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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas NCET Engenharia da Computação Marcio Rot Sans Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos em Tempo Real Curitiba 2004

Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos ... · 1. INTRODUÇÃO ... fish creation in the pisces should have the pH level, ... beyond show on the computer’s monitor

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação

Marcio Rot Sans

Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos em Tempo Real

Curitiba

2004

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação

Marcio Rot Sans

Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos em Tempo Real

Monografia apresentada à disciplina de

Projeto Final, como requisito parcial à conclusão do Curso de Engenharia da Computação. Orientador: Prof. José Carlos da Cunha

Curitiba 2004

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TERMO DE APROVAÇÃO

Marcio Rot Sans

Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos em Tempo Real

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia da

Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca examinadora:

Prof. José Carlos da Cunha Prof. Valfredo Pilla Prof. Luis Carlos

Curitiba, 16 de Novembro de 2004

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Sumário

Lista de Figuras ............................................................................................................... v Lista de Tabelas ............................................................................................................. vi Lista de Siglas ............................................................................................................... vii Lista de Símbolos ..........................................................................................................viii Resumo .......................................................................................................................... ix Abstract ........................................................................................................................... x

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1

2. ESPECIFICAÇÃO ..................................................................................................... 2

2.1.DESCRIÇÃO............................................................................................................. 2 2.1.1.OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 2 2.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................... 2 2.2.1. AQUISIÇÃO DE DADOS ......................................................................................... 2 2.2.1.1. REDES DE COMPUTADORES ............................................................................... 3 2.2.1.2. PROCESSAMENTO DE SINAIS ............................................................................. 3 2.2.2. EXPOENTE HIDROGENIONICO ................................................................................ 3 2.2.2.1. DETERMINAÇÃO DE PH ...................................................................................... 5 2.2.3. TEMPERATURA .................................................................................................... 5 2.2.3.1. ESCALAS TERMOMÉTRICAS ................................................................................ 6 2.2.4. OXIGÊNIO ............................................................................................................ 7 2.2.41. HISTÓRICO ........................................................................................................ 7 2.2.41. CARACTERÍSTICAS ............................................................................................. 8 2.2.5. TRANSDUTORES E SENSORES ............................................................................... 8 2.2.5.1. CARACTERÍSTICAS DOS TRANSDUTORES ............................................................. 9 2.2.6. TRANSMISSÃO/RECEPÇÃO DE DADOS ................................................................... 10 2.2.6.1. TRANSMISSÃO VIA RÁDIO FREQUENCIA .............................................................. 11 2.2.6.2. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO ...................................................................... 11 2.2. ESPECIFICAÇÃO DO HARDWARE ............................................................................. 12 2.3.1. AMPLIFICADORES OPERACIONAIS ........................................................................ 12 2.3.1.1. AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO ............................................................... 13 2.3.1.2. CIRCUITO SOMADOR ........................................................................................ 14 2.3.1.3. CIRCUITO AMPLIFICADOR NÃO INVERSOR .......................................................... 14 2.3.2. CONVERSOR A/D ................................................................................................ 15 2.3.3. MICROCONTROLADOR ........................................................................................ 16 2.3.3.1. CPU ............................................................................................................... 17 2.3.3.2. INTERRUPÇÕES .............................................................................................. 17 2.3.3.3. RESET ........................................................................................................... 18 2.3.3.4. CLOCK ........................................................................................................... 18 2.3.3.5. MEMÓRIA DE PROGRAMA ................................................................................. 18 2.3.3.6. MEMÓRIA DE DADOS........................................................................................ 18 2.3.3.7. PORTA I/O ...................................................................................................... 18 2.3.4. DISPOSITIVOS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ...................................................... 19 2.3.4.1. MODULO TRANSMISSOR ................................................................................... 19 2.3.4.2. MÓDULO RECEPTOR ........................................................................................ 20 2.3.4.3. ANTENA ......................................................................................................... 21 2.3.5. PORTA SERIAL ................................................................................................... 21

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2.3.6. SENSORES ........................................................................................................ 22 2.3.6.1. SENSOR DE PH ............................................................................................... 22 2.3.6.1.1. DADOS TÉCNICOS ........................................................................................ 23 2.3.6.1.2. ELETRODOS E TEMPERATURA ....................................................................... 23 2.3.6.2. SENSOR DE TEMPERATURA .............................................................................. 24 2.3.6.2. SENSOR DE NIVEL DE OXIGÊNIO........................................................................ 25 2.3.7. DIAGRAMA DE BLOCOS DO HARDWARE ................................................................. 26 2.4. ESPECIFICAÇÃO DO SOFTWARE ............................................................................. 27 2.4.1. FERRAMENTAS DE DESENVOLVIMENTO ................................................................ 27 2.4.2. LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO ......................................................................... 27 2.4.1. SOFTWARE PRINCIPAL DO SISTEMA ...................................................................... 27 2.4.1. DIAGRAMA DE BLOCOS DO SOFTWARE ................................................................. 28 2.5.TESTE DE VALIDAÇÃO............................................................................................. 29

3. PROJETO ................................................................................................................ 30

3.1.VISÃO GERAL ........................................................................................................ 30 3.2.FUNCIONAMENTO .................................................................................................. 30 3.3.COMPONENTES UTILIZADOS .................................................................................... 32 3.4.MÓDULO DO HARDWARE ......................................................................................... 32 3.4.1. MÓDULO 1 ........................................................................................................ 33 3.4.4.1. SENSOR DE PH E TRATAMENTO DO SINAL DE PH ................................................ 33 3.4.4.2. SENSOR DE TEMPERATURA E TRATAMENTO DO SINAL DE TEMPERATURA.............. 35 3.4.4.2. SENSOR DE OXIGENIO E TRATAMENTO DO SINAL DO SENSOR DE OXIGÊNIO .......... 37 3.4.4.3. CONVERSÃO A/D DOS SINAIS ............................................................................ 37 3.4.1. MÓDULO 2 ........................................................................................................ 38 3.4.1. MÓDULO 3 ........................................................................................................ 41 3.5.PROJETO DO SOFTWARE ........................................................................................ 41 3.5.1. VISÃO GERAL ..................................................................................................... 41 3.5.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 41 3.5.3. CASOS DE USO .................................................................................................. 42 3.5.3.1. DIAGRAMAS DE CASO DE USO .......................................................................... 43 3.5.4. DIAGRAMA DE CLASSES ...................................................................................... 44 3.5.3. DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA ................................................................................ 45 3.6.ANÁLISE PRÉVIA DE CUSTOS ................................................................................... 46

4. IMPLEMENTAÇÃO ................................................................................................. 47

4.1.MÓDULO 1 ............................................................................................................ 47 4.1.1. FILTROS ........................................................................................................... 47 4.1.1.1. FILTROS PASSA BAIXAS PASSIVO .................................................................... 48 4.1.2. CIRCUITOS DE TRATAMENTO DE SINAIS IMPLEMENTADO ........................................ 48 4.1.3. CIRCUITOS DE CONVERSÃO A/D IMPLEMENTADO ................................................... 51 4.2.MÓDULO 2 ............................................................................................................ 53 4.3.MÓDULO 3 ............................................................................................................ 53 4.4.SOFTWARE ........................................................................................................... 54

5. RESULTADOS ........................................................................................................ 59

6. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 61

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 62

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – PONTOS FÍXOS E RELAÇÕES ENTRE ESCALAS TERMOMÉTRICAS. ............................ 7 FIGURA 2 – MODELO DO PROTOCOLO A SER IMPLEMENTADO ................................................ 12 FIGURA 3 – AMPLIFICADOR OPERACIONAL. .......................................................................... 12 FIGURA 4 – ACOPLAMENTO INTERNO DE UM AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO. ................. 13 FIGURA 5 – CONFIGURAÇÃO INVERSORA EM MALHA FECHADA. .............................................. 14 FIGURA 6 – FÓRMULA DA TENSÃO DE SAÍDA DO CIRCUITO SOMADOR E O PRÓPRIO CIRCUITO ... 14 FIGURA 7 – CONFIGURAÇÃO NÃO - INVERSORA EM MALHA FECHADA ...................................... 15 FIGURA 8 – FÓRMULA DO GANHO DE UM CIRCUITO NÃO INVERSOR EM MALHA FECHADA .......... 15 FIGURA 9 – FUNÇÃO DE UM CONVERSOR ............................................................................ 15 FIGURA 10 – DIAGRAMA EM BLOCOS SIMPLIFICADO DO MICROCONTROLADOR ........................ 17 FIGURA 11 – TRANSMISSOR DA TELECONTROLLI MODELO RT4-XXX. ...................................... 19 FIGURA 12 – RECEPTOR DA TELECONTROLLI MODELO RR3-XXX.. .......................................... 19 FIGURA 13 – DIAGRAMA DE BLOCOS DO TRANSMISSOR DA TELECONTROLLI. .......................... 20 FIGURA 14 – PINAGEM DO TRANSMISSOR DA TELECONTROLLI. ............................................. 20 FIGURA 15 – DIAGRAMA DE BLOCOS DO RECEPTOR DA TELECONTROLLI. ............................... 21 FIGURA 16 – PINAGEM DO RECEPTOR DA TELECONTROLLI. .................................................. 21 FIGURA 17 – REAÇÕES OCORRIDAS NO SENSOR DE PH. ....................................................... 23 FIGURA 18 – CURVA DE TENSÃO DO SENSOR DE PH DO SENSOR SC09 DA SENSOGLASS ......... 24 FIGURA 19 – CIRCUITO BÁSICO DO LM35. ........................................................................... 25 FIGURA 20 – DIAGRAMA DE BLOCOS DO HARDWARE DO PROJETO ......................................... 26 FIGURA 21 – DIAGRAMA DE BLOCOS DO SOFTWARE. ............................................................ 28 FIGURA 22 – DIAGRAMA DE BLOCOS DO HARDWARE DIVIDIDO POR MÓDULO. .......................... 31 FIGURA 23 – CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO.DO MÓDULO 1 ...................................................... 33 FIGURA 24 – CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO.DO MÓDULO 3 ...................................................... 33 FIGURA 25 – CIRCUITO SOMADOR PARA O TRATAMENTO DO SINAL DE PH. .............................. 34 FIGURA 26 - CIRCUITO AMPLIFICADOR INVERSOR PARA O TRATAMENTO DO SINAL DE PH. ........ 35 FIGURA 27 – CIRCUITO DE AMPLIFICAÇÃO DO SINAL DE TEMPERATURA. ................................. 36 FIGURA 28 – CIRCUITO DE AMPLIFICAÇÃO DO SINAL DO SENSOR DE OXIGENIO. ....................... 37 FIGURA 29 – CIRC. DO MICROCONTROLADOR 8031 COM ADC, RAM, ROM............................... 39 FIGURA 30 – BANDA PASSANTE DE FILTROS. ...................................................................... 47 FIGURA 31 – FILTRO PASSIVO PASSA BAIXA. ....................................................................... 48 FIGURA 32 – CIRCUITO FINAL DE TRATAMENTO DO SINAL DE PH. ........................................... 49 FIGURA 33 – CIRCUITO FINAL DE TRATAMENTO DO SINAL DO SENSOR DE TEMEPERATURA. ...... 50 FIGURA 34 – CIRCUITO FINAL DE TRATAMENTO DO SINAL DO SENSOR DE O². .......................... 50 FIGURA 35 – CIRCUITO DE CONVERSÃO A/D. ....................................................................... 52 FIGURA 36 – CIRCUITO DE TRANSMISSÃO DE DADOS. ........................................................... 53 FIGURA 37 – CIRCUITO DE RECEPÇÃO DE DADOS. ............................................................... 54 FIGURA 38 – TELA PRINCIPAL DO SOFTWARE. ..................................................................... 55 FIGURA 39 – TELA DE TRANSMISSÃO RF. ............................................................................ 55 FIGURA 40 – TELA DE RECEPÇÃO DE DADOS DA MEMÓRIA RAM ............................................. 56 FIGURA 41 – TELA DE RELATÓRIOS DO SISTEMA .................................................................. 57 FIGURA 42 – MODELO DO BANCO DE DADOS ....................................................................... 58

