Upload
vuongthuy
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FIESP/SINICESP: CONVÊNIO QUALIFICA TRABALHADORES NOS CANTEIROS
de solos, concreto e asfalto, motoristas de caminhões, ope-
radores de escavadeiras, pá carregadeiras, motoniveladoras,
compactadores, espargidores e equipamentos de britagem,
entre outras atividades específi cas na construção pesada.
As empresas cederão áreas nos canteiros de obras assim
como equipamentos pesados, próprios ou alugados, en-
quanto o Senai fornecerá professores, assumindo, em prin-
cípio, os custos da primeira turma de cada especialidade,
permitindo que interessados em ingressar nas diferentes
modalidades tenham inscrições gratuitas. Abre-se com essa
parceria e outras que poderão ser fi rmadas, amplo espectro
de formação de técnicos, que não diz respeito apenas ao
interesse pontual das construtoras na atualidade, mas com
repercussão social de envergadura no bem-estar dos traba-
lhadores envolvidos.
É importante ressaltar sempre que nosso setor de ativida-
de, a construção pesada, depende do poder público e da lo-
cação de recursos ofi ciais para execução de obras e serviços,
tanto no âmbito estadual, quanto nas áreas dos municípios
e, também, da União. Obras dessa natureza representam a
própria essência da atividade da construção pesada, interes-
sam aos empresários do setor, mas acima de tudo, incorpo-
ram-se com absoluta distinção ao sonho de um País moderno,
socialmente equilibrado e capaz de fornecer suporte estru-
tural a todas as conquistas tecnológicas da vida moderna.
Assim, este primeiro passo visando a formação de mão-
de-obra especializada nos próprios canteiros de obras e cir-
cunvizinhanças, com professores oriundos de uma entidade
como o Senai, de amplos serviços prestados ao nosso e a ou-
tros setores técnicos, permite visualizar amplo horizonte
para essa e outras parcerias dessa natureza.
Compete, agora, às empresas associadas do SINICESP,
diante dos desafi os a serem enfrentados no campo da quali-
fi cação da mão-de-obra, não apenas valer-se do trabalho
que será desenvolvido pelo SENAI, mas participar de modo
ativo, sugerindo outras ações e abrindo seus canteiros para
a realização dos cursos programados.
Entre os diversos e freqüentes desafi os que se an-
tepõem ao desempenho da construção pesada no
Brasil, considerada de alto potencial e efi ciência
no mundo inteiro, a escassez de mão-de-obra especializada
é um dos mais importantes a ser enfrentado na atualidade.
Relegada ao segundo plano durante algum tempo, em
virtude da ausência de investimentos respeitáveis em obras
públicas, por razões exaustivamente conhecidas, a forma-
ção técnica de pessoal para o setor criou uma espécie de
vácuo entre a oferta e a procura. Assim que a área passou a
receber a atenção indispensável ao progresso da nação, essa
defasagem se agigantou e passou a exigir atenção redobrada
das empresas e entidades ligadas à construção pesada.
É auspicioso recente convênio entre a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o SINICESP ob-
jetivando início imediato de uma série de cursos a serem
ministrados por professores do SENAI. A parceria inicial-
mente contempla 576 trabalhadores. Logo mais, esse uni-
verso contemplará cerca de cinco mil, prova de que as
principais lideranças dessa atividade estão atentas às ne-
cessidades, não apenas empresariais, mas também no que
se refere à promoção humana e ao aumento de oportuni-
dades de trabalho.
Cumpre destacar, nesse processo destinado à qualifi -
cação da mão-de-obra, a efetiva participação do presidente
da FIESP, Paulo Skaf, que tem se empenhado para que o
SENAI cumpra a grande missão estratégica de olhar para
o futuro e participar do anseio da sociedade que deseja
oportunidades de trabalho, capacitando-se para o exercício
profi ssional num mundo moderno cuja principal exigência
é a educação profi ssional.
É interessante ressaltar que a solução encontrada na par-
ceria fi rmada levará a escola ao canteiro de obra, em uma
inversão de papéis pouco comum em quase todas as áreas
do conhecimento técnico. O Senai montará salas de aula nos
próprios canteiros de obras e oferecerá cursos para áreas de
manutenção de máquinas e equipamentos, laboratoristas
ÓRGÃO INFORMATIVO DO
SINDICATO DA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO PESADA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ANO XX – NO 159
SETEMBRO/OUTUBRO/2008
BIMESTRAL
Distribuição gratuita
REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO,
REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO,
SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO
DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS,
TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS,
HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM,
DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS,
MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS,
OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS,
PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM
GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS.S I S T E M A D E G E S T Ã O C E R T I F I C A D O I S O 9 0 0 1 : 2 0 0 0
Marlus Renato Dall’Stella
As empresas do setor devem
participar de modo ativo, sugerindo
outras ações e abrindo seus
canteiros para a realização dos
cursos destinados à qualifi cação
da mão-de-obra.
2
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
Órgão ofi cial do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo.Sede: Alameda Santos, 200 • 9o e 10o andares – Cerqueira César • São Paulo/SP – 01418-000 • Tel. (11) 3179.5800 • Fax (11) 3287.5838Site: http: //www.sinicesp.com.brE-mail: [email protected]
DIRETORIAPresidente: Marlus Renato Dall’Stella;1o Vice-presidente: Carlos Pacheco Silveira; Vice-presidentes: Silvio Ciam-paglia, Antonio José Pinheiro D´Almeida, Carlos Alberto Ferreira Leão, Carlos Al-berto Mendes dos Santos, João Lá zaro Simoso, Louzival Luiz Lago Mascare-nhas Jr., João Leopoldino Neto, José Leite Maranhão Neto, Ricardo Pernan-buco Backheuser Junior e Dario de Quei-roz Galvão Filho. Secretários: Luiz Carlos Martire e Wayne do Carmo Faria Sobrinho. Tesoureiros: Clóvis Salioni Jr. e Carlos Alberto de Salles Pinto Lancellotti.
