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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino - LTDA. Faculdade Sete de Setembro FASETE Curso de Bacharelado em Administração Marcelo Magno Espíndola de Melo ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL ERP EGESTOR NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE COMPETITIVIDADE: Um Estudo de Caso com Clientes da Empresa Zipline Paulo Afonso BA Novembro / 2011

SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

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Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Administração da Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como requisito para para obtenção do Título de Bacharel em Administração, sob a orientação da Professora Esp. Poliana Rodrigues Pionório Freire, e tendo como co-orientador o Professor Mestrando Jean Carlos Teixeira de Araújo.

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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino - LTDA.

Faculdade Sete de Setembro – FASETE

Curso de Bacharelado em Administração

Marcelo Magno Espíndola de Melo

ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

ERP EGESTOR NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM

NUVEM COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE

COMPETITIVIDADE:

Um Estudo de Caso com Clientes da Empresa Zipline

Paulo Afonso – BA

Novembro / 2011

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Marcelo Magno Espíndola de Melo

ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

ERP EGESTOR NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM

NUVEM COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE

COMPETITIVIDADE:

Um Estudo de Caso com Clientes da Empresa Zipline

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado

em Administração da Faculdade Sete de

Setembro – FASETE, como requisito para para

obtenção do Título de Bacharel em

Administração, sob a orientação da Professora

Esp. Poliana Rodrigues Pionório Freire, e

tendo como co-orientador o Professor Mestrando

Jean Carlos Teixeira de Araújo.

Paulo Afonso – BA

Novembro / 2011

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MARCELO MAGNO ESPÍNDOLA DE MELO

ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

ERP EGESTOR NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM

NUVEM COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE

COMPETITIVIDADE:

Um Estudo de Caso com Clientes da Empresa Zipline

Monografia submetida ao corpo docente da Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como

parte dos requisitos necessários à obtenção da Graduação no Curso de Bacharelado em

Administração.

Aprovada em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Poliana Rodrigues Pionório Freire

_________________________________________________

Nome Completo

_________________________________________________

Nome Completo

Paulo Afonso – BA

Novembro / 2011

Page 4: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois em sua infinita

sabedoria e mão forte me guiou para que eu continuasse este

trabalho e não desistisse de lutar em busca dos meus sonhos e

objetivos. Também dedico a minha querida Mãe que, mesmo

timidamente sempre me apoiou.

Page 5: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar força e coragem para não desistir nos

momentos de angústia, sofrimento e desespero me ajudando a superar todas essas dificuldades

e ter me presenteado com uma das mais belas bênçãos que um homem pode ter, uma

verdadeira mulher em que posso confiar. Pois Deus é misericordioso e bondoso. Grandes

Bênçãos ele concede aos seus filhos quando eles creem que é do Pai que tudo provê.

Por isso que agradeço a Deus pelo meu precioso amor, minha namorada Ilma

Cordeiro, que me ajudou a superar a minha solidão e fez crescer em mim motivos para

acreditar novamente no amor, assim esta mulher merece o mérito da minha conquista. QUE

DEUS NOS ABENÇOE E O SEU PLANO SEJA CUMPRINDO EM NOSSAS VIDAS EM

NOME DE JESUS AMÉM.

Agradeço também a minha orientadora Poliana Rodrigues que mesmo inicialmente

relutou em me apoiar por causa da temática da monografia, mas quando ela a conheceu

melhor e do que se tratava o tema da pesquisa, me apoio incondicionalmente apontando quase

todos os caminhos em que eu deveria trilhar para concluí-la a tempo e com qualidade. Assim

tenho certeza que sem esse apoio seria quase impossível de realizá-lo.

Agradeço também ao meu co-orientador Jean Carlos que com sabedoria e seus

conhecimento na área de sistemas de informação soube me guiar por meios que pudessem

concretizar essa monografia e sem ele seria mais difícil termina-la.

Agradeço a Zipline na pessoa do senhor Deivison Alves administrador e sócio da

empresa que permitiu que a pesquisa fosse aplicada aos seus clientes e respondeu a todos os

meus questionamentos sem hesitação contribuindo enormemente a pesquisa e

consequentemente a confecção deste trabalho.

Page 6: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

"Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar

meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a

eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos.”

Sun Tzu

Page 7: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

MELO, Marcelo Magno Espíndola de. Análise do Sistema de Informação Gerencial ERP e Gestor no

Modelo de Computação em Nuvem como Ferramenta Estratégica de Competitividade: Um estudo de caso

com os clientes da empresa Zipline. 2011. 117f. Monografia (Curso de Bacharelado em Administração)

Faculdade Sete de Setembro, FASETE. Paulo Afonso-BA.

RESUMO

A computação em nuvem vai muito além da simples eficiência no uso de recursos

empresariais, para a IBM (2011) este modelo é apenas uma das formas de tornar o consumo

dos recursos naturais do planeta mais inteligente. O objetivo deste trabalho foi avaliar e

analisar a existência das vantagens obtidas pela computação em nuvem e do software como

serviço divulgado pelos meios de comunicação. Para cumprir com este objetivo foi necessário

uma pesquisa bibliográfica que na sua grande maioria se resumiu a artigos e monografias da

disciplina de Sistemas de Informação, que também pela sua dificuldade em ser encontrados

foram localizados somente na Internet. Como não foram encontrados artigos ou monografias

publicadas na área de Administração que relatasse sob o ponto de vista das empresas a

opinião delas e experiência sobre esse novo modelo de computação, tornou esta monografia

inovadora e pioneira. Outro ponto fundamental para o trabalho, foi a pesquisa realizada aos

clientes do eGestor do tipo quantitativa e a entrevista e questionário qualitativos aplicados ao

administrador da empresa desenvolvedora desse software, a Zipline que, sobremaneira

puderam esclarecer ao autor as indagações da pesquisa e sobre a computação em nuvem que

não é uma única tecnologia, mas um conjunto de tecnologias empacotadas com o objetivo de

entregar os recursos computacionais no formato de serviços através de assinaturas ao invés da

compra de ativos tecnológicos ou licenças de software. Assim, conclui-se que a computação

em nuvem é uma nova forma de consumir recursos de tecnologia de informação que

potencializa as empresas se abster de gerenciar sua própria infraestrutura de hardware na qual

exige alto nível de complexidade e procedimentos que nem sempre elas possuem capacidade

financeira e de conhecimento para gerenciar com qualidade esses recursos. A computação em

nuvem permite as empresas transferir essa complexidade de gerenciamento a terceiros que

possuem mais capacidade em conhecimento para fornecer esses recursos de computação com

mais qualidade e garantias de confiabilidade e segurança com até menos custos totais de

propriedade.

Palavras-chave: ERP, eGestor, Computação em Nuvem, Estratégia.

Page 8: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Melo, Marcelo Magno of Espindola. Analysis of the Management Information System and ERP Manager at

Model Cloud Computing as a Strategic Tool for Competitiveness: A case study with the company's

customers Zipline. 2011. 117f. Monograph (Course of Bachelor in Business Administration) Faculty of Seven in

September, FASETE. Paulo Afonso, Bahia.

ABSTRACT

Cloud computing goes far beyond simple efficiency in the use of company resources

for IBM (2011) this model is only one way to make the consumption of natural resources of

the planet smarter. The objective of this study was to evaluate and analyze the existence of the

advantages obtained by cloud computing and software as a service published by the media. To

achieve this goal it was necessary to a literature that mostly boils down to articles and

monographs in the discipline of Information Systems, which also by their inability to be

found were located only on the Internet. As there were found articles or papers published in

the Administration area to report on from the point of view of businesses their opinions and

experience on this new computing model, has made this innovative and pioneering

monograph. Another key point for the work was to survey customers eGestor type of

quantitative and qualitative interview and a questionnaire applied to the administrator of this

software development company, the Zipline that could greatly clarify the questions of the

author on the research and computing cloud that is not a single technology but a set of

technologies bundled with the goal of delivering computing resources in the form of services

through subscriptions instead of buying assets or technology software licenses. Thus, we

conclude that cloud computing is a new way to consume resources that leverages information

technology companies to refrain from managing their own hardware infrastructure on which

demands a high level of complexity and procedures that they do not always have the financial

capacity and knowledge to manage these resources with quality. Cloud computing allows

companies to transfer the management complexity to others who have more knowledge

capacity to provide these computing resources with more quality and guaranteed reliability

and security with even less total cost of ownership.

Keywords: ERP, eGestor, Cloud Computing, Strategy.

Page 9: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - O modelo de computação baseado em mainframes ................................................ 28

Figura 2 - O modelo cliente/servidor de duas camadas. .......................................................... 30

Figura 3 - O modelo cliente/servidor com desenvolvimento em três camadas ....................... 32

Figura 4 - O modelo de desenvolvimento de aplicações quatro ou mais camadas ................. 33

Figura 5 - As conexões e mobilidade do modelo de computação em nuvem ......................... 39

Figura 6 - Sistemas Integrados. ............................................................................................... 52

Quadro 1 - Nível em escala de concordância de benefícios das quais na percepção das

empresas conseguiram desenvolver ao delegar a Zipline (desenvolvedora do

eGestor) a responsabilidade de gerenciar os recursos de software e de

hardware ................................................................................................................ 78

Page 10: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Níveis de Alta Disponibilidade .............................................................................. 74

Tabela 2 – Classificação da Disponibilidade ........................................................................... 75

Page 11: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Contribuição do eGestor para a colaboração entre os funcionários e os

departamentos/setores das empresas...................................................................... 69

Gráfico 2 – Nível de frequência com que gerentes e funcionários acessam as

informações da empresa através do eGestor em tablets, smartphomes,

netbooks e/ou notebooks usando acesso móvel a internet. .................................... 70

Gráfico 3 – Área/setor na qual o eGestor tem contribuído significativamente nas

empresas por disponibilizar as informações on-line .............................................. 71

Gráfico 4 – Frequência percebida de falha do eGestor pelas empresas que o utilizam........... 73

Gráfico 5 – Quantitativo de empresas que utilizaram anteriormente outro software ERP

que não adotava o mesmo modelo do eGestor ...................................................... 76

Gráfico 6 – Nível de percepção na relação custo-benefício na comparação em utilizar

uma solução diferente do modelo do software como serviço com o do

eGestor ................................................................................................................... 77

Gráfico 7 – Porcentagem em pontos obtidos na escala de concordância de benefícios

das quais na percepção das empresas conseguiram desenvolver ao delegar a

Zipline a responsabilidade de gerenciar os recursos de software e de

hardware ................................................................................................................ 79

Gráfico 8 – Nível de satisfação dos clientes do eGestor pelos benefícios propostos pelo

modelo de acesso via internet ................................................................................ 80

Gráfico 9 – Motivo principal e determinante com que as empresas adotaram o eGestor

como sua ferramenta ERP ..................................................................................... 81

Gráfico 10 – Recursos e ferramentas que na opinião das empresas clientes do eGestor

estão ausentes na ferramenta na qual seria essencial a elas. .................................. 82

Page 12: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ASP – (Application Service Provider, Provedor de Serviços de Aplicações)

CEO – (Chief ExecutiveOfficer – Diretor Geral, Presidente da Comissão

Executiva ou Presidente Executivo)

CIO – (Chief Information Officer – Diretor da Tecnologia da Informação)

CRM – (Customer Relationship Management: Gestão de Relacionamento com Clientes.)

ERP – (Enterprise Resource Planning, sistema de planejamento de recursos empresariais

também mais conhecido no Brasil como sistema integrado de gestão)

SIG – Sistema de Informa Gerencial

TCO – (Total Cost Ownership, Custo Total de propriedade)

TI – Tecnologia da Informação

Page 13: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15

1.1 Considerações Iniciais ........................................................................................... 16

1.2 Definição do Problema .......................................................................................... 18

1.3 Objetivos ................................................................................................................. 19

1.3.1 Geral ............................................................................................................ 19

1.3.2 Específicos .................................................................................................... 19

1.4 Justificativa ............................................................................................................. 20

1.5 Estrutura do Trabalho .......................................................................................... 21

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 22

2.1 Empresa Digital, Estratégia e a competitividade ................................................ 22

2.2 Evolução histórica dos modelos de computação ................................................. 27

2.2.1 Modelo de aplicação em duas camadas ....................................................... 29

2.2.2 Modelo de aplicação em três camadas ........................................................ 31

2.2.3 Modelo de aplicação em quatro camadas ................................................... 32

2.3 Computação em nuvem ......................................................................................... 34

2.3.1 Benefícios e a entrega de valor da computação em nuvem ......................... 43

2.3.2 Vantagens ..................................................................................................... 45

2.3.3 Características dos serviços de computação em nuvem e suas

categorias ..................................................................................................................... 48

2.3.4 Software como Serviço ................................................................................. 51

2.3.4.1 ERP (Enterprise Resource Planning) ...................................................... 52

2.3.4.2 O eGestor................................................................................................. 53

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ................................................................................ 55

3.1 Universo e Amostra ................................................................................................ 56

3.2 Tipos e técnicas de pesquisa .................................................................................. 57

3.2.1 Pesquisa Bibliográfica ................................................................................. 58

3.2.2 Pesquisa de campo ....................................................................................... 58

3.3 Instrumento de Coleta de Dados .......................................................................... 59

3.3.1 Questionário ................................................................................................. 59

3.3.2 Entrevista ..................................................................................................... 61

3.4 Análise e Tratamento dos Dados .......................................................................... 62

3.5 Aplicação da Pesquisa ............................................................................................ 62

CAPÍTULO IV ......................................................................................................................... 64

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................. 64

4.1 Análise da entrevista realizada ao gestor da Empresa ....................................... 64

4.2 Análise dos questionários aplicados aos clientes do eGestor ............................. 69

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 84

5.1 Conclusão ................................................................................................................ 85

Page 14: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

5.2 Limitações e dificuldades da pesquisa .................................................................. 87

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 89

GLOSSÁRIO .......................................................................................................................... 94

APÊNDICE ............................................................................................................................. 95

Apêndice A ..................................................................................................................... 95

Apêndice B ..................................................................................................................... 96

ANEXOS ................................................................................................................................. 99

Anexo A - Imagens Internas do SIG eGESTOR ........................................................ 99

Anexo B - Contrato de Concessão de Uso de Software eGESTOR ......................... 102

Page 15: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

Page 16: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

15

1 INTRODUÇÃO

O mundo está vivendo uma das maiores transformações nunca antes vista e somente

comparada à revolução industrial, a transformação das economias industriais em economias

de serviço, com isto a economia passa a ser alicerçada na informação (TAURION, 2009). Os

dados e informações geradas pelas operações comuns nas empresas devem ser utilizados

estrategicamente para alcançar os seus objetivos e metas, pois são dela que depende a

qualidade das decisões tomada por seus dirigentes, a fim de cumprir o seu planejamento.

A empresa deve ter consciência de que a informação é um requisito tão

importante quanto os recursos humanos, pois é dela que depende o sucesso

ou o fracasso das decisões tomadas por seus responsáveis e também por

todos os seus colaboradores. A informação é, por conseguinte, um elemento

primordial nas organizações, que torna possível estabelecer as condições

necessárias para atingir seus objetivos e aumentar sua competitividade.

(MORAES, TERENCE e FILHO, 2004, p. 30)

Dessa forma as empresas devem investir para que a informação seja distribuída

rapidamente por ela com qualidade e preferencialmente por sistemas automatizados que

gerem essas informações a partir dos dados existentes no seu banco que são originados

naturalmente pelos seus processos de negócio.

Contudo há uma pressão forte para que as empresas busquem se tornar cada vez mais

competitivas neste cenário mundial de concorrência onde não há mais fronteiras geográficas

que barrem esta competição global. Assim, é de fundamental importância que as empresas se

adequem com mais rapidez a essas mudanças e isso só é possível quando elas usam cada vez

mais nos seus processos de negócio a tecnologia como meio de atingir metas empresariais,

tornando-se empresas digitais. Não só as empresas estão se transformando, mas as pessoas já

estão caminhando para uma sociedade digital que tem por base o uso intensivo e maximizado

da tecnologia em todo o cotidiano. E quem atualmente aposta nesta realidade segundo

Taurion (2009) é a IBM, apoiando o uso massivo da Tecnologia da Informação para gerenciar

e automatizar cada vez mais o cotidiano da sociedade, a fim de usar com mais inteligência e

eficiência os recursos naturais, energéticos, minerais e entre outros que são vitais as pessoas e

empresas.

Page 17: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 16

1.1 Considerações Iniciais

A tecnologia atualmente como um todo evolui rapidamente e com ela novos conceitos,

modelos e estereótipos computacionais são reformulados ou deixados para trás para dar lugar

a novos.

Os primeiros computadores surgiram basicamente com a função de calcular com

precisão e com velocidade as complexas fórmulas matemáticas. Com os avanços

tecnológicos, novas funções puderam ser acrescentadas aos computadores, sendo assim eles

ganham espaços nas empresas com a função de análise de dados auxiliando-as nos seus

diversos e complexos processos do gerenciamento da informação.

Com o passar dos anos a capacidade dos computadores aumentam tanto em

processamento como em armazenamento, então outros processos das empresas, bem como

empresas menores começaram a se beneficiar cada vez mais da tecnologia da informação.

Contudo o custo de se manter um bom sistema em funcionamento é alto e exige

pessoal habilitado para administrar a infraestrutura tecnológica com o objetivo de manter a

confiabilidade e a segurança, mantendo a disponibilidade, integridade e a confidencialidade

dos dados e informações. A empresa acaba se desviando do seu core business ou core

competence (núcleo empresarial ou modelo de negócio) e dando a atenção em demasia à

tecnologia, esquecendo-se de sua missão. Essa é uma das características do modelo

convencional de aquisição de software e hardware, onde o comum é as empresas se

preocuparem sozinhas ou através de alguma consultoria e comprarem todo o hardware

necessário, bem como as licenças de software. Battisti (2004) afirma que para se manter um

computador em rede gira algo em torno de US$ 10.000 (dez mil dólares) anuais como custo

total de propriedade. Com este elevado custo torna-se impossível para muitas empresas

manter os seus recursos computacionais modernos e de ponta, pois a obsolescência no

mercado tecnológico ocorre numa velocidade altíssima exigindo atualizações constantes de

hardware e software e sem falar nas mudanças constantes determinadas pelos órgãos

governamentais de fiscalização tributária, exigindo atualizações constantes dos sistemas

gerenciais.

Quando um modelo computacional apresenta problemas, então surgem novos

modelos. A computação nas nuvens é um novo modelo de como as empresas adquirem

hardware e software, também chamado de recursos computacionais, onde são absolutamente

Page 18: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 17

necessários à automatização de seus processos gerenciais. O principio desse modelo é uma

nova abordagem de aquisição desses componentes de tecnologia que ao invés da compra de

licenças de software e de equipamentos próprios agora podem ser adquiridos como serviço

prestados por terceiros.

A Intel (2010)1 afirma que essa tendência provocará uma grande mudança no cenário

mundial na área de Tecnologia da Informação nas empresas, pois no antigo modelo de venda

de licenças será ultrapassado para um novo modelo baseado na oferta de serviços. Esta

tendência é a mesma que está transformando a economia de muitos países de potências

industriais para economias baseada em serviços. Atualmente 70% do mix da economia dos

Estados Unidos são formados por serviços e os 30% por produtos (KOTLER e KELLER,

2006).

O administrador ou a gerência não deve necessariamente se atentar em todos os

detalhes das tecnologias com as suas técnicas e procedimentos. Isto é responsabilidade do

pessoal especializado ou do departamento especifico de tecnologia, entretanto eles devem ter

certo conhecimento razoável, não necessariamente demasiadamente técnico nesta área, pois

em geral, é deles a responsabilidade de definir as políticas da empresa e pertence a eles a

decisão em muitos casos do total a ser investido em tecnologia da informação, bem como o

poder de decisão em quais sistemas adotar. Para o administrador implica analisar

minuciosamente essas novas tendências tecnológicas se são ou não viáveis para a empresa

estudada. Numa discussão sobre infraestrutura de TI e desafios para a administração, os

autores Laudon e Laudon (2004, p. 184) confirmam essa teoria:

Embora os gerentes e os administradores não precisem ser especialistas em

tecnologia de computador, devem ter um conhecimento básico dos papéis do

hardware na infraestrutura da Tecnologia da Informação (TI) da empresa

para poder tomar decisões tecnológicas que promovam o desempenho e a

produtividade organizacionais.

Este trabalho monográfico tem como proposta analisar, através de um estudo de caso,

o sistema de informação gerencial eGestor, desenvolvido no modelo de computação em

nuvem, que altera a forma tradicional de aquisição de hardware e software, sobretudo

1 CURSO DE SOFTWARE AS A SERVICE. Next Generation Center. INTEL, 17 de maio de 2010. Disponível

em: <http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/Software_as_a_Service.aspx>. Acesso em: 16 de maio

de 2010.

Page 19: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 18

discutindo a relação de competitividade que as empresas obterão ao adotar o software ERP da

empresa Zipline.

1.2 Definição do Problema

A computação em nuvem ainda é um termo sem uma definição clara o suficiente para

muitos CIO (Chief Information Officer – Diretor da Tecnologia da Informação) até pouco

tempo ainda era considerado apenas um modismo passageiro. Ainda existem muitos receios e

perguntas a serem respondidas em relação aos benefícios reais que as empresas poderão ter na

adoção desse modelo de computação. É tanto que a Intel afirma que:

Atualmente, o conceito de cloud Computing é o centro de muitos debates e

discussões, e vem despertando o interesse de analistas, pesquisadores,

profissionais e empresários do setor de tecnologia. Porém, essa curiosidade

quanto ao tema ainda não se traduz em um entusiasmo significativo por parte

dos usuários corporativos, ou seja, em uma súbita empolgação que os levem

a simplesmente querer abraçar essa nova tendência em suas organizações

sem maiores questionamentos. Essa resistência é reforçada pelo fato da

definição sobre a Computação em Nuvem ainda não estar totalmente clara

para muitos profissionais da área. (INTEL, 2010, p. 13)2

Isso é causado também pelo fato que são poucos os artigos, livros, publicações e

monografias relativas a esse tema e os que já foram publicados apenas uma visão relacionada

ao curso de sistemas de informação que não corresponde com as expectativas para o mundo

empresarial com este relevante assunto. Tanto é que a Intel (2010)3 ainda afirma que com a

incerteza sobre a segurança da informação que os serviços oferecidos neste modelo possuem e

quais seriam os reais benefícios que o modelo é capaz de trazer como vantagem competitiva

às empresas, contudo ainda somado a cultura de muitos profissionais da área de Tecnologia da

Informação que tentam centralizar neles próprios ou no seu departamento o foco no controle

todas as operações dos sistemas. Torna-se esses os grandes obstáculos a serem vencidos pelas

empresas desenvolvedoras de soluções com base no modelo de computação em nuvem.

