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RELATÓRIO DO PROJETO FAPEMA BITI 2012/2013 SISTEMA AGROECOLÓGICO DE PRODUÇÃO DE ABACAXI TURIAÇU EM CULTURAS ALIMENTARES NA AMAZÔNIA MARANHENSE.

Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

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Cultivo de Abacaxi com ruas de leguminosas.

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RELATÓRIO DO PROJETO FAPEMA BITI 2012/2013

SISTEMA AGROECOLÓGICO DE PRODUÇÃO DE ABACAXI TURIAÇU EM

CULTURAS ALIMENTARES NA AMAZÔNIA MARANHENSE.

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1. IDENTIFICAÇÃO

PROJETO: Sistema agroecológico de produção de abacaxi Turiaçu em culturas

alimentares na Amazônia maranhense.

NÚMERO DO PROCESSO: BITI-3099/2012

BOLSISTA: Marcelo Marinho Viana

ORIENTADOR: Altamiro Souza de Lima Ferraz Junior

LOCAL DE EXECUÇÃO: Turiaçu – MA

VIGÊNCIA: 01/10/2012 a 30/09/2013

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2. INTRODUÇÃO

O Abacaxi pertence à ordem Bromeliales, família Bromeliaceae, subfamília

Bromelioideae. Com 2794 espécies entre 56 gêneros, de acordo a Luther (2008), esta

é a maior família cuja distribuição natural é restrita ao Novo Mundo.

No Brasil o abacaxi é explorado economicamente na maioria dos estados,

desta forma gerando emprego, renda e movimentando a economia do país. Porém as

tecnologias existentes estão concentradas nas mãos de produtores localizados na

região sudeste ou daqueles que possuem um maior poder aquisitivo. Desta forma o

produtor familiar explora a cultura de forma rústica e tradicional, fato este que ocasiona

baixas produtividades e pouca renda aos produtores.

Em 2010 segundo o IBGE (Produção Agrícola Municipal – PAM, 2011), a

região que mais produziu abacaxi naquele ano no Brasil foi a Nordeste com 594.328 T,

sendo o estado da Paraíba o maior produtor com 273.910 T.

Em razão do sistema tradicional praticado pelos pequenos agricultores, à

semelhança de roças itinerantes, a produtividade do abacaxi Turiaçu é considerada

baixa, ocupando em 2005, uma área ao redor de 150 ha, pois os agricultores utilizam

técnicas de plantios dos seus antepassados, com espaçamento indefinido, época de

plantio concentrada no início do período chuvoso, mudas desuniformes e colheita em

avançado estádio de maturação (ALMEIDA, 2000). O referido autor pela primeira vez

identificou as dificuldades de manejo do sistema de produção e enalteceu a boa

qualidade dos frutos, já confirmadas pelos produtores e consumidores.

Com uma qualidade natural superior às demais variedades, o abacaxi

Turiaçu tornou-se popular junto aos consumidores no mercado maranhense, com

garantia de preços compensadores aos produtores. No entanto, a safra é muito

concentrada no período de setembro a novembro, fato que está associado à baixa

variação no período de plantio, que também é concentrado nos três primeiros meses

do inverno. A safra concentrada também causa uma forte flutuação no preço e

aumenta a instabilidade no rendimento dos produtores ao longo do ano, ao mesmo

tempo em que priva os consumidores de terem acesso ao produto por períodos mais

prolongados.

No trópico úmido, os sistemas agroflorestais, por sua estabilidade e

sustentabilidade ecológica, têm sido considerados como alternativa mais adequada ao

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uso permanente da mesma área, o que significa a manutenção de certa estabilidade

do sistema (AGUIAR, 2006).

Pesando na substituição da agricultura itinerante o sistema de cultivo em

aleias, é um dos sistemas agroflorestais mais simples que combina em uma mesma

área espécies arbóreas preferencialmente leguminosas e culturas anuais ou perenes

de interesse econômico (COPPER et al., 1996).

O sistema em aleias pode-se contribuir para a solução de parte dos

problemas de segurança alimentar de milhões de pessoas que vivem nos trópicos,

com menos aplicações de insumos externos. Nesse sistema de cultivo combinam-se,

em uma mesma área, espécies arbóreas - preferencialmente leguminosas e culturas

anuais - visando ao mesmo tempo aos processos de regeneração da fertilidade do

solo e de intensificação da ciclagem de nutrientes, os quais são temporariamente

separados na agricultura de derrubada-queima-pousio (ATTA-KRAH, 1989; KANG et

al., 1990).

No sistema de aleias com leguminosas o suprimento das exigências

nutricionais da cultura principal não é dependente apenas das quantidades

adicionadas a partir dos ramos, mas também da eficiência de transferência dos

nutrientes do solo para as plantas, processo estreitamente relacionado à qualidade da

matéria orgânica adicionada, aos organismos presentes no sistema e à eficiência de

absorção de nutrientes pela planta (SWIFT e PALM, 1995).

Agricultores familiares da Microrregião do Gurupi praticam um sistema

peculiar de fruticultura itinerante com base na derrubada e queima da vegetação

nativa para implantação da cultura do abacaxi, empregando uma variedade local

denominada Turiaçu (ARAÚJO et al. 2004).