CONSELHO SUPERIOR ELEITOAnwar Damha, Romildo José dos Santos Filho, Dario Rodrigues Leite Neto e Rosaldo Malucelli
CONSELHO SUPERIORMembros Natos: Newton Cavalieri (presidente), Aluízio Guimarães Cuper-tino (secretário), Carlos Alberto Maga-lhães Lancellotti, José de Jesus Alvares da Fonseca e Pelerson Soares Penido.
CONSELHO FISCALEfetivos: Ademar Guido Belinato, José Luiz Misorelli e Manoel Carlos Ferrari.
CONSELHO FISCALSuplentes: Luiz Albert Kamilos, Geraldo Tadeu Rossi e Luiz Raimundo Neves.
DELEGADOSREPRESENTANTES NA FIESPEfetivos: Manuel Carlos de Lima Ros-sitto e Adhemar Rodrigues Alves.
DELEGADOS REPRESENTANTES NA FIESPSuplentes: Newton Cavalieri e Sidney Silveira Lobo da Silva Lima.
Editor Responsável: Guido Fidelis (MTb 7896) • Supervisão Geral: Marco Túllio Bottino, diretor-executivo • Colabora-dores: Cesar Augusto Del Sasso, super-visor do Setor Jurídico; Hélcio Petrônio de Farias, consultor técnico; Ivan Bar-bosa Rigolin, professor de Direito Admi-nistrativo, Luis Fernando Xavier Soares de Mello e Eduar do Gutierrez (tributaris-tas) e José Carlos Tafner Jorge (fotos)
PRODUÇÃO: RG EditoresRua Santo Antonio, 555 – 1o A. – conj. 11
São Paulo – SP – Tel.: (11) [email protected]
Diagramação: Neide Siqueira
O engenheiro e candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, disse no Instituto de Engenharia – IE – que, se for eleito, vai investir em grandes obras e fazer pequenas e médias inter-venções no trânsito. Maluf ressaltou a importância do transporte público, mas deixou claro que a prioridade serão as soluções inovadoras.
A declaração foi feita no Ciclo de De-bates “A engenharia, a construção e a indústria imobiliária discutindo São
Paulo”, promovido pelo IE e pelas enti-dades representativas do setor da cons-trução: SINICESP, Apeop, Secovi-SP, Sinduscon-SP e Sinaenco.
O candidato apresentou o projeto de 12 pistas sobre as marginas Pinheiros e Tietê e prometeu entregar a obra em quatro anos a um custo de R$ 3 bilhões. “Duzentos quilômetros de congestiona-mentos é um absurdo. É metade da via Dutra parada, que precisa de solução”, exemplifi cou.
Candidatos debatem São Paulo
Marlus Renato Dall’Stella, Arlindo Moura, presidente da APEOP, e Paulo Maluf
Compromisso de manter pagamentos em dia e não atrasar precatórios
Maluf lembrou, quando foi prefeito pela primeira vez (1969-1971), que a frota da cidade era de apenas 900 mil veículos. Já no segundo mandato (1993-1997), o município tinha quatro milhões de carros circulando. “Hoje são 6,1 mi-lhões e a tendência é aumentar ainda mais. Precisamos olhar de frente para isso”, resumiu.
O candidato do Partido Progressista afi rmou que a Prefeitura atualmente tem um orçamento mais confortável, cerca de R$ 25 bilhões, mas que preten-de cortar gorduras para fazer obras es-senciais e prometeu investir no pessoal mais técnico. Lembrou também que é preciso qualifi car os fornecedores da Prefeitura e ressaltou que é importante o prestador ter um histórico no serviço que será contratado.
Paulo Maluf assumiu o compromis-so de manter os pagamentos em dia, não atrasar os precatórios e fez questão em dizer que nas gestões dele isso sem-pre foi atendido. “Eu já fi z e sei fazer, falo com conhecimento do que é possível”, ressaltou.
Com relação aos investimentos no Metrô, disse que, se o governador soli-citar, vai ajudar fi nanceiramente, mas deixou claro que a responsabilidade da obra é estadual e orçamento do Go-verno é muito superior ao da Prefeitura. “Seria a pulga ajudando o elefante”, brincou.
Paulo Maluf foi o segundo candidato que participou do evento na sede do Instituto de Engenharia. O primeiro en-contro foi com a ex-ministra do Turis-mo, Marta Suplicy, candidata pelo PT.
MALUF PROJETA INVESTIMENTOS
Foto
: Jo
sé C
arlo
s Taf
ner
Jo
rge
EM GRANDES OBRAS
3
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
O ex-governador Ge-
raldo Alckmin foi o terceiro
a comparecer ao Ciclo de
Debates “A engenharia, a
construção e a indústria
imobiliária discutindo São
Paulo”, promovido pelo
Instituto de Engenharia e
pelas entidades represen-
tativas do setor da cons-
trução: SINICESP, Apeop,
Secovi-SP, Sinduscon-SP e
Sinaenco.
O objetivo do Ciclo é
debater os problemas urbanos, habi-
tacionais, de saneamento, de infra-es-
trutura e de transportes e apresentar
questões relevantes sob a ótica de quem
constrói esta grande metrópole.
Geraldo Alckmin destacou, lembran-
do o governador Mário Covas, que os
engenheiros são a salvação do governo.
Depois, disse que se encontra entusias-
mado ao se deparar com o desafi o de
melhorar a qualidade de vida dos pau-
listanos e que a tarefa ainda é maior ao
abranger um trabalho de ação conjunta
em toda a região metropolitana onde se
concentra 70% da população paulista.
Disse desejar transformar São Paulo
em uma cidade segura, que ande, que
atraia investimentos e proporcione ge-
ração de empregos, uma terra onde os
sonhos se realizem por meio do trabalho.
Destacou que pretende, caso seja eleito,
desenvolver intenso programa de obras
estruturantes para enfrentar os proble-
mas de trânsito. Entre outras prioridades,
acentuou o ensino infantil e melhora do
ensino fundamental, além de criar meios
para a qualifi cação profi ssional dos tra-
balhadores. Segundo ele, existem vagas,
mas falta qualifi cação.
