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Sismos portugueses de meados do século XX (19211960) Ana Paula Silva Correia José Rodrigues Ribeiro Escola Secundária com 3º ciclo de Henrique Medina, Esposende Aceite para publicação em 6 de Junho de 2011.

Sismos Portugueses sec XX

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Objecto de Verao da Casa das Ciencias

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Page 1: Sismos Portugueses sec XX

Sismos portugueses de meados do século XX

(1921‐1960)Ana Paula Silva CorreiaJosé

Rodrigues RibeiroEscola Secundária com 3º

ciclo de Henrique Medina, Esposende

Aceite para publicação em 6 de Junho de 2011.

Page 2: Sismos Portugueses sec XX

IntroduçãoEste material é a continuação de “Sismos portugueses do início do século XX (1901‐1920)”. É notável a diminuição 

verificada 

na 

frequência 

na 

intensidade 

dos 

eventos 

sísmicos, 

quando 

se 

compara 

estas 

quatro 

décadas 

com as duas décadas do início do século, assinaladas pelo mortífero sismo de Benavente.

No entanto e em contrapartida, o período agora considerado ficou marcado pela ocorrência de um dos sismos de 

maior 

magnitude 

alguma 

vez 

registados 

nas 

vizinhanças 

do 

território 

português, 

tremor 

de 

terra 

de 

magnitude 

8,2 

de 

25‐11‐1941, 

assim 

como 

por 

um 

outro 

grande 

sismo 

(magnitude 

7,1) 

ocorrido 

dez 

anos 

antes, 

igualmente 

com 

origem 

na 

mesma 

falha 

da 

Glória. 

Apenas 

grande 

afastamento 

em 

relação 

à costa 

portuguesa impediu que destes dois sismos resultassem consequências graves.

Como 

novidade 

deste 

documento, 

releva 

melhor 

caracterização 

de 

dois 

sismos, 

de 

28 

de 

Setembro 

de 

1927 

(Mortágua) 

de 

14 

de 

Julho 

de 

1957 

(Serra 

da 

Padrela), 

ambos 

provavelmente 

gerados 

pela 

falha 

de 

Penacova‐Régua‐Verin.

Como no material anterior e embora sem um critério rígido, a selecção dos eventos sísmicos a considerar teve em 

conta factores

como:• a magnitude do sismo;• a intensidade atingida na zona epicentral;• a área macrosísmica abrangida.

Os sismos seleccionados foram ordenados cronologicamente e, para

cada um, foi elaborada uma ficha

contendo: • um resumo das suas principais características;• um mapa de isossistas (caso exista ou tenha sido possível elaborá‐lo);• relatos da imprensa da época.

As 

intensidades 

máximas 

são 

expressas 

na 

escala 

Mercalli 

Modificada 

de 

1956 

hora 

das 

fichas 

é a 

hora 

legal 

portuguesa. Não foram incluídos sismos que apenas tenham sido sentidos nas ilhas dos Açores e da Madeira.

Page 3: Sismos Portugueses sec XX

SW Cabo de S. Vicente –

Outubro 1922

Dia e Hora:  20 de Outubro de 1922, 20h22Epicentro:  Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude:

5,2 [1]Intensidade máxima:  IV‐V (Sines)Área macrossísmica:  Faixa costeira Ocidental e AlentejoVítimas:  Não houveDanos materiais:  Não houve

“A Capital”23 Outubro 1922

“O Século”

24-10-1922O abalo de terraO abalo de terra que se registou 

na 

noite 

de 

20, 

também 

foi 

sentido 

em 

Sines, 

Benavente 

Canas 

de 

Sabugosa, 

onde 

causou 

pânico 

entre 

os 

habitantes, 

mas 

sem 

que 

houvesse o menor prejuízo.

“O Século”

24-10-1922O abalo de terraO abalo de terra que se registou 

na 

noite 

de 

20, 

também 

foi 

sentido 

em 

Sines, 

Benavente 

Canas 

de 

Sabugosa, 

onde 

causou 

pânico 

entre 

os 

habitantes, 

mas 

sem 

que 

houvesse o menor prejuízo.

“O Minhoto”

Valença 30-10-1922Tremor de terraSentiu‐se 

nesta 

vila 

no 

dia 

20 

do 

corrente, 

pelas 

20 

horas, 

um 

ligeiro 

abalo sísmico, com a direcção norte‐sul.

“O Minhoto”

Valença 30-10-1922Tremor de terraSentiu‐se 

nesta 

vila 

no 

dia 

20 

do 

corrente, 

pelas 

20 

horas, 

um 

ligeiro 

abalo sísmico, com a direcção norte‐sul.

“O Século”

21-10-1922Abalo de terraCerca 

das 

20 

horas 

meia 

de 

ontem, 

sentiu‐se 

em 

Lisboa 

um abalo sísmico, na direcção Norte‐Sul, de curta duração, 

que não causou mais do que susto.

“O Século”

21-10-1922Abalo de terraCerca 

das 

20 

horas 

meia 

de 

ontem, 

sentiu‐se 

em 

Lisboa 

um abalo sísmico, na direcção Norte‐Sul, de curta duração, 

que não causou mais do que susto.

“O Século”

22-10-1922O abalo sísmico de anteontemSegundo 

esclarecimentos 

fornecidos 

no 

Observatório 

Meteorológico 

do 

Infante 

D. 

Luís, 

centro 

do 

abalo 

sísmico 

sentido 

anteontem 

em 

Lisboa 

que 

durou 

alguns 

segundos foi a 270 quilómetros da capital 

registou‐se 

às 

20 horas e 22 minutos.

Segundo nos comunicam os nossos correspondentes, o 

abalo sísmico anteontem registado em Lisboa também se 

fez sentir em Setúbal e Alhos Vedros.

“O Século”

22-10-1922O abalo sísmico de anteontemSegundo 

esclarecimentos 

fornecidos 

no 

Observatório 

Meteorológico 

do 

Infante 

D. 

Luís, 

centro 

do 

abalo 

sísmico 

sentido 

anteontem 

em 

Lisboa 

que 

durou 

alguns 

segundos foi a 270 quilómetros da capital 

registou‐se 

às 

20 horas e 22 minutos.Segundo nos comunicam os nossos correspondentes, o 

abalo sísmico anteontem registado em Lisboa também se 

fez sentir em Setúbal e Alhos Vedros.

“O Século”

27-10-1922O Século nas ProvínciasODEMIRA – Também se notou aqui o abalo de terra que se 

deu 

dias, 

mas 

à maioria 

da 

população 

passou 

despercebido.

“O Século”

27-10-1922O Século nas ProvínciasODEMIRA – Também se notou aqui o abalo de terra que se 

deu 

dias, 

mas 

à maioria 

da 

população 

passou 

despercebido.

“O Alentejo”

Évora25 Outubro 1922

Page 4: Sismos Portugueses sec XX

Benavente – Março 1924

Dia e Hora:  2 de Março de 1924, 6h45Epicentro:  BenaventeMagnitude:

5,0 [1]Intensidade máxima:  V (Azambuja)Área macrossísmica:  Ribatejo, Oeste, Grande 

Lisboa, Coimbra, BadajozVítimas:  Não houveDanos materiais:  Algumas fendas em paredes

“Gazeta de Coimbra”6 Março 1924

“O Comércio do Porto”

4-3-1924Março, 3Abalo 

de 

terra. 

sua 

acção 

fez‐se 

sentir 

em 

Lisboa 

arredores 

com 

certa 

violência.

Às 6 e 50 da manhã de ontem sentiu‐se em Lisboa e arredores, um abalo de 

terra de certa violência, com a duração aproximada de 3 segundos.

fenómeno 

foi 

apercebido 

de 

pouca 

gente, 

visto 

grande 

parte 

da 

população 

ainda 

estar 

dormindo, 

não 

tendo 

dado 

por 

ele 

maior 

número 

das pessoas que andavam na rua.

Não houve desastres pessoais nem materiais.SACAVÉM, 

– Às 

6,55 

da 

manhã, sentiu‐se 

aqui 

um 

violento abalo sísmico, 

acompanhado 

de 

rugido 

subterrâneo. 

sua 

duração 

foi 

de 

cinco 

seis 

segundos. 

Apesar 

de 

ser 

ainda 

cedo, 

algumas 

pessoas 

saíram 

espavoridas 

para a rua.

MERCEANA, 

– Hoje, 

às 

50 

minutos 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte 

tremor de terra, sem consequências.

CASCAIS, 2 – Às 6 e 50 da madrugada, houve aqui, com ligeiro intervalo, dois 

abalos 

de 

terra 

de 

relativa 

violência, 

que 

causaram 

pânico 

em 

todas 

as 

pessoas que deram por eles.

SALVATERRA DE MAGOS, 2 – Entre as 6 e três quartos e as sete, produziu‐se, 

nesta vila, um forte abalo sísmico de longa duração, alarmando a população.

PEDRÓGÃO 

GRANDE, 

– Hoje, 

depois 

das 

45 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte abalo de terra, com repetição, tendo durado alguns segundos.

CHAMUSCA, 2 – Com curta duração, mas bastante violência, houve 

hoje, 

às 

6 e 50 da manhã, um abalo de terra.

SAMORA 

CORREIA, 

– Às 

50 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte 

abalo 

sísmico, com a duração de três segundos e precedido de rumor subterrâneo. 

Não 

teve 

consequências 

desastrosas, 

mas 

causou 

grande 

susto 

em 

toda 

população.

AZAMBUJA, 2 – Pelas 6 e 45, sentiu‐se aqui um violento abalo de terra, que 

durou 

segundos. 

pânico 

em 

toda 

vila 

foi 

grande, 

chegando 

a ouvir‐se 

gritos 

aflitivos. 

Felizmente, 

não 

consta 

que 

tenha 

havido 

desastres. 

Apenas 

na estação do caminho de ferro se abriram fendas nas paredes.

“O Comércio do Porto”

4-3-1924Março, 3Abalo 

de 

terra. 

sua 

acção 

fez‐se 

sentir 

em 

Lisboa 

arredores 

com 

certa 

violência.Às 6 e 50 da manhã de ontem sentiu‐se em Lisboa e arredores, um abalo de 

terra de certa violência, com a duração aproximada de 3 segundos.O 

fenómeno 

foi 

apercebido 

de 

pouca 

gente, 

visto 

grande 

parte 

da 

população 

ainda 

estar 

dormindo, 

não 

tendo 

dado 

por 

ele 

maior 

número 

das pessoas que andavam na rua.Não houve desastres pessoais nem materiais.SACAVÉM, 

– Às 

6,55 

da 

manhã, sentiu‐se 

aqui 

um 

violento abalo sísmico, 

acompanhado 

de 

rugido 

subterrâneo. 

sua 

duração 

foi 

de 

cinco 

seis 

segundos. 

Apesar 

de 

ser 

ainda 

cedo, 

algumas 

pessoas 

saíram 

espavoridas 

para a rua.MERCEANA, 

– Hoje, 

às 

50 

minutos 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte 

tremor de terra, sem consequências.CASCAIS, 2 – Às 6 e 50 da madrugada, houve aqui, com ligeiro intervalo, dois 

abalos 

de 

terra 

de 

relativa 

violência, 

que 

causaram 

pânico 

em 

todas 

as 

pessoas que deram por eles.SALVATERRA DE MAGOS, 2 – Entre as 6 e três quartos e as sete, produziu‐se, 

nesta vila, um forte abalo sísmico de longa duração, alarmando a população.PEDRÓGÃO 

GRANDE, 

– Hoje, 

depois 

das 

45 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte abalo de terra, com repetição, tendo durado alguns segundos.CHAMUSCA, 2 – Com curta duração, mas bastante violência, houve 

hoje, 

às 

6 e 50 da manhã, um abalo de terra.SAMORA 

CORREIA, 

– Às 

50 

da 

manhã, 

sentiu‐se 

um 

forte 

abalo 

sísmico, com a duração de três segundos e precedido de rumor subterrâneo. 

Não 

teve 

consequências 

desastrosas, 

mas 

causou 

grande 

susto 

em 

toda 

população.AZAMBUJA, 2 – Pelas 6 e 45, sentiu‐se aqui um violento abalo de terra, que 

durou 

segundos. 

pânico 

em 

toda 

vila 

foi 

grande, 

chegando 

a ouvir‐se 

gritos 

aflitivos. 

Felizmente, 

não 

consta 

que 

tenha 

havido 

desastres. 

Apenas 

na estação do caminho de ferro se abriram fendas nas paredes.

Page 5: Sismos Portugueses sec XX

Albufeira –

Outubro 1924Dia e Hora:  24 de Outubro de 1924, 18h29Epicentro:  Algarve OcidentalMagnitude:

4,4 [1]Intensidade máxima:  V (Albufeira e Marmelete) [2]Área macrossísmica:  Algarve e Alentejo LitoralVítimas:  Não houveDanos materiais:  Não houve

In Raúl de Miranda“Tremores de terra em Portugal (1923-1930)”

[2] Foram 

alguns 

pontos 

do 

sul 

do 

país 

abalados 

por 

um 

pequeno 

tremor 

de 

terra 

cujo 

epicentro, 

segundo 

os 

dados 

do 

Instituto 

Geofísico 

da 

Universidade 

de 

Coimbra, deveria estar a 315 quilómetros desta cidade. 