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Lista de Tabelas

TABELA 1 – VALORES DOS PONTOS FIXOS DAS ESCALAS TERMOMÉTRICAS............................... 6 TABELA 2 – TABELA DE CONVERSÃO DE TENSÃO DO PH........................................................ 35 TABELA 3 – TABELA DE CONVERSÃO DE TENSÃO DA TEMPERATURA. ..................................... 36 TABELA 4 – TABELA DA TAXA DE VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS. ............................................ 38

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Lista de Siglas

S.A.D. – Sistema de Aquisição de Dados via RF para meios líquidos; log – logaritmo; ph – logaritmo da concentração hidrogeniônica, potencial hidrogeniônico; RAM - Random Acces Memory; ROM - Read Only Memory UNICENP – Centro Universitário Positivo RF – Rádio Freqüência; f.e.m – Força eletromotriz; Amp.OP.- Amplificador Operacional; CMRR – Common Mode Rejection Ratio, Rejeição em Modo Comum; A/D – Analógico Digital; I/O – Input/Output, Entrada/ Saída;

PC – Personal Computer, Computador Pessoal;

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Lista de Símbolos

- ohm; bps - bits por segundo; Bytes - 8 bits; Hz – Hertz; mA - 10-3 Amperes; M - 1024 KB; V – Volts; ºC – Graus Celsius; K – Kelvin; R – Ohm; G – Ganho; MHz – 1000000 Hz; Kbps - 1000 bits por segundo; mA- mili Ampere; mV – mili Volt; Vcc – Tensão de Alimentação;

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Sistema de Aquisição de Dados via RF para Meios Líquidos em Tempo Real

Marcio Rot Sans1, José Carlos da Cunha2

1Auno do 4o ano do Curso de Engenharia da Computação 2Professor de Engenharia da Computação

Departamento de Engenharia da Computação, Centro Universitário Positivo (UNICENP), Brasil, 81280-330

Fone: +55 41 317 3000, Fax: +55 41 317 3000 [email protected] ¹

[email protected] ²

Resumo – Num mundo globalizado como o de hoje, a produtividade e a qualidade devem ser alcançados por qualquer empresa, seja ela grande ou pequena. Para tanto se faz necessário um cuidado em tempo real na produção de qualquer produto. Além disso, a criação de determinadas espécies num meio líquido, como, por exemplo, os peixes, requerem um grau de cuidado elevado para que não haja uma mortandade nesta produção.

Os meios líquidos, tanto na produção de algum produto como a água mineral ou o vinho, e a criação de peixes na prática da piscicultura, devem ter o nível de pH, nível de oxigênio dissolvido e temperatura monitorada para que não haja algum problema no decorrer da produção, causando danos à produção de algum produto ou a morte na criação de alguma espécie. Visando auxiliar a produção industrial e a criação de espécies em meios líquidos, o projeto vem a ser uma ferramenta que monitora os parâmetros citados acima, proporcionando uma maior confiabilidade quanto ao resultado final da produção de um produto ou quanto à criação de alguma espécie. Desta forma, o projeto tem a finalidade de desenvolver um equipamento ou sistema, capaz de adquirir os parâmetros citados anteriormente. Via radiofreqüência estes parâmetros serão repassados a uma central receptora ligada a um computador que será responsável por analisar os dados recebidos, além de demonstrar na tela do computador estes dados. Em outra parte do sistema os parâmetros serão armazenados em memória volátil em hora pré-programada pelo operador. Palavras-chave: Radiofreqüência, piscicultura, pH, temperatura;

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Abstract –In a globalized world like nowadays, the productivity and the quality must be something to be achieved by any company, being it large or small. For that it is necessary a real time care in the production of any product. Besides, the creation of some species in a liquid resource, like for instance, the fishes, requires a lot of attention to avoid mortality in that production.

The liquids resources, either in a production of any product like mineral water or for fish creation in the pisces should have the pH level, dissolved oxygen level and temperature monitored to avoid any kind of problem during the production, generating production loss of any product or death in the creation of some species.

Aiming to boost the industrial production and the fish creation in liquids resources, the project has come to be a tool that monitors parameters cited above, giving a better reliability to the production’s final result of a product or to the creation of some species.

This way, the project has the purpose of develop an equipment or a system, able of gather the parameters previously cited. Through radio frequency those parameters will be sent to a receptor unit linked to a computer which will be responsible to analyze the received data, beyond show on the computer’s monitor those data. In other system’s piece the parameters will be stored in a volatile memory in a time pre-programmed by the operator. Keywords: radio frequency, pisces, pH, temperature

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1. INTRODUÇÃO

Cada vez mais as empresas estão buscando produtividade e qualidade na

fabricação dos seus produtos. Para tanto, se faz necessário o monitoramento da

produção em tempo integral ou em intervalos pré-determinados, já que com os dados

da produção chegando em tempo real as chances de atuar na correção de certos

fatores se tornam mais rápidas e eficientes, além de permitirem cruzar dados numa

eventual falha de produção. A fabricação de produtos para consumo como a água

mineral, vinho, derivados do leite ou o próprio leite, além do monitoramento de tanques

de criação de peixes ou produtos farmacêuticos, requerem uma atenção especial no

seu processo de fabricação em relação a alguns parâmetros que envolvem a

fabricação ou o cuidado destes produtos, se encaixando perfeitamente no quesito de

produtividade e busca da qualidade citada.

O projeto a ser desenvolvido tem como finalidade adquirir, transmitir e/ou

armazenar parâmetros dos meios líquidos, mais precisamente do lago da UNICENP,

em tempo real simulando a criação de peixes na prática de piscicultura.

Para o desenvolvimento do sistema será realizado o monitoramento de três

parâmetros que são de grande importância para as aplicações citadas anteriormente.

Os parâmetros medidos serão o nível de oxigênio, temperatura e o nível de pH do meio

em questão, sendo todos adquiridos através de sensores específicos.

O S.A.D., sigla crida para o sistema em desenvolvimento, além da característica

citada de monitorar certos fatores de meios líquidos, visa automatizar o processo de

leitura de parâmetros que é essencialmente realizado por uma pessoa que está, assim

como todos os seres humanos, aptos a errar no momento de realizar a leitura do fator a

ser medido.

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2. ESPECIFICAÇÃO

2.1. Descrição

A necessidade de se monitorar a produção de certos produtos a fim de obter dados

destas produções em tempo real torna necessário o aperfeiçoamento do processo de

leitura de informações que muitas vezes ainda é feito pelo humano ou por sistemas

rudimentares.

2.1.1. Objetivo Geral

Além de mostrar um funcionamento prático de como se pode fazer a aquisição de

informações de produtos, criações ou desenvolvimento de certas substâncias, o S.A.D.

tem um caráter acadêmico muito importante, já que os desenvolvimentos de monitores

de ambientes ou estações meteorológicas sempre são desenvolvidos nas faculdades,

porém o desenvolvimento de algo que englobe fatores diferentes ao do ambiente em

que vivemos dificilmente é realizado.

2.2. Fundamentação Teórica

2.2.1. Aquisição de Dados

Com a evolução dos computadores, assim como em todas as áreas, a área de

medição e aquisição de dados deu um salto imenso. As mudanças foram introduzidas

em praticamente todos as camadas da área: da construção de medidores à

metodologia de medição, do planejamento das medições à análise dos dados, da

organização dos resultados à sua divulgação, praticamente nada escapou às

mudanças.

A aquisição de dados pode ser considerada como a porta de entrada de sistemas

dos mais variados tipos. Ela engloba de métodos e dispositivos capazes de transformar

informações do mundo real, preponderantemente analógicos, para o formato digital,

com o qual os computadores trabalham. Um sistema de aquisição de dados é

composto por um ou mais dispositivos de entrada gerando dados para um computador

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capaz de interpretá-los como grandezas físicas, requerendo para isto, o software

adequado.

Com o contínuo surgimento de tecnologias, a área continua a evoluir, incorporando

importantes avanços de outras áreas como redes de computadores e processamento

de sinais.[20]

2.2.1.1. Redes de computadores

As tecnologias surgidas nesta área possibilitam uma integração cada vez maior de

recursos e informações geradas pelos sistemas de medição. Atualmente é possível

disponibilizar resultados de uma medição através de uma rede integrando laboratórios,

centros de pesquisa, indústrias, mesmo que localizados a grandes distâncias.[20]

2.2.1.2. Processamento de sinais

O aumento da capacidade de processamento aliada à melhoria dos sistemas

operacionais e linguagens de programação propiciou o surgimento de uma variedade

de programas capazes de trabalhar com a matemática avançada. Com isto, o trabalho

de análise e interpretação de resultados, cujo início era a prancheta de anotações

passou a ser executado de forma integrada ao processo de medição. Outras funções,

normalmente efetuadas por circuitos analógicos como condicionamento de sinais,

controle de processos, modelagem matemática de sistemas, passaram a ser executas

em sistemas digitais.[20]

2.2.2. Expoente Hidrogeniônico (pH)

Na análise química é necessário lidar com as concentrações hidrogeniônicas. Para

evitar o incômodo de escrever números com fatores de potências negativas de 10,

Sörensen (1909) introduziu o uso do expoente hidrogeniônico ou pH, definido pela

relação[13]:

pH = - log [H+]

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Assim, o pH é o logaritmo da concentração hidrogeniônica com sinal negativo ou o

logaritmo do inverso da concentração hidrogeniônica. É muito conveniente expressar a

acidez ou alcalinidade de uma solução por seu pH. Na maioria das vezes o pH das

soluções aquosas permanece entre 0 e 14. Numa solução 1M (mole) de um ácido forte

monobásico teríamos[1]:

pH = - log 1 = 0,

Enquanto o pH de uma solução 1M (mole) de uma base forte monovalente é:

pH = - log 10-14 = 14

Se uma solução for neutra,

pH = - log 10-7 = 7

Da definição acima, segue-se:

Para uma solução ácida, pH < 7;

Para uma solução alcalina, pH > 7;

Para uma solução neutra, pH = 7;

O termo pOH é usado de maneira análoga para expressar o expoente da

concentração de íons hidroxila presentes na solução em questão:

pOH = - log [OH-]

Para qualquer solução aquosa a correlação abaixo deve sempre existir já que uma

complementa a outra: [1]

pH + pOH = 14

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2.2.2.1. Determinação de pH

Desde os anos 30, o modo mais conveniente de determinar pH tem sido por

medidas de diferença de potencial através de uma membrana de vidro. O fenômeno

sobre o qual se baseia essa medida foi identificado por M. Cremer em 1906 e por F.