Alckmin assegurou que não vai can-
celar empenhos de obras em execução.
Afi rmou que a responsabilidade fi scal
nasceu com Mário Covas, sem aumento
de impostos, com boa gestão, possibi-
litando pagamentos que se
encontravam atrasados. Res-
saltou que nos seis anos em
que esteve à frente do governo
paulista jamais deixou de qui-
tar as dívidas contraídas, sem
escalonamentos.
Disse, ainda, que pretende
estabelecer parcerias com a
iniciativa privada, pois as con-
cessões foram criadas no go-
verno Mário Covas, com sua
participação, fato que possibi-
litou conceder 3.300 km de
rodovias. Para Alckmin, a única PPP foi
fi rmada em seu governo, da Linha 4 do
Metrô, com investimentos da iniciativa
privada da ordem de R$ 800 milhões.
O presidente do SINICESP, engenhei-
ro Marlus Renato Dall’Stella destacou, no
encontro, que o Sindicato está concluin-
do trabalho que será apresentado aos
candidatos, confi gurando-se uma com-
pleta radiografi a sobre os problemas e
quais as soluções possíveis mediante in-
tervenções, pequenas, médias e grandes.
Alckmin rememorou, ainda, visita
feita ao SINICESP, quando afi rmou que
desenvolvimento é paz e que pretende
pisar no acelerador e construir uma gran-
de metrópole.
Candidatos debatem São Paulo
EM CAMPINAS, ESTRUTURAL TERÁ PRIMEIRO CURSO DO SENAIEM CAMPINAS, ESTRUTURAL TERÁ PRIMEIRO CURSO DO SENAIO primeiro curso para capacitação de mão-de-obra para associadas do SINICESP será no
canteiro da Construtora Estrutural Ltda, que fi ca no km 2,3 da Rodovia Campinas-Monte Mor. A
construtora faz parte do Grupo Estrutural, integrado, ainda, pela Pedreiras Basalto, Blocos Se-
lecta e Telhas Eurotop e, como a maioria das empresas do setor, está enfrentando difi culdades
crescentes para contratar mão-de-obra capacitada, num mercado aquecido.
O diretor Edmilson Artioli, da Construtora Estrutural, explica que “nosso carro-chefe são as
obras em estradas” e, atualmente, os equipamentos de terraplenagem e demais máquinas
usadas nas obras têm “muito equipamento eletrônico embarcado”, valem até R$ 1.000.000,00
e precisam ser operadas por gente capacitada.
Esse foi o motivo pelo qual a Estrutural procurou o SINICESP com o objetivo de pedir uma
forma de capacitar seus próprios funcionários. Quando a demanda foi atendida, por intermédio
do convênio com o SENAI, candidatou-se ao primeiro curso, oferecendo tanto o local para as
aulas, como os equipamentos destinados ao treinamento.
“Estamos muito satisfeitos por abrigarmos o primeiro curso”, diz o diretor, e embora a prio-
ridade seja aumentar a capacitação do pessoal que já trabalha para a empresa, ele explica que
eventualmente colaboradores de outras empresas também poderão se matricular, já que a
necessidade de melhor mão-de-obra é do setor como um todo, e todos ganharão à medida em
que aumentar o número de operários bem capacitados.
Foto
: Jo
sé C
arlo
s Taf
ner
Jo
rge
Marlus Renato Dall’Stella e Geraldo Alckmin no Instituto de Engenharia
ALCKMIN: OBRAS PARA ENFRENTAR
DESAFIOS DO TRÂNSITO
4
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
4
SIN
ICES
P■
Sete
mbr
o /
Out
ubro
200
8
período chuvoso, além de redução
de ruído.
Acrescentou que, em relação ao
CCP, o SMA apresenta justifi cativas
técnicas, incluindo menor custo de
manutenção, não requer tempo de
cura, maior drenabilidade, maior
qualidade de rolamento (conforto) e
facilidade de aplicação sobre CCP.
Entre as principais vantagens dos
revestimentos delgados, ressaltou a
segurança: evita derrapagens, aqua-
planagem em dias de chuva, menor
stress do usuário e maior percepção
da sinalização vertical à noite.
Osvaldo Tuchumantel também
informou que a Betunel Tecnologia
em Asfaltos, fundada em 1967, pro-
duz, distribui e transporta ligantes
asfálticos, sempre com o compro-
misso de desenvolver projetos de
engenharia rodoviária e criar ações
de governança corporativa. Para tan-
to, investe em pesquisas e desenvol-
vimento de tecnologias de materiais
asfálticos e processos que buscam a
maximização do uso dos recursos
econômicos e naturais não renová-
veis, com a fi nalidade de assegurar a
segurança dos usuários do transpor-
te rodoviário e a proteção ao meio
ambiente.
O SINICESP promoveu palestra
técnica subordinada ao tema
“Novas tendências de reves-
timentos asfálticos de alto desempe-
nho”, proferida pelo especialista
Osvaldo Tuchumantel, diretor da
Betunel Tecnologia em Asfaltos. Fo-
ram abordados tipos de revestimen-
tos asfálticos empregados na Europa
e EUA, já com algumas aplicações
realizadas no Brasil, objetivando
aumentar conforto, segurança e du-
rabilidade.
Após afi rmar que a malha rodoviá-
ria pavimentada deve ser mantida,
garantindo-se a preservação do pa-
trimônio e do conforto e segurança
do usuário, Tuchumantel disse que
as novas tendências de revestimen-
tos asfálticos de alto desempenho
contêm resistência e durabilidade.
Destacou o SMA, surgido na Ale-
manha, em 1968, para correção de
afundamentos em trilhas de rodas.
Atualmente, tem aplicação em vias
urbanas, rodovias, aeroportos, termi-
nais e portos, principalmente na
Europa, Estados Unidos, Canadá,
Ásia e América do Sul.
