Upload
vonhi
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
CAPA
Sistema de Governança do Pacto pela Educação do Pará
Fevereiro de 2014
Apresentação
Esta publicação destina-se a todos aqueles que, de uma forma ou de
outra, estão envolvidos no incrível sonho de construir e fortalecer uma efetiva
proposta de parceria, envolvendo governos de diferentes níveis e uma
pluralidade de setores e atores sociais (empresas, universidades, organizações
sociais, artistas, igrejas), em torno da inadiável tarefa de melhorar os
resultados da educação pública no Pará.
O caráter urgente e estratégico do enfrentamento deste desafio, para os
destinos do estado do Pará e de suas novas gerações, vem mobilizando, sob a
forma de um Pacto pela Educação do Pará, uma grande adesão, independente
de questões partidárias ou ideológicas. No momento em que, de 10 jovens
paraenses, somente 5 completam sua educação básica e apenas 1 demonstra
desempenho considerável aceitável em matemática, é fundamental que se
superem as divergências e se reconheça a centralidade da educação no
processo de desenvolvimento do estado.
O Pacto pela Educação do Pará não é, entretanto, apenas um conjunto
de boas intenções. Ele está baseado num Plano Estratégico, concebido de
forma participativa, e que define uma meta (aumentar em 30% o IDEB de todos
os níveis num período de 5 anos), 7 resultados (aumentar o desempenho dos
alunos, diminuir a evasão, capacitar os profissionais da educação, implantar
uma gestão para resultados, melhorar a rede física e os equipamentos das
escolas, utilizar a tecnologia da informação e mobilizar amplos setores) e
estratégias específicas, sob a forma de programas e projetos.
Não bastam, no entanto, bons planos, se não estabelecermos um
Sistema de Governança capaz de garantir o caráter público-privado,
intergovernamental, intersetorial e participativo que norteia o Pacto. Um
sistema organicamente estruturado que permita ao órgão encarregado de
definir as diretrizes gerais (Comitê Estadual) uma articulação com os Comitês
Regionais que, por sua vez, estão conectados aos Comitês Municipais,
finalmente em contato com os Grupos Gestores do Pacto nas Escolas.
Este Sistema de Governança deve dispor de canais de comunicação
que permitam que as informações sobre as propostas do Pacto para cada
escola cheguem até elas, e que estas possam informar sobre a realidade de
sua implantação. Somente este fluxo de informações entre comitês pode
garantir o exercício da função de monitoramento que lhes compete.
O papel do Sistema de Governança não se esgota no monitoramento
das ações e dos resultados do Pacto. Ele inclui uma importantíssima tarefa de
mobilização e integração de novos recursos (técnicos, humanos, materiais e
financeiros) que contribuam para o alcance dos resultados.
Cabe também, às diferentes instâncias deste sistema, promover
espaços de compartilhamento de experiências e articulação de ações, de forma
que municípios e escolas possam aprender cooperativamente e atuar
articuladamente.
Esperamos que este documento possa contribuir para clarificar funções,
papéis e responsabilidades das diferentes instâncias do Sistema de
Governança do Pacto, bem como oferecer algumas dicas para a atuação de
seus membros.
Sumário
1. O Pacto pela Educação do Pará e sua Governança ................................................... 5
2. Afinal, o que é um Comitê? ........................................................................................... 7
2.1 Por que participar de um Comitê? ......................................................................... 7
2.2 E o que um Comitê precisa fazer? ........................................................................ 7
3. Governança participativa do Pacto pela Educação do Pará: os Comitês Estadual,
Regionais, Municipais e as Equipes Gestoras do Pacto nas escolas ............................... 9
3.1 Comitê Estadual.................................................................................................... 12
3.2 Comitês Regionais ................................................................................................ 14
3.3 Comitês Municipais ............................................................................................... 20
3.4 Equipes Gestoras do Pacto nas Escolas ............................................................ 24
4. Planejando as ações dos Comitês .............................................................................. 28
4.1 Por onde começar? .............................................................................................. 29
4.2 Organizando os trabalhos do Comitê .................................................................. 30
4.3 A Comunicação e a Mobilização ......................................................................... 30
4.4 Estratégias de comunicação e mobilização ....................................................... 31
5. Sites para consulta ....................................................................................................... 34
6. Contatos ........................................................................................................................ 34
7. Grupo de Parceiros Estratégicos do Pacto pela Educação do Pará (GPEP) ......... 35
Listagem de figuras e tabelas:
Figura 1 – Resultados esperados do Plano Estratégico do Pacto pela Educação
do Pará .............................................................................................................. 5
Figura 2 – Sistema de Governança Participativa do Pacto pela Educação do
Pará ................................................................................................................. 10
Figura 3 – Fluxo de informações: a comunicação entre os Comitês................ 11
Tabela 1 – Comitê Estadual (CE): visão geral ................................................. 13
Tabela 2 – Comitê Regional (CR): visão geral ................................................ 18
Tabela 3 – Comitê Municipal (CM): visão geral ............................................... 23
Tabela 4 – Equipe Gestora do Pacto na Escola: visão geral ........................... 27
5
1. O Pacto pela Educação do Pará e sua Governança
O Pacto pela Educação do Pará é um esforço integrado de diferentes
setores e níveis de governo, da sociedade civil (fundações, ONGs e demais
organizações sociais), da iniciativa privada e de organismos internacionais, de
caráter suprapartidário, intersetorial, federativo e participativo, e liderado pelo
governo do Estado do Pará.
Este conjunto articulado de esforços poderá garantir às gerações de
paraenses as condições educacionais necessárias para sua inclusão no
intenso processo de desenvolvimento econômico que ocorre no estado, e
possibilitar, inclusive, a sustentabilidade deste processo.
