdução de novas espécies, à medida que melhorarem ascondições do solo.

Pode ser feita a introdução de espécies perenes, ou a semeadura de espéciesanuais que, em condições corretas de manejo, não necessitarão mais seremsemeadas e ou a semeadura de espécies anuais.

As forrageiras de inverno devem ser semeadas em solos férteis e com bom pH.Caso haja necessidade de aplicação de calcário, este deve ser colocado em coberturae sua quantidade deve ser de no máximo um quarto da recomendação do ROLAS. Ofósforo e outros nutrientes podem ser aplicados junto com a semeadura, ou até 15 a20 dias após a germinação.

A semeadura das leguminosas perenes poderá ser feita nos meses de junho ejulho, enquanto que as gramíneas e as leguminosas anuais a partir de fevereiro.

Uma das principais práticas recomendadas, no sistema, é o pastoreio rotativo,que adensa e recupera a forragem provocando enraizamento profundo, favorecendo adistribuição dos dejetos e o combate da verminose.

A grande maioria das criações intensivas de suínos a campo usam o pastoreiocontínuo pela maior facilidade de manejo e pelo menor custo das instalações. Nestesistema, é muito difícil manter uma cobertura vegetal adequada do solo ao longo dotempo, em função do comportamento agressivo dos suínos, em relação às pastagens.

2.2.5 Manejo das áreas degradadas

Estes locais devem ser isolados por um ou dois fios eletrificados para realizar oreplantio das forragens. Essa área somente deve ser liberada quando o solo estivertotalmente coberto.

3 Origem das leitoas de reposição

O plantel do SISCAL deverá ser constituído por matrizes cruzadas, tambémchamadas de híbridas ou F1, e acasaladas com machos sintéticos que possamimprimir em seus descendentes uma boa porcentagem de carne magra.

Os cuidados mais importantes na hora de adquirir as leitoas para reposiçãoreferem-se aos aspectos sanitários e genéticos. A maioria das doenças dos suínosentram nos rebanhos através da introdução de animais infectados, sem, no entanto,apresentarem sinais de doenças. Por essa razão, os produtores devem somenteadquirir animais oriundos de Granja de Suínos com o Mínimo de Doenças (GSMD)ou de Granjas de Suínos Certificadas (GSC) que fazem regularmente controles paraBrucelose, Leptospirose, Peste suína clássica e Doença de Aujeszky. Além disso,

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recomenda-se dar preferência a um único fornecedor de leitoas, com o objetivo dereduzir as chances de introduzir novas doenças no rebanho.

4 Aspecto sanitário

O status sanitário dos suínos criados ao ar livre, normalmente, é melhor em relaçãoaos suínos criados junto ao sistema confinado. Independente disto, há necessidadede estabelecer um programa sanitário do plantel. Esse programa poderá ser ajustadodentro de cada região do Brasil. É primordial realizar um controle eficiente deendoparasitas e ectoparasitas através de um plano de monitoramento para avaliaçãodo estado de saúde dos animais.

Quando do estabelecimento do programa sanitário, devemos levar em consi-deração a necessidade do uso de vacinas tais como parvovirose, leptospirose,erisipela, aujeszky e colibacilose.

5 Manejo do SISCAL

O SISCAL deve ser manejado de forma organizada, através da formação de lotes edo escalonamento da produção, obtendo com isso um controle dos dados produtivos,reprodutivos, econômicos e otimização da mão-de-obra.

A atenção dispensada a todas as fases de manejo deve ser muito bem planejadana sua execução, pois o sistema demanda uma maior necessidade de tempo e/oumão-de-obra.

6 Taxa de lotação

A taxa de lotação e o manejo dos animais influem diretamente na manutenção dacobertura vegetal e da fertilidade do solo. Assim, sugere-se o uso de 800 m2 porfêmea instalada em um sistema de rodízio dos piquetes, o que permite uma lotaçãode 10 fêmeas por hectare em gestação ou lactação.

Na fase de creche, sugere-se usar uma taxa de lotação de 50 m2 por animalalojado em piquetes e de 0,5 m2 no sistema de creche móvel sobre cama. Estãosendo desenvolvidas pesquisas em relação a um novo sistema de creche sobre camaonde o leitão permanece confinado durante todo o período de creche.

7 Tempo e forma de ocupação dos piquetes

A área por animal depende de fatores como condições climáticas, característicasdo solo e tipo de cobertura vegetal.

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A área total do SISCAL é dividida em piquetes de gestação, de machos, de lactaçãoe creche. Para de cada fase sugere-se que seja subdividida em piquetes distribuídosde maneira que se possa trabalhar com rodízios dos piquetes. Para a gestaçãosugere-se subdividir a área total do piquete ocupado pelo lote em quatro subpiquetes.Para maternidade e creche sugere-se subdividir os piquetes em dois subpiquetes.

Os piquetes são ligados aos corredores de manejo, que possuem largura suficientepara possibilitar o trânsito de máquinas e animais.

O tempo de ocupação dos piquetes deve ser aquele que permita a manutençãoconstante da cobertura vegetal sobre o solo e uma recuperação rápida da mesma.Em geral, um período de 35 dias permitirá a renovação da forragem. Porém,esta recuperação está diretamente influenciada pelas condições climáticas. Quandohouver intensa pluviosidade, ou seca, deve-se diminuir o tempo de ocupação devidoao desgaste da pastagem e do solo.

Sempre que o sistema apresentar problemas de conservação de pastagens,ou problemas sérios de sanidade, recomenda-se a rotação da área ocupada pelosistema.

8 Escalonamento da produção

O escalonamento permite a organização das atividades ao longo do tempo. Ela édefina na implantação do sistema e pode ser semanal, quinzenal, ou a cada 21 dias.

9 Dimensionamento da produção

Um sistema de produção de suínos é constituído por um conjunto interrelacionadode componentes que tem por objetivo produzir suínos. Fazem parte deste sistema ohomem, as edificações e os equipamentos, os animais, a alimentação e a água, oscontaminantes e o manejo do rebanho. Para atingir bons níveis de produção é precisoque todos os componentes estejam em harmonia.

Homem

Edif icações e equipamentos

Animais

Alimentação e água

C ontaminantes

Mane jo Performance

Es tado de saúde

Saída s

Figura 1 — Representação gráfica de um esquema de produção de suínos.

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Da mesma maneira que no sistema confinado de produção, no SISCAL hánecessidade de dividir os animais nas diferentes fases da vida (cobrição, gestação,maternidade, creche, crescimento e terminação). O fluxo dos animais no sistemadeve seguir um esquema lógico de produção.

9.1 Dimensionamento de um sistema de produção de suínos,para produzir 27 animais a cada 21 dias

A administração rural é uma ciência que estuda as relações que se estabelecementre os diversos fatores na propriedade agrícola com o objetivo de obter a maiorrentabilidade possível. E para tanto, o produtor precisa saber o que, como e quantoproduzir e, principalmente, para quem vender seus produtos.

Por isso é que, na decisão do produtor, no curto, médio ou longo prazo, oconhecimento de técnicas de produção de suínos é de fundamental importância nodesempenho e sucesso junto à atividade agrícola.

O planejamento é um processo dinâmico que no meio rural objetiva a racionali-zação da produção agropecuária. O planejamento é a função mais importante a serexecutada dentro do processo administrativo, pois determina os objetivos a atingir eos tipos de controles que a administração da propriedade deverá utilizar.

O planejamento consta de uma formulação sistemática e devidamente integranteque expressa uma série de propósitos a serem realizados dentro de determinadosprazos, levadas em conta as limitações impostas pelos recursos disponíveis, bemcomo as metas prioritárias definidas.

Os objetivos ou os propósitos devem adaptar-se às necessidades e aos anseiosdo produtor, aos recursos disponíveis (mão-de-obra, terra, capital, etc), e também àsdemandas do mercado e as condições de meio-ambiente no seu mais amplo aspecto.

O produtor deve, por sua vez, buscar os meios (recursos, formas de controle,tecnologia, etc) para produzir. A busca de resultados econômicos e formas adequadasde controle justificam a elaboração de planos que devem, primordialmente, concentrar-se nos objetivos previamente definidos.

No planejamento, deve-se sistematizar o processo de decisão e programar asações futuras observando os seguidos aspectos:

• Oportunidade;

• Planos derivados;

• Resposta e questionamentos;

• Prazos.

Na suinocultura, o planejamento tem considerado, principalmente, a parte técnicada atividade. Planos que envolvam todas as áreas, normalmente, têm sido elaboradosquando o objetivo é a implantação de uma nova unidade de produção de suínos.

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Quando da implantação de um sistema de produção de suínos em uma proprieda-de agrícola, vários aspectos e fatores devem ser considerados: tipos e tamanho daspropriedades, localização, disponibilidade e necessidade de mão-de-obra, capacidadepara a produção de insumos/alimentos e investimentos.

Os projetos de produção de suínos devem compreender, obrigatoriamente, umestudo técnico e econômico. Como o estudo técnico deve levar em conta as dispo-nibilidades dos fatores de produção, capital e trabalho para definir, principalmente, adimensão e o grau de especialização de produção, devendo, também, caracterizar omanejo de todo o sistema de produção e de cada fase em particular.

O estudo econômico é efetuado a partir do estudo técnico e deve definir o montantede investimento e seu financiamento, o cronograma dos trabalhos de implantação,fluxo físico de entrada dos animais em produção, o fluxo físico de venda de animais eo fluxo de caixa decorrente das previsões de produção e de preços.

A decisão definitiva, relacionada ao tamanho da produção e do sistema deprodução a ser adotado, será tomado após esse estudo e, principalmente, após oexercício de algumas simulações.

Na produção de suínos podemos utilizar os seguintes sistemas:Extensivo: é a forma de criação à solta de suínos que coexistem com exploração

de florestas ou de pomares de árvores adultas e de casca grossa, como abacateirose mangueiras. Neste sistema de produção de suínos não há preocupação comprodutividade e economicidade, sendo mais uma forma de cultura extrativa ousubsistência, não havendo nenhum controle sobre a criação, sendo que todos ossuínos de diferentes idades permanecem juntos numa mesma área e disputam, entreeles, o mesmo alimento.

Intensivo: acumula o trabalho e capital em terreno relativamente restrito.Apresenta preocupação com a produtividade e a economicidade, podendo ser parasubsistência, para gerar parte da renda ou ser a fonte de renda famíliar.