O abacaxi Turiaçu ocorre principalmente no município de Turiaçu - MA,

localizado na Microrregião do Gurupi, sofrendo forte influência do clima amazônico,

especialmente o longo e concentrado período chuvoso. Os plantios comerciais ainda

são poucos e os produtores adotam um sistema de produção com baixo emprego de

tecnologias, sendo que a cultura se adequa as condições do modelo familiar por exigir

generosa mão de obra (ARAÚJO et al., 2004).

Nos solos do trópico úmido, sob elevadas temperaturas e chuvas intensas

pode-se ter contribuição com o cultivo de algumas leguminosas arbóreas para a

sustentabilidade dos sistemas agrícolas, por meio de grandes produções de matéria

seca e da ciclagem de nutrientes, além da adoção de outras práticas, como o plantio

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direto e a cobertura morta, com as quais se obtém efeito positivo e significativo na

produtividade das culturas (MOURA, 1995) e (ALBUQUERQUE, 1999).

Características como melhoria da qualidade do solo, aumento das

produtividades das culturas alimentares e dos rendimentos das propriedades rurais

têm sido atribuídas ao sistema de cultivo em aleias, mas o sucesso de um sistema

deste tipo está relacionado com a quantidade e qualidade do material podado das

árvores, coma quantidade de nutrientes liberados dos resíduos durante o processo de

decomposição e com a quantidade e o tempo de liberação de nutrientes para

satisfazer as necessidades das culturas subsequentes (MENDONÇA e STOTT, 2003).

As produtividades das culturas no cultivo em aleias podem aumentar com

o passar do tempo, por causa do incremento da fertilidade do solo, uma vez que os

todos os resíduos vegetais das culturas e das árvores ficam retidos no sistema

(AKYEAMPONG E HITIMANA, 1996).

O cultivo em aleias pode apresentar limitações, como o difícil

estabelecimento do estande das árvores, insignificante resposta da produtividade,

custos adicionais de produção, trabalho extra de manutenção do sistema, limitada

opção para escolha de árvores (BÖHRINGER E LEIHNER, 1997). Além disso, durante

o período do estabelecimento das árvores, a competição de plantas invasoras por

nutrientes, luz e água pode severamente impedir sua sobrevivência e crescimento

(DELATE et al., 2005).

Os biofertilizantes são efluentes pastosos resultantes da fermentação

metanogênica e anaeróbica da matéria orgânica por um tempo determinado podendo

ainda ser definidos como sendo compostos biologicamente ativos, produzidos com

biodigestores por meio de compostagem aeróbica e anaeróbica da matéria orgânica.

Dentre as vantagens do seu uso destacam-se o baixo custo, baixo risco de

contaminação e aumento na produtividade agrícola (SANTOS, 1992; BETTIOL et al.,

1998).

Na literatura os estudos a respeito da composição dos biofertilizantes

ainda são pouco frequentes, entretanto sabe-se que os biofertilizantes líquidos

possuem na sua composição básica os doze elementos essências e os oligominerais

necessários aos vegetais e ainda favorecem a estimulação da proteossíntese com

consequente aumento de sua resistência a fitomoléstias, inclusive as de causa virótica

(SANTOS & ÁKILA, 1996).

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O uso de produtos alternativos como os biofertilizantes vêm crescendo em

todo o Brasil. Na busca por insumos menos agressivos ao ambiente e que possibilitem

o desenvolvimento de uma agricultura menos dependente de produtos

industrializados, vários produtos têm sido lançados no mercado (DELEITO et al.,

2005a). Além disso, esses produtos podem ser produzidos pelo próprio agricultor,

gerando economia de insumos importados e, ainda, promover melhorias no

saneamento ambiental. Esses biofertilizantes são preparados a partir da digestão

anaeróbia (sistema fechado) ou aeróbia (sistema aberto) de materiais orgânicos e

minerais, visando o fornecimento de nutriente. A composição química do biofertilizante

varia conforme o método de preparo e o material que o origina. Para Bettiol et al.

(1998), uma das principais características do biofertilizante é a presença de

microrganismos, responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, produção de

gás e liberação de metabólitos, especialmente antibióticos e hormônios.

O uso de biofertilizantes líquidos pode atenuar os problemas do produtor

em sistemas agroecológicos ou em conversão, podendo ser utilizado tanto como

produto repelente de insetos-pragas como em nutrição das plantas, com o objetivo de

suplementar nutricionalmente os cultivos (DUENHAS et. al., 2004).

Com base em trabalhos desenvolvidos pode-se considerar que o uso mais

comum do biofertilizante é a pulverização sobre as plantas, sendo relatado por

diversos autores como Scherer et. al, (2003), Santos et. al, (2003), Moreira et. al,

(2003) e Santos (2001) o seu uso como adubo foliar.

Embora exista pouco estudo sobre a composição dos biofertilizantes,

sabe-se que os mesmos possuem todos os elementos necessários para a nutrição

vegetal, variando as concentrações, dependendo diretamente da alimentação do

animal que gerou a matéria-prima a ser fermentada, sendo que, dependendo do

período de fermentação, há variações também na concentração dos nutrientes

(MARROCOS, 2011).