2 CURSO DE CLOUD COMPUTING. Next Generation Center. INTEL, 16 de maio de 2010. Disponível em:

<http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/Cloud_Computing.aspx?PageID=1>. Acesso em: 06 de

maio de 2010. 3 CURSO DE CLOUD COMPUTING. Next Generation Center. INTEL, 16 de maio de 2010. Disponível em:

<http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/Cloud_Computing.aspx?PageID=1>. Acesso em: 06 de

maio de 2010.

Page 20: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 19

Portanto, que seja possível para as empresas investir com mais confiança, segurança e

menos riscos financeiros, bem como saber adequar suas estratégias e planos de investimento

alinhados com esse modelo de computação há necessidade de mais estudos que possam trazer

uma luz sob o ponto de vista delas em relação à computação em nuvem e seus benefícios. Por

isto que este trabalho monográfico responderá a seguinte pergunta: O sistema de informação

gerencial ERP eGestor desenvolvido no modelo de computação em nuvem é uma ferramenta

estratégica que implementa nas empresas que o adotam no uso de seus processos gerencias

uma vantagem competitiva?

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Confirmar se há as mesmas vantagens competitivas pelo ponto de vista estratégico

tanto na adoção do ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistema de Planejamento de

Recursos Empresariais) eGestor quanto às quais se encontram defendidas na teoria do modelo

de desenvolvimento e entrega de recursos computacionais, o software como serviço que faz

parte do modelo de computação em nuvem.

1.3.2 Específicos

Evidenciar as aplicabilidades práticas já em uso da computação em nuvem pelo

eGestor;

Verificar a percepção dos clientes do eGestor em relação a satisfação aos benefícios

propostos por este software;

Analisar as vantagens de competitividade que as empresas possuem ao adotar o

eGestor;

Estudar a proposta do diferencial ERP eGestor sob o ponto de vista da empresa

desenvolvedora.

Page 21: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 20

1.4 Justificativa

A computação em nuvem é um termo extremamente novo a tal ponto que nem sua

definição está plenamente aceita. Este termo surgiu, segundo Taurion (2009), numa palestra

em 2006 quando o então presidente do Google (Eric Schmidt) o citou ao demonstrar como a

empresa gerenciava seus datas centers4. Só que o termo foi ganhando força e até grandes

empresas já começaram a trabalhar em direção a esse modelo. Segundo Santos (2009)

Google, Amazon, Microsoft e IBM, foram em 2009 às maiores corporações que investiram

neste modelo de computação.

Contudo as pessoas já estão envolvidas neste modelo de computação baseado em

serviços há muito tempo e sem possuírem a noção disso, quando acessam o e-mail via web até

mesmo alguns usam como backup de arquivos pequenos de grande importância, quando

acessam os álbuns de outras pessoas no Orkut ou no Facebook, quando colocam as suas

informações profissionais na rede social LinkDin, assistem vídeos do YouTube. As pessoas

estão acessando informações compartilhadas sem a necessidade de instalar mais software nos

seus computadores e fora que muitas delas estão acessíveis em outros terminais como

celulares, smartphones, tablets, notebooks e netbooks com sincronização em tempo real.

Como a computação em nuvem já está em volta das pessoas isto revela e traz a importância

do tema proposto para a vida cotidiana e ainda pelo título deste trabalho acadêmico é possível

perceber a importância dele para o mundo empresarial.

Desta maneira que este trabalho irá contribuir de forma inovadora em busca da análise

deste modelo de computação sob o ponto de vista da administração estratégica, pois muitas

questões ainda precisam ser respondidas em relação principalmente à existência de reais

benefícios defendidos pela literatura referente a este assunto.

4 Data center: É um repositório para armazenamento, gestão e disseminação de dados e informação organizada

em torno de uma área particular ou corpo de conhecimento. Um data center também poderá ser um equipamento

especial que aloja sites da Internet e providencia serviço de dados para outras companhias. Este tipo de data

centers pode conter um centro de operações em rede, que é uma área restrita que contém sistemas automatizados

que, constantemente monitorizam a atividade dor servidor, trafico web e a performance do desempenho da

rede. (Disponível em: < http://www.gesbanha.pt/novatec/data_center.htm>. Acesso em: 24 de outubro de 2011)

Page 22: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Introdução 21

1.5 Estrutura do Trabalho

Os parágrafos a seguir serão apresentados brevemente o conteúdo de cada capítulo

desta pesquisa de campo, incluindo este introdutório. Esta monografia está estrutura em 5

capítulos:

A Introdução descreve a definição do problema, a definição do objetivo geral e dos

específicos, justificativa e a estrutura do trabalho.

O Referencial Teórico apresenta revisão da literatura, que está baseado em

pesquisa bibliográfica sobre a temática, através de consulta em livros específicos sobre o tema

estudado e sites especializados.

No Aspecto Metodológico, serão apresentados os procedimentos metodológicos

utilizados na realização da pesquisa para a coleta de dados.

Na Apresentação e Análise dos Resultados, descreve as informações sobre a IES,

em seguida, análise dos resultados da pesquisa e o cruzamento dos dados, de acordo com os

dados obtidos através do questionário aplicado.

O ultimo capítulo, Considerações Finais, refere-se à conclusão do trabalho e

apresentando as limitações do estudo.

Por fim, os elementos pós-textuais: referências bibliográficas, onde consta o material

pesquisado ao longo da realização da pesquisa de campo, anexos e apêndices.

Page 23: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

CAPÍTULO II

REFERENCIAL TEÓRICO

Page 24: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

22

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo tem por objetivo um estudo mais detalhado do tema proposto, com a

finalidade de fornecer o embasamento teórico que contribua para uma análise mais detalhada

sobre o tema.

2.1 Empresa Digital, Estratégia e a competitividade

As primeiras corporações que implementaram o conceito de empresas digitais

começaram a surgir desde da metade do anos 90 e para que isso seja alcançado é necessário

uma remodelagem organizacional onde se inclua o uso maximizado da Tecnologia da

Informação em todos os processos de negócios. Para Laudon e Laudon, (2004, p. 6) “referem-

se aos métodos exclusivos segundo os quais o trabalho é organizado, coordenado e focado

para produzir um produto ou serviço de valor”, isto é, são os métodos e os meios de trabalho

que as empresas possuem para a consecução dos seus objetivos. Para os mesmos autores,

Sistemas de Informações têm por definição técnica “Um conjunto de componentes inter-

relacionados que coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas

a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização”. Os sistemas

de informação possuem papel fundamental no auxílio da gestão de negócios e em alguns

casos, como do comércio eletrônico, o próprio negócio ou ao dos bancos onde não seriam

possíveis realizarem transações financeiras com rapidez a custos baixos de forma tão

massificada.

A principal diferença entre uma empresa considerada tradicional de uma digital é a

dependência quase total da TI, portanto não servindo apenas como uma mera ferramenta, mas

parte integrante fundamental ao núcleo do negócio da empresa. Para Campos Filho5 (citado

por MORAES, TERENCE e FILHO, 2004, p. 32) Tecnologia da informação ou simplesmente

TI é:

De um modo mais amplo, pode-se afirmar que a Tecnologia da Informação

refere-se a um conjunto de hardware e software que tem, como função, o

processamento das informações, que implica coletar, transmitir, estocar,

recuperar, manipular e exibir dados, tarefas que podem estar incluídas em

5 CAMPOS FILHO, M. P. (1994) Os sistemas de informação e as modernas tendências da tecnologia e dos

negócios. Revista de Administração de Empresas, n.6, v.34, p.33-45, nov./dez.

Page 25: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 23

microcomputadores, conectados a redes ou não, mainframes, scanners

(leitoras) de códigos de barra, estações de trabalho, softwares como planilhas

eletrônicas ou banco de dados, além de outros

No final da década de 90 com o uso cada vez mais intenso da Internet e com o

surgimento das primeiras empresas conhecidas como “ponto.com” que se tornou vital investir

em TI para que as empresas permanecessem não apenas competitiva, mas para sobreviver no

mercado. A TI sempre teve um papel importante na implantação da estratégia competitiva, e

por estratégia entende-se:

Estratégia é o conjunto de decisões coerentes, unificadoras e integradoras

que determina e revela a vontade da organização em termos de objetivos de

longo prazo, programa de ações e prioridade na pretensão de recursos. (HAX

E MAJLUF6, citado por NICOLAU, 2001, p. 6).

A estratégia, portanto é um conjunto de ações que seguem um planejamento lógico

através do uso de recursos e ferramentas disponíveis com objetivo de atingir determinada

posição. Quando uma empresa está determinada a alcançar seus objetivos de longo prazo

orientados pela sua visão desejando ser considerada competitiva, ela deve para isso ser capaz

de gerar valor ao negócio tanto para clientes quanto para os acionistas. Para Hitt, Ireland, e

Hoskisson (2005, p. 5):

A competitividade estratégica é alcançada quando uma empresa é bem-

sucedida na formulação e implementação de uma estratégia que gere valor.

Quando esta firma implementa a referida estratégia que outras não

conseguem reproduzir ou acreditam que seja muito dispendioso imitá-la, ela

terá, então, obtido uma vantagem competitiva sustentável (doravante

denominada simplesmente de vantagem competitiva).[...] Mesmo que uma

empresa alcance uma vantagem competitiva, via de regra, ela poderá

sustentá-la apenas por um determinado período.

Para a Intel (2011)7 a motivação principal para o investimento em TI é busca

incessante de vantagens competitivas. Para Torquato e Silva8 (citado por MORAES,

TERENCE e FILHO, 2004, p. 29):

6 HAX, A. C. e N. S. MAJLUF, 1988, “The concepto f strategy and strategy formation process”, Interfaces,

vol. 18, nº. 3, p. 99-109. 7 CURSO DE EMPRESA DIGITAL. Next Generation Center. INTEL, 27 de Abril de 2011a. Disponível em:

<http://www.nextgenerationcenter.com/detalle-curso/Empresa_Digital.aspx?PageID=1>. Acesso em: 27 de Abril

de 2011. 8 TORQUATO, P. R. G.; SILVA, G. P. (2000). Tecnologia e estratégia: uma abordagem analítica e prática. São

Paulo: Revista de Administração, v. 35, n.1, p.72-85, jan./mar.

Page 26: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 24

Ao esclarecerem a ligação entre tecnologia e estratégia, afirmam que, na

criação e renovação de vantagens competitivas, fatores necessários à

sobrevivência das empresas, a tecnologia surge como um elemento-chave na

busca de peculiaridades que as distingam favoravelmente de seus

concorrentes.

A princípio, o papel inicial objetivado pelos primeiros Sistemas de Informações

Gerenciais era a redução de custos através da automação e do aumento da eficiência dos

processos gerenciais. Quando isso se tornou generalizado, conforme a citação acima de Hitt,

Ireland, e Hoskisson, esses principais benefícios não eram mais suficientes para sustentar uma

vantagem competitiva, assim foi necessário calcar mais um degrau na evolução, na

diferenciação competitiva através da TI com os chamados sistemas de informações

estratégicos.

Contudo ainda com esses sistemas auxiliando a gestão a nível estratégico,

contribuindo nas tomadas de decisão e mesmo que as empresas adotem mudanças

organizacionais suficientes em todos os setores para aproveitar e extrair o máximo a vantagem

do uso desses sistemas, ainda assim não é o suficiente para sustentá-la em longo prazo. Para

Laudon e Laudon (2004, p. 74):

As vantagens competitivas conferidas por sistemas estratégicos não tem

necessariamente duração suficiente para assegurar lucratividade de longo

prazo. Como os concorrentes podem retaliar e copiar sistemas estratégicos,

nem sempre essas vantagens são sustentáveis. Mercados, expectativas dos

clientes e tecnologia mudam. [...] Por outro lado, é importante alinhar a

Tecnologia da Informação ao plano empresarial, aos processos de negócios

da empresa e aos planos empresariais estratégicos da gerência sênior. [...]

Por outro lado, todos esses planos, processos e estratégias da empresa podem

estar muito desatualizados ou ser incompatíveis com a tecnologia pretendida.

Nesses casos, os administradores precisarão mudar a organização para

adaptá-la à tecnologia, ou ajustar ambas à organização e à tecnologia para

conseguir o „ajuste‟ ótimo.

Para Costa9 (citado por INTEL, 2011a, p. 15) “Não basta apenas „alinhar‟ TI ao

negócio. É preciso evoluir para uma visão de TI integrada”, isto é, deverá haver em muitas

empresas uma ampliação de escopo para departamento da Tecnologia da Informação de um

mero setor técnico a uma evolução a nível estratégico integrado ao planejamento de negócio.

9 Letícia Costa, presidente da Booz Allen Hamilton do Brasil, engenheira de Produção pela Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo – USP.

Page 27: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 25

A TI é uma ferramenta que implanta vantagem competitiva, porém como foi visto

anteriormente, outras empresas a imitam facialmente, principalmente se ela for usada somente

para automação de processos de gestão já em uso. Ao alinhar TI ao negócio é necessário

mudanças organizacionais e se isto não houver haverá subutilização do recurso da tecnologia,

portanto é necessário uma evolução na abordagem e na visão de TI de automação para gestão

estratégica da informação, que tem por definição, segundo Lesca e Almeida10

(citado por

MORAES, TERENCE e FILHO, 2004 , p. 31), o uso da informação com fins estratégicos

para obter vantagem competitiva.

Para entender melhor como a vantagem competitiva torna-se um diferencial

importante e essencial em um mercado concorrido e quais os motivos de sua incessante busca

por parte das empresas que desejam inovar, é necessário entender que o núcleo da vantagem

competitiva é a contínua geração de valor. E por valor segundo Hitt, Ireland, e Hoskisson

(2005, p. 101) “É constituído pelas características e atributos de desempenho que as empresas

proporcionam sob a forma de bens ou serviços pelos quais o cliente está disposto a pagar”.

Para Kotler e Keller (2006, p. 141) “Uma proposta de valor consiste em todo um conjunto de

benefícios que a empresa promete entregar; é mais do que o posicionamento central da

oferta”. Isto é, propósitos de valor é a existência de motivos e razões pela quais ainda exista

demanda por parte dos consumidores ou clientes pelos produtos ou serviços da mesma.

Portanto a razão que uma empresa exista é se somente há por parte da mesma oferta de valor

no seu mercado de atuação e a busca de vantagens competitivas só existe se o mercado de

atuação existir empresas que concorrem entre si dispostos a buscar a reduzir tais vantagens

umas das outras, por outro lado se o mercado não é aquecido ou não há concorrentes, pouco

haverá necessidade de busca da vantagem competitiva e pouca inovação neste mercado.

O fato de que a busca incessante por vantagens competitivas se concentrarem muito na

inovação tecnológica e a busca por sistemas novos poderá afetar negativamente a empresa

digital em alguns casos. Pois certos números de pesquisas revelaram que para algumas

empresas de pequeno e médio porte gastam, segundo Taurion (2009), 70% do seu tempo

gerenciando os recursos de Tecnologia da Informação e outros 30% é que são dedicados ao

foco do negócio principal da empresa. Com isto é possível perceber uma das desvantagens em

trazer para si uma responsabilidade muito diferente do modelo negócio da empresa.

10 LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. (1994). Administração estratégica da informação. Revista de Administração.

São Paulo: v.29, n.3, p.66-75, jul./set.

Page 28: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 26

Para se manter competitiva e permanecer a gerar valor, ela deve buscar outros meios,

um deles é proporcionado justamente pela Tecnologia da Informação que é o enxugamento de

níveis hierárquicos da empresa com intuito de torná-las mais eficientes. Com a diminuição de

níveis gerenciais, as pessoas dos níveis mais baixos possuem maior autoridade para tomar

decisões, em consequência a empresa se torna mais rápida em acompanhar as mudanças nos

seus mercados de atuação e obviamente com isso mais competitivas, tudo graças aos avanços

notórios da Tecnologia da Informação nos últimos tempos.

Porém, mesmo que as empresas digitais sejam mais eficientes por causa da tecnologia

e com menos níveis hierárquicos, como foi citado anteriormente, ela poderá se afastar de sua

missão, dando atenção em demasia a uma área de maneira que não está gerando valor e em

consequência a empresa poderá se tornar lenta em acompanhar as novidades tecnológicas,

pois qualquer mudança geraria dispendiosas quantias em dinheiro. O ideal é ela se manter

concentrada em suas competências centrais, no seu “core bussiness”, as atividades fins da

empresa que geram receitas definidas no seu modelo de negócio, muitas para conseguir esse

efeito terceirizam setores não essenciais.

Mesmo assim, nenhuma vantagem competitiva dura para sempre, há sempre a

necessidade da evolução dos sistemas e novas abordagens são necessárias, métodos, modelos

podem surgir com inovações que podem gerar novas fontes de vantagem competitiva. A

evolução da tecnologia é contínua, não pára e evolui rapidamente.

A teoria mais próxima da realidade evolutiva da TI é a Lei de Moore. Gordon Moore

foi o fundador da Intel, empresa estadunidense de tecnologia, que em 19 de abril de 1965

publicou o seu estudo na revista de tecnologia Electronics Magazine:

[...] Ele comentava sobre o rápido ritmo da inovação tecnológica, com uma

predição sobre o crescimento da indústria de semicondutores que se

transformou quase em uma lenda. Sua predição permitiu a difusão da

tecnologia em todo o mundo, e foi confirmada com as rápidas mudanças

tecnológicas verificadas desde então. A Lei de Moore estabelece que a

densidade dos transistores nos circuitos integrados dobre a cada dois anos.

(INTEL, 2011a, p. 1)

Isto significa que o poder computacional (armazenamento, memória e processamento)

poderia dobrar a cada dois anos se mantendo com os mesmos custos, é um avanço muito

rápido e difícil de acompanhar. A capacidade computacional está muito relacionada às

possibilidades que podem ser dadas ao software, ao diminuir, por exemplo, os custos de

Page 29: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 27

armazenamento, novos sistemas de informação podem ser criados com tarefas que visam

guardar no banco de dados perfis individuais completos e detalhados do relacionamento com

os clientes e com maior poder de processamento os sistemas de informação poderão ter

relatórios analíticos mais complexos como curvas ABC11

, data mining12

e data warehouse13

.

Portanto quem possuir um modelo de computação no qual pode alterar os recursos de TI ao

menor custo sairá na frente na corrida na busca da vantagem competitiva.

O questionamento agora se resume ao próprio modelo de desenvolvimento e aquisição

dessas tecnologias os colocando em evidência. O entendimento atual para muitas empresas e

adotado por muitos software é trazer para a empresa contratante essa carga e em conjunto esta

responsabilidade, que poderá acarretar numa responsabilidade maior que a imaginada trazida

pela complexidade demandada pela gestão em TI. O gerenciamento de uma infraestrutura de

TI necessita de um departamento muito aquém de um nível estratégico muito mais técnico e

voltado à gestão do hardware e do software perdendo o seu valor em concentrar os seus

esforços em processos técnicos que não gerarão uma fonte de vantagem competitiva afetando

a capacidade de competitividade da empresa. Quando o próprio modelo de computação se

tornar o problema outros são sugeridos e desenvolvidos com intuito de diminuir os custos e de

serem mais eficientes.

2.2 Evolução histórica dos modelos de computação

Durante a década de 70 e 80 o modelo de computação na época predominante era o

chamado mainframe. O mainframe é um modelo de computação baseado em computadores de

grande porte, onde os mesmos armazenavam de forma centralizada os software e os bancos de

dados das empresas, os acessos aos software e dados contidos nestes computadores eram

feitos em terminais conhecidos como terminais “burros”. Esses terminais possuíam esse nome

porque não realizavam cálculos e nenhum tipo de processamento do software no qual eram

11 Curvas ABC: A curva ABC é um método de classificação de informações, para que se separem os itens de

maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. (Carvalho, 2002, p. 226) 12

Data Mining: Significa usar técnicas estatísticas e matemáticas sofisticadas, como análise de agrupamento,

detecção de interação automática, modelagem e redes neurais. (KOTLER & KELLER 2006, p. 162).

Geralmente, o objetivo principal é encontrar padrões de venda. Como por exemplo, é interessante deixar um

display de venda de sucos naturais próximo aos pães integrais. 13

Data warehouse: Um Data Warehouse é um conjunto de dados baseado em assuntos, integrado, não volátil, e

variável em relação ao tempo, de apoio às decisões gerenciais. (WILLIAM IMMON, citado por MATEUS,

2000, s. 2)

Page 30: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 28

apresentados pelo monitor, esses terminais apenas enviavam os comandos e as teclas

pressionadas no teclado pelo utilizador ao computador central (mainframe) que devolvia ao

monitor as imagens correspondentes aos comandos enviados. O modelo de computação

baseado no mainframe é apresentado a seguir:

Figura 1 - O modelo de computação baseado em mainframes

Fonte: Battisti, 2004, p. 46

Os terminais podem estar no mesmo local físico do mainframe ou podem estar

acessando remotamente a longas distâncias, neste caso um modem faz a comunicação entre os

terminais e o computador central. Os mainframes, por serem grandes, demandam muita

energia e seus custos de aquisição são altos, bem como os de manutenção, pois precisam de

temperatura e umidade controladas. Somente grandes empresas poderiam arcar com tais

custos e as empresas menores para ter acesso aos sistemas disponibilizados somente via

terceirização do serviço, que por meio de uma linha de dados conseguiam remotamente

acessar os sistemas e suas informações. (BATTISTI, 2004)

As vantagens desse modelo eram a administração centralizada e maior facilidade de

atualização dos sistemas. Uma das dificuldades desse modelo era justamente a necessidade de

as linhas de comunicação que no início da década de 90, segundo Battisti (2004), eram muito

caras e de baixa velocidade. Além disso, tinham o problema de quedas frequentes de conexão

Page 31: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 29

que deixavam muitas empresas que dependiam dessas linhas sem acesso ao sistema. Sem

contar com a questão dos dados da empresa estar sob o domínio de terceiros começou a ser

questionado, pois não havia garantia da segurança dos dados nem mesmo se eles estavam

sendo manipulados ou acessados indevidamente.

Diante desses pontos positivos e negativos do modelo, começou a surgir o movimento

em prol da descentralização dos dados trazendo-os de volta para servidores internos sob o

controle da empresa. Esse novo modelo se chamava cliente/servidor que propunha uma

descentralização dos dados e aplicativos, onde os mesmo eram alojados na rede de

computadores da empresa e os aplicativos eram instalados em cada computador.

Diferentemente do modelo anterior onde cada computador, na verdade era exclusivamente um

monitor, que apresentava somente os resultados do mainframe. Neste novo modelo cada

computador tem o poder de processar e armazenar informações. Assim, eles tomam pra si

algumas atribuições que eram dos mainframes pelo modelo anterior. Este novo modelo de

computação tinha, porém, muitos problemas que aos poucos começaram aparecer. Talvez o

maior de todos em que Battisti (2004) cita é o elevado custo de administração e manutenção

de uma rede baseada nesse modelo. A origem desse problema estava no uso do conhecido

modelo de aplicações em duas camadas que também era chamado de modelo cliente/servidor

clássico.

2.2.1 Modelo de aplicação em duas camadas

Este modelo se refere a como eram desenvolvidos as aplicações e os sistemas de

informações utilizados pelas empresas. Neste modelo cada programa é instalado em cada

computador da empresa que irá utilizá-lo. E os sistemas acessam os dados do sistema através

da rede a um servidor de banco de dados como apresentado na figura 2.