As principais características do
SMA consistem em resistência à de-
formação permanente e qualidade
Malha rodoviária pavimentada
exige manutenção,conforto e segurança
do usuário
Osvaldo Tuchumantel
de rolamento, resistência ao trinca-
mento e desagregações, boa micro e
macro rugosidade (atrito e aderência
pneu-pavimento), elevada drenabi-
lidade da água, redução da aquapla-
nagem, spray e reflexão da luz em
NOVAS TENDÊNCIAS NOVAS TENDÊNCIAS DE REVESTIMENTOSDE REVESTIMENTOS
ASFÁLTICOS DE ASFÁLTICOS DE ALTO DESEMPENHOALTO DESEMPENHO
5
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
O prefeito Gilberto Kassab encerrou o
Ciclo de Debates “A engenharia, a constru-
ção e a indústria imobiliária discutindo São
Paulo”, promovido pelo Instituto de Enge-
nharia e pelas entidades representativas do
setor da construção: SINICESP, Apeop, Se-
covi-SP, Sinduscon-SP e Sinaenco. O Ciclo
teve como objetivo possibilitar amplo de-
bate sobre os problemas urbanos, habita-
cionais, de saneamento, de infra-estrutura
e de transportes.
Gilberto Kassab, após receber homena-
gem pelo transcurso de seu aniversário,
destacou que é necessário, para adminis-
trar São Paulo, ter criatividade e buscar
soluções alternativas para o campo da in-
fra-estrutura e, ainda, contemplando os
setores da saúde, da educação e da habita-
ção. Acrescentou que a Prefeitura destina
3% do orçamento para habitação, sanea-
mento e urbanização.
Quanto ao setor de transportes, o pre-
feito Gilberto Kassab assegurou que preten-
de, caso seja reeleito, dar seqüência ao
trabalho de melhoria do sistema viário,
Candidatos debatem São Paulo
KASSAB QUER PARCERIAESTADO/UNIÃO PARA METRÔ E RODOANEL
conservando e asfaltando vias, além de
desenvolver trabalho de parceria com os
governos estadual e federal, principalmen-
te para levar adiante a expansão do Metrô.
Segundo Kassab, outra prioridade, impor-
tante para o desenvolvimento de São Paulo
e para desafogar o trânsito, é o Rodoanel
Mário Covas, que precisa ser concluído.
Por fi m, informou que o programa de
governo previsto é ambicioso na área de
infra-estrutura, incluindo investimentos
destinados a conservar e construir novas
pontes, viadutos. Enfi m, será programado
um novo pacote de importantes obras, se-
gundo Kassab.
São Paulo precisa de continuidade das obras para manter
ritmo de crescimento
Quanto à possibilidade de parceria com
a iniciativa privada, por intermédio de
PPPs, Kassab disse ser favorável e que já foi
criado um grupo de trabalho com a missão
de levantar oportunidades.
Em seu pronunciamento, o presidente
do SINICESP, engenheiro Marlus Renato
Dall’Stella, destacou que São Paulo precisa
de continuidade das obras, missão que deve
ser levada adiante pelos administradores.
Acrescentou que, com o objetivo de colabo-
rar, o Sindicato vai entregar aos candidatos,
como sugestão, um amplo estudo sobre a
Capital contendo um programa de obras que
contempla pequenas, médias e grandes in-
tervenções.
Marlus Renato Dall’Stella com o prefeito Gilberto Kassab
Foto
: Jo
sé C
arlo
s Taf
ner
Jo
rge
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
6
transporte coletivo também ganha atenção especial no estudo,
com a proposta de 258 km de novos corredores de ônibus,
alguns de alta capacidade de transporte, a reforma e a com-
plementação dos corredores existentes e a construção de 41 terminais
de integração.
Para chegar a estas conclusões, um grupo de técnicos e especialistas
em trânsito se debruçou sobre os principais pontos de congestionamento
da cidade. O objetivo foi identifi car os locais que provocam estrangulamen-
to no trânsito de São Paulo. O estudo traz idéias inovadoras para a infra-
estrutura viária, inclui projetos em fase de licitação e resgata planos antigos,
sugerindo adaptações para viabilizar a execução das obras.
O estudo encomendado pelo SINICESP propõe 200 intervenções na infra-
estrutura viária da cidade; mais da metade são obras de pequeno porte,
com custo de até R$ 30 milhões cada uma. São necessárias 200 interven-
ções viárias para reduzir de forma signifi cativa os atuais níveis de conges-
tionamento em São Paulo.
Segundo o estudo, as zonas Central e Oeste da cidade necessitam de
intervenções pontuais, que dêem continuidade às vias já existentes e
superem os pontos críticos de gargalos do trânsito. Nas zonas Leste e Sul,
o problema do trânsito é mais crítico e demanda soluções estruturais,
como a implantação de grandes avenidas que abriguem alguns corredores
de ônibus. Já na zona Norte, a principal alternativa apontada é criar uma
via paralela à Marginal Tietê e ampliar os pontos de travessia do rio.
As 200 intervenções têm custo estimado de R$ 15,5 bilhões. Deste mon-
tante, 32% das obras, ou R$ 4,9 bilhões, já estão em fase de implementação
e muitas integram o Programa de Desenvolvimento Viário Metropolitano
de São Paulo, anunciado pela Prefeitura e pelo Governo do Estado no dia
31 de julho.
De acordo com o estudo, se o prefeito que assumir em 2009 reservar
pouco mais de R$ 10 bilhões do orçamento para infra-estrutura viária es-
tará garantindo mais qualidade de vida para a população paulistana. Como
as obras de maior porte têm prazo de conclusão em até quatro anos, o
investimento para executar todas as sugestões consumiria apenas 10% do
orçamento anual da prefeitura, estimado em R$ 25 bilhões/ano.
O SINICESP, com o objetivo de colaborar na solução
aos candidatos que disputam a Prefeitura de São P
especialistas, intitulado “São Paulo por um trânsito
portes. O conjunto de propostas destaca a revitaliza
cuitos perimetrais ao centro da cidade, com a const
feriores, alargamento de seis vias, duplicação de ou
nove complexos viários e 13 túneis.