O objetivo geral desse projeto foi desenvolver, por meio da

experimentação participativa, um sistema de cultivo agroecológico para o abacaxi

Turiaçu e culturas alimentares na Amazônia Maranhense que permita a mudança do

sistema atual de derrubada e queima.

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Tabela 1 - Caracterização química na camada de 0-20cm. Turiaçu – MA, 2013 .

3. MATERIAS E MÉTODOS

As unidades experimentais foram instaladas no município de Turiaçu - MA

a 220 km da capital, em janeiro de 2012 no inicio do período chuvoso. Com

coordenadas geográficas de Latitude 01° 39' 48'' e Longitude 45° 22' 18'. O clima da

região na classificação de Koppen é do tipo Amw’ caracterizado por apresentar-se

chuvoso, úmido e quente, com maior incidência de chuvas no período de dezembro a

maio. A temperatura média anual varia de 27 ºC a 25 ºC.

Figura 1. Precipitação mensal, durante janeiro e dezembro de 2013.

O cultivo de abacaxi no município ocorre principalmente nas comunidades

de Serra dos Paz e Banta, sobre Plintossolos (solos concrecionários), ricos em argila

2:1, plintita e petroplinta, com superfície coberta de cascalhos, sendo aparentemente

bem drenados nas áreas altas. Os agricultores tradicionais denominam o sistema de

cultivo de “tacuruba” (plantio direto na pedra).

Na Tabela 1 estão apresentadas as características químicas do solo na

camada 0 a 0,20 m, de cada unidade experimental.

Métodos: M.O.: Ac. Sulfúrico; P,K,Ca,Mg: resina; Na: Mehlich; pH: Sol. CaCl2 H+Al: tampão

SMP; Al: KCl.

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As três unidades pilotos experimentais foram instaladas uma em cada

propriedade rural do povoado de Serra da Paz (1° - Propriedade do Livino, 2° -

Propriedade do Osvaldo Luís e 3° - Propriedade do Adelbenilson), as unidade foram

instaladas em Fevereiro de 2012, as mesmas sofreram algumas alterações daquela

que constava no projeto original para se adequar a realidade dos produtores rurais que

não dispõe de extensas áreas aonde se possam realizar pesquisas, pois os mesmo

sobrevivem da sua produção agrícola.

As mudas de abacaxi da variedade Turiaçu foram plantadas manualmente

em covas individuais, protegendo-se a roseta foliar para evitar a entrada de terra.

Adotou-se o espaçamento em fileiras simples de 1,0 m x 0,30 m, gerando uma

densidade de 33.300 plantas/ha, baseado em recomendações de Aguiar júnior &

Araújo (2009). A adubação de fundação de 15 g por cova de sulfato de potássio

(K2SO4), misturado com fosfato natural (P2O5) na proporção de 5:5.

As leguminosas foram plantadas através de estacas de aproximadamente

70 cm, sem inoculação com as bactérias diazotroficas, com espaçamento de 1 x 0,5 m

de forma alternada em cada fileira (Clitoria fairchildiana e Gliricidia Sepium). As

estacas que não sobreviveram foram substituídas por sementes.

Foi utilizado biofertilizante supermagro preparado pelos próprios

agricultores em aplicações a cada 2 meses na cultura do abacaxi Turiaçu. A

recomendação utilizada foi na proporção de 1 L de biofertilizante para 20 L de água.

O biofertilizante utilizado foi produzido de forma anaeróbia em uma caixa

de PVC de 500 litros, onde foram misturados os seguintes componentes: esterco

fresco bovino (50 Kg), cana de açúcar triturada (2 Kg), cinza de madeira (1 Kg), fosfato

natural (1 Kg), ácido bórico (1 Kg), pó de mármore (1 Kg), leite (10 L). O volume da

solução foi completado com água até 500 L. A caracterização química parcial base

seca do biofertilizante é a seguinte: Biofertilizante (Bf) - pH = 6,6 N total = 24 g kg-1, P

= 18 g kg-1, K = 1,5 g kg-1.

A fim de verificar a influência da aplicação de biofertilizante na produção de

abacaxi, foram utilizados nas unidades experimentais 3 tratamentos e 6 repetições, os

tratamentos consistem em três dosagens de biofertilizante (0ml; 12,5ml; 25ml) e como

complemento utilizou-se a palhada das duas leguminosas Gliricidia sepuim (gliricidia),

Clitoria fairchildiana (sombreiro), que são utilizadas no sistema de aleias leguminosas.

Os tratamentos são detalhados abaixo:

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A parcela experimental é constituída de 44 plantas, sendo 4 fileiras de 3,3

m de comprimento, com 11 plantas por fileiras. A área útil para efeito das avaliações

biométricas da planta, colheita e de qualidade dos frutos é constituída das duas fileiras

centrais, descontando-se as bordaduras, resultando em 22 plantas.

Foi realizada a promoção floral a base de carbureto de cálcio (CaC2),

sendo aplicado um grama por planta, com objetivo de padronizar o florescimento e

uniformizar a colheita.