Haber alguns anos depois. No Brasil, o desenvolvimento desta tecnologia se deu no

inicio da década de 80[14].

O método mais avançado e preciso utilizado para determinação do pH é baseado

na medição da força eletromotriz (f.e.m.) de uma célula eletroquímica que contém uma

solução de pH desconhecido como eletrólito, e dois eletrodos. Os eletrodos são

conectados aos terminais de um voltímetro eletrônico, a maioria das vezes denominada

simplesmente medidor de pH. Quando convenientemente calibrado com uma solução-

tampão de pH conhecido, pode-se ler diretamente na escala do instrumento o pH da

solução de teste.

A f.e.m. de uma célula eletroquímica pode ser definida como o valor absoluto da

diferença de potenciais de eletrodo entre os dois eletrodos. Os dois eletrodos utilizados

na construção da célula eletroquímicos têm funções diferentes na medição e devem ser

escolhidos cuidadosamente. Um dos eletrodos, denominado eletrodo indicador, adquire

um potencial que depende do pH da solução. Na prática, o eletrodo de vidro é utilizado

como eletrodo indicador. O segundo eletrodo, por sua vez, deve ter um potencial

constante independente do pH da solução, com o qual, portanto, o potencial do

eletrodo indicador pode ser comparado em várias soluções; daí este segundo eletrodo

ser denominado eletrodo de referência. Na medição do pH, o eletrodo de calomelano

(saturado) é utilizado como eletrodo indicador.[1]

2.2.3. Temperatura

Temperatura é a medida do grau de agitação molecular. Essa medida é feita

indiretamente medindo-se a variação de grandezas físicas que variam com a

temperatura. Por esse motivo são chamadas grandezas físicas termométricas. Como

exemplo podemos citar a pressão, o volume e a resistência elétrica. Os sistemas

construídos para medir-se a temperatura são chamados termômetros.

Como a temperatura está associada ao movimento das moléculas, pode-se encará-

la como medida do nível energético das moléculas, a energia associada à energia

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cinética das moléculas é denominada de Energia Térmica, energia cuja qual depende

da massa e da temperatura.

Uma das principais características das grandezas termométricas é o equilíbrio

térmico, que sempre acontece quando dois corpos estiverem à mesma temperatura

num ambiente comum.

2.2.3.1. Escalas termométricas

Escalas termométricas são as temperaturas fixas conhecidas como a fusão e a

ebulição da água. Essas escalas também são conhecidas como Pontos Fixos. Os

pontos fixos são os principais valores, quando é necessário se construir uma escala

termométrica, sendo que convenciona-se os valores da escala correspondente aos

pontos fixos, e divide-se o espaço que os separa em um determinado número de partes

iguais. Atualmente são utilizadas três escalas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

Na tabela 1 tem uma relação entre os pontos fixos de cada escala[2].

Escala Ponto de Fusão Ponto de Ebulição

Celsius 0 100

Fahrenheit 32 212

Kelvin 273 373

Tabela 1 – Valores dos pontos fixos das escalas termométricas

A Escala Kelvin é a escala oficial de temperatura do Sistema Internacional,

denominada de escala absoluta já que possui apenas valores positivos, sendo

desenvolvida quando cientistas descobriram a menor temperatura em que um corpo

pode chegar, ou seja, quando as moléculas de um corpo param de se agitar. Esta

temperatura é –273 ºC ou 0K, sendo denominado de zero absoluto. Na figura 1 podem

ser visualizados os pontos fixos de cada escala bem como as relações matemáticas

envolvendo as escalas termométricas. Estas relações são utilizadas para realizar a

conversão de temperatura de uma escala para outra [15].

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Figura 1 – Pontos fixos e relações entre escalas termométricas

2.2.4. Oxigênio

É da sabedoria de todos que o oxigênio é de suma importância para a vida de seres

vivos, já que sem ele a maioria das espécies não sobreviveria.

2.2.4.1. Histórico

Os primeiros pesquisadores a falar do oxigênio foram Carl Scheele e Joseph

Priestleypor volta do ano de 1770. Scheele o denominou de “ar de fogo” e “ar vital”, e o

obteve por aquecimento do óxido vermelho de mercúrio (HgO). Entretanto, Scheele

nada tinha publicado sobre o assunto até 1777; enquanto isso, Priestley obteve o

oxigênio quando examinava a ação de raios solares concentrados com o auxílio de

uma lente de aumento sobre diversas substâncias contidas em uma proveta e sobre

mercúrio. Quando ele focalizou o foco numa certa quantidade de óxido mercúrico

nessa mesma proveta, observou o desprendimento de um gás.

É importante salientar que muito antes de Carl Scheele e Joseph Priestleypor vários

cientistas já tinham conhecimento do oxigênio, porém nenhum deles se deu ao trabalho

de isolar e determinar as suas propriedades. Outro cientista com grande importância,

talvez o primeiro em importância em se tratando de oxigênio foi Lavoisier. Lavoisier é

tão importante porque foi o responsável por mostrar e demonstrar que a respiração,

oxidação e a combustão são fenômenos intimamente ligados, e são reações onde o

oxigênio tinha papel fundamental. [16]

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18

2.2.4.2. Características

Em temperatura ambiente o oxigênio é um gás incolor, insípido e inodoro. É um

pouco mais pesado do que o ar e é apreciavelmente solúvel em água; graças a ele o

peixe e outros seres sobrevivem em baixo de água, daí a necessidade de ser medir o

nível de oxigênio medida em lagos, rios e tanques.

O ar contém aproximadamente 21% de oxigênio ao nível do mar, porém quanto

maior for a altitude, mais rarefeito o ar se torna, isto é, a concentração de oxigênio

decresce pouco a pouco e por esta razão que alguns alpinistas levam cilindros de

oxigênio quando se aventuram em escalar montanhas muito altas. De qualquer forma,

mesmo que a concentração chegue a 12% de oxigênio (como em algumas partes dos

Andes) o ser humano ainda consegue sobreviver. Mas, quando a percentagem chega a

7%, a vida logo se extingue e uma vela se apaga em uma atmosfera com menos de

17% do gás.

Por outro lado, pode-se respirar oxigênio puro por algum tempo, mas não é muito

recomendável já que o organismo fica enfraquecido e não tem força suficiente nos

pulmões para oxigenar o sangue. [16]

A combinação do oxigênio com outros elementos forma óxidos, cuja reação com a

água produz oxiácidos e bases. A combinação dos quais existem numerosas famílias e

variedades, presentes na natureza na maioria dos fenômenos geológicos. Inúmeras

substâncias orgânicas, como álcoois, ésteres, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos e

ésteres, também possuem átomos de oxigênio em sua estrutura. [17]

2.2.5. Transdutores e Sensores

Uma importante função da eletricidade é a possibilidade de se medir grandezas

físicas como temperatura, posição, força, pressão entre outros fatores. Para tanto é

necessário transformar essas grandezas físicas em grandezas elétricas, daí a

importância da eletricidade. A função de transformação de uma grandeza, ou uma

forma de energia em outra, pode ser realizada por um sistema conhecido como

transdutor.[4]

Simplificando, “transdutor é um sistema que transforma uma forma de energia para

fins de medida.”[3]

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19

Existe sempre uma confusão entre sensores e transdutores, porém por definição o

transdutor é o sistema por inteiro, que produz um sinal devidamente proporcional à

grandeza física que está sendo medida. Por outro lado o sensor é apenas a parte do

transdutor que “sente” a grandeza física a ser medida pelo transdutor.

O transdutor tem como finalidade:

Detectar a presença, a mudança, a amplitude ou a freqüência de uma

determinada medida;

Providenciar na saída um sinal elétrico, que, quando convenientemente

processado e aplicado a um aparelho de medida nos permite quantificar o

elemento medido. Esse elemento pode ser uma quantidade, uma propriedade ou

uma condição que o transdutor transforma num sinal elétrico.[4]

2.2.5.1. Características dos Transdutores

Na escolha de um transdutor é necessário observar alguns aspectos que podem ser

de grande relevância no desenvolvimento de um projeto. Estes aspectos estão

descritos abaixo de forma um pouco mais sucinta. [3]

Faixa

Representa os níveis de amplitude do sinal de entrada, sinal o qual o transdutor

deve operar.

Resolução

Pode ser definida como a menor incremento do sinal de entrada que pode ser

sensível e conseqüentemente medido pelo instrumento.

Sensibilidade

O transdutor deve ser suficientemente sensível para permitir uma saída

razoavelmente detectável.

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20

Linearidade

O objetivo de uma curva de resposta de um transdutor é que ela seja o mais

próxima de uma reta, configurando assim a linearidade do transdutor.

Exatidão ou Erro

Todo instrumento apresenta uma exatidão que seria definida pela diferença

absoluta entre o valor real da medida e o valor que o instrumento indica.

Precisão ou Repetibilidade

É a capacidade do instrumento de se obter o mesmo valor várias vezes pelo mesmo

instrumento, sendo dado pelo desvio padrão das medidas efetuadas de um mesmo

valor.

Relação Sinal/Ruído

É definida pela relação entre a potência de um sinal que está sendo indicado na

saída e a potência do sinal de ruído com o sinal ausente.

Estabilidade

Define-se estabilidade pela capacidade do instrumento em retornar a uma situação

permanente depois de receber um sinal qualquer.

Isolação

Encontrada dentro do instrumento com a finalidade de que não haja ruptura, um

“vazamento” pela constante dielétrica do instrumento.

Resposta de Freqüência

É a faixa definida do espectro que determinado equipamento pode reproduzir.

2.2.6. Transmissão/Recepção de Dados

No nível mais baixo, toda a comunicação entre computadores ou entre sistemas que

necessitam trocar informações envolve codificar dados em uma forma de energia e

enviar essa energia através de um meio de transmissão. O exemplo mais conhecido é

o telefone. Apenas no nível de conhecimento pode-se citar diversos tipos e meios de

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21

transmissão de dados, entre eles temos os fios de cobre, as fibras ópticas, as diversas

transmissões em ondas de rádio, transmissão via satélite, as microondas, o

infravermelho e também a possibilidade de transmissão de dados via luz de laser.[5]

Este projeto utilizará transmissão via rádio, detalhada a seguir, para transmitir dados

adquiridos de sensores.

2.2.6.1. Transmissão via radiofreqüência

Além de seu uso para a transmissão pública dos programas de rádio e televisão e

para a comunicação privada com telefones portáteis, a transmissão RF pode ser feita

para se transmitir dados entre sistemas e computadores. Informalmente, as

transmissões via onda de rádio operam na freqüência de rádio, sendo estas

transmissões denominadas de transmissões RF ou transmissões de radiofreqüência.[5]

Ao contrário das redes que usam fios ou fibras óticas para transmitir, as

transmissões RF não requerem conexão física direta. Em vez disso, cada componente

que transmite e recebe deve possuir uma antena, a fim de receber e enviar dados.

2.2.6.2. Protocolos de comunicação

O projeto desenvolvido teve a necessidade de implementação de um protocolo de

comunicação para se saber de qual sensor estará sendo enviado o valor. Para tanto é

necessário saber o que seria um protocolo de comunicação ou apenas protocolo.