DEZ OBRAS PARA MUDAR O TRÂNSITO D
Do total de 200 intervenções que compõem o estudo “São Paumensão das sugestões propostas. Estas obras podem ser concl
1. Duplicação da Avenida Celso Garcia para implantação de
2. Criação do acesso norte do Terminal Bandeira, com rebAvenida 9 de Julho.
3. Reconstrução de antiga alça na ponte velha da João Diacom um esquema operacional da CET somente nos horá
4. Construção de um viaduto duplo na Avenida Armando AAvenida Pedro Bueno.
5. Construção de nova rampa de acesso do Viaduto Pedroscerca de 200 metros.
6. Criação de uma quarta faixa de trânsito nas pistas exprebunal de Contas do Município, além de dois novos viadu
7. Construção de seis passagens inferiores na Avenida Radisemáforos.
8. “Mergulhão” na região do Mercado Central, com a implaao lado do Rio Tamanduateí, ligando o Parque Dom Pedr
9. Criação de uma passagem inferior na “Rótula Central”, treLuis antes da Avenida da Consolação e se estendendo até
10. Complexo viário no início da Rodovia Raposo Tavares, nadiretamente com a Marginal Pinheiros.
Algumas obras, como as que visam a vitalizar o centro de
multilaterais de crédito como o Banco Mundial e o Interamer
AÇÕES PONTUAISDas 200 intervenções viárias apresentadas no estudo, inc
dos ônibus, 58% são de pequeno porte, obras pontuais que
milhões, tendo um custo total de R$ 2 bilhões.
As obras de médio porte (que custam de R$ 30 a 100 milh
do total; já as grandes obras (que precisam de mais de R$ 10
O restante das propostas, totalizando R$ 3,3 bilhões se de
priorizar a circulação dos ônibus nas principais avenidas, c
apoio aos seus itinerários.
A intervenção proposta junto ao Viaduto Pedroso é um e
expressiva o trânsito de São Paulo. Levaria um mês para ser
imediato. A proposta é construir uma nova rampa de acesso
O
7
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
dos problemas da Capital paulista, está entregando
Paulo um amplo trabalho elaborado por técnicos e
o melhor”. O estudo contempla obras de todos os
ação das vias de trânsito rápido e a criação de cir-
trução de 54 viadutos, 18 pontes, 36 passagens in-
utras 17 vias, construção de 47 novas avenidas, de
a atual em cerca de 200 metros e eliminando um gargalo provocado pelo entrela-
çamento dos fl uxos de carros, que disputam espaço com os destinados à Ligação
Leste-Oeste.
Outra idéia pontual para a Zona Sul é a construção de um viaduto duplo na
Avenida Armando A. Pereira e inversão da alça atual para acessar diretamente a
Avenida Pedro Bueno, com o objetivo de eliminar semáforos e criar dois acessos
diretos para a Avenida dos Bandeirantes.
PRIORIDADE AO TRANSPORTE COLETIVODo total de investimentos previstos, R$ 4,5 bilhões, ou 28% do total, foram reser-
vados ao transporte coletivo, com destaque para novos corredores de ônibus, ter-
minais de integração e obras viárias que complementem os corredores existentes.
O estudo prevê intervenções em 258 km de novos corredores de ônibus, dos
quais 65 km com elevada preferência na circulação (BRTs ou VLTs), e a construção
de 41 novos terminais de integração (englobando os vinculados à SPTrans, ao Me-
trô, à CPTM e à EMTU).
Os recursos destinados para as intervenções voltadas exclusivamente para o
transporte coletivo foram divididos da seguinte forma: 57% são para construção
de novos corredores, 18% para terminais de integração e 25% para melhorias e
obras viárias nos atuais corredores. O objetivo destas intervenções é servir de apoio
aos deslocamentos dos usuários do Metrô/CPTM, com a criação de uma rede de
transportes integrada e com os diferentes sub-sistemas se complementando no
atendimento aos usuários, inclusive prevendo a conclusão das obras das novas
linhas e suas estações.
NOVO OLHAR PARA PLANOS ANTIGOSPara montar o estudo, os especialistas tiveram o cuidado de avaliar os antigos
planejamentos viários, realizados pelos prefeitos Prestes Maia e Faria Lima, e que
buscavam preparar a cidade para o futuro. O resultado foi o resgate de planos esque-
cidos no tempo – de Avenidas, PUB, das Vias Expressas – mas que, com pequenas
adaptações, ainda servem aos propósitos atuais de dar maior fl uidez ao trânsito.
Um exemplo dessa releitura é a criação de um novo complexo viário ligando o
início da Rodovia Raposo Tavares na Avenida Sapetuba/Rua Alvarenga, com a Mar-
ginal Pinheiros. O projeto desta ligação é dos anos 70. O impedimento para a obra
não ter sido executada foi que o antigo projeto previa a ligação desse local com a
Avenida Sumaré, utilizando uma região densamente ocupada na Vila Madalena e
em Pinheiros e exigindo vultosas desapropriações. “Nossa proposta é deslocar em
800 metros um trecho dessa ligação, utilizando como diretriz as vias Frederico
Hermann Jr., Natingui e Pompéia, eliminando a necessidade de grandes desapro-
priações”, afi rma Francisco Moreno, consultor do estudo.
DA CIDADE EM APENAS DOIS ANOS
ulo por um Trânsito Melhor”, 10 obras sintetizam a di-uídas em dois anos e melhoram o trânsito na cidade.
e um corredor de ônibus de alta capacidade.
aixamento da ligação do Túnel do Anhangabaú com a
s, para a utilização de uma pista reversível na mesma, ários de pico da tarde.
