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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET Engenharia da Computação Marco Aurélio Rutes Sistema de Monitoramento e Controle de um Veículo Movido a Célula a Combustível Reversível Curitiba 2006

Sistema de Monitoramento e Controle de um Veículo Movido a ... · Características ... Figura 15 - Fluxograma Geral do Software HySoft ... processo da eletrólise e da geração

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Marco Aurélio Rutes

Sistema de Monitoramento e Controle de um Veículo Movido a Célula a Combustível Reversível

Curitiba 2006

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Marco Aurélio Rutes

Sistema de Monitoramento e Controle de um Veículo

Movido a Célula a Combustível Reversível

Monografia apresentada à

disciplina de Projeto Final, como

requisito parcial à conclusão do

Curso de Engenharia da

Computação. Orientador: Prof.

Nestor Saavedra

Curitiba 2006

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TERMO DE APROVAÇÃO

Marco Aurélio Rutes

Sistema de Monitoramento e Controle de um Veículo Movido a Célula Combustível Reversível

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de

Engenharia da Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca

examinadora:

Prof. Nestor Saavedra (Orientador)

Prof. José Carlos da Cunha

Prof. Alessandro Zimmer

Curitiba, 29 de novembro de 2006.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente pelos anos de batalhas e conquistas;

A minha esposa Vanessa que me apoiou e teve muita paciência ao longo

deste tempo;

Ao professor e amigo Nestor Saavedra pela orientação;

A professora Sandra e ao Mauricio Cantão do LacTec, pelo empréstimo do kit

do veículo movido a célula combustível;

Ao meu amigo Alexandre Leal pelo apoio e amizade;

Ao meu amigo Helton Marques pelo empréstimo dos transceptores;

Ao meu amigo Alfonso Márquez pela amostras dos microcontroladores.

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SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................1

1.1. Histórico ........................................................................................................1

1.2. Objetivo.........................................................................................................2

1.3. Motivação......................................................................................................3

2. Fundamentação Teórica ......................................................................................4

2.1. Célula Fotovoltaica........................................................................................4

2.1.1. Características .......................................................................................6

2.1.2. Eficiência ...............................................................................................7

2.2. Célula Combustível .......................................................................................8

2.2.1. Princípio da Célula Combustível ............................................................8

2.2.2. Célula a Combustível Tipo PEM ..........................................................11

2.2.3. Termodinâmica da Célula Combustível ...............................................12

2.2.4. Análise Eletroquímica ..........................................................................15

2.2.5. Célula a Combustível Reversível .........................................................16

2.2.6. Estequiometria da Célula Combustível ................................................18

3. Especificação Técnica........................................................................................20

3.1. Especificação do Hardware ........................................................................20

3.1.1. Módulo RF-232 ....................................................................................21

3.1.1.1. Componentes ...............................................................................21

3.1.1.2. Diagrama em Blocos ....................................................................22

3.1.2. Módulo ADeC (Aquisição Dados e Controle) .......................................23

3.1.2.1. Componentes ...............................................................................24

3.1.2.2. Diagrama em Blocos ....................................................................25

3.1.3. Ambiente de Desenvolvimento ............................................................26

3.1.4. Requisitos ............................................................................................26

3.2. Especificação do Software..........................................................................26

3.2.1. Funções ...............................................................................................26

3.2.2. Ambiente de Desenvolvimento ............................................................27

3.2.3. Requisitos ............................................................................................27

3.2.4. Fluxograma..........................................................................................28

3.2.5. Protótipos de tela da Interface .............................................................32

3.3. Calibração...................................................................................................35

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3.4. Validação ....................................................................................................37

3.5. Resultados ..................................................................................................38

4. Projeto................................................................................................................39

4.1. Projeto de Hardware ...................................................................................39

4.1.1. Sinais de Interface ...............................................................................39

4.1.2. Lista de Materiais.................................................................................40

4.2. Projeto de Software.....................................................................................41

4.2.1. Lógica ..................................................................................................41

4.2.1.1. Diagrama de Casos de Uso..........................................................41

4.2.1.2. Diagramas de Seqüência .............................................................42

4.2.1.3. Diagrama de Classes ...................................................................46

4.2.2. Firmware ..............................................................................................48

4.2.2.1. Fluxograma do Módulo RF-232 ....................................................48

4.2.2.2. Fluxogramas do Módulo ADeC.....................................................49

5. Cronograma de Desenvolvimento......................................................................51

6. Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica ........................................................52

7. Conclusão ..........................................................................................................53

8. Referências bibliográficas ..................................................................................54

9. Anexos ..................................................................Erro! Indicador não definido. 9.1. Esquemáticos ................................................Erro! Indicador não definido. 9.2. Placa de circuito impresso .............................Erro! Indicador não definido. 9.3. Lista de componentes ....................................Erro! Indicador não definido. 9.4. Artigo cientifico...............................................Erro! Indicador não definido.

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Lista de figuras

Figura 1 - Corte Transversal de uma Célula Fotovoltaica ..........................................4

Figura 2 - Efeito Fotovoltaico na Junção PN ...............................................................6

Figura 3 - Curva Característica da Célula Fotovoltaica ...............................................7

Figura 4 - Esquema de uma Célula a Combustível ....................................................9

Figura 5 - Tabela de tipos de Células a Combustível................................................10

Figura 6 - Esquema de Funcionamento de uma Célula tipo PEM.............................11

Figura 7 - Representação do Desempenho da Célula a Combustível.......................16

Figura 8 - Diagrama em Blocos do Hardware do Sistema .......................................20

Figura 9 - Microntrolador PIC18F1320 ......................................................................21

Figura 10 - Transceptor TRF-2.4G ...........................................................................22

Figura 11 - Diagrama em Blocos do Módulo RF-232 ................................................23

Figura 12 - Microntrolador PIC18F458 ......................................................................24

Figura 13 - Sensor Temperatura LM35 .....................................................................25

Figura 14 - Diagrama em Blocos do Módulo ADeC...................................................25