As 

localidades 

abaladas, 

de 

que 

tivemos 

notícia, 

foram: 

no 

distrito 

de 

Beja, 

S. 

Luís; 

no 

de 

Setúbal, 

Sines; 

no 

Algarve, 

Vila 

do 

Bispo, 

Albufeira, 

Marmelete 

Faro.

O abalo obteve o grau III, em S. Luís, Sines, Vila do Bispo e Faro, atingindo o grau 

V em Albufeira e Marmelete. Nesta última localidade produziu grande pânico na 

população 

tanto 

nesta 

como 

em 

Vila 

do 

Bispo 

tremor 

foi 

acompanhado 

de 

ruídos subterrâneos.

O tremor de terra deve ter tido o seu epicentro nas proximidades

de 

Albufeira, 

junto à costa, 

repercutindo‐se 

mais intensamente 

ao 

longo 

duma 

possível 

linha 

de 

fractura 

que 

de 

oriente 

desta 

vila 

segue 

para 

NE, 

originando 

assim 

um 

aumento de intensidade ao abalo sentido em Marmelete.

In Raúl de Miranda“Tremores de terra em Portugal (1923-1930)”

[2] Foram 

alguns 

pontos 

do 

sul 

do 

país 

abalados 

por 

um 

pequeno 

tremor 

de 

terra 

cujo 

epicentro, 

segundo 

os 

dados 

do 

Instituto 

Geofísico 

da 

Universidade 

de 

Coimbra, deveria estar a 315 quilómetros desta cidade. As 

localidades 

abaladas, 

de 

que 

tivemos 

notícia, 

foram: 

no 

distrito 

de 

Beja, 

S. 

Luís; 

no 

de 

Setúbal, 

Sines; 

no 

Algarve, 

Vila 

do 

Bispo, 

Albufeira, 

Marmelete 

Faro.O abalo obteve o grau III, em S. Luís, Sines, Vila do Bispo e Faro, atingindo o grau 

V em Albufeira e Marmelete. Nesta última localidade produziu grande pânico na 

população 

tanto 

nesta 

como 

em 

Vila 

do 

Bispo 

tremor 

foi 

acompanhado 

de 

ruídos subterrâneos.O tremor de terra deve ter tido o seu epicentro nas proximidades

de 

Albufeira, 

junto à costa, 

repercutindo‐se 

mais intensamente 

ao 

longo 

duma 

possível 

linha 

de 

fractura 

que 

de 

oriente 

desta 

vila 

segue 

para 

NE, 

originando 

assim 

um 

aumento de intensidade ao abalo sentido em Marmelete.

A. Ribeiro, 2011

[7]

Page 6: Sismos Portugueses sec XX

Vale de Figueira –

Julho 1925

Dia e Hora:  7 de Julho de 1925, 18h28Epicentro:  Vale de FigueiraMagnitude:

4,6 [3]Intensidade máxima:  V (Vale de Figueira, Tomar, Chamusca, etc)Área macrossísmica: Ribatejo, Grande Lisboa, Oeste e áreas 

limítrofesVítimas:  Não houveDanos materiais:  Algumas fendas em paredes [2]

IGC [4]

“O Comércio do Porto”

8-7-1925DIÁRIO DE LISBOA, 7 de JulhoAbalos de terraA sua acção fez‐se sentir em diferentes pontos do sul do paísÀs 6,30 da tarde sentiu‐se em Lisboa um ligeiro abalo de terra, de curta duração.Por 

telegramas 

recebidos 

nesta 

cidade, 

sabe‐se 

que 

esse 

abalo 

teve 

repercussão 

em Tomar, Almeirim, Torres Novas, Golegã e Seia.

SEIA, 

– Pelas 

horas 

meia 

da 

tarde 

de 

hoje, 

sentiu‐se 

um 

pequeno 

abalo 

sísmico nesta vila, causando grande susto nas pessoas que o notaram.

“O Comércio do Porto”

8-7-1925DIÁRIO DE LISBOA, 7 de JulhoAbalos de terraA sua acção fez‐se sentir em diferentes pontos do sul do paísÀs 6,30 da tarde sentiu‐se em Lisboa um ligeiro abalo de terra, de curta duração.Por 

telegramas 

recebidos 

nesta 

cidade, 

sabe‐se 

que 

esse 

abalo 

teve 

repercussão 

em Tomar, Almeirim, Torres Novas, Golegã e Seia.SEIA, 

– Pelas 

horas 

meia 

da 

tarde 

de 

hoje, 

sentiu‐se 

um 

pequeno 

abalo 

sísmico nesta vila, causando grande susto nas pessoas que o notaram.

“O Comércio do Porto”

9-7-1925Os abalos de terraComo 

dissemos, 

em 

vários 

pontos 

do 

sul 

do 

país, 

fizeram‐se 

sentir 

anteontem 

de 

tarde abalos de terra. Há

mais a acrescentar:

SOURE, 7 – Pelas 6 horas e meia da tarde, sentiu‐se 

aqui 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que durou uns 40 segundos.

Não causou prejuízos, apenas susto.

“O Comércio do Porto”

9-7-1925Os abalos de terraComo 

dissemos, 

em 

vários 

pontos 

do 

sul 

do 

país, 

fizeram‐se 

sentir 

anteontem 

de 

tarde abalos de terra. Há

mais a acrescentar:SOURE, 7 – Pelas 6 horas e meia da tarde, sentiu‐se 

aqui 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que durou uns 40 segundos.Não causou prejuízos, apenas susto.

Page 7: Sismos Portugueses sec XX

Évora –

Fevereiro 1926

Dia e Hora:  28 de Fevereiro de 1926, 22h12Epicentro:  ÉvoraMagnitude:  5,6 [5]Intensidade máxima:  VII (Évora)Área macrossísmica: Sul e Centro de Portugal e SW de EspanhaVítimas:  Alguns feridos (pânico) [6]Danos 

materiais:

Paredes 

muros 

derrubados 

muitos 

edifícios com fendas [2]

Rey Pastor, 1932 

[4]

“Gazeta de Coimbra”2 Março 1926

“A Capital”1 Março 1926

Page 8: Sismos Portugueses sec XX

Lisboa –

Dezembro 1926

Dia e Hora:  18 de Dezembro de 1926, 14h45Epicentro:  Região de LisboaMagnitude:  4,8 [5]Intensidade máxima:  VI (Lisboa, Odivelas, Loures)Área macrossísmica: Grande Lisboa, Ribatejo e OesteVítimas:   Não houveDanos materiais:  Fendas e queda de estuque em casas, ruína 

de chaminés, vidros de janelas partidos [2]NOTA:

Agitação nas águas do Tejo.

IGC [4]

“O Democrata”Aveiro   25 Dezembro 1926

“Diário de Lisboa”20 Dezembro 1926

Page 9: Sismos Portugueses sec XX

Vendas Novas – Maio 1927

Dia e Hora:  28 de Setembro de 1927, 2h42Epicentro:   Próximo de Vendas NovasMagnitude:

4,2 [3]Intensidade máxima:  

V (Alcácer do Sal, Benavente, Mora, V. Novas) Área macrossísmica:  Grande Lisboa, Sul do Ribatejo, distritos de Évora 

e SetúbalVítimas:   Não houveDanos materiais:

Não houve

“Diário de Notícias”

19-5-1927UM ABALO DE TERRASentiu‐se ontem em Lisboa e em alguns pontos da provínciaOntem, pelas 2 e meia da manhã, sentiu‐se em Lisboa e em 

alguns pontos da província 

um 

abalo 

de 

terra, 

de 

curta 

duração, 

que 

provocou 

bastante 

susto 

todos 

os 

que 

sentiram.

No Observatório D. Luís, onde procurámos informes sobre o assunto, foi‐nos respondido 

que, de facto, durante o dia e pelo telefone muita gente ali procurou informar‐se sobre 

acontecimento, 

mas 

hoje 

é que, 

retirado 

registo 

do 

respectivo 

aparelho, 

se 

poderá

saber ao certo a hora precisa e o tempo de duração do abalo.

Seguem 

os 

telegramas 

que 

recebemos 

dos 

nossos 

correspondentes, 

dando 

conta 

do 

fenómeno:

ALCÁCER DO SAL, 18 – Hoje, às 2 e meia da manhã, sentiu‐se nesta localidade um forte 

abalo 

de 

terra 

que 

provocou 

muito 

susto, 

sem 

contudo 

causar 

qualquer 

desastre 

pessoal.

MORA, 18 – Sentiu‐se esta noite, cerca das duas horas e meia, um violento abalo sísmico 

que, segundos depois, se repetiu com menor violência. Não há

desastres pessoais.

VENDAS 

NOVAS, 

18 

– Pelas 

2,35 

da 

madrugada, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, embora de curta duração. 

“Diário de Notícias”

19-5-1927UM ABALO DE TERRASentiu‐se ontem em Lisboa e em alguns pontos da provínciaOntem, pelas 2 e meia da manhã, sentiu‐se em Lisboa e em 

alguns pontos da província 

um 

abalo 

de 

terra, 

de 

curta 

duração, 

que 

provocou 

bastante 

susto 

todos 

os 

que 

sentiram.No Observatório D. Luís, onde procurámos informes sobre o assunto, foi‐nos respondido 

que, de facto, durante o dia e pelo telefone muita gente ali procurou informar‐se sobre 

acontecimento, 

mas 

hoje 

é que, 

retirado 

registo 

do 

respectivo 

aparelho, 

se 

poderá

saber ao certo a hora precisa e o tempo de duração do abalo.Seguem 

os 

telegramas 

que 

recebemos 

dos 

nossos 

correspondentes, 

dando 

conta 

do 

fenómeno:ALCÁCER DO SAL, 18 – Hoje, às 2 e meia da manhã, sentiu‐se nesta localidade um forte 

abalo 

de 

terra 

que 

provocou 

muito 

susto, 

sem 

contudo 

causar 

qualquer 

desastre 

pessoal.MORA, 18 – Sentiu‐se esta noite, cerca das duas horas e meia, um violento abalo sísmico 

que, segundos depois, se repetiu com menor violência. Não há

desastres pessoais.VENDAS 

NOVAS, 

18 

– Pelas 

2,35 

da 

madrugada, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, embora de curta duração. 

“Gazeta de Coimbra”19 MaIo 1927

Page 10: Sismos Portugueses sec XX

Mortágua –

Setembro 1927

Dia e Hora:  28 de Setembro de 1927, 15h29Epicentro:   Próximo de Mortágua [7]Magnitude:  4,3 [7]Intensidade máxima:  V (Mortágua, Benfeita, S.ta Comba Dão)Área macrossísmica:   Distritos de Aveiro, Coimbra e ViseuVítimas:

Não houveDanos materiais:

Não houve

“O Século”

29-9-1927Um abalo de terra

de curta duração, fez‐se sentir em várias povoações da Beira AltaSANTA 

COMBA 

DÃO, 

28 

– T. 

– Às 

15,35 

sentiu‐se, 

nesta 

vila, 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

na 

direcção 

noroeste‐sudoeste, 

tendo 

duração 

de 

cinco 

segundos. 

sismo, 

felizmente, 

não 

causou 

prejuízos 

pessoais 

nem 

materiais, 

mas 

sua 

violência, 

acompanhada dum forte ruído subterrâneo, assustou muita gente.

S. PEDRO DE ALVA, 28 – T. – Às 15,32 sentiu‐se um violento abalo de terra, que teve a 

duração, 

calculada, 

de 

cinco 

segundos. 

população 

ficou, 

momentaneamente, 

alarmada, tranquilizando‐se depois por não ter havido desastre algum.

PORTO, 28 – T. – Em Vila Nova de Gaia e no lugar de Carvalhos sentiu‐se um violento 

abalo sísmico, tendo sido grande o pânico.

“O Século”

29-9-1927Um abalo de terra

de curta duração, fez‐se sentir em várias povoações da Beira AltaSANTA 

COMBA 

DÃO, 

28 

– T. 

– Às 

15,35 

sentiu‐se, 

nesta 

vila, 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

na 

direcção 

noroeste‐sudoeste, 

tendo 

duração 

de 

cinco 

segundos. 

sismo, 

felizmente, 

não 

causou 

prejuízos 

pessoais 

nem 

materiais, 

mas 

sua 

violência, 

acompanhada dum forte ruído subterrâneo, assustou muita gente.S. PEDRO DE ALVA, 28 – T. – Às 15,32 sentiu‐se um violento abalo de terra, que teve a 

duração, 

calculada, 

de 

cinco 

segundos. 

população 

ficou, 

momentaneamente, 

alarmada, tranquilizando‐se depois por não ter havido desastre algum.PORTO, 28 – T. – Em Vila Nova de Gaia e no lugar de Carvalhos sentiu‐se um violento 

abalo sísmico, tendo sido grande o pânico.