Dentro dos sistemas intensivos de produção de suínos podemos mencionar osseguintes sistemas:

• Sistemas tradicionais – confinado de baixo, média ou alta tecnologia

– Ciclo Completo

– Produtores de leitões

– Terminados

Sistemas alternativos – ao ar livre de baixa, média ou alta tecnologia

– À solta controlada

– Semi-confinado

– Produção agroecológica

– SISCAL – Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre

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Quando da implantação de um sistema de produção de suínos, há necessidadede se fazer um estudo técnico e econômico da propriedade, com o objetivo deverificar a viabilidade desta nova atividade agrícola. Estes estudos devem levarem conta alguns aspectos, tais como:

– Disponibilidade de área para a instalação;

– Capacidade de utilização de mão-de-obra, bem como sua qualificação;

– Capacidade de produção de milho, soja e de outros alimentos alternativos;

– Condições para engordar os suínos produzidos (crescimento e terminação);

– Mercado para a produção de leitões entre outros fatores que podem serconsiderados quando da instalação de sistemas de produção de suínos;

Para se dimensionar um plantel é necessário definir o número de animaisa serem vendidos por período. A título de exemplo, será apresentado umsistema onde pretende-se produzir 27 leitões a cada 21 dias. Para tal,necessita-se estabelecer uma série de indicadores e coeficientes técnicos queserão fundamentais para o dimensionamento da granja.

9.1.1 Definição dos coeficientes técnicos

Os coeficientes técnicos, que servem de exemplo para orientar neste cálculo,são:

Coeficientes técnicos Siglas ValoresNúmero de leitões vendidos por período NLVP 27,0Intervalo de produção (dias) IP 21,0Número de partos/porca/ano NPPA 2,25Taxa de retorno ao cio % TRC 10,0Intervalo médio desmame-cio (dias) IDC 10,0Taxa de reposição porcas ou leitoas (%) TRP 25,0Taxa de reposição de cachaços(%) TRM 50,0Número de leitões nascidos vivos/parto NLNV 10,0Taxa de mortalidade leitões na maternidade (%) TMLM 8,0Número de leitões desmamados/parto NLDP 9,2Número de leitões desmamados/porca/ano NLDPA 19,32Taxa de mortalidade de leitões na creche (%) TMLC 2,0Número de leitões vendidos/parto NLVPA 9,0Número de leitões vendidos porca ano NLVPA 18,90Tempo de detecção do cio (dias) TDC 42Idade de desmame (dias) ID 28

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Número de partos por lote (NPL) é encontrado dividindo-se o número de animaisa serem vendidos por período (NLVP) pelo número de leitões a serem vendidos porparto (NLVPA)

NPL = NLVP / NLVPA ⇒ 27/9 = 3 partos.

Intervalo entre partos (IP) é obtido pela soma dos períodos de gestação (PG),duração da lactação (DL) e intervalo desmame-cio fértil (IDC).

IP = PG + DL + IDC ⇒ 114 + 28 + 10 = 152 dias

Número de lotes de matrizes (NL) dentro do sistema é encontrado pela divisãodo intervalo entre partos (IP) pelo intervalo entre lotes (IL).

NL = IP/ IL ⇒ 152/21 = 7,23 ≈ 7,0 lotes.

Número de partos/porca/ano (NPPA) é obtido através da divisão do número dedias do ano (NDA) pelo intervalo entre partos (IP).

NPPA = NDA / IP ⇒ 365/152 = 2,40 ≈ 2,25 partos.

Este valor está acima dos resultados normalmente alcançados na produção desuínos, pois não se está considerando os retornos ao cio e a data da entrada dasmatrizes no plantel. Para efeito de cálculo foram considerados 2,25 partos/porca/ano.

Número total de matrizes em produção (NTP) é obtido entre o produto donúmero de partos por lote (NPL) e o número de lotes (NL) de matrizes, acrescidodo produto entre número de partos por lote (NPL), taxa de retorno ao cio (TRC) nestecaso 10% e o tempo de detecção de cio, acrescido da espera por uma nova cobertura(TDC) 42 dias, dividido pelo intervalo de produção (IP).

NTP = NPL × NL + (( NPL × TRC × TDC) / IP)NTP = 3 × 7 + (3 × 0,10 × 42)/21NTP = 21 + 0,6 = 21,6 ≈ 22 Fêmeas.

Número de matrizes de reposição por ano (NMRA) no plantel é obtido peloproduto do número total de matrizes em produção (NTP) e a taxa de reposição anual(TRP) de 25%.

NMRA = NTP × TRP ⇒ 22 × 0,25 = 5,5 ≈ 6 matrizes /ano.

Obs: Pode-se fazer a reposição em dois lotes de 3 leitoas.

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O número de matrizes por lote (NML) é obtido pela divisão do número total dematrizes em produção (NTP), pelo número de lotes (NL). NML = NTP / NLP ⇒22/7 = 3,14 matrizes /lote. Neste caso trabalha-se com 7 lotes de 3 matrizes, (6 lotesde 3 fêmeas e 1 lote de 4 fêmeas). Tem-se 1 fêmea a mais no plantel para garantir aprodução, caso haja retorno ao cio.

Número de cachaços (NC) a serem utilizados é obtido pela divisão do númerototal de matrizes em produção (NTP), pela relação de cachaço / fêmea (um reprodutorpara 15 matrizes).

Recomenda-se 1 cachaço para cada 15 porcas. Para este tamanho de plantel, estevalor pode ser alternado em função do número de matrizes no sistema de produção.

NC = NTP / 15 ⇒ 22 / 15 = 1,46 ≈ 2 cachaços.

Número de cachaços de reposição (NCRA) é obtido pelo produto do número decachaços pela taxa de reposição ao ano (TRM) de 50%.

NCRA = NC × TRM ⇒ 2 × 0,5 = 1,0 cachaço/ano.

Número de leitões desmamados por lote (NLDL) é obtido pelo produto donúmero de partos por lote (NPL) e número de leitões desmamados por parto (NLDP).

NLDL = NPL × NLDP ⇒ 3 × 9,2 = 27,6 leitões/lote.

Número total de leitões desmamados/porca/ano (NLDPA) é obtido pelo produtodo número de leitões desmamados por parto (NLDP) pelo número de partos /porca/ano (NPPA)

NLDPA = NLDP × NPPA ⇒ 9,2 × 2,25 = 20,7 leitões/porca/ano.

Número total de leitões desmamados por ano (NTLDA) é o resultado doproduto do número de leitões desmamados por parto (NLDP) pelo número de partos/porca/ano (NPPA), e o número total de matrizes em produção (NTP).

NTLDA = NLDP × NPPA × NTP ⇒ 9,2 × 2,25 × 22 = 455,4leitões/desmamados/ano.

Número de leitões vendidos por lote (NLVL) é obtido pela diferença entre donúmero de leitões desmamados por lote (NLDL) e o número de leitões mortos nacreche por lote (NLMC), que é obtido pelo produto do número de leitões desmamadospor lote (NLDL) e a taxa de mortalidade na creche (TMLC).

NLMC = NLDL × TMLC ⇒ 27,6 × 0,02 = 0,552 ≈ 1,0 leitão morto por loteNLVL = 27,6 − 1,0 ⇒ 26,6 ≈ 27

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9.2 Dimensionamento das instalações

9.2.1 Cobrição e gestação

Este sistema de produção de suínos está organizado para trabalhar com sete lotesde 3 fêmeas, com intervalos de produção de 21 dias.

Quando se utilizar um cronograma de 21 dias de intervalo entre lotes, teremos umlote de matrizes em lactação e um lote entrando ou saindo da maternidade, assimassume-se que sempre teremos 5 ou 6 lotes na gestação, e um ou dois lotes namaternidade e dois lotes de leitões na creche.

Durante a gestação as matrizes serão mantidas em grupos de três por piquete, ecada piquete será subdividido em 3 subpiquetes, com o objetivo de fazer a rotação daárea ocupada pelas matrizes.

O número de matrizes em gestação ou cobrição (NMG) é obtido pela diferençaentre o número total de matrizes em produção (NTP) e o número de partos por lote(NPL).

NMG = NTP − NPL ⇒ 22 − 3 = 19 matrizes em gestação ou em cobertura.

O número de piquetes de gestação e cobertura (NPG) é obtido pela divisão donúmero de matrizes em gestação (NMG) pelo número de matrizes por lote dentro dospiquetes (não recomenda-se fazer lotes com mais de 6 matrizes/piquete, pois dificultao manejo da alimentação).

NPG = NMG / NML ⇒ 19/3 = 6,33 ≈ 6,0 piquetes com 3 matrizes.

OBS: NSP = Cada piquete deverá ser subdividido em 3 subpiquetes.

NSPG = 6 × 3 = 18 subpiquetesA área ocupada pela gestação (AG) é determinada pelo produto do número de

matrizes em gestação (NMG) e a área recomendada por matriz (AM). No SISCALrecomenda-se utilizar uma área de 800 m2 por matriz na gestação e lactação.

AG = NMG × AM ⇒ 19 × 800 = 15.200 m2.

9.2.2 Cachaços

Está prevista a utilização de 2 cachaços no sistema de produção de suínos. A áreautilizada por cachaço será de 800 m2 e cada piquete será dividido em 2 subpiquetesde 400 m2 para que se possa utilizar o sistema de rotação dos piquetes.

O número de piquetes de cachaços é igual ao número de cachaços utilizados naprodução de suínos, pois não se recomenda manter os reprodutores em piquetescoletivos.

A área ocupada pelos cachaços (AC) é determinada pelo produto do númerode cachaços (NM) e a área recomendada para o cachaço (ACA). No SISCAL

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recomenda-se utilizar uma área de 800 m2 por reprodutor.

AC = NM × 800 m2 ⇒ 2 × 800 = 1.600 m2.

9.2.3 Maternidade

Para dimensionar a maternidade e a creche é necessário definir algumas variáveis.Determinar o período de ocupação dos piquetes de maternidade (POMA). Esse

tempo de ocupação é determinado pela soma do período de adaptação da porca nopiquete (PA), duração da lactação (DL) e o período de recuperação da pastagens (PR).

POMA = PA + DL + PR ⇒ 7 + 28 + 35 = 70 dias.