Protocolo tem como definição um acordo que especifica o formato e o significado

da troca de mensagens entre dois instrumentos ou computadores que fazem parte de

uma rede ou de um sistema. Neste protocolo, podem estar inclusas diversas

informações, além de também poder estar separado em diversos pedaços, quem

define isto é a tecnologia que esta sendo implementada, ou o desenvolvedor de um

novo protocolo.

A implementação do protocolo no projeto teve como objetivo saber de qual sensor

foi lido o valor a ser transmitido via RF, além de evitar possíveis lixos de transmissão.

Para isso é mandado 3 bytes, sendo o primeiro um caractere identificador, depois o

número do sensor correspondente e por último é enviado um byte contendo o valor lido

pelo referido sensor. Na figura 2 está a demonstração de um protocolo. [5]

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Figura 2 – Modelo do protocolo a ser implementado no sistema

2.3. Especificação do Hardware

2.3.1. Amplificadores Operacionais

Amplificador operacional é um amplificador muti-estágio de acoplamento direto e

entrada diferencial cujas características se aproximam de um amplificador ideal[6]. O

Amplificador Operacional, também denominado de amp-op é um amplificador

diferencial de ganho muito elevado com uma impedância de entrada muito alta e baixa

impedância de saída. Tipicamente o amp-op é usado para se obter amplitudes

variáveis de tensão, osciladores, circuitos de filtros e muitos tipos de circuitos de

instrumentação.[7]

A pinagem de um amplificador operacional 741, um dos mais populares, pode ser

visualizada na figura 3, bem como a descrição de cada pino.

Figura 3 –Amplificador Operacional 741

Os amplificadores operacionais foram utilizados no projeto nos módulos de

tratamento de sinais provenientes dos sensores. O modelo escolhido foi o 351, pelo

custo benefício que ele oferece.

PROTOCOLO

2 bytes – 1º caractere

‘A’ e depois a indicação

de qual sensor (1, 2 ou 3)

1 byte enviado contendo o valor lido do

sensor a que o cabeçalho foi mandado

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23

2.3.1.1. Amplificador de Instrumentação

Os amplificadores de instrumentação são amplificadores diferenciais que

apresentam algumas características peculiares, sendo utilizados principalmente em

locais onde é sabido a existência de ruído. Estas características são:

Alto ganho;

Alta impedância de entrada;

Alta rejeição de modo comum (CMRR); [8]

A finalidade de um amplificador de instrumentação é a amplificação de sinais

diferenciais de baixa amplitude, principalmente provenientes de transdutores, que

podem vir a apresentar um alto nível de ruído em modo comum.

Na figura 4 podemos visualizar o acoplamento interno de um amplificador de

instrumentação, mais especificamente de um amplificador de instrumentação da Texas

do modelo INA 118.

O mesmo amplificador da figura 4 foi utilizado no projeto para eliminar o nível de

ruído em modo comum, sendo eliminado pela alta rejeição de modo comum que o

amplificador de instrumentação apresenta. [8]

Figura 4 – Acoplamento interno de um amplificador de instrumentação

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2.3.1.2. Circuito Somador

Considerando o circuito da figura 5, que consiste em um amplificador operacional e

duas resistências R1 e R2. A resistência R2 foi ligada do terminal de saída para a

entrada inversora do amplificador operacional. Pode-se dizer que R2 realiza uma

realimentação negativa. É possível perceber também que R2 fecha uma malha à volta

do amplificador operacional, portanto diz-se que o circuito está configurado no modo de

malha fechada.[9]

Figura 5 – Configuração inversora em malha fechada

O circuito apresentado anteriormente na figura 5, esta caracterizada na

configuração inversora, tendo um ganho representado pela fórmula da figura 6. O

circuito somador parte desta configuração para ser montado. Na figura 6 é possível

visualizar um circuito somador com a sua fórmula de tensão de saída.

Figura 6 – Fórmula da tensão de saída do circuito somador e o próprio circuito

O circuito somador, como o nome já diz soma tensões que estão na sua entrada

inversora.

2.3.1.3. Circuito Amplificador não inversor

Se a entrada inversora do amplificador operacional estiver ligado ao terra este

circuito terá uma realimentação negativa, já que o sinal de entrada agora estará ligada

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à entrada não-inversora, conforme mostra o circuito da figura 7. [9]

Figura 7 – Configuração não inversora em malha fechada

Diferentemente do circuito inversor, do tópico 2.3.2, o ganho de um circuito não-

inversor é dado pela fórmula da figura 8.

Figura 8 – Equação do ganho de um circuito não-inversor

Tanto para o sinal proveniente do sensor de temperatura, quanto para o sinal

proveniente do sensor de nível de oxigênio, será necessário elevar o sinal, podendo

utilizar um circuito de maneira não inversora ou amplificadores de amplificação a fim de

eliminar ruídos em modo comum, como citado anteriormente no tópico 2.3.1.1.

2.3.2. Conversor A/D

Um conversor AD faz o mapeamento de um valor de entrada analógico

(contínuo) para um valor de saída discreto, ou seja, transforma um número qualquer de

tensão em outro valor para a base binária. Uma representação bem simplória do que

faz um conversor A/D pode ser visualizada na figura 9.

Figura 9 – Função de um conversor A/D

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Como os computadores só reconhecem sinais digitais, ou seja, pode-se falar a

grasso modo que os computadores só entendem números binários, se faz necessária a

conversão de sinais analógicos para digital.

Todo conversor A/D possui uma resolução que é determinada pelo número de bits

de saída, sendo que a resolução do conversor determina o menor passo que sinal

analógico de entrada pode ser discriminado.

O conversor A/D utilizado pelo projeto foi o ADC 0808 do fabricante National

Semicondutor. Este microcontrolador possui 8 entradas analógicas com cada entrada

possuindo uma resolução de saída de 8bits, sendo as entradas selecionadas pelos

endereços de entradas.

2.3.3. Microcontrolador

O microcontrolador tem como definição: Microcomputador de um só chip. Como o

nome indica, reúnem no mesmo chip os diversos elementos de um microcomputador,

tudo dentro de um único chip. Alguns dos elementos que podem aparecer num

microcontrolador são: [10]

Microprocessador ou CPU;

RAM;

ROM;

Temporizadores;

Contadores;

Canal de comunicação serial;

Portas de I/O;

Alguns microcontroladores possuem internamente mais funcionalidades que as

citadas anteriormente e isto depende de fabricante para fabricante e de modelo para

modelo.

O modelo utilizado no projeto foi o Intel 8031. Este microcontrolador não possui

ROM e RAM interna, porém o restante dos elementos citados anteriormente o

microcontrolador 8031 possui. A RAM e a ROM num projeto com 8031 são acessadas

de forma externa através de endereçamento. O microcontrolador utilizado no projeto

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possui um diagrama de blocos simplificado parecido com a figura 10. A freqüência de

funcionamento do 8031 geralmente é de 12 MHz ou 11,059 MHz.

Figura 10 – Diagrama em blocos simplificado do microcontrolador

Os principais elementos de um microcontrolador estão descritos a seguir.

2.3.3.1. CPU

É a pastilha do microcontrolador que tem a competência para acionar e se

comunicar com todas os elementos citados acima, porém sempre seguindo às diretivas

gravadas na ROM.[11]

2.3.3.2. Interrupções

Interrupções são entradas, a partir de um sinal externo, que permitem que o

microcontrolador interrompa suas tarefas e realize aquelas planejadas pela interrupção

solicitada.[11]

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2.3.3.3. Reset

O reset, ou gerador de reset, é responsável por inicializar o sistema ao ligar ou

quando acionado. Significa que este gerador faz com que a CPU volte a executar a

primeira rotina gravada na ROM, ou seja, a CPU irá executar a instrução que se

encontra no primeiro endereço da ROM.[11]

2.3.3.4. Clock

Clock ou Gerador de Clock é o responsável por gerar os pulsos necessários ao

sincronismo do sistema. O microcontrolador 8031 utiliza tipicamente um clock de 12

MHz, com tempos de execução de cada instrução variando entre 1ms e 4ms.[10]

2.3.3.5. Memória de Programa

É a memória onde o microprocessador vai procurar as instruções a executar. Em

sistemas dedicados costuma-se utilizar memórias ROM, embora em alguns casos

memórias RAM e FLASH também sejam utilizados.[11]

2.3.3.6. Memória de Dados

É memória onde o microprocessador lê e escreve dados durante a operação

normal. Geralmente é do tipo volátil, embora memórias não-voláteis possam ser

utilizadas.[10]

2.3.3.7. Portas de I/O

As portas de I/O têm como função a comunicação com o mundo externo, a fim

de trocar informações com o microcontrolador. Fazem parte deste mundo exterior,

dispositivos como teclado, PC, impressoras, displays, sensos, etc. [11]

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29

2.3.4. Dispositivo de Transmissão e Recepção

O projeto apresenta um módulo de transmissão e recepção de dados via

radiofreqüência do fabricante Telecontrolli. O modelo do equipamento é composto por

um circuito de transmissão do modelo RT4 – XXX e um circuito de recepção do modelo

RR3 - XXX. Ambos podem ser visualizados abaixo.

Figura 11 –Transmissor da telecontrolli do modelo RT4 - XXX

Figura 12 –Receptor da telecontrolli do modelo RR3 - XXX

O modelo apresentado possui uma taxa de transmissão de 160 kbps, tendo um

alcance de 30 metros para ambientes abertos, ou seja, sem obstáculo, e um alcance

de 15 a 20 metros para ambientes fechados, que apresentem obstáculos entre o

módulo de transmissão e o módulo de recepção. A sua freqüência de operação é de

433,92 MHz, freqüência esta é liberada pelos órgãos responsáveis para utilização

pública.

2.3.4.1. Módulo Transmissor

O módulo de transmissão possui um circuito interno conforme a figura 13.

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Figura 13 – Diagrama em blocos do transmissor da Telecontrolli do modelo RT4 - XXX

Os pinos do circuito transmissor, bem como os seus devidos significados estão

na figura 14.

Figura 14 – Pinagem do transmissor da Telecontrolli

A tensão de alimentação do circuito de transmissão é de 5 V sendo que pode ter

uma tensão mínima de 2V e uma tensão máxima de 14 V.

2.3.4.2. Módulo Receptor

O módulo de recepção possui um circuito interno conforme a figura 15.

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Figura 15– Diagrama em blocos do receptor da Telecontrolli

Os pinos do circuito transmissor, bem como os seus devidos significados estão

na figura 16.

Figura 16 – Pinagem do receptor da Telecontrolli

2.3.4.3. Antena

Para melhorar a qualidade de transmissão dos dados se faz necessário o uso de

uma antena no módulo de transmissão e uma no módulo de recepção. No módulo de

transmissão a antena será colocada no pino 4 enquanto que no módulo de recepção a

antena é colocada no pino 3. O tamanho recomendado para a antena é de 30 cm.

2.3.5. Porta Serial

A interface serial é o periférico que converte informações em paralelo

(geralmente de computadores) para informações seriais (geralmente de modems,

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linhas telefônicas ou para a placa serial de outro micro). Isso quer dizer que a interface

serial toma bytes recebidos em paralelo e converte-os para bits individuais que serão

enviados separadamente, e também executa a operação inversa, tomando bits

separados, convertendo-os para bytes e enviando-os para o computador em paralelo.

O protocolo que a porta serial utiliza é o RS-232, com os dados sendo

mandados de forma seqüencial num com um “pacote” de envio, sendo compatível a

comunicação serial utilizada pelo microcontrolador do projeto.