O objetivo do Pacto pela Educação do Pará, e seu grande desafio, é o
de aumentar em 30% o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
do estado, em todos os níveis, até 2017. A partir desse objetivo, e de forma
participativa, foi concebido um Plano Estratégico, estruturado em 7 (sete)
importantes resultados (R1 a R7), a seguir.
Figura 1 – Resultados esperados do Plano Estratégico do Pacto pela
Educação do Pará
6
Como podemos observar na Figura 1, todos os resultados devem
convergir para melhorar o aprendizado de crianças, adolescentes e jovens,
garantir sua permanência na escola e a conclusão de sua educação básica1.
O alcance dos resultados (com a qualidade e nos prazos requeridos)
dependerá de um importante esforço de monitoramento da execução do Plano
Estratégico, bem como de mobilização de novos recursos - humanos, físicos e
financeiros - que complementem e qualifiquem as ações previstas.
A mobilização de outros atores, assim como, as ações de
monitoramento dos programas e a articulação de esforços são as funções
básicas do Sistema de Governança do Pacto pela Educação do Pará. Ele é
composto pelo Comitê Estadual, pelos Comitês Regionais e Municipais e pela
Equipe Gestora do Pacto na Escola.
No próximo capítulo vamos abordar três perguntas fundamentais para
entendermos a relevância e a pertinência da Governança do Pacto estar
organizada na forma de Comitês: afinal, o que é um Comitê? Por que participar
de um Comitê? E o que um Comitê precisa fazer?
1 Da mesma forma, todas as ações previstas para determinado resultado devem convergir para o seu alcance.
7
2. Afinal, o que é um Comitê?2
É um grupo de pessoas que se reúne periodicamente para desenvolver
ações em torno de um objetivo comum. No caso do Pacto, os diferentes níveis
de comitês (estadual, regionais, municipais e nas escolas) devem se reunir
periodicamente para desenvolverem ações de monitoramento, mobilização e
articulação, em função dos resultados a serem alcançados.
2.1 Por que participar de um Comitê?
o É uma forma mais eficaz e enriquecedora de monitoramento,
mobilização e articulação de esforços para o alcance dos resultados;
o Os desafios e aprendizados podem ser compartilhados entre os
membros de um dado Comitê, entre Comitês do mesmo nível e entre
Comitês de diferentes níveis, possibilitando a troca de experiências e de
sugestões para a superação dos desafios;
o As atividades propostas podem ser distribuídas entre todos, evitando a
sobrecarga de trabalho de alguns.
2.2 E o que um Comitê precisa fazer?
o Discutir as questões relacionadas à situação educacional de sua área de
atuação e propor melhorias;
o Mobilizar e articular esforços de diferentes atores e setores para o
alcance dos resultados;
o Criar estratégias de monitoramento das ações do Pacto e do próprio
Comitê;
o Acompanhar os resultados obtidos.
2 Este capítulo está baseado no material elaborado pela Equipe de Mobilização Social pela
Educação (Ministério da Educação), disponível em: <http://familiaeducadora.blogspot.com>. Contém trechos literais retirados deste material, assim como adaptações.
8
No capítulo a seguir veremos como se estrutura o sistema de
governança participativa do Pacto. Apresentaremos a composição dos Comitês
e as atribuições de todos os seus membros, incluindo uma tabela com o
resumo das informações ao final de cada um. Além disso, destacaremos
algumas dicas que poderão ajudar no passo a passo desse trabalho.
Dica de fonte de informação
Nos Cadernos de Acompanhamento do Pacto nas Regiões
há informações sobre o IDEB do Pará e sobre os dados
socioeconômicos da região de integração em questão, como o IDEB
da região, a população total, a população alfabetizada, a quantidade
de escolas, de docentes e de alunos matriculados.
Há também informações sobre as escolas por município e
dados sobre sua infraestrutura (se há ou não laboratórios de
informática, quadras, bibliotecas, dentre outros recursos, por
exemplo), assim como, informações sobre os programas e os
projetos do Pacto para a região.
9
3. Governança participativa do Pacto pela Educação do
Pará: os Comitês Estadual, Regionais, Municipais e
as Equipes Gestoras do Pacto nas escolas
O Sistema de Governança do Pacto - SGP (Figura 2) visa garantir o
monitoramento das ações, a mobilização e a articulação de esforços em torno
dos objetivos do Pacto. De forma a estabelecer um elo entre diferentes níveis
decisórios até alcançar a própria escola, o SGP está estruturado em Comitês –
Estadual, Regionais, Municipais e Escolares – com um funcionamento
integrado e canais de comunicação que permitam o fluxo de informações,
indispensável ao bom funcionamento da governança.
O caráter de parceria público-privada, intersetorial e participativa do
Pacto norteia a composição e o funcionamento de todos os Comitês.
Em termos de composição, a proposta de parceria público-privada
participativa deve ser garantida pela presença de representantes do governo e
da sociedade civil, incluindo empresas, membros de conselhos, universidades,
A participação articulada de todos os setores
é fundamental para que as crianças, os
adolescentes e os jovens acessem,
aprendam e permaneçam na escola.
10
igrejas, artistas e lideranças. Já o aspecto intersetorial deve ser buscado pela
participação, além da Educação, das áreas de Assistência Social, Saúde,
Trabalho, Cultura, Esporte e Lazer, dentre outras.
Quanto ao funcionamento, o Comitê Estadual, responsável pela gestão
do Pacto, se articula com os Comitês Regionais existentes em cada uma das
regiões de integração do Estado, e estes, por sua vez, fazem conexão com os
Comitês Municipais, até chegar ao âmbito das próprias escolas, com as
Equipes Gestoras do Pacto (Conselhos Escolares).
Figura 2 – Sistema de Governança Participativa do Pacto pela Educação
do Pará
11
Não há relações hierárquicas entre os diferentes níveis de governança.