Calcular o número de lotes na maternidade (NLMA), o qual é obtido pela divisãodo período de ocupação dos piquetes de maternidade (POMA) e pelo intervalo entrelotes (IL).

NLMA = POMA/IL ⇒ 70/21 = 3,33 ≈ 3,0 lotes na maternidade.

O número de piquetes na maternidade (NPMA) é o produto do número de matrizespor lote (NML) e o número de lotes na maternidade (NLMA).

Em alguns momentos podemos ter 4 matrizes por lote, assim estaremosassumindo que o número de matrizes por lote (NML) será de 4 matrizes.

NPMA = NML × NLMA ⇒ 4 × 3 = 12 piquetes de 400 m2

Além dos 9 piquetes calculados mais 1 de reserva, porque num dado momentoteremos um grupo de 4 porcas na maternidade e isto permite também garantir o grupode 3 fêmeas, se falhar uma cobertura.

A área da maternidade (AMA) é obtida pelo produto do número de piquetes namaternidade (NPMA) e a área dos piquetes 400m2.

AMA = NPMA × 400 ⇒ 12 × 400 = 4.800 m2

9.2.4 Creche

Determinar o período de ocupação dos piquetes da creche (POCE). Esse tempode ocupação é determinado pela soma do período de ocupação dos piquetes (PO) eo período de recuperação das pastagens (PR).

POCE = PO + PR ⇒ 42 + 35 = 77 dias

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Calcular o número de lote na creche (NLCE), o qual é obtido pela divisão doperíodo de ocupação dos piquetes (POCE) e pelo intervalo entre lote (IL).

NLCE = POCE / IL ⇒ 77/21 = 3,66 ≈ 4,0 lotes na creche

O número de piquetes na creche (NPCE) é o resultado da divisão do númerode leitões desmamados por lote (NLDL) pelo número de leitões por piquete (NLP),(sugere-se não colocar mais de 30 leitões por piquete) e multiplicado pelo número delotes na creche (NLCE).

NPCE = (NLDL / NLP) × NLCE ⇒ 27,6 / 30 × 4 = 3,68 ≈ 4 piquetes de 1.400 m2

divididos em 8 subpiquetes de 700m2.

A área dos piquetes da creche (ACE) é obtida pelo produto do número de piquetesna creche (NPCE ) e a área dos piquetes a qual é obtida pelo produto do número deleitões desmamados (NLDL), e a área por leitão (ALC) na creche 50m2

APC = NLDL × ALC ⇒ 28 × 50 = 1.400 m2 ACE = NPCE × APC ⇒ 4 × 1.400 =5.600 m2

Na fase de creche pode-se também utilizar o sistema de creche móvel sobre cama,podendo assim diminuir a área ocupada pelo sistema de produção de suínos.

Quando da utilização desse sistema de creche móvel sobre cama deveremos teros devidos cuidados com a linfadenite e o manejo da cama com as moscas.

9.2.5 Reposição

A área de reposição de leitoas/ano (ARLA) é em função do número de matrizes evarrões, o qual é obtido pelo produto do número de matriz/ reposta/ ano (NMRA) e aárea por matriz de 800m2.

Esta área é determinada em função do número de matrizes a serem introduzidasno sistema de produção de suínos. Neste caso está prevista a reposição de dois lotescom três leitoas e um macho por ano. Portanto será necessário o dimensionamento deum piquete para a introdução dos mesmos e o descarte das matrizes e reprodutores.

Utiliza-se um piquete coletivo com capacidade para alojar as porcas e os cachaçosde reposição e de descarte de animais.

ARLA = NMRA × 800 ⇒ 2 × 800 = 1.600 m2.

Como nosso sistema é composto somente por 21 matrizes serão construídossomente dois piquetes de 840 m2 para a introdução de leitoas de reposição e odescarte de matrizes.

Número de piquetes, área ocupada pelo sistema número de equipamentosutilizados e a descrição da estimativa do material a serem utilizado para a instalação

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de uma unidade de produção de leitões com capacidade para produzir 27 leitões acada 21 dias estão no (Anexo 1) .

9.3 Consumo diário de ração

9.3.1 Gestação

O consumo diário de ração de gestação (CDRG) é obtido pelo produto do númerode matrizes em gestação (NMG) pelo consumo diário de ração por matriz na gestação(CDRG).

CDRG = NMG × CDRG ⇒ 19 × 2,1 = 39,9 kg/dia.

O consumo diário de ração dos cachaços (CDRC) é obtido pelo produto do númerode varões (NM) pelo consumo diário de ração dos cachaços (CDRC).

CDRC = NM × CDC ⇒ 2 × 2,1 = 4,2 kg/dia.

9.3.2 Maternidade

O consumo diário de ração lactação (CDRL) é obtido pelo produto do número dematrizes em lactação (NML) pelo consumo diário de ração por matriz na lactação(CDRL).

CDRL = NML × CDRL ⇒ 3 × 6,0 = 18,0 kg/dia.

9.3.3 Creche

O consumo diário de ração na creche (CDRCE) é obtido pelo produto do númerode leitões desmamados por lote (NLDL), número de lotes de leitões na creche (NLLC)e consumo diário de ração por leitão (CDRLE).

CDRCE = NLDL × NLLC × CDRLE ⇒ 27,6 × 2,0 × 0,725 = 40,02 kg/dia.

9.4 Consumo total de ração de uma unidade produtora de leitões

O consumo total diário de ração (CTDR) do sistema de produção é obtido pelasoma do consumo diário de ração de gestação (CDRG), consumo diário de raçãodos cachaços (CDRC), consumo diário de ração lactação (CDRL), consumo diário deração na creche (CDRCE).

CTDR = CDRG + CDRC + CDRL + CDRCE CTDR = 39,9 + 4,2 + 18,0 + 40,02 =102,12 kg/dia.

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O consumo anual de ração (CAR) é obtido pelo produto do consumo total diário deração (CTDR) pelo número de dias do ano (NDA).

CAR = CTDR × NDA ⇒ 102,12 × 365 = 37.274 kg ou 37,27 t.

O consumo de milho anual (CMA) é obtido pelo produto do consumo anual deração (CAR) pela porcentagem de milho nas rações (PMR).

CMA = CAR × PMR ⇒ 37,27 × 0,70 = 26,08 t/milho/ano.

10 Instalações e equipamentos

As instalações e os equipamentos necessários para implantação do Siscalbasicamente são: cabanas, cercas, comedouros, bebedouros, sombras, depósito deração, bretes de contenção e rede hidráulica.

10.1 Cabanas

Têm por objetivo servir de alojamento e abrigar os animais de intempéries.As cabanas podem ser confeccionadas de madeira, metal ou outro tipo de material,

porém devem ser leves e resistentes para facilitar o seu deslocamento.São mais utilizadas as cabanas tipo Cela Parideira, Chalé, Iglú e Galpão.

Normalmente são cobertas com lona plastificada, chapa galvanizada, esteiras detaquara ou capins. As suas dimensões variam de acordo com a fase animal.

As cabanas de gestação são de uso coletivo e só devem ser utilizadas em regiõesde muito frio, devem possuir duas seções abertas em lados opostos, abrigando maisde uma fêmea.

Na saída dos lotes de fêmeas da gestação para a maternidade deve-se posicionara cabana de pé, virada para o norte, para proporcionar uma desinfecção da mesmaatravés da radiação solar.

Devem ser trocadas de lugar sempre que a cobertura vegetal em seu interior sedegradar.

A cabana da maternidade é individual e abriga uma fêmea com sua respectivaleitegada. A Embrapa Suínos e Aves está recomendando o uso de duas novascabanas para a maternidade: a tipo cela parideira coberta com lona plastificada(Anexo 2) e a cela parideira tipo chalé (Anexo 3) .

A cabana cela parideira é uma cabana de madeira, coberta com lona plastificada,colocada sobre uma camada de capim e outra lona plástica que serve de suporte.Possui abertura nas extremidades opostas e um assoalho móvel. Tem dimensões de2,20 m de comprimento, 1,60 m de largura e 1,20 m de altura.

No seu interior existe uma proteção contra esmagamento de leitões, composta por2 canos galvanizados de cada lado (Figura 3 d), sendo que o primeiro cano deve estar

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afastado 0,30 m do assoalho e o segundo situado a 0,30 m do primeiro. A matrizpossui área útil de 0,75 m2.

A cabana tipo chalé tem dimensões de 2,20 m de comprimento, 1,80 m de largurae 1,30 m de altura. Possui duas aberturas nas extremidades opostas, e 2 ripas decada lado que servem de proteção contra o esmagamento dos leitões. A primeiradeve estar distanciada 0,25 m do chão e a segunda a 0,10 m da mesma.

Tem como principais vantagens: um melhor conforto térmico e um custo menor.Porém, é mais pesada e tem uma menor durabilidade do material.

Na parte interna das cabanas deve ser colocada uma camada de 0,10 m de palhaou capim seco para que a fêmea possa fazer o seu ninho. É importante repor a camasempre que necessário.

Durante o inverno deve ser colocada uma cortina em frente à porta, impedindo acorrente de ar em seu interior.

As cabanas de maternidade devem possuir um assoalho, e esse não deve serfixado na cabana, sendo uma peça da mesma.

As cabanas da creche possuem as mesmas dimensões das cabanas de gestação,acrescidas de um assoalho móvel, podendo abrigar até 2 leitegadas.

As cabanas dos machos têm as mesmas dimensões das cabanas de maternidade.Nessas cabanas não há necessidade de usar o assoalho, nem a proteção contra oesmagamento.

O sistema de creche móvel sobre cama (Anexo 4) é um sistema alternativode baixo custo de implantação em relação ao sistema confinado, onde os suínossão criados sobre um leito formado por maravalha ou palha. Os dejetos sofremuma compostagem dentro da “cabana” reduzindo os riscos de poluição ambiental emelhorando sua valorização agronômica.

A creche móvel sobre cama é constituída por peças ajustáveis que podem serconstruídas na propriedade. É composta por bebedouros, comedouros, estrado e osistema de cobertura.

10.2 Comedouros

Os comedouros devem ser móveis e fabricados com materiais leves e resistentestais como madeira, metal ou pneu (Anexo 5) .

Com o pisoteio constante dos suínos próximo ao comedouro, o solo pode ficar semcobertura vegetal e compactado. Isso pode ser evitado mudando-se o comedouro delugar.

Para a fase de gestação são usados comedouros feitos com pneus usados e ferrosseparadores de baixo custo e de fácil manejo.