A. Ribeiro, 2011 [7]

“O Democrata”Aveiro   1 Outubro 1927

“A Beira Desportiva”Tondela 1-10-1927

Na 

última 

quarta‐feira, 

pelas 

15h40, 

sentiu‐se 

nesta 

vila, 

um 

pequeno 

abalo 

de terra de curta duração.

“A Beira Desportiva”Tondela 1-10-1927

Na 

última 

quarta‐feira, 

pelas 

15h40, 

sentiu‐se 

nesta 

vila, 

um 

pequeno 

abalo 

de terra de curta duração.

Page 11: Sismos Portugueses sec XX

SW Cabo de S. Vicente –

Novembro 1927

Dia e Hora:  8 de Novembro de 1927, 4h02Epicentro:  Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude:

4,2 [3]Intensidade máxima:  V (São Luís)Área macrossísmica:  Litoral do Continente, entre Lisboa e o 

AlgarveVítimas:  Não houveDanos materiais:

Não houve

“O Século”

10-11-1927O abalo de terraLABRUGEIRA, 8 – C. – Pelas 4 horas, sentiu‐se um pequeno abalo de terra.PORTIMÃO, 8 – C. – A noite passada, pelas 4 horas, sentiu‐se nesta cidade um 

abalo de terra, de curta duração.

“O Século”

10-11-1927O abalo de terraLABRUGEIRA, 8 – C. – Pelas 4 horas, sentiu‐se um pequeno abalo de terra.PORTIMÃO, 8 – C. – A noite passada, pelas 4 horas, sentiu‐se nesta cidade um 

abalo de terra, de curta duração.

“O Século”

11-11-1927O abalo de terraS. 

LUÍS 

(ODEMIRA), 

– C. 

– Hoje, 

pelas 

horas, 

sentiu‐se 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

acompanhado 

por 

um 

ruído 

subterrâneo, 

tendo 

acordado 

muitas 

pessoas que estavam dormindo. Foi grande o pânico.

SINES, 8 – C. – A noite passada sentiu‐se um abalo de terra.

“O Século”

11-11-1927O abalo de terraS. 

LUÍS 

(ODEMIRA), 

– C. 

– Hoje, 

pelas 

horas, 

sentiu‐se 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

acompanhado 

por 

um 

ruído 

subterrâneo, 

tendo 

acordado 

muitas 

pessoas que estavam dormindo. Foi grande o pânico.SINES, 8 – C. – A noite passada sentiu‐se um abalo de terra.

“Diário de Notícias”

8-11-1927Um abalo de terraOntem, 

de 

madrugada, 

sentiu‐se 

em 

Lisboa 

noutras 

terras 

um 

abalo 

de 

terra 

que 

poucas 

pessoas notaram, pelo que não causou pânico. Os 

gráficos 

do 

Observatório 

D. 

Luís 

registaram 

início do abalo às 4 h. 2 m. e 55 s. e o máximo de 

intensidade às 4 h., 3 m. e 30 s.

SETÚBAL, 8 ‐

Cerca das 3 horas da manhã, sentiu‐

se 

distintamente 

um 

abalo 

de 

terra 

que 

causou, 

apesar da hora adiantada, bastante pânico entre a 

população.

“Diário de Notícias”

8-11-1927Um abalo de terraOntem, 

de 

madrugada, 

sentiu‐se 

em 

Lisboa 

noutras 

terras 

um 

abalo 

de 

terra 

que 

poucas 

pessoas notaram, pelo que não causou pânico. Os 

gráficos 

do 

Observatório 

D. 

Luís 

registaram 

início do abalo às 4 h. 2 m. e 55 s. e o máximo de 

intensidade às 4 h., 3 m. e 30 s.SETÚBAL, 8 ‐

Cerca das 3 horas da manhã, sentiu‐

se 

distintamente 

um 

abalo 

de 

terra 

que 

causou, 

apesar da hora adiantada, bastante pânico entre a 

população.

Page 12: Sismos Portugueses sec XX

Évora –

Fevereiro 1928Dia e Hora:  8 de Fevereiro de 1928, 1h40Epicentro:  ÉvoraMagnitude:   4,4 [1]Intensidade máxima:  V (Estremoz, Évora, Mora, Reguengos, 

etc.)Área macrossísmica: AlentejoVítimas:  Não houveDanos materiais:

Não houve

IGC  [4]

“O Século”

9-2-1928Um tremor de terra

foi ontem registado em Lisboa, com o epicentro a 150 quilómetrosNo Observatório Central Meteorológico foi ontem registado, pelo sismógrafo, 

um 

abalo de 

terra 

de 

curta 

duração, 

qual 

se 

deu 

exactamente 

à 1 

hora, 

45 

minutos 

30 

segundos, 

tendo sido muito rápido e pouco violento, de tal modo que, em Lisboa, ninguém o sentiu.

Apenas 

sismógrafo 

do 

Observatório 

do 

Infante 

D. 

Luís 

registou, 

como 

dissemos, 

localizando‐se o epicentro a 150 quilómetros de distância.

Em Alvito e Mora, sentiram‐se os costumados ruídos subterrâneosALVITO, 

– C. 

À

1,30, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que 

durou 

ou 

segundos, 

sendo 

acompanhado 

por 

um 

enorme 

ruído 

subterrâneo. 

Não 

consta 

que 

haja 

qualquer prejuízo.

MORA, 8 – T. – À 1,35 sentiu‐se nesta vila um violento tremor de terra, acompanhado dum 

pavoroso ruído subterrâneo. Não houve desastres.

Em Redondo, o fenómeno causou grande pânicoREDONDO, 

– T. 

– À 1,50 

de 

hoje 

foi 

esta 

vila 

alarmada 

por 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que causou um enorme pânico. Apesar da hora adiantada da noite, muita gente se levantou 

e saiu para as ruas, suplicando a intervenção divina. Não há

desastre algum a registar.

Noutros pontos foi, também, sentido o abalo de terraAZARUJA, 8 – T. – À 1,40 sentiu‐se, aqui, um grande abalo de terra.REGUENGOS, 8 – T. –

Registou‐se, nesta vila, um grande tremor de terra à 1,45 de hoje. O 

abalo foi dos maiores que aqui se têm sentido.

ESTREMOZ, 8 – T. – Às duas horas de hoje, sentiu‐se, nesta cidade, um forte abalo de terra, 

de curta duração. O fenómeno repetiu‐se às 5 horas, com menos intensidade.

“O Século”

9-2-1928Um tremor de terra

foi ontem registado em Lisboa, com o epicentro a 150 quilómetrosNo Observatório Central Meteorológico foi ontem registado, pelo sismógrafo, 

um 

abalo de 

terra 

de 

curta 

duração, 

qual 

se 

deu 

exactamente 

à 1 

hora, 

45 

minutos 

30 

segundos, 

tendo sido muito rápido e pouco violento, de tal modo que, em Lisboa, ninguém o sentiu.Apenas 

sismógrafo 

do 

Observatório 

do 

Infante 

D. 

Luís 

registou, 

como 

dissemos, 

localizando‐se o epicentro a 150 quilómetros de distância.Em Alvito e Mora, sentiram‐se os costumados ruídos subterrâneosALVITO, 

– C. 

À

1,30, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que 

durou 

ou 

segundos, 

sendo 

acompanhado 

por 

um 

enorme 

ruído 

subterrâneo. 

Não 

consta 

que 

haja 

qualquer prejuízo.MORA, 8 – T. – À 1,35 sentiu‐se nesta vila um violento tremor de terra, acompanhado dum 

pavoroso ruído subterrâneo. Não houve desastres.Em Redondo, o fenómeno causou grande pânicoREDONDO, 

– T. 

– À 1,50 

de 

hoje 

foi 

esta 

vila 

alarmada 

por 

um 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que causou um enorme pânico. Apesar da hora adiantada da noite, muita gente se levantou 

e saiu para as ruas, suplicando a intervenção divina. Não há

desastre algum a registar.Noutros pontos foi, também, sentido o abalo de terraAZARUJA, 8 – T. – À 1,40 sentiu‐se, aqui, um grande abalo de terra.REGUENGOS, 8 – T. –

Registou‐se, nesta vila, um grande tremor de terra à 1,45 de hoje. O 

abalo foi dos maiores que aqui se têm sentido.ESTREMOZ, 8 – T. – Às duas horas de hoje, sentiu‐se, nesta cidade, um forte abalo de terra, 

de curta duração. O fenómeno repetiu‐se às 5 horas, com menos intensidade.

Page 13: Sismos Portugueses sec XX

Sul de Lagoa –

Fevereiro 1930Dia e Hora:  10 de Fevereiro de 1930, 8h04Epicentro:  Oceano Atlântico, a sul de LagoaMagnitude:   5,0 [1]Intensidade máxima:  VI (Estói)Área macrossísmica:  Costa Ocidental a sul de Lisboa, Algarve 

e HuelvaVítimas:  Não houveDanos materiais:

Fendas nas paredes de casas

“O Comércio do Porto”

12-2-1930A província em focoV. R. S. António, 11

– Ontem, às 7,55 e em sentido de Norte 

a Sul, sentiu‐se aqui um abalo de terra de violência relativa e 

com a duração de 4 a 5 segundos.

Faro, 11

– Ontem, poucos minutos depois das 8 horas sentiu‐

se, nesta cidade, um tremor de terra de grande intensidade e 

de curta duração. 

Albufeira, 

10

– Hoje, 

às 

minutos, 

sentiu‐se, 

aqui, 

um 

abalo de terra, acompanhado de ruído subterrâneo.

Tavira, 

11

– Às 

horas 

10 

minutos 

de 

ontem 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

abalo 

sísmico 

de 

curta 

duração. 

Não 

houve 

desastres.

Portimão, 11

– Às 8 horas e 5 minutos sentiu‐se ontem nesta 

cidade um abalo sísmico que alarmou parte da população. 

Alvalade, 11

Precedido de um ruído subterrâneo sentiu‐se, 

ontem aqui, pelas 8horas e 10 minutos, um tremor de terra. 

Silves, 

11

– Ontem, 

pelas 

horas, 

sentiram‐se 

nesta 

cidade, 

dois 

abalos 

de 

terra, 

com 

dois 

segundos 

de 

intervalo 

um 

do 

outro. 

primeiro 

foi 

muito 

forte, 

não 

se 

tendo 

registado 

contudo 

quaisquer 

desastres. 

Foi 

grande 

pânico 

de 

toda 

população.

V. 

N. 

de 

Milfontes, 

10

– Às 

horas 

minutos 

sentiu‐se 

ontem aqui um abalo de terra.

“O Comércio do Porto”

12-2-1930A província em focoV. R. S. António, 11

– Ontem, às 7,55 e em sentido de Norte 

a Sul, sentiu‐se aqui um abalo de terra de violência relativa e 

com a duração de 4 a 5 segundos.Faro, 11

– Ontem, poucos minutos depois das 8 horas sentiu‐

se, nesta cidade, um tremor de terra de grande intensidade e 

de curta duração. Albufeira, 

10

– Hoje, 

às 

minutos, 

sentiu‐se, 

aqui, 

um 

abalo de terra, acompanhado de ruído subterrâneo.Tavira, 

11

– Às 

horas 

10 

minutos 

de 

ontem 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

abalo 

sísmico 

de 

curta 

duração. 

Não 

houve 

desastres.Portimão, 11

– Às 8 horas e 5 minutos sentiu‐se ontem nesta 

cidade um abalo sísmico que alarmou parte da população. Alvalade, 11

Precedido de um ruído subterrâneo sentiu‐se, 

ontem aqui, pelas 8horas e 10 minutos, um tremor de terra. Silves, 

11

– Ontem, 

pelas 

horas, 

sentiram‐se 

nesta 

cidade, 

dois 

abalos 

de 

terra, 

com 

dois 

segundos 

de 

intervalo 

um 

do 

outro. 

primeiro 

foi 

muito 

forte, 

não 

se 

tendo 

registado 

contudo 

quaisquer 

desastres. 

Foi 

grande 

pânico 

de 

toda 

população.V. 

N. 

de 

Milfontes, 

10

– Às 

horas 

minutos 

sentiu‐se 

ontem aqui um abalo de terra.

“La Provincia”Huelva  

10 Fevereiro 1930

“Diário de Lisboa”10 Fevereiro 1930

Page 14: Sismos Portugueses sec XX

Falha da Glória – Maio 1931

Dia e Hora:  20 de Maio de 1931, 3h24Epicentro:  Oceano Atlântico, falha da GlóriaMagnitude:

7,1 [1]Intensidade máxima:  V‐VI (Ponte de Lima, Nazaré, Cascais, etc)Área macrossísmica:  Portugal Continental, Madeira, Galiza, SW 

de Espanha, costa de Marrocos Vítimas:

Alguns desmaios e feridos ligeiros (pânico)Danos materiais:   Fendas nas paredes, louça e vidros partidos

“Ala Esquerda”Beja    21 Maio 1931

“A República”Vila do Conde  23 Maio 1931

“Ecos de Cacia”23 Maio 1931

A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 15: Sismos Portugueses sec XX

Vale do Lima –

Junho 1931Dia e Hora:  9 de Junho de 1931, 9h37Epicentro:  Vale do LimaMagnitude:

4,2 [7]Intensidade máxima: V (Viana do Castelo, Lanheses, Correlhã)[7]Área macrossísmica: Distritos de Viana do Castelo e de BragaVítimas:

Um ferido ligeiro Danos materiais:   Fendas em paredes, queda de caliça de tectos

“ Diário do Minho”Braga  10 Junho 1931

“O Primeiro de Janeiro”

11-6-1931NOVO TREMOR DE TERRALANHESES, 

– Os 

sismos 

microssismos 

começados 

por 

horas 

de 

hoje 

repetidos 

várias 

vezes 

com 

pequeno 

intervalo 

de 

tempo, 

fizeram 

sair 

das 

habitações os seus 

moradores, 

atónitos. 