Figura 15 - Fluxograma Geral do Software HySoft....................................................28

Figura 16 - Fluxograma Geral do Software HySoft....................................................29

Figura 17 - Tela Inicial do Software...........................................................................32

Figura 18 - Opção Porta...........................................................................................33

Figura 19 - Opção Dados ..........................................................................................33

Figura 20 - Opção Sobre...........................................................................................33

Figura 21 - Tela Principal Software - Aba Geração H2 .............................................34

Figura 22 - Tela Principal do Software - Aba Resumo ..............................................34

Figura 23 - Fonte Externa HP6631C .........................................................................35

Figura 24 - Resumo Gerado pelo Software ...............................................................37

Figura 25 - Diagrama de Caso de uso ......................................................................41

Figura 26 - Diagrama de Seqüência “Ligar Motor CF” ..............................................42

Figura 27 - Diagrama de Seqüência “Ligar Motor CCR” ...........................................43

Figura 28 - Diagrama de Seqüência “Eletrólise”........................................................43

Figura 29 - Diagrama de Seqüência “Medir Irradiação" ............................................43

Figura 30 - Diagrama de Seqüência “Desligar processo”..........................................44

Figura 31 - Diagrama de Seqüência “Alterar porta”...................................................44

Figura 32 - Diagrama de Seqüência “Consultar dados” ............................................45

Figura 33 - Diagrama de Seqüência “Salvar Dados”.................................................45

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Figura 34 - Diagrama de Seqüência “Enviar ping” ....................................................46

Figura 35 - Diagrama de Classes..............................................................................47

Figura 36 - Fluxograma do Firmware Módulo RF-232...............................................48

Figura 37 - Fluxograma do Firmware Módulo ADeC.................................................49

Figura 38 - Fluxograma da Interrupção Timer1 .........................................................50

Figura 39 - Fluxograma da Interrupção Externa 0.....................................................50

Figura 40 - Fluxograma da Interrupção Externa 1.....................................................50

Figura 41 - Cronograma ............................................................................................51

Figura 42 - Esquemático em Blocos do Módulo ADeC Erro! Indicador não definido. Figura 43 - Esquemático dos Atuadores/Shunt - Módulo ADeCErro! Indicador não

definido. Figura 44 - Esquemático da Fonte Alimentação Interna - Módulo ADeC ............. Erro!

Indicador não definido. Figura 45 - Esquemático do Transceptor - Módulo ADeCErro! Indicador não

definido. Figura 46 - Esquemático da Unidade de Processamento - Módulo ADeC........... Erro!

Indicador não definido. Figura 47 - Esquemático do Módulo RF-232................Erro! Indicador não definido. Figura 48 - Placa de Circuito Impresso - Módulo RF-232Erro! Indicador não

definido. Figura 49 - Placa de Circuito Impresso - Módulo ADeCErro! Indicador não

definido.

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Lista de tabelas

Tabela 1 - Medição da Irradiação Solar ....................................................................36

Tabela 2 - Sinais Digitais de Interface Módulo RS-232 .............................................39

Tabela 3 - Sinais Digitais de Interface Módulo ADeC................................................39

Tabela 4 - Sinais Analógicos de Interface Módulo ADeC..........................................40

Tabela 5 - Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica ..............................................52

Tabela 6 - Descrição dos Conectores - Módulo RF-232Erro! Indicador não definido.

Tabela 7 - Descrição dos Conectores - Módulo ADeC.Erro! Indicador não definido.

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Lista de Símbolos

A/D: Conversão Analógico Digital.

CCR: Célula Combustível Reversível.

CF: Célula Fotovoltaica.

CMOS: (Complementary Metal Oxide Semiconductor) Semicondutor de Metal Óxido

Complementar.

DIP: (Dual in Package) Encapsulamento de Circuitos integrados com distribuição de

pinagens em linha dupla. EEPROM: (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory).

FLASH: Tipo de memória baseado no EEPROM.

LVP: (Low Voltage Programmer).

MIPS: Milhões de Instruções por Segundo.

mA: miliampére. OTP: One-Time Programmable.

PC: (Personal Computer). PEM: (Próton Exchange Membrane). RF: Rádio Freqüência. SOIC: (Small Outline Integrated Circuit). USART: (Universal Synchronous/Asynchronous Receiver/Transmitter).

RISC: (Reduced Instruction Set Computer).

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RESUMO

Este trabalho detalha a construção de um sistema de monitoramento e

controle de um veículo didático movido à célula combustível reversível. O sistema é

composto por hardware e software que integrados possibilitam o levantamento da

eficiência da célula.

O hardware basicamente é composto por dois transceptores, dois

microcontroladores e um veículo didático movido à célula combustível reversível. O

veículo didático apresenta um painel fotovoltaico que realiza a eletrólise da água na

própria célula combustível, gerando hidrogênio e oxigênio e que são armazenados

em dois pequenos cilindros presentes no veiculo. Após o término da eletrólise, a

célula combustível fornece energia elétrica ao motor do veículo. O microcontrolador

presente no veículo gerencia a aquisição dos dados como temperatura, distância

percorrida do veículo, tensão e corrente elétrica presentes na célula combustível

reversível e no painel fotovoltaico.

Através dos transceptores e dos microcontroladores, os dados são

transmitidos para o microcomputador, que executa um software desenvolvido

especialmente para lê-los e tratá-los. Como resposta, é gerado um resumo do

processo da eletrólise e da geração energia elétrica, bem como a eficiência da célula

combustível.

Palavras-chave: Célula combustível, célula fotovoltaica, hidrogênio, eletrólise,

eficiência.

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ABSTRACT

This work details a construction of a system that monitor and control a didactic

reversible fuel cell vehicle. The system is the composed hardware and software that

integrated, make possible the survey of its efficiency of the reversible fuel cell.