Em dias chuvosos, os comedouros da gestação devem ser virados após asmatrizes consumirem toda a ração, evitando que as mesmas retornem ao local dealimentação e danifiquem a cobertura do solo.

Para a maternidade são indicados comedouros confeccionados de madeira,cobertos com folha galvanizada. Esses possuem uma capacidade de armazenamento

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de 40 kg de ração (Anexo 6) . A ração na maternidade deve ser fornecida à vontade àmatriz.

Em épocas de chuva deve-se observar se não há ração úmida dentro doscomedouros.

Sua localização deve estar próxima à cabana, à sombra e o bebedouro e em umlugar plano e seco.

Para a fase de creche os comedouros normalmente são de madeira, cobertoscom folha galvanizada e apresentam de 10 a 12 bocas para os leitões. O espaçoutilizado por boca corresponde a 0,13 m de comprimento, 0,20 m de largura e 0,15 mde profundidade. O fornecimento de ração deve ser à vontade e com capacidade para70 kg de ração (Anexo 7) .

10.3 Cercas

Têm por objetivo manter os animais dentro dos piquetes.Os piquetes são delimitados por cercas eletrificadas compostas por eletrificadores,

isoladores, palanques com dimensões de 1,10 × 0,08 × 0,08 m, distanciados a cada50 a 60 m; e por estacas intermediárias com dimensões de 1,0 × 0,04 × 0,04 m,distanciados a cada 8 a 10 m e por 2 fios de arame galvanizado ou de nylon, colocadosa 0,35 m e 0,60 m de altura em relação ao solo, respectivamente.

As cercas podem ser confeccionadas de madeira, de ferro de construção, deplástico ou bambu, entre outros materiais.

Para eletrizar as cerca, são utilizados eletrificadores disponíveis no mercado.A creche deve ser cercada com tela metálica de arame galvanizado, com malha

número 4 ou 5.Colocar na parte interna do piquete um fio de arame eletrificado, a 0,10 m do solo

por um período de dez dias após o desmame. A distância entre as estacas varia de 6a 9 m de forma a permitir uma boa tensão entre os fios.

Deve-se limpar periodicamente o local sob as cercas, através de roçadas, evitando-se capinas, pois o solo deve permanecer coberto, a fim de permitir boa visualizaçãodos fios e evitar curtos-circuitos.

O uso de herbicidas não é recomendado porque pode afetar a cobertura do solo econtaminar os animais.

10.4 Rede de Abastecimento de Água

A água tem influência direta no desempenho da criação. Deve ser de boaqualidade, ou seja, potável e em quantidade suficiente para os animais.

A rede hidráulica de preferência deve ser construída com tubos de PVC rígido,com diâmetro suficiente para conseguir vazão adequada nos bebedouros. Tanto arede principal como as secundárias devem ser enterradas a 0,35 m de profundidadepara evitar danos aos canos e manter a temperatura da água sem grandes variações.

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10.5 Bebedouros

Têm por objetivo fornecer água aos animais nos piquetes.O sistema de fornecimento de água deve ser feito mantendo-se uma caixa d’água

como reservatório num ponto mais alto do terreno. A canalização deve ser enterradaa uma profundidade aproximada de 35 cm, evitando-se assim o aquecimento da águanos dias mais quentes.

Deve-se evitar que a água escorra para o interior dos piquetes, com a finalidadede impedir a formação de lamaçal. Por isso, deve-se colocar uma proteção sob osbebedouros e instalar os mesmos na parte mais baixa do piquete.

O bebedouro é fixo. Normalmente usam-se os bebedouros de vasos comunicantes.Podendo-se utilizar os bebedouros do tipo vasos comunicantes com bóia, construídosem concreto individual (Anexos 8) ou do tipo santa rosa (Anexos 9) .

Recomenda-se colocar 1 bebedouro para cada 7 matrizes. Na creche a proporçãorecomendada é de 1 bebedouro para cada 12 leitões.

Deve-se ter o cuidado de isolar com mangueiras plásticas os fios da cerca emfrente ao bebedouro, para evitar que os animais levem choques ao beberem água.

Devem ser limpos diariamente e protegidos da ação solar.Quando a parte externa dos bebedouros ficar dentro da área dos piquetes, essa

deve ser cercada, para evitar que os animais tenham acesso a essa parte dobebedouro. Nesse caso e quando a água coletada dos bebedouros escorrer paradentro dos piquetes, deve-se construir sumidouros, para evitar a degradação do solo.

Com o uso do sistema de rotação nos piquetes, os bebedouros que não estãosendo utilizados devem ser desligados do sistema de fornecimento da água, evitandodesperdícios.

10.6 Sombreadores

São utilizados para fornecer sombra aos animais nos piquetes, principalmenteno verão. Esta sombra pode ser natural, com arborização ou fornecida atravésde sombreadores artificiais (Anexo 10) , que normalmente possuem sustentação demadeira, ferro ou bambu e são cobertos de capim, folhas de palmeira, sombrite ouesteira de bambu.

A área do sombreador móvel deve ser de 3 m2 por fêmea na lactação e 3 m2 pormatriz na gestação. Para o macho recomenda-se uma área de 9 m2. Na creche aproporção de área corresponde a 0,8 m2 por animal alojado.

Quando o SISCAL for implantado em locais com sombra natural deve-se ter ocuidado de proteger as árvores da ação das matrizes, pois estas podem comer acasca das árvores, matando-as. A melhor forma é isolá-las com fios eletrificados quepassam por três sarrafos fincados ao redor do tronco e conectados à cerca elétricapor uma extensão ou usar uma tela de malha 4 ou 5.

É importante que todos os piquetes do sistema tenham uma boa área de sombra.Sugere-se a utilização de espécies caducifólias, que perdem as folhas no período

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hibernal, proporcionando uma boa insolação no inverno e sombreamento no verão. AUva do Japão constitui-se em uma boa opção.

10.7 Escritório e depósito de ração

Consiste num depósito medindo 20 m2 que serve para armazenar ração e realizarpráticas básicas nos animais, principalmente mossagem, castração, pesagem, cortedos dentes e medicação entre outras. Sua localização deve ser próxima aos piquetes,para facilitar os serviços de mão-de-obra.

10.8 Brete de contenção

Consiste num brete de madeira medindo 16 m2 que serve para contenção dosleitões, por ocasião do desmame. Deve estar situado juntamente do depósito de raçãopara facilitar o manejo dos animais (Anexo 11) .

11 Referências Bibliográficas

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12 Anexo 1 – Dimensionamneto do Sistema deProdução

12.1 Descrição do sistema de produção

12.2 Estimativa do material necessário para a instalação da redehidráulica

1 caixa de água de 1000 L2 flanges de 25 mm700 m de cano de PVC 25 mm100 m de cano de PVC 20 mm50 flexíveis 20 mm4 registros 25 mm44 T 25 mm p / 20 mm4 T 25 mm2 joelhos 25 mm45 tampões de 1

250 conexões 1

2"55 bóias de 1

2"4 tubos de cola4 veda rosca44 bebedouros de vaso comunicantes simples ou 21 geminados Santa Rosa.

12.3 Estimativa do material necessário para a instalação da cercaelétrica

1 aparelho de cerca elétrica com capacidade 20.000 m2 astes de cobre2 braçadeiras4 m de fio 10 mm4.200 m fio de arame galvanizado550 m tela tipo malha 5 ou 6 de 0,60m de altura150 palanques de 0,07 × 0,07 × 1,20 m480 estacas de 0,05 × 0,05 × 1,20 m1.000 isoladores grandes de cerca6 kg de prego 17 × 27

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(Todas as medidas são em metros)

- Porteira

480

20 20 20 20

50

2525

C1a C1b

C2a C2b

C3a C3b

C4a C4b

M1a M1b

M2a

M3a M3b

M2b

M4a M4b

M5a M5b

M6a M6b

20 20

40

4040

80

R

Cob1 Cob2

Cob3

RG1a

bG1 G1c

G2a G2b

G3aG2c

G3b G3c

G4a G4b

G4c G5a

G5bG5c

28

28

28

112

28

3

20

20

20

20

120

20

20

21

21

21105

21

21

4

235

21

21

126

21

21

21

R - Reposição

G - GestaçãoCob - Cobrição

C - CrecheM - Maternidade

- Rede hidráulica- Macho Reprodutor

- Caixa d’ água- Brete

- Depósito de ração/escritório/brete de manejo

Legenda

- Bebedouro

21

Figura 2 — Croquis do Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre – SISCAL,para 23 matrizes e dois reprodutores.

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Tabela 1 — Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre – SISCAL– para 23 matrizes

PIQUETESNo Tamanho (m) Área e (m2) Área total (m2)

Cobrição – COB 3 21 × 40 840 2.520Gestação – G 15 21 × 40 840 12.600Maternidade – M 12 20 × 20 400 4.800Creche – C 8 25 × 28 700 5.600Macho 4 20 × 21 420 1.680Reposição – R 2 40 × 21 840 1.680Depósito de raçãoEscritório brete demanejo e áreas de

circulação

±200

ÁREA TOTAL 29.080 m2

13 Anexo 2 – Cabana Cela parideira com lona plástica

A cabana cela parideira é construída em 8 etapas, assim descritas:

1. Estrado (removível)

O estrado removível é confeccionado pela justa posição de 5 (cinco) tábuas –sendo 4 (quatro) com dimensões de 0,30 m × 1,98 m e 1 (uma) de 0,18 m ×1,98 m. Esse tablado fica assentado (pregado) sobre 3 (três) caibros de 0,08 m× 0,08 m × 1,38 m (Figura 3a).

2. Estrutura da Cabana com Cantoneiras de Contraventamento

Moldura constituída por 2 (dois) caibros de 0,10 m×0,10 m × 2,20 m e poroutros 2 (dois) caibros de 0,10 m × 0,10 m × 1,60 m. A moldura deveadquir a forma retangular e com dimensões externas de 2,20 m × 1,60 m(comprimento×largura).

O contraventamento dessa estrutura é proporcionado pela fixação de cantonei-ras de madeira, nos quatro cantos - lado =0,25 m (Figura 3b).