O experimento sofreu algumas adaptações para à realidade dos

agricultores locais que já contam com 2 projetos da Fapema que atuam na

comunidade, facilitando o contato com os mesmo e o emprego de técnicas já

utilizadas pelos pesquisadores.

Foram realizadas 10 capinas em cada unidade experimental, afim de evitar

a que as ervas daninhas exerçam uma competição por nutrientes com a culturas

alimentares, com a cultura do abacaxi e com as estacas das leguminosas.

As unidades experimentais estão em seu segundo ano de cultivo, a área

aonde foi plantada as culturas alimentares, a colheita aconteceu em maio de 2012 e

em fevereiro de 2013 foi plantado o abacaxi nessa mesma área, isso foi previsto no

projeto a fim de realizar o rodizio com a cultura do abacaxi, e aonde se colheu o

abacaxi em 2013 vai ser plantados as culturas alimentares em 2014 concluindo o

rodizio.

Tratamento Dosagem de Biofertilizante (ml)

1 0

2 12,5

3 25

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3.1 AVALIAÇÕES DE PLANTAS (fase vegetativa)

Foram realizadas mensurações das plantas aos 12 meses, onde foram

contabilizadas: as plantas que floresceram naturalmente e tomaram-se duas plantas

da área útil para mensurações biométricas das folhas: comprimento, largura, massa.

Mensurações biométricas do caule: massa, comprimento e diâmetro.

Aos 13 meses realizou-se a determinação dos teores médio de clorofila,

foram utilizados métodos destrutivos e não destrutivos. O método destrutivo consistiu

na extração de clorofila em laboratório utilizando extrator DMSO (dimetilsulfoxido) e o

método não destrutivo consistiu em leitura no campo utilizando o clorofilômetro SPAD

– 502 (Minolta). No método destrutivo foram removidos discos com diâmetro médio de

1,52 cm. Na sequência, foram pesados 36 discos para determinação da massa fresca,

correspondendo a 2,6 g, Em seguida, os discos foram depositados em erlenmyers em

soluções de DMSO (dimetil-sulfoxido) contendo 25 ml. Totalizando assim 36 amostras.

Essas foram acondicionadas em B.O.D a 8 ºC durante 24 horas. Após esse período as

amostras foram analisadas em espectrofotômetro (FEMTO SCAN), nos comprimentos

de ondas (λ) de 646 nm e 663 nm.

3.2 AVALIAÇÕES DE FRUTOS

Neste trabalho, foram colhidos 10 frutos por cada tratamento em cada

unidade experimental, em seguida acondicionados em caixas plásticas e

transportados para o Laboratório de Fitotecnia e Pós-Colheita-NBA/CCA/UEMA.

Para a mensuração dos diâmetros utilizou-se paquímetro digital e para as

demais mensurações, fita métrica de 150 cm. Para o talo, foram tomadas duas

medidas em sua porção mediana. A contagem de lesões foi mensurada através de

contagem manual, com a utilização de lupa quando necessário.

Visando determinar a qualidade dos frutos, foram avaliadas as seguintes

características: comprimento do fruto com e sem a coroa (cm); diâmetros da base,

meio e ápice (cm); peso dos frutos (g) com e sem a coroa; peso da coroa (g); peso da

casca (g); peso da polpa (g); rendimento de polpa (%); grau de maturação (% de

coloração amarela da casca); coloração da polpa; diâmetro do eixo central (cm);

incidência de leões na casca (rachaduras); teor de sólidos solúveis totais (°Brix);

acidez total titulável do suco (%) e pH.

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Para determinação do rendimento de polpa, adotou-se a seguinte

expressão: [PP = PFc - (Pc + Pca)], onde PP = Peso polpa; PFc = peso do fruto com

coroa; Pc = Peso da coroa; Pca = Peso da casca.

A acidez total titulável foi determinada em 10 mL de suco do abacaxi, em

titulação com hidróxido de sódio a 0,1N, utilizando o indicador fenolftaleína a 1%. Para

obtenção do suco processou-se manualmente três rodelas de 1 cm de espessura de

cada fruto, referentes às porções apical, mediana e basal, extraindo-se em media 50

ml de suco. Em seguida, a mistura foi passada em peneira doméstica eliminando-se a

parte solida e logo após, alíquotas de 10 mL foram reservadas para as análises de pH,

sólidos solúveis totais e acidez total titulável, sendo, respectivamente, necessários

uma leitura em peagâmetro, três leituras em refratômetro de bancada e duas titulações

em soda para obtenção dos dados. O volume de 10 mL de suco utilizados para análise

de acidez e pH foram diluídos em 90 mL de água destilada.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com 6 repetições e 3

tratamentos, correspondentes às doses de biofertilizante.

Figura 2. Croqui da unidade experimental.

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Tabela 2 – Índice de sobrevivência das leguminosas

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 Avaliações das leguminosas

Na tabela 2 verifica-se o índice de sobrevivência das leguminosas. A

gliricidia foi percentualmente superior no índice de sobrevivência em relação ao

sombreiro que apresentou dificuldade no estabelecimento inicial.

A dificuldade de sobrevivência do sombreiro (Clitoria fairchildiana) pode ter

como causa o baixo índice pluviométrico registrado no município de Turiaçu e

tamanho das estacas utilizadas que pode ter acarretado em baixo índice de

sobrevivência em especial na verifica-se na propriedade do Livino.