The hardware basically is composed for two transceivers, two microcontrollers

and a didactic reversible fuel cell vehicle. The didactic vehicle contains a solar cell

that carries through the electrolysis of the water in the proper fuel cell, generating

hydrogen and oxygen that are stored in two gas tanks. After the ending of

electrolysis, the fuel cell supplies electric energy to vehicle is engine. The

microcontroller in the vehicle manages the acquisition of the data as temperature,

covered distance by the vehicle, voltage and current electric supplied by the

reversible fuel cell.

After acquisition by transceivers and of the microcontrollers, the data are

transmitted to the microcomputer, which executes a software developed especially to

read and treat them. As a reply, a summary of the electrolysis process, the electric

energy generated and the efficiency of the reversible fuel cell.

Keywords: fuel cell, solar cell, hydrogen, electrolysis, efficiency.

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1. INTRODUÇÃO

A célula combustível é uma das grandes promessas na geração de energia

para os veículos no futuro, através da substituição dos motores a combustão que

utilizam o petróleo como combustível por motores elétricos alimentados por células

combustíveis.

A reserva mundial de petróleo deverá se esgotar por volta de 2050. No Brasil,

a sua reserva deverá durar até 2025 (NETO, 2005). Devido a este fato, estudos de

células combustíveis estão sendo realizados em todo mundo, para minimizar os

custos de fabricação, tornando-a mais acessível e para descobertas de técnicas de

geração e armazenagem do hidrogênio através de processos eficientes e não

poluentes.

A célula combustível é uma tecnologia que utiliza a combinação química entre

os gases oxigênio (02) e hidrogênio (H2) para gerar energia elétrica, energia térmica

(calor) e água (NETO, 2005).

Há diversos processos para obtenção do hidrogênio, entre eles temos a

eletrólise da água, que juntamente com uma fonte renovável de energia primaria

como a solar, podemos obter hidrogênio de uma maneira ecologicamente correta.

Sabendo disso, este trabalho visa pesquisar a eficiência da célula combustível

reversível utilizando como fonte primaria a energia solar para obtenção do

hidrogênio através da eletrólise da água, aplicado em um veículo didático.

1.1. Histórico

O século XIX foi o século das descobertas e dos experimentos com a

eletricidade. Alessandro Volta apresentou a pilha à Royal Society of London em

1800. William Nicholson e Sir Anthony Carlisle descobriram a obtenção dos gases

hidrogênio e oxigênio através da passagem de eletricidade na água, primeira

demonstração do princípio da eletrólise.

A primeira célula a combustível foi desenvolvida em 1839 por um físico inglês

chamado William Grove. Ele tentou fazer o processo reverso da eletrólise,

combinando hidrogênio e oxigênio para produzir eletricidade e água. A experiência

teve sucesso, mas sua invenção chamada por ele de “bateria a gás”, não tinha muita

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aplicação prática naquela época. No mesmo ano de 1839, Edmund Becquerel

descobriu o efeito fotovoltaico em determinados materiais, expondo-os a luz

geravam energia elétrica. Anos depois, em 1889, o nome “célula a combustível” foi

criado por dois cientistas, Ludwig Mond e Charles Langer, mas não tiveram muito

êxito.

A célula combustível só começou a ganhar vida no final dos anos 30, quando

o inglês Francis Thomas Bacon desenvolveu células combustível de eletrólito

alcalino. Em 1959, ele demonstrou um sistema de célula combustível de 5kW para

fazer funcionar uma máquina de solda. No entanto, somente com a Agência

Espacial dos EUA, a NASA, a célula combustível começou a ser aplicada na prática,

com a utilização nos projetos Gemini e Apollo. A NASA precisava de um

equipamento que pudesse gerar energia com eficiência, e que utilizasse um

combustível leve e com grande densidade de energia: o hidrogênio.

1.2. Objetivo

O objetivo deste projeto é pesquisar a eficiência de um sistema de célula

combustível reversível tipo PEM aplicado em um veículo didático, através do

desenvolvimento de um sistema de monitoramento e controle conforme descrito

abaixo.

O projeto consiste basicamente em monitorarmos o processo de eletrólise da

água na CCR para geração de H2 e O2 através da tensão e corrente elétrica

fornecida por um painel fotovoltaico presente no veículo em um período de tempo,

determinando assim a energia gasta na geração do combustível H2. Após o término

do processo da eletrólise, o sistema é capaz de monitorar a tensão e corrente

elétrica gerada pela CCR ao motor elétrico do veículo em um período de tempo,

determinando assim a energia fornecida pela CCR.

A razão entre a energia fornecida pela CCR e a energia gasta na geração do

combustível H2 é a eficiência da CCR.

O projeto possui um sensor de temperatura e um de distância percorrida pelo

veiculo que são utilizados como informações estatísticas. Todos os dados são

transmitidos via RF do veiculo ao PC e vice-versa. O software apresenta em tempo

real informações do veiculo, como corrente e tensões elétricas dos processos de

eletrólise e de geração de energia pela CCR, temperatura e distância percorrida.

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Podemos através do software iniciar/parar o processo de eletrólise ou ligar/desligar o

motor do veículo.

1.3. Motivação

São vários os motivos que levaram ao desenvolvimento deste projeto:

1. Por não existir no mercado nacional nenhum produto semelhante

aplicado a CCR;

2. Divulgar a CCR como uma alternativa de energia para o futuro;

3. Poder utilizar energia primária e renovável como a do Sol para

gerar energia elétrica;

4. A possibilidade de poder monitorar e controlar em tempo real e

sem fio o veículo movido CCR ;

5. Em aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso de

graduação.

.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Célula Fotovoltaica

A célula fotovoltaica, também chamada de célula solar, é um dispositivo

utilizado como gerador de energia elétrica, obtida diretamente da conversão da

energia luminosa provavelmente oriunda do sol.

Fisicamente, uma célula solar nada mais é do que um diodo cuja junção PN é

exposta à luz. As células solares são fabricadas, na sua grande maioria, usando o

silício (Si) e podendo ser constituída de cristais monocristalinos, policristalinos ou

silício amorfo.