A comunicação entre eles, fundamental para o alcance dos resultados de forma
integrada, pode ser garantida por meio de um fluxo de informações, como
sugerido na Figura 3:
Figura 3 – Fluxo de informações: a comunicação entre os Comitês
12
3.1 Comitê Estadual
O Comitê de Governança Estadual do Pacto pela Educação do Pará
(CE), segundo seu Regimento Interno, tem como atribuições, além de aprovar
a proposta de Plano Anual do Pacto, acompanhar sua execução e propor
melhorias em seu processo de desenvolvimento.
Ele é integrado por representantes do Governo Estadual (Governador,
Secretário Especial de Promoção Social e Secretário de Educação),
representantes de Governos Municipais, representante da Assembleia
Legislativa, representante do Conselho Estadual de Educação, representantes
de empresas, representante de Universidade, representante do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e representante da sociedade civil,
neste caso, o Instituto Synergos, por seu papel de coordenador do Grupo de
Parceiros Estratégicos do Pacto3.
A presidência do Comitê Estadual é exercida pelo Governador, a vice-
presidência pelo Secretário Especial de Promoção Social e a secretaria
executiva pelo Secretário de Educação.
Reunindo-se semestralmente, este Comitê exerce sua função de
monitoramento com base em informações prestadas pela SEDUC ou
encaminhadas pelos Comitês Regionais. Os dados de monitoramento e as
sugestões oriundas dos Comitês Regionais deverão ser analisados e
encaminhados aos órgãos responsáveis. As decisões e encaminhamentos
deverão ser informados ao Comitê Regional demandante.
Cabe ao Secretário Executivo organizar as reuniões do Comitê, registrar
em ata as decisões e enviar aos membros do Comitê Estadual e aos
presidentes dos Comitês Regionais relatórios sobre o andamento dos projetos
e ações do Pacto. Veja o resumo das informações sobre o Comitê Estadual na
Tabela 1, a seguir.
3 O Grupo de Parceiros Estratégicos do Pacto (GPEP), formado por empresas, institutos e
fundações com atuação na área de Educação, e coordenado pelo Instituto Synergos, vem apoiando todo o processo de construção e implantação do Pacto, com o suporte financeiro do Fundo de Sustentabilidade do Pacto (FSP), mantido por meio de uma cota de participação anual de seus membros.
13
Tabela 1 – Comitê Estadual (CE): visão geral
Comitê Estadual (CE)
Composição
(Governança):
Presidência: Governador.
Vice-presidência: Secretário Especial de Promoção Social.
Secretaria executiva: Secretário de Educação.
Demais membros:
Representante da Assembleia Legislativa;
Representante da sociedade civil (Instituto Synergos);
Representante de Universidade;
Representante do BID;
Representantes de empresas;
Representantes de governos municipais.
Competências
(atribuições):
1) Aprovar e propor melhorias ao Plano Anual do Pacto;
2) Acompanhar sua execução;
3) Propor recomendações aos órgãos pertinentes;
4) Mobilizar grupos de interesse.
Tarefas do
Secretário
Executivo:
1) Organizar as reuniões do Comitê;
2) Registrar em ata as decisões;
3) Enviar relatórios sobre o andamento dos projetos e ações
do Pacto para os demais membros do Comitê Estadual e
para os presidentes dos Comitês Regionais.
Tarefas de
todos os
membros:
1) Reunir-se semestralmente;
2) Analisar informações da SEDUC sobre o que está
previsto para as regiões e encaminhá-las aos Comitês
Regionais;
3) Analisar as sugestões e os dados de monitoramento
recebidos dos Comitês Regionais e encaminhá-los aos
órgãos responsáveis;
4) Informar as decisões e encaminhamentos ao Comitê
Regional demandante.
14
3.2 Comitês Regionais
Os Comitês de Governança Regionais (CR) têm como atribuições,
segundo seu Regimento Interno, acompanhar a execução das ações do Pacto
na região e mobilizar recursos regionais que possam complementar ou
qualificar as ações previstas. Também é seu papel incentivar e apoiar a
instalação e o funcionamento dos Comitês Municipais, além de propor
estratégias de articulação entre eles.
O núcleo inicial dos Comitês Regionais é formado por 2 (dois)
representantes do Governo do Estado, 2 (dois) representantes de Governos
Municipais,1(um) representante dos Conselhos Municipais da Região, 2 (dois)
representantes de empresas, e 1 (um) representante da sociedade civil. Este
núcleo inicial deve ser expandido (mais 2 membros) com a inclusão de
universidades, lideranças, empresas de atuação regional, dentre outros atores.
Os Comitês Regionais podem criar grupos de trabalho (GTs) para
questões específicas, e os componentes destes GTs não precisam ser,
necessariamente, membros do comitê.
A presidência do Comitê Regional é exercida pelo representante da
Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e a vice-presidência pelo
Atores importantes
As universidades exercem um importante papel no
direcionamento de suas atividades de extensão ou estágio para as ações
do Pacto (reforço escolar, apoio à gestão, mobilização, entre outros).
A inclusão da mídia pode ser igualmente relevante, visto que uma
das principais missões do Comitê Regional – a mobilização – tem como
instrumento básico a comunicação. A escolha de outros membros
depende das características da região.
15
representante da empresa que se propõe a exercer a função de Empresa
Parceira da Região.
Cabe ao presidente (representante Regional da SEDUC) além de
agendar, convocar e presidir as reuniões, gerenciar as informações sobre a
implantação do Pacto na região, coletando e organizando dados oriundos do
Escritório de Projetos4 e das URES ou USES de sua região.
Ao vice-presidente (representante da Empresa Parceira) cabe apoiar o
representante da SEDUC nas suas funções, além de identificar ações de
responsabilidade e investimento social de outras empresas da região,
buscando articulá-las ao Pacto.