3. Cabeceiras e Escoras

O fechamento das duas cabeceiras se dá pela utilização de: 4 (quatro) tábuasde 0,30 m com 0,75 m no lado menor e 0,92 m no lado maior; 2 (duas) tábuasde 0,30 m com 0,92 m no lado menor e 1,09 m no lado maior; 2 (duas) tábuasde 0,20 m com 0,92 m no lado menor e 1,03 m no lado maior.

Essas cabeceiras posteriormente, serão escoradas por 4 (quatro) caibros0,08 m × 0,08 m× 0,55 m (Figura 3c).

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4. Laterais e Canos de Proteção aos Leitões

A lateral, que possui fechamento fixo, é confeccionada pela sobreposição de 2(duas) tábuas de 0,30 m × 2,24 m e 1 (uma) de 0,15 m × 2,24 m, fixadas àscabeceiras e à estrutura da cabana.

Na lateral oposta é utilizada somente de 1 (uma) guia de 0,15 m × 2,20 m, fixadano vértice superior externo das cabeceiras.

A proteção aos leitões recém-nascidos (neonatos) se dá pela fixação de 4(quatro) canos de 3/4" com 2,24 m, afastados entre si em 0,30 m, bem como0,30 m entre o piso do estrado e o primeiro cano. A fixação dos canos é obtida aovazar (furar) as tábuas junto às entradas da cabana, nas alturas acima descritas.Para que os canos não saiam das posições, dota-se esses de contra-pinosinternos (Figura 3d).

5. Cobertura: estrutura de madeiramento

A estrutura da cobertura é feita através da utilização de: 4 (quatro) ripas de0,06 m × 0,92 m, nas cabeceiras; 3 (três) ripas de 0,06 m × 2,20 m, nas lateraise cumeeira; 6 (seis) ripas de 0,04 m × 0,88 m, nas travessas e 8 (oito) ripas de0,04 m × 0,53 m nas entre-travessas.

A tesoura de duas águas possui vão de 1,60 m e o ponto central da cumeeiraestá a 0,45 m (Figura 3e).

6. Cobertura: telado sobre madeiramento e palhada sobre telado

Uma tela do tipo malha número 6, com dimensões de 1,90 m × 2,30 m, ésobreposta e fixada à estrutura de madeiramento.

Sobre a tela, acrescenta-se uma camada de 0,05 m de cobertura vegetal seca(palhada – capim) (Figura 3f).

7. Recobrimento com Lona Plástica

Sobre a camada de palhada é colocada uma lona plástica, com dimensões de3,00 m × 2,50 m, que é fixada por ripas de 0,03 m × 0,015 m.

Oportunamente (em períodos quentes), a lateral que é protegida somente porlona plástica, terá o recurso de ser móvel (recolhendo-se), proporcionandoventilação no interior da cabana.

8. Solário para Leitões recém nascidos

Para permitir que os leitões recém-nascidos tenham acesso ao meio externo dacabana, sem no entanto dispersarem-se, até o terceiro dia após o parto usa-seem ambas as aberturas um cercado em guias de madeira com altura de 0,15 m× 1,00 m de lado. Ao dotar-se essas guias com dobradiças, proporciona-sea formação natural e firme dos cantos, bem como praticidade na operação demontagem e desmontagem (Figura 4c e d).

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Tabela 2 — Material de necessário para montagem da cabana cela parideira

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho (m) Utilização

4 Un Tábuas 1,98 × 0,3 × 1" Estrado assoalho1 Un Tábuas 1,98 × 0,18 × 1" Estrado assoalho

4 Un Tábuas0,3 × 0,75 ladomenor e 0,92

lado maior × 1"Cabeceira

2 Un Tábuas0,3 × 0,92 ladomenor e 1,09

lado maior × 1Cabeceira

2 Un Tábuas0,2 × 0,92 ladomenor e 1,03

lado maior × 1Cabeceira

2 Un Tábuas 2,24 × 0,30 × 1" Laterais1 Un Tábua 2,24 × 0,15 × 1" Laterais1 Un Guia 2,20 × 0,15 × 1" Laterais6 Un Guias 1,0 × 0,15 × 1" Solário

4 Un Ripas 0,92 × 0,06 × 1"Coberturacabeceira

3 Un Ripas 2,20 × 0,06 × 1" Cobertura

6 Un Ripas 0,88 × 0,04 × 1"Coberturatravessa

8 Un Ripas 0,53 × 0,04 × 1"Cobertura entre

travessas

10 m Ripas 0,015 × 0,03 × 1"Fixação dacobertura

3 Un Caibros 1,38 × 0,08 × 0,08 Estrado assoalho2 Un Caibros 2,20 × 0,10 × 0,10 Estrutura2 Un Caibros 1,60 × 0,10 × 0,10 Estrutura4 Un Caibros 0,55 × 0,08 × 0,08 Cabeceira4 Un Cantoneiras 0,25 × 1" Estrutura

4 UnCanos galvanizados

3/4"2,24 Proteção dos leitões

1 Un Tela tipo malha 6 1,90 × 2,30 Cobertura1 Un Cortina de aviário 3,00 × 2,50 Cobertura4 Un Dobradiças 2" Solário

40 m Arame Fixação cobertura40 Kg Palha seca Cobertura1 Kg Pregos 17 × 27 Fixação

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a b

c

....

d

ef

1,38 m1,95 m.

. .1,60 m 2,20 m

.

..

.

0,60 m 0,50 m

0,50 m

.

.0,75 m

.

...

.

Figura 3 — Cabana cela parideira: a) Estrado Independente (removível); b) Estruturada cabana com cantoneiras de contraventamento; c) Cabeceiras eescoras; d) Laterais e canos de proteção aos leitões; e) Cobertura:estrutura de madeiramento; f) Cobertura: telhado sobre madeiramentoe palhada sobre telado.

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c

a b

d

.

1 m

.

.1 m

.0,15 m

.

.

Figura 4 — Cabana cela parideira: a) Cabana recoberta com lona vista fronto-esquerda; b) Cabana recoberta com lona vista fronto-direita; c) Soláriopara leitões recém-nascidos; d) Detalhe do solário articulável (comdobradiças).

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...

.

1,60 m

2,2

0 m

.

...

0,4

5 m

0,7

5 m

1, 2

0 m

.

.

.

.

.

.

.

.

. ...

.

0.60 m 0.50 m 0.50 m

...

a

b

c d

e

0,30 m

0,30 m

Figura 5 — Cortes: a) Planta baixa; b) Corte longitudinal; c) Corte transversal; d)Fachada lateral; e) Fachada frontal.

39

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14 Anexo 3 – Cabana cela parideira tipo chalé

As cabana de maternidade cela parideira do tipo chalé são construídas em 6etapas assim descritas:

1. Base

A base da cabana é constituída por moldura formada por quatro tábuas, sendoduas tábuas laterais de 2,20 m × 0,25 m × 1" e por outras duas tábuas nacabeceira de 1,80 m × 0,15 m. As tábuas laterais são perfuradas em quatropontos equidistantes para proporcionar a posterior fixação da lona de cobertura(Figura 6a).

2. Cabeceiras

As cabeceiras da cabana são fechadas através de 12 tábuas com as seguintesdimensões: 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,25 m e o lado maior de0,42 m; 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,42 m e o lado maior de 0,62m; 4 tábuas de 0,20 m com o lado menor de 0,62 m e o lado maior de 0,85 m(Figura 6b) e conforme detalhe (Figura 7g).

3. Linhas de Inclinação da Cobertura e Linhas de Proteção aos Leitões

As linhas de inclinação da cobertura são formadas por quatro ripas de 1,30 m ×0,10 m × 1", fixadas nas tábuas das cabeceiras (Figura 6c).

As barras de proteção aos leitões se constituem na fixação de duas tábuas de2,20 m × 0,20 m × 1" a 0,25 m do chão e outras duas tábuas de 2,20 m× 0,10 m× 1". A distância entre as tábuas é de 0,10 m. A fixação das linhas de proteçãoaos leitões é proporcionada por uma escora de 0,45 m × 0,05 m × 0,025 m,pregada interiormente à parede de cabeceira, no limiar (0,025 m) da abertura(Figura 6c).

4. Terças de Cobertura e Cumeeira

Três guias de 2,25 m × 0,05 m × 0,025 m são pregadas sobre e entre ascabeceiras da cabana (Figura 6d)

5. Cobertura – Esteira

Uma esteira de taquara de dimensões 2,30 m × 2,65 m é fixada sobre as guiasque são fixadas nas cabeceiras (Figura 6e).

6. Cobertura – Palha

Sobre a esteira de taquara acrescenta-se uma camada de 0,08 m de coberturavegetal seca (palha - capim).

7. Cobertura – Lona Plástica .

Sobre a camada de palha, é colocada uma lona de aviário de dimensões de3,00 m × 2,50 m. A fixação é feita através de duas barras de ferro de construção

40

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12" de 2,25 m com a lona tencionada nas laterais da cabana. Essas barras sãointroduzidas na bainha e fixadas junto às tábuas laterais da base (Figura 6f).

Tabela 3 — Material necessário para montagem da cabana cela parideira – tipochalé

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho (m) Utilização

2 Un Tábuas 2,20 × 0,25 × 1" Base2 Un Tábuas 1,80 × 0,15 × 1" Base

4 Un Tábuas0,20 × 0,25

lado menor e0,42 lado maior × 1"

Cabeceira

4 Un Tábuas0,20 × 0,42

lado menor e0,62 lado maior × 1"

Cabeceira

4 Un Tábuas0,2 × 0,62

lado menor e0,82 lado maior × 1"

Cabeceira

4 Un Tábuas 1,30 × 0,20 × 1" Inclinação cobertura2 Un Tábua 2,20 × 0,20 × 1" Proteção dos leitões2 Un Tábua 2,20 × 0,10 × 1" Proteção dos leitões4 Un Sarrafos 0,45 × 0,025 × 0,05 Proteção dos leitões3 Un Guia 2,25 × 0,025 × 0,05 Terças Cumeeira

1 UnEsteira detaquara

2,65 × 2,30 Cobertura

6 Un Guias 1,0 × 0,15 × 1" Solário4 Un Dobradiças 2" Solário

40 m Arame Fixação cobertura40 Kg Palha seca Cobertura1 Kg Pregos 17 × 27 Fixação2 Un Ferro construção 1/2" × 2,25 Cobertura

41

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d

ab

c

.

..

.

e f

1,80 m

.

.

2,20 m

.