Seus átomos se caracterizam por possuírem quatro elétrons que se ligam aos

vizinhos, formando uma rede cristalina. Ao adicionarem-se átomos com cinco

elétrons de ligação, como o fósforo, por exemplo, haverá um elétron em excesso que

não poderá ser emparelhado e que ficará "sobrando", fracamente ligado a seu átomo

de origem. Isto faz com que, com pouca energia térmica, este elétron fique livre, indo

para a banda de condução. Diz-se assim, que o fósforo é um dopante doador de

elétrons e denomina-se dopante n ou impureza n.

Na Figura 1 temos o corte transversal de uma célula fotovoltaica.

Figura 1 - Corte Transversal de uma Célula Fotovoltaica

Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/tutorial/solar/apstenergiasolar.htm (2006).

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Se, por outro lado, introduzem-se átomos com apenas três elétrons de

ligação, como é o caso do boro, haverá uma falta de um elétron para satisfazer as

ligações com os átomos de silício da rede. Esta falta de elétron é denominado

buraco ou lacuna e ocorre que, com pouca energia térmica, um elétron de um lugar

vizinho pode passar a esta posição, fazendo com que o buraco se desloque. Diz-se,

portanto, que o boro é um aceitador de elétrons ou um dopante p.

Se, partindo de um silício puro, forem introduzidos átomos de boro em uma

metade e de fósforo na outra, será formado o que se chama junção PN. O que

ocorre nesta junção é que elétrons livres do lado ‘n’ passam ao lado ‘p’ onde

encontram os buracos que os capturam; isto faz com que haja um acúmulo de

elétrons no lado ‘p’, tornando-o negativamente carregado e uma redução de elétrons

do lado ‘n’, que o torna eletricamente positivo. Estas cargas aprisionadas dão

origem a um campo elétrico permanente que dificulta a passagem de mais elétrons

do lado ‘n’ para o lado ‘p’; este processo alcança um equilíbrio quando o campo

elétrico forma uma barreira capaz de barrar os elétrons livres remanescentes no lado

‘n’.

Conforme Figura 2, se uma junção PN for exposta a fótons com energia maior

que o gap, ocorrerá a geração de pares elétron-lacuna; se isto acontecer na região

onde o campo elétrico é diferente de zero, as cargas serão aceleradas, gerando

assim, uma corrente através da junção; este deslocamento de cargas dá origem a

uma diferença de potencial ao qual chamamos de Efeito Fotovoltaico. Se as duas

extremidades do "pedaço" de silício forem conectadas por um fio, haverá uma

circulação de elétrons. Esta é à base do funcionamento das células fotovoltaicas.

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Figura 2 - Efeito Fotovoltaico na Junção PN

Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/tutorial/solar/apstenergiasolar.htm (2006).

2.1.1. Características

As principais características das células fotovoltaicas são:

• Tensão de circuito aberto (Vnl);

• Corrente de curto circuito (Isc);

• Potência máxima (Mmp);

• Tensão de potência máxima (Vmmp);

• Corrente de potência máxima (Immp).

A condição padrão para obter estas curvas características da célula

fotovoltaica, é definida pela radiação de 1000W/m2 (radiação padrão recebida na

superfície da Terra em dia claro, ao meio-dia), e temperatura de 25Co na célula (a

eficiência da célula é reduzida com o aumento da temperatura). A Figura 3

apresenta a curva característica da célula fotovoltaica com a variação da radiação

recebida (FENTON, 2004).

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7

Figura 3 - Curva Característica da Célula Fotovoltaica

Fonte: (FENTON, 2004).

2.1.2. Eficiência

A eficiência (εsolar) indica que fração da radiação recebida na célula

fotovoltaica será convertida em energia elétrica, quando operada no ponto de

máxima potência (Mmp), conforme equação (1).

IN

OUTSOLAR P

P=ε (1)

Onde:

Pout = potência elétrica fornecida pela célula fotovoltaica

Pin = potência recebida pela radiação do Sol

A eficiência da célula fotovoltaica está entre 15%-30% e depende do

tipo de material utilizado em sua fabricação (FENTON, 2004).

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2.2. Célula Combustível

2.2.1. Princípio da Célula Combustível

A Célula Combustível é um processo eletroquímico de conversão de energia,

que transforma energia química em energia elétrica.

A estrutura básica de uma célula a combustível consiste de três partes: ânodo,

cátodo e um eletrólito. O combustível básico de uma célula a combustível é o

hidrogênio, que reage com o oxigênio produzindo água e eletricidade através de

duas reações eletroquímicas, mostradas nas equações (2) e (3).

.

O hidrogênio é oxidado no ânodo:

−+ +→ eHH 222 (2)

O oxigênio é reduzido no cátodo:

OHeHO 22 2221 →++ −+ (3)

A reação total da célula a combustível, conforme equação (4), é:

OHHO 22221 →+ (4)

Uma representação esquemática de uma célula a combustível com os

reagentes, produtos e as direções dos fluxos de condução de íons através da célula

é mostrada na Figura 4.

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9

Figura 4 - Esquema de uma Célula a Combustível

Fonte: adaptado de http://celulasdecombustivel.planetaclix.pt (2006).

O mecanismo pelo qual as reações ocorrem pode ser descrito da seguinte

maneira. No ânodo ocorre a oxidação do hidrogênio. Já no cátodo ocorre a redução

do oxigênio. O hidrogênio é um átomo formado por um próton e um elétron. Com a

oxidação do hidrogênio, este tem seu elétron liberado. Esse elétron livre percorre o

circuito elétrico até o outro pólo da célula. O próton remanescente da oxidação do

hidrogênio percorre o eletrólito até o outro lado da célula. Quando os dois (elétron e

próton) atingem o lado oposto da célula eles se combinam com o oxigênio lá

presente formando água.

Existem vários tipos de células a combustível, classificada segundo o

eletrólito que utilizam, o qual define a temperatura de operação, mostrada na Figura

5.