Neste modelo o sistema de informação cliente acumula as funções da apresentação e

lógica do negócio, sendo esta a primeira camada do modelo. A segunda camada é

representada pelo servidor que aloja o banco de dados. A seguir as definições dos

componentes da primeira camada:

Apresentação: É a codificação necessária para gerar a parte visível do sistema, os

menus, as imagens, formulários e demais elementos visuais, fazem parte da

apresentação do sistema. Caso seja necessário haver mudanças na apresentação no

visual ou layout do software é necessária à formulação de uma nova versão do

Page 32: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 30

programa e em todos os computadores que possuem a versão anterior, deve ser

instalada a nova versão. Neste ponto é que está um dos problemas deste modelo de

aplicação em duas camadas, pois basta uma pequena mudança no visual do sistema

que é preciso uma atualização do mesmo em todos os computadores que usam esse

sistema, que neste caso podem ser apenas alguns computadores ou até milhares

dependendo do porte e do uso do sistema pela empresa. Esse tipo de atualização é

muito complicado de ser feito e, além disso, pode custar muito dinheiro, a depender de

quantos computadores em que isso será realizado.

Lógica do negócio: Está relacionada com a forma em que os dados serão acessados e

processados, basicamente são as regras que definem os resultados das entradas do

sistema, como por exemplo, as fórmulas de cálculos financeiros e contábil, a forma de

como serão gerados os relatórios, enfim, a lógica do negócio compreende as regras do

funcionamento do sistema de automatização dos processos da empresa. Qualquer

mudança nas regras de negócio através das leis que definem a legislação fiscal e

contábil fará necessária uma nova versão do sistema e consequentemente uma

atualização em todos os computadores da empresa que usam esse determinado

sistema. Sendo que isso ocorrerá a cada mudança nas leis fiscais e fazendárias do país

que nosso caso ocorre frequentemente.

Figura 2 - O modelo cliente/servidor de duas camadas.

Fonte: Battisti, 2004, p. 48

Page 33: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 31

Como foi demonstrado acima o modelo de duas camadas, mostrou-se de difícil

manutenção e gerenciamento, principalmente ora por causa das constantes evoluções que os

sistemas devem ter para se manterem no mercado e ora pelas frequentes mudanças nas leis. O

problema em relação a isso são os custos inerentes às atualizações que se forem muito altos

poderão comprometer a relação dos custos pelos benefícios.

Alguns cálculos estimam, segundo Battisti (2004), em torno dos U$ 10.000 (dólares)

anuais como custo total de propriedade para se manter um computador funcionando

adequadamente. De fato o modelo de duas camadas apresenta um TCO – Total Cost

Ownership (Custo Total de Propriedade) bastante alto. O custo total de propriedade, segundo

Pinheiro (2005), é um modelo de ciclo de vida de um equipamento, produto ou serviço, que

considera os custos de aquisição, propriedade, operação e manutenção ao longo de sua vida

útil. Ele se refere também aos treinamentos aos funcionários, manutenção, implantação,

segurança dos sistemas, custo do hardware, custo das licenças de software, custo de suporte,

recursos humanos e entre outros custos. Podem se referir a custos diretos como os de

hardware e indiretos como os de treinamento de pessoal, bem como também os custos podem

ser tangíveis com fácil mensuração, como por exemplo, os custos de aquisição de licenças de

uso do software; e intangíveis de difícil medição como os custos relativos à indisponibilidade

do sistema.

Com esse problema do elevado custo total de propriedade apresentado pelo modelo de

duas camadas, começou a surgir soluções na qual se baseia na proposta de três camadas ao

invés de duas.

2.2.2 Modelo de aplicação em três camadas

A diferença deste outro modelo para o anterior é basicamente a retirada das regras ou

lógica de negócio da aplicação que resida no computador do usuário para um algum ponto

centralizado, este chamado de servidor de aplicações. Na figura a seguir é possível entender

com mais clareza a proposta desse modelo:

Page 34: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 32

Figura 3 - O modelo cliente/servidor com desenvolvimento em três camadas

Fonte: Battisti, 2004, p. 51

Com a lógica de negócio centralizada, é possível realizar atualizações das regras sem a

necessidade de atualizar cada computador na rede, dessa forma os custos do TCO caem pela

facilidade dessas atualizações. Porém com a alteração de algumas regras de negócios,

poderiam também surgir à necessidade de alterar a interface de apresentação ou o layout

gráfico do sistema, assim esse modelo não resolvia totalmente o problema. Por esse motivo

que foi desenvolvido o modelo de quatro ou mais camadas conhecido também como modelo

de desenvolvimento de aplicações em n-camadas. (BATTISTI, 2004)

2.2.3 Modelo de aplicação em quatro camadas

Como o modelo de três camadas não resolvia o problema no qual retirava somente da

aplicação cliente a lógica de negócio, foi sugerida então a retirada também da apresentação do

cliente e centralizá-la em um determinado lugar. Este modelo é muito parecido com o modelo

da época do Mainframe, onde o sistema era totalmente residente no computador principal

acessível apenas pelos terminais, sendo que eles não processavam informações apenas

apresentava as telas do sistema no monitor.

Page 35: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 33

Neste modelo em quatro camadas a aplicação não reside mais no computador cliente e

não é mais necessária a instalação dos sistemas de informações e aplicações individualmente

em cada computador da rede. A plataforma agora de desenvolvimento é a web bastando para

isso o cliente possuir um navegador compatível com as tecnologias usadas pelo sistema para

sua exibição e execução. (Battisti, 2004) Para melhor entendimento, o modelo de quatro

camadas é apresentado na figura a seguir:

Figura 4 - O modelo de desenvolvimento de aplicações quatro ou mais camadas

Fonte: Battisti, 2004, p. 52

Como não mais existe esta necessidade de reinstalações constantes, é possível garantir

com eficiência que todos os usuários do sistema tenham acesso às últimas alterações

realizadas nele, com isto os custos referentes à administração do sistema são diminuídos e

consequentemente o TCO (Total Cost Ownership – Custo Total de Propriedade) também é

reduzido. Diferentemente do que ocorre com o modelo de aplicação em duas camadas, que

por sua natureza exige atualizações individuais em cada computador. Segundo Macoratti14

(citado por JÚNIOR, 2007) a separação de sistemas em camadas facilita a manutenção, testes

e atualização dos mesmos.

14 MACORATTI, José Carlos. Padrões de Projeto: O modelo MVC - Model View Controller. Disponível em:

<http://www.macoratti.net/vbn_mvc.htm>. Acessado em: 14 out. 2007.

Page 36: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 34

Com este modelo de aplicações de quatro camadas ou de n-camadas que é baseado em

aplicações para a web abre um precedente para o surgimento de um novo modelo de negócio

para as empresas desenvolvedoras de software que atualmente são vendedoras de licença de

uso do software e podem passar a oferecê-las como serviço através da internet no chamado

SaaS (Software as a Service – Software como Serviço) no qual este faz parte do modelo de

Computação em Nuvem sendo uma das suas categorias.

2.3 Computação em nuvem

Ainda não existe uma definição clara e plenamente aceita do que seja a computação

em nuvem ou nas nuvens. O termo computação é que sugere que isso seja um novo modelo.

O modelo em computação diz como as coisas devem ser feitas e não é uma tecnologia em si.

Já o termo nuvem foi emprestado da telefonia para o uso nos diagramas de rede onde a

internet é representada por uma nuvem. Neste caso a nuvem representa algo em que não é

possível enxergar o seu funcionamento, algo transparente onde às pessoas não sabem a

origem dos recursos e nem como são processadas e disponibilizadas, só possuem o

conhecimento que estes recursos estão disponíveis a um clique do mouse mesmo que eles

estejam sendo processados geograficamente muitos distantes e até mesmo em outros países ou

quem sabe dispersos em diversos lugares.

Para Taurion (2009, p. 2) “a computação em nuvem é um conjunto de recursos com

capacidade de processamento, armazenamento, conectividade, plataformas, aplicações e

serviços disponibilizados na Internet”. Basicamente a computação nas nuvens é um novo

modelo de como as empresas adquirem hardware e software necessários à automatização de

seus processos gerenciais é uma nova forma de entrega e de distribuição de recursos

computacionais e processos de software pela rede de computadores. Um dos princípios desse

modelo é uma nova abordagem de aquisição desses componentes de tecnologia que ao invés

da compra de licenças de software e de equipamentos próprios agora podem ser adquiridos

como serviço prestados por terceiros. Para Santos (2009, p. 13) “a computação em nuvem é

um aglomerado de servidores capazes de criar um ambiente de computação virtual, por meio

de um navegador de internet”. Para Araújo (2008, p. 26) a computação em nuvem será

benéfica porque é uma plataforma:

Onde o usuário, em casa, com apenas um teclado, um mouse e um monitor –

ou qualquer aparelho ou dispositivo parecido, poderá ter acesso à suas

Page 37: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 35

informações de qualquer lugar do mundo, necessitando apenas de um

dispositivo com acesso à internet. O computador será apenas um chip ligado

à internet, já que tudo será acessado, processado e armazenado na “grande

nuvem de computadores”, a internet.

Portanto, resumidamente o conceito mais simples de computação em nuvem poderia

ser: “A computação em nuvem é a entrega de recursos computacionais via Internet”. Contudo

a computação em nuvem é uma forma terceirizada de adquirir recursos computacionais de

outras empresas também conhecida como outsourcing. As diversas formas terceirizadas em

adquirir recursos computacionais segundo Laudon e Laudon (2004, p. 412):

Tornaram-se populares porque algumas organizações acham que ela é mais

efetiva em curso do que manter seu próprio pessoal de informática. O

provedor de serviços terceirizados beneficia-se das economias de escala (os

mesmos conhecimentos, habilidades e capacidades podem ser

compartilhados com muitos clientes diferentes) e provavelmente cobrará

preços competitivos por serviços de sistemas de informação. A terceirização

permite que a empresa cujas necessidades de processamento de computação

são variáveis pague apenas pelo que usar, sem ter de construir sua própria

estrutura, que seria subutilizada quando não houvesse uso intenso.

Para Silva (2008, p.2):

Outsourcing é a transferência das atividades, conhecidas como atividade-

meio, para uma empresa terceirizada. A diferença entre simplesmente

subcontratar recursos e optar pelo Outsourcing, é que esse envolve o uso

estratégico de recursos externos para desempenhar atividades que eram

tradicionalmente desenvolvidas por colaboradores internos, com o objetivo

de alcançar uma vantagem operacional pré-definida, que há pouco se

resumiam em redução de custos ou pessoas. O Outsourcing vem a ser a

ferramenta estratégica para gerir o negócio de forma eficiente e eficaz,

garantindo a rentabilidade da empresa.

É importante salientar que o objetivo da terceirização de recursos ou Outsourcing é o

fortalecimento da competitividade através da busca de serviços externos que não fazem parte

do foco do negócio complementando a atividade-fim. É um serviço inovador estratégico,

unido a se concentrar à dinâmica do core competence15

(FERNANDES16

, citado por SILVA,

2008, p. 5).

15 Core competence: O conceito de Core Competence (que em português poder ser designado por Competência

Nuclear ou competências centrais) surgiu pela primeira vez em 1990, na Harvard Business Review, num artigo

intitulado "The Core Competence of the Corporation", da autoria de Gary Hamel e C. K. Prahalad. Segundo os

seus autores, Core Competence designa as competências estratégicas, únicas e distintivas de uma

Page 38: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 36

A conclusão dos benefícios estratégicos do Outsourcing segundo Silva (2008, p.6):

Portanto, a terceirização é inseparável da ideia de parceria. A principal

finalidade da terceirização seria otimizar a produção, a qualidade, o lucro e a

competitividade, mediante um processo de horizontalização de atividades,

simplificando-se a estrutura organizacional, a fim de que as empresas

possam concentrar seus esforços na melhor metodologia para obtenção do

produto de sua atividade-fim.

A computação em nuvem poderá ser de duas formas puras: privada, pública e a

miscelânea entre elas, a híbrida. Na computação em nuvem privada a própria empresa adquire

o hardware e software necessários à nuvem e faz com seus funcionários tenham acesso a

esses recursos pela rede interna (intranet) ou pela Internet. Já no regime de computação em

nuvem pública serão os provedores que irão fornecer através de terceirização os recursos

computacionais aos clientes pela internet, a híbrida é simplesmente uma junção dos dois

modelos aproveitando-se o melhor de cada um. Este modelo é muito semelhante ao modelo de

computação baseado em mainframes, onde algumas empresas que poderiam adquirir pra si

compravam os equipamentos enquanto outras que também queriam os recursos terceirizavam

o acesso.

O pioneirismo da computação em nuvem iniciou-se com o gigante do varejo de

comércio eletrônico norte americano Amazon. A Amazon dimensionou sua infraestrutura de

computação baseado nos momentos de picos, que neste caso são altos em determinados

momentos do ano e muito baixo em períodos relativamente maiores. Ela descobriu que

poderia alugar esses recursos computacionais ociosos como uma plataforma (conhecida como

Platform-as-a-Service). Atualmente, segundo Taurion (2009) mais da metade dos recursos de

computação da Amazon estão sendo consumidos por outras empresas. Outra empresa

reconhecida como pioneira neste modelo de computação é a Google com seus serviços

inovadores como o Gmail, Orkut, Google Docs, Google Calendar e dentre muitos outros.

Segundo Muller17

(citado por SANTOS, 2009, p. 12) “o Google é o grande promissor sobre

cloud computing (computação em nuvem)”. Esses serviços são reconhecidos como

organização que lhe conferem uma vantagem competitiva intrínseca e, por isso, constituem os fatores chave de

diferenciação face aos concorrentes. (disponível em: < http:/ /www.knoow.net

/cienceconempr/gestao/corecompetence. htm>. Acesso em 20 de setembro de 2011) 16

FERNANDES, Jorge M. Gestão da tecnologia como parte da estratégia competitiva das empresas. 1 ed.

Brasília; IPDE, 2003. 17

MULLER, Nicolas. Computação nas nuvens. 2008. Disponível em

<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/923/computacao_nas_nuvens>. Acessado em 14/08/2009 as 22:43.

Page 39: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 37

computação em nuvem, por que as pessoas podem carregar neles informações e arquivos

pessoais e acessá-los de qualquer lugar onde haja internet por diversos dispositivos de acesso

diferentes que são características do modelo em nuvens. Outro serviço muito conhecido

direcionado a empresas com uma versão mais simples e gratuita e outra com mais recursos e

paga é o Google Apps, onde alguns desses serviços do Google são ofertados ao mundo

corporativo no formato de software como serviço competindo diretamente com a Microsoft

com os seus software servidores de e-mail. Alguns desses serviços são gratuitos para pessoas

físicas porque a empresa buscou outros meios de obter receitas sem onerar diretamente o

usuário final, isto é, foi buscado outro modelo de negócio diferentemente da oferta de serviços

e aplicativos no modelo de licenças de uso.

A principal proposta da computação em nuvem é a otimização dos recursos

financeiros destinados ao setor de tecnologia da informação. Tanto que em uma pesquisa

realizada em 2008 de autoria da Merrill Lynch (citada por TAURION, 2009) e tendo como

título “The Cloud Wars:$100 Billion at Stake” em português algo como “A guerra nas

nuvens: 100 Bilhões em jogo” comparou os custos de TCO, ou seja, os custos totais de

propriedade, de uma solução de e-mail entre uma oferta de serviços de computação em nuvem

do Google Apps e outra oferta comum do modelo tradicional da Microsoft com os produtos

Exchange e do pacote Office, demonstrou que a variação de custo é bem relevante.

Obviamente que a solução do Google apps foi a que apresentou o custo mais baixo. O estudo

contabilizou que para uma empresa com aproximadamente dez usuários, a diferença entre as

soluções foi de 109 vezes no custo anual por usuário e enquanto que para uma empresa com

100 usuários essa diferença cai para 47 vezes.

Outro dado também de grande relevância, ainda segundo Taurion (2009), é que

algumas pesquisas revelam que algumas empresas de pequeno e médio porte utilizam 70% do

seu tempo gerenciando os recursos de Tecnologia da Informação, que é algo que não gerar

valor agregado ao negócio, e outros 30% é que são dedicados ao foco do negócio principal da

empresa. Com isto é possível perceber claramente que essa é uma das desvantagens em trazer

para si uma responsabilidade muito diferente do modelo negócio da empresa. A empresa

acaba se afastando do seu modelo de negócios enquanto opostamente à corrida mundial é

focar cada vez mais nas atividades fins da empresa. Para Taurion (2009, p. 6):

A empresa pode se abstrair de uma camada de complexidade demandada

pela infraestrutura computacional e se concentrar na geração de valor de

Page 40: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 38

nível mais alto. Em vez de ficar 70% do tempo gerenciando sua

infraestrutura, investe este tempo e energia para otimizar ou expandir o

negócio.

Um dos problemas que o modelo de aplicação de duas ou três camadas traz é a

despesa imediata para compra do hardware e das licenças de uso dos software e fora que há

custos atrelados ao gerenciamento dessa infraestrutura. Nesse modelo é difícil de mantê-la

atualizada já que a obsolescência em tecnologia é muito rápida, então para uma empresa que

aposta neste modelo terá que arcar com muito mais custos dos quais já foram demandado

inicialmente.

Enquanto no modelo de computação em nuvem os recursos computacionais podem ser

adquiridos sob demanda, isto é, de acordo com a necessidade da empresa em determinados

momentos. Alguns desses recursos podem ser alocados dinamicamente e pagos pelo uso,

diferentemente do modelo anterior onde teriam que adquirir antecipadamente esses recursos

mesmo que dimensionados pelos momentos de picos que ocorrem por um tempo menor.

Assim, muitas empresas que tem grandes necessidades por recursos dos sistemas de

informação em momentos sazonais poderiam adquirir esses recursos quando necessário,

otimizando os recursos financeiros destinados a Tecnologia da Informação.

Consequentemente há uma redução do custo total de propriedade. Para Taurion (2009), como

a empresa não irá despender por recursos não usados, ela pode repassar esta eficiência

operacional aos seus clientes, tornando-se mais competitiva no mercado.

Este é o ponto principal que pode-se chegar com adoção desse modelo de computação.

Tornar as empresas mais eficientes nas suas operações reduzidos custos e torná-las mais

competitivas nos mercados de atuação. As empresas poderão então trocar os investimentos de

capital em ativos por investimentos operacionais, isto é, ao invés de investir em infraestrutura

de ativos tecnológicos, se troca por uma despesa mensal relacionada às operações da empresa.

Para Taurion (2009), esta é exatamente a proposta da computação em nuvem, onde

caberá à empresa fornecedora de recursos computacionais gerenciar e se manter atualizada em

hardware e software permitindo que as empresas utilizadores desses recursos estejam usando

uma infraestrutura computacional avançada, moderna e atualizada sem que elas tenham a

preocupação de se desalinhar da sua missão e se afastar do seu core business ou core

competence que é em outras palavras o modelo de negócio da empresa.

Page 41: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 39

Uma das bases da computação em nuvem é o compartilhamento das informações pela

empresa, já que os arquivos e informações não estarão aprisionados em computadores

específicos, mas disponibilizados e espalhados pela nuvem computacional que compõem uma

base virtual de recursos computacionais. A empresa ganha então em mobilidade, pois

qualquer dispositivo de acesso à internet poderá então acessar e compartilhar informações,

dados e arquivos pela nuvem como podemos analisar melhor na figura a seguir:

Figura 5 - As conexões e mobilidade do modelo de computação em nuvem

Fonte: Brentano, 2010

As tomadas de decisões poderão então ser pautadas em informações mais confiáveis e

atualizadas e independentes de onde esteja o tomador dela facilitando as respostas das

questões do turbulento mercado onde atua empresa. É o que afirma Nascimento (2011, p. 24):

Afinal a qualidade da decisão na organização está diretamente relacionada às

informações que estão disponíveis no momento em que ela é tomada. [...]

Nota-se então que as informações se forem descentralizadas e desatualizadas

Page 42: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 40

irão prejudicar todo processo de decisão. Assim, a organização precisa ter o

extremo cuidado quanto à coleta dos dados, se certificando que não há

incoerência com relação às informações.

A realocação dinâmica de recursos também pode ser vantajosa para os provedores, já

que ela tem o poder de mover esses recursos de acordo com a necessidade dos clientes,

movendo recursos não utilizados de um cliente a outro cliente que em determinado momento

esteja precisando de mais recursos. De fato cada modelo de negócio tem picos de uso dos

sistemas em momentos diferentes, onde caberá aos provedores de computação em nuvem

administrar a alocação correta desses recursos.

Um dos agravantes do modelo de duas ou três camadas ao da computação em nuvem é

o fato que segundo Taurion (2009) muitas empresas não usam plenamente a potência dos seus

recursos computacionais, sendo na verdade muito baixo chegando numa média de 5% a 10%

da capacidade de processamento do sistema. Com isto é possível perceber que as empresas

terão no mínimo a tarefa de repensarem os seus modelos de adoção de recursos

computacionais, pois poderão perder capacidade de competição diante dos concorrentes que

adotarem modelos puros ou híbridos de computação em nuvem.

Uma das mudanças que também poderá ocorrer será a transformação do departamento

de Tecnologia da Informação das empresas de meros operadores de manutenção da

infraestrutura de TI (Tecnologia da Informação) para um departamento mais estratégico, mais

voltado à inovação e integração dos negócios. Segundo Hickey (2011) a mudança do

departamento de Tecnologia da Informação de operador e mantenedor infraestrutura de TI

para o foco em inovação exigira mais riscos:

Essa mudança incluirá ter uma aproximação holística maior para conectar

redes, hardwares e softwares. Os departamentos de TI vão reduzir sua ênfase

em manutenção e darão mais atenção à inovação, sendo mais encorajados a

assumir mais riscos, para dar aos colaboradores maiores capacidades de

negócios de vendas. (HICKEY, 2011)

Mas infelizmente muitas empresas não mudam suas estratégias de negócios ou

remodelam seus processos gerencias para usarem plenamente a capacidade de computação

que possuem. Para Taurion (2009) os sistemas de informação são muitas vezes usados para a

simples automação de processos já antigos, isto é, não há nenhuma inovação. Sem a inovação

se perde a capacidade de gerar valor e com ela a competitividade e sem essa última não é

possível permanecer no mercado. Têm-se assim empresas engessadas sem capacidade de

Page 43: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 41

inovação com departamento de TI desperdiçando tempo e dinheiro apenas para manter uma

estrutura empresarial ultrapassada. No entanto para Battisti (2003) afirma que:

Muitas empresas já deram importantes passos na busca de maior

eficiência, através do uso adequado da TI. Estas são empresas que já

possuem certo grau de conscientização em relação ao papel da TI e da

importância do alinhamento da equipe de TI em relação aos objetivos

e ao negócio da empresa.