A. Pereira e inversão de uma alça para acesso direto da
so (sentido Bairro/Centro), reposicionando a atual em
ssas existentes na Avenida 23 de Maio, próximo ao Tri-utos sobre a Avenida J. M. Whitacker.
ial Leste, para torná-la uma via de trânsito rápido, sem
antação de uma via subterrânea na Avenida do Estado, ro até à Avenida Cruzeiro do Sul.
echo da Avenida Maria Paula, com início na Avenida São é as proximidades da Praça Clóvis Bevilácqua.
a região das ruas Sapetuba e Alvarenga, e interligando-a
São Paulo, são elegíveis para receber recursos de agências
icano de Desenvolvimento.
lusive obras viárias também relacionadas com a circulação
e demandam, individualmente, investimentos de até R$ 30
hões cada uma) alcançam R$ 3 bilhões e representam 30%
0 milhões cada) consumiriam R$ 7,2 bilhões.
estina, direta e exclusivamente ao transporte coletivo, para
om diferentes esquemas de tratamento físico das vias de
exemplo de obra pequena e que pode melhorar de forma
concluída e o efeito na região da Avenida 23 de Maio seria
do Viaduto Pedroso (sentido Bairro/Centro), reposicio nando
8
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
Giannetti da Fonseca dis-
correu sobre a eventual cons-
tituição do Fundo Nacional de
Recebíveis Públicos (FNRP),
com a possibilidade de alon-
gar o prazo para o setor pú-
blico quitar seus precatórios,
mas, ao mesmo tempo, geran-
do liquidez imediata para os
detentores de recebíveis pú-
blicos, caso dos precatórios.
Segundo ele, a solução
para o problema dos precató-
rios é financeira. Destacou
que a PEC 12, em tramitação
no Senado, além de não solucionar, irá criar um problema ainda
maior. Exemplifi cou sua idéia com a do ex-governador Mário
Covas, que criou a Companhia Paulista de Ativos, que obteve
sucesso nos pagamentos de dívidas ativas, principalmente com
as construtoras, sendo de grande efi cácia em seu propósito.
A idéia inicial é construir uma “companhia paulista de ativos”
para quitação dos precatórios, podendo esta idéia ser utilizada de
forma ampla para outros proble-
mas, para qualquer credor na es-
fera pública. A situação atual é de
aproximadamente R$ 100 bilhões
em precatórios por con denações
da União, estados e municípios,
sendo que Precatórios Alimenta-
res no Estado de São Paulo com
substancial atraso de pagamen-
tos, levam 10 anos, e Precatórios
não-Alimentares, quitados em
parcelas ao longo de 10 anos.
O professor Giannetti da Fon-
seca disse que se torna necessário
encontrar uma forma que permi-
ta ao mesmo tempo antecipar
pagamentos para credores e au-
mentar prazo para devedores, e o
FNRP seria uma solução. O siste-
ma financeiro está habituado a
desempenhar esse papel. Por-
tanto, é o caminho para harmo-
nização dessa divergência de
interesses. Sozinho, o mercado
não consegue resolver o pro-
blema em face de insegurança
jurídica e interesses pulve-
rizados.
A criação do FNRP geraria
convergência da interesses,
os devedores teriam o alon-
gamento de prazo e os credo-
res teriam liquidez dos seus
créditos.
O acordo judicial com
emissão de novo precatório
com alongamento do prazo
de pagamento para União,
estados e municípios, não vio-
laria a lei de Responsabilidade Fiscal; não aumentaria o endivi-
damento; e não violaria a ordem cronológica dos pagamentos.
Giannetti identifi cou as vantagens das quais devedores teriam
o alongamento do prazo para pagamento: de um máximo de
10 anos para 25 anos, com três anos de carência e com um custo
de serviço menor de 12% a.a. em termos reais. Os credores, ao
venderem os recebíveis para o fundo, receberiam o valor presen-
te dos créditos descontados a
uma taxa de aproximadamente
15%. Um baixo deságio para re-
cebimento a vista.
Por fi m, informou que a idéia
está sendo estudada pelo Mi-
nistério da Fazenda, BNDES, Pro-
curadoria Geral da Fazenda e
Tesouro.
Eduardo Capobianco, vice-
presidente da FIESP, disse que o
projeto parece viável, mesmo
porque combina com o Brasil
moderno. Segundo ele, a Federa-
ção das Indústrias do Estado de
São Paulo deve apoiar a proposta.
O diretor-executivo do SINICESP,
Marco Túllio Bottino, que fez a
apresentação do palestrante,
destacou que a PEC-12, que insti-
tuiria o calote aos credores, abriu
possibilidade de discussão, que
agora toma novas formas muito
mais efi cazes para o pagamento.
LIQUIDEZ IMEDIATAPARA DETENTORES DE PRECATÓRIOS
Marcos Giannetti da Fonseca, empresário, professor de Economia da
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Pau-
lo e ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, proferiu pales-
tra na sede do SINICESP para uma platéia de mais de uma centena de
representantes da OAB, Federação das Indústrias, instituições fi nan-
ceiras e membros da indústria da construção pesada. Apresentou, ao
longo de sua exposição, uma nova alternativa para solucionar a ques-
tão do atraso no pagamento dos precatórios.
O P E R A Ç Ã O D O F N R P
• Criação de Fundos administrados pelo BNDES e/ou Caixa Econômica Federal (CEF)
• Comprariam de credores os direitos (recebíveis) a um preço que garanta ao Fundo um retorno de aproximadamente 13% a.a. em termos reais.
• Os créditos serão alongados para Estados e Municípios
• Acordo judicial com confi ssão de dívida inapelável e com alongamento do prazo de pagamento do precatório
• Dívidas a serem pagas em um prazo de 25 anos, com 3 anos de carência.
• Custo da dívida do acordo judicial de 10% a.a. reais
• Fundos registrados na CVM e quotas transacionadas livremente.
• Serão constituídos fundos (BNDES e CEF) com captação inicial de R$ 3 bilhões, com emissão de novas quotas sempre em lotes de R$ 3 bilhões, conforme disponibilidade de ativos e apetite dos investidores.
• Fundos compram precatórios emitidos e com julgamento defi nitivo.
• A União, Estados e Municípios têm que anuir a compra pelo fundo e se dispor a assinar acordo judicial com confi ssão de dívida para alongamento do prazo.