Todas apresentam o mesmo princípio de funcionamento. Neste projeto,

utilizaremos a tecnologia de membrana polimérica de condução de prótons ou PEM.

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Tipo Eletrólito T (°C) Vantagens Desvantagens Aplicações

PEM

Polímero

condutor de

prótons.

20-120

Alta densidade

de potência

Operação

flexível

Mobilidade.

Custo da

membrana.

Contaminação

do catalisador

com CO.

Veículos,

Espaçonaves,

Unidades

estacionarias,

pequena potência.

PAFC

Ácido

Fosfórico

90-100%

(H3PO4).

160-

220

Maior

desenvolvimento

tecnológico.

Tolerância a CO

(até 1%).

Vida útil

limitada pela

corrosão.

Unidades

estacionárias.

AFC KOH

concentrado. 70-80

Cinética de

redução de

oxigênio

favorável.

Vida útil

limitada por

contaminação

do eletrólito

com CO2.

Unidades

estacionárias.

Veículos.

MCFC

Carbonatos

fundidos

(CO32-).

550-

660

Tolerância a

CO/CO2

Eletrodos à base

de Ni. Reforma

interna.

Corrosão do

cátodo.

Interface

trifásica de

difícil controle

Unidades

estacionárias

Cogeração de

eletricidade / calor.

SOFC

ZrO2

(zircônia

dopado).

850-

1000

Alta eficiência

(cinética

favorável).

Reforma interna.

Problemas de

materiais.

Expansão

térmica.

Unidades

estacionárias

Cogeração de

eletricidade / calor.

Veículos.

Figura 5 - Tabela de tipos de Células a Combustível

Fonte: adaptado www.eletrocell.com.br (2006).

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11

2.2.2. Célula a Combustível Tipo PEM

Uma célula do tipo PEM funciona da mesma maneira descrita anteriormente,

sendo o seu combustível mais comum também o hidrogênio que pode ser o gás

propriamente dito ou proveniente da reforma de um combustível fóssil ou vegetal.

Um esquema, bem específico pode ser visto na Figura 6 a seguir.

Figura 6 - Esquema de Funcionamento de uma Célula tipo PEM

Fonte: (BRANDÃO,2002).

O hidrogênio é admitido no ânodo. Ao encontrar a camada de catalisador ele

se oxida, se dividindo em próton e elétron. A membrana polimérica é uma membrana

ácida que tem a característica de conduzir prótons. Os prótons então são

conduzidos através da membrana e assim chegam ao outro lado da célula, no

cátodo.

Juntamente com a camada de catalisador existe um coletor metálico para

captar os elétrons. O elétron é conduzido por esse coletor até um fio metálico. Tem-

se assim a corrente elétrica. O elétron continua seu caminho atingindo o outro lado

da célula, que também tem um contato metálico, fechando assim o circuito da célula.

No outro lado, o cátodo da célula, existe admissão de oxigênio. Este

encontrando também a camada de catalisador se reduz recebendo os elétrons

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12

provenientes do condutor, e combina-se com os prótons provenientes da membrana.

Com essa combinação tem-se a formação de água.

2.2.3. Termodinâmica da Célula Combustível

A análise se faz a partir das equações gerais de uma célula a combustível PEM

que utilize oxigênio e hidrogênio como reagentes.

)(2)(2)(221

lgg OHHO →+ (5)

Aplicando a 1ª Lei da Termodinâmica (ATKINS, 1999), desprezando os termos

referentes à variação de energia potencial e cinética tem-se.

wqU +=∆ (6)

onde U∆ é a variação da energia interna do sistema, w representa o trabalho

do sistema sobre a vizinhança e q , a quantidade de energia na forma de calor que

flui da vizinhança para o sistema.

A entalpia do sistema é dada por

pVUH += (7)

onde U é energia interna, p é pressão e V o volume.

Numa transformação geral temos

VdppdVdUdH ++= (8)

Se fizermos agora wqdU += , vem:

VdppdVdwdqdH +++= (9)

Com a 2º Lei da Termodinâmica

TdSdq = (10)

onde dq é o calor trocado entre o sistema e o meio ambiente, T é a

temperatura e dS é a entropia.

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13

A energia livre de Gibbs é

TdSdHdG −= (11)

O processo é considerado reversível, assim, revdwdw = e TdSdqdq rev ==

então a Energia de Gibbs será:

TdSpVddwTdSdG rev −++= )( (12)

)( pVddwdG rev += (13)

Considerando o processo for à pressão e temperatura constante, temos:

revdwdG = (14)

Como as equações são eletroquímicas, o trabalho mencionado na equação

(14) é referente ao trabalho de expansão dos gases e nesta análise, temos somente

o trabalho elétrico devido ao transporte das cargas elétricas. Logo,

eldwdG = (15)

A equação (15) mostra que o trabalho máximo obtido por uma célula a

combustível é igual à energia livre de Gibbs através da reação global, equação (5).

A eficiência de uma célula a combustível é definida como a razão entre o

trabalho elétrico produzido por ela e toda a energia contida na reação isobárica

reversível. Sendo assim ela será:

HST

HG

termo ∆∆−=

∆∆= 1η (16)

Através do calor de formação se pode estabelecer, o valor de ∆G , ∆H e,

conseqüentemente o valor de η termo.

molkJkJH HOOHOf g

/83,285)0()0(21)83,285(

2)(22−=+−−=∆ (17)

1134,163))68,130()14,205(21()91,69(

2)(22

−−−=+−=∆ molJKS HOOHOf g

(18)

Com os valores de OfH∆ e O

fS∆ , em temperatura a 25ºC (298K) a 1 atm,

encontraremos OfG∆

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14

molkJSTHG Of

Of

Of /13,237)34,163(2981083,285 3 −=−−×−=∆−∆=∆ (19)

Com Ο∆ fG < 0, a célula combustível é um processo com reação

termodinamicamente espontânea. (RUSSELL, 1994).