Como o mundo está globalizado a competitividade ocorre entre mais empresas do que

antes tornado as mudanças imprevisíveis. A solução é inovar. Inovações motivadas por buscas

constantes de estar à frente da concorrência são pré-requisitos fundamentais para sobreviver

no mercado turbulento com constantes mudanças. As empresas devem buscar continuamente

novas vantagens competitivas a todo instante e precisam redesenhar seus processos, bem

como suas ofertas de produtos e serviços. Tanto que para Taurion (2009, p. 21) afirma que:

As vantagens competitivas são difíceis ou mesmo impossíveis de ser

mantidas por longo tempo, existe inovação tecnológica rápida e

desarticuladora do setor; a escalada competitiva é crescente e a proposição

de valor, ou o que é valorizado pelo cliente, é continuamente redefinida.

Nestes setores o sucesso empresarial é daqueles que conseguirem mover-se

mais rapidamente.

O fato é que nenhuma vantagem competitiva consegue se manter em longo prazo

como fator de alavancagem estratégica, mas a adoção da computação em nuvem dar poderes

às empresas a manterem mais facilmente um sistema de informação e recursos

computacionais mais modernos e atualizados contribuindo na busca constante de novas

vantagens competitivas.

A tendência mundial que colabora para que estas mudanças que estejam ocorrendo é

conhecido como “downzing”, isto é, as empresas estão enxugando os seus processos e

focando mais nas suas competências principais em direção a trabalhar mais no seu “core

business” que é o seu modelo de negócios. A computação em nuvem veio colaborar e permitir

que as empresas possam repensar o modo que agem diante das tecnologias. Contribuindo para

que a empresa se afaste de uma complexidade de gestão tecnológica e se concentre mais

energia e esforços no seu próprio negócio subsidiando dessa forma a construção de uma

empresa que responda as mudanças ambientais com mais rapidez. Como a solução para

empresas que atuam em mercados altamente competitivos é a inovação constante, a

Page 44: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 42

computação em nuvem pode dar a elas esse poder de inovar contribuindo a se manterem no

mercado com competitividade. Isso é confirmado por Boss18

(citado por Santos, 2009, p. 27):

Uma infraestrutura em nuvens pode ser um modelo de custo eficiente para a

prestação de serviços de informação, reduzindo a complexidade e gestão,

promovendo inovação para aumentar a capacidade de resposta em tempo

real [...]

Elas poderão então com menos recursos a ter acesso a recentes inovações tecnológicas

sem precisarem gerenciá-las, mas terão o desafio de usar esse modelo como uma vantagem

competitiva no mercado se, e somente, mudarem e alinharem as suas estratégias com as

potencialidades e benefícios estratégicos que poderão ter a adotarem tal modelo de

computação. É importante também envolver neste processo de alinhamento de tecnologias e

estratégias combinar as habilidades dos recursos humanos.

É importante que as organizações unam habilidades generalistas vitais com

as dos especialistas em TI com a meta de formar uma visão estratégica única

de TI e de negócios. Não é possível estruturar uma organização eficiente

apenas com a estratégia de informação e a aplicação dos recursos de TI. É

necessário também combinar a estratégia de negócios e recursos humanos

(MORRIS19

, citado por MAÇADA e BECKER, 2001, p. 88).

Para Gil20

(citado por NASCIMENTO, 2011, p. 24) a definição de sistemas de

informações não envolve somente tecnologia:

Os sistemas de informações compreendem um conjunto de recursos

humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma

sequência lógica para o processamento dos dados e a correspondente

tradução em informações.

É importante compreender também que os sistemas de informações não deve envolver

apenas a TI e sim unir a competência de profissionais dignos da área de tecnologia, assim

sendo as empresas que possuem nos seus recursos humanos como um ativo estratégico obtém

uma vantagem competitiva.

18 BOSS , Greg; MALLADI, Padma; QUAN, Dennis; LEGREGNI, Linda; HALL, Harold. Cloud Computing.

2009. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/19487341/Cloud-Computing-Wp-Final-8Oct>. Acessado em

18/09/2009 as 23:10. 19

MORRIS, S., MEED, J., SVENSEN, N. O gerente inteligente: como usar a tecnologia para alcançar o

sucesso. São Paulo: Futura, 1998. 20

GIL, Antônio de Loureiro. Sistema de Informações Contábil/Financeiros. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

Page 45: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 43

2.3.1 Benefícios e a entrega de valor da computação em nuvem

Um dos benefícios que o modelo de computação em nuvem pode trazer para as

empresas sob o ponto de vista dos executivos financeiros, os conhecidos CFOs (Chief

Financial Officer – Diretor Chefe Financeiro) é a troca do alto investimento inicial de capital

de ativos tecnológicos de hardware e software com custosos níveis de manutenção e suporte

advindos dos recursos humanos necessários, por investimento em despesas de operações.

Segundo Taurion (2009) com esta troca de investimento em capital por despesas em

operações gera um risco financeiro menor, pois no modelo tradicional de duas ou de três

camadas o investimento é antecipado sem mesmo se ter à certeza que os mesmos trarão os

resultados planejados. A empresa então poderá alocar mais investimentos para áreas mais

prioritárias relacionadas o seu modelo de negócio ao invés de investimentos em ativos

tecnológicos que se depreciam rapidamente e possuem uma baixa vida útil. Com isto, a

empresa além de ter o acesso à tecnologia de ponta com menos recursos ela poderá ter uma

capacidade maior de retorno em relação ao investimento.

Segundo a IBM21

(citada por JUNIOR, PIRES, e SOUZA 2010), quantitativamente o

modelo de computação em nuvem poderá reduzir os custos de implantação, operação,

administração e monitoramento em até 50%; reduzir os custos de licença de software em até

75%; melhorar a qualidade dos software eliminando 30% dos seus erros de programação e

finalmente reduzir em até 40% os custos de suporte aos utilizadores dos sistemas de

informações.

Outro fator importante como proposta de valor é a da flexibilização ou escalabilidade

de uso dos recursos computacionais. A empresa poderá aumentar ou diminuir o uso desses

recursos conforme a necessidade, diferentemente com os problemas advindos do modelo

tradicional em adquirir a própria infraestrutura, pois caso seja necessário aumentar a

capacidade operacional dos sistemas de informações será necessário adquirir mais hardware

e/ou comprar mais licenças de software. Se a empresa não dispuser de capital para isso,

poderá afetar a sua capacidade de crescimento, enquanto outras empresas poderão otimizar os

recursos financeiros e crescer muito mais por muito menos. A necessidade constante de

21 IBM. Cloud computing. Disponível em: <http://www-

03.ibm.com/systems/information_infrastructure/resources/cloud/index.html>

Page 46: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 44

alterações de capacidade computacional são confirmadas por Laudon e Laundon (2004, p.

412) “No ambiente da empresa digital, as organizações precisam estar aptas a adicionar,

modificar e abandonar sua capacidade tecnológica muito rapidamente”.

Ao propiciar as empresas à possibilidade de maior escalabilidade e podendo reduzir os

seus investimentos em TI relacionados à atualização e manutenção da infraestrutura, trazendo

então maior viabilidade de destinar mais atenção ao seu “core bussines”, isto é, o modelo de

negócio da empresa na forma de como ela transforma a sua missão em satisfação dos clientes

e em receita para a empresa.

A atenção fica então destinada a se concentrar em apenas em usar os recursos de

tecnologia disponíveis, e é o fornecedor que irá tratar de viabilizar os serviços através de

investimentos na infraestrutura que possa garantir a disponibilidade e a qualidade dos

mesmos.

Como esses recursos e serviços em aplicativos e software são entregues pela internet

pelo seu serviço de web, ela torna as plataformas de sistemas operacionais genéricas sendo

que as únicas exigências são um navegador compatível instalado nos computadores dos

usuários e um serviço de internet banda larga. Exigências já muito comuns nos ambientes

corporativos da atualidade. E mais que as informações dos sistemas poderão ser acessíveis de

qualquer lugar por celulares, smartphones, notebooks, tablets e outros componentes

tecnológicos com acesso a internet, tornado a plataforma de acesso independente a uma marca

especifica e genérica bem como os sistemas operacionais dos computadores não serão

exigidos uma versão especifica, mas um navegador ou browser de internet compatível, pois a

web baseada em padrões é a nova plataforma de desenvolvimento de aplicações e sistemas de

informações.

Outro ponto relevante em relação aos aplicativos em nuvem é questão da facilidade do

trabalho colaborativo de documentos em tempo real, como por exemplo, pode-se citar que

determinado grupo de trabalho de uma empresa use o Google Docs para criar e editar

arquivos de documento e apresentações de slides. Cada componente da equipe fica

encarregado de adicionar mais informações e sugerir edições e acréscimos de mais

informações e entre eles é usando as ferramentas de chat do Google para discutir as

modificações e alterações do relatório e da apresentação do mesmo. A cada alteração no

documento original todos automaticamente terão acesso à versão modificada dos arquivos.

Page 47: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 45

Isto facilita o trabalho em equipe mesmo que os membros estejam geograficamente distantes

um dos outros.

2.3.2 Vantagens

No entendimento de Araújo22

(citado por SILVA, 2008, p. 7-8) os principais

benefícios e vantagens na busca de fornecedores de serviços externos a organização são:

Razões de ordem financeira: redução dos custos passíveis de enxugamento e economia

na utilização dos recursos da empresa;

Razões de ordem tecnológica: a contratada disponibiliza à contratante todas as

inovações tecnológicas que surgem no mercado;

Razões competitivas: a empresa que adere ao outsourcing torna-se mais ágil se

concentrando nas questões realmente significativas;

Excelência operacional: concentração no essencial à evolução competitiva da empresa,

sem abrir mão da qualidade nas atividades contratualmente delegadas; e

Competência no negócio: a procura de maior competência no negócio justifica a

entrega de funções de apoio, que pouco ou nenhuma intimidade têm com os negócios

da empresa, caracterizando o mais forte benefício.

Para Araújo23

(citado por SILVA, 2008, p. 8), outros benefícios estão atrelados a:

Redução imediata dos custos e riscos, inerentes à execução dos processos que são

transferidos;

Contínua e permanente atualização tecnológica, sem necessidade de investimento (que

fica a cargo da contratada);

22 ARAÚJO, Luis César G de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas,

2006. 23

ARAÚJO, Luis César G de. Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão

organizacional. São Paulo: Atlas, 2001.

Page 48: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 46

Concentração nos esforços estratégicos;

Desburocratização;

Alívio para a estrutura organizacional;

Maior eficácia organizacional;

Mais qualidade para o serviço delegado e produto final da empresa;

Mais flexibilidade para a empresa enfrentar adversidades ambientais;

Mais agilidade decisória e administrativa;

Simplificação na produção;

Economia (redução) de equipamentos, recursos humanos, materiais, instrumentais e

financeiros;

Incremento na produção, a partir do momento em que a empresa pode se dedicar às

suas atividades principais;

Liberação de espaço na empresa;

Criação de ambiente mais propício ao surgimento de inovações;

Formalização de parcerias;

Valorização profissional;

Estabelecimento de novas micros, pequenas e médias empresas; e

Redução da dependência da comunidade em relação à empresa.

Outra vantagem interessante é que como boa parte do processamento dos sistemas

acontece na nuvem computacional e os outros recursos também se concentram no mesmo

lugar, os computadores terminais que acessam tais sistemas poderão ser mais simples e

consequentemente mais baratos. Não serão necessários sistemas operacionais completos eles

Page 49: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 47

também poderão ser no futuro apenas ser um navegador com o mínimo para ter acesso aos

sistemas. Isso é justamente que Kanarki24

(citado por SANTOS, 2009, p. 20) afirma:

Computação em nuvem refere-se à possibilidade de utilizarmos

computadores menos potentes que podem se conectar a internet e utilizar

todas as ferramentas online. Assim, o computador seria simplesmente uma

plataforma de acesso às aplicações, que estariam em uma grande nuvem, a

internet.

Também é confirmado por Araújo (2008, p. 26):

A visão, que cria uma nova era computacional, promete acarretar numa

significativa diminuição dos preços dos computadores, já que as informações

estarão armazenadas na internet, precisando assim de computadores de

menor capacidade, apenas com uma configuração mínima necessária para o

acesso a rede mundial.

Para o ex-CEO (presidente) do Google afirma:

“Hoje, se você tem um problema no computador, está tudo perdido, é

terrível. Mas, com a computação nas nuvens, não importa se você usa o

celular, o computador ou qualquer outro aparelho, tudo estará guardado na

internet. [...] A computação nas nuvens é a maneira mais simples e barata de

se ter acesso à internet. Pessoas com pouco dinheiro hoje não têm acesso a

computadores. E nós poderemos oferecer esse acesso”. (SHIMIDT, 2008).

Isso poderá proporcionar às empresas substanciais economias na aquisição de

computadores, elas poderão manter então um parque computacional mínimo somente com o

essencial que possibilite acesso e uso dos sistemas de informação. Isso é interessante

principalmente nos computadores que exclusivamente são usados para determinadas funções

empresariais como, por exemplo, os computadores destinados aos caixas de supermercado ou

terminais de consulta ou compra. Assim a empresa além de economizar em hardware também

não irá necessitar de custosas licenças de software em demasia, apenas o mínimo necessário.

24 KANARKI, Fernando. Computação nas nuvens segundo o Google. 2009. Disponível em

<http://www.undergoogle.com/blog/2008/google/computacao-as-nuvens-o-futuro-segundo-o-google.html>

Acessado em 14/09/2009.

Page 50: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 48

2.3.3 Características dos serviços de computação em nuvem e suas categorias

Para qualquer solução ser considerada computação em nuvem ela deverá seguir cinco

características que foram formuladas pela empresa de consultoria americana Gartner25

, (citada

por JUNIOR, PIRES, e SOUZA 2010, p. 6):

1. Ser baseada em serviço: A solução não deve ser adquirida no formato de compra,

mas obtida através de um serviço contínuo com pagamento periódico a ser estabelecido entre

as partes. A caracterização principal de qualquer serviço é que ele não gera propriedade de

nada;

2. Ser “escalável” e “elástico”: A capacidade de uso do serviço poderá aumentar ou

diminuir conforme a necessidades dos clientes, fazendo com que o provisionamento dos

recursos seja bem mais rápido do que no modelo tradicional que ocorreria em questão de

meses caindo para um tempo medido entre segundos e horas;

3. Ser compartilhado: Os recursos reais do provedor da solução são compartilhados

entre os clientes com o objetivo de atingir a economia de escala, sendo que os recursos são

alocados dinamicamente entre eles;

4. Ser medido pelo uso: São usadas formas de medidas na qual possibilita variadas

formas de pagamento. Elas podem ser baseadas no tempo de uso, no consumo de

transferência de dados, na capacidade de uso e entre outros;

5. Usar tecnologias da Internet: Os recursos computacionais devem ser entregues com

uso das tecnologias e protocolos da internet. Portanto uma boa conexão com a internet é

fundamental para as categorias ou formas de computação em nuvem.

Existem vários tipos e categorias de serviços de computação em nuvem, dentre as

quais já é possível definir em até 11 categorias de acordo o site computerworld (2010). Os

principais serviços já oferecidos são eles:

Armazenamento como serviço: É o uso do storage (armazenamento) oferecido como

serviço pelos provedores de computação em nuvem, onde elas oferecem com

25 GARTNER. Gartner Highlights Five Attributes of Cloud Computing. Disponível em: <

http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=1035013>, 2009. Acesso em: 20 de julho 2009.

Page 51: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 49

limitação de espaço o acesso da possibilidade de armazenar arquivos remotamente,

algumas pessoas de certa forma usa o próprio e-mail como um meio de armazenar,

transportar ou como backup de arquivos pequenos;

Banco de dados como serviço: Capacidade de utilizar os serviços de um banco de

dados hospedado remotamente, compartilhando-o com outros usuários. Funcionaria

logicamente como se o banco de dados fosse local. Diversos fornecedores oferecem

diferentes modelos, mas sua força está em explorar a tecnologia de banco de dados

que normalmente custaria milhares de dólares em hardware e licenças de software;

Processo como serviço: Recurso remoto que pode reunir muitos outros, tais como

serviços e dados, sejam eles hospedados no mesmo recurso de cloud computing

(computação em nuvem) ou remotamente, para criar processos de negócio. É possível

pensar em um processo de negócio como um meta-aplicativo que abrange sistemas,

explorando serviços e informações essenciais que são combinados em sequencia para

formar processos. Em geral, eles são mais fáceis de mudar do que os aplicativos,

proporcionando agilidade a quem utiliza estes mecanismos de processos fornecidos

sob demanda;

Plataforma como serviço: Plataforma completa, incluindo desenvolvimento de

aplicativos, de interfaces e de banco de dados, armazenamento, teste e assim por

diante, disponíveis para assinantes em uma plataforma hospedada remotamente.

Taurion (2009, p. 132) define como “uma plataforma para criar e operar aplicações,

incluindo ferramentas de desenvolvimento, administração e gerenciamento [...] tudo

na modalidade de software como serviço”. Os fornecedores de plataforma como

serviço oferecem a capacidade de criar aplicativos corporativos para uso local ou sob

demanda, com gratuidade ou por um custo de assinatura. Um exemplo dessa forma é o

Google App Engine que segundo Santos (2009) permite ao utilizador executar suas

aplicações usando os recursos computacionais do próprio Google;

Segurança como serviço: Capacidade de fornecer serviços de segurança essenciais

remotamente, como exemplo antivírus.

Infraestrutura como serviço: Trata-se de data center como serviço ou a capacidade de

acessar recursos básico de computação remotamente. Em essência, você aluga um

servidor virtual, que pode usar como lhe convier. Para fins práticos, ele é o seu data

Page 52: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 50

center ou, pelo menos, parte de um data center. A diferença desta abordagem em

relação à computação em nuvem principal é que, em vez de usar uma interface e um

serviço mensurado, você tem acesso diretamente à máquina inteira e ao sistema

operacional que está nesta máquina. É menos "empacotada", isto é, tem poucas

camadas de software e acesso direto ao núcleo da máquina e ela mais do tipo

hospedagem, isto é, diferentemente dos os outros serviços, nessa forma de computação

em nuvem o usuário tem acesso sem restrição ao núcleo do servidor podendo alterar

suas configurações como desejar, nos outros serviços o usuário só tem acesso até certo

ponto limitado pelo software do serviço em si. Em alguns desses serviços são mais

“empacotados” porque também depende de software, banco de dados e servidores,

mas sem acesso direto pelo usuário;

Aplicativo como serviço (ou software como serviço): Qualquer aplicativo ou sistema

de informação oferecido sobre a plataforma web para um usuário final. Embora muita

pessoa associe aplicativo como serviço a aplicativos corporativos, tais como o

Salesforce SFA, os aplicativos de automação de escritório, na realidade, também são

aplicativos como serviço, entre eles o Google Docs, Gmail e Google Calendar.

Há na realidade outros serviços já sendo oferecidos como informação como serviço,

integração como serviço, gestão como serviço e teste como serviço. Como computação em

nuvem ainda é um modelo em fase de maturação é possível que em breve surja novos

modelos de negócios com novas formas inovadoras de serviço, bem como podem surgir a

qualquer momento novas categorias. Uma das categorias que mais crescem de fato é o

software como serviço, pois para operacionalizar um sistema de informação no modelo

aquisição de licenças é necessário alguns investimentos em computadores de banco de dados

e pessoal habilitado, bem como arcar com infraestrutura suficiente para suportar os momentos

de picos de uso (TAURION, 2009).

Nesta modalidade além do software em si vem embutido, uma parcela do

processamento e o banco de dados, isto é, o software como serviço engloba também as

camadas de hardware e outros software por parte do provedor para que o mesmo fique

disponível. Um dado importante sobre o crescimento do SaaS segundo Taurion (2009)

algumas pesquisas já apontam que o SaaS pode chegar a 25% ou 30% do mercado total de

software já nos próximos 3 a 4 anos. Outro dado muito importante estima que ainda 2010 pelo

Page 53: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 51

menos 65% das empresas americanas terão no mínimo uma aplicação rodando no modelo

SaaS.

2.3.4 Software como Serviço

Também conhecido como SaaS o software como serviço é uma das categorias da

computação em nuvem. Ele constitui em uma nova forma de entrega de aplicativos e sistemas

de informação via web substituindo o antigo modelo de aquisição de licença por usuário. O

software como serviço é um das tendências tecnológicas que mais crescem, pois promove

uma alternativa mais econômica com mais benefícios do que o modelo tradicional de

aquisição de licença por usuário. Umas das vantagens do software como serviço é que as

empresas usuárias pagam aquilo que realmente utilizam, usando assim eficientemente seus

orçamentos para a tecnologia da informação. E fora que toda a hospedagem do serviço, bem

como manutenção é transferida a terceiros que por consequência possuem muitos clientes e

detém maiores forças para prover uma maior confiabilidade do sistema e dos bancos de dados

dos seus clientes do que elas próprias adquirissem os software e hardware e assumissem

todos os compromissos inerentes a eles. Outra vantagem do SaaS é que como a administração

e manutenção são centralizadas no fornecedor, cabe à ele as atualizações dos aplicativos e

sistemas de informações que estarão disponíveis instantaneamente aos usuários de forma

transparente.

Uma pesquisa realizada pelo Gartner (citada por INTEL, 2010b, p. 2) tinha uma

previsão que a receita mundial advinda do modelo de software como serviço chegaria a US$

5,1 Bilhões em 2007 com um aumento de 21% em relação a 2006, ainda segundo o mesmo

estudo essa tendência permanecerá em forte crescimento de até 22,1% até 2011, esses valores

são maiores do que os 9% previsto para o crescimento em investimentos em Tecnologia da

Informação no mundo todo. Segundo a Saugatuck Technology (citada por INTEL, 2010b, p.

3), a porcentagem dos executivos de TI que utilizou pelo menos uma tecnologia em SaaS nos

Estados Unidos aumentou de 11% para 26% em 2006. Embora que esse modelo de serviço se

mostre mais benéfico para as pequenas e médias empresas que possuem um orçamento

pequeno para aquisição de software e hardware e para contratação de capital humano

necessário ao funcionamento dos aplicativos e sistemas, a pesquisa relata que haverá uma

grande adoção de SaaS entre as grandes organizações. Com essa tendência se acentuando e se

consolidando, cada vez mais as empresas fornecedoras terão que se adaptar e correr para

oferecer os seus produtos no modelo tradicional dentro do modelo de SaaS, segundo

Page 54: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 52

levantamento de especialistas norte-americanos, dois terços das empresas estão comprando ou

pensando em comprar software por meio de assinatura para as áreas de atendimento ao

cliente, automação de força de venda e de recursos humanos. Apesar disso, o modelo ainda

tem muito a se desenvolver.

2.3.4.1 ERP (Enterprise Resource Planning)

O ERP é o acrônimo de Enterprise Resource Planning ou Sistema de Planejamento de

Recursos Empresariais também mais conhecido como sistema integrado de gestão. É um

conjunto de sistemas que tem como finalidade integrar e estabelecer relações de informação

entre todas as áreas de uma empresa. Essa ferramenta de gestão usa o conceito de uma única

base de dados, pois todas as ferramentas dos sistemas e seus módulos fazem parte de uma

única solução em software.