.

x x x x

x x x x

0,60 m0,60 m

0,60 m

inclinação

proteção

.. . .

terças

0,25 m

esteira

.

Figura 6 — Cabana de maternidade – Tipo Chalé: a) Base; b) Cabeceira; c)Inclinação da cobertura e proteção aos leitões; d) Terças e cumeeiras;e) Cobertura – Esteira; f) Cobertura – Palhada sob cortina de aviário.

42

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Figura 7 — Cabana de maternidade – Tipo Chalé: a) Planta baixa; b) Cortelongitudinal; c) Corte transversal; d) Vista lateral – sem cobertura; e) Vistafrontal; f) Vista lateral – com cobertura da esteira; g) Detalhe g; h) Esteirade taquara.

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15 Anexo 4 – Creche móvel sobre cama para suínos

O modelo de creche móvel é um sistema de criação de leitões, construído emestrutura de madeira, coberto com lona em PVC para caminhão, medindo 6 m× 3,5 m,colocada sobre uma estrutura de ferro (CA–60 e CA–50). Possui dimensões de 6 m ×2,4 m × 1,2 m (comprimento, largura, altura).

O modelo é composto por 4 módulos 3 m × 1,2 m, e 2 módulos de 2,4 m × 1,2 m(Figuras 1 e 2) sendo:• módulos 1, 2, 4 e 5 – módulos laterais

• módulo 3 – portão

• módulo 6 – comedouro

Os módulos 1, 2, 4 e 5, são constituídos por 2 tábuas de madeira de 3 m × 0,25 m;4 montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura× altura); 1 guia superior com 0,10 m × 3 m; 1 guia de beiral de 0,15 m × 3,0 m; 4apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; telametálica – tipo aviário, malha 6, de 0,70 m × 3,0 m.

O detalhe dos cantos, nos últimos módulos laterais, que formam os cantos dacreche, logo abaixo da guia beiral, é fixado um conjunto de dobradiças em quea primeira peça consiste em uma chapa metálica 0,03 m × 0,14 m, com 4 mmde espessura (DC1), com uma extremidade soldada em um elemento metálico fixo(macho). A parte móvel da dobradiça (DC2) é soldada a uma chapa de 0,03 ×0,07 m, um segmento de cano, que é a parte (fêmea) da dobradiça. Essa peça éparafusada ao montante do portão móvel da cabeceira de acesso. Esse conjunto(encaixe/dobradiça) também é fixado na parte inferior do canto, assim como em todosos cantos da creche móvel, inclusive na cabeceira dos comedouros (Figura 10).

O detalhe de amarramento conforme detalhado em (DA2), em cada montante deamarramento (entre módulos laterais e entre módulos de comedouros) fixa-se umachapa metálica de 0,03 × 0,05 m, soldada a esta chapa, um segmento de canoque transpassará um ferrolho de amarração (DA3). Na base dos montantes deamarramento (entre módulos e cantos) fixa-se uma cantoneira metálica (DA4), comparafusos e essa é perfurada para que se processe estaqueamento (Figura 11).

O módulo 3 (portão) é constituído por 4 tábuas de madeira de 1,2 m × 0,25 m; 4montantes, que são caibros de 0,06 m × 0,08 m × 1,20 m (comprimento × largura ×altura); 2 guias superiores com 0,10 m × 1,2 m; 2 guias de beiral de 0,15 m × 3,0 m;8 apoios para a guia de beiral na forma de triângulo equilátero de 0,10 m de lado; telametálica - tipo aviário, malha 6, possuindo 0,70 m × 2,4 m. Esse módulo é divididoao meio, de forma que as duas metades formam o portão de acesso ao interior dasinstalações (Figura 12). Possui cortinado de lona de aviário, formando um semi-círculode 1,5 m de raio.

O módulo 6 (comedouro) é constituído por dois comedouros e um tablado demadeira. Cada comedouro possui 1,0 m × 0,8 m × 0,3 m (comprimento × altura ×largura), posicionado entre os montantes da cabeceira. Esses comedouros (Figuras13 e 14) são constituídos de:

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• 1 tampa superior (j1) em prancha de 1,0 m × 0,30 m;

• depósito de ração (j2) formado por um funil de duas tábuas justapostas de 1,06m × 0,20 m;

• fundo do cocho (j3) em prancha de 1,0 m × 0,30 m, afastado do nível do chão0,20 m, coincidindo com a altura do estrado (k);

• limiar do cocho (j4) em madeira de 0,96 m × 0,80 m;

• gradil separador (j5) em ferros de construção, com 0,20 m, distribuídosequidistantes entre o limiar do cocho e o funil do depósito de ração.

Para que haja fluxo de ração do depósito de ração ao cocho, dota-se o comedourode duas barras móveis (j6) em ferro de construção, suspensas por uma barra fixa deferro entre um lado e outro do comedouro (internamente ao depósito de ração). A faceposterior do comedouro (j7), que consiste na cabeceira dos comedouros, é constituídapor três pranchas justapostas de 1,20 m × 0,30 m, para cada módulo.

O tablado possui dimensões de 2,25 m × 1,25 m e 0,20 m de altura.A estrutura da cobertura é confeccionada em arcos de ferros de 1/2", sendo

que suas extremidades são dotadas com dispositivo de encache ao montante (i),conforme detalhe (DA1). Esse dispositivo é confeccionado em chapa de 1/4".Também esses arcos são unidos por três segmentos de canos galvanizados, 0,03m, no sentido transversal e distribuídos eqüidistantes à barra estrutural. Os cursores(Figura 15) proporcionam o contraventamento dos arcos estruturais, via parafuso,pressionando as barras de contraventamento (c) aos arcos estruturais. As barras decontraventamento em ferro de 1/2" possuem 6 m de comprimento.

Legenda adotada aos desenhos de creche móvel sobre cama:1 – Cabeceira de acesso

a – Lona de coberturab – Arcos estruturais da coberturac – Barras de contraventamentod – Fechamento cortinado da cabeceirae – Guia superior do portãof – Guia beiralg – Tela metálicah – Fechamento inferior do portãoi – Montantesj – Comedourok – Estrados – Guia superior do módulo

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Tabela 4 — Material necessário para montagem da creche móvel sobre cama

Totalização de materiais para montagem do Brete de manejoQuanti-

dadeUni-dade

Especificação Tamanho (mt) Utilização

1 Un Lona de cobertura 6 × 3,5 Cobertura

2 Un Lona de aviárioSemi círculo de

1,5 m raioCabeceiras

7 Barras Ferro de construção 1/2" 3,5 Cobertura

14 UnEncaches dos arcos

das estruturais aos montantes– Cobertura

21 UnCursores soldados asbarras de estruturais

– Cobertura

3 Barras Ferro de construção 1/2" 6 Cobertura1 Un Guia de madeira 2,4 × 0,10 × 1" Portão1 Un Guia de madeira 3,0 × ,010 × 1" Guia lateral1 Un Tela metálica tipo malha 6 2,40 × 0,70 Portão4 Un Tela metálica tipo malha 6 3,0 × 0,70 Módulo lateral4 Un Tábua de madeira 1,0 × 0,3 × 1" Comedouro8 Un Tábua de madeira 0,96 × 0,3 × 1" Comedouro2 Un Guias de madeira 0,9,6 × 0,1 × 1" Comedouro

18 Barras Ferro de construção 1/2" 0,20 Comedouro4 Barras Ferro de construção 1/2" 1,0 Comedouro2 Barras Ferro de construção 1/2" 1,1 Comedouro5 Un Tábua de madeira 2,25 × 0,30 × 1" Estrado3 Un Tábua de madeira 1,50 × 0,20 × 1" Estrado8 Un Tábua de madeira 3,0 × 0,25 × 1" Módulo lateral

23 Un Caibros de madeira 1,2 × 0,08 × 0,06 Montante4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,05 × 0,05 Módulo lateral4 Un Guias de madeira 3,0 × 0,10 × 1" Módulo lateral

16 Un Apoio das guiasTriângulos de 0,15 m

de ladosMódulo lateral

8 Un Dobradiças – Cantos

3 Un Encaixes –Amarração entre

os módulos10 Un Cantoneiras metálicas3 Un Bebedouros Creche Módulo laterais

88 Un Parafusos 5/16 × 5" Fixação estrutura35 Un Parafusos 5/16 × 2" Arcos da cobertura2 Kg Prego 18 × 30 Fixação1 Kg Grampo de cerca – Fixação da tela

30 Un Borrachas com ganchos – Fixação da lona

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j

módulo 5

módulo 4

Detalhe D C

Detalhe A Dmódulo 2

i

fs

módulo 3

c

b

módulo 1módulo 6

.

..

Figura 8 — Perspectiva do modelo de creche

i i

k

j

j

M L 3 .0 0 M L 3 .0 0

2.4

0

Figura 9 — Planta baixa do modelo de creche

47

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DC 1

s

f

DC 2

Figura 10 — DC – Detalhe de canto

DA 3DA 2

i

DA 1

DA 4

b.

.

.

Figura 11 — DA – Detalhe de Amarramento

48

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a

b

c

def

g

hi

Figura 12 — Vista do módulo 3 – portão

k

j1

.. .

.

.. . . .

.

...

. . . .. . .

Figura 13 — Perspectiva do módulo 6 – Comedouro

49

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...

..

. ..j3

k

j7

j6

j1

j4

j5

j2

Figura 14 — Corte transversal do comedouro

cb

Figura 15 — Detalhe DD

50

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16 Anexo 5 – Comedouro de gestação

O modelo do comedouro é composto por 3 partes:• parte 1 – base (pneu);

• parte 2 – aros e raios (ferro);

• parte 3 – tampa (madeira).

Etapas de confecção:

Divida-se ao meio um pneu 1000. Em seguida confeccione um aro de ferro (4mm)com 1 m de diâmetro e um anel de ferro com 0,05 m de diâmetro. Serre 8 pedaços deferro de construção 3/8" de o,20 m de comprimento e 4 pedaços de ferro chato de 4mm com 0,05 m de comprimento. Separe 4 parafusos 5/16 × 1 1/2".

A montagem do comedouro é simples: inicia-se pela construção da tampa docomedouro que é constituída por tábuas, proporcionando um círculo de raio de 0,55 me fixadas uma as outras por 2 caibros de 0,06 m × 0,06 m × 0,50 m e fixado aopneu via um caibro central de 0,06 × 0,06 × 0,60 (detalhe c16). Solde os 4 pedaçosde ferro chato junto ao aro externo de ferro (1 m diâmetro). Posteriormente soldedos 8 pedaços de ferro (raios) de construção entre o aro externo e o anel central(Figura 16a).