Com o intuito de garantir o caráter federativo do Pacto, e tendo em vista
a importância da participação dos municípios - principais responsáveis pelo
Ensino Fundamental - previu-se a participação de representantes das
Secretarias Municipais de Educação da região, que devem subsidiar decisões
sobre prioridades de atendimento às demandas dos municípios.
4 O Escritório de Projetos é responsável pelo gerenciamento centralizado e coordenado dos
projetos e ações previstas. A SEDUC criou o Escritório de Projetos para garantir a implementação do Pacto pela Educação do Pará.
A articulação de ações intersetoriais
Foi incluída, também, a participação de representante das
Secretarias Municipais de Assistência Social, de forma a: 1) Identificar
possibilidades de articulação entre o Pacto e as ações de assistência, em
função dos resultados educacionais - Bolsa Família (controle de
frequência), Brasil Sem Miséria, Brasil Carinhoso e outros, e 2) Mobilizar
outros grupos de interesse, como conselhos e associações, para
participarem do Pacto.
16
Ao membro da sociedade civil e às lideranças regionais cabe mobilizar
diferentes setores da sociedade para que se articulem ao Pacto.
As reuniões ordinárias dos Comitês Regionais acontecem uma vez a
cada 3 (três) meses, mas qualquer membro pode convocar outras reuniões a
qualquer tempo, com antecedência de cinco (5) dias úteis. As reuniões podem
ser tanto internas quanto ampliadas, com a participação de convidados do
Comitê.
É muito importante que todas as reuniões sejam preparadas com
antecedência pela presidência do Comitê Regional (presidente e vice), para
que tenham foco e objetividade.
Para cumprir suas funções de forma mais efetiva, os Comitês Regionais
deverão analisar os dados sobre a situação educacional dos municípios da
região, e as informações sobre as ações do Pacto em sua área (consulte o
Caderno de Acompanhamento do Pacto de sua região), bem como, os
relatórios sobre o andamento do processo de implantação, fornecidos pela
SEDUC.
O apoio à criação dos Comitês Municipais é um grande desafio. Este
é um importante elo na cadeia de governança do Pacto, pois é no território do
município que o Pacto vai se concretizar. As principais funções da governança
– monitoramento e mobilização – vão acontecer, de fato, no chão dos
municípios e das escolas.
É importante que os Comitês Regionais promovam a articulação entre os
Comitês Municipais criados, visando à constituição de Territórios de Integração
Educacional.
Ganhos dos Municípios
Na busca da adesão dos municípios é importante que os Comitês
Regionais divulguem o que eles podem ganhar com os diferentes
projetos que compõem o Pacto.
17
Os Comitês Regionais deverão conceber, executar e monitorar seu
próprio plano de trabalho, definindo ações prioritárias em relação às suas
principais funções – monitoramento da execução do Plano Estratégico do
Pacto na região, mobilização e articulação de recursos regionais (humanos,
físicos ou financeiros) e apoio à criação e ao funcionamento dos Comitês
Municipais.
De fundamental importância é a identificação de iniciativas de
secretarias municipais, empresas, universidades e sociedade civil que possam
ser expandidas ou fortalecidas, e articuladas ao Pacto.
Caso haja outros grupos, consórcios e comitês intermunicipais afins com
a Educação deve-se buscar articulá-los com o Comitê Regional do Pacto.
Os Comitês Regionais deverão encaminhar para o Comitê Estadual
relatórios semestrais, com informações sobre o andamento do Pacto na região
e sugestões de melhorias, baseadas nos dados fornecidos por seus membros
ou pelos Comitês Municipais da região.
A seguir, na Tabela 2, o resumo das informações sobre o Comitê
Regional.
Ajuda na obtenção de informações
Quando o Comitê Regional dispõe de uma boa comunicação com
os Comitês Municipais - fontes privilegiadas de informações - seu papel
de monitoramento passa a centrar-se na articulação e na análise das
informações fornecidas por eles. Estas informações ajudam na definição
de prioridades regionais e na promoção de ações intermunicipais.
18
Tabela 2 – Comitê Regional (CR): visão geral
Comitê Regional (CR)
Composição
(Governança):
Presidência: representante da Secretaria de Estado de
Educação (SEDUC).
Vice-presidência: representante da Empresa Parceira da
Região.
Demais membros:
Representantes do Governo do Estado;
Representantes de Governos Municipais;
Representantes de Conselhos Municipais de Educação;
Representantes de empresas;
Representante da sociedade civil;
Mais 2 (dois) membros a escolher.
Competências
(atribuições):
1) Incentivar e apoiar a criação dos Comitês Municipais,
mobilizando grupos de interesse e articulando recursos
regionais (humanos, físicos ou financeiros);
2) Promover a articulação entre os Comitês Municipais
criados;
3) Analisar informações sobre o que está previsto para os
municípios da região e encaminhá-las aos Comitês
Municipais;
4) Analisar as sugestões e os dados de monitoramento
recebidos dos Comitês Municipais e encaminhá-los ao
Comitê Regional;
5) Conceber, executar e monitorar um plano de trabalho
que dê conta de suas atribuições, mobilizando recursos
regionais para isso.
Compromisso
do presidente:
1) Agendar, convocar e presidir as reuniões;
2) Coletar e organizar os dados recebidos das URES ou
USES de sua região;
3) Gerenciar as informações sobre a implantação do Pacto
19
na Região.
Compromisso
do vice-
presidente:
1) Apoiar o presidente nas suas funções;
2) Identificar ações de responsabilidade e investimento
social de outras empresas da região e articulá-las ao
Pacto.
Compromisso
SME:
Subsidiar decisões sobre as prioridades de atendimento às
demandas dos municípios.
Compromisso
SMAS:
1) Identificar possibilidades de articulação entre o Pacto e
as ações de assistência;
2) Mobilizar outros grupos de interesse, como conselhos e
associações, para participarem do Pacto.