Quase 

toda 

gente 

nesta 

localidade 

se 

acha 

impressionada 

enervada 

com 

os 

tremores 

de 

terra. 

ruído 

vindo 

do 

lado 

norte 

como 

se 

fosse 

explosão 

de 

dinamite 

indica 

que o epicentro não estará

longe ‐

C.

“O Primeiro de Janeiro”

11-6-1931NOVO TREMOR DE TERRALANHESES, 

– Os 

sismos 

microssismos 

começados 

por 

horas 

de 

hoje 

repetidos 

várias 

vezes 

com 

pequeno 

intervalo 

de 

tempo, 

fizeram 

sair 

das 

habitações os seus 

moradores, 

atónitos. 

Quase 

toda 

gente 

nesta 

localidade 

se 

acha 

impressionada 

enervada 

com 

os 

tremores 

de 

terra. 

ruído 

vindo 

do 

lado 

norte 

como 

se 

fosse 

explosão 

de 

dinamite 

indica 

que o epicentro não estará

longe ‐

C.

“ A Aurora do Lima”Viana do Castelo 13 Junho 1931

A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 16: Sismos Portugueses sec XX

Mar de Alboran –

Fevereiro 1932

Dia e Hora:  5 de Fevereiro de 1932, 5h13Epicentro:  Mar de AlboranMagnitude:

4,6 [8]Intensidade máxima:  IV/V (Sevilha)Área macrossísmica:   Andaluzia, Norte de Marrocos, Centro e Sul 

de PortugalVítimas: Não houveDanos materiais:  Não houve

“O Século”

6-2-1932Em Lisboa e noutros pontos do País foi sentido, ontem, de manhã, um abalo de terraOntem, no Observatório Central Meteorológico, foi registado um abalo de terra, que teve o 

seu 

início 

às 

horas, 

13 

minutos 

52 

segundos 

que 

durou 

minutos 

24 

segundos. 

distância do epicentro deve ter sido inferior a 500 quilómetros.

COIMBRA, 

– T. 

– No 

Instituto 

Geofísico 

desta 

cidade 

foi 

registado, 

hoje, 

às 

horas, 

14 

minutos 

segundos, 

um 

abalo 

sísmico 

cujo 

epicentro 

devia 

ter 

sido 

500 

ou 

520 

quilómetros de distância.

LEIRIA, 

– T. 

– Hoje, 

às 

horas 

13, 

sentiu‐se, 

nesta 

cidade, 

três 

abalos 

de 

terra, 

com 

pouco 

segundos 

de 

intervalo. 

fenómeno 

causou 

pânico 

às 

pessoas 

que 

aquela 

hora 

estavam acordadas.

O abalo sísmico foi também sentido fortemente em Olhão e Mora, cerca das 5 horas, tendo 

pouca 

duração; 

em 

Cercal 

do 

Alentejo, às 

10, 

na 

direcção 

este‐oeste, 

em 

Loulé, 

às 

horas, seguindo‐se uma violenta trovoada.

“O Século”

6-2-1932Em Lisboa e noutros pontos do País foi sentido, ontem, de manhã, um abalo de terraOntem, no Observatório Central Meteorológico, foi registado um abalo de terra, que teve o 

seu 

início 

às 

horas, 

13 

minutos 

52 

segundos 

que 

durou 

minutos 

24 

segundos. 

distância do epicentro deve ter sido inferior a 500 quilómetros.COIMBRA, 

– T. 

– No 

Instituto 

Geofísico 

desta 

cidade 

foi 

registado, 

hoje, 

às 

horas, 

14 

minutos 

segundos, 

um 

abalo 

sísmico 

cujo 

epicentro 

devia 

ter 

sido 

500 

ou 

520 

quilómetros de distância.LEIRIA, 

– T. 

– Hoje, 

às 

horas 

13, 

sentiu‐se, 

nesta 

cidade, 

três 

abalos 

de 

terra, 

com 

pouco 

segundos 

de 

intervalo. 

fenómeno 

causou 

pânico 

às 

pessoas 

que 

aquela 

hora 

estavam acordadas.O abalo sísmico foi também sentido fortemente em Olhão e Mora, cerca das 5 horas, tendo 

pouca 

duração; 

em 

Cercal 

do 

Alentejo, às 

10, 

na 

direcção 

este‐oeste, 

em 

Loulé, 

às 

horas, seguindo‐se uma violenta trovoada.

“O Comércio do Porto”

7-2-1932Os abalos de terraMondim 

de 

Basto, 

– Sentiu‐se 

nesta 

vila, 

às 

horas, 

um 

abalo 

sísmico, 

de 

pouca 

duração, 

não 

sendo possível precisar‐lhe a direcção. – C.

Serra (Tomar), 5 – Pelas 4 horas da manhã, sentiu‐se 

aqui 

um 

tremor 

de 

terra. 

Não 

houve, 

felizmente, 

desastres pessoais nem materiais a lamentar. – C. 

“O Comércio do Porto”

7-2-1932Os abalos de terraMondim 

de 

Basto, 

– Sentiu‐se 

nesta 

vila, 

às 

horas, 

um 

abalo 

sísmico, 

de 

pouca 

duração, 

não 

sendo possível precisar‐lhe a direcção. – C.Serra (Tomar), 5 – Pelas 4 horas da manhã, sentiu‐se 

aqui 

um 

tremor 

de 

terra. 

Não 

houve, 

felizmente, 

desastres pessoais nem materiais a lamentar. – C. 

“O Século”

7-2-1932O abalo de terra e um aerólitoO 

abalo 

de 

terra 

de 

anteontem 

foi 

também 

sentido 

nas 

seguintes 

localidades: 

em 

Castro 

Marim, Santo Estevão (Tavira) e Serra (Tomar); em Vila Real de Santo António, às 5 e 15; em 

Estói 

em 

Tavira, 

onde 

fenómeno 

foi 

sentido 

duas 

vezes. 

Nesta 

cidade, 

viram‐se 

no 

céu, 

dois traços de fogo e, pouco depois, um grande clarão, ao qual se seguiu um forte estampido, 

supondo‐se ser um aerólito. Depois deste fenómeno, ouviram‐se trovões e começou a chuva.

“O Século”

7-2-1932O abalo de terra e um aerólitoO 

abalo 

de 

terra 

de 

anteontem 

foi 

também 

sentido 

nas 

seguintes 

localidades: 

em 

Castro 

Marim, Santo Estevão (Tavira) e Serra (Tomar); em Vila Real de Santo António, às 5 e 15; em 

Estói 

em 

Tavira, 

onde 

fenómeno 

foi 

sentido 

duas 

vezes. 

Nesta 

cidade, 

viram‐se 

no 

céu, 

dois traços de fogo e, pouco depois, um grande clarão, ao qual se seguiu um forte estampido, 

supondo‐se ser um aerólito. Depois deste fenómeno, ouviram‐se trovões e começou a chuva.

“Diário de Lisboa”5 Fevereiro 1932

Page 17: Sismos Portugueses sec XX

SW Cabo de S. Vicente –

Novembro 1934

Dia e Hora:  12 de Novembro de 1934, 8h32Epicentro:  Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude:

4,0 [6]Intensidade máxima:  

IV‐V (Portimão)Área macrossísmica:

Sul do paísVítimas:   Não houveDanos materiais:

Não houve

“Diário de Lisboa”12 Novembro 1934

“O Comércio do Porto”

13-11-1934Abalo de terraO sismógrafo do Observatório da Serra do Pilar registou ontem um abalo sísmico, às 8 horas, 32 

minutos de 59 segundos, de pouca duração, com epicentro provável a uma distância inferior a 

1000 quilómetros.

COIMBRA, 

12 

– No 

Instituto 

Geofísico 

foi 

hoje 

registado 

um 

tremor 

de 

terra, 

às 

horas, 

32 

minutos e 4 segundos, a uma distância provável de 322 quilómetros do epicentro. Este tremor 

de terra devia ter‐se sentido em Lisboa.

Violento abalo de terraEsta manhã, a população de Lisboa foi fortemente sacudida por um violento tremor de terra.Os 

prédios 

abanaram, 

os 

pequenos 

objectos 

balouçaram 

durante 

alguns 

segundos 

pânico 

apoderou‐se de todos os que se aperceberam do sismo. Facilmente se notou a existência de um 

abalo, felizmente sem outras consequências que o susto.

Observatório 

Central 

Meteorológico 

da 

Faculdade 

de 

Ciências 

registou 

fenómeno 

às 

horas, 32 minutos e 26 segundos, com a duração de cerca de 5 minutos e 25 segundos.

distância 

do 

epicentro 

era 

de 

220 

quilómetros, 

parecendo 

que 

em 

direcção 

sul, 

Alentejo 

Algarve.

Em Portimão, às 8 e 33, sentiu‐se um forte abalo de terra na cidade e arredores.Em outras localidades, o sismo foi também registado, 

não 

tendo havido 

prejuízos 

materiais 

ou 

desastres pessoais.

“O Comércio do Porto”

13-11-1934Abalo de terraO sismógrafo do Observatório da Serra do Pilar registou ontem um abalo sísmico, às 8 horas, 32 

minutos de 59 segundos, de pouca duração, com epicentro provável a uma distância inferior a 

1000 quilómetros.COIMBRA, 

12 

– No 

Instituto 

Geofísico 

foi 

hoje 

registado 

um 

tremor 

de 

terra, 

às 

horas, 

32 

minutos e 4 segundos, a uma distância provável de 322 quilómetros do epicentro. Este tremor 

de terra devia ter‐se sentido em Lisboa.Violento abalo de terraEsta manhã, a população de Lisboa foi fortemente sacudida por um violento tremor de terra.Os 

prédios 

abanaram, 

os 

pequenos 

objectos 

balouçaram 

durante 

alguns 

segundos 

pânico 

apoderou‐se de todos os que se aperceberam do sismo. Facilmente se notou a existência de um 

abalo, felizmente sem outras consequências que o susto.O 

Observatório 

Central 

Meteorológico 

da 

Faculdade 

de 

Ciências 

registou 

fenómeno 

às 

horas, 32 minutos e 26 segundos, com a duração de cerca de 5 minutos e 25 segundos.A 

distância 

do 

epicentro 

era 

de 

220 

quilómetros, 

parecendo 

que 

em 

direcção 

sul, 

Alentejo 

Algarve.Em Portimão, às 8 e 33, sentiu‐se um forte abalo de terra na cidade e arredores.Em outras localidades, o sismo foi também registado, 

não 

tendo havido 

prejuízos 

materiais 

ou 

desastres pessoais.

Page 18: Sismos Portugueses sec XX

Banco da Galiza –

Junho 1936Dia e Hora:  20 de Junho de 1936, 15h03Epicentro:  Oceano Atlântico, Banco da GalizaMagnitude:   5,6 [1]Intensidade máxima:

VI (Valença, Vigo)Área macrossísmica:   Costa galega, Minho e distrito de Porto [9] Vítimas:

Não houveDanos materiais:

Não houveNOTA:

Formou‐se um pequeno tsunami, observado em Vigo e no Porto [10].

“Jornal de Notícias”21 Junho 1936

“O Comércio de Guimarães”25 Junho 1936

“O Primeiro de Janeiro”21 Junho 1936

Page 19: Sismos Portugueses sec XX

Quarteira –

Julho 1941

Dia e Hora:  10 de Julho de 1941, 5h57Epicentro:

Próximo de QuarteiraMagnitude:

4,3 [6]Intensidade máxima:  V (Quarteira)Área macrossísmica:   AlgarveVítimas:

Não houveDanos materiais:

Não houve

“Diário de Lisboa”

11 Julho 1941

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1941”

[11]

Faro: 

Às 4h57 (T.M.G.) sentiram‐se dois abalos consecutivos acompanhados de grande ruído subterrâneo.Portimão:  Às 7 h (T.M.G.)  sentiu‐se um abalo de curta duração que causou susto entre os habitantes.Olhão:  Abalo cerca das 5 h (T.M.G.) que não causou prejuízos mas assustou os habitantes; nalgumas localidades estes vieram para a 

rua.

Quarteira:   Abalo 

de 

terra 

cerca 

das 

(T.M.G.) 

acompanhado 

dum 

grande 

estrondo; 

muita 

gente 

veio 

para 

a    rua. 

fenómeno 

repetiu‐se vinte minutos mais tarde, embora menos violentamente.