A gestão empresarial é o processo de operação funcional cotidiana de uma empresa, é

neste item que entra o ERP, que é um software de integração, que registra e processa cada

evento empresarial resultantes das funções básicas de qualquer empresa. Uma das funções do

ERP é distribuir as informações para todos na empresa a partir dos outros sistemas que estão

integrados a ele de acordo com as regras do planejamento estratégico tático e operacional. A

integração do ERP visa desencadear uma série de processos de informações que são

interdependentes a uma determinada ação no sistema e que são distribuídas por diversos

setores da empresa que possuem funções que se relacionam através dessa ação, como por

exemplo, vendas, estoque, financeiro-contábil e recursos humanos como se pode analisar na

figura 6:

Figura 6 - Sistemas Integrados.

Fonte: Laudon e Laudon, 2004, p. 62.

Page 55: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 53

Para Laudon e Laudon (2004, p. 62):

Sistemas integrados reuni todos os principais processos de negócios de uma

empresa em um único software que permite que a informação flua sem

descontinuidade através da organização e também entre clientes e

fornecedores.

O ERP é uma ferramenta imprescindível às empresas de qualquer tamanho e o que

gerou cada vez mais valor aos negócios das empresas foram os anos e anos desenvolvimento

de novas aplicações e melhoramento dos software, bem como o alinhamento cada vez mais

estreito entre negócios e a tecnologia da informação.

2.3.4.2 O eGestor

O software eGestor é um é um sistema integrado de gestão desenvolvido no modelo de

SaaS (software como serviço). O sistema é dotado com controle de estoque, ordens de

serviço, vendas e um sistema de controle financeiro. Todo o sistema é integrado a uma loja

virtual de comércio eletrônico. O sistema possui ferramentas gerenciais básicas como

qualquer outro sistema, mas com foco nas micros a médias empresas.

A desenvolvedora do software eGestor é a empresa Zipline Tecnologia com sede na

cidade interiorana de Santa Maria no Rio Grande do Sul. A Zipline é uma pequena empresa

gaúcha de desenvolvimento de software que atua no mercado de Tecnologia da Informação

desde ano 2000. No princípio, o foco da empresa era hospedagem de sites e administração de

servidores para as empresas da região. Contudo, a empresa com foco em longo prazo

percebeu que o mercado em que atuava os seus serviços estava ficando saturado e

comoditizado, decidiu então inteligentemente entrar em outro setor que possuísse maior valor

agregado tanto para seus clientes como para seus sócios. Foi assim que surgiu o projeto do

eGestor sistema ERP baseado no modelo SaaS e de arquitetura multi-inquilino. A primeira

versão foi desenvolvida em 2007, atendendo apenas alguns clientes locais, somente no final

de 2008 o eGestor foi totalmente reprojetado para atender a um público maior. A segunda

versão foi lançada em 2009, alcançando mais de mil clientes em todo o Brasil, sendo que a

grande maioria dos clientes ficam na região sudeste. Segundo Elias (2011) “O eGestor

cresceu muito rápido, mais rápido do que conseguimos organizar internamente a empresa”.

A Zipline está no momento refazendo o plano de negócio da empresa para se adequar

a esse crescimento acelerado e inesperado do eGestor. A atual missão da empresa é: “Inclusão

Page 56: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Referencial Teórico 54

digital e capacitação gerencial para micro e pequenas empresas brasileiras." Segundo dados

fornecido por Elias (2011) 16,72% dos clientes do eGestor são empresas de informática com

venda de equipamentos e serviços e 3,20% de telefonia. A empresa compreende que essa

porcentagem alta entre empresas de tecnologia esteja relacionada ao fato que em geral os

empresários desse mercado serem mais abertos a novas ideias e tecnologias, uma vez que os

empresários de outros mercados mais tradicionais ainda têm certo receio em adotar sistemas

que mantenham suas informações em servidores que não estejam sobre o seu domínio. Um

fato percebido pelos administradores da empresa é que eles imaginavam que a assinatura do

software seria realizada na sua maioria automaticamente via internet, porém foi constado que

os interessados em contratar o serviço ligavam e conversavam muito com os atendentes da

empresa antes de tomar qualquer decisão em relação à contratação dos serviços de software

da Zipline. Este ponto chamou atenção dos executivos da empresa porque quando se trata de

serviços através de assinaturas mensais, a cultura, principalmente a latina, que é fortemente

influenciada pelos contatos pessoais, é um item bastante importante que influencia as relações

comerciais. Analisando o caso da empresa Zipline Taurion (2009, p. 189) conclui que:

Ao entrar no mundo SaaS a Zipline enfrentou alguns desafios. Um

destes desafios, comuns aos enfrentadores pelos pioneiros de SaaS

como a Zipline é barreira do hábito. Nas gerações de software

anteriores, cliente-servidor e web, o pressuposto para garantir

segurança, confiabilidade e governança era que os servidores ficassem

dentro de casa. Fazer um movimento em direção à Computação em

Nuvem e SaaS significa quebrar este pressuposto. Os dados já não

residem onde você sabe que estão. Os aplicativos operam de um data

Center que pode estar em qualquer lugar do planeta. Quebrar

paradigmas não é simples e demanda um esforço muito grande de

evangelização e convencimento. Mas à medida que os benefícios

forem sedo observados, o mercado vai começar a reagir de forma

muito mais positiva e receptiva.

Portanto a Zipline assume um compromisso de ofertar um conjunto de serviços que

geram valor aos clientes e este em troca fidelidade, garantido receitas mensais a empresa cuja

localização geográfica dos mesmos não depende de escritórios fixos ou suporte presencial e

sim de um serviço confiável e de qualidade que atendam às necessidades desses clientes e os

potencializem a realizarem seus objetivos empresarias com mais eficiência através de novos

métodos de encararem um software integrado de gestão.

Page 57: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

CAPÍTULO III

ASPECTOS METODOLÓGICOS

Page 58: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

55

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para todo o estudo científico há uma metodologia. A metodologia é um conjunto de

passos e meios que validam a construção e a descobertas de novos conhecimentos, teorias e

preposições. Sem uma metodologia adequada e científica a pesquisa se torna vã por levantar

dúvidas de sua veracidade e credibilidade. É exatamente isso que afirma Lakatos e Marconi

(2001, p. 83):

O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com

maior segurança economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos

válidos e verdadeiros -. Traçando o caminho a ser seguido, detectando erros

e auxiliando as decisões do cientista.

Para Sanches (2007, s. 2) o Método científico é:

Um instrumento utilizado pela ciência na sondagem da realidade, um

instrumento formado por um conjunto de procedimentos, mediante os quais

os problemas científicos são formulados e as hipóteses são examinadas.

Por isto que este trabalho de pesquisa monográfica segue uma metodologia orientada

pela ciência metodológica na qual busca produzir um conhecimento científico. E por

conhecimento cientifico, segundo Costa (2001, p. 10-12) entende-se:

[...] Aquele produzido segundo as regras do método científico. É o

conhecimento baseado na realidade, sendo testável, reprodutível e

fortemente determinista. O conhecimento científico é organizado, metódico

e sistemático. Tudo tem a sua razão de ser, isto é, a causa. Para a Ciência

não existem milagres. Além disso, o conhecimento científico é analítico,

racional, cumulativo e empírico. Conhecimento organizado é conhecimento

hierarquizado. Conhecimento metódico é conhecimento cuja produção

segue caminhos pré-determinados. É também sistemático o conhecimento

científico no sentido de que as ideias, os conceitos, as teorias e os recursos

de que se vale pertencem todos a uma família lógica de declarações e de

conclusões. Analítico e analisar provêm da mesma fonte etimológica:

implicam desmontar o todo em suas partes, a fim de que, conhecendo o

mecanismo de funcionamento de cada uma, seja possível enxergar, no todo,

a contribuição individual. Por ser racional, o conhecimento científico exclui

toda e qualquer relação entre variáveis que dependa de crença ou de fé.

A definição do “método, etimologicamente, é caminho que conduz a determinado fim”

(COSTA, 2001, p. 7), isto é, são os passos e estratégias que foram seguidos para responder o

problema proposto e satisfazer os objetivos deste trabalho acadêmico.

Page 59: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 56

3.1 Universo e Amostra

Como a pesquisa é a do tipo quanti-qualitativa, A delimitação da amostra e o universo

foram direcionados para a pesquisa quantitativa, pois segundo Costa (2001, p. 39).

Em pesquisa qualitativa não tem grande importância à maneira como se

coleta uma amostra ou se determina o seu tamanho. Se fosse possível ou

mesmo necessário, dimensionar o tamanho da amostra, a pesquisa deixaria

de ser qualitativa – passando a quantitativa.

A pesquisa foi delimitada a partir do universo representado pelo número de clientes

do software eGestor da Empresa Zipline. Por universo entende-se como um “conjunto de

seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”

(LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 223).

Constitui a amostra da pesquisa, segundo Lakatos e Marconi (2001), uma porção ou

parcela, convenientemente selecionada do universo que a represente. A técnica de

amostragem utilizada foi a não probabilística, isto e, todos os elementos representantes do

universo não possuíram as mesmas chances de participar da amostra da pesquisa.

O universo selecionado é representado pelo quantitativo de clientes que utilizam o

eGestor da empresa Zipline que neste caso são formados por 1348 empresas, onde todas elas

receberam por email o formulário da pesquisa. A amostra foi representada pelos clientes que

aceitaram a responder o formulário que foi enviado a todos por email pelo Administrador da

Empresa desenvolvedora do eGestor a Zipline representado pelo quantitativo 17 empresas no

total representado por 1,3% do total de empresas clientes do eGestor.

Desta forma a amostra das empresas, que aceitaram responder a pesquisa não se

mostra o suficiente para representar a totalidade do universo. Para Kotlter e Keller (2006, p.

102) “Embora a pesquisa de grupo de foco tenha se mostrado uma etapa exploratória útil, os

pesquisadores não devem generalizar as opiniões dos participantes para o mercado como um

todo, porque a amostragem é muito pequena e não é selecionada aleatoriamente”. Portanto a

pesquisa levantada, bem como sua análise é uma verdade apenas para que o pequeno grupo

representado.

Page 60: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 57

3.2 Tipos e técnicas de pesquisa

Entende-se como pesquisa, segundo Ander-Egg (citado por LAKATOS e MARCONI,

2001, p. 155), “um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite

descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. E

técnica para Costa (2001, p. 7) “É o recursos que viabiliza o método, isto é, que possibilita

que o fim buscado seja atingido” outra afirmação do conceito “Um conjunto de preceitos ou

processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou

normas, a parte prática” (LAKATOS e MARCONI, 2010, p. 157). E para Sanches (2007, s.

3):

Pesquisa, no sentido mais amplo, é um conjunto de atividades orientadas

para a busca de um determinado conhecimento. A pesquisa científica se

distingue de outra modalidade qualquer de pesquisa pelo método, pelas

técnicas, por estar voltada para a realidade empírica e pela forma de

comunicar [grifo do autor] o conhecimento obtido.

Conforme Ruiz (2002, p. 48):

Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada,

desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia

consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em

estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa.

Uma das fases de uma pesquisa é a de levantamento dos dados que podem ser

utilizados as técnicas de pesquisa bibliográfica, documental e contatos diretos. Para Lakatos e

Marconi (2010, p. 142):

A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos

já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer

dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura

pertinente pode ajudar a planificação do trabalho, evitar publicações e certos

erros, e representa uma fonte indispensável de informações, podendo até

orientar as indagações.

O passo anterior à pesquisa de campo é uma análise minuciosa de todas as fontes

documentais. Contatos diretos ou pesquisa de campo e a pesquisa bibliográfica foram

executadas ao mesmo tempo.

Page 61: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 58

3.2.1 Pesquisa Bibliográfica

Um dos passos que foram seguidos para esse estudo de análise dos benefícios da

computação em nuvem e consequentemente o software em questão, foi a pesquisa

bibliográfica em livros relacionados ao tema da pesquisa, monografias e artigos que foram

distribuídos pela internet. Essas obras serviram de fontes e referências a pesquisa em busca de

atingir os objetivos e responder à problemática. Fonte entende-se como “textos originais, ou

textos de primeira mão sobre determinado assunto” e Bibliografia “é o conjunto das

produções escritas para esclarecer as fontes, para divulgá-las, para analisá-las, para refutá-las

ou para estabelecê-las; é toda a literatura originária de determinada fonte ou a respeito de

determinado assunto”. (Ruiz, 2002, p. 58). A pesquisa bibliográfica para Sanches (2007, s.

23) “Abrange toda bibliografia já tornada publica em relação ao tema de estudos, desde

publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisa, monografias, teses, material

cartográfico, até meios de comunicação.”.

A pesquisa bibliográfica foi uma fonte de informação primordial para o estudo, apesar

da escassez de materiais relacionados ao tema, pois a mesma precede qualquer outra forma de

pesquisa. Ela acumula experiência e vivências práticas dos autores sobre determinado assunto

e também “oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como

também novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente” Manzo26

(citado

por LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 183). Com a carência de livros publicados sobre o

assunto, basicamente na sua grande maioria, a pesquisa foi direcionada para artigos e algumas

monografias que pela sua raridade foram encontrados somente na Internet e a maioria delas

eram direcionadas a disciplina de sistema de informação.

3.2.2 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo se constitui de um tipo de pesquisa de documentação direta que

segundo (LAKATOS e MARCONI, 2010, p. 169) é formado geralmente “no levantamento de

dados no próprio local onde os fenômenos ocorrem” e a pesquisa de campo segundo os

mesmos autores e página:

26 Manzo, Abelardo J. Manual para la preparación de monografias: uma guia para presentar informes y teses.

Buenos Aires: Humanitas, 1971.

Page 62: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 59

É aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou

conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma reposta,

ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, de descobrir novos

fenômenos ou as relações entre eles.

Antes de tudo é necessário ser realizado uma pesquisa na bibliografia a ser estudada,

mesmo que depois ela continue sendo executada ao mesmo tempo com a pesquisa de campo.

Tendo como objetivo em conhecer opiniões de autores e especialistas que escreveram e

publicaram trabalhos e documentos sobre os assuntos relacionados ao tema proposto por essa

monografia. Apesar de que as duas podem ser realizadas em conjunto, uma pesquisa

bibliográfica preliminar deve ser feita como primeiro passo na obtenção das repostas que

servirão de base para o que deve ser comprovado e complementado na pesquisa de campo. A

pesquisa de campo realizada foi a do tipo quantitativo-descritivo com questionário e a

pesquisa qualitativa usando a entrevista como método de coleta de dados.

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

3.3.1 Questionário

Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento de pesquisa o questionário, que

possibilitou mensurar com precisão os dados a serem alcançados. Tem por questionário

segundo Sanches (2007, s. 17) “É um instrumento de coleta de dados constituído por uma

série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do

entrevistador”.

O questionário foi aplicado a todos os clientes que utilizam o eGestor da empresa

Zipline. A adoção do questionário foi feita levando-se em consideração algumas de suas

vantagens citadas por Lakatos e Marconi (2001, p. 200) como: economia de tempo, obtenção

de respostas mais rápidas e mais precisas e por apresentar maior segurança pelo fato de as

respostas não serem identificadas. A abordagem do questionário foi à quantitativa que permite

mensurar com precisão os dados e demonstrando-os estatisticamente. Para Costa (2001, p.

39):

A pesquisa quantitativa é metrificaste. Ela busca estabelecer relações de

causa-a-efeito entre as variáveis de tal modo que as perguntas “Quanto?”,

“Em que proporção?”, “Em que medida” sejam respondidas com razoável

rigor. Em suma, enquanto a pesquisa qualitativa pergunta “quê?”, a pesquisa

Page 63: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 60

quantitativa pergunta “quanto?”. Além disso, a pesquisa quantitativa

pressupõe a utilização da Estatística (do Método Estatístico).

Para Sanchez (2007, s.7) o Resultado da pesquisa quantitativa se “traduz em números

opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. Utiliza métodos estatísticos.”.

O método estatístico também pode ser utilizado em pesquisa e pressupõe o uso de:

[...] Recursos e técnicas estatísticas desde a mais simples como porcentagem,

média, moda, mediana e desvio padrão, até as de usos mais complexo como

coeficiente de correlação, análise de regressão. (OLIVEIRA, 1997, p. 115):

O objetivo do questionário tem por obtenção de dados quantitativos a respeito dos

benefícios e vantagens advindos do uso do software eGestor confirmado pelos clientes que o

utilizam. As perguntas foram classificadas como fechadas ou dicotômicas e de múltipla

escolha. De acordo com Lakatos e Marconi (2010, p. 187 e 189) perguntas fechadas ou

dicotômicas “Também denominadas limitadas ou de alternativas fixas, são aquelas que o

informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não.” E de Múltipla escolha “São

perguntas fechadas, mas que apresentam uma série de possíveis respostas, abrangendo várias

facetas do mesmo assunto.”.

A décima primeira (11ª) pergunta do questionário aplicado, representada nas análises

pelo gráfico 07 e pelo quadro 01, seguiram a escala de Likert, que segundo Brandalise27

(

citado por NASCIMENTO, 2011, p. 62):

As escalas de Likert, ou escalas somadas, requerem que os entrevistados

indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações

relativas à atitudes que está sendo medida. Atribui-se valores numéricos e/ou

sinais às respostas para refletir a força e a direção de reação do entrevistado

à declaração. As declarações de concordância devem receber valores

positivos ou altos enquanto das quais discordam devem receber valores

negativos ou baixos.

Para Oliveira (2001):

A escala de Likert se baseia na premissa de que a atitude geral se remete às

crenças sobre o objeto da atitude, à força que mantém essas crenças e aos

valores ligados ao objeto. As escalas de Likert, ou escala somatória, tem

semelhança com as escalas de Thurstone, pois dizem respeito a uma série de

27 BRANDALISE, Loreni Teresinha. Modelos de Medição de Percepção e Comportamento. 2005 Disponível

em: <www.lgti.ufsc.br>.

Page 64: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 61

afirmações relacionadas com o objeto pesquisado, isto é, representam várias

assertivas sobre um assunto. Porém, ao contrário das escalas de Thurstone,

os respondentes não apenas respondem se concordam ou não com as

afirmações, mas também informam qual seu grau de concordância ou

discordância. É atribuído um número a cada resposta, que reflete a direção

da atitude do respondente em relação a cada afirmação. A somatória das

pontuações obtidas para cada afirmação é dada pela pontuação total da

atitude de cada respondente. Chisnall28

(1973, p. 174 a 176) coloca que as

escalas de Likert são mais populares que as escalas de Thurstone porque

além de serem confiáveis, são mais simples de construir e permitem obter

informações sobre o nível dos sentimentos dos respondentes, o que dá mais

liberdade à eles, que não precisam se restringir ao simples concordo/

discordo, usado pela escala de Thurstone.

A escala de Likert permite então mensurar com certa precisão e confiabilidade valores

e sentimentos dos respondentes em relação ao objeto estudado aumentando a credibilidade da

pesquisa respondendo-a com fidedignidade aos pensamentos da amostra populacional

investigada, pois este tipo de escala se mostrou mais adequado para avaliar as afirmações

alegadas por Araújo29

(citado por SILVA, 2008, p. 7-8).

3.3.2 Entrevista

O tipo de entrevista será a focalizada, nela há um roteiro com tópicos que contém os

assuntos relacionados de forma relevante a problemática da pesquisa que permite segundo

Lakatos e Marconi (2010, p. 180) “[...] liberdade de fazer perguntas que quiser: sonda razões

e motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo, a rigor, a uma estrutura”. Para Best30

(citado

por LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 196) a entrevista “é muitas vezes superior a outros

sistemas de obtenção de dados”. O tipo de entrevista se desdobra em não dirigida na qual

permite ao entrevistador incentivar o entrevistado a comentar sobre determinado assunto,

dando, contudo meios pelos quais o pesquisador poderá suscitar ao informante dados e

informações desconhecidas do tema proposto por este trabalho, pois ainda este assunto

levanta muitas dúvidas como já foi apresentada pela própria pesquisa já realizada. A

abordagem deste instrumento de pesquisa será a qualitativa que permite esclarecer com mais

clareza e nível de detalhes bem mais apurado que os outros instrumentos de coleta de dados.

Para Oliveira (1999, p.117):

28 Chisnall, Peter. Marketing Research: Analysis and Measurement. McGraw-Hill: 1973.

29 ARAÚJO, Luis César G de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas,

2006. 30

BEST, J. W. Como investigar en educación. 2. Ed. Madrid: Morata, 1972

Page 65: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 62

As abordagens qualitativas facilitam descrever a complexidade de problemas

e hipóteses, bem como analisar a interação entre variáveis, compreender e

classificar determinados processos sociais, oferecer contribuições no

processo das mudanças, criação ou formação de opiniões de determinados

grupos e interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes

dos indivíduos.

Conforme Costa (2001, p. 39):

A pesquisa qualitativa é globalizante, holística. Procura captar a situação ou

o fenômeno em toda a sua extensão. Em lugar de identificar a priori algumas

variáveis de interesse, trata de levantar todas as possíveis variáveis

existentes, numa tentativa de enxergar, na sua interação, o verdadeiro

significado da questão sob exame.

Para (SANCHEZ, 2007, s.7) a “pesquisa qualitativa: considera a existência de uma

relação dinâmica entre mundo real e sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O

processo é o foco principal.”.

A entrevista foi direciona exclusivamente ao Senhor Deivison Alves Elias,

administrador da empresa Zipline. E tinha como objetivo levantar dados qualitativos em

detalhes suficientes que mostrassem a natureza e a realidade do mercado atuante da empresa

pesquisada, bem como informações das percepções subjetivas, concretas e nem quantificáveis

do entrevistado em relação ao objeto de estudo.

3.4 Análise e Tratamento dos Dados

Após a aplicação dos questionários, os dados obtidos passaram por análises

comparativas entre a teoria e a prática, que ajudaram na obtenção dos resultados,

identificando assim os pontos propostos nos objetivos desse trabalho e que responderam a

problemática da pesquisa. Conforme Costa (2001, p. 39) “O caminho e os procedimentos

constituem o tratamento dos dados. Tratamento é um conjunto de ações cujo objetivo é

„surpreender‟ a Natureza, obrigando-a, de certo modo, a dar ao pesquisador respostas ao

problema de interesse.”.

3.5 Aplicação da Pesquisa

A pesquisa de campo foi realizada nos períodos de 25/10/2011 à 10/11/2011. Para a

coleta dos dados foi utilizado como ferramenta o formulário do serviço em nuvens do Google

Page 66: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Aspectos Metodológicos 63

Docs que permitiu ao pesquisador com economia de custos e de tempo realizar

satisfatoriamente a pesquisa enviando o endereço do formulário por e-mail a todos os clientes

do eGestor. Foram enviados aproximadamente a pesquisa à 1348 emails.