Foi realizado um replantio de mudas de sombreiro e gliricidia nas unidades

experimentais, para o complemento do plantel de leguminosas a fim de permitir um

desenvolvimento uniforme em todas as unidades.

No sistema de cultivo em aleias a escolha das espécies de árvores deve,

entre outros fatores, levar em conta sua capacidade de crescimento na fase inicial que

pode contribuir para a antecipação da idade do primeiro corte e, consequentemente,

da diminuição do tempo de estabilização da produtividade do sistema (AGUIAR,

2006).

Esses resultados podem influenciar na aceitação do sistema agroecológico

por parte dos produtores rurais que precisam de resultados imediatos para manter sua

produção em alta.

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Tabela 3 – Quantidade de leguminosa aplicada, nas unidades experimentais.

Após o primeiro ano de crescimento das leguminosas realizou-se a

primeira poda para a deposição da palhada nas entrelinhas de cultivo do abacaxi, a

fim de aumentar a quantidade de matéria orgânica no solo e retenção de água por

mais tempo. A tabela 3 mostra a quantidade de leguminosa aplicada nas unidades

experimentais, à unidade experimental 3 (propriedade Adelbenilson), apresentou

valores iguais à zero, pois o ataque de formigas cortadeiras foi severo, devido à

presença de formigueiros na propriedade, isso impossibilitou a poda das leguminosas.

UNIDADE

EXPERIMENTAL

SOMBREIRO

(kg)

GLIRICÍDIA

(kg)

UNIDADE 1

73

90

UNIDADE 2 67 59,5

UNIDADE 3 0 0

MÉDIA

46,66 kg

49,83 kg

O sistema de aleias está em seu segundo ano, após a poda, as

leguminosas apresentam vigoroso crescimento, sendo necessária uma segunda poda

no mês de fevereiro de 2014, com isso vamos está fertilizando o solo com o principal

nutriente absorvido pelas leguminosas que é o N (nitrogênio), essa poda constante,

faz com que se possa construir a fertilidade desse solo, além de fornecer proteção ao

mesmo evitando assim erosão.

5.1 Avaliações das Plantas (fase vegetativa)

Na tabela 4, verifica-se que não houve efeito para as características de

massa de plantas, comprimento e largura de folhas de abacaxi Turiaçu. Para os dados

de massa, comprimento e largura, percebe-se que os três tratamentos possuem

valores muitos próximos. Isso pode ser explicado pela incidência das chuvas na época

de coleta das folhas, o que colaborou para que os valores fossem próximos. A

ausência de efeito, pelo o aproveitamento da adubação de cobertura realizada nas

plantas aliada a padronização do tamanho de mudas no plantio, de forma que

puderam assimilar os nutrientes e dirigi-los e utiliza-los para mais diversas atividades

fisiológicas, inibindo assim, os efeitos do meio no acúmulo de biomassa das plantas.

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Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Segundo Aguiar Júnior (2012) para cada 1000 g de matéria fresca

acumulada, a planta gera 130 g de biomassa seca, em se considerando o caule. Ou

seja, para cada 1 g de matéria fresca acumulada apenas 0,13 g são de biomassa seca

todo o restante, 0,87g são de água. Podemos então afirmar que a planta de abacaxi

Turiaçu aos 12 meses de idade (fase vegetativa) possui uma composição de 87 % de

água.

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Tratamento

Massa Comprimento

Fresca Seca

g cm cm

T1 31,70 a 6,65 a 70,00 a 3,85 a

T2 29,53 a 5,90 a 70,81 a 3,60 a

T3 31,18 a 6,93 a 70,12 a 3,80 a

Média 30,80 6,49 70,31 3,72

CV 17,39 13,48 7,67 5,64

Tratamento

Massa do Caule Comprimento

Fresca Seca

g Cm cm

T1 267,08 a 62,58 a 22,83 a 3,97 a

T2 240,91 a 57,54 a 19,87 a 3,78 a

T3 236,75 a 58,62 a 20,70 a 3,95 a

Média 248,25 59,58 21,13 3,90

C.V.(%) 21,14 15,26 11,57 6,43

Largura

Tabela 4. Medidas de massa, comprimento e largura de folhas de plantas de abacaxi

Turiaçu submetidas a três diferentes dosagens de biofertilizante. São Luís (MA),

2013.

Ø Caule

Tabela 5. Medidas de massa, comprimento e diâmetro de plantas de abacaxi Turiaçu

submetidas a três diferentes dosagens de biofertilizante. São Luís (MA), 2013.

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Na tabela 5, verifica-se que não houve efeito para as características de

massa, comprimento e diâmetro de caules de abacaxi Turiaçu. Para os dados de

massa, comprimento e diâmetro o tratamento 1 (T1), apresentou valores superiores

que os demais tratamentos, isso pode ser explicado pelas características das plantas,

ou seja, possuíam muito mais reserva metabólica que as dos demais tratamentos.

Segundo, Cunha et al., (1999) o caule do abacaxizeiro armazena metabólitos da

fotossíntese, contém reservas de amido, é fibroso e à medida que as folhas se

desenvolvem no meristema apical, o caule alonga engrossa.