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.. .

.

..

...

.

.

..

..

.. .

.

.

.

Legenda:

1 - ½ pneu 1000 (100 cm) sem arames2 - Aro externo confeccionado em ferro chato de 4 m m(1 m diâmetro)3 - 8 ferros de construção 3/8”, soldados equidistantes aoaro e a um anel central (raios)4 - Tampa de madeira (0,25 m ) com diâm etro de 0,5 5 m5 - F ixação da tampa de madeira, pela parte inferior docomedouro, por caibro de m adeira 0,06 x 0,06 x 0,6 m6 - C hapas metálicas (4 mm ) com dimensões de 0,02 x0,05 m soldadas equidistantes ao aro externo. Perfuradaspara proporcionar fixação, via parafuso, ao pneu.7 - Anel central (0,05 m de diâmetro).

2

31

4

A

B

1

4

5

a b

3

42

1

5

.

c

d

2

6

1

.

7

7

Figura 16 — Comedouro confeccionado com pneu 1000 usado; a)Vista superior; b) Vista inferior; c) Corte AB; d) Detalhede fixação do aro externo do pneu.

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17 Anexo 6 – Comedouro de maternidade

O modelo do comedouro é apresentado em 5 etapas (Figura 17) sendo:• etapa 1 – base e fechamento posterior (a);

• etapa 2 – fechamento laterais (b);

• etapa 3 – depósito de ração (c);

• etapa 4 – colarinhos e ripa limiar (d);

• etapa 5 – cobertura e estacas (e).

A base é confeccionada pela justaposição de 2 tábuas, sendo uma com dimensãode 0,30 m × 0,46 m e a outra com 0,20 m × 0,46 m, proporcionando que o tablado defundo obtenha as dimensões totais de 0,46 m × 0,50 m. Esse tablado fica (pregado)sobre 2 caibros de 0,70 m × 0,08 m × 0,08 m (comprimento × largura × altura)(Figura 17a).

O fechamento posterior se dá pela justaposição de 2 tábuas, sendo uma com0,30 m × 0,80 m e a outra com 0,20 m × 0,80 m, proporcionando o fechamentoposterior com dimensões de 0,50 m × 0,80 m (Figura 17b ).

As laterais têm a dimensão total de 0,50 m na base inferior e 0,80 m no lado menor(fundos), e 1,0 m no lado maior (frente). Quando confeccionadas pela justaposiçãode tábuas, essas têm as seguintes dimensões: largura de 0,20 m × 0,80 m na alturamenor e 0,88 m na altura maior e, outra com largura de 0,30 m por 0,88 m na alturamenor e 1,0 m na altura maior (Figura 17b).

O depósito de ração consiste na fixação de uma prancha com as dimensõesde 0,46 m × 0,90 m, formando um funil em direção ao fundo do comedouro(Figura 1c). O apoio e fixação dessa prancha é proporcionado por ripas de0,02 m × 0,02 m × 0,90 m (largura × altura × comprimento), fixado na diagonalinterna de cada lado (Figura 17d). Na parte superior externa, em ambas as lateraisfixa-se uma ripa de 0,025 m × 0,04 m × 0,56 m, e na parte posterior com 0,54 m.

É fixada uma ripa frontal de 0,045 m × 0,07 m × 0,46 m. Na base do comedouro,onde o animal terá acesso à ração, é de extrema importância que essa ripa limiar sejafixada com inclinação de 60 graus e recoberta com chapa galvanizada (Figura 17d).

A cobertura do comedouro consiste de uma chapa galvanizada com dimensões de0,70 m × 0,70 m. Em uma das extremidade são fixadas 2 dobradiças de 2" que seficam presas colarinho posterior (Figura 17i).

Para fixar o comedouro ao solo são necessárias 2 estacas (ganchos), confeccio-nadas em ferro de construção com dimensões de 0,40 m, dobradas sobre os caibrosda base, na frente do comedouro, com enterrio de 0,30 m (Figura 17e).

É de grande valia que o interior da base do cocho (fundo) seja revestido com chapagalvanizada, formando uma bandeja. Essa chapa deverá, obrigatoriamente, recobrira ripa limiar.

Opcionalmente poderá ser revestido todo o interior do comedouro com chapagalvanizada.

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Para evitar que a tampa de cobertura venha a ser aberta por ação de ventos,usa-se amarrar (arame macio) a chapa galvanizada à prancha do depósito de ração.

A justaposição de chapas de madeira tem melhor eficiência de vedação se foradotado junta macho e fêmea ou mata-junta.

Tabela 5 — Totalização de materiais para montagem do comedouro de maternidade

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho Utilização

2 Un Caibros 0,08 m × 0,08 m × 0,70 m Base1 Un Tábua 0,3 m × 0,46 m × 1" Base1 Un Tábua 0,2 m × 0,46 m × 1" Base1 Un Tábua 0,3 m × 0,80 m × 1" Fechamento posterior1 Un Tábua 0,2 m × 0,80 m × 1" Fechamento posterior2 Un Tábuas 0,2 m × 0,80 m × 0,88 m × 1" Fechamento lateral2 Un Tábuas 0,3 m × 0,80 m × 0,88 m × 1" Fechamento lateral1 Un Tábua 0,46 m × 0,90 m × 1" Depósito de ração2 Un Ripa 0,02 m × 0,02mm × 0,90 m Depósito de ração1 Un Ripa 0,025 m × 0,04 m × 0,46 m Colarinho1 Un Ripa 0,025 m × 0,04 m × 0,50 m Colarinho1 Un Ripa 0,045 m × 0,07m × 0,46 m Ripa limiar1 Un Chapa 0,70 m × 0,70 m Cobertura

galvanizada2 Un Ferro de 0,7 m Fixação

construção2 Un Dobradiças 2" Cobertura articulação

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0,50 m

..

b

.

c

d f

g h i

0,46 m

0,8

0 m

0,70 m a

..

..

.

..

. ..

..

.

1m

0,50 m

0,50 m

0,8

0 m

..

.

e

0,70 m0,70 m

D ob rad i ças

.

Figura 17 — Comedouro de maternidade: a) base e fechamento posterior docomedouro; b) fechamentos laterais; c) depósito de ração/dosador; d)colarinhos e ripa limiar; e) cobertura e estacas; f) vista lateral; g) cortetransversal; h) vista frontal; i) vista posterior.

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18 Anexo 7 – Comedouro de creche

1. Base do Comedouro

Base confeccionada pela justaposição de 5 (cinco) tábuas de 0,20 m × 1 m,proporcionando um tablado com dimensões de 1 m × 1 m. O fundo decomedouro é fixado sobre 3 (três) caibros de 0,05 m x 0,05 m × 1 m, sendoum em cada extremidade e outro sobre o meio (Figura 18a).

2. Direcionador de Ração

Consiste em fixar duas tábuas com dimensões de 0,15 m × 1 m, dando a formatriangular, sendo que a base do triângulo também é de 0,15 m, fixada ao centroda base do comedouro, no sentido longitudinal (Figura 18a).

3. Laterais do Comedouro

Consiste de 4 (quatro) peças, com dimensões conforme Figura 18 detalhe (d),fixadas nas laterais da base do comedouro.

4. Anteparo do Comedouro

Cada face do cocho, fixada sobre o fundo do comedouro em suas extremidadese entre as laterais do cocho, é dotada de uma peça com dimensões de0,08 m × 0,96 m. A inclinação irá acompanhar a da lateral, ou seja, 60o.

5. Limiar do Comedouro

Cada face do comedouro, fixada sobre os anteparos do cocho, e às laterais dococho, é dotada de uma peça de 0,03 m × 0,05 m × 1 m (largura × altura ×comprimento).

6. Laterais do Depósito de Ração

Consiste de (2) duas peças com dimensões de 0,30 m × 0,65 m, sendo umapara cada lateral do cocho, fixada lateralmente à base do comedouro e central àesta.

7. Depósito de Ração

Com a finalidade de depositar e distribuir continuamente a ração.

Para cada face do depósito é necessário duas tábuas de 0,30 m × 1 m e outrasduas tábuas de 0,10 m × 1 m, fixadas nas laterais do depósito de ração, sendoque devem ficar inclinadas em direção ao direcionador de ração, formando umfunil proporcionado pelas duas faces do depósito (Figura 18c).

8. Colunas de Sustentação da Cobertura

Consiste em fixar uma peça de 0,10 m × 1,10 m em cada lateral do comedouro,sobre as laterais do depósito de ração.

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9. Laterais da cobertura

Fixadas internamente às colunas de sustentação, consistem em peças triangu-lares com base de 1 m e com altura de 0,30 m.

10. Estrutura da Cobertura

Consiste de 3 (três) sarrafos de 0,04 m × 0,04m × 0,98 m (altura × largura× comprimento), fixados entre as laterais da cobertura, sendo um no vérticesuperior (cumeeira) e os outros dois nos vértices inferiores.

11. Cobertura

Consiste de 1 (uma) chapa galvanizada com dimensões de 1,15 m × 1,30 m,fixada sobre as laterais da cobertura e aos sarrafos da cobertura. Possui duaságuas proporcionadas pelo vinco de cumeeira. Cada água terá 0,65 m.

12. Divisores da boca do comedouro

Consiste na colocação de 4 (quatro) pedaços de ferro de construção de 1/2" de0,30 m de comprimento, colocadas a cada 0,20 m de distância uma da outra.

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Tabela 6 — Totalização de materiais para montagem do comedouro de creche

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho (m) Utilização

5 Un Tábuas 1,0 × 0,20 × 1" Fundo3 Un Caibro 0,05 × 0,05 × 1 Fundo2 Un Tábuas 1,0 × 0,15× 1" Direcionador de Ração4 Un Tábuas 0,48 × 0,42 ×1" Laterais (detalhe d)2 Un Ripas 0,08 × 0,96 × 1" Anteparo2 Un Tábuas 0,03 × 0,05 × 1" Limiares2 Un Tábuas 0,3 × 0,65 × 1" Laterais do Depósito4 Un Tábuas 0,3 × 1,0 × 1" Depósito de ração4 Un Tábuas 0,10 × 1,0 × 1" Depósito de ração

2 Un Ripas 0,1 × 1,10 × 1"Colunas de Sustentação

da Cobertura2 Un Ripas 0,30 × 1,0 × 1" Laterais da cobertura3 Un Ripas 0,04 × 0,04 × 0,98 Estrutura da Cobertura8 Un Ferro de 1/2 0,30 Bocas do comedouro

construção1 Un Chapa 1,15 × 1,0 Cobertura

galvanizada

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. ...