No projeto a comunicação serial foi utilizada para descarregar os dados

armazenados na memória RAM do módulo do microcontrolador para o computador

contendo o software que se encarregará de analisar os dados medidos pelo sistema.

Outra finalidade da porta serial é a de receber dados enviados via rádio freqüência do

módulo de aquisição de sinais, para o computador.[12]

2.3.6. Sensores

2.3.6.1. Sensor de pH

Para servir como indicador para cátions, uma membrana de vidro deve conduzir

eletricidade. A condução dentro da camada de gel hidratado envolve o movimento de

íons hidrogênio. A condução através das interfaces solução/gel ocorre através das

reações apresentadas na figura 17.

Figura 17 – Reações ocorridas no sensor de pH

Da figura acima o subscrito 1 refere-se à interfase entre o vidro e a solução do

analito e o subscrito 2 refere-se à interfase entre a solução interna e o vidro. As

posições desses dois equilíbrios são determinadas pelas atividades do íon hidrogênio

nas soluções dos dois lados da membrana. A superfície na qual ocorre a maior

dissociação torna-se negativa com relação à outra superfície na qual ocorre menos

dissociação. Um potencial limite Elim desenvolve-se, então, através da membrana. A

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magnitude do potencial limite depende da razão entre as atividades do íon hidrogênio

nas duas soluções. A essa diferença de potencial que atua como parâmetro analítico

nas medidas potenciométricas é dado o nome de medição de pH.[14]

2.3.6.1.1 Dados Técnicos

A medição potenciométrica de pH requer um eletrodo indicador e um eletrodo de

referência, cada eletrodo constituindo uma meia-célula. A meia-célula correspondente

ao eletrodo de referência que gera uma tensão constante e que não depende de pH. A

meia-célula correspondente ao eletrodo indicador que é constituída por um eletrodo de

vidro e que tem geralmente a forma de um bulbo, é fabricada a partir de um vidro

especial de composição rigorosamente controlada. Esse vidro apresenta uma

propriedade singular que o distingue dos vidros comuns; o contato com uma solução

aquosa provoca uma modificação superficial da estrutura. Tudo se passa como se o

líquido da solução transformasse a camada externa do vidro, inicialmente dura e

compacta, numa película hidratada do tipo gel. Essa camada gelatinosa extremamente

fina permite a penetração dos íons H+ e, conseqüentemente, o aparecimento de uma

tensão que é função linear do pH.[14]

2.3.6.1.2 Eletrodo e Temperatura

A uma temperatura ambiente, de 25º C, o eletrodo de vidro gera uma tensão de

59 mV para cada unidade de pH. A uma temperatura de 50º C, a voltagem gerada é de

65 mV e a 100ª C ela vale 74 mV. Desta maneira se torna importante a compensação

de temperatura realizada pelo sensor de temperatura.[14]

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Figura 18 – Curva de tensão por pH do sensor SC09 da SensoGlass

O sensor utilizado no projeto, do fabricante SensoGlass, modelo SC09, já vem

com o eletrodo de referência acoplado e possui uma curva de resposta de tensão

conforme a figura 18.

2.3.6.3. Sensor de Temperatura

Uma das finalidades do projeto é realizar a leitura da temperatura do meio em

questão. Para isto foi utilizado um componente encapsulado pronto, da fabricante de

circuitos integrados National Semicondutor. O modelo do circuito integrado é o LM35.

Este CI tem a vantagem de possuir uma saída linear proporcional à escala

termométrica Celsius, que é a utilizada no Brasil. O LM35 não necessita de calibração

externa além de atuar numa faixa de temperatura entre –55 ºC até 150 ºC e possuir

uma tensão de alimentação que pode variar de 4 até 30 Volts.

O LM35 possui uma taxa de variação de 10 mV/°C. Isto quer dizer que a zero

graus Celsius, a saída do LM35 apresentará uma tensão de 0V, numa temperatura de

um grau Celsius o LM35 apresentará uma tensão de 10mV e assim sucessivamente,

isto se o circuito integrado for alimentado a 4 Volts ou mais e o seu pino de GND for

ligado ao terra. Esta configuração pode ser visualizada na figura 19.[20]

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Figura 19 – Circuito básico do LM35

2.3.6.4. Sensor de Nível de Oxigênio

Foram pesquisados diversos sensores de nível de oxigênio para meios líquidos

porém todos se apresentaram custosos para o desenvolvimento do projeto, ficando em

torno de R$ 500 reais o sensor. Este sensor é do fabricante Datex-Ohmeda e

apresenta uma tensão de 35mV para 21% de oxigênio, a porcentagem de oxigênio

encontrado no meio em que vivemos.

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2.3.7. Diagrama de Blocos do Hardware

O diagrama de blocos de hardware do projeto está representado pela figura 20.

Vale a pena ressaltar que os dados só podem ser enviados ou pelo módulo de

recepção da transmissão ou pelo módulo com a RAM individualmente.

Figura 20 – Diagrama de Blocos do hardware do projeto

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2.4. Especificação do Software

2.4.1. Ferramentas de Desenvolvimento

O sistema desenvolvido necessitou de algumas ferramentas para as diversas

aplicações que foram desenvolvidas no decorrer do projeto.

A principal ferramenta utilizada foi o C++ Builder. Esta ferramenta foi escolhida pela

facilidade de uso além de ser extremamente eficiente e poderosa no que se refere a

funcionalidades de acesso a banco de dados e transmissão serial, duas características

que o projeto apresenta. Como o software armazena informações em banco de dados,

optou-se pelo banco Database com tabelas Paradox, pela facilidade de utilização e por

ser um banco instalado juntamente com o software C++ Builder.

2.4.2. Linguagens de Programação

Um fator a ser mencionado é o fato da utilização de mais de uma linguagem de

programação no projeto. Para o módulo que contém o microcontrolador e

armazenamento de dados em memória, foi necessário o conhecimento da linguagem

Assembler. Já para o software principal do sistema a linguagem de desenvolvimento foi

a C++. Foram ainda utilizados códigos sql para armazenar e consultar informações no

banco de dados.

2.4.3. Software Principal do Sistema

O software desenvolvido para o sistema trabalha com dois tipos de entrada de

dados. A primeira entrada, referente a aquisição dos dados via radiofreqüência, torna o

sistema um receptor de dados em tempo real. Estes dados são mostrados na tela para

o usuário e se for de interesse do mesmo estes dados podem ser armazenados num

banco de dados. O intervalo de tempo de armazenamento é o mesmo tempo realizado

pela transmissão dos dados, ou seja, de 20 em 20 segundos.

A segunda entrada de dados são aqueles que estão armazenados na memória

RAM do módulo microcontrolador. Para receber estas informações da memória RAM o

sistema não pode estar recebendo dados via RF.

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38

De posse dos dados é aplicado um fator de correção nestes, a fim de retornar ao

valor original lido pelos sensores. Isto se deve ao fato dos sinais originais passarem por

um tratamento para que seja possível armazenar e enviar estes sinais lidos de forma

correta.

2.4.4. Diagrama de Blocos do Software

Figura 21 – Diagrama de blocos do Software

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2.5. Teste de Validação

Para a validação do sistema foi realizada a leitura dos parâmetros propostos

pelo projeto de forma manual, com equipamentos convencionais. De posse destes

valores, lidos da maneira citada, foi feita a leitura dos parâmetros com o sistema

desenvolvido via rádio freqüência e realizada uma comparação entre os valores.

Depois foram comparados os valores obtidos via rádio freqüência e os valores

armazenados no módulo que contem a memória RAM. Estes valores lidos via RF foram

os mesmos que os armazenados em memória para um período estabelecido.

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40

3. PROJETO

3.1. Visão Geral

O Sistema de Aquisição de Dados para Meios Líquidos pode ser inserido em

diversas disciplinas, porém a que mais se encaixa no contexto do projeto é a disciplina

de Informática Industrial que é responsável pela aquisição e monitoramento de dados.

O projeto a ser desenvolvido tem como objetivo ler o pH, a temperatura e o nível de

oxigênio de algum meio, transmiti-los e/ou armazená-los para realizar a monitoração

dos parâmetros propostos.

Uma aplicação bem prática do sistema seria supervisionar tanques de piscicultura.

Na prática da criação de peixes os três fatores que o sistema monitora são de grande

importância, principalmente o nível de oxigênio já que se este fator baixar muito existirá

uma mortandade na criação.

3.2. Funcionamento

O sistema possui um sensor para cada parâmetro, portanto tem um sensor de

pH, um sensor de temperatura e um sensor de nível de oxigênio. Os sensores fazem a

leitura dos parâmetros que devem ser transmitidos e armazenados, porém os sinais

provenientes dos sensores não estão aptos a serem enviados para o PC ou

armazenados numa memória RAM. Para isto todos os sinais passam por um

tratamento deixando-os em perfeitas condições para serem convertidos para níveis

digitais. Isto acontece porque os sinais que provêem dos sensores são muito baixos

para realizar a conversão.

Depois da conversão dos sinais pelo conversor ADC 0808, os valores são

enviados para o microcontrolador 8031 que é o responsável por armazenar, se tiver

programado para isto, de 20 em 20 segundos os dados na memória RAM, além de ser

responsável de enviar via porta serial os dados para o módulo de transmissão. Nesta

etapa de transmissão o microcontrolador cria um protocolo de transmissão contendo o

um caractere identificador (‘A’), um caractere indicando de qual dado se trata o próximo

byte a ser enviado que é o valor lido pelo devido. Depois do módulo de recepção

receber os dados provenientes dos sensores, estes são enviados via porta serial para o

PC, que deve analisar o protocolo para saber de qual parâmetro o dado enviado se

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41

trata. Sabendo de qual parâmetro se trata, o software analisa o dado transmitido e

aplica um fator de correção devidamente calculado para mostrar o valor na tela e

armazenar em banco de dados se assim programado. A transmissão/recepção

realizada pelo sistema tem uma freqüência de aproximadamente 433MHz, já que esta

é a freqüência de funcionamento do componente da Telecontrolli.

Se o usuário programar o microcontrolador para armazenar dados em memória,

estes serão armazenados de maneira seqüencial na memória, sendo que primeiro é o

valor de pH, depois o valor da temperatura e por último o nível de oxigênio. Esta

seqüência tem grande importância já que na hora de passar os dados para o PC, via

porta serial, é aplicado um fator de correção para estes dados.

Caso se escolha no software para que sejam lidos os dados da memória RAM, a

transmissão deve ser desligada e o módulo que contém a memória RAM deverá ser

ligado ao PC via porta serial. Os dados lidos da memória RAM serão apresentados na

tela para o usuário que pode escolher se quer ou não armazenar estes dados no banco

de dados. O software tem também a possibilidade de mostrar num gráfico valores

armazenados no banco de dados.

Figura 22 – Diagrama de blocos do Hardware dividido por módulos

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42

3.3. Componentes Utilizados

Abaixo segue uma lista dos componentes utilizados pelo projeto.