Na figura 3, nota-se uma correlação direta entre os teores de clorofila totais

(a+b) extraídos com DMSO e valores do índice SPAD para a cultura de abacaxi,

apresentou uma correlação de R2 = 0,51, valor que se encontra dentro da faixa ideal

de valores de R2 acima de 0,5. Ocorrendo uma dispersão independente dos valores. O

índice SPAD pode ser usado na estimativa de crescimento vegetativo do abacaxizeiro

e do status nutricional. (RAMOS et. al, 2013).

A relação entre leitura SPAD e teor de N é atribuída, principalmente, ao

fato de 50 % a 70 % do N total das folhas serem integrantes de compostos associados

aos cloroplastos e ao conteúdo de clorofila das folhas (CHAPMAN e BARRETO,

1997). Shaahan et al., (1999) observaram que o índice relativo ao teor de clorofila,

geralmente, correlaciona--se bem com o teor de N nas folhas, podendo indicar

deficiência de N nas plantas.

A correlação verificada entre o índice SPAD e teor de clorofila total (a + b)

evidencia que as leituras realizadas com clorofilômetro (SPAD-502) estimam,

adequadamente, o grau de esverdeamento das folhas de abacaxi. Portanto, as leituras

realizadas com equipamento podem substituir, com precisão adequada, as

determinações tradicionais do teor de clorofila para a cultura do abacaxizeiro. Em

outras espécies, a correlação entre N e índice SPAD foi encontrada por Coelho et al.

(2012) e Errecart et al. (2012).

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Atualmente observa-se que o extrator DMF (N,N dimetilformamida) tem

sido amplamente utilizado na extração de clorofila para as mais diversas culturas,

assim como desta forma, pode-se verificar a necessidade de determinar os teores com

este reagente e correlacioná-lo com a leitura do SPAD.

5.1 Avaliações dos Frutos

5.1.1 – Caracterização biométrica

Para massa de frutos não houve diferença significativa entre tratamentos

utilizados, sendo que tratamento (T3) apresentou valores superiores (1211g) aos

demais tratamentos para massa dos frutos. (tabela 6). O peso médio do fruto

comercial de abacaxi no Brasil varia de 900 a 2.400 g, conforme as normas de

classificação oficial (MAPA, 2002). Para a produtividade não houve efeito entre os

tratamentos utilizados, mas tratamento 2 (T2) apresentou valores superiores (36,55

t/há) aos demais, mas não diferiu significativamente dos demais tratamentos

utilizados. Ressaltamos que o experimento de Aguiar Junior et al., (2010) encontrou

uma produtividade média de 50,22 t/há, valor este bem superior ao encontrado no

experimento em questão.

O rendimento de polpa (%) foi similar para todos os tratamentos utilizados.

Araújo et al. (2012) encontrou valores de rendimento de polpa em relação ao peso

y = -382,08x2 + 355,7x - 2,6549 R² = 0,5197

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6

SPA

D

Clorofila a + b (mg/gmf)

Figura 3. Relação entre valores do índice SPAD e os teores de clorofila (a + b)

(mg/gmf), extraídos por DMS.

Page 17: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

total do fruto de cv. Turiaçu na faixa 64,8 %, isso reforça que os valores encontrados

estão dentro dos padrões desejáveis.

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Na tabela 7, para característica comprimento e massa da coroa não houve

efeito significativo entre os tratamentos utilizados, porem os tratamentos 2 e 3 (T2 e

T3) apresentaram valores superiores aos do tratamento 1 (T1), o que é desejável, já

que o tratamento 1 é controle, sem a aplicação de biofertilizante vai foliar. Araújo et al.

(2012) destaca-se que a coroa do fruto do ‘Turiaçu’ apresenta comprimento e peso

inferiores às demais cultivares, com 14,4 cm e 61,1 g, respectivamente, o que poderá

constituir-se numa característica vantajosa no processo de transporte e

comercialização. Coroa pequena também resulta no maior rendimento de polpa

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Tratamento Massa de Fruto Produtividade Rendimento de polpa

G T/ha %

T1

T2

T3

Média 1175 35,16 67,92

C.V.(%) 8,54 6,47 3,44

Tratamento

Comprimento da coroa

Comprimento do fruto sem coroa

Massa da coroa

Cm cm g

T1

T2

T3

Média 14,65 16,96 70,23

C.V.(%) 13,45 2,81 13,31

1153 a

1162 a

1211 a

34,68 a

36,55 a

34,25 a

68,01 a

67,72 a

68,02 a

Tabela 6. Massa de frutos, Produtividade, Rendimento de polpa e massa de polpa de

abacaxi cv. Turiaçu submetidos a três dosagens de biofertilizante, São Luís (MA),

2013.

13,19 a

15,67 a

15,09 a

16,72 a

17,24 a

16,92 a

65,48 a

72,57 a

72,65 a

Tabela 7. Comprimento da coroa, comprimento do fruto sem coroa e massa da coroa de

abacaxi cv. Turiaçu submetidos a três dosagens de biofertilizante, São Luís (MA), 2013.