Lagoa:  Abalos de terra às mesmas horas , sendo o primeiro mais forte do que o segundo.Armação de Pera:  Os abalos registaram‐se com o intervalo de 1 minuto.Lagos:  O fenómeno foi de curta duração mas fez‐se sentir com violência.Portimão e localidades limítrofes: 

O sismo teve pequena duração.  (Imprensa)O sismo foi registado em Lisboa.

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1941”

[11]

Faro: 

Às 4h57 (T.M.G.) sentiram‐se dois abalos consecutivos acompanhados de grande ruído subterrâneo.Portimão:  Às 7 h (T.M.G.)  sentiu‐se um abalo de curta duração que causou susto entre os habitantes.Olhão:  Abalo cerca das 5 h (T.M.G.) que não causou prejuízos mas assustou os habitantes; nalgumas localidades estes vieram para a 

rua.Quarteira:   Abalo 

de 

terra 

cerca 

das 

(T.M.G.) 

acompanhado 

dum 

grande 

estrondo; 

muita 

gente 

veio 

para 

a    rua. 

fenómeno 

repetiu‐se vinte minutos mais tarde, embora menos violentamente.Lagoa:  Abalos de terra às mesmas horas , sendo o primeiro mais forte do que o segundo.Armação de Pera:  Os abalos registaram‐se com o intervalo de 1 minuto.Lagos:  O fenómeno foi de curta duração mas fez‐se sentir com violência.Portimão e localidades limítrofes: 

O sismo teve pequena duração.  (Imprensa)O sismo foi registado em Lisboa.

Page 20: Sismos Portugueses sec XX

Falha da Glória –

Novembro 1941Dia e Hora:  25 de Novembro de 1941, 18h04Epicentro:  Oceano Atlântico, Falha da GlóriaMagnitude:  8,2 [10]Intensidade máxima:  VI (Madeira)Área 

macrossísmica: 

Oeste 

da 

Península 

Ibérica, 

litoral 

de 

Marrocos, Madeira e AçoresVítimas:   Alguns 

feridos, 

na 

maioria 

ligeiros, 

devido 

ao 

pânico 

à

queda de objectosDanos materiais:  Derrube de chaminés, vidros e louça partidosNOTA:

Formou‐se um tsunami

F. Machado, 1970 [12]  “Correio do Minho”Braga   26 Novembro 1941

Page 21: Sismos Portugueses sec XX

SW Cabo de S. Vicente –

Dezembro 1941

Dia e Hora:  27 de Dezembro de 1941, 18h18Epicentro:  Oceano Atlântico, SW do Cabo de S. VicenteMagnitude:

5,5 [3]Intensidade máxima: IV/V (Beja, Santiago do Cacém)Área 

macrossísmica:

Oeste, 

Grande 

Lisboa, 

Baixo 

Alentejo, 

Algarve e Marrocos [11, 13]Vítimas:   Não houveDanos materiais:

Fendas em alguns prédios.

“Hoja del Lunes”Corunha   29 Dezembro 1941

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1941”

[11]Faro: 

Tremor de terra às 18h18m, sentido por algumas das pessoas que se encontravam em casa e por algumas das que se encontravam ao ar livre. 

Foi um abalo único, com certa de 60 segundos de duração, semelhante a uma ondulação um tanto lenta de S para N e acompanhado por um ruído 

muito 

fraco 

surdo, 

quase 

imperceptível, 

vindo 

do 

Sul. 

Os 

madeiramentos 

rangeram 

fracamente. 

As 

portas 

janelas 

trepidaram 

um 

pouco 

mais 

fortemente do que quando o comboio passa diante da casa.

Beja:  Tremor de terra acompanhado de ruído subterrâneo. (Imprensa)Santiago de Cacém: 

Tremor de terra. Algumas pessoas abandonaram as suas casas. (Imprensa)Tremor de terra às 18h18, constituído por um único abalo com a duração de 

10 

12 

segundos. 

Foi sentido 

por 

todos 

quantos se 

encontravam em 

casa, os quais se aperceberam imediatamente tratar‐se dum sismo e também por algumas pessoas que estavam na rua. Pareceu ser um movimento 

de lado, talvez com a direcção N.S. Os madeiramentos rangeram um pouco.

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1941”

[11]Faro: 

Tremor de terra às 18h18m, sentido por algumas das pessoas que se encontravam em casa e por algumas das que se encontravam ao ar livre. 

Foi um abalo único, com certa de 60 segundos de duração, semelhante a uma ondulação um tanto lenta de S para N e acompanhado por um ruído 

muito 

fraco 

surdo, 

quase 

imperceptível, 

vindo 

do 

Sul. 

Os 

madeiramentos 

rangeram 

fracamente. 

As 

portas 

janelas 

trepidaram 

um 

pouco 

mais 

fortemente do que quando o comboio passa diante da casa.Beja:  Tremor de terra acompanhado de ruído subterrâneo. (Imprensa)Santiago de Cacém: 

Tremor de terra. Algumas pessoas abandonaram as suas casas. (Imprensa)Tremor de terra às 18h18, constituído por um único abalo com a duração de 

10 

12 

segundos. 

Foi sentido 

por 

todos 

quantos se 

encontravam em 

casa, os quais se aperceberam imediatamente tratar‐se dum sismo e também por algumas pessoas que estavam na rua. Pareceu ser um movimento 

de lado, talvez com a direcção N.S. Os madeiramentos rangeram um pouco.

T. Cherkaoui, 1988 [13]

Page 22: Sismos Portugueses sec XX

Espinho – Abril 1942Dia e Hora:  27 de Abril de 1942, 6h32 Epicentro:

Próximo de EspinhoMagnitude:   4,0 [1]Intensidade máxima:

V (Espinho)Área 

macrossísmica:     Distrito 

do 

Porto 

norte 

do 

distrito 

de 

AveiroVítimas:

Não houveDanos materiais:   Louça partida

“Correio do Minho”

Braga 28-4-1942No Porto houve ontem um abalo de terraPORTO, 

27 

– (Pelo 

telefone) 

– Esta 

manhã, 

cerca 

das 

horas, 

os 

sismógrafos 

registaram 

um 

abalo 

de 

terra, 

mais 

forte 

no 

sentido 

vertical, 

cujo 

epicentro 

deve 

estar 

colocado 

cerca 

de 

25 

quilómetros. O abalo 

foi 

classificado 

no 

grau 

da 

escala 

“Mercalli”. 

Dada 

hora 

matutina, 

fenómeno 

passou 

despercebido, 

sentindo‐se 

forte 

ventania, que passou por um ciclone ligeiro.

FAMALICÃO, 

27 

– Às 

horas 

da 

manhã 

de 

hoje 

sentiu‐se 

nesta 

vila 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que 

não 

causou, 

felizmente, 

prejuízos 

materiais 

ou 

vítimas.

“Correio do Minho”

Braga 28-4-1942No Porto houve ontem um abalo de terraPORTO, 

27 

– (Pelo 

telefone) 

– Esta 

manhã, 

cerca 

das 

horas, 

os 

sismógrafos 

registaram 

um 

abalo 

de 

terra, 

mais 

forte 

no 

sentido 

vertical, 

cujo 

epicentro 

deve 

estar 

colocado 

cerca 

de 

25 

quilómetros. O abalo 

foi 

classificado 

no 

grau 

da 

escala 

“Mercalli”. 

Dada 

hora 

matutina, 

fenómeno 

passou 

despercebido, 

sentindo‐se 

forte 

ventania, que passou por um ciclone ligeiro.FAMALICÃO, 

27 

– Às 

horas 

da 

manhã 

de 

hoje 

sentiu‐se 

nesta 

vila 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que 

não 

causou, 

felizmente, 

prejuízos 

materiais 

ou 

vítimas.“O Democrata”Aveiro   2 Maio 1942

“O Comércio de Penafiel”

2-5-1942Abalo de terraPouco 

depois 

das 

horas 

de 

segunda‐

feira, 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

felizmente 

sem 

consequências além do susto.

“O Comércio de Penafiel”

2-5-1942Abalo de terraPouco 

depois 

das 

horas 

de 

segunda‐

feira, 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

felizmente 

sem 

consequências além do susto.

“O Comércio do Porto”

28-4-1942Foi registado, ontem, um abalo de terra com a duração de 30 segundosNo 

nosso 

País 

sentiu‐se, 

ontem, 

um 

abalo 

de 

terra, 

que 

foi 

registado 

às 

horas, 32 minutos e 25 segundos, pelo sismógrafo da Serra do Pilar.

Foi 

em 

direcção 

vertical 

com 

duração 

de 

30 

segundos. 

distância 

epicentral deve ter sido a cerca de 25 quilómetros.

O fenómeno foi sentido nesta cidade, especialmente na parte alta.Também 

nos 

arredores 

em 

algumas 

terras 

distantes 

se 

sentiu 

tremor

de 

terra, 

conforme 

nos 

informaram 

os 

nossos 

correspondentes 

em 

Ermesinde, 

Serzedo, 

Perosinho, 

Freamunde, 

Vila 

de 

Paredes, 

Melres, 

Espinho 

Vila 

da 

Feira.

“O Comércio do Porto”

28-4-1942Foi registado, ontem, um abalo de terra com a duração de 30 segundosNo 

nosso 

País 

sentiu‐se, 

ontem, 

um 

abalo 

de 

terra, 

que 

foi 

registado 

às 

horas, 32 minutos e 25 segundos, pelo sismógrafo da Serra do Pilar.Foi 

em 

direcção 

vertical 

com 

duração 

de 

30 

segundos. 

distância 

epicentral deve ter sido a cerca de 25 quilómetros.O fenómeno foi sentido nesta cidade, especialmente na parte alta.Também 

nos 

arredores 

em 

algumas 

terras 

distantes 

se 

sentiu 

tremor

de 

terra, 

conforme 

nos 

informaram 

os 

nossos 

correspondentes 

em 

Ermesinde, 

Serzedo, 

Perosinho, 

Freamunde, 

Vila 

de 

Paredes, 

Melres, 

Espinho 

Vila 

da 

Feira.

Page 23: Sismos Portugueses sec XX

Minho –

Junho 1943Dia e Hora:  22 de Junho de 1943, 21h32Epicentro:Magnitude:

4,4 [1]Intensidade máxima:

V (Esposende, Viana do Castelo)Área macrossísmica:   Distritos de Braga e Viana do CasteloVítimas:

Não houveDanos materiais:  Não houve

“Cardeal Saraiva”

Ponte de Lima26 Junho 1943

“O Comércio do Porto”

23-6-1943Tremor de terraOntem, pouco depois das 21 horas e meia, sentiu‐se nesta cidade um leve tremor 

de terra de curta duração que não causou, felizmente, prejuízos. O abalo, porém, 

não se 

sentiu 

apenas 

no Porto, 

como se 

pode 

verificar 

por 

algumas 

informações 

dos 

nossos 

correspondentes, 

mas 

também 

em 

outras 

localidades 

mais 

sensivelmente.

Em Viana do CasteloVIANA 

DO 

CASTELO, 

22 

(Pelo 

telefone) 

– Às 

21 

horas 

36 

minutos, 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que 

durou 

alguns segundos 

embora 

não 

tenha 

causado 

danos, 

provocou 

alarme 

entre 

população, 

principalmente 

nos 

bairros piscatórios e na Bandeira, cujos moradores saíram para a rua – C.

Em VizelaVIZELA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 horas e 37 minutos foi sentido um forte tremor 

de terra que durou cerca de 12 segundos. Não consta que haja nada de grave – C.

No Castelo da MaiaCASTELO 

DA 

MAIA, 

22 

(Pelo 

telefone) 

– Por 

volta 

das 

21 

horas 

34 

minutos 

sentiu‐se um forte abalo de terra, acompanhado dum ruído subterrâneo – C.

Em BragaBRAGA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 e 45, sentiu‐se nesta cidade um abalo de terra 

de 

curta 

duração. 

abalo 

foi 

sentido 

unicamente 

pelas 

pessoas 

que 

estavam 

dentro de casa – C.

“O Comércio do Porto”

23-6-1943Tremor de terraOntem, pouco depois das 21 horas e meia, sentiu‐se nesta cidade um leve tremor 

de terra de curta duração que não causou, felizmente, prejuízos. O abalo, porém, 

não se 

sentiu 

apenas 

no Porto, 

como se 

pode 

verificar 

por 

algumas 

informações 

dos 

nossos 

correspondentes, 

mas 

também 

em 

outras 

localidades 

mais 

sensivelmente.Em Viana do CasteloVIANA 

DO 

CASTELO, 

22 

(Pelo 

telefone) 

– Às 

21 

horas 

36 

minutos, 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

um 

forte 

abalo 

de 

terra, 

que 

durou 

alguns segundos 

embora 

não 

tenha 

causado 

danos, 

provocou 

alarme 

entre 

população, 

principalmente 

nos 

bairros piscatórios e na Bandeira, cujos moradores saíram para a rua – C.Em VizelaVIZELA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 horas e 37 minutos foi sentido um forte tremor 

de terra que durou cerca de 12 segundos. Não consta que haja nada de grave – C.No Castelo da MaiaCASTELO 

DA 

MAIA, 

22 

(Pelo 

telefone) 

– Por 

volta 

das 

21 

horas 

34 

minutos 

sentiu‐se um forte abalo de terra, acompanhado dum ruído subterrâneo – C.Em BragaBRAGA, 22 (Pelo telefone) – Às 21 e 45, sentiu‐se nesta cidade um abalo de terra 

de 

curta 

duração. 

abalo 

foi 

sentido 

unicamente 

pelas 

pessoas 

que 

estavam 

dentro de casa – C.