Compromisso
sociedade
civil:
Mobilizar diferentes setores da sociedade para que se
articulem ao Pacto.
Compromisso
de todos os
membros:
1) Reunir-se trimestralmente;
2) Analisar os dados sobre a situação educacional dos
municípios da região;
3) Analisar as informações sobre as ações do Pacto em sua
área;
4) Criar grupos de trabalho (GTs) para questões
específicas;
5) Identificar iniciativas de secretarias municipais,
empresas, universidades e sociedade civil que possam
ser expandidas ou fortalecidas, e articuladas ao Pacto;
6) Articular o Comitê Regional a outros grupos, consórcios
e comitês intermunicipais afins com a Educação.
20
3.3 Comitês Municipais
Os Comitês Municipais (CM), segundo seu Regimento Interno têm como
atribuições: A) Articular as ações do Pacto no Município com as ações
previstas no Plano Municipal de Educação; B) Mobilizar recursos locais que
possam complementar ou qualificar estas ações; C) Monitorar sua execução e
acompanhar seus resultados. Também faz parte de sua missão: D) Incentivar e
apoiar a atuação dos Conselhos Escolares para exercerem a função de Equipe
Gestora do Pacto na Escola, e E) Mobilizar todos os grupos de interesse na
questão educacional.
Para que as funções de mobilização, articulação, monitoramento e
avaliação das ações contribuam para o alcance dos 7 (sete) resultados do
Pacto (página 5), os Comitês Municipais necessitam conhecer e discutir: 1) A
situação educacional do município (quem está na escola e quem está fora, as
razões do abandono, quem é analfabeto); 2) A realidade das escolas estaduais
e municipais (infraestrutura física e humana, gestão, índices de frequência de
professores e alunos, número de dias letivos efetivamente cumpridos no ano,
resultados e tendências do IDEB); 3) As ações do Pacto previstas para o
município (Caderno de Acompanhamento do Pacto na Região); e 4) O Plano
de Educação do Município.
Os Comitês Municipais são compostos inicialmente por Secretários
Municipais (Educação, Assistência, Saúde, Meio Ambiente, Cultura, Esporte e
Lazer, dentre outros), um representante da SEDUC (articulador), empresas, um
representante do Conselho Municipal de Educação e de outros conselhos
(Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho
Tutelar) e lideranças locais. Este núcleo inicial deve ser expandido com a
inclusão de representantes de igrejas, da mídia ou de universidades. A escolha
de outros membros, até um total de 14 (quatorze), depende das características
do município.
21
A presidência dos Comitês Municipais será exercida por um triunvirato,
formado por: Secretaria Municipal de Educação, SEDUC e Empresa Parceira.
As reuniões ordinárias do Comitê Municipal acontecem uma vez por
mês, mas os participantes podem reunir-se a qualquer tempo, convocados por
qualquer um dos membros. As reuniões podem ser internas ou ampliadas, com
a participação de convidados do Comitê.
Os Comitês Municipais deverão encaminhar para o Comitê Regional
relatórios trimestrais com informações e sugestões sobre o andamento do
Pacto no município baseadas nos dados fornecidos por seus membros ou
pelos Conselhos Escolares (Equipes Gestoras do Pacto nas Escolas).
Contribuição de outros atores
Além dos membros efetivos, os Comitês Municipais podem criar
grupos de trabalho para questões específicas, cujos componentes não
sejam membros efetivos do comitê. Assim como nos Comitês Regionais,
as universidades, quando existirem no município, contribuirão, de forma
fundamental, com a atuação de estudantes no apoio às ações do Pacto
(reforço escolar, apoio à gestão, mobilização, entre outras).
Organização das reuniões
É muito importante que todas as reuniões sejam preparadas com
antecedência pela presidência do Comitê, para que tenham o foco e a
objetividade necessários.
22
O Comitê Municipal do Pacto deve buscar uma articulação com outros
grupos, conselhos e comitês afins com a Educação existentes (assistência
social, combate ao trabalho infantil, meio ambiente, cultura, desenvolvimento
local, dentre outros).
Na Tabela 3, a seguir, o resumo das informações sobre o Comitê
Municipal.
Assessoria ao Conselho Escolar
Em sua função de incentivar e apoiar o Pacto nas Escolas, os
Comitês Municipais devem assessorar o processo de constituição e
fortalecimento dos Conselhos Escolares, que devem funcionar como
Equipes Gestoras do Pacto na Escola.
23
Tabela 3 – Comitê Municipal (CM): visão geral
Comitê Municipal (CM)
Composição
(Governança):
Grupo gestor: Secretário Municipal de Educação,
representante da Secretaria de Estado de Educação
(SEDUC) e representante da Empresa Parceira da Região.
Demais membros:
Representantes do Governo Municipal;
Representante da SEDUC;
Representantes de empresas;
Representantes da sociedade civil;
Outros membros a escolher (total de 14).
Competências
(atribuições):
1) Articular o Pacto no Município com o Plano Municipal de
Educação;
2) Mobilizar e articular recursos locais que possam
complementar ou qualificar estas ações;
3) Monitorar sua execução e acompanhar seus resultados;
4) Articular as redes estadual e municipal;
5) Incentivar e apoiar a instalação e a atuação dos
Conselhos Escolares (Equipes Gestoras do Pacto nas
Escolas);
6) Mobilizar grupos de interesse na questão educacional
para contribuírem com o alcance dos resultados.
Compromisso
de todos os
membros:
1) Reunir-se mensalmente;
2) Reunir-se trimestralmente com outros comitês;
3) Enviar um (1) relatório trimestral para o Comitê Regional
com base nas informações recebidas das Equipes
Gestoras do Pacto nas Escolas;
4) Conhecer e discutir a situação educacional do município,
a realidade das escolas estaduais e municipais, as ações
do Pacto previstas para o município e o Plano de
Educação do Município;
6) Criar GTs para questões específicas.