Page 67: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

CAPÍTULO IV

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE

DOS RESULTADOS

Page 68: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

64

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta etapa da monografia foram analisadas as respostas obtidas nos formulários que

foram aplicados aos clientes utilizadores do eGestor. Em seguida, a análise da entrevista

realizada com o senhor Deivison Alves Elias, Administrador e Sócio da Empresa Zipline.

4.1 Análise da entrevista realizada ao gestor da Empresa

A pesquisa foi realizada com o administrador e sócio da empresa Zipline, o Senhor

Deivison Alves Elias. A empresa se localiza na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul.

A pesquisa foi aplicada por meio de uma entrevista utilizando-se para isso perguntas abertas

referentes a diversos assuntos levantados e objetivados por esta monografia. Para a realização

da entrevista foi utilizada a ferramenta de correio eletrônico, também foi utilizada para o

mesmo objetivo o telefone que serviu para esclarecer com mais rapidez e objetividade os

questionamentos que não ficaram bem esclarecidos o suficiente para o autor da pesquisa. O

administrador da Zipline Tecnologia foi indagado em relação sobre a definição do diferencial

que o eGestor possui na visão da empresa, das pretensões em desenvolver uma versão

específica para dispositivos móveis, do nível das garantias e da confiabilidade do sistema, das

ações que a empresa tem realizado para agregar mais valor ao eGestor, das principais

dificuldades encontradas por aqueles que desejam adquirir uma solução na computação em

nuvem e em software como serviço, dos motivos que levaram a empresa decidir utilizar a

infraestrutura em nuvem de provedores externos e por ter sido escolhida empresas de outros

países em detrimento ao Brasil, da opinião do administrador da empresa se a velocidade de

internet no país tem sido uma barreira ao crescimento do setor no Brasil e se há algum

planejamento em implementar mais alguma camada de segurança de acesso ao software além

do usuário e senha.

Em relação ao primeiro questionamento na qual se perguntava a definição do

diferencial que o eGestor possui na visão da empresa comparando-se os concorrentes que

estão no modelo tradicional de software o cliente-servidor. Na resposta a empresa se mostrou

bastante centrada e focada no seu mercado de atuação que são as micros e pequenas empresas.

Acertadamente e conforme as opiniões dos clientes mostradas nos gráficos do próximo

capitulo o principal diferencial ofertado e demando pelo eGestor é de fato de o mesmo estar

disponível na web com acesso móvel independente de ambiente físico e geográfico.

Page 69: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 65

“O eGestor é um sistema simples, pronto para uso, focado em micro e pequenas

empresas. Os diferenciais são a mobilidade, preço e o atendimento centralizado.”

No segundo quesito relativo às pretensões em desenvolver uma versão específica para

dispositivos móveis seja uma versão web ou através de algum aplicativo para smartphones

e/ou tablets a empresa foi contundente em responder que a mesma só desenvolve software

para a web com acesso online e que não trabalha com desenvolvimento de aplicativos que se

baseiam em alguma plataforma em sistema operacional ou qualquer outro software. Contudo

a empresa está desenvolvendo uma nova versão do eGestor que estará mais apta a ser exibida

em dispositivos móveis, porém ela permanecerá utilizando-se a web como plataforma. A

empresa afirma com isto que deseja se firmar apenas neste nicho de mercado, mas poderá ter

perdas a longos prazos caso não deseje crescer ainda mais e calcar outros níveis de mercado

que deseja um produto mais completo. Os clientes tem se tornado mais exigentes em relação a

essas soluções e exigido cada vez mais a integração com outros sistemas e soluções que não

sejam apenas o ERP, mas soluções analíticas de BI (Inteligência empresarial), Data

Warehouse, CRM e SCM (supply chain management) (INTEL, 2011b). Outro fator

importante é que o ERP acompanhe constantemente a evolução da gestão da empresa, por isto

que as empresas clientes estão exigindo também a presença mais forte dos fornecedores das

soluções no formato de consultoria, suporte aos produtos e atendimento. As empresas têm

procurado não somente uma solução pontual que atenda processos isolados, mas que também

algo que lhes agrega um valor maior tal como um forte relacionamento com o cliente por

parte dos fornecedores das soluções.

“Trabalhamos apenas com software online. Não desenvolvemos nada para ser

instalado. A próxima versão do eGestor estará mais preparada para trabalhar com

smatphones e tablets, mas continuará sendo web.”

No terceiro questionamento aplicado pela pesquisa ao gestor da empresa foi levantado

para análise o nível de garantia da confiabilidade e segurança dos dados e informações que os

clientes do eGestor possuem ao delegar a Zipline as responsabilidade de gerir os recursos

ofertados. Ao responder o questionamento pelo email a empresa não esclareceu totalmente a

ideia deste item da pesquisa, que tinha como objetivo de conhecer o nível de classificação

enquanto a segurança que na qual foi confirmada pela consultoria contratada pela empresa.

No entanto a empresa revelou alguns procedimentos básicos de segurança que são seguidos

pela Zipline, tanto neste questionamento bem como também nos vídeos de apresentação e

Page 70: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 66

propaganda do produto alardeados pelo site da empresa e tal como na análise do contrato de

concessão de uso de software eGestor que no qual está disponível no Anexo B desta

monografia. Com o mesmo objetivo deste questionamento foi feita uma análise meticulosa do

autor desta monografia seguindo para isso os seus conhecimentos, tanto em administração

como informática, pois o mesmo possui certificação técnica nesta área. No item 3.1 a empresa

se obriga em manter o sistema funcionando a 100% do tempo. Mas isso é impossível de se

obter, não existe sistema 100% disponível o máximo que se pode é em determinados períodos

alcançar o total de disponibilidade. O correto é explicitar que poderá haver períodos de

indisponibilidade do sistema sendo o ideal demonstrar numericamente este tempo dando das

garantias máximas de disponibilidade. Porém apesar da Zipline delegar a terceiros o

gerenciamento do hardware e se preocupar unicamente com o software os clientes com

certeza não o vem dessa mesma forma, eles muitas vezes não possuem conhecimento técnico

suficiente para discernir entre o limite do software e do hardware e entre os limites das

responsabilidades da Zipline e das outras prestadoras que apoiam o serviço do eGestor.

“Temos profissionais capacitados e políticas de segurança para manter esses dados

em segurança. Os backups são criptografados, servidores sempre atualizados, firewall e,

além disso, nossos servidores são auditados diariamente pela empresa americana Network

Solutions.”

Ao ser levantada as ações que a empresa tem realizado para agregar mais valor ao

eGestor a empresa respondeu que o mesmo foi reprojetado e está na fase final de conclusão de

uma versão que apresentará melhorias em uma nova interface de usabilidade e conterá novas

funcionalidades. A empresa afirma também que está investido em uma nova reformulação da

empresa em diversos sentidos, isto é, a empresa está se adequando e se reinventando para

acompanhar o crescimento do eGestor que nas próprias palavras do administrador da empresa

disse “O eGestor cresceu muito rápido, mais rápido do que conseguimos organizar

internamente a empresa” (ELIAS, 2011). Mostra-se aqui a preocupação da Zipline em manter

atualizações do software de gestão com novas versões que trazem novidades aos seus clientes

bem como melhor entende-los para fideliza-los agregando mais valor ao produto e até mesmo

conquistado novos clientes por essas atitudes de profissionalismo. Temos com isto um ponto

positivo à empresa que disponibiliza sempre que possível, melhorias do software aos seus

clientes e estes obtém por consequência a certeza que de forma imediata todos os clientes

terão acesso a essa melhorias por causa do modelo de computação em nuvem.

Page 71: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 67

“O eGestor está sendo totalmente reescrito, essa nova versão trará uma série de

melhorias de usabilidade e funcionalidades ao sistema. Além disso, estamos investindo em

uma pesquisa de mercado para entender melhor nossos clientes e dessa maneira atendê-los

melhor. Uma reestruturação das marcas da Zipline e eGestor, além de novos sites também

estão sendo desenvolvidos.”

Ao ser perguntada sobre a experiência e o conhecimento que a empresa possui sobre o

mercado de computação em nuvem e do software como serviço no tocante as principais

dificuldades encontradas por empresas que desejam adquirir soluções nestes mercados. A

empresa respondeu que o principal problema é que essas empresas buscam produtos

específicos e adequados ao seu mercado de atuação e não são encontradas ofertas

compatíveis. Isso talvez seja uma oportunidade para que outras empresas ou até mesmo a

própria Zipline possam desenvolver soluções diferentes que visam se alinhar a vários tipos de

negócios e um software genérico que atenda a maioria.

“Soluções personalizadas. Algumas empresas buscam produtos específicos e não

encontram no mercado.”

Já no sexto quesito foi questionado os motivos que levaram a empresa decidir por usar

a infraestrutura em nuvem de provedores externos e por que buscaram fora do país esse

recurso. O administrador foi categórico em afirmar que a Zipline é focada no

desenvolvimento para a plataforma web, pois é esse o conhecimento que a empresa possui

também conhecido como know-how. Isso é um ponto positivo para a empresa porque a

mesma se mantém focada nas suas competências centrais e se abstrai de um conhecimento

que no qual seria dispendioso para ela obter e também ele não possui forças suficientes para

gerenciar diretamente uma infraestrutura em nuvem, por quanto à empresa prefere buscar

esses recursos em terceiros que possuem mais habilidades e conhecimento para isso.

Motivado principalmente porque a Zipline atua diretamente no desenvolvimento em software

para web que no caso é o núcleo da vantagem competitiva ofertada as empresas clientes do

eGestor. Em relação aos motivos que levaram a empresa adotar a infraestrutura de nuvens de

provedores do exterior a empresa respondeu que foram o serviço de maior qualidade e os

custos dos serviços menores. Isso é interessante, pois a computação em nuvem tem reforçado

a globalização da economia ofertando um serviço como o de infraestrutura de hardware em

nuvem que poderá ser ofertado de forma independente aos países de origem e destino,

Page 72: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 68

fazendo com que países como o Brasil que possuem uma das cargas tributárias mais altas do

mundo menos competitivo para esse setor. É o que a Revista Veja (2011) afirma em que:

De acordo com um ranking organizado pelo Banco Mundial, o Brasil está na 145ª posição entre os países com maior carga tributária em relação ao

PIB. No total, 181 países foram pesquisados. Em termos de competitividade,

o país fica em 125º lugar.

Para Barone31

(citado por VEJA, 2009) “o Brasil perde competitividade no cenário

internacional quando aumenta a carga tributária”.

“A Zipline nasceu com desenvolvimento web. É o que sabemos fazer. Já possuíamos

experiência pessoal com desenvolvimento nas nuvens. Por isso decidimos desenvolver um

produto para explorar nosso know-how. A qualidade do serviço em nuvens do exterior é

superior a do Brasil, além do serviço ser mais barato.”

Já na sétima questão era relacionada à opinião que o gestor possuía se as velocidades

de conexão com a internet no Brasil tem sido uma barreira ao crescimento do setor de

software como serviço e de computação em nuvem. A empresa acredita que as conexões de

internet no Brasil tiveram bastantes melhorias em qualidade e velocidade, porém o gestor

acredita que a Zipline poderia possuir mais clientes se as conexões das cidades do interior

fossem melhores. Contudo como o crescimento do eGestor tem sido satisfatória para a

empresa, o administrador da empresa acredita que isso não tem sido uma barreira muito

significativa, pois a aceitação do mesmo tem sido muito boa.

“As conexões internet no Brasil têm melhorado muito. Estamos fechando muitos

negócios principalmente nas capitais. Possivelmente fecharíamos mais negócios se as

conexões do interior fossem melhores. No entanto a Zipline vem crescendo bastante, não

temos visto as conexões internet como um limitador já que a aceitação tem sido muito boa.”

O último questionamento aplicado ao senhor Deivison foi relativo se a empresa tem

pretensão de implementar mais alguma camada de segurança de acesso ao eGestor que vá

além do apenas usuário e senha. A empresa não tem essa pretensão por não desejar limitar o

acesso do usuário ao eGestor somente através de algum computador ou local especifico ou

31 BARONE, Francisco. Fundação Getúlio Vargas e da Escola Brasileira de Administração Pública e de

Empresas (Ebape)

Page 73: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 69

complicar o acesso do sistema pelos os usuários. A segurança e a confiabilidade ofertada pelo

eGestor é de certa forma adequada e até superior que os seu clientes poderiam obter se o

software eGestor não tivesse como base a nuvem computacional, porém ela só é adequada a

micro e pequenas empresas que são o público alvo deste software. Se a empresa desejar

alcançar outro tipo público de maior poder aquisitivo ela terá que adotar o eGestor com outros

níveis alto de segurança e confiabilidade.

“Não temos a intenção. Trabalhamos com software online. Não pretendemos limitar

usuário a alguma máquina ou local específico.”

4.2 Análise dos questionários aplicados aos clientes do eGestor

Gráfico 1 – Contribuição do eGestor para a colaboração entre os funcionários e os

departamentos/setores das empresas

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

O gráfico 1 representa que 88% dos respondentes afirma que eGestor contribui para a

colaboração entre os funcionários e departamentos/setores das empresas. O conceito de

colaboração usada na pesquisa é da fluidez das informações pertinentes a empresa, isto é, ao

editar qualquer informação da empresa no sistema a mesma estará disponível a qualquer um

que tenha direito legítimo ao acesso. O eGestor contribui a essa fluidez por causa do seu

modelo de acesso via web, pois os gestores poderão de qualquer lugar ter acesso as

informações da empresa. As informações podem fluir com melhor rapidez, e como afirmado

88%

12%

Sim

Não

Page 74: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 70

anteriormente e comprovado neste questionamento, as tomadas de decisões poderão então ser

pautadas em informações mais confiáveis e atualizadas e independentes de onde esteja o

tomador da mesma facilitando as respostas das questões do mercado onde atua a empresa.

Pois a qualidade é uma das métricas que defini assertividade da decisão que está ligada

diretamente às informações que estavam disponíveis no momento. Portanto a qualidade da

informação define diretamente a qualidade da decisão e para isto as informações devem ser

atualizadas, centralizadas e fluírem pela organização. (NASCIMENTO, 2011)

Gráfico 2 – Nível de frequência com que gerentes e funcionários acessam as informações da

empresa através do eGestor em tablets, smartphomes, netbooks e/ou notebooks usando acesso

móvel a internet.

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

No gráfico 2 é possível compreender que pelos menos 70% dos entrevistados

responderam que acessam as informações de sua empresa com bastante frequência através de

conexões moveis a internet, dividido-se entre 41% os que acessam frequentemente e 29% que

acessam com alta frequência. Considerando-se que para a pesquisa conexão móvel a internet

são o uso das tecnologias conhecidas como 2G e 3G com exceção da conexão wifi que é uma

tecnologia sem fio, mas não móvel.

A empresa que utiliza a informação como um ativo estratégico a terá como um fator

de vantagem competitiva. E como falado anteriormente que a qualidade da tomada de decisão

depende da qualidade da informação e esta deve estar disponível de preferência em qualquer

29%

41%

24%

6% Alta frequência

Frequentemente

Pouca frequência

Nenhuma

frequência

Page 75: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 71

lugar e em qualquer momento. Pois a qualidade da decisão deve ser afetada

independentemente da localização geográfica do tomador dela.

Durante a aplicação da pesquisa só respondia este questionamento caso outra questão

anterior era respondida como positiva e que neste caso todos os respondentes afirmaram que

as empresas têm usufruído da vantagem de que o modelo adotado do software eGestor é via

internet e a mesma tem acessado as suas informações remotamente, distante do ambiente

físico da empresa. Isso demonstra que o eGestor têm proporcionado ganhos significativos as

empresas por disponibilizar as informações dela aos seus colaboradores e gestores pela

Internet.

Gráfico 3 – Área/setor na qual o eGestor tem contribuído significativamente nas empresas

por disponibilizar as informações on-line

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Neste gráfico é possível esclarecer que são nas vendas e na gestão financeira que o

eGestor melhor tem contribuído as empresas por disponibilizar as informações através da

web. Para empresas de qualquer tamanho é vital o uso correto e adequado da administração

financeira para a melhor organização das finanças e consequentemente as melhores tomadas

de decisão. As tomadas de decisões devem ser baseadas em informações confiáveis por isso

que se faz necessário o uso de controles financeiros para manter as contas em dia e dar

29%

29%

18%

18%

6%

Vendas

Financeiro/Contábil

Estoque

Melhor acesso aos

relatórios e informações

da empresa

Outro

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Page 76: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 72

embasamento suficiente e imprescindível para um bom planejamento de investimentos e

assim se haver crescimento da empresa.

É de fundamental importância o entendimento e a compreensão da administração

financeira e os conceitos contábeis, principalmente para pequenas empresas nas quais o gestor

acumula muitas funções diferentes. Oliveira (2005) afirma que com a experiência do

SEBRAE de Minas Gerais pode-se chegar à conclusão que a origem dos problemas

financeiros de pequenas empresas, na maioria das vezes está relacionada a decisões tomadas

sem planejamento, como por exemplo, decisões de investimento ou compra de imóveis. Em

outras ocasiões a falta ou má qualidade das informações financeiras e contábeis, também

provocam tomadas decisões errôneas que consequentemente desencadeiam um aperto

financeiro e geram dificuldades de pagamento afetando assim a sua liquidez.

Contudo é de suma importância como qualquer empresa seguir algumas orientações e

regras básicas de uma boa gestão financeira. Pois se houver em futuro próximo crescimento

da empresa a mesma estará preparada para gerir recursos financeiros maiores, bem como uma

maior complexidade das exigências governamentais contábeis da empresa. Além disso,

segundo o SEBRAE32

citado por (OLIVEIRA, JUNIOR, e ALBUQUERQUE; 2010; p. 2)

29% das empresas abertas são fechadas ainda no primeiro ano após a abertura e 56% em até

cinco anos. O grande problema ainda segundo os autores, para a baixa longevidade das

empresas são a falta de planejamento e a má administração da empresa.

Com isto é possível afirmar a importância que se tem também a dar atenção e cuidados

a contabilidade para que os planos da empresa não comprometam as finanças com decisões de

investimentos além da capacidade de pagamento, na qual afetaria o índice de liquidez da

mesma e consequentemente resultaria em sua falência. É neste sentido que entra o ERP, que

por sua definição numa tradução direta do acrônimo em inglês (Enterprise Resource

Planning) significa sistema de planejamento de recursos empresariais. Esses sistemas visam

manter em uma única base de dados às informações financeiras e contábeis, além de outras,

com o objetivo de embasar melhor a gestão dos recursos empresariais.

Portanto, é importante manter os esses registros financeiros contábeis sejam corretas

para que as informações e dados financeiros sejam de confiança e as tomadas de decisão

32 SEBRAE. Indicadores SEBRAE-SP. Pesquisa de Conjuntura. Resultados de março de 2010. Disponível em:

<http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/ indicadores_mai_10.pdf>. Acesso em: 09/05/2010.

Page 77: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 73

sejam decididas com base em informações seguras, a fim de que seus objetivos sejam

alcançados. Para Shimitt33

citado por (OLIVEIRA, JUNIOR, e ALBUQUERQUE; 2010; p. 5)

afirma que “as empresas tendem a se adaptar aos pacotes de software ERP com o argumento

que os sistemas ERP incorporam as melhores práticas de negócios”. Com isto pode-se

confirmar a importância de analisar a adequação entre as ambas as partes e propondo

mudanças organizacionais.

Gráfico 4 – Frequência percebida de falha do eGestor pelas empresas que o utilizam

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Este gráfico representa uma das mais importantes informações sobre os benefícios

proporcionadas pelo eGestor aos seus clientes: a disponibilidade dos dados e informações. Ele

nos mostra que 65% dos pesquisados não perceberam nenhum tipo de falha no software e que

somente 35% perceberam com pouca frequência algum tipo de problema em acessar o

sistema. A pesquisa também demonstrou que não houve nenhum relato de frequência ou alta

frequência na percepção em falhas do eGestor, pois nenhum dos pesquisados responderam

positivamente as opções deste questionamento entre “frequentemente” e “alta frequência”.

33SCHIMITT, Carlos Alberto. Sistemas integrados de gestão empresarial: uma contribuição no estudo do

comportamento organizacional e dos usuários na implantação de sistemas ERP. Tese (Doutorado em Engenharia

da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

35%

65%

Pouca

frequência

Nenhuma

frequência

Page 78: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 74

Disponibilidade é a capacidade do sistema de informação em se manter disponível aos

seus usuários a todo custo mesmo em condições anormais de falhas, porém previstas e

controladas. Para Pereira (2005, p. 13) “Um sistema de Alta Disponibilidade tem como

principal finalidade a de estar o maior tempo possível disponível para que seus serviços, de

alguma forma, não sejam interrompidos”. Refere-se tanto ao hardware do sistema de

servidores e de redes de comunicações quanto o software.

A medida mais utilizada para manter a disponibilidade em nível de hardware é a

redundância de equipamentos em caso de uma falha há outro que o substitua, porém esse

método custa muito dinheiro e, além disso, é necessário pessoal altamente qualificado para

operar essas estrutura. Não há garantia que nenhum sistema consiga se mantiver em 100% de

tempo disponível, porém há uma faixa de tolerância de disponibilidade do sistema que vai de

95% a 99,999%, ele é também como conhecido como downtime que é o tempo máximo em

que os usuários do sistema não têm acesso a informações e dados.

Tabela 1 - Níveis de Disponibilidade

Disponibilidade (%) Downtime/ano

Dias hh:mm:ss Downtime/mês

95% 18 dias 6:00:00 1 dias 12:00:00

96% 14 dias 14:24:00 1 dias 4:48:00

97% 10 dias 22:48:00 0 dias 21:36:00

98% 7 dias 7:12:00 0 dias 14:24:00

99% 3 dias 15:36:00 0 dias 7:12:00

99,9% 0 dias 8:45:36 0 dias 0:43:11.99

99,99% 0 dias 0:52:34 0 dias 0:04:19.20

99,999% 0 dias 0:05:14 0 dias 0:00:25.92

Fonte: Pereira, 2005, p. 15 (adaptado pelo autor).

A escolha do nível de disponibilidade é uma meta a ser alcançada que varia com o

porte da empresa e que tipo de serviço será oferecido pelos equipamentos de redes e

computadores. A necessidade de disponibilidade será igualmente proporcional o quanto este

afeta a capacidade da empresa de obter receitas e quanto maiores forem essas receitas em

proporção serão os investimentos neste sentido que garanta o mínimo possível de downtime.

Contudo “Conseguir 100% de disponibilidade é algo quase impossível por diversos fatores”

(BRANDÃO, 2011).

Page 79: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 75

Tabela 2 – Classificação da Disponibilidade

Porcentagem Tempo-Desativado Classificação

99,5% 3,7 dias Convencional

99,9% 8,8 horas Disponível

99,99% 52,5 minutos Alta Disponibilidade

99,999% 5,25 minutos Resistente a Falhas

99,9999% 31,5 segundos Tolerante a Falhas

Fonte: PEREIRA, 2005, p. 15.