Aplicando a equação (16), obtemos a eficiência termodinâmica da célula a

combustível:

83,083,28513,237 =

−−=

∆∆=

HG

termoη

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15

2.2.4. Análise Eletroquímica

A variação de energia de Gibbs ( Ο∆G ) de uma reação redox relaciona-se com a

diferença de potencial da célula ( ΟcellE ), conforme equação (20):

ΟΟ −=∆ cellf nFEG (20)

sendo n o número de elétrons envolvidos na reação, F a constante de Faraday e ΟcellE o potencial termodinâmico de equilíbrio (na ausência de fluxo de corrente; para

reagentes e produtos em seus estados-padrão). Para a reação global dada pela

equação (5) a 25°C, molkJG f /13,237−=∆ Ο .

Portanto, o potencial termodinâmico de equilíbrio da célula a combustível

(para reagentes e produtos em seus estados-padrão) é

VnFG

E fcell 229,1

485.9621013,237 3

×−−=∆

−=Ο

Ο (21)

valor que corresponde à diferença dos potenciais de equilíbrio do catodo ( ΟcE ) e do

anodo ( ΟaE )

ΟΟΟ −= accell EEE (22)

O termo ΟcellE se refere à diferença de potencial do circuito aberto. Devido a

fatores relativos à cinética da conversão eletroquímica, a diferença de potencial

diminui conforme a corrente aumenta. Através da Curva Tensão x Densidade

Corrente, mostrada da Figura 7, se pode escolher a melhor faixa de operação de um

sistema de células, tendo assim a variação da diferença de potencial, na faixa

ôhmica da curva. Fazendo uma aproximação dessa faixa por um valor médio ( cellE )

pode-se calcular a eficiência elétrica, que é expressa como

Ocell

cellel E

E=η (23)

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16

Figura 7 - Representação do Desempenho da Célula a Combustível

Fonte: (FENTON, 2004).

A eficiência prática, ou efetiva de uma célula a combustível é o produto entre

a eficiência termodinâmica de ηtermo e a eficiência elétrica de ηel.

eltermoeffet ηηη ×= (24)

Segundo DeHoff (1993), a máxima tensão elétrica de uma célula tipo PEM

operando a 25° 1atm é ΟcellE = 1,229V . Sendo assim:

cellcell

Ocell

celltermoeffet E

EEE

×=×=×= 675,0229,1

83,0ηη (25)

As células de alta eficiência operam com tensões elétricas nas células

unitárias em torno de 0,67V na faixa ôhmica o que resulta em eficiência em torno de

45 % (BRANDÃO,2002).

2.2.5. Célula a Combustível Reversível

As células a combustível reversível (RFC), fazem uso total da eletrólise da água

e têm a vantagem de ser uma forma de energia completamente limpa. Produzem

hidrogênio através de água e de energia elétrica proveniente de fontes renováveis,

evitando as emissões de dióxido de carbono associadas à reformação de

combustíveis fósseis. O hidrogênio assim produzido é armazenado e posteriormente

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17

utilizado como combustível numa célula a combustível. A água, enquanto

subproduto da produção elétrica da célula a combustível poderá ser novamente

utilizada para a eletrólise.

Em princípio, qualquer pilha (célula) pode ser convertida em célula eletrolítica

aplicando-se uma tensão externa oponente superior à tensão produzida pela pilha

(RUSSELL, 1994).

Na eletrólise da água, temos a seguinte reação química: −+ ++→ eHOOHânodo 222

1: 22 (26)

222: HeHcátodo →+ −+ (27)

Assim, a reação global:

222 21 HOOH +→ (28)

Portanto, o calor de formação equações (29) e (30) para a reação global

equação (28), em temperatura de 25ºC (298K) a 1 atm, a energia livre de Gibbs

( Ο∆ cellG ):

molkJkJH OHHOOf g

/83,285)83,285()0()0(21

22)(2=−−+=∆ (29)

1134,163)91,69()68,130()14,205(21

22)(2

−−=−+=∆ molJKkJkJkJS OHHOOf g

(30)

molkJSTHG Of

Of

Ocell /13,237)34,163(2981083,285 3 =−×=∆−∆=∆ (31)

Portanto, o potencial termodinâmico de equilíbrio da célula eletrolítica (para

reagentes e produtos em seus estados-padrão) é:

VnFG

E fcell 229,1

485.9621013,237 3

−=×

×−=∆

−=Ο

Ο (32)

Com Ο∆ cellG > 0, a eletrólise da água é um processo com reação

termodinamicamente não-espontânea que é forçada a ocorrer pelo fornecimento de

energia de uma fonte externa. (RUSSELL, 1994).

Assim, deveremos aplicar uma tensão superior a 1,229V para iniciar o processo

de eletrólise da água para obter a decomposição e formar os seus elementos.

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18

2.2.6. Estequiometria da Célula Combustível

A estequiometria é um estudo quantitativo da composição de substâncias

químicas (compostos, fórmulas, estequiometria) e das substâncias consumidas e

formadas em reações químicas (reação, equação, estequiometria).(RUSSEL, 1994).

Existe relação direta entre a passagem de corrente elétrica (consumida ou

gerada) com a quantidade do produto formado ou reagente consumido em uma

reação eletroquímica. A relação é descrita pela Lei de Faraday, conforme equação

abaixo (FENTON, 2004):

)(AsMtmnFI = assim, )/( timemol

nFI

Mtm = (33)

onde I(A) é a corrente elétrica, m(g) é a massa do produto formado (ou do

reagente consumido), n (equiv/mol) é o número de elétrons que participam da

reação, F é a constante de Faraday (96.485 coulombs/equiv), s é o coeficiente de

estequiometria do produto ou reagente, M (g/mol) é a massa atômica ou molecular

do produto ou reagente, t(s) é o tempo decorrido do processo. No processo de

eletrólise da água, a corrente consumida é diretamente proporcional ao volume de

H2 e O2 gerado. Conseqüentemente, na célula combustível, a corrente gerada é

diretamente relacionada com o H2 e O2 consumido (FENTON, 2004).