...

. .

.

ab

c

d

e

0,48 m

0,085 m

0,42 m

0,065 m

0,27 m

Figura 18 — Detalhe da construção do comedouro: a) Direcionador de ração; b)Fixação da lateral e detalhe a; c) Depósito de ração e limiar docomedouro; d) Detalhe A; e) Visto geral do comedouro

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..

. . ..

..9

8

6

5

3

11

5

6

12

P ER SP EC TIV A

.

....

9

8

6

3

V IST A L ATE RA L

...

..

.

..

10

9

8

7

354

1

2

C OR TE

..

.....

.. . . . .

V IST A F RO NTA L

1 = Ba se d o co m ed ouro2 = Direc iona dor da ra çã o3 = Laterais d o co m ed ouro detal he d4 = An te paro d o co m edo u r o5 = Lim iar do com ed ouro6 = Laterais d o co m ed ouro7 = Fre nte do comed ouro8 = Co luna d e su sten ta çã o da cob ertura9 = Laterais d a co ber tura10 = E strutura d a co ber tura11 = C obe rtura do comed ouro12 = D ivisores d a boca do com edo uro

11

8

7

635

41

12

Figura 19 — Comedouro de creche (Perspectiva; Vista lateral; Corte; Vista frontal)

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19 Anexo 8 – Bebedouro vasos comunicantes

O bebedouro de vasos comunicantes é instalado sobre uma base de concreto de0,72 × 0,42 m, e esta deverá ter uma inclinção de 5% para fora do piquete, evitandoassim que a água desperdiçada pelos suínos entre nos piquetes.

Os bebedouros que não estão sendo utilizados deverão ser desligados de redehidráulica.

Figura 20 — Sistema de fornecimento de água no SISCAL

Figura 21 — Bebedouro utilizado no SISCAL

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20 Anexo 9 – Bebedouro de vaso comunicante –geminado – Santa Rosa

20.1 Localização dos bebedouros

Os bebedouros devem ser instalados na parte mais baixa dos piquetes.Em frente aos bebedouros, os fios da cerca deverão ser isolados, revestindo-os

com uma mangueira plástica, evitando assim que as matrizes suínas recebam choqueelétrico ao beber água.

20.2 Instalação dos bebedouros

Os bebedouros devem ser confeccionados no local de sua instalação, de forma afornecer água para dois piquetes. A base possui uma dimensão de 0,8 m × 1.10 m× 0,08 m (comprimento × largura × altura), chanfrado nos cantos (Figura 21 A). Essabase deverá ficar levemente desnivelada, sendo que a parte mais inferior fique parafora do piquete, evitando que o desperdício de água escorra para dentro dos piquetes.

O depósito de água e o nicho bebedouro, propriamente ditos, são confeccionadosem tijolos maciços e rebocados. O depósito de água tem uma altura de 0,10 m(Figura 21 B) e os bebedouros tem um diâmetro interno de 0,18 m (Figura 21 A).Entre o depósito da água e o bebedouro, na base do bebedouro é colocado umsegmento de cano de 1/2" (Figura 21 B - detalhe b) e no fundo do depósito de águado bebedouro são fixados duas luvas de 1/2" (Figura 21 c), sendo uma para a limpezados bebedouros (detalhe c) e a outra para a entrada da água (detalhe a).

O depósito de água deverá ficar nivelado. Ao redor dos bebedouros deve serconfeccionada uma proteção frontal (calha), com três centímetros de altura, assimcomo um declive entre os bebedouros e a calha frontal, evitando o acúmulo de águaentre eles (Figura 21 c).

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80

2615 20

15

39

41

22 51 22

41

6625

ac 8

68188158188

833

b

80 1510

8

3

2

4818818818842

BÓIA

DRENO ( c )

VÁLVULA

c

b

b

10 cm C

D

B

110

NICHO DEPÓSITO D´ÁGUA

NICHO BEBEDOURO

A

a

X

Y

Corte X

Corte Y

20

a

Figura 22 — Bebedouro de vaso comunicante geminado – Santa Rosa; A) vistasuperior; B) corte X; C) corte Y; D) perspectiva.

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21 Anexo 10 – Sombreador móvel

Os sombreadores móveis são construídos em estrutura de ferro de construção ecobertos com cortina de aviário. Possuem dimensões de 2,80 m × 2,80 m × 1,80 m(comprimento, largura, altura).

O modelo da sombra móvel é apresentado em 3 etapas (Figura 22) sendo:• etapa 1 – esteios;

• etapa 2 – mãos francesas;

• etapa 3 – cobertura.

Os Esteios são constituídos por 4 peças em ferro de construção 5/8" com 1,80 m decomprimento, onde nas extremidades inferiores dos esteios é soldado um segmentode ferro de construção 1/2" com 0,35 m de comprimento, de tal forma que proporcioneum trespasse de 0,10 m, cuja finalidade deste é de ficar enterrado 0,25 m no solo.

Nas extremidades superiores dos esteios, a 0,60 m, são soldados 4 ferros deconstrução de 1/2" com 1,80 m de comprimento, formando-se um quadrado perfeito,e que chamaremos de base da estrutura (Figura 22c).

Outros quatro ferros de construção de 1/2" com 1,80 m de comprimento sãosoldados nas extremidades dos esteios, proporcionando a base da cobertura. Umabarra de ferro com as mesmas dimensões é soldada entre um lado da base dacobertura e o lado oposto (Figura 22e).

Oito mãos francesas em ferro de construção 1/2" com 1,50 m são soldadas entrea intersecção da base da estrutura e os respectivos esteios de canto, direcionadas esoldadas ao centro da base de cobertura, mais 4 barras de ferro de construção 1/2"com 0,60 m de comprimento são soldadas entre as intersecções das mãos francesase as barras da base da cobertura, direcionadas e soldadas junto ao centro das barrasda base da estrutura (Figura 22e).

Para proporcionar uma estrutura de cobertura com duas águas, 2 (dois) pontaletesem ferro de construção de 1/2" com 0,30 m de comprimento são soldados de um ladoe de outro, ao centro e acima das barras da base de cobertura.

As tesouras são definidas por 3 (três) peças de ferro de construção 1/2" com 3,00m de comprimento entre as extremidades dos esteios e soldadas na extremidadesuperior dos pontaletes, bem como do centro da base de cobertura ao lado oposto,formando o respectivo ângulo de cobertura (Figura 22d).

A cumeeira constitui-se em uma barra de ferro de 1/2" com 2,80 m de comprimento,soldada sobre o divisor de águas, formado pelas tesouras.

Entre os intervalos formados pelas tesouras, solda-se de um lado ao outro,passando sobre a cumeeira, 2 (dois) arames de ferro 5/6" com 3,00 m. Sobrepondo aestrutura de cobertura é fixado cortina de aviário com dimensões de 4,1 × 3,50 m.

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.

. ..

..

.

. ..

..0,50 m

a b

2,80 m2,80 m

1,8

0 m

c d

1,50 m

e

0,25 m

.

. 0,60 m

Figura 23 — Sombreador móvel. a) Perspectiva do modelo do sombreador móvel; b)Corte AB; c) Vista do esteio; d) Perspectiva da estrutura da cobertura;e) Esquema da montagem do sombreador.

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Tabela 7 — Totalização de materiais para a sombra móvel

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho Utilização

4 Barra Ferro de construção 5/8" 1,80 m Esteios4 Barra Ferro de construção 1/2" 0,10 m Esteios

10 Barra Ferro de construção 1/2" 2,80 m Base da Cobertura8 Barra Ferro de construção 1/2" 1,50 m Mão francesa4 Barra Ferro de construção 1/2" 0,60 m Pontalete2 Barra Ferro de construção 1/2" 0,30m Cobertura3 Barra Ferro de construção 1/2" 3,00 Cobertura2 Barra Ferro de construção 5/6" 3,0 m Cobertura

1 UnLona plástica oucortina de aviário

4,10 m × 3,50 m Cobertura

4 Un Retalhos de feltros 0,20 m × 0,20 m Cantos da lonaArame macio e

tiras de borrachasFixar a lonas

22 Anexo 11 – Brete de manejo e carregador

Material necessário para montagem do Brete de manejo

Tabela 8 — Totalização de materiais para montagem do Brete de manejo

Quanti-dade

Uni-dade

Especificação Tamanho (mt) Utilização

14 Un moirões 1,2 × 0,10 × 0,10 Lateral8 Un Tábuas 4,0 × 0,2 × 1" Lateral8 Un Tábuas 2,0 × 0,2 × 1" Lateral

10 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões4 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões2 Un Tábuas 1,0 × 0,2 × 1" Cancelas ou portões6 Un Dobradiças 4" Cancelas ou portões2 Un Trinco Médio Cancelas ou portões3 Kg Pregos 18 × 30

O carregador móvel é construído com uma estrutura metálica (Figura 2)

Material necessário para montagem do Carregador móvel

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Tabela 9 — Totalização de materiais para montagem do carregador móvel

Quantidade Unidade Especificação Tamanho (mt) Utilização4 Pedaço Cano galvanizado 1" 3,3 Fechamento

superior e inferior2 Pedaço Cano galvanizado 1" 2,0 Cabeceira superior2 Pedaço Cano galvanizado 1" 1,7 Mão francesa2 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,8 Cabeceira inferior6 Pedaço Cano galvanizado 1" 0,6 Base de apoio2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,4 Mão francesa menor8 Pedaço Cano galvanizado 1/2 3,3 Laterais2 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,8 Travessas laterais1 Pedaço Cano galvanizado 1/2 0,6 Travessa superior1 Un Tábua 3,3 × 0,6 × 1" Assoalho2 Un Chapa de aglomerado Laterais

10 Un Ripas 0,55 × 0,02 × 0,02 Assoalho

Figura 24 — Esquema de montagem do brete de manejo. Cota em metros.

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Figura 25 — Esquema de montagem do carregadouro. Cota em metros.

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