Amplificador de instrumentação modelo INA118 ou INA121 da Texas

Instruments;

Amplificadores operacionais 351;

Baterias de 9V;

Resistores;

Capacitores;

Conectores DB-25 macho;

Conversor A/D 0808;

Transmissor RT4 – XXX da Telecontrolli;

Receptor RR3 – XXX da Telecontrolli;

Microcontrolador 8031;

Sensor de pH;

Circuito Integrado LM35;

Sensor de Oxigênio da Datex - Ohmeda

3.4. Módulos do Hardware

O hardware foi dividido em três módulos distintos. A divisão em módulos pode ser

vista na figura 22. Os módulos 1 e 3 possuem um circuito de alimentação externo, já

que o módulo de 3 necessita de uma alimentação de 5V e o módulo 1 necessita de

uma alimentação de +5 V e –5V. O módulo 2 pode ser alimentado por uma bateria de

9V já que possui internamento um tratamento de tensão. O circuito de alimentação do

módulo 3 pode ser visto na figura 23, valendo frisar que a alimentação é fornecida

apenas para a recepção, já que o transmissor é alimentado pelo módulo 2. O circuito

de alimentação do módulo 1 pode ser visto na figura 24.

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43

Figura 23 – Circuito de alimentação do módulo 1

Figura 24 – Circuito de alimentação do módulo 3, apenas para a recepção

3.4.1. Módulo 1

Este módulo contém os sensores bem como os circuitos para tratamento de sinal

para cada parâmetro, além da conversão dos dados analógicos para digital, feita pelo

conversor ADC 0808.

3.4.1.1. Sensor de pH e tratamento do sinal do sensor de pH

O sensor de pH fornece uma variação de tensão de 59 mV para cada unidade de

Ph, porém vale ressaltar que quando o pH é 7, a saída do sensor é de 0 V, sendo o

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44

pH=7 um valor de referência. Para cada unidade de pH que o sensor aumenta, a

tensão decresce de 59 mV, portanto num valor de pH=14, a tensão de saída do sensor

será de -413 mV. Por outro lado, quando o valor de pH cair uma unidade em relação ao

pH=7 a tensão sobe 59mV. Quando o pH=0, a tensão de saída do sensor é de

+413mV.

Como não se é trabalhado com tensões negativas, foi utilizado um circuito somador

(figura 25) que quando o sensor fornecer -413mV a saída do somador é 0V e, quando o

sensor fornecer 413mV, a saída do somador será de –0,826V.

56K

vai para inversor

VCC

VEM DO SENSOR DE pH

+5V

4,7K

-5V

100Kohm

1 3

2

+

-

U1

LF351

3

26

7 14 5

Figura 25 – Circuito somador para o tratamento de pH

Depois do circuito somador foi colocado um circuito de amplificação de sinal com

configuração inversora (figura 26), já que a saída do somador é uma tensão negativa,

para que quando a tensão de saída do somador for igual a –0,826V , na saída do

circuito amplificador tenha uma tensão de 5V. Tudo isto para utilizar ao máximo a

resolução do ADC, que terá uma tensão mínima de referência de 0V e uma tensão

máxima de referência de 5V. Para que na saída do circuito amplificador se tenha uma

tensão de 5V, o ganho do circuito foi de 28.

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45

Figura 26 – Circuito amplificado inversor para o tratamento do sinal de pH

A seguir, na tabela 2, seguem as tensões limites do circuito do sensor de pH e o

valor do sinal devidamente tratado para a entrada no ADC.

pH Sensor (V) Saída do Somador (V) Saída do Amplificador (V)

0 0,413 -0,826 4,956

7 0 -0,413 2,478

14 -0,413 0 0

Tabela 2 – Tabela de conversão de tensão para o parâmetro pH

3.4.1.2. Sensor de temperatura e tratamento do sinal do sensor de temperatura

O sensor de temperatura possui uma saída linear tendo como tensão de saída, para

uma temperatura de 0ºC, 0 Volts. Com o projeto testado num lago e a taxa de variação

de temperatura é baixa, a temperatura foi considerada entre os valores de 0 ºC até 35

ºC. A variação de tensão para cada grau centígrados é de 10mV, portanto se a

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46

temperatura for de 1ºC, a saída do sensor é de 10mV. Como a temperatura máxima

admitida pelo sistema é de 35ºC a máxima tensão adquirida na saída do sensor será

de 350mV. Esta tensão deve ser elevada até 5 volts para a entrada no ADC. Para

aumentar esta tensão foi necessária uma amplificação do sinal realizada pelo circuito

da figura 27. O circuito implementado utilizar um amplificador de instrumentação com o

ganho de 14; para isto, utilizou-se um tripot de 10k sendo regulado com uma

resistência de aproximadamente 3,8K.

+

-

U2

INA1183

26

7 14 8 5

10Kohm

1 3

2

-5V

VAI P/ ENTRADA 2 ADC

+5V

VEM DO SENSOR TEMP

Figura 27 – Circuito de amplificação do sinal do sensor de temperatura

A tabela 3 apresenta os valores de tensões de saída do sensor e as tensões de

saído do circuito amplificador para determinadas temperaturas.

Temperatura (ºC) Saída do Sensor (V) Saída do Amplificador(V)

0 0,0 0

15 0,15 2,1

35 0,35 4,9

Tabela 3 – Tabela de conversão de tensão para a temperatura

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47

3.4.1.2. Sensor de Oxigênio e tratamento do sinal do sensor de oxigênio

O sensor de oxigênio é do tipo de célula química, ou seja, a tensão de saída se da

através de reações químicas internas do sensor não sendo necessário uma tensão de

alimentação para o seu funcionamento. O sensor possui uma tensão de 35mV para o

ar, ou seja, para 21% de oxigênio. A medida que o nível de oxigênio cai a tensão de

saída do sensor diminui e, caso o nível de oxigênio aumente, a tensão de saída do

sensor também aumenta.

A tensão de saída do sensor vai para um circuito que eleva este sinal. Para o

nível de oxigênio do meio ambiente, ao nível do mar a tensão do sensor é elevada 71

vezes passando então de 35mV para 2,5 volts. Este circuito pode ser visualizado na

figura 28, tendo o circuito um tripot de 1K, sendo este regulado para uma resistência

de aproximadamente 700 .

+

-

U2

INA1183

26

7 14 8 5

10Kohm

1 3

2-5V

VAI P/ ENTRADA 3 ADC

+5V

VEM DO SENSOR OXIG

Figura 28 – Circuito de amplificação do sinal do sensor de oxigênio

3.4.1.3. Conversão Analógica Digital dos sinais

O conversor analógico digital utilizado trabalha com uma tensão de referência

negativa de 0V e outra tensão de referência positiva de 5V, portanto a resolução

máxima é de 256 valores. É por este motivo que se faz uma amplificação nos sinais

analógicos de entrada, para se poder utilizar ao máximo a resolução que o ADC

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48

disponibiliza. Na tabela 4 é possível visualizar as taxas de variações dos parâmetros

medidos, bem como a respectiva saída do que o ADC fornece.

Temperatura pH

Taxa de Variação na

saída do ADC 0,13671875 0,019140625

Tabela 4 – Tabela de taxa de variação dos parâmetros

O circuito em que se encontra o ADC pode ser visto na figura 29. Na tabela 4 não

aparece a resolução do nível de oxigênio já que não é de conhecimento a taxa de

variação de tensão do sensor para a variação da porcentagem de oxigênio.

3.4.2. Módulo 2

O módulo 2 corresponde ao microcontrolador e a memória RAM. Neste módulo é

apresentado também o ADC ligado ao barramento de dados do microcontrolador.

Este módulo é o responsável por receber os dados do ADC, enviar para a

transmissão RF, além de armazenar dados na memória RAM. Para isto foi colocado

um teclado e um display LCD permitindo a interação do usuário com o que ele gostaria

de fazer. O circuito completo pode ser visualizado na figura 29.

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49

A11

C3

33p

A2

A7

A14

AD

6

AD

4

A15

A10

A1

Vcc

AD

6

U5

ADC0808

26

27

28

1 2 3 4 5 12

16

10

9 7

17

14

15

8 18

19

20

21

25

24

23

6 22

IN0

IN1

IN2

IN3

IN4

IN5

IN6

IN7

RE

F+

RE

F-

CLK

OE

EO

C

D0

D1

D2

D3

D4

D5

D6

D7

A0

A1

A2

ST

AR

TA

LE

AD

7

trata

me

nto

do s

inal d

e te

mp

AD

1A

D0

C7

100n

A11

U3

62256

10

9 8 7 6 5 4 3 25

24

21

23

2 26

1 20

22

27

11

12

13

15

16

17

18

19

28 14

A0

A1

A2

A3

A4

A5

A6

A7

A8

A9

A10

A11

A12

A13

A14

CE

OE

WE

D0

D1

D2

D3

D4

D5

D6

D7

VCC GND

AD

3

5V

A15

C6

100n

AD

2

A3

A6

C8

100n

A11

A5

Vcc

AD

4

AD

1

U1

80C31

31

19

18

9 12

13

14

15

1 2 3 4 5 6 7 8

39

38

37

36

35

34

33

32

21

22

23

24

25

26

27

28

17

16

29

30

11

10

40 20

EA

/VP

X1

X2

RE

SE

T

INT

0IN

T1

T0

T1

P1.0

P1.1

P1.2

P1.3

P1.4

P1.5

P1.6

P1.7

P0.0

P0.1

P0.2

P0.3

P0.4

P0.5

P0.6

P0.7

P2.0

P2.1

P2.2

P2.3

P2.4

P2.5

P2.6

P2.7

RD

WR

PS

EN

ALE/P

TX

DR

XD

VCC VSS

AD

5

A10

A8

AD

7

Vcc

A6

A3

A9

A14

J2

CON2

1 2

Vcc

VA

I P

/ P

INO

5 -

TR

AN

SM

ISS

ÃO

AD

5

A7

AD

1

A3

AD

4

EN

C1

1D

U2

74LS373

20 10

1 11

3 4 7 8 13

14

17

18

19

16

15

12

9652A

0

ve

m d

o s

en

sor

de

A7

AD

0

A12

AD

3

AD

0

A4

A14

AD

7

Vcc

AD

6

A13

X1

11,0592MHz

K4

1 2 3 4 5 6

A12

Vcc

AD

4

AD

2A

D0

A4

C2

33p

A13

A13

A5

R1

10k

AD

0

A5

A12

AD

6

AD

1

A8

K5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11

12

13

14

15

16

A8

A0

5V

SW1

A9

A4

AD

6

A15

A11

AD

3

AD

1

A0

AD

2

A8

A2

5V

A1

U4

27C256

10

9 8 7 6 5 4 3 25

24

21

23

2 26

27

20

22

1

11

12

13

15

16

17

18

19

28 14

A0

A1

A2

A3

A4

A5

A6

A7

A8

A9

A10

A11

A12

A13

A14

CE

OE

VP

P

D0

D1

D2

D3

D4

D5

D6

D7

VCC GND

K6

1 2 3 4 5 6 7 8

AD

0A

D5

C9

100n

A0

A10

AD

4

A14

A13

A9

AD

5

A2

EP

RO

M

AD

7

A1

Vcc

AD

4A

D5

trata

me

nto

do s

inal d

e p

H

A3

AD

1

AD

2

AD

7

A9

A10

AD

5A

6A

7

AD

3

C1

10u/63V

K3

1 2 3 4 5 6 7 8A

1

K6

1 2 3 4 5 6 7 8

A12

AD

7

A2

A6

AD

3

A4

AD

2

5V

A5

AD

2

AD

3

AD

6

RA

M

Figura 29 – Circuito do microcontrolador 8031 com, RAM e ROM

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50

O microcontrolador deve receber instruções da memória ROM,e para isto foi escrito

um programa em assembler que depois de compilado pôde ser gravado, através do

gravador de ROM, na EPROM ligada ao microcontrolador 8031. O fluxograma do

software gravado para o microcontrolador pode ser visualizado na figura.

inicio

Verifica teclado

Envia sinal

para AD

O AD DISPONIBILIZARÁ DADOS

NO BARRAMENTO DE DADOS DO

8031, DE QUAL ENTRADA FOR

SELECIONADA PELO SINAL

ENVIADO PELO

MICROCONTROLADOR

O MICROCONTROLADOR LÊ O

BARRAMENTO DE DADOS

O MICROCONTROLADOR ENVIA

OS DADOS LIDOS NO

BARRAMENTO PARA A SERIAL

Escolhe

opcao

Seta registrador

para realizar a

gravação

Para a

transmissão RF

Le memória RAM

e disponibiliza

dados na serial

Tecla foi pressionada

Gravar na

RAM?