Abaixo segue um exemplo do cálculo do volume de consumo do H2 e O2 em

uma célula combustível utilizando a Lei de Faraday e dos Gases Ideais:

Lei de Faraday: )/( timemolnFI

Mtm = (34)

Consumo de hidrogênio na célula combustível = I/(2F) mol/time

Consumo de oxigênio na célula combustível = I/(4F) mol/time

Para produzir a corrente de I=1A, o consumo de H2 é:

smolFI /1018,5

9648521

26−×=

×== (35)

min/1011,3 4 mol−×= (36)

Conforme a Lei dos Gases Ideais: nRTpV = (37)

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19

onde p(atm) é a pressão, V(l) é o volume, n (mol) o número de moléculas do

gás, T(K) a temperatura do gás e R a constante universal dos gases que é 0,082

atm.l/mol.k.

Considerando uma temperatura de 80ºC e uma pressão de 1atm, então temos:

mol

lp

nRTnV 29

1)8015273(082,0 =+××== (38)

Então para 1A, o consumo de H2 é: VH2 = 9,0 ml/min

consumo de O2 é: VO2 = 4,5 ml/min

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20

3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Este capítulo tem por objetivo discutir os principais componentes, as

funcionalidades e a aplicabilidade do hardware e do software que compõe o projeto.

3.1. Especificação do Hardware

O sistema Hardware é divido em dois módulos, mostrado na Figura 8:

MóduloADeC

MóduloRF-232

RS

-232

PC

Cel

ula

Com

bust

ível

Cél

ula

Foto

volta

ica

Sens

orde

sloc

amen

to

Mot

orE

létri

co

Sens

orTe

mpe

ratu

ra

Veículo didático movido a CCR

Figura 8 - Diagrama em Blocos do Hardware do Sistema

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21

3.1.1. Módulo RF-232

As principais funções do módulo são:

• Receber as informações via RF do módulo ADeC;

• Transmiti-los serialmente ao microcomputador;

• Receber as informações serialmente do microcomputador;

• Transmiti-los via RF ao módulo ADeC;

• Regular as tensões elétricas para alimentação dos circuitos como o

transceptor e o microcontrolador.

3.1.1.1. Componentes

Os principais componentes do módulo são:

• Microcontrolador PIC18F1320 da Microchip, para o gerenciamento do

módulo (Figura 9);

• Transceptor TRF-2.4G da Laipac Tech, para transmissão e recepção

via RF dos dados ao módulo ADeC (Figura 10);

• Interface serial para comunicação dos dados com o microcontrolador e

o microcomputador.

Figura 9 - Microntrolador PIC18F1320

Fonte: (www.microchip.com, 2006).

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22

Figura 10 - Transceptor TRF-2.4G

Fonte: (www.laipac.com, 2006).

3.1.1.2. Diagrama em Blocos

A Figura 11 ilustra o diagrama em blocos do módulo. O bloco PC corresponde

ao microcomputador.

A operação do módulo, tendo como base o diagrama em blocos é a seguinte:

1. O transceptor recebe um dado em seu buffer e informa ao

microcontrolador através de uma interrupção externa;

2. O microcontrolador lê o dado, encapsula e transmite ao através

da interface serial;

3. Quando o microcomputador envia um dado pela serial ao

módulo, o microcontrolador recebe uma interrupção interna;

4. O microcontrolador lê o dado de seu buffer interno e transmite

via RF através do transceptor.

.

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23

TransceptorTRF-2.4G

MicrocontroladorPIC13F1320

InterfaceSerial

PC

DA

DO

SIN

AL

DIG

ITA

LS

INA

L D

IGIT

AL

Figura 11 - Diagrama em Blocos do Módulo RF-232

3.1.2. Módulo ADeC (Aquisição Dados e Controle)

As principais funções do módulo são:

• Condicionar e converter os sinais elétricos referentes a corrente e

tensão elétrica, temperatura de analógicos para digitais;

• Medir a distância percorrida do veículo;

• Transmitir as informações acima via RF ao módulo RF-232;

• Receber via RF e interpretar comandos do módulo RF-232;

• Acionar o motor elétrico e o processo de eletrólise;

• Regular as tensões elétricas para alimentação dos circuitos como

transceptor e o microcontrolador;

• Parar o veículo na falha de comunicação com o microcomputador.

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24

3.1.2.1. Componentes

Os principais componentes do módulo são:

• Microcontrolador PIC18F458, da Microchip, para o gerenciamento do

módulo e conversão do sinal analógico para digital (Figura 12);

• Transceptor TRF-2.4G da Laipac Tech, para transmissão e recepção

via RF dos dados ao módulo RF-232 (Figura 10);

• Sensor de temperatura LM35 da National, para medição da

temperatura da célula combustível (Figura 13);

• Resistor shunt de 0,015 ohms com precisão 1%, para medição de

corrente elétrica;

• Amplificador operacional LM324 da National, para o condicionamento

do sinal da corrente elétrica;

• Micro relé TX2SA-5V da NAIS, para o acionamento do motor elétrico e

da célula combustível;

• Fotodiodo e led infravermelho para medição do deslocamento do

veículo.

Figura 12 - Microntrolador PIC18F458

Fonte: (www.microchip.com, 2006).

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25

Figura 13 - Sensor Temperatura LM35

Fonte: (www.national.com, 2006).

3.1.2.2. Diagrama em Blocos

A operação do módulo é gerenciada pelo microcontrolador, que tem duas

funções básicas:

- receber comandos via RF e executá-los;

- converter a cada um segundo os sinais analógicos do sensor temperatura, de

corrente e de tensão elétrica da CCR e da fotovoltaica, concatená-los com a

informação do deslocamento do veículo, criando assim um pacote de dados,

que é transmitido através do transceptor ao módulo RF-232 e

conseqüentemente ao microcomputador.

A Figura 14 ilustra o diagrama em blocos do módulo.