“Diário de Notícias”

24-6-1943ABALO DE TERRAEm Viana do CasteloVILA 

NOVA 

DE 

CERVEIRA, 

23 

– Ontem, 

às 

23 

horas, 

sentiu‐se 

um 

forte 

tremor 

de 

terra 

que 

causou 

pânico. 

Não 

houve 

quaisquer desastres.

AFIFE, 23 – Cerca das 21,30, um forte abalo de terra, de pouca 

duração, 

sentiu‐se 

nesta 

localidade, 

tendo 

causado 

alarme 

na 

população.

“Diário de Notícias”

24-6-1943ABALO DE TERRAEm Viana do CasteloVILA 

NOVA 

DE 

CERVEIRA, 

23 

– Ontem, 

às 

23 

horas, 

sentiu‐se 

um 

forte 

tremor 

de 

terra 

que 

causou 

pânico. 

Não 

houve 

quaisquer desastres.AFIFE, 23 – Cerca das 21,30, um forte abalo de terra, de pouca 

duração, 

sentiu‐se 

nesta 

localidade, 

tendo 

causado 

alarme 

na 

população.

“O Cávado”

Esposende

27-6-1943Tremor de terraTerça‐feira, por volta das 9,30, foi sentido nesta vila, com curta 

duração, um violento abalo sísmico, que causou pânico entre a 

população, que chegou a sair para a rua espavorida.

Não teve consequências de maior, limitando‐se os seus efeitos 

apenas ao susto.

Notícias de Forjães

26 de JunhoAbalo sísmicoNa 

passada 

terça‐feira, 

pelas 

21,30 

horas, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

forte 

tremor 

de 

terra, 

qual 

causou 

pânico 

nos 

habitantes 

desta localidade.

“O Cávado”

Esposende

27-6-1943Tremor de terraTerça‐feira, por volta das 9,30, foi sentido nesta vila, com curta 

duração, um violento abalo sísmico, que causou pânico entre a 

população, que chegou a sair para a rua espavorida.Não teve consequências de maior, limitando‐se os seus efeitos 

apenas ao susto.Notícias de Forjães

26 de JunhoAbalo sísmicoNa 

passada 

terça‐feira, 

pelas 

21,30 

horas, 

sentiu‐se 

aqui 

um 

forte 

tremor 

de 

terra, 

qual 

causou 

pânico 

nos 

habitantes 

desta localidade.

Page 24: Sismos Portugueses sec XX

Santa Susana, Redondo – Julho 1944

Dia e Hora:  29 de Julho de 1944, 1h17Epicentro:   RedondoMagnitude:

4,3 [6]Intensidade máxima:

V (Sta. Susana ‐

Redondo)Área macrossísmica:   Distrito de ÉvoraVítimas:

Não houveDanos materiais: Não houve

LNEC, 1986 [6]

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1944”

[11]

Santa 

Susana 

(Redondo): 

abalo 

fez 

com 

que 

dois 

leitos 

que 

estavam 

juntos no mesmo quarto se tocassem um no outro.

Redondo:   Abalo 

de 

terra   às 

0h15m 

(T.M.G.), 

que 

acordou 

declarante 

sua esposa. Foi um ligeiro movimento oscilatório, acompanhado dum grande 

ruído 

semelhante 

ao 

dum 

camião 

monstro 

que 

se 

deslocasse 

no 

sentido

noroeste‐sueste. Não houve estragos.

Évora:  Ligeira trepidação do solo, de pequena duração. Foi denunciada pelo 

sismoscópio da Estação Meteorológica  às 0h17m (T.M.G.). Sentiu‐se na rua.

S. 

Manços 

(Évora):    Tremor 

de 

terra 

às 

0h15m 

(T.M.G.), 

que 

acordou 

declarante e três pessoas de sua família e foi sentido por pastores e guardas 

de 

vinhas, 

no 

campo. 

Houve 

pouco 

pânico. 

Foram 

três 

fenómenos, 

dois 

deles espaçados de poucos segundos e o terceiro 15m depois; o primeiro e o 

terceiro 

foram 

simplesmente 

ruídos, 

enquanto 

que 

segundo 

foi 

um 

choque dirigido de baixo para cima. Não houve desastres materiais.

Montemor‐o‐Novo:  Tremor de terra às 0h45m (T.M.G.), constituído por um 

único 

abalo, 

análogo 

uma 

trepidação. 

Precedido 

acompanhado 

de 

barulho subterrâneo. Os madeiramentos rangeram.

In Anais do Obs. Central Meteor. do Infante D. Luiz“Observações sismológicas –

Ano de 1944”

[11]

Santa 

Susana 

(Redondo): 

abalo 

fez 

com 

que 

dois 

leitos 

que 

estavam 

juntos no mesmo quarto se tocassem um no outro.Redondo:   Abalo 

de 

terra   às 

0h15m 

(T.M.G.), 

que 

acordou 

declarante 

sua esposa. Foi um ligeiro movimento oscilatório, acompanhado dum grande 

ruído 

semelhante 

ao 

dum 

camião 

monstro 

que 

se 

deslocasse 

no 

sentido

noroeste‐sueste. Não houve estragos.Évora:  Ligeira trepidação do solo, de pequena duração. Foi denunciada pelo 

sismoscópio da Estação Meteorológica  às 0h17m (T.M.G.). Sentiu‐se na rua.S. 

Manços 

(Évora):    Tremor 

de 

terra 

às 

0h15m 

(T.M.G.), 

que 

acordou 

declarante e três pessoas de sua família e foi sentido por pastores e guardas 

de 

vinhas, 

no 

campo. 

Houve 

pouco 

pânico. 

Foram 

três 

fenómenos, 

dois 

deles espaçados de poucos segundos e o terceiro 15m depois; o primeiro e o 

terceiro 

foram 

simplesmente 

ruídos, 

enquanto 

que 

segundo 

foi 

um 

choque dirigido de baixo para cima. Não houve desastres materiais.Montemor‐o‐Novo:  Tremor de terra às 0h45m (T.M.G.), constituído por um 

único 

abalo, 

análogo 

uma 

trepidação. 

Precedido 

acompanhado 

de 

barulho subterrâneo. Os madeiramentos rangeram.

Page 25: Sismos Portugueses sec XX

W de Lisboa –

Outubro 1947Dia e Hora:  2 de Outubro de 1947, 21h35Epicentro:  Oceano Atlântico, W de LisboaMagnitude:

5,1 [1]Intensidade máxima:

IV/V (Lisboa, Sintra, Cascais, Montijo, Almada)Área macrossísmica:  Grande Lisboa, Oeste, Ribatejo, Alentejo e 

localidades fronteiriças espanholasVítimas:

Uma morte em Lisboa (ataque cardíaco) e 5 feridos (pânico)Danos materiais:

Vidros e louças partidos, fendas nas paredes

“Diário de Lisboa”

3 Outubro 1947SMN, 1955 [14]

Page 26: Sismos Portugueses sec XX

Condeixa – Agosto 1948Dia e Hora:  13 de Agosto de 1948, 00h03 (12 de Agosto, Tempo Universal)

Epicentro:   CondeixaMagnitude:

5,0 [5]Intensidade máxima:

VI (Condeixa)Área macrossísmica:  Distritos de Coimbra, Aveiro, Viseu, Porto e 

áreas limítrofesVítimas:

Não houveDanos materiais:

Fendas nas paredes de algumas casas

“O Democrata”Aveiro   14 Agosto 1948

“Ecos de Cacia”

21 Agosto 1948“Diário de Lisboa”

13 Agosto 1948 SMN, 1955 [14]

Page 27: Sismos Portugueses sec XX

Minho –

Novembro 1948Dia e Hora:  18 de Novembro de 1948, 3h35Epicentro:  Nas proximidades de BarcelosMagnitude:   5,0 [5]Intensidade máxima:  V (Viana do Castelo)Área macrossísmica:   Metade norte de Portugal e sul da GalizaVítimas:

Um morto (ataque cardíaco) em Alijó

[15]Danos materiais:

Ligeiros estragos em edifícios, louça e vidros 

partidos

“Diário de Lisboa”18 Novembro 1948

“O Cávado”Esposende

21 Novembro 1948 SMN, 1955 [14]

Page 28: Sismos Portugueses sec XX

Mondim de Basto – Julho 1952Dia e Hora:  29 de Julho de 1952, 7h08Epicentro:   Mondim de BastoMagnitude:   4,2 [6]Intensidade máxima:

V (Atei, Celorico de Basto, Mondim de 

Basto)Área macrossísmica:   Norte do paísVítimas:   Não houveDanos materiais:   Não houve

“O Comércio do Porto”

30-7-1952CAUSOU 

ALARME 

NAS 

RESPECTIVAS 

POPULAÇÕES 

UM 

TREMOR 

DE 

TERRA 

QUE 

ONTEM 

SE FEZ SENTIR EM VÁRIAS LOCALIDADES DO NORTE DO PAÍS

VILA REAL, 29 – Hoje, às 7 horas e 9 minutos a nossa região foi sacudida por um curto mas 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que 

originou 

algum 

pânico 

em 

algumas 

casas, 

tendo 

os 

seus 

moradores fugido para as ruas e quintais.

Os prejuízos registados em algumas casas limitam‐se ao deslocamento de louças e peças de 

mobiliário, 

não 

havendo 

desastres 

pessoais 

lamentar. 

posto 

meteorológico 

do 

Liceu 

não registou o fenómeno. – C.

Em Moncorvo também se sentiu o tremor de terraMONCORVO, 29 – Esta vila foi hoje sacudida por um violento tremor de terra. Principiou o 

sismo às 7 horas e 7 minutos (hora solar) com a duração de dois segundos. – C.

Em Alijó

a população assustou‐se como o tremor de terra que abalou a vilaALIJÓ, 29 – Violento tremor de terra abalou esta vila 

às 

horas 

de 

hoje, 

causando 

pânico 

entre a população. – C.

O sismo foi registado no Observatório da Serra do PilarO sismógrafo do Observatório Meteorológico da Serra do Pilar registou ontem às 7 horas, 7 

minutos, 40 segundos e 2 décimos – hora de Verão – um abalo de terra cujo epicentro foi 

assinalado 

cerca 

de 

70 

quilómetros 

de 

distância. 

abalo, 

de 

fraca 

intensidade, 

chegou, 

todavia, 

deslocar, 

embora 

ligeiramente, 

as 

agulhas 

registadoras 

dos 

aparelhos 

foi 

sentido 

no 

Porto 

seus 

arredores, 

causando 

certo 

alarme, 

pelo 

que 

várias 

pessoas 

se 

dirigiram, telefonicamente, àquele observatório, solicitando informações.

“O Comércio do Porto”

30-7-1952CAUSOU 

ALARME 

NAS 

RESPECTIVAS 

POPULAÇÕES 

UM 

TREMOR 

DE 

TERRA 

QUE 

ONTEM 

SE FEZ SENTIR EM VÁRIAS LOCALIDADES DO NORTE DO PAÍSVILA REAL, 29 – Hoje, às 7 horas e 9 minutos a nossa região foi sacudida por um curto mas 

violento 

tremor 

de 

terra, 

que 

originou 

algum 

pânico 

em 

algumas 

casas, 

tendo 

os 

seus 

moradores fugido para as ruas e quintais.Os prejuízos registados em algumas casas limitam‐se ao deslocamento de louças e peças de 

mobiliário, 

não 

havendo 

desastres 

pessoais 

lamentar. 

posto 

meteorológico 

do 

Liceu 

não registou o fenómeno. – C.Em Moncorvo também se sentiu o tremor de terraMONCORVO, 29 – Esta vila foi hoje sacudida por um violento tremor de terra. Principiou o 

sismo às 7 horas e 7 minutos (hora solar) com a duração de dois segundos. – C.Em Alijó

a população assustou‐se como o tremor de terra que abalou a vilaALIJÓ, 29 – Violento tremor de terra abalou esta vila 

às 

horas 

de 

hoje, 

causando 

pânico 

entre a população. – C.O sismo foi registado no Observatório da Serra do PilarO sismógrafo do Observatório Meteorológico da Serra do Pilar registou ontem às 7 horas, 7 

minutos, 40 segundos e 2 décimos – hora de Verão – um abalo de terra cujo epicentro foi 

assinalado 

cerca 

de 

70 

quilómetros 

de 

distância. 

abalo, 

de 

fraca 

intensidade, 

chegou, 

todavia, 

deslocar, 

embora 

ligeiramente, 

as 

agulhas 

registadoras 

dos 

aparelhos 

foi 

sentido 

no 

Porto 

seus 

arredores, 

causando 

certo 

alarme, 

pelo 

que 

várias 

pessoas 

se 

dirigiram, telefonicamente, àquele observatório, solicitando informações.