Envia para a

Serial

Lê dados do

barramento

Grava dados na

memória RAM

sim

não

opcao1 nenhuma

Opcao 0

Opção0 - Entra na rotina

para descarregar dados da

RAM

Opção1 - Para a gravação na

memória RAM.

nenhuma - Realiza a

transmissão normalmente.

FIGURA 30 - FLUXOGRAMA DO FIRMWARE

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51

3.4.3. Módulo 3

Este módulo é responsável pela transmissão RF realizada pelo sistema. A

transmissão será feita utilizando os dispositivos de transmissão e recepção da

Telecontrolli já explicados anteriormente. Na saída da recepção é ligada a porta serial

para receber os dados enviados.

Tanto na transmissão quanto na recepção, será utilizada uma antena do tipo

vertical, pela facilidade de confecção.

3.5. Projeto do Software

3.5.1. Visão Geral

O propósito deste software é receber dados de parâmetros lidos por sensores e

enviá-los para o computador.

3.5.2. Objetivos

Receber dados via porta serial;

Dados provenientes da transmissão RF possuem um protocolo;

Será feita uma apresentação na tela dos valores medidos;

Os dados provenientes da transmissão podem ser armazenados no banco de

dados ou não;

Os dados provenientes da memória RAM poderão ser armazenados no banco

de dados e serão apresentados na tela;

Visualização de dados do banco num gráfico.

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52

3.5.3. Casos de Uso

Nome: Aquisicionar Dados dos Sensores

Atores: Usuário, Porta Serial

Descrição: O cliente pede para receber dados provenientes da transmissão serial ou do

módulo de memória RAM. É preciso escolher de onde provêem os dados, se da

transmissão ou da memória RAM. Como sabe de onde vem os dados, é capaz de

separá-los.

Exceção: Não estarem chegando dados na porta serial;

Não escolher no “form” de onde os dados estão vindo;

Nome: Recalcular Valores

Atores: Usuário

Descrição: O usuário recebe os dados que já estão separados. Aplica os fatores de

correção, armazena no banco e mostra na tela se precisar.

Exceção: Não tiver dados para efetuar o cálculo.

Nome: Mostrar Gráfico

Atores: Usuário

Descrição: O usuário passa para o sistema os horários e data para mostrar o gráfico. O

sistema de posse destes dados vai até o banco de dados recupera os valores e monta

o gráfico para ser exposto na tela.

Exceção: Não ter dados no banco para os horários e datas passados pelo usuário.

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53

3.5.3.1. Diagramas de Casos de Uso

Usuario

Aquisicionar Dados

Recalcular Valores

Mostar Gráficos

Caso de uso responsável

por adquirir dados, tanto

da transmissão RF como

da memória RAM

*

*

*

*

«uses»

Caso de uso responsável

por aplicar o fator de corre-

ção nos dados provindos

da porta serial

Caso de uso responsável

por buscar dados no banco

de dados e mostrá-los

num gráfico

Responsável por iniciar os

processos de obtenção de

dados e visualização dos

gráficos.

Porta Serial*

*

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54

3.5.4. Diagrama de Classes

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3.5.5. Diagramas de Seqüência

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56

3.6. Analise de Custos

Componentes de Hardware Utilizados R$ 300

Par composto de transmissor/receptor da Telecontrolli -> R$ 89,00;

Plataforma de desenvolvimento (Borland C++Builder) R$2560,00

Plataforma de desenvolvimento (OrCAD) U$12000,00

Office 2000 Std. – Educacional R$250,00

Windows XP – Home Edition R$722,00

Equipamentos de laboratório (Multímetro, osciloscópio, fonte...) R$40000,00

Computador R$2500,00

Recursos Humanos (aprox. 1000h) R$7000,00

Custo estimado da produção de um protótipo R$ 500,00

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57

4. IMPLEMENTAÇÃO

4.1. Módulo 1

Como falado anteriormente o módulo 1 é a parte do projeto composta pelos

sensores e seus devidos circuitos de tratamento de sinal, além de conter a conversão

de sinal analógica para digital.

No que se refere ao tratamento dos sinais provenientes dos sensores foi

necessário implementar em todos os circuitos um filtro passa baixa passivo. Este filtro

se fez necessário já que estava existindo uma variação muito grande nos quatro

últimos bits de saída do ADC, ou seja, as saídas dos circuitos de tratamento de sinais

estavam variando rapidamente. Esta variação é impossível de ocorrer já que os sinais

medidos possuem um tempo de resposta extremamente lento.

4.1.1. Filtros

Em um filtro, os sinais que conseguem passar de sua entrada para sua saída

constituem uma faixa de freqüências chamada de banda passante. Já os sinais cujas

freqüências estão fora dessa faixa, serão atenuados pelo filtro e constituem uma outra

faixa de freqüências chamada de banda rejeitada.

Os vários tipos de filtro são caracterizados pela localização da banda passante.

Uma forma de se efetuar essa identificação é analisar o gráfico de resposta em

freqüência do filtro em questão. Os gráficos abaixo (figura 30) mostram como varia a

amplitude e a fase do sinal de saída do filtro em função do sinal de entrada.

Figura 30 – Banda Passante de Filtros

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58

4.1.1.1. Filtros Passa Baixa Passivos

O filtro passa-baixas atenua sinais de altas freqüências e permite a passagem de

sinais de baixa freqüência (e vice-versa para o passa-alta) sem atenuação. O filtro

passa-baixas é representado na figura 31. A Freqüência de Corte do filtro passivo

passa baixa é dado por: f = 1/2RC.

Figura 31 – Filtro Passivo passa-baixas

Os filtros aplicados nos circuitos foram todos filtros passa baixa ativos com

freqüência de corte de aproximadamente 1,5Hz. Foi aplicada esta banda para eliminar

os ruídos provenientes da rede elétrica que possuem freqüência de 60Hz. Como a

variação dos sinais medidos é inferior a 1 Hz o filtro aplicado se mostrou extremamente

eficaz. Antes da implementação do filtro os quatro últimos bits da saída do ADC

estavam variando, com a implementação do filtro apenas o ultimo bit da saída do ADC

variava de tempo em tempo.

O capacitor utilizado para a implementação dos filtros foi um capacitor de 100F e o

resistor foi um de 1K. Pela equação apresentada anteriormente tem-se uma banda

passante de freqüências de até 1,59Hz.

4.1.2. Circuitos de tratamento de sinais implementados

Os circuitos de tratamento de sinais implementados, já com os filtros em suas

respectivas saídas estão apresentados logo abaixo. Na figura 32 esta o circuito de

tratamento de sinal do sensor de pH, na figura 33 esta o circuito de tratamento de sinal

do sensor de temperatura e na figura 34 esta o circuito de tratamento de sinal de nível

de oxigênio.

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VAI P/ ENTRADA 1 ADC

VEM DO SENSOR DE pH

+5V

100Kohm

1 3

2

-5V

4,7K

56K

+

-

U1

LF351

3

26

7 14 5

+5V

100 micro

CAP

-5V

4,7K

1K

+

-

U1

LF351

3

26

7 14 5

VCC

6K

Figura 32 – Circuito final de tratamento do sinal do sensor de pH

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VAI P/ ENTRADA 2 ADC

+5V

-5V

+

-U2

INA118

3

26

7 14 8 5

100 micro

CAP

VEM DO SENSOR DE TEMP

10Kohm

1 3

2

1K

Figura 33 – Circuito final de tratamento do sinal do sensor de temperatura

VAI P/ ENTRADA 3 ADC

+5V

-5V

+

-U2

INA118

3

26

7 14 8 5

100 micro

CAP

VEM DO SENSOR DE OXIG

1Kohm

1 3

2

1K

Figura 34 – Circuito final de tratamento do sinal do sensor de nível de O²

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4.1.3. Circuito de conversão A/D implementados

Como o projeto possui três entradas de sinais analógicos, o circuito utilizado foi o

ADC 0808 já que este circuito permite a utilização de até 8 entradas analógicas, sendo

estas entradas selecionadas pelos bits de endereços que o circuito possui. Este circuito

necessita de um clock externo para a realização da conversão, sendo que para este

clock pode ser utilizado um cristal na faixa de 2 a 6 MHz. O projeto utilizou um cristal de

6MHz. A freqüência de trabalho do circuito de conversão A/D é de 1/16 vezes a

freqüência do cristal, portanto a freqüência de trabalho do circuito de conversão é de

375 KHz.

Como o projeto utiliza apenas três entradas de sinais analógicos, foram utilizadas as

entradas IN0, IN1 e IN2; as demais entradas analógicas ficaram abertas.

Para o endereçamento é necessário apenas dois bits, já que com estes dois bits

pode-se endereçar até 4 entradas. Os endereços utilizados foram A0 e A1, ligados nos

pinos P3.2 e P3.3 respectivamente do microcontrolador 8031. O endereçamento de

qual sinal deve ser convertido é feito via microcontrolador.

A referência negativa do ADC é ligado ao terra assim como o referência positiva é

ligado a cinco volts.

A saída do ADC, ou seja, os 8 bits de dados da conversão são ligados diretamente

à porta P1 do microcontrolador. O bit menos significativo do ADC é ligado ao bit P1.0

do microcontrolador e assim por diante, seguindo até o bit mais significativo do ADC

que é ligado ao bit P1.7 do microcontrolador.

O circuito implementado de conversão de sinal analógico para digital esta na figura

35.

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Figura 35 – Circuito de conversão A/D

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4.2. Módulo 2

O módulo 2 é composto pelo microcontrolador e a memória RAM para o

armazenamento de dados se assim o usuário quiser. Este módulo foi implementado da

maneira como fora projetado já que foi utilizado a placa padrão para microcontrolador

utilizada pela disciplina de microcontroladores. A alimentação da placa do

microcontrolador pode ser feita tanto por bateria de 9V encontrada em qualquer lugar

como também pode ser feita por uma fonte externa com tensão de até 12 volts. Foi

utilizada uma bateria de 9V para a realização de testes porém o tempo de vida útil da

bateria foi muito baixo. Isto se deve ao consumo elevado do sistema já que a placa do

microcontrolador possui uma saída de alimentação, esta a qual alimentava outros

circuitos do sistema elevando assim o consumo.