A disponibilidade das informações bem como o do sistema é um fator crítico para as

empresas e se não for alta o suficiente, grandes prejuízos poderão ocorrer justamente por esta

falta do acesso ao sistema. Pior ainda se o sistema não for confiável e houver perdas de dados,

as informações de vendas, faturamento, mas principalmente as contas de clientes, o prejuízo é

incalculável se não houver formas de restaurar com backups ou se os backups forem

ineficientes e ineficazes.

Com esta importância em prevenir falhas e erros tornam-se necessários se realizar

grandes investimentos, porém adequados à necessidade para a segurança da informação em

hardware e software. Contudo isto leva a empresa a despender muito dinheiro com hardware

e software e pessoal habilitado para tal, demandando atenção e energia há uma necessidade

muito importante à empresa, porém que não faz parte das competências centrais ou do seu

núcleo empresarial.

Entretanto é neste sentido que o eGestor tal como o software como serviço e a

computação em nuvem é benéfica, transferindo estas responsabilidades a terceiros que

possuem mais habilidade, conhecimento e recursos para prover essas informações com

confiabilidade e segurança com custos menores e com mais benefícios, fazendo com que a

empresa se abstraia de uma camada muito complexa que exige forças em muitos casos além

de sua capacidade. E como foi demonstrado neste gráfico há um quantitativo de 35% com

pouca percepção por partes dos clientes da indisponibilidade do eGestor se for considerado

que muitos desses não possuem conhecimento suficiente para separar problemas de acesso a

internet ou do próprio computador, a problemas de acesso por falhas exclusivas do eGestor.

Contudo é possível afirmar que o software possui grande estabilidade e proporciona ganhos

superiores aos seus clientes.

Page 80: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 76

Gráfico 5 – Quantitativo de empresas que utilizaram anteriormente outro software ERP que

não adotava o mesmo modelo do eGestor

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

O gráfico representa que o quantitativo de 59% das empresas que responderam o

formulário utilizavam anteriormente outro software que não era desenvolvido no mesmo

modelo de software como serviço usado no eGestor. Esses 59% são o quantitativo de

empresas que migraram ou advieram de outra solução ERP com um modelo de

desenvolvimento diferente para o eGestor e os outros 41% são representados por aqueles que

adotaram o eGestor como primeiro software ERP.

O objetivo da pergunta representada por este gráfico foi o direcionamento, durante a

pesquisa para efeito de comparação, para que as próximas perguntas relacionadas pelos

gráficos 6 e 7 fossem respondidas apenas por empresas que já tinham feito alguma migração

de outro software ERP para o eGestor.

59%

41%

Sim, a empresa

utilizou outro

software que

adotava um

modelo diferente

Não, a empresa

não utilizou outro

software que

adotava um

modelo diferente

Page 81: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 77

Gráfico 6 – Nível de percepção na relação custo-benefício na comparação em utilizar uma

solução diferente do modelo do software como serviço com o do eGestor

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

É possível perceber com este gráfico que apenas 24% das empresas respondentes

acreditam que o eGestor possui custos maiores que a solução ERP anterior e 30% acreditam

que o software possui custos menores. Outros 40% são representados pelas empresas que não

migraram de outro software e sim adotaram o eGestor como o seu primeiro ERP. Na verdade

é possível afirmar que existe um equilíbrio entre os níveis de percepção entre os que

acreditam que os custos totais são maiores e os que acreditam que os custos são menores.

Contudo a pergunta relacionada a este gráfico tinha o objetivo na pesquisa de apenas

analisar a percepção dos clientes da ferramenta eGestor comparando-a em relação aos custos

no modelo de aquisição de licenças de software para o modelo software como serviço

oferecido pela web. Entretanto o ideal desta análise de custos seria seguir o modelo de custo

total de propriedade que levaria em conta diversas variáveis de difícil mensuração com os

quais estes clientes que foram entrevistados dificilmente possuem este conhecimento.

6%

18%

6%

18%

12%

Não, os custos são muito

maiores

Não, os custos são um

pouco maiores

Não, os custos são

praticamente iguais

Sim, os custos são um

pouco menor

Sim, os custos são muito

menores

0% 5% 10% 15% 20%

Page 82: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 78

Quadro 1 - Nível em escala de concordância de benefícios das quais na percepção das

empresas conseguiram desenvolver ao delegar a Zipline (desenvolvedora do eGestor) a

responsabilidade de gerenciar os recursos de software e de hardware

Possíveis benefícios percebidos e suas

escalas de concordância CT C I D DT

Somatória

de Pontos

A. Razões de ordem tecnológica: a

contratada disponibiliza à contratante todas

as inovações tecnológicas que surgem no

mercado;

12% 18% 18% 12% 0% 70%

B. A empresa que adota o eGestor não

possui problemas de atualização do

sistema muito presente na maioria dos

software desenvolvidos no modelo cliente-

servidor;

18% 29% 12% 0% 0% 82%

C. Razões competitivas: a empresa que

adere ao eGestor torna-se mais ágil se

concentrando nas questões realmente

significativas;

18% 29% 12% 0% 0% 82%

D. Excelência operacional: concentração

no essencial à evolução competitiva da

empresa, sem abrir mão da qualidade nas

atividades contratualmente delegadas;

6% 53% 0% 0% 0% 82%

E. Concentração nos esforços

estratégicos; 12% 24% 24% 0% 0% 76%

F. Economia (redução) de equipamentos,

recursos humanos, materiais, instrumentais

e financeiros;

24% 18% 18% 0% 0% 88%

Legenda: CT= Concordo Totalmente; C= Concordo; I= Indiferente; D= Discordo; DT=

Discordo Totalmente. Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Utilizando-se da escala de Likert ou escala somada foi utilizado às afirmações

creditadas a Araújo34

(citado por SILVA, 2008, p. 7-8) nas quais na opinião do autor, são os

principais benefícios e vantagens na busca de fornecedores de serviços externos a

organização. Para melhor visualização e análise das respostas desta tabela continua-se no

gráfico a seguir a tabulação do mesmo questionamento usando-se como base a somatória dos

pontos.

34 ARAÚJO, Luis César G de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas,

2006.

Page 83: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 79

Gráfico 7 – Porcentagem em pontos obtidos na escala de concordância de benefícios das

quais na percepção das empresas conseguiram desenvolver ao delegar a Zipline a

responsabilidade de gerenciar os recursos de software e de hardware

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Apresentado no formato de gráfico em barras é possível visualizar com melhor clareza

que os benefícios afirmados por Araújo35

(citado por SILVA, 2008, p. 7-8) que já foram

mencionados na subseção 2.3.2 como os principais benefícios e vantagens buscados na

terceirização de serviços são proporcionados de fato pelo eGestor. Somente ficaram um pouco

fora da média constatada pela pesquisa foram os itens A e F. Conclui-se que os clientes

possuem uma menor percepção nos benefícios relativos a questões de inovações tecnológicas

e no enxugamento no gerenciamento no usufruto nos próprios recursos. Porém sabe-se que

para manter um sistema de alta disponibilidade e confiabilidade são necessários altos

investimentos em centros de dados exigindo-se altos investimentos em software e hardware

que possui baixa vida útil e alta obsolescência. Eles não possuem a mínima ideia da

complexidade de que é manter um sistema como o eGestor confiável e seguro, pois é

35 ARAÚJO, Luis César G de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas,

2006.

A B C D E F MÉDIA

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Page 84: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 80

justamente esse o problema que é abstraído por este modelo de computação (TAURION,

2009, p. 6):.

O provável motivo que leva a essa menor percepção em relação aos custos é a questão

de que os clientes não possuem conhecimento suficiente para calcular os custos totais se

baseando no modelo de custo total de propriedade. Cabe então à empresa Zipline levar aos

clientes à conhecerem um pouco mais sobre o que ocorre internamente na empresa com o

objetivo de gerar mais confiança por parte dos clientes ao delegar essas responsabilidade a

Zipline. Ela deve demonstrar que o que fazem são com destreza e profissionalismo com o

objetivo de aumentar o valor percebido que se possuem em adquirir serviços computacionais

em nuvem.

Gráfico 8 – Nível de satisfação dos clientes do eGestor pelos benefícios propostos pelo

modelo de acesso via internet

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Com este gráfico é possível afirmar que todos ou quase todos respondentes eGestor

estão satisfeitos com a ferramenta. Visto que nenhum dos pesquisados responderam que

estavam com algum nível de insatisfação em relação à proposta dada pelo eGestor de

software como serviço com acesso as suas informações via internet. Todos os respondentes

afirmaram que estão satisfeitos com a proposta do eGestor. Um pouco próximo a última

pesquisa realizada pela empresa em julho do ano 2011 revelou que 97% dos clientes estão

satisfeitos com o atendimento da Zipline.

18%

24% 58%

Plenamente

satisfeito

Muito satisfeito

Satisfeito

Page 85: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 81

Gráfico 9 – Motivo principal e determinante com que as empresas adotaram o eGestor como

sua ferramenta ERP

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Está claro com a apresentação deste gráfico que apesar de que poderia haver diversos

motivos pelos quais os clientes adotariam o eGestor como seu ERP, não houve por parte de

nenhum dos respondentes marcação na opção “Outro”, permanecendo o benefício de acesso

ao sistema pela web como o principal diferencial que tem atraído consumidores para este

software. Visto também que na relação custo beneficio há por parte dos pesquisados certa

percepção que isto também tem sido um beneficio atraente, porém como foi mostrado no

gráfico 6 há um equilíbrio na comparação entre o eGestor e uma solução diferente do modelo

do software como serviço nos níveis de percepção entre os que acreditam que os custos totais

são maiores e os que acreditam que os custos são menores. Portanto a ferramenta possibilita

que gestores e funcionários possam acessar e acompanhar as informações, dados e relatórios

de suas empresas de qualquer lugar a qualquer momento.

70%

24%

6% Pela

disponibilização de

informações on-line

Custo-Benefício

Atendimento

Page 86: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 82

Gráfico 10 – Recursos e ferramentas que na opinião das empresas clientes do eGestor estão

ausentes na ferramenta na qual seria essencial a elas.

Fonte: Pesquisa de campo realizada no período de 25/10/2011 à 10/11/2011

Fica claro a partir de agora e também com os dados deste gráfico que o modelo de

software como serviço, elimina diversos problemas da geração tradicional de software cliente-

servidor. Na pesquisa nenhum dos questionados apresentaram que o suporte presencial de

algum modo seria essencial a eles visto que este modelo tem o poder de dispensar totalmente

esse tipo de suporte presencial, pois todo o apoio poderá ser realizado remotamente

geograficamente distante dos clientes proporcionando as empresas um custo menor do

produto, gerando assim mais valor aos seus clientes.

Portanto tem sido o seu modelo de software como serviço o principal diferencial

ofertado pelo eGestor que os clientes o veem como valor principal desta ferramenta. Como

visualizado no gráfico 2 pelo menos 70% dos entrevistados responderam que acessam as

18%

24%

35%

29%

29%

12%

6%

29%

29%

6%

59%

Curva ABC

Impressão de Cupom

Fiscal

E-mail integrado

E-mail marketing

Módulo de CRM

Agenda Integrada

Consultoria administrativa

ou estratégica integrada

Aplicativo para Android

Aplicativo para

iPhone/iPad

Aplicativo para

BlackBerry

Outros

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Page 87: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apresentação e Análise dos Resultados 83

informações de sua empresa com bastante frequência através de conexões moveis a internet e

todos os respondentes afirmaram que tem acessado as suas informações distante do ambiente

físico da empresa.

Por isto que é importante a empresa analisar a necessidade de desenvolver uma versão

especifica para smartphones e/ou tablets, bem como também foi demonstrado neste gráfico

que 29% das empresas clientes do eGestor acreditam ser essencial a disponibilização de um

aplicativo especifico para iPhone/iPad e 29% também para Android e somente 6% acreditam

ser essencial um aplicativo para o BlackBerry.

Page 88: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

CAPÍTULO V

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 89: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

84

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho tinha como finalidade em cumprir com os seus objetivos específicos

dos quais se encontram a seguir:

Evidenciar as aplicabilidades práticas já em uso da computação em nuvem pelo

eGestor;

Foi demonstrado essas aplicabilidades tantos nos gráficos referentes ao questionário

aplicado aos clientes do eGestor, bem como colocado em anexo algumas telas de

apresentação que mostra a execução prática deste ERP. Também consta no capitulo que trata

especificamente deste software na subseção 2.3.4.2 que traz informações relevantes sobre este

software e também no capitulo anterior a este que trata dos benefícios do software como

serviço que estão atrelados ao eGestor por também ele ter sido desenvolvido a partir desse

modelo de assinatura de software.

Verificar a percepção dos clientes do eGestor em relação a sua satisfação aos

benefícios propostos por este software;

Isso ocorreu durante a aplicação dos questionários aos clientes do eGestor, mas

especificamente na 5ª questão que se relacionava ao nível de satisfação da empresa com os

benefícios propostos por este software. E a verificação dessa questão ocorreu na análise do

gráfico 8.

Analisar as vantagens de competitividade que as empresas possuem ao adotar o

eGestor;

A coleta de dados para essa análise se deu a partir do questionário aplicado aos

clientes que foram indagados a respeito desse objetivo nos itens que vão entre 7 e 10.

Principalmente neste 10° questionamento tinha o objetivo de metrificar usando a escala de

Likert para medir o nível de percepção dos clientes do eGestor nos benefícios das quais

alguns itens foram defendidos diretamente pala literatura encontrada sobre computação em

Page 90: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Considerações Finais 85

nuvem e outros afirmados por Araújo36

(citado por SILVA, 2008, p. 7-8) que podem ser

visualizados as análises no gráfico 7.

Estudar a proposta do diferencial ERP eGestor sob o ponto de vista da empresa

desenvolvedora.

Para cumprir com este objetivo foi realizado a entrevista via questionário ao

Administrador da Empresa Zipline Senhor Deivison Alves. Principalmente nas questões 1,3 e

8 que se tratava dos benefícios e diferencias que o ERP eGestor possui na visão da empresa e

das pretensões de agregar mais valor a este software. As análises da entrevista e do

questionário aplicados ao gestor da Zipline constam na subseção 4.1.

5.1 Conclusão

O eGestor possui como diferencial competitivo em relação aos outros ERP o fato de

que o mesmo possui acesso móvel e como mostrado na pesquisa, 70% das empresas

afirmaram que foi esta o motivo principal e determinante que fizeram com que o adotassem.

Infelizmente a maioria das empresas não conhece o esforço que existe para manter o sistema

confiável com segurança e disponibilidade conforme foi concluído na análise do Gráfico 07

em que os clientes possuem uma menor percepção nos benefícios relativos a questões de

inovações tecnológicas.

Portanto, o software como serviço, assim como o eGestor, promove nas empresas

capacidade e forças de geração de valor e competitividade. Contudo, elas devem ter

conhecimento de como aproveitar melhor o uso da ferramenta, colocando-a, antes tudo,

dentro do planejamento e dos objetivos da empresa. No entanto, cabe a Zipline ajudar essas

empresas a alcançar esses objetivos. Outra questão importante é de que os sistemas de

recursos empresariais acompanhem firmemente o desenvolvimento da empresa, por isto que

as mesmas têm exigido também a presença mais forte dos fornecedores das soluções no

formato de consultoria, suporte aos produtos e atendimento (INTEL, 2011b).

36 ARAÚJO, Luis César G de. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas,

2006.

Page 91: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Considerações Finais 86

Porém como dito anteriormente, a computação em nuvem vai muito além da simples

eficiência no uso de recursos empresariais, para a IBM este modelo é apenas uma das formas

de tornar o consumo de recurso naturais do planeta mais inteligente.

Conservar energia. Consolidar recursos. Tornar a informação segura e

disponível, onde e quando necessário. Com imperativos como esses, temos

que ser mais inteligentes sobre como acessar, processar e armazenar dados.

Isso significa pensar além do computador e para fora dos nossos próprios

centros de dados. Pensar a respeito de formas mais inteligentes de lidar com

os 15 petabites de novas informações que geramos a cada dia e no colossal

aumento no número de dispositivos conectados que utilizamos para trabalhar

com esses dados. Dados que são otimizados para as cargas de trabalho

notavelmente diversificadas que as empresas, organizações e governos

gerenciam. A hora é agora para uma plataforma projetada para uma

computação eficiente e eficaz em amplos espaços abertos... em outras

palavras, em todo lugar. Está na hora de pensar em nuvem. (IBM, 2011)

Um dos maiores exemplos de eficiência de recursos é o Google, que busca

incansavelmente otimizar o uso de eletricidade nos seus centro de dados espalhados pelo

mundo, conforme o que diz Pinto (2011) “A Google detém 3% dos servidores em todo o

mundo e consome apenas 1% da energia elétrica associada a este tipo de aplicações”, isto é, o

consumo de energia do Google no seus centros de dados é mais de 66% mais eficiente do que

a média de consumo de outras empresas. O Google somente consegue isso por meios de uma

engenhosa customização de seus data centers, como afirma Gugelmin (2011)

Apesar de ser conhecida pelos imensos servidores, a Google utiliza

equipamentos especialmente modificados para realizar a tarefa, ao contrário

da maioria dos competidores, que aposta em dispositivos comuns e que não

são especializados em nenhuma tarefa específica.

Isso também é confirmado por Pinto (2011) “A Google constrói por medida muitos

dos seus novos centros de dados, como um que foi recentemente instalado na Finlândia e que

usa água do mar para arrefecer os servidores (permitindo deste modo reduzir os custos com

energia elétrica)”. O Google procura por diversos meios reduzir os custos de energia para

poder entregar serviços gratuitos como busca e email a pessoas comuns com compensação

financeira advinda de apenas de pequenos textos publicitários incluídos nos resultados de

busca e de outros serviços.

Isto é apenas uma das capacidades que se obtém ao propor que outras empresas

gerenciem a nuvem computacional, pois se assim não fosse o consumo de recursos seriam

bem maiores e isto poderia afetar até mesmo o aquecimento global. Isso é justificado pelo que

o Google sozinho consome 0,01% de toda energia elétrica produzida no mundo Gugelmin

Page 92: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Considerações Finais 87

(2011). O fato é que a computação em nuvem é um das muitas inovações tecnológicas que

buscam aperfeiçoar a eficiência no uso dos escassos recursos naturais do planeta terra,

promovendo através de soluções tecnológicas a sustentabilidade e o equilíbrio natural do meio

ambiente.

No seu comunicado a Google compara o consumo energético de sistemas

informáticos de tipo doméstico da maior parte das empresas com os seus

próprios servidores em nuvem, e conclui que a utilização do seu serviço de

correio eletrônico (Gmail) consegue ser quase 80 vezes mais eficiente que

sistemas similares alojados em servidores próprios. A Google afirma

igualmente que 25% da energia por si consumida em 2010 foi fornecida por

fontes renováveis – como parques eólicos – e planeia aumentar este valor

30% este ano. Sherif Akoush, investigador da University of Cambridge

(Reino Unido), salienta que esta empresa se pode tornar ainda mais eficiente

e que a sua pegada de carbono deverá manter uma trajetória ascendente em

termos absolutos. A Google contorna este último fato com recurso a acordos

comerciais para a aquisição de eletricidade renovável que compensam

basicamente as emissões dos seus centros de dados. (PINTO, 2011)

Enfim a computação em nuvem não é uma tecnologia, mas um conjunto de

tecnologias empacotadas com o objetivo de entregar os recursos computacionais no formato

de serviços através de assinaturas ao invés da compra de ativos tecnológicos ou licenças de

software. É uma nova forma de consumir recursos de tecnologia de informação que

potencializa as empresas se abster de gerenciar sua própria infraestrutura de hardware na qual

exige alto nível de complexidade e procedimentos que nem sempre elas possuem capacidade

financeira e de conhecimento para gerenciar com qualidade esses recursos. A computação em

nuvem permite as empresas transferir essa complexidade de gerenciamento a terceiros que

possuem mais capacidade em conhecimento para fornecer esses recursos de computação com

mais qualidade e garantias de confiabilidade e segurança com até menos custos de

propriedade conferidos pelos ganhos de escala.

5.2 Limitações e dificuldades da pesquisa

Apesar de que para o presente trabalho monográfico houve pouca pesquisa em livros,

provocada pela escassez de material sobre o assunto pesquisado, a pesquisa bibliográfica se

recaiu basicamente em vários artigos e em algumas monografias que na sua grande maioria

eram da disciplina de sistema de informação.

Por ser metódico o conhecimento científico, o cientista não se deixa levar

pelas circunstâncias nem desiste diante das dificuldades: traça um plano de

Page 93: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Considerações Finais 88

ação e busca recursos que lhe possibilitem chegar às melhores soluções.

(COSTA, 2001, p. 12)

Até o momento há poucos trabalhos de pesquisa publicados que referencie a

computação em nuvem sobre a perspectiva das empresas em relação a ela, há pouca pesquisa

deste assunto tão promissor e notório atualmente publicado pela disciplina de Administração

ou Estratégia ou qualquer outra relacionada à gestão. Ao invés dessas dificuldades de

pesquisa serem inibidoras para o presente trabalho elas serviram de motivação a inovação.

Page 94: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

REFERÊNCIAS

Page 95: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

89

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Page 99: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

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SCHIMITT, Carlos Alberto. Sistemas integrados de gestão empresarial: uma contribuição

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Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina,

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Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-

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TAURION, Cezar. Cloud Computing Computação em Nuvem: Transformando o mundo da

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TORQUATO, P. R. G.; SILVA, G. P. (2000). Tecnologia e estratégia: uma abordagem

analítica e prática. São Paulo: Revista de Administração, v. 35, n.1, p.72-85, jan./mar.

VEJA. Janeiro de 2009. Perguntas e Respostas: Carga tributária. Disponível em: <

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/carga-tributaria/impostos-taxas-

tributos-contribuicoes-pib-governo.shtml>. Acesso em 23 de nov. de 2011

Page 100: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

94

GLOSSÁRIO

Hardware: É a parte física do computador, ou seja, é o conjunto de componentes

eletrônicos, circuitos integrados e placas, que se comunicam através de barramentos.

Internet: É um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores

interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transparência de

dados.

Software: Consiste em instruções detalhas e pré-programadas que controlam e coordenam os

componentes do hardware de um sistema de informação.

Web: É um sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados

na Internet. Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e figuras.

Page 101: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

APÊNDICE

Page 102: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

95

APÊNDICE

Apêndice A

FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE

DEPARTAMENTO DE ADMINITRAÇÃO

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

Questionário a ser aplicado ao Gestor da Empresa Objeto

1) Como a Zipline define o diferencial que o eGestor possui em frente aos concorrentes ERPs

que estão no modelo tradicional de software cliente-servidor?

2) A empresa pretende lançar, através de algum aplicativo ou uma versão web do eGestor

especifica para dispositivos móveis como os smartphones e tablets?

3) Qual é o nível de garantia da confiabilidade na disponibilidade, integridade,

confidencialidade em relação aos dados e informações que os clientes do eGestor possuem ao

delegar a empresa essas responsabilidades?

4) O que a empresa tem feito para agregar mais valor e benefícios ao eGestor?