• A dívida alongada será amortizada pelo setor público correspondente em 22 parcelas anuais depois de um período de 3 anos de carência.
• Os administradores dos fundos serão remunerados por essa administração a uma taxa de 1% ao ano sobre o valor patrimonial dos fundos.
• Os fundos terão prazo determinado, podendo eventualmente ser utilizados para refi nanciar novas condenações judiciais públicas (precatórios).
• As quotas dos fundos serão distribuídas no mercado por instituições fi nancei-ras e serão listados em bolsa.
Mais de 100 empresários e advogados ouvem proposta do professor
Marcos Giannetti da Fonseca no auditório do SINICESP
9
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
Diante das dificuldades encon-
tradas pelas empresas associa-
das no recebimento de créditos
decorrentes de medições de obras
e serviços financiados pela Caixa
Econômica Federal, a diretoria do
SINICESP encaminhou ofício à pre-
sidente da instituição, Maria Fer-
nanda Ramos Coelho, expondo o
problema e, ao mesmo tempo, soli-
citando providências para solucionar
a questão.
O ofício, que serve de alerta às
empresas, tem o seguinte teor:
“Este Sindicato, que representa o
setor econômico da construção pe-
sada no Estado de São Paulo, pede
vênia para expor e solicitar providên-
cias para sério problema que afeta
diretamente a saúde fi nanceira das
empresas do setor.
Obras fi nanciadas pela CEF:
burocracia difi culta recebimento de créditos
A questão suscitada decorre de
obras licitadas pelas Prefeituras
com fi nanciamentos oferecidos pela
Caixa Econômica Federal. A tarefa
de receber os créditos decorrentes
das medições torna-se quase impos-
sível, pois a burocracia impede que
se chegue a um fi nal desejado, com
a quitação da dívida.
As Prefeituras alegam que os em-
pecilhos são criados pela Caixa Eco-
nômica Federal que, mesmo com a
documentação em ordem, não libe-
ra os recursos para que os compro-
missos assumidos com a contratação
das obras sejam honrados.
Diante do exposto, solicito à V. Sa
urgentes providências no sentido de
que a situação seja normalizada,
incluindo informações mais precisas
quanto à documentação necessária,
muitas vezes bastante obscura, de
acordo com relato das administra-
ções municipais.
Na certeza de contar com o aten-
dimento do pleito, por ser de justiça,
renovamos os protestos de estima e
consideração”.
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
10
SIN
ICES
P■
Sete
mbr
o /
Out
ubro
200
8
10
O Governo de São Paulo garantiu mais R$ 7,5 bilhões que serão aplicados em programas essenciais ao desen-volvimento econômico e social do Estado como a ex-
tensão da Linha Lilás do Metro, modernização da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), recuperação de estradas vicinais e obras na calha do Rio Tietê. Parte desse valor virá de empréstimos de organismos internacionais e foi autorizado pelo Ministério da Fazenda.
Mais de 60% do total, R$ 4 bilhões, sairá dos cofres do gover-no estadual. Os R$ 3,5 bilhões restantes virão de fi nanciamen-tos junto a instituições como BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BIRD (Banco Internacional para a Recons-trução e o Desenvolvimento). “São obras prioritárias para o desenvolvimento do Estado que refl etem a orientação do nos-so programa de governo”, afi rmou o governador José Serra.
O aval para captação de recursos foi dado após uma missão com técnicos do Ministério da Fazenda constatar que São Pau-lo tem registrado sucessivos superávits primários. O processo de ajuste fi scal permitiu a solvência fi nanceira, garantido após a redução de cargos comissionados, renegociação da dívida do Estado, remanejamento de pessoal, alienação da folha de pa-gamento, outorga com concessões de rodovias e substituição tributária de 13 setores.
“Implantamos o Nota Fiscal Paulista como uma medida de redução da sonegação no comércio varejista. Foram várias ações na melhoria da efi ciência da administração tributária com o parcelamento de dívidas”, ilustrou o secretário da Fazen-da, Mauro Ricardo Costa. “É um esforço fi scal monumental que estamos fazendo. Isso tem permitido a elevação dos investi-mentos”, reforçou Serra.
R$ 18 bilhões serão aplicados em infra-estrutura no Estado nos próximos anos
Segundo dados da Secretaria da Fazenda, a relação da Dívida Consolidada Líquida (DCL) com a Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado alcançou no mês de julho deste ano o valor de 1,64, bem abaixo do limite de duas vezes, previsto na Lei de Res-ponsabilidade Fiscal. Além disto, o Estado cumpriu um rigoroso programa de metas do PAF assinado junto à União em 2007. “É um programa robusto de investimento com a redução da dívida do Estado. É justamente por esse bom desempenho fi scal, des-sa responsabilidade praticada, que aprovamos esse novo limite de crédito”, frisou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Os investimentos, somados ao montante de R$ 10,4 bilhões anunciados em 2007, dos quais R$ 6,7 bilhões em fi nanciamen-tos autorizados pela Secretaria do Tesouro Nacional, alcançarão
cerca de R$ 18 bilhões que serão aplicados em infra-estrutura no Estado nos próximos anos. “A receita líquida continua cain-do. Ou seja: em termos relativos a situação de endividamento do Estado continua melhor, apesar do novo endividamento”, apontou Serra.
Segunda fase do Programa Pró-Vicinais, num total de 2.428 km de obras de extensão, terá
investimentos da ordem de R$ 815 milhões.
Com o recurso, o governo estadual programou investimen-tos em obras de infra-estrutura. É o caso da modernização da Linha 11 – Coral da CPTM. O sistema operacional batizado de Expresso Leste (entre Luz e Guaianazes), será estendido até a estação de Suzano. O projeto, no valor de R$ 286 milhões, pre-vê a aquisição de nove trens com oito carros cada. Com isso passarão a ser atendidos dos atuais 387 mil passageiros/dia útil para 560 mil passageiros/dia útil em 2011.