Page 18: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

5.1.2 - Caracterização Físico-química

Na tabela 8, a característica acidez total titulável (ATT) em % ácido cítrico,

não sofreu efeito dos tratamentos avaliados, possuindo uma média observada de

0,59%. Para a característica sólidos solúveis totais, foi similar em todos os tratamentos

utilizados, isso pode ser explicado pelo ponto de maturação em que os frutos foram

colhidos, padronizado para evitar valores extremos. Em trabalho realizado com

abacaxi cv. Turiaçu, Araújo et al. (2012) obteve em frutos com 16,1 °brix médio, valor

superior à média encontrada que foi 14,95 °brix , mas sendo superior ao mínimo

exigido pelas normas oficiais, que é de 12,0 °brix (MAPA, 2002).

A importância a de relação °brix/acidez está no fato de que em produtos

cítricos, os ácidos orgânicos que geram acidez e os carboidratos que garantem o

sabor adocicado, competirem pelos mesmos receptores localizados nos poros

gustativos da língua. (Aguiar Junior, 2010). Na tabela 8, mostra que não houve

diferença significativa em relação °brix /acidez (ácido cítrico g/100g), porém convém

destacar que o tratamento 2 (T2), apresentou média (25,12) superior aos demais

tratamentos, mais esse valor é bem inferior aos encontrado por Aguiar Júnior (2010),

que verificou que a relação °brix/acidez de abacaxi cv. Turiaçu era de 41,4, enquanto

para as cvs. Perola, Smooth Cayenne e Vitória eram: 26,4; 20 e 19,75

respectivamente. Nota-se que o valor encontrado é similar aos cvs. Perola e Smooth

Cayenne. A relação entre os teores de sólidos solúveis totais (SST) e acidez titulável

(AT) varia de acordo com o ano agrícola, em função de suas condições climáticas,

tendendo a ser maior no verão (BLEINROTH, 1978). O abacaxi apresenta 0,65-0,90%

de acidez titulável e 14-16 ºbrix (GIACOMELLI, 1982).

Page 19: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Na tabela 9, para a característica pH, não houve efeito significativo entre

os tratamentos utilizados, encontrando uma média geral de 3,84, sendo esse valor

dentro dos padrões estabelecidos, já que em abacaxi maduro, o valor do pH oscila

entre 3,7 a 4,1 (BLEINROTH, 1987). A importância do pH para o abacaxi está

relacionada à retenção das características organolépticas, verificação do estádio de

maturação e no caso de beneficiamento escolha da embalagem (AGUIAR JUNIOR,

2010).

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste de Turkey ao

nível de 5 % de probabilidade.

Tratamento

Acidez Total Titulável

Sólidos Solúveis Totais

SST/ATT

%

°Brix

°brix/% acidez (ácido cítrico

g/100g)

T1

T2

T3

Média 0,59 14,95 22,84

C.V.(%) 12,56 4,60 16,98

Tratamento PH

T1

T2

T3

Média 3,84

C.V.(%) 2,10

0,66 a

0,55 a

0,57 a

14,95 a

14,67 a

15,24 a

20,12 a

25,12 a

23,29 a

Tabela 8. Acidez total titulável em ácido cítrico (%), Sólidos solúveis totais (° brix) e

Relação sólidos solúveis/acidez total titulável (SST/ATT) de abacaxi cv. Turiaçu

submetidos a três dosagens de biofertilizante, São Luís (MA), 2013.

Tabela 9. pH de abacaxi cv. Turiaçu submetidos a três dosagens de biofertilizante, São

Luís (MA), 2013.

3,82 a

3,83 a

3,87 a

Page 20: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

Na tabela 10, observa-se que houve diferença significativa em relação à

quantificação de lesões superficiais e corticosas, que os frutos de abacaxi cv. Turiaçu

apresentaram em função das dosagens de biofertilizante. Em relação às lesões

superficiais, o tratamento 3 (T3), foi o que apresentou maior média de lesões 8,16

(lesão/fruto) diferindo significativamente dos demais tratamentos, com uma média

geral de 6,08 (lesão/fruto). Nas lesões corticosas o tratamento 2 (T2), foi o que

apresentou menor média 0,87 (lesão/fruto) diferindo significativamente do tratamento 1

(T1), mas sendo igual ao tratamento 3 (T3). O tratamento 2 (T2) foi mais eficiente em

relação à quantidade de leões apresentadas em seus frutos. A elevada ocorrência de

lesões corticosas na casca do fruto, possivelmente associada à deficiência de boro, é

o principal problema da cultivar. As lesões corticosas na casca podem evoluir para

profundas rachaduras entre os frutilhos, causando depreciação comercial do fruto.

Médias seguidas das mesmas letras na coluna, não diferem entre si pelo teste T ao nível de 5

% de probabilidade.

Tratamento

Quantidade de Lesões (Lesão/Fruto)

Superficial Corticosa

T1 5,37 b 3,83 a

T2 4,70 b 0,87 b

T3 8,16 a 2,95 ab

Média 6,08 2,55

C.V.(%) 28,23 76,63

Tabela 10. Quantificação de lesões no frutos de abacaxi cv. Turiaçu submetidos a três

dosagens de biofertilizante, São Luís (MA), 2013.