24
3.4 Equipes Gestoras do Pacto nas Escolas
O Pacto não pode ser algo estranho ao funcionamento das escolas. Os
resultados propostos – melhorar o desempenho dos alunos; diminuir a evasão;
desenvolver os recursos humanos; melhorar a infraestrutura; implantar uma
gestão para resultados; mobilizar todos os grupos de interesse; e fazer uso da
tecnologia como instrumento de melhoria dos resultados, de comunicação e de
gestão - são os desafios básicos de todas as escolas.
Assim, é fundamental que as propostas de ação do Pacto, bem como do
Plano Municipal de Educação, sejam os componentes básicos do Projeto
Político Pedagógico (PPP) das escolas.
O alinhamento deve ser buscado não apenas no âmbito do
planejamento, mas também na execução, no monitoramento, na avaliação do
que foi planejado, e na gestão deste processo.
Desta forma, a Equipe Gestora do Pacto na Escola deve ser o próprio
Conselho Escolar que, conforme o caso, necessitaria ser criado, regularizado
ou fortalecido, cumprindo assim o importante papel de qualificar, monitorar e
mobilizar recursos, a fim de que o PPP contribua para o alcance dos resultados
do Pacto.
Para tal, este Conselho Escolar / Equipe Gestora do Pacto precisa, em
primeiro lugar, dispor de um diagnóstico claro da situação da escola: IDEB
(desempenho e índice de aprovação), índices de frequência de professores e
alunos, dias letivos efetivamente cumpridos, infraestrutura física, quantidade de
profissionais necessários versus existentes, incidência de violência, dentre
outras questões.
Em segundo lugar, é preciso ter uma dimensão do desafio do Pacto –
aumentar o IDEB em 30% até 2017 – neste contexto escolar.
Em terceiro lugar, é importante conhecer as estratégias já disponíveis:
quais são as ações do Pacto previstas para a escola, os projetos federais,
estaduais ou municipais, e os programas de iniciativa privada existentes.
Faz-se necessário, também, a identificação de novos recursos técnicos,
financeiros e programáticos a serem buscados e articulados ao PPP.
Um importante papel da Equipe Gestora do Pacto na Escola é o da
mobilização. Esse processo se inicia junto aos próprios membros da
25
comunidade escolar (professores, coordenadores, profissionais de apoio,
alunos e familiares), que devem saber o que é o Pacto, qual é o desafio
colocado, quais são as metas a serem alcançadas a cada ano, os recursos
disponíveis (humanos, físicos e financeiros), o papel e a responsabilidade de
cada um.
A partir da comunidade escolar necessita-se atingir todos os demais
públicos de interesse: comunidade do entorno, igreja, mídia, setor privado,
lideranças, famílias, e assim por diante.
Um exemplo de mobilização foi o Dia do Pacto na Escola, comemoração
que em 18 de maio de 2013 reuniu cerca de quatrocentas (400) unidades
escolares em todo o estado, em torno de uma programação simultânea,
realizada durante todo o dia, que envolveu ações estruturais, interativas,
culturais e solidárias no ambiente escolar, somando mais de cinco (5) mil
atividades5.
5 As escolas conseguiram mobilizar seus parceiros e convidaram outros para participarem da
programação. Entre eles estiveram, em caráter voluntário, estudantes dos cursos de Enfermagem, Odontologia e Psicologia da Universidade do Estado do Pará (UEPA), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade da Amazônia, técnicos das Secretarias de Estado da Fazenda e de Saúde Pública, da Embrapa, Pro Paz, Hemopa, Conselhos Tutelares, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, igrejas, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Cruz Vermelha e Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA) (Fonte: Agência Pará, 2013). Veja diversas fotos e vídeos das comemorações em várias escolas no site do Pacto: www.pactopelaeducacao.pa.gov.br e também no site do Instituto Synergos: www.pactoeducacaopara.org.
A importância dos representantes de turma
Destaca-se na comunidade escolar o papel dos próprios alunos,
maiores beneficiários do Pacto. Eles devem ser atores centrais no
processo de mobilização.
Identificar lideranças (representantes de turma) e capacitá-los,
apoiá-los em sua organização, fornecer-lhes recursos necessários,
acompanhar e orientar sua atuação podem ser fatores cruciais para o
sucesso do Pacto na escola.
26
As reuniões ordinárias do Conselho Escolar / Equipe Gestora do Pacto
na Escola acontecem uma vez por mês, mas outras reuniões podem ser
convocadas por qualquer um de seus membros, a qualquer tempo. As reuniões
podem ser internas ou ampliadas, com a participação de convidados.
Os Conselhos Escolares / Equipes Gestoras do Pacto nas Escolas
deverão encaminhar para o Comitê Municipal um relatório trimestral com
informações e sugestões sobre o andamento do Pacto em sua escola.
Veja na Tabela 4 as informações resumidas sobre a Equipe Gestora do
Pacto na Escola.
O Dia do Pacto na Escola
Um importante instrumento de mobilização é o Dia do Pacto na
Escola, evento voltado para a criação de espaços de discussão-ação.
Discussão sobre o contexto escolar e as possíveis estratégias para
atingir os resultados do Pacto na escola, conjugada à ação organizada de
todos os interessados na melhoria das suas condições (infraestrutura,
embelezamento, gincanas, feiras de ciência, atividades culturais, dentre
outras).
O Dia do Pacto na Escola não pode se resumir a uma grande
festa. Ele deve ter como orientação básica a mobilização de todos em
função dos objetivos do Pacto.
Organização das reuniões
É fundamental que todas as reuniões sejam preparadas com
antecedência para que tenham foco e objetividade.
27
Tabela 4 – Equipe Gestora do Pacto na Escola: visão geral
Equipe Gestora do Pacto na Escola
Composição
(Governança):
Conselho escolar;
Representantes de turma.