J. C. Baptista, 1998 [16] 

“Diário de Lisboa”29 Julho 1952

Page 29: Sismos Portugueses sec XX

SW do Cabo de S. Vicente – Agosto 1956Dia e Hora:  16 de Agosto de 1956, 3h10Epicentro:   SE do Cabo de S. VicenteMagnitude:  5,0 [3]Intensidade máxima:

VI (Aljezur)Área macrossísmica:   Alentejo, Algarve, Grande Lisboa, 

HuelvaVítimas:   Não houveDanos materiais:   Alguns danos em paredes e muros

IGC  [4]

“Diário de Lisboa”16 Agosto 1956

“ABC”17 Agosto 1956

Page 30: Sismos Portugueses sec XX

Serra da Padrela –

Julho 1957Dia e Hora:  14 de Julho de 1957, 7h41Epicentro:   Serra da Padrela [7]Magnitude:  4,3 [7]Intensidade máxima: 

V (Boticas, Valpaços)Área macrossísmica:   Norte do distrito de Vila RealVítimas:   Não houveDanos materiais:

Não houve

“O Comércio do Porto”

15-7-1957AS PROVÍNCIAS DIA A DIAFoi sentido, na manhã de ontem, violentíssimo abalo de terra na região de ValpaçosVALPAÇOS, 14 – Hoje, pelas 7,42, foi esta vila sacudida por violento tremor de

terra. 

O sismo foi de curta duração, mas causou grande pânico nos habitantes.

“O Comércio do Porto”

15-7-1957AS PROVÍNCIAS DIA A DIAFoi sentido, na manhã de ontem, violentíssimo abalo de terra na região de ValpaçosVALPAÇOS, 14 – Hoje, pelas 7,42, foi esta vila sacudida por violento tremor de

terra. 

O sismo foi de curta duração, mas causou grande pânico nos habitantes.

“Diário de Notícias”

15-7-1957ABALO DE TERRA EM BOTICASPORTO, 

14 

– Às 

7,35 

foi 

sentido, 

na 

vila 

de 

Boticas, 

um 

tremor 

de 

terra 

de 

certa 

violência, 

que 

causou 

pânico 

entre 

população. 

Muita 

gente 

saiu 

para 

rua 

espavorida, 

julgando 

que 

as 

casas 

iam 

desabar. 

No 

entanto, 

abalo 

não 

causou 

qualquer prejuízo, nem se registaram desastres pessoais.

abalo 

de 

terra 

foi 

registado 

no 

Observatório 

da 

Serra 

do 

Pilar, 

às 

7.41, 

localizando‐se o epicentro a 135 quilómetros a norte do Porto.

“Diário de Notícias”

15-7-1957ABALO DE TERRA EM BOTICASPORTO, 

14 

– Às 

7,35 

foi 

sentido, 

na 

vila 

de 

Boticas, 

um 

tremor 

de 

terra 

de 

certa 

violência, 

que 

causou 

pânico 

entre 

população. 

Muita 

gente 

saiu 

para 

rua 

espavorida, 

julgando 

que 

as 

casas 

iam 

desabar. 

No 

entanto, 

abalo 

não 

causou 

qualquer prejuízo, nem se registaram desastres pessoais.O 

abalo 

de 

terra 

foi 

registado 

no 

Observatório 

da 

Serra 

do 

Pilar, 

às 

7.41, 

localizando‐se o epicentro a 135 quilómetros a norte do Porto.

“Notícias de Chaves”

20-7-1957Um tremor de terraPor 

volta 

das 

horas 

do 

passado 

domingo, 

registou‐se 

nesta 

cidade 

um 

violento 

abalo 

sísmico 

de 

curta 

duração, 

que, 

embora, 

felizmente, 

não 

tenha 

causado 

prejuízos, assustou numerosas pessoas.

“Notícias de Chaves”

20-7-1957Um tremor de terraPor 

volta 

das 

horas 

do 

passado 

domingo, 

registou‐se 

nesta 

cidade 

um 

violento 

abalo 

sísmico 

de 

curta 

duração, 

que, 

embora, 

felizmente, 

não 

tenha 

causado 

prejuízos, assustou numerosas pessoas.A. Ribeiro, 2011 [7]

Page 31: Sismos Portugueses sec XX

Golfo de Cádis –

Julho 1957

Dia e Hora:  15 de Julho de 1957, 10h36Epicentro:   Golfo de CádisMagnitude:  

4,8 [3]Intensidade máxima: 

IV (Faro, Olhão, Tavira, Aiamonte)Área macrossísmica: Leste do Algarve e província de Huelva 

(Espanha)Vítimas:   Não houveDanos materiais:

Não houve

“O Comércio do Porto”

16-7-1957Abalo de terra em EspanhaAYAMONTE, 15 – Às 11 e 20 de hoje sentiu‐

se aqui um abalo de terra, acompanhado de 

ruídos subterrâneos, com a duração de 3 

segundos e fazendo tremer alicerces de 

edifícios e oscilar objectos, o que causou o 

pânico da população – EFE.

AS PROVÍNCIAS DIA A DIAEm FARO e OLHÃO foi sentido um tremor de 

terra que causou certo alarme

OLHÃO, 15 – Hoje, pelas 10 horas e 55, 

sentiu‐se em Olhão e Faro um tremor de 

terra, com mais duração nesta última cidade, 

onde muita gente se assustou, em virtude do 

suposto boato que corre por toda a parte, de 

acontecimentos inesperados para amanhã, 

que no “Diário de Lisboa”

se faz eco.

“O Comércio do Porto”

16-7-1957Abalo de terra em EspanhaAYAMONTE, 15 – Às 11 e 20 de hoje sentiu‐

se aqui um abalo de terra, acompanhado de 

ruídos subterrâneos, com a duração de 3 

segundos e fazendo tremer alicerces de 

edifícios e oscilar objectos, o que causou o 

pânico da população – EFE.AS PROVÍNCIAS DIA A DIAEm FARO e OLHÃO foi sentido um tremor de 

terra que causou certo alarmeOLHÃO, 15 – Hoje, pelas 10 horas e 55, 

sentiu‐se em Olhão e Faro um tremor de 

terra, com mais duração nesta última cidade, 

onde muita gente se assustou, em virtude do 

suposto boato que corre por toda a parte, de 

acontecimentos inesperados para amanhã, 

que no “Diário de Lisboa”

se faz eco.

IGC  [4]“Diário de Lisboa”

16 Julho 1957

Page 32: Sismos Portugueses sec XX

Alvito – Janeiro 1958

Dia e Hora:  7 de Janeiro de 1958, 14h35Epicentro:   AlvitoMagnitude:  4,6 [3]Intensidade máxima: 

V (Alvito)Área macrossísmica:

Distritos de Beja e ÉvoraVítimas:   Não houveDanos materiais:

Não houve

“Diário de Lisboa”7 Janeiro 1958

“Diário de Lisboa”8 Janeiro 1958 SMN, 1959  [4]

Page 33: Sismos Portugueses sec XX

Celeirós – Maio 1960Dia e Hora:  3 de Maio de 1960, 23h57Epicentro:

CeleirósMagnitude:   4,4 [1]Intensidade máxima:  V (Celeirós, Leitões)Área macrossísmica: Distrito de Braga e parte do distrito do PortoVítimas:

Não houveDanos materiais:

Não houve

“O Comércio do Porto”

4-5-1960SENTIU‐SE UM FORTE ABALO DE TERRA NESTA CIDADE E EM ALGUNS CONCELHOS DO

NORTEEmbora não em toda a cidade, pelo menos próximo da zona marítima, sentiu‐se hoje, cerca da meia‐

noite, 

um 

forte 

abalo 

de 

terra 

cuja 

duração 

foi 

aproximadamente 

de 

cinco 

segundos. 

Sem 

qualquer 

informação 

oficial 

sobre 

sismo, 

pois, 

despeito 

de 

procurarmos 

junto 

dos 

serviços 

oficiais 

que 

acompanham estes fenómenos, àquela hora estavam encerrados, foram os nossos amáveis e solícitos 

leitores e correspondentes que nos deram notícias do abalo de terra.

Assim, em algumas das zonas residenciais próximas da Foz do Douro – pois no centro da cidade não 

foi assinalado o fenómeno – sentiu‐se fortemente o abalo de terra, precedido dum estranho ruído 

subterrâneo. Uma senhora residente na Avenida Marechal Gomes da Costa, em comunicação 

telefónica para o nosso jornal, revelou‐nos que sentiu ranger os móveis e tremer o quarto onde há

pouco recolhera. Ouviu, ainda, um ruído semelhante ao do trovão.

Outros leitores nossos comunicaram, também, terem sentido o abalo de terra, procurando saber de 

nós uma informação tranquilizadora que, infelizmente, não podemos fornecer por, como acima 

dissemos, não funcionarem àquela hora os serviços oficiais de observação meteorológica e 

sismográfica. 

FAMALICÃO, 3 – Próximo da meia‐noite, esta vila foi sacudida por violento tremor de terra, que,

aliás, 

foi de curta duração. Grande parte da população, que dormia nessa altura, saiu para as ruas, 

assustada. Embora as casas tremessem fortemente, não há

notícias de quaisquer estragos.

BRAGA, 3 –

Precedido de um ruído subterrâneo, verificou‐se aqui, perto da meia‐noite, um abalo de 

terra.Vendo baloiçar as louças nas prateleiras e as casas a abanarem, as pessoas mais assustadiças 

vieram para a rua. Nos cafés e casas de espectáculos sentiu‐se, também, o sismo, que não deixou de 

causar certa inquietação.

SANTO TIRSO, 3 – Sentiu‐se, nesta vila, quase ao dar a meia‐noite, um forte tremor de terra.As casas abanaram e, embora não tenha havido pânico, o sismo não

deixou de impressionar muitas 

pessoas que estavam ainda a pé

àquela hora.

“O Comércio do Porto”

4-5-1960SENTIU‐SE UM FORTE ABALO DE TERRA NESTA CIDADE E EM ALGUNS CONCELHOS DO

NORTEEmbora não em toda a cidade, pelo menos próximo da zona marítima, sentiu‐se hoje, cerca da meia‐

noite, 

um 

forte 

abalo 

de 

terra 

cuja 

duração 

foi 

aproximadamente 

de 

cinco 

segundos. 

Sem 

qualquer 

informação 

oficial 

sobre 

sismo, 

pois, 

despeito 

de 

procurarmos 

junto 

dos 

serviços 

oficiais 

que 

acompanham estes fenómenos, àquela hora estavam encerrados, foram os nossos amáveis e solícitos 

leitores e correspondentes que nos deram notícias do abalo de terra.Assim, em algumas das zonas residenciais próximas da Foz do Douro – pois no centro da cidade não 

foi assinalado o fenómeno – sentiu‐se fortemente o abalo de terra, precedido dum estranho ruído 

subterrâneo. Uma senhora residente na Avenida Marechal Gomes da Costa, em comunicação 

telefónica para o nosso jornal, revelou‐nos que sentiu ranger os móveis e tremer o quarto onde há

pouco recolhera. Ouviu, ainda, um ruído semelhante ao do trovão.Outros leitores nossos comunicaram, também, terem sentido o abalo de terra, procurando saber de 

nós uma informação tranquilizadora que, infelizmente, não podemos fornecer por, como acima 

dissemos, não funcionarem àquela hora os serviços oficiais de observação meteorológica e 

sismográfica. FAMALICÃO, 3 – Próximo da meia‐noite, esta vila foi sacudida por violento tremor de terra, que,

aliás, 

foi de curta duração. Grande parte da população, que dormia nessa altura, saiu para as ruas, 

assustada. Embora as casas tremessem fortemente, não há

notícias de quaisquer estragos.BRAGA, 3 –

Precedido de um ruído subterrâneo, verificou‐se aqui, perto da meia‐noite, um abalo de 

terra.Vendo baloiçar as louças nas prateleiras e as casas a abanarem, as pessoas mais assustadiças 

vieram para a rua. Nos cafés e casas de espectáculos sentiu‐se, também, o sismo, que não deixou de 

causar certa inquietação.SANTO TIRSO, 3 – Sentiu‐se, nesta vila, quase ao dar a meia‐noite, um forte tremor de terra.As casas abanaram e, embora não tenha havido pânico, o sismo não

deixou de impressionar muitas 

pessoas que estavam ainda a pé

àquela hora.

SMN, 1961  [4]

Page 34: Sismos Portugueses sec XX

Canhão da Nazaré

Maio 1960Dia e Hora:  7 de Maio de 1960, 12h04Epicentro:

Oceano Atlântico, W da NazaréMagnitude:   4,0 [1]Intensidade máxima:  V (Alcobaça, Maceira, Porto de Mós)Área macrossísmica:  A maior parte do distrito de Leiria e vizinhançasVítimas:

Não houveDanos materiais:

Fendas em alguns edifícios

“Diário de Lisboa”7 Maio 1960 SMN, 1961 [4]

Page 35: Sismos Portugueses sec XX

Deão –

Novembro 1960

Dia e Hora:  5 de Novembro de 1960, 16h18Epicentro:

Cardielos‐Deão (Viana do Castelo)Magnitude:   4,4 [1]Intensidade máxima:  V (Cardielos, Deão e Meadela)Área macrossísmica:

Distritos de Braga e de Viana do CasteloVítimas:

Não houveDanos materiais:

Não houve

SMN, 1961  [4]

“O Comércio do Porto”

6-11-1960AS PROVÍNCIAS DIA A DIANa região de Viana do Castelo

foram sentidos dois pequenos abalos de terra mas sem 

consequências de maior

VIANA 

DO 

CASTELO, 

– Pelas 

16,10 

horas 

de 

hoje, 

sentiram‐se, 

nesta 

cidade 

arredores, 

dois 

abalos 

de 

pequena 

duração, 

sendo 

primeiro 

mais 

forte. 