Ainda na área de transportes, uma parte do fi nanciamento externo será remetido ao projeto de extensão da Linha 5 do metrô (Lilás), cujo orçamento chega a R$ 5 bilhões. O segundo trecho a ser construído, atenderá 600 mil passageiros/dia e li-gará a Estação Largo Treze à Estação Santa Cruz (Linha 1-Azul) e à Estação Chácara Klabin (Linha 2-Verde). Serão mais 11 es-tações: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Ibirapuera, Moema, Servidor, Vila Clementino, Santa Cruz e Chácara Klabin. Serão mais 11,4 km de vias a serem implantados com previsão de conclusão em 2014.
Outro projeto destacado pelo governador Serra é a recupe-ração da malha de estradas municipais. Nesta segunda fase do Programa, o programa benefi ciará 12 milhões de habitantes, de 238 municípios, num total de 2.428 km de obras de extensão, com investimentos da ordem de R$ 815 milhões.
Há recursos também para o Projeto Serra do Mar, onde o governo recupera uma área vítima de ocupações inadequadas ao longo do tempo. Lá o objetivo é erradicar as ocupações de áreas irregulares com investimento previsto da ordem de R$ 736 milhões.
Também na área ambiental, os recursos contemplam o Programa de recuperação das várzeas remanescentes na bacia do Alto Tietê, numa extensão total de 70 km, de São Paulo até a nascente do Rio Tietê. O objetivo é diminuir os impactos da ocupação desordenada. Nesta primeira fase, integram o pro-grama os municípios de São Paulo e Guarulhos, num total de 25 km. Com isso, as vazões no trecho do Rio Tietê serão contro-ladas. A população atendida nesta etapa será de três mil famí-lias e o projeto está orçado em R$ 683 milhões.
SP TERÁ MAIS R$ 7,5 BILHÕESSP TERÁ MAIS R$ 7,5 BILHÕESPARA INVESTIR EM INFRA-ESTRUTURAPARA INVESTIR EM INFRA-ESTRUTURA
12
SIN
ICES
P ■
Set
embr
o /
Out
ubro
200
8
12
SIN
ICES
P■
Sete
mbr
o /
Out
ubro
200
8
O presidente da Fede-
ração das Indústrias
do Estado de São
Paulo (FIESP), Paulo Skaf, e
o presidente do SINICESP,
Marlus Renato Dall’Stella,
assinaram convênio para iní-
cio imediato de uma série de
cursos que serão ministrados
por professores do SENAI com
o objetivo de capacitar mão-
de-obra. Inicialmente, o treinamento abrangerá um universo
de 576 trabalhadores, número que se elevará a cinco mil. O
presidente do Conselho Superior, Newton Cavalieri e o dire-
tor-executivo do Sindicato, Marco Túllio Bottino, participaram
da solenidade.
O primeiro curso será realizado no canteiro de obras de
uma construtora associada do Sindicato em Campinas, mas
logo em seguida serão montados um segundo e um terceiro
nos canteiros do Rodoanel Mário Covas e do Metrô de São
Paulo e, a médio prazo, os cursos serão levados a cidades do
interior. Entre as já escolhidas estão Bauru, Presidente Pru-
dente, São José do Rio Preto e Sorocaba.
“O convênio tornou-se necessário porque todas as cons-
trutoras se queixam da difi culdade em preencher as vagas de
mão-de-obra especializada para contratação”, explica Marlus
Dall’Stella. O resultado altamente positivo desses cursos e
treinamentos de mais curta duração é comprovado principal-
mente no que toca à promoção humana e ao aumento de
oportunidade de trabalho pra esse tipo de mão-de-obra.
A solução encontrada levará à montagem de escolas do
SENAI nos próprios canteiros de obras. Entre as prioridades,
contam cursos para as áreas de manutenção de máquinas e
equipamentos, laboratoristas de solos, concreto e asfalto,
motoristas de caminhões, operadores de escavadeiras, pá
carregadeiras, motoniveladoras, compactadores, espargidores
CONVÊNIO FIESP/SINICESP
MÃO-DE-OBRA FORMADA NOS CANTEIROSSUPRIRÁ DEMANDA DE TRABALHADORES QUALIFICADOS
e equipamentos de britagem,
entre outros.
O diretor regional do SE-
NAI, Luis Carlos de Souza
Vieira, presente à solenidade
de assinatura, explicou que as
próprias construtoras cede-
rão os equipamentos pesados
para os cursos e, se houver
necessidade, poderão tam-
bém ser alugados no mercado.
O SENAI entrará com os professores e o presidente da FIESP
anunciou que, a entidade resolveu assumir os custos de for-
mação da primeira turma de cada especialidade, o que dá
garantia de inscrições gratuitas.
Para formar quatro turmas de armador de ferros por mês,
num total de 64 alunos, a previsão da FIESP é de gastos de
R$ 35 mil, para formar igual número de carpinteiros de formas,
o custo é de R$ 28 mil e o curso mais caro é de operador de
máquinas e equipamentos de infra-estrutura de rodovias,
também com 64 alunos no total, o que implicará investimen-
tos de R$ 78 mil.
Ainda durante a cerimônia, o coordenador dos cursos,
pelo SINICESP, Alfredo Petrilli Júnior, disse que embora nes-
te momento de mercado aquecido as construtoras enfrentem
problema de carência de mão-de-obra, a médio prazo é ne-
cessário que novas obras sejam contratadas pelo poder pú-
blico tanto estadual como municipal. As novas obras
interessam às construtoras, mas interessam ainda mais ao
País como um todo, pois, com preocupante freqüência apa-
recem gargalos que difi cultam o crescimento desejado, seja
na área rodoviária, de portos, ferrovias ou de fornecimento
de energia elétrica.
O setor da construção pesada envida esforços no sentido
de formar mão-de-obra qualificada, contribuindo, assim,
para o bem-estar dos trabalhadores e da população.
Marco Túllio Bottino, Marlus Renato Dall’Stella e Paulo Skaf
Newton Cavalieri, Paulo Skaf e Marlus Renato Dall’Stella
Foto
: Jo
sé C
arlo
s Taf
ner
Jo
rge