Competências
(atribuições):
1) Articular as propostas do Pacto com o Plano Político
Pedagógico (PPP) da escola;
2) Acompanhar a execução das ações do PPP/ Pacto na
escola;
3) Identificar, buscar e articular recursos técnicos,
financeiros e humanos ao PPP/ Pacto na escola;
4) Mobilizar toda a comunidade escolar, em especial os
alunos, em função da melhoria dos resultados da escola;
5) Mobilizar e articular recursos locais que possam
contribuir para a melhoria dos resultados da escola.
Compromisso
de todos os
membros:
1) Reunir-se mensalmente;
2) Enviar um (1) relatório trimestral para o Comitê Municipal
com informações e sugestões sobre o andamento do
Pacto em sua escola;
3) Conhecer e discutir o diagnóstico da situação
educacional de sua escola;
4) Conhecer e discutir as estratégias e ações do Pacto
previstas para a sua escola, os projetos federais,
estaduais ou municipais e os programas de iniciativa
privada existentes;
5) A partir da mobilização da comunidade escolar
(professores, funcionários, profissionais de apoio, alunos,
familiares), atingir os demais públicos de interesse:
comunidade do entorno, igrejas, mídia, setor privado,
lideranças, famílias, e assim por diante.
28
4. Planejando as ações dos Comitês
O planejamento das ações é essencial para o funcionamento dos
Comitês e para o monitoramento dos resultados. Todos os Comitês deverão
elaborar um Plano de Trabalho básico para orientar sua atuação. Essa
elaboração deverá contar com a participação do maior número possível de
membros dos Comitês. A construção coletiva cria responsabilidades e
compromissos dos participantes com os objetivos perseguidos e com os
resultados que se pretende alcançar.
Para a elaboração do Plano de Trabalho é preciso considerar as
necessidades das áreas nas quais o Comitê irá atuar. Este Plano de Trabalho
deve estar orientado pelas definições constantes no Regimento Interno e pelo
Plano Estratégico do Pacto, visto que uma de suas principais funções é o
acompanhamento de suas ações e resultados. Devem ser previstas também
atividades voltadas para a identificação e a mobilização de novos recursos que
possam contribuir para o alcance dos resultados, bem como, para a articulação
de diferentes setores e atores.
Não é difícil encontrar planos de trabalho que enfoquem apenas
questões “burocráticas” como, por exemplo, o número de reuniões realizadas,
a descrição de tarefas, entre outras. Sugerimos que as grandes perguntas
norteadoras de todo o trabalho sejam:
o Para quê? Em que medida esta atividade está contribuindo para o
alcance dos resultados do Pacto?
o Para quem? Quais as pessoas ou instituições-chave a serem
envolvidas?
o Como? Qual a estratégia (possível) mais adequada e mais efetiva?
o Quem serão os responsáveis?
o Qual a ocasião e qual o local mais adequados ao público?
o Quais resultados efetivos foram ou precisam ser alcançados pelas
ações do Pacto?
29
Sabemos que a participação enfrenta alguns desafios. Contudo,
acreditamos no poder que ela possui, sobretudo no caso da mobilização para o
enfrentamento de problemas sociais.
4.1 Por onde começar?
O esforço em atuar de forma participativa requer especial atenção aos
seguintes aspectos:
1) Momentos de discussão: quando todos os membros do Comitê
participam, analisando, sugerindo e decidindo;
2) Momentos de sistematização: quando apenas um grupo menor de
trabalho atua, formalizando o que foi definido nos momentos de discussão;
3) Cuidados com a comunicação e com as relações interpessoais: é
importante criar um ambiente que favoreça a troca de informações, de
experiências e o respeito às opiniões. Para isso, os membros dos Comitês
devem adotar um padrão de comunicação e de relacionamento de comum
acordo entre todos. Isto significa: A) Utilizar uma linguagem clara e de fácil
compreensão; B) Adotar posturas que favoreçam a integração e a confiança
Desafios da participação
Promover a participação de diferentes atores não é tarefa
fácil. Integrar pessoas de variadas estruturas, instâncias e
segmentos, com interesses e conhecimentos diversos, é uma ação
que deve ser pensada, coordenada e mediada.
Se bem conduzidos, os resultados obtidos em processos
participativos podem permitir que as riquezas dos saberes e das
visões compartilhadas resultem em uma melhor compreensão da
realidade e na proposição de estratégias mais eficazes para o
enfrentamento das complexidades sociais.
Essa é uma tarefa dos Comitês.
30
“do” e “no” grupo. Afinal, esse é um espaço para a troca de saberes em prol da
melhoria da educação do Estado do Pará.
4.2 Organizando os trabalhos do Comitê
Durante o processo de organização das ações do Comitê é preciso
considerar:
o Qual a tarefa?
o O que as pessoas precisam saber sobre ela?
o Quem a fará?
o Quais os recursos necessários para que ela seja executada?
o Quando a tarefa deverá ser iniciada e quando deverá ser concluída?
o Quem será o responsável por coordenar, acompanhar e orientar o
andamento da tarefa?
o Como as pessoas serão informadas sobre esse andamento?
o Como será feita a apresentação dos resultados obtidos (convidados,
local, e demais aspectos de organização)?
4.3 A Comunicação e a Mobilização
Uma proposta intersetorial, intergovernamental e de parceria público-
privada demanda um grande esforço de mobilização e articulação. O Pacto
iniciou este processo com os profissionais da Secretaria de Estado de
Educação (SEDUC) que atuam em diferentes níveis e regiões geográficas,
ainda no ano de 2012. A partir deste público a mobilização foi expandida, como
um efeito onda, para os demais órgãos estaduais, municipais e para o governo
federal. A partir daí, a onda de mobilização foi direcionada para atingir o setor
privado, a sociedade civil, as universidades e os demais órgãos da sociedade.