5) Com a experiência da Zipline e do eGestor quais são as principais dificuldades encontradas

por aqueles que desejam adquirir uma solução na computação em nuvem e software como

serviço?

6) Por que a empresa decidiu usar a infraestrutura em nuvem de provedores externos e porque

o buscaram fora do país?

7) Na sua opinião a velocidades dos links de comunicação e internet no Brasil tem impedido

o crescimento deste setor no país?

8) A empresa tem pretensão em algum momento de implementar mais alguma camada de

segurança de acesso ao eGestor além do famoso usuário e senha? Como por exemplo o uso de

certificados digitais A3, Biometria, Chave de acesso, Token?

Page 103: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

96

Apêndice B

FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE

DEPARTAMENTO DE ADMINITRAÇÃO

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

Prezado respondente, esta pesquisa tem o objetivo meramente acadêmico, com isso sua

identidade não precisa ser revelada, basta apenas que você responda as questões abaixo para

que as respostas sirvam como base de análise de um trabalho monográfico.

Questionário a ser aplicado as empresas clientes do software eGestor

1) O software eGestor por ser acessado pela internet contribui significativamente

para a colaboração entre os funcionários na sua empresa?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

2) A empresa têm usufruído da vantagem de que o modelo adotado do software

eGestor é via internet e a mesma tem acessado as suas informações remotamente,

distante do ambiente físico da empresa?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

3) Com que frequência a gerência ou funcionários acessam as informações da

empresa através do eGestor em tablets, smartphones, netbooks ou notebooks usando

acesso móvel a internet? (considere-se móvel as conexões 3G, 2G e semelhantes não inclui o

protocolo 802.11 mais conhecido como wifi)

a) ( ) Alta frequência

c) ( ) Pouca frequência

b) ( ) Frequentemente

d) ( ) Nenhuma frequência

4) Em qual área o eGestor por ser on-line (adotando o modelo de software como

serviço) tem ajudado significativamente a sua empresa?

a) ( ) Vendas

d) ( ) Estoque

b) ( ) Financeiro/Contábil

e) ( ) Melhor acesso aos relatórios e

informações da empresa

c) ( ) Relacionamento com o cliente e) ( ) Outro

Page 104: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apêndice B 97

5) Qual é o nível de satisfação de sua empresa com os benefícios propostos pelo

modelo on-line do eGestor?

a) ( ) Plenamente satisfeito

d) ( ) Insatisfeito

b) ( ) Muito satisfeito

e) ( ) Muito insatisfeito

c) ( ) Satisfeito

e) ( ) Plenamente insatisfeito

6) Na sua opinião o que falta no eGestor no qual seria essencial a sua empresa?

a) ( ) Curva ABC

g) ( ) Agenda Integrada

b) ( ) Impressão de Cupom

Fiscal

h) ( ) Consultoria administrativa ou

estratégica integrada

c) ( ) E-mail integrado i) ( ) Aplicativo especifico para Android

d) ( ) E-mail marketing j) ( ) Aplicativo especifico para

iPhone/iPad

e) ( ) Módulo de CRM l) ( ) Aplicativo especifico para

BlackBerry

f) ( ) Suporte presencial m) ( ) Outro

7) Desde que a empresa utiliza o eGestor houve alguma percepção frequente de

falha do software? (Inclui: indisponibilização do sistema, erros do software, falha na

obtenção de dados e entre outros. Não inclui: falhas ou instabilidade na conexão de internet

pela prestadora do serviço)

a) ( ) Alta frequência

c) ( ) Pouca frequência

b) ( ) Frequentemente

d) ( ) Nenhuma frequência

8) Qual foi o motivo principal determinante para a sua empresa em adotar o

eGestor?

a) ( ) Pela disponibilização de

informações on-line

c) ( ) Atendimento

b) ( ) Custo-Benefício

d) ( ) Outro

9) A sua empresa utilizou anteriormente outro software que não adota o mesmo

modelo do eGestor (isto é, não era possível ser acessado via internet)?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

Page 105: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Apêndice B 98

10) Na comparação entre os dois sistemas foi percebido alguma mudança

positiva na relação custo-benefício totais em se manter os dois sistemas, isto é, há um

custo menor em adotar o eGestor ou nos sistemas tradicionais de software?

a) ( ) Sim, os custos são muito menores

d) ( ) Não, os custos são um pouco

maiores

b) ( ) Sim, os custos são um pouco

menor

e) ( ) Não, os custos são muito

maiores

c) ( ) Não, os custos são praticamente

iguais

11) Qual foi o nível de percepção nos seguintes benefícios e vantagens que sua

empresa conseguiu desenvolver ao delegar a Zipline (desenvolvedora do software

eGestor) a responsabilidade de gerenciar os recursos do software e de hardware?

Legenda: CT = Concordo totalmente; C = Concordo; I = Indiferente; D = Discordo;

DT = Discordo totalmente

CT C I D DT Razões de ordem tecnológica: a contratada disponibiliza à contratante

todas as inovações tecnológicas que surgem no mercado;

CT C I D DT

A empresa que adota o eGestor não possui problemas de atualização

do sistema muito presente na maioria dos software desenvolvidos no

modelo cliente-servidor;

CT C I D DT Razões competitivas: a empresa que adere ao eGestor torna-se mais

ágil se concentrando nas questões realmente significativas;

CT C I D DT

Excelência operacional: concentração no essencial à evolução

competitiva da empresa, sem abrir mão da qualidade nas atividades

contratualmente delegadas;

CT C I D DT Concentração nos esforços estratégicos;

CT C I D DT Economia (redução) de equipamentos, recursos humanos, materiais,

instrumentais e financeiros;

Page 106: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

ANEXOS

Page 107: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

99

ANEXOS

Anexo A - Imagens Internas do SIG eGESTOR

Tela Inicial de identificação e autenticação do eGestor

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Tela principal após autenticação

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Page 108: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo A 100

Módulo de contas a pagar do eGestor

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Módulo financeiro do tipo caixa do eGestor

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Page 109: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo A 101

Módulo de criação de Ordem de Serviço

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Tela com a lista dos relatórios disponíveis

Fonte: https://web2.egestor.com.br/

Page 110: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

102

Anexo B - Contrato de Concessão de Uso de Software eGESTOR

Pelo presente instrumento e na melhor forma de direito, as partes abaixo qualificadas têm,

entre si, justo e acordado, este Contrato de Concessão de Uso de Software que será regido de acordo

com as seguintes cláusulas e condições de vontades.

De um lado ZIPLINE TECNOLOGIA LTDA., com sede na cidade de SANTA MARIA,

estado do RIO GRANDE DO SUL, à Rua Silva Jardim n. 1130 / 101, CEP 97.010-490, inscrita no

CNPJ/MF sob n. 004.693.497/0001-21 neste ato, representada por seus representantes legais,

doravante simplesmente denominada CONTRATADA, e, de outro lado a pessoa, doravante

denominado simplesmente CONTRATANTE, identificada na Confirmação Contratual, em

conformidade com a legislação vigente, tem entre si justo e avençado o seguinte:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

1.1. Por este instrumento particular, a CONTRATADA concede ao CONTRATANTE, o uso

do programa EGESTOR - http://www.egestor.com.br, doravante denominado simplesmente

SOFTWARE, em forma de código fechado e proprietário, bem como o conteúdo e a estrutura do banco

de dados, arquivos de ajuda e qualquer outro de natureza técnica eventualmente fornecidos pela

CONTRATADA.

1.2. A CONTRATADA concede a CONTRATANTE o uso do SOFTWARE, unicamente,

não constituindo a venda do programa original ou de qualquer cópia do mesmo, mas apenas um

licenciamento temporário de uso (não exclusivo), mediante contraprestação da mensalidade.

1.3. A propriedade do EGESTOR não é objeto deste contrato e continua sendo propriedade

exclusiva da ZIPLINE TECNOLOGIA LTDA, sendo que tais direitos estão protegidos pela

Legislação Brasileira e Internacional aplicável a propriedade intelectual e aos direitos autorais,

especificamente no Brasil, pela Lei n° 9.609 (Lei do Software) e Lei n° 9.610 (Lei de Direitos

Autorais).

1.4. Os planos e módulos do EGESTOR cobertos pelo presente contrato estão relacionados

no Anexo I deste instrumento.

Page 111: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 103

CLÁUSULA SEGUNDA - DO PREÇO E DAS CONDIÇÕES DE

PAGAMENTO

2.1. A CONTRATANTE poderá fazer uso do SOFTWARE na versão gratuita, sendo que

para este plano não pagará para usá-lo, nos demais planos, chamados de PROFISSIONAIS, a

CONTRATANTE poderá optar pelo plano chamado Light (que permite DOIS USUÁRIOS), pela

importância mensal de R$ 99,90 (noventa e nove reais e noventa centavos); o plano Padrão (que

permite CINCO USUÁRIOS), pela importância de R$ 119,90 (cento e dezenove reais e noventa

centavos); o plano Avançado (que permite DEZ USUÁRIOS), pela importância de R$ 149,90 (cento e

quarenta e nove e noventa). Acima de CINCO USUÁRIOS pagará a quantia de R$ 50,00 (cinquenta

reais) a cada lote de 5 usuários (não negociado de forma unitária), com vencimento a cada dia 5

(cinco), 10 (dez) ou 15 (quinze) de cada mês de acordo com o combinado no momento da contratação,

referente à concessão do uso do SOFTWARE, sendo que esse montante será acrescido de R$ 1,90 (um

real e noventa centavos) referentes a taxas bancárias, conforme consta no Anexo I.

2.1.1. O Anexo I é documento integrante deste contrato, ficando vinculado as cláusulas pré-

estabelecidas neste instrumento.

2.2. As partes convencionam que o não pagamento da fatura até a data do seu vencimento

ocasionará multa de 10% (dez por cento), mais correção monetária determinada pela variação do IGP-

M da Fundação Getúlio Vargas ou outro índice que venha a ser criado e que melhor reflita a inflação

do período.

2.3. As partes acertam que ocorrendo o atraso do pagamento de duas ou mais parcelas

mensais, consecutivas ou não, o serviço será imediatamente interrompido, ficando a CONTRATANTE

impossibilitada à utilização e uso do SOFTWARE.

2.4. Ocorrendo atraso da CONTRATANTE de qualquer quantia pactuada neste contrato, esta

será considerada em mora para todos os efeitos legais, independentemente de qualquer aviso ou

notificação.

2.5. A periodicidade de utilização dos serviços é opção única e exclusiva da

CONTRATANTE e seu uso esporádico, ou mesmo a não utilização, não a isenta do pagamento

integral dos serviços contratados.

Parágrafo Único - Os reajustes serão praticados sempre de acordo com a legislação vigente,

sendo que no primeiro ano de vigência deste não está previsto nenhum tipo de reajuste, haja vista não

haver expectativa de inflação; entretanto, se ao longo deste contrato for verificada qualquer tipo de

Page 112: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 104

desvalorização da moeda, aplicar-se-á sobre os valores mensais, o índice divulgado pelo Governo que

melhor corrigir esta desvalorização, preferencialmente o IGP-M-FGV.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS RESPONSABILIDADES E LIMITAÇÕES

3.1. A CONTRATADA se obriga a manter o SOFTWARE em pleno funcionamento 24 (vinte

e quatro) horas por dia e 07 (sete) dias por semana, exceto nas situações de caso fortuito ou força

maior.

3.2. A CONTRATADA se obriga a disponibilizar meio para a realização de backup (cópia

de segurança) do(s) banco(s) de dados das informações adicionadas e mantidas pela CONTRATANTE

no SOFTWARE, tal dispositivo é parte integrante do SOFTWARE nas versões pagas, podendo ser

executada a qualquer momento, sendo o conteúdo e a guarda do backup extraído de inteira

responsabilidade da CONTRATANTE. A CONTRATADA fará backup diário dos dados e guardará as

cópias dos últimos 07 (sete) dias e também realizará cópias de segurança a cada meia-hora para uso

exclusivo nos casos previstos no ponto 3.4 do presente contrato, em sendo necessárias restaurações.

3.2.1. A restauração da cópia de segurança nos planos profissionais será feita logo após o

CONTRATANTE entrar em contato com a CONTRATADA, podendo ser efetuada a restauração

apenas uma única vez ao mês, caso haja a necessidade de ser feita uma ou mais restaurações, será

cobrada uma taxa de R$ 15,00 (quinze reais) por restauração.

3.2.2. A restauração da cópia de segurança no plano gratuito será realizada após o contato do

CONTRATANTE com a CONTRATADA, onde o CONTRATANTE terá quer aderir à algum plano

profissional descrito no Anexo I.

3.2.3. Ocorrendo algum dos casos previstos no ponto 3.4 do presente contrato, em sendo

necessárias restaurações, as mesmas serão feitas de forma gratuita, não ocasionando ônus algum aos

CONTRATANTES.

3.3. A CONTRATADA não se responsabiliza pelo conteúdo das informações contidas no(s)

banco(s) de dados do software, sendo este de inteira responsabilidade da CONTRATANTE.

3.4. O SOFTWARE poderá ficar indisponível por dificuldades técnicas, falhas de Internet,

manutenção improrrogável ou qualquer outra circunstância alheia a CONTRATADA, as quais não se

responsabiliza, tampouco responderá por lucro cessante, bem como qualquer outro tipo de danos

diretos e indiretos que surjam em conexão com o presente contrato.

Page 113: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 105

3.5. A CONTRATADA não se responsabiliza por quaisquer insucessos comerciais da

CONTRATANTE decorrentes dos serviços aqui prestados, bem como por perdas e danos, lucros

cessantes ou qualquer outra indenização, bem como quando decorrente de eventual indisponibilidade

dos serviços, quer por ação da CONTRATANTE, quer por terceiros.

3.6. Se as partes deixarem de exigir em qualquer tempo o cumprimento de quaisquer

cláusulas ou condições deste contrato, à parte prejudicada não ficará impedida de quando entender,

fazer com que a outra parte inadimplente cumpra todas as condições contratuais.

3.7. A eventual tolerância, por uma das partes, a qualquer infração de cláusula ou condição

deste contrato, não significará qualquer liberação das obrigações futuras da parte infratora, sem

qualquer modificação do dispositivo infringido.

3.8. A CONTRATADA deverá manter total sigilo sobre as informações confidenciais da

CONTRATANTE a que tiver acesso, inerentes do trabalho de manutenção e desenvolvimento do

SOFTWARE.

3.9. A CONTRATADA reserva-se no direito de alterar o código-fonte e sistemática de

funcionamento do SOFTWARE sem aviso prévio ao CONTRATANTE, desde que não gere prejuízos a

este.

Parágrafo Único. Entende-se por caso fortuito ou de força maior aquele evento, fato ou

circunstância que não pode ou pôde ser previsível e, se pudesse, ainda assim não seria possível evitar

que produzisse os efeitos que produziu.

CLÁUSULA QUARTA - CONDIÇÕES GERAIS

4.1. A CONTRATANTE não poderá copiar, traduzir, modificar, adaptar, separar, desmontar

ou reconstruir o SOFTWARE, bem como o conteúdo e a estrutura do(s) banco(s) de dados.

4.2. Para a utilização do SOFTWARE - EGESTOR, por parte da CONTRATANTE, será

necessária a utilização dos seguintes equipamentos e programas:

1 - Conexão de banda larga com a Internet;

2 - Pelo menos 01 microcomputador com processador de 500 MHz ou maior e memória de

128 MB ou maior;

Page 114: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 106

3 - Navegador Mozilla Firefox na versão atualizada ou programa de acesso próprio fornecido

pela CONTRATADA.

4.3. O suporte será prestado pela CONTRATADA através dos meio eletrônicos (e-mail,

ICQ, MSN e Skype) e por telefone no horário comercial em que esta presta seus serviços.

CLÁUSULA QUINTA - DO PRAZO E DA RESCISÃO

5.1. O presente contrato é pactuado por prazo determinado de 12 (doze) meses, a partir daí

passando a vigorar por prazo indeterminado, de modo automático, independentemente de aviso ou

notificação.

5.2. Após o período pactuado, as partes poderão dá-lo por findo, a qualquer tempo, mediante

simples notificação a outra parte, feita por escrito e com protocolo de recepção, com, no mínimo, 45

(quarenta e cinco) dias de antecedência. Durante o prazo do aviso prévio, as partes deverão continuar

cumprindo as obrigações assumidas neste contrato.

5.3. No caso da CONTRATADA ser impossibilitada de prestar os serviços, objeto deste

contrato, devido a caso fortuito, força maior ou fatores alheios à sua vontade, tais como proibições

legais ou quaisquer outras disposições que não possa superar, extingui-se, automaticamente, o presente

contrato, ficando, a CONTRATANTE, obrigada ao pagamento dos serviços prestados até o momento

do fator que impossibilitou o serviço. Neste caso, além da CONTRATADA desobrigar-se de

quaisquer responsabilidades advindas deste contrato, fica, desde já, autorizada a bloquear a utilização

e uso do SOFTWARE.

5.4. Em caso de inadimplemento de qualquer das obrigações contidas neste instrumento, por

qualquer das partes, poderá a parte inocente rescindir o presente contrato de imediato e independente

de notificação judicial ou extrajudicial, respondendo ainda à parte infratora pelo total cumprimento de

suas obrigações.

5.5. A CONTRATADA poderá rescindir o presente contrato se a inadimplência por parte da

CONTRATANTE for igual ou superior a 05 (cinco) importâncias mensais, descritas na Cláusula

Terceira.

5.5.1. Nos casos em que for verificado que a CONTRATANTE permite ou permitiu que

terceiros usassem ou tivessem acesso ao SOFTWARE, sem a autorização da CONTRATADA.

5.5.2. Nas situações onde possível(eis) defeito(s) no funcionamento do SOFTWARE não

possa(m) ser solucionado(s) pela CONTRATADA no prazo de 60 (sessenta) dias.

Page 115: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 107

Parágrafo único. Na rescisão deste contrato a CONTRATANTE perderá todos os direitos de

uso mediante bloqueio de acesso ao SOFTWARE feito pela CONTRATADA que enviará, por meio

eletrônico e-mail, uma cópia do conteúdo de seu Banco de Dados num prazo de 30 (trinta) dias. Além

da rescisão, a CONTRATANTE ficará sujeita às sanções cíveis e penais porventura aplicáveis.

CLÁUSULA SEXTA - DO FORO

6.1. As partes elegem o foro de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul, como único

competente para dirimir qualquer controvérsia ou dúvida oriunda do presente contrato, com expressa

renúncia a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

ANEXO I

CLÁUSULA PRIMEIRA - DA ABRANGÊNCIA DOS PLANOS E

MÓDULOS

1.1. Conforme disposto no presente contrato de concessão de uso de SOFTWARE, abrange

os seguintes planos e módulos do eGestor.

1.1.1. EGESTOR Gratuito;

1.1.2. EGESTOR Light - Plano 2 usuários;

1.1.2. EGESTOR Padrão - Plano 5 usuários;

1.1.3. EGESTOR Avançado - Plano acima de 5 usuários;

1.1.4. Loja Virtual - Módulo extra do EGESTOR.

CLÁUSULA SEGUNDA - EGESTOR PLANO GRATUITO

2.1. O SOFTWARE neste plano aceitará apenas um usuário que poderá cadastrar 100 (cem)

contatos (clientes e fornecedores). Novos CONTRATANTES, cadastrados a partir de 10/03/2009,

possuem limite de 50 produtos cadastrados em seu estoque. O plano gratuito ainda tem algumas

limitações em relatórios e gráficos estatísticos. Todas indicadas em destaque nas telas do sistema. O

Disco Virtual do plano Gratuito dá direito a 5 megabytes de espaço. Caso precise aumentar os usuários

ou cadastrar mais contatos, poderá migrar para algum dos planos profissionais a seguir.

Page 116: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 108

CLÁUSULA TERCEIRA - EGESTOR LIGHT - PLANO 2 USUÁRIOS

3.1. O SOFTWARE neste plano permite 2 (dois) usuários com autenticações diferentes e

número ilimitado de contatos. O Disco Virtual do plano Padrão dá direito a 20 megabytes de espaço.

3.2. O valor mensal de R$ 99,90 (noventa e nove reais e noventa centavos) por mês,

referente à concessão de uso do SOFTWARE, devendo o seu pagamento ser de acordo com a cláusula

segunda do contrato.

CLÁUSULA QUARTA - EGESTOR PADRÃO - PLANO 5 USUÁRIOS

4.1. O SOFTWARE neste plano permite 5 (cinco) usuários com autenticações diferentes e

número ilimitado de contatos. O Disco Virtual do plano Padrão dá direito a 50 megabytes de espaço.

4.2. O valor mensal de R$ 119,90 (cento e dezenove reais e noventa centavos) por mês,

referente à concessão de uso do SOFTWARE, devendo o seu pagamento ser de acordo com a cláusula

segunda do contrato.

CLÁUSULA QUINTA - EGESTOR AVANÇADO - PLANO 10

USUÁRIOS

5.1. O SOFTWARE neste plano permite ilimitado de usuários com autenticações diferentes e

número ilimitado de contatos. O Disco Virtual do plano Avançado dá direito a 100 megabytes de

espaço.

5.2. O valor mensal de R$ 149,90 (cento e quarenta e nove reais e noventa centavos) por

mês, referente à concessão de uso do SOFTWARE, com acréscimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a

cada lote de 5 (cinco) usuários, não negociados de forma unitária, devendo o seu pagamento seguir a

cláusula segunda do contrato.

CLÁUSULA SEXTA - MÓDULO LOJA VIRTUAL

6.1. O módulo da Loja Virtual não pode ser utilizado em conjunto com o módulo gratuito.

Ficando assim, a necessidade da contratação de um plano profissional para a utilização deste módulo.

6.2. Acréscimo de R$ 99,90 (noventa e nove reais e noventa centavos) no valor mensal do

plano profissional contratado, referente à concessão de uso do módulo de Loja Virtual.

Page 117: SISTEMA DE INFORMAÇÃO ERP NO MODELO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Anexo B 109

CLÁUSULA SÉTIMA - MÓDULO NOTA FISCAL ELETRÔNICA

7.1. O módulo da Loja Virtual não pode ser utilizado em conjunto com o módulo gratuito.

Ficando assim, a necessidade da contratação de um plano profissional para a utilização deste módulo.

7.2. Acréscimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) no valor mensal do plano profissional

contratado, referente à concessão de uso do módulo de Nota Fiscal Eletrônica.

CLÁUSULA OITAVA - MIGRAÇÃO

8.1. Para que ocorra a migração de qualquer plano, necessário se faz entrar em contato com a

CONTRATADA, onde será emitido um boleto para pagamento da diferença avençada, e com sua

posterior confirmação, tal plano será migrado automaticamente, sendo informado o CONTRATANTE

por e-mail de toda a operação realizada.

CLÁUSULA NONA - SUPORTE

9.1. O suporte prestado para o SOFTWARE será apenas em sua forma paga, não cabendo ao

módulo gratuito, sendo efetuado através de atendimento por técnico qualificado, com acesso remoto

via internet ou através de meios de comunicação que a CONTRATADA julgar mais conveniente.