4.3. Módulo 3

O módulo 3 é composto pela transmissão via rádio freqüência realizada pelo

sistema.

A transmissão dos dados é realizada pelo transmissor RT4-XXX da Telecontrolli.

Para o circuito de transmissão, a alimentação é obtida da placa do microcontrolador,

sendo que a entrada de dados para a transmissão é obtida da porta serial do

microcontrolador. O circuito para a transmissão dos dados pode ser visualizado na

figura 36.

Figura 36 – Circuito de transmissão de dados

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A transmissão dos dados tem uma particularidade que é o protocolo colocado antes

de cada dado a ser transmitido. Como a transmissão via radiofreqüência pode enviar

dados que não condizem com a realidade, chamados de “lixo”, é necessário criar um

protocolo para a transmissão. Antes de cada dado enviado, o microcontrolador envia

primeiramente para a transmissão um caractere ‘A’, depois é enviado o numero ‘1’ para

a transmissão de dados de pH, ‘2’ para a transmissão de dados de temperatura e ‘3’

para a transmissão de dados de nível de oxigênio. Somente depois de enviar estes

dois caracteres é que é enviado o referido dado. Isto serve para o software reconhecer

apenas os dados válidos transmitidos.

A recepção dos dados da transmissão é realizada pelo circuito de recepção RR3-

XXX da Telecontrolli. Como o circuito de recepção está localizado fora do módulo do

microcontrolador é necessário montar um circuito de alimentação para o receptor da

Telecontrolli. O circuito completo do receptor pode ser visualizado pela figura 37.

Figura 37 – Circuito de recepção de dados

É importante frisar que os pinos de GND da porta serial e do receptor devem estar

interligados.

4.4. Software

O software desenvolvido para o sistema tem três finalidades:

Receber dados da transmissão de rádio freqüência;

Receber dados provenientes da memória RAM;

Mostrar gráfico de dados armazenados no banco de dados;

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No desenvolvimento do sistema foi elaborado um software para a verificação dos

dados recebidos pela porta serial. Este software não faz parte do sistema mas serviu

para verificar se a transmissão via rádio freqüência estava funcionando corretamente,

além de verificar os vários lixos que eram enviados na transmissão.

O software do sistema foi desenvolvido conforme as finalidades citadas. Tem-se a

janela principal para escolher para qual funcionalidade gostaria de utilizar. Figura 38.

Figura 38 – Tela principal do software do sistema

Ao se escolher a opção transmissão, o usuário é encaminhado para a tela da

figura 39; nesta opção é realizada a transmissão de dados via RF, porém para isto é

necessário deixar o microcontrolador ligado e que não esteja selecionado para

descarregar a memória RAM.

Figura 39 – Tela da transmissão RF

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Caso o usuário escolha a opção da memória RAM, o mesmo é encaminhado

para uma tela referente a recepção dos dados da memória RAM, conforme figura 40. É

importante frisar que tanto na transmissão RF quanto na recepção dos dados da

memória RAM é necessário que a porta serial esteja ligada a seus respectivos

dispositivos.

Figura 40 – Tela da recepção de dados da memória RAM

Caso o usuário escolha a opção de relatórios é encaminhado para uma tela

onde pode visualizar os dados armazenados no banco de dados, conforme a figura 41.

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Figura 41 – Tela de relatórios do sistema

O software desenvolvido para o sistema utiliza diversas ferramentas de

programação. O software utiliza também ferramentas encontradas na plataforma de

desenvolvimento C++ Builder.

Quando o software do sistema realiza a leitura de dados da porta serial, tanto na

recepção de dados da transmissão RF quanto na recepção de dados da memória

RAM, este utiliza uma ferramenta de programação da linguagem C++ denominada

Thread, de grande utilidade já que com isso o software pode receber os dados e

simultaneamente mostrá-los na tela para o usuário.

Já na parte de relatórios o software do sistema usufrui de um componente

denominado Tchart, presente na plataforma de desenvolvimento.

O banco de dados para o armazenamento dos dados obtidos é do tipo Paradox.

O armazenamento dos dados no banco é feito por uma classe criada exatamente para

isto. Para que se possa armazenar os dados no banco, é necessário criar um ‘Alias‘

denominado ‘Projeto_Final’, onde deve estar presente a tabela para armazenamento

dos dados. O modelo do banco de dados pode ser visualizado na figura 42.

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Figura 42 – Modelo do Banco de Dados

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5. RESULTADOS

Os resultados obtidos foram satisfatórios. Foi possível verificar isto comparando

dados técnicos com os dados obtidos, além de realizar a comparação dos dados

transmitidos e armazenados em memória.

Para verificar a consistência dos dados medidos foi realizada a medição dos

valores de pH do refrigerante Coca-Cola que possui um pH de 3. O dados enviado pelo

sensor de pH foi de 2,97. Esta diferença pode acontecer pelos valores inexatos dos

componentes utilizados. Outra comparação com o sensor de pH foi feita realizando a

medição da água Ouro Fino, que possui um pH alcalino de 7,8 e a medida do sensor

de pH indicou um pH de 7,72.

Para o sensor de temperatura a comparação de valores foi feita diretamente na

água depositada num pote de 1L, acrescentando e retirando gelo. Para comparar

valores, estava imerso no pote um termômetro que indicava a temperatura real. O

sensor de temperatura do sistema apresentou uma variação de 1ºC.

Em relação ao sensor de nível de oxigênio, ficou impossível realizar alguma

comparação já que o sensor adquirido já estava com sua validade vencida, além de ser

impossível precisar os valores da porcentagem de oxigênio existentes nos meios onde

foram realizados os testes do sistema.

Falando das partes do projeto em si o que tem que se comentar é que:

o O tratamento de sinais foi o principal gerador de problemas visto que ao se

trabalhar com sinais analógicos isto estava previsto. O principal problema neste

módulo foi a existência de ruídos e isto ficou evidenciado na saída do conversor

A/D já que os 4 últimos bits da conversão oscilavam. Para acabar com este

problema foi utilizado um filtro passa-baixas de 1,5Hz na saída do tratamento de

cada sinal.

o A conversão de sinais também passou por problemas já que anterior ao ADC

0808 estava sendo utilizado 3 conversores 0804. Com a troca de 3 conversores

por 1 este problema foi solucionado.

o A placa com o microcontrolador e memória RAM não apresentou nenhum

problema, já que a mesma estava montada desde o ano passado e seu perfeito

funcionamento já era conhecido. Este foi um dos principais motivos para a

utilização da mesma.

o A transmissão via radiofreqüência funcionou perfeitamente em ambientes

abertos, na distância de 30 metros, porém na transmissão em ambientes em que

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existe obstáculo a diminuição da distância é drástica, chegando a certos

ambientes em que só funcionava numa distância de 10 metros. Para corrigir tal

problema seria necessário trocar o modelo de transmissor e receptor.

o O software do sistema foi desenvolvido seguindo as boas práticas

recomendadas, porém de inicio apresentou alguns problemas no que se refere a

armazenamento de dados no banco de dados. O problema era a conexão do

banco com o software sendo solucionado rapidamente.

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6 – CONCLUSÃO

O desenvolvimento do sistema proposto propiciou o aprofundamento e a

utilização de diversas teorias vistas ao longo do curso, tornando sua implementação

mais fácil. Em relação a proposta, o projeto seguiu praticamente à risca no que diz

respeito à proposta inicial colocada, algo que pode ser encarado como um lado

positivo. O único item que não seguido foi em relação ao sensor de nível de oxigênio.

Na proposta inicial o sensor de nível de oxigênio seria para o meio líquido, porém pelo

seu custo isto não foi possível.

Um ponto negativo visualizado foi a falta de comprometimento com o

cronograma proposto, atrapalhando no decorrer da implementação do sistema.

Para futuros melhoramentos, podendo deixar assim o sistema desenvolvido um

produto comercial, seria necessário realizar a troca dos componentes de transmissão

RF por outros mais potentes, além de implementar uma comunicação bidirecional

permitindo assim a programação de tempos e armazenamentos de dados na memória

RAM via o PC.

Os resultados obtidos podem ser considerados como excelentes já que a taxa

de variação entre os valores lidos por instrumentos manuais e os valores obtidos pelo

sistema foram praticamente os mesmos, as variações podem ter ocorrido por possíveis

ruídos no sistema ou mesmo uma melhor calibragem do mesmo.

Em relação a produtos semelhantes no mercado fica difícil fazer uma

comparação já que não existem produtos semelhantes ao sistema desenvolvido. O que

existe são produtos que realizam a medição de apenas um parâmetro.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SOLUÇÕES QUÍMICAS [ONLINE] URL: www.qaw.com.br/qaw/arquivo.asp?cod=23&cn=1. Página visualizada em: 28/04/2002 – 22:41 [2] TERMOMETRIA[ONLINE] URL: http://www.fisicaevestibular.hpg.ig.com.br/ttempdil.doc. Página visualizada em: 28/04/2002 – 28/04/2004 – 20:30 [3] WERNECK, M M. Transdutores e Interfaces. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ed:Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1996. [4] TRANSDUTORES E SENSORES[ONLINE] URL: http://www.eletrica.ufpr.br/piazza/materiais/Rafael&Trasel.pdf . Página visualizada em: 03/05/2004 - 18:39 [5] COMER, D. E. Rede de Computadores e Internet:Abrange Transmissão de Dados, Ligação Inter-Redes e Web. 2º Ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2001. [6] Notas de Aula da disciplina de Instrumentação Eletrônica. 3º Ano. Curso de Engenharia da Computação. Unicenp [7] Junior, A. P. Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos. 5º Ed. São Paulo: Makron Books Editora, 1996. [8] BOYLESTAD, R.L. et al. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. Rio de Janeiro: Editora Prentice Hall Ltda, 1998. [9] Gruiter, A. F. Amplificadores operacionais : fundamentos e aplicações. São Paulo: McGraw-Hill, c1988. – 9 edição [10] Apostila de Microcontroladores. Curso Engenharia da Computação. Unicenp. Disciplina: Microcontroladores, 2003. Autor:Edson Ferlin [11]NICOLASI, D. E. C. Microcontrolador 8051 Detalhado. 2º Ed. Editora Érica Ltda. São Paulo, 2001. [12] PORTA SERIAL[ONLINE] URL:www.rogercom.com, Página visualizada em: 21/04/2004 – 21:09

[13]POLITI, E. Química Curso completo 2º Ed. Editora Moderna. São Paulo, 2004.

[14]Manual Técnico do Sensor SC09 do fabricante Sensoglass. Adquirido por e-mail

em: 19/04/2004

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[15]MÁXIMO, A. ALVARENGA, B. Curso de Física 2. 3º Ed. Editora Harbra ltda. São

Paulo, 2003.

[16] BRANCO, S. M. O Ambiente da Atmosfera. Editora Moderna

[17] OXIGÊNIO[ONLINE] URL: http://www.tabelaperiodica.hpg.ig.com.br/o.htm, Página visualizada em: 21/04/2004 – 21:09

[18] DATASHEET TX2RX2 RADIOMETRIX[ONLINE] URL: www.radiometrix.com

[19] DATASHEET LM35[ONLINE] URL: www.national.com

[20] AQUISIÇÃO DE DADOS[ONLINE]

URL: http://www.ufsm.br/medidasonline/tutorial/tutorial5.html, Página visualizada em: 07/05/2004 - 22:21