Na 

freguesia 

da 

Areosa, 

alguns 

moradores 

fugiram 

de 

suas 

casas, 

assustados. 

Não 

se 

registaram, 

porém, felizmente, estragos nem vítimas.

“O Comércio do Porto”

6-11-1960AS PROVÍNCIAS DIA A DIANa região de Viana do Castelo

foram sentidos dois pequenos abalos de terra mas sem 

consequências de maiorVIANA 

DO 

CASTELO, 

– Pelas 

16,10 

horas 

de 

hoje, 

sentiram‐se, 

nesta 

cidade 

arredores, 

dois 

abalos 

de 

pequena 

duração, 

sendo 

primeiro 

mais 

forte. 

Na 

freguesia 

da 

Areosa, 

alguns 

moradores 

fugiram 

de 

suas 

casas, 

assustados. 

Não 

se 

registaram, 

porém, felizmente, estragos nem vítimas.

“Diário do Minho”

Braga

6-11-1960PELA CIDADEA TERRA TREMEU ONTEM EM BRAGAOntem, 

às 

16,30 

horas 

precisas 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

arredores 

um 

violento 

tremor 

de terra que chegou a causar pânico nas populações das freguesias rurais onde o sismo 

teve mais repercussão.

extraordinário 

fenómeno 

foi 

assinalado 

por 

dois 

grandes 

trovões, 

um 

seguir 

ao 

outro com pequeno intervalo, e o solo estremeceu com violência.

Felizmente, não há

notícia de quaisquer desastres pessoais.

“Diário do Minho”

Braga

6-11-1960PELA CIDADEA TERRA TREMEU ONTEM EM BRAGAOntem, 

às 

16,30 

horas 

precisas 

sentiu‐se 

nesta 

cidade 

arredores 

um 

violento 

tremor 

de terra que chegou a causar pânico nas populações das freguesias rurais onde o sismo 

teve mais repercussão.O 

extraordinário 

fenómeno 

foi 

assinalado 

por 

dois 

grandes 

trovões, 

um 

seguir 

ao 

outro com pequeno intervalo, e o solo estremeceu com violência.Felizmente, não há

notícia de quaisquer desastres pessoais.

Page 36: Sismos Portugueses sec XX

Principais sismos que atingiram Portugal Continental (1921‐1960)

DiaHora 

(TUC)

Epicentro Intensidade 

máxima (MM1956)Magnitude

Latitude Longitude Local

1 20 Outubro 1922 20h22 37,00 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV‐V 5,2

2 2 Março 1924 6h45 38,90 N 8,80 W Benavente V 5,0

3 24 Outubro 1924 17h01 37,10 N 8,30 W Algarve Ocidental V 4,4

4 7 Julho 1925 18h28 39,50 N 8,70 W Vale de Figueira V 4,6

5 28 Fevereiro 1926 22h12 38,60 N 7,90 W Évora VII 5,6

6 18 Dezembro 1926 14h45 38,70 N 9,10 W Lisboa VI 4,8

7 18 Maio 1927 1h42 38,70 N 8,30 W Vendas Novas V 4,2

8 28 Setembro 1927 15h29 40,40 N 8,30 W Região de Mortágua V 4,3

9 8 Novembro 1927 4h02 37,40 N 9,10 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente V 4,2

10 8 Fevereiro 1928 1h40 38,60 N 7,80 W Região de Évora V 4,4

11 10 Fevereiro 1930 8h04 37,00 N 8,50 W Atlântico, Sul de Lagoa VI 5,0

12 20 Maio 1931 2h24 37,50 N 16,00 W Atlântico, Falha da Glória V‐VI 7,1

13 9 Junho 1931 8h37 41,70 N 8,60 W Vale do Lima V 4,2

14 5 Fevereiro 1932 5h13 35,60 N 4,50 W Mar de Alboran IV‐V 4,6

15 12 Novembro 1934 8h32 37,00 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV‐V 4,0

16 20 Junho 1936 14h03 42,50 N 11,00 W Atlântico, Banco da Galiza VI 5,6

17 10 Julho 1941 4h57 38,10 N 8,00 W Quarteira V 4,3

Page 37: Sismos Portugueses sec XX

Principais sismos que atingiram Portugal Continental (1921‐1960)

DiaHora 

(TUC)

Epicentro Intensidade 

máxima (MM1956)Magnitude

Latitude Longitude Local

18 25 Novembro 1941 18h04 37,40 N 19,00 W Atlântico, Falha da Glória VI 8,2

19 27 Dezembro 1941 18h18 35,80 N 10,00 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente IV‐V 5,5

20 27 Abril 1942 4h32 41,00 N 8,60 W Espinho V 4,0

21 22 Junho 1943 19h32 41,30 N 8,40 W Minho V 4,3

22 29 Julho 1944 0h17 38,60 N 7,60 W Santa Susana (Redondo) V 4,3

23 2 Outubro 1947 20h35 38,50 N 9,90 W Atlântico, W de Lisboa IV‐V 5,1

24 12 Agosto 1948 23h03 40,10 N 8,60 W Condeixa VI 5,2

25 18 Novembro 1948 3h35 41,50 N 8,50 W Minho V 5,0

26 29 Julho 1952 6h08 41,40 N 8,00 W Mondim de Basto V 4,2

27 16 Agosto 1956 2h10 36,60 N 8,60 W Atlântico, SW do Cabo de S. Vicente VI 5,0

28 14 Julho 1957 6h41 41,60 N 7,50 W Serra da Padrela V 4,3

29 15 Julho 1957 9h36 36,40 N 7,50 W Golfo de Cádis IV 4,8

30 7 Janeiro 1958 14h34 38,30 N 8,00 W Alvito V 4,6

31 3 Maio 1960 22h57 41,50 N 8,40 W Celeirós V 4,4

32 7 Maio 1960 11h04 39,40 N 9,10 W Atlântico, Canhão da Nazaré V 4,0

33 5 Novembro 1960 16h18 41,70 N 8,80 W Cardielos‐Deão V 4,4

Page 38: Sismos Portugueses sec XX

REFERÊNCIAS

• [1] 

Serviço 

Meteorológico 

Nacional 

(1976). 

Catálogo 

sísmico 

no 

período 

1902‐1975. 

Pub. 

em 

Dados 

de 

base 

sobre 

risco sísmico em Portugal,

Relatório LNEC, Lisboa, Janeiro 1976.• [2] Miranda, R. (1931). Tremores de terra em Portugal (1923‐1930). Coimbra.• [3] Instituto Geográfico Nacional (s/data). Catálogo Sísmico Nacional. Madrid.• [4] Mezcua, J. (1982). Catálogo General de 

Isosistas 

de 

la 

Península 

Ibérica, 

Publ. 

202, 

Instituto 

Geográfico 

Nacional, 

Madrid.• [5] 

Senos, 

M. 

L., 

Ramalhete, 

D. 

Taquelim, 

M. 

J. 

(1994). 

Estudo 

dos 

principais 

sismos 

que 

atingiram 

território 

de 

Portugal Continental. Monografia Nº

46, Instituto de Meteorologia e Geofísica, Lisboa.• [6] Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1986). A sismicidade histórica e a revisão do catálogo sísmico. Relatório 

LNEC, Lisboa.• [7] Correia, A. P.  e Ribeiro, J. (2011). Resultados não publicados.• [8] 

Martins, 

I. 

Mendes 

Víctor, 

L. 

A. 

(1990). 

Contribuição 

para 

estudo 

da 

sismicidade 

de 

Portugal 

Continental. 

Publicação Nº

18, Instituto Geofísico do Infante D. Luís, Lisboa.• [9] 

Correia, 

A. 

P.   e 

Ribeiro, 

J. 

(2004). 

Contributo 

para 

estudo 

dos 

sismos 

sentidos 

no 

Minho 

em 

1932 

1936. 

Esposende.• [10] 

Moreira, 

V. 

S. 

(1991). 

Historical 

seismicity 

and 

seismotectonics 

of 

the 

area 

situated 

between 

the 

Iberian 

Peninsula, Morocco, Selvagens and Azores Islands. Pub. em Mezcua, J. and Udías, A. (eds.), Seismicity, Seismotectonics 

and Seismic Risk of the Ibero‐Maghrebian Region, 213‐225, Monografia Num. 8, Instituto Geografico Nacional, Madrid. • [11] 

Observatório 

Central 

Meteorológico 

do 

Infante 

D. 

Luís 

(1942‐1947). 

Anais 

do 

OCMIDL, 

III 

Parte. 

Observações 

sismológicas. –

Anos de 1941, 1942 e 1943,

Lisboa.• [12] 

Machado, 

F. 

(1970). 

Curso 

de 

sismologia, 

Ensaios, 

Estudos 

Documentos 

125, 

Junta 

de 

Investigações 

do 

Ultramar, Lisboa.• [13] 

Cherkaoui 

T.‐E. 

(1988).

Fichier 

des 

séismes 

du 

Maroc 

et 

des 

régions 

limitrophes: 

1901‐1984. 

Trav. 

Inst. 

Scien.; 

Série géol. géogr. phys.; n°17; Rabat.• [14] Serviço Meteorológico Nacional (1955). Anuário Sismológico de Portugal, nº

1 (1947) e nº

2 (1948),

Lisboa.• [15] 

Correia, 

A. 

P. 

and 

Ribeiro, 

J. 

(2011). 

Killer 

earthquakes 

in 

Portugal 

(mainland).    Pub. 

in 

Earthquake‐Report

http://earthquake‐report.com/2011/02/07/killer‐earthquakes‐in‐portugal‐mainland/.• [16] 

Baptista, 

J. 

C. 

(1998). 

Estudo 

neotectónico 

da 

zona 

de 

falha 

Penacova‐Régua‐Verin. 

Tese 

de 

doutoramento, 

UTAD, Vila Real.

Page 39: Sismos Portugueses sec XX

OUTRAS FONTES

COLECÇÕES DE JORNAIS:Biblioteca Digital do AlentejoBiblioteca Geral Digital da Universidade de CoimbraBiblioteca Geral da Faculdade de Letras da Universidade do PortoBiblioteca Municipal de EsposendeBiblioteca Municipal de José

Régio, Biblioteca Digital da Imprensa Periódica VilacondenseBiblioteca Municipal de Ponte de LimaBiblioteca Municipal da Póvoa de VarzimBiblioteca Municipal de Viana do CasteloBiblioteca Nacional de España, Hemeroteca DigitalBiblioteca Nacional de Portugal, BN DigitalBiblioteca Pública de BragaBiblioteca Pública Municipal do PortoBIBRIA, Biblioteca Digital dos Municípios da RiaFundação Mário Soares, Arquivo e BibliotecaHemeroteca do ABC (Madrid)Hemeroteca Municipal de Lisboa, Hemeroteca Digital

Page 40: Sismos Portugueses sec XX

AGRADECIMENTOS

• À Dra. 

Ana 

Isabel 

Correia 

Ribeiro, 

investigadora 

do 

Instituto 

de 

Saúde 

Pública 

da 

Universidade 

do 

Porto, 

pela 

elaboração 

dos 

mapas 

de 

intensidade 

sísmica 

usados 

nos 

slides 

5, 

10, 

14, 

15 

30 

ainda 

pela 

colaboração prestada na preparação da versão final do material.

• À Dra. 

Luísa 

Melo, 

Biblioteca 

Municipal 

de 

Tomás 

Ribeiro, 

Tondela, 

pela notícia do jornal “Beira Desportiva”

acerca do sismo de Setembro 

de 1927.

• Ao Dr. Hermes Picamilho, Biblioteca Municipal de Beja, pela notícia do 

jornal “Ala Esquerda”

acerca do sismo de Maio de 1931.

• Ao 

Dr. 

Bernardo 

Silva 

Barbosa, 

director 

do 

periódico 

“A 

Aurora 

do 

Lima”, pelos recortes de notícias sobre o sismo de Junho de 1931.

• Ao 

Professor 

João 

Carlos 

Vieira 

Baptista, 

Universidade 

de 

Trás‐os‐

Montes e Alto Douro, pelo ficheiro da sua tese de doutoramento.

• Ao 

Professor 

Taj‐Eddine 

Cherkaoui, 

Université

Mohamed 

Agdal‐

RABAT, 

Institut 

Scientifique, 

pelos 

dados 

macrossísmicos 

relativos 

à

repercussão 

em 

Marrocos 

dos 

sismos 

de 

Novembro 

Dezembro 

de 

1941.