Page 21: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

6. CONCLUSÕES

A utilização de um sistema agroecológico para a produção do abacaxi cv.

Turiaçu é uma ferramenta excelente, pois além de agregar valor à produção supre a

necessidade do agricultor durante o tempo de desenvolvimento do abacaxi e contribui

para redução da prática de derrubada e queima típica do sistema de fruticultura

itinerante.

As leguminosas se adaptaram bem a região, mas seria necessário

introduzir novas espécies de leguminosas, para que se possa verificar qual espécie

seria capaz de conferir maior tempo de cobertura ao solo, visto que o ciclo do abacaxi

é longo em torno de 18 meses.

Foi possível a construção do sistema agroecológico de produção nas

propriedades em que se implantaram as unidades experimentais, reduzindo a

penosidade do trabalho do agricultor.

Os frutos que foram produzidos no sistema de aleias apresentaram boas

características físicas e químicas adequadas para consumo in natura. O peso médio

do fruto de 1175 g, coroa média de 14,65 cm, o teor de sólidos solúveis totais de 14,95

°Brix. Esses valores estão de acordo com as recomendações do Ministério da

Agricultura - MAPA.

O abacaxi cv. Turiaçu é nativo do maranhão possui comprovadamente

através de pesquisas realizadas na região uma superioridade no sabor com relação às

principais variedades cultivadas e comercializadas. Isso reforça que devemos

continuar as pesquisas por sistemas alternativos de produção e melhorar que já existe

a respeito de pesquisa com o abacaxi cv. Turiaçu.

A aceitação por parte dos agricultores foi fundamental para que o projeto

pudesse ser desenvolvido na região, fazendo essa transição do sistema de corte e

queima para o sistema diversificado com bases agroecológicas.

Foi possível reduzir as rachaduras nos frutos de abacaxi cv. Turiaçu

através da aplicação de biofertilizante, devido à presença de boro em sua composição.

Ao término desses 2 anos de projeto foi possível construir juntamente com

os produtores da Serra do Paz, município de Turiaçu, um sistema agroflorestal

sustentável que é simples mas eficiente atendendo a demanda dos agricultores

locais.

Page 22: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

7. METAS E PERSPECTIVAS FUTURAS

O projeto precisa ser continuado e repetido ao longo dos próximos anos

para que se possam realizar os mais diversos experimentos pertinentes ao sistema de

aleias com leguminosas no cultivo do abacaxi cv. Turiaçu e nas culturas alimentares,

sem que danos e erros possam influenciar a coleta e o processamento desses dados.

Aumentar a concentração do biofertilizante aplicado via foliar e via solo,

elevar os teores de boro presente no biofertilizante, adequar uma formulação para

realidade dos agricultores locais, pois essa é uma alternativa viável, visto que os

agricultores quase não utilizam adubos sintéticos na sua produção, além de manter o

sistema de aleias leguminosas em equilíbrio e produzir um fruto orgânico.

É necessário ampliar a área cultivada com esse sistema agroecológico,

garantindo assim um bom nível de segurança alimentar para os agricultores da região,

definir época e dosagens ideias de biofertilizante na cultura do abacaxi cv. Turiaçu.

Page 23: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

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Page 28: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

APÊNDICE

Apêndice 1. Fotos do sistema agroecológico em aleias para a cultura do abacaxi

Turiaçu e culturas alimentares. (A) área preparada para a instalação da unidade

experimental na propriedade do Livino, (B) área de aleias leguminosas após á primeira

poda, (C) Aleias com duas leguminosas e abacaxi plantio 2013 a esquerda e 2012 a

direita, (D) Cobertura com leguminosas nas ruas de plantio do abacaxi Turiaçu, (E)

Abacaxi em desenvolvimento no sistema de aleias leguminosas, (F) Caracterização do

sistema de aleias leguminosa com abacaxi Turiaçu.

(A) (B)

(C) (D)

(E)

Page 29: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

Apêndice 2. Fotos do sistema agroecológico em aleias para a cultura do abacaxi

Turiaçu e culturas alimentares. (A) área com cobertura verde proveniente da poda das

leguminosas, (B) aplicação de biofertilizante no abacaxi Turiaçu, (C) Leitura do índice

SPAD, (D) aplicação de carbureto para uniformização do florescimento, (E) Abacaxi

para analise laboratorial, (F) Fruto em desenvolvimento inicial.

(A)

(B)

(C) (D)

(C) (D) (E) (F)

(B)

(E) (F)

Page 30: Sistema de aleias leguminosas no cultivo do Abacaxi cv. Turiaçu na Amazônia Maranhense

Apêndice 3. Fotos do 2° dia de campo do Abacaxi Turiaçu, estação do sistema

agroecológico em aleias para a cultura do abacaxi Turiaçu e culturas alimentares. (A)

Explicação geral de como funciona o sistema em aleias, (B) Local de recepção dos

agricultores, (C) Visão da estação do sistema de aleias, (D) Agricultores e Alunos de

Agronomia (UEMA) na estação de aleias para abacaxi Turiaçu.

(B)

(C) (D)

(C) (D)

(A) (B)