Os componentes do Sistema de Governança do Pacto são responsáveis
por manter o processo de mobilização nos diversos níveis e com diferentes
atores. Este processo de mobilização não deve gerar apenas um conjunto de
boas intenções. Ele deve ser realizado em torno dos objetivos e metas do
31
Pacto e tem a função de agregar esforços às estratégias definidas no seu
Plano Estratégico.
O processo de mobilização deve acompanhar e reforçar todas as etapas
de execução do Pacto.
4.4 Estratégias de comunicação e mobilização
A seguir, apresentamos algumas sugestões para que os diferentes
componentes do Sistema de Governança (Comitê Estadual, Comitês
Regionais, Comitês Municipais e Equipes Gestoras do Pacto nas Escolas)
mobilizem e organizem apoios ao Pacto.
Muito importantes são também os eventos presenciais de divulgação do
Pacto e mobilização social. Estes eventos exigem cuidados especiais:
Identificar um local adequado ao número de participantes e solicitar o
empréstimo do local;
Convidar o maior número possível de pessoas – diretores de escolas,
professores, alunos, pais, representantes de instituições da sociedade civil,
religiosas, atores do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e
Plano de Comunicação
No campo da mobilização, é necessário desenhar um plano
de comunicação para atingir as famílias, as lideranças, as
comunidades e a sociedade em geral.
Devem ser identificados novos agentes mobilizadores, como
artistas, igrejas e mídia em geral, e definidas estratégias de
divulgação e mobilização em jornais, revistas, rádios, TVs, internet,
boletins informativos da comunidade, de instituições religiosas, de
associações e de empresas.
32
Adolescentes, dentre outros – por meio do boca a boca, de convites
formais, de cartazes do Pacto em escolas e em outros estabelecimentos,
etc., deixando claro o propósito do evento;
Providenciar os materiais e os equipamentos necessários: folder do Pacto
para distribuição, projetor e tela para apresentação, lista de adesões,
dentre outros;
Utilizar a apresentação oficial do Pacto, ressaltando os aspectos e as
ações que serão desenvolvidas e seus desdobramentos na e para as
escolas e os municípios;
Indicar claramente no evento os interesses e as expectativas do Comitê
com relação ao envolvimento e à participação dos presentes, motivando-
os;
Solicitar o preenchimento da lista de adesões, com todos os contatos para
futura localização (telefone, endereço, e-mail, local de trabalho, etc);
Formar, por indicação das pessoas presentes, e ainda durante a reunião,
grupos de apoio ao desenvolvimento do Pacto; e
Informar sobre a realização de outros encontros / eventos.
Diferentes focos de mobilização
Um importante foco de mobilização social para o Pacto são as
empresas. Os colaboradores das diferentes empresas sediadas na
região, e que vêm colaborando com o Pacto, são, em sua maioria,
pais ou responsáveis pelos alunos das escolas beneficiadas pelo
Pacto. Eventos de divulgação envolvendo estes colaboradores
podem ter um enorme poder de mobilização das famílias.
Por outro lado, a apresentação do Pacto em cerimônias
religiosas tem um extraordinário efeito mobilizador, demandando o
envolvimento de sacerdotes ou pastores e o fornecimento de
informações sistematizadas.
33
Durante todo o processo de mobilização, mas principalmente nos níveis
municipal e escolar, é fundamental incluir as famílias. Elas são o canal de
comunicação direta com as crianças, os adolescentes e os jovens, e podem
contribuir de maneira significativa para a melhoria do ensino na região.
E para fomentar ainda mais a articulação de ações, em 2014, além do
site governamental (www.pactopelaeducacao.pa.gov.br) está disponível para
os participantes do Pacto o site administrado pelo Instituto Synergos:
www.pactoeducacaopara.org. O propósito deste site é servir como um
ambiente interativo para discussão de ideias e troca de experiências. Nele há
todas as informações necessárias para o funcionamento dos Comitês, incluindo
um espaço exclusivo para os Comitês Regionais, além do acesso a materiais
por meio de download gratuito. É só cadastrar-se para participar das
discussões e grupos.
Como as famílias podem ajudar as crianças, os adolescentes e
os jovens?
Conhecendo seus professores e demonstrando interesse em
saber como está seu aprendizado;
Verificando se são cumpridos os 200 dias letivos anuais;
Não deixando que faltem às aulas;
Garantindo que tenham um horário e uma rotina para o
estudo;
Ajudando-os a criarem o hábito da leitura.
34
5. Sites para consulta
http://familiaeducadora.blogspot.com (Equipe de Mobilização Social pela
Educação / Ministério da Educação)
http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/
http://www.educarparacrescer.abril.com.br
http://www.ibge.gov.br
http://www.idesp.pa.gov.br
http://www.mec.gov.br
http://www.pactopelaeducacao.pa.gov.br
http://www.portalideb.com.br/escola/172492-marechal-1019031-escola-
municipal-pedro-cavalcanti/ideb?etapa=9&rede=municipal
http://www.qedu.org.br
http://www.seduc.pa.gov.br
http://www.seduc.pa.gov.br/portal/escola/consulta_matricula/RelatorioMatricula
s.php
http://www.todospelaeducacao.org.br
6. Contatos
www.pactopelaeducacao.pa.gov.br
www.pactoeducacaopara.org
Equipe Synergos
Coordenação: Wanda Engel. Equipe: Daniel Domagala, Alessandra Caldeira, Rosária Souza e Rosane Santiago.
Revisão: Paula Caldeira.
35
7. Grupo de Parceiros Estratégicos do Pacto pela
Educação do Pará (GPEP)
Coordenação, apoio técnico e financeiro:
Patrocinadores:
Participação na governança:
Apoio técnico e financeiro:
Apoio técnico:
Visite:
www.pactopelaeducacao.pa.gov.br
www.pactoeducacaopara.org