CÉLULA COMBUSTÍVEL

REVERSÍVEL

CÉLULA FOTOVOLTAICA

MOTOR DC

ATUADORESE

SENSOR DE CORRENTE

MICROCONTROLADORPIC18F458

SENSOR TEMPERATURA

SENSORDESLOCAMENTO

SINALANALÓGICO

SINALANALÓGICO

SINAL

ANALÓGICO

SINALANALÓGICO

SINAL

DIGITAL

CONTR

OLE

TRANSCEPTORTRF-2.4G

SIN

AL

ANALÓ

GIC

O

SIN

AL

DIG

ITAL

Figura 14 - Diagrama em Blocos do Módulo ADeC

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26

3.1.3. Ambiente de Desenvolvimento

O firmware foi desenvolvimento com o software PCWH Compiler, da Custom

Computer Service, utilizando-se a linguagem C de programação.

O desenvolvimento dos diagramas esquemáticos e das placas de circuito

impresso foi utilizado o software Proteus 6.7, da LabCenter Electronics.

3.1.4. Requisitos

• O sensor de corrente deve ser calibrado de modo a garantir medições

corretas de corrente elétrica;

• Para alimentação do módulo RF-232 deve ser usada uma fonte de energia

externa que forneça tensão de no mínimo 9V e com corrente de 100mA;

• Para alimentação do módulo ADeC deve ser usada um conjunto de seis

baterias AA Ni-Cd de 1,2V e corrente de 800mA.

3.2. Especificação do Software

3.2.1. Funções

O software HySoft para o sistema deverá ser capaz de realizar as seguintes

funções:

• Armazenar as informações do veículo em arquivo texto;

• Ler as informações geradas pelo veículo;

• Transmitir comandos para o veículo;

• Gerar e apresentar a eficiência do sistema;

• Apresentar na tela as informações coletadas do veículo.

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27

3.2.2. Ambiente de Desenvolvimento

O software é desenvolvido em linguagem C++ com a ferramenta C++ Builder

versão 6, da Borland.

3.2.3. Requisitos

• A interface com o usuário dever ser simples e de fácil utilização;

• Possibilitar o usuário controlar a Eletrólise da Água;

• Possibilitar o usuário controlar o acionamento do motor elétrico;

• Possibilitar o usuário medir a irradiação solar;

• Possibilitar o usuário interromper qualquer processo em andamento, como

eletrólise ou a geração de energia elétrica pela CCR;

• Informar ao usuário o resumo dos processos e a eficiência do sistema;

• Possibilitar o usuário selecionar a armazenagem das informações em arquivo

texto.

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28

3.2.4. Fluxograma

Nas Figura 15 e Figura 16 apresentam uma visão geral do funcionamento do

software HySoft.

INÍCIO

Sobre Sair

Fecha Aplicativo

FIM

Porta

Abrir Porta defaultCOM1

Porta OK?Erro NÃO

Dados

Alterar Porta

SIM

Abre janela Sobre

capturar=True

Opção Capturarselecionado?

IniciaTimer1

Cria athreadTRead

SIM

NÃO

capturar=False

Porta encontra-se Aberta?

NÃO

Abrir Porta

Fechar TRead eTimer1

SIM

Figura 15 - Fluxograma Geral do Software HySoft

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29

A porta estáaberta e existe

comunicação comveículo?

NÃO

Eletrólise Medirirradiação CCR

SIM

Enviar comandoeletrolise

para veículo

Erro?

Ler dados

NÃO

Capturar =True?

Atualizar telaresumo

NÃO

Salvar

SIM

Salvar Dados emArquivo

Enviar comandomedir irradiaçãopara o veículo

Erro?

Ler dados

NÃO

Cancelar

CF

Enviar comandoCCR

para o veículo

Enviar comandoCF

para o veículo

Erro?Erro?

SIMSIMSIM

SIM

Ler dados

Capturar =True?SIM

NÃO

Ler dados

NÃO

Figura 16 - Fluxograma Geral do Software HySoft

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30

Quando o software é iniciado, automaticamente é aberta a comunicação pela

porta serial COM1 do microcomputador com o veículo via módulo RF-232. Caso

não consiga abrir a porta, é informada na barra de status, na parte inferior da tela

principal, o erro ocorrido. O mesmo acontece quando o software não consegue

estabelecer a comunicação com o veículo. Quando estabelecida a comunicação,

são habilitados os instrumentos de medida, bem como os botões para acionamento

da eletrólise, medição da irradiação solar, acionamento do veículo através da célula

combustível e através da célula fotovoltaica.

Abaixo, cada uma das opções existentes no menu do software é explicada em

detalhes:

• Sair

Todas as janelas são fechadas e o programa é encerrado.

• Porta

Esta opção permite o usuário escolher a porta e comunicação serial a

se usada no microcomputador.

• Dados

Esta opção permite o usuário informar ao sistema que é necessário

armazenar os dados em arquivo.

• Sobre

É apresentada uma janela com informações sobre o software.

Na tela principal há três abas, conforme segue abaixo:

• Aba Veículo

Mostra as informações da CCR como tensão, corrente e potência

elétrica, fornecidas para o motor. Há também informações sobre a

temperatura da CCR, o odômetro, velocímetro do veículo e do tempo de

execução do processo CCR.

Para o início ou término do processo CCR, é utilizado o botão CCR, que

permite a alimentação do motor através da CCR. Ao término do processo, é

gerado um resumo e apresentado na aba Resumo. Caso a opção capturar do

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31

menu Dados estiver marcado, será solicitado o nome do arquivo para

armazenagem dos dados. No estado CCR, são bloqueados os botões “CF”

desta aba e “Eletrólise” e “Medir Irradiação” da aba Geração H2.

O botão CF permite que o motor seja alimentado pelo painel fotovoltaico.

No estado CF, são bloqueados os botões “CCR” desta aba, “Eletrólise” e

“Medir irradiação” da aba Geração H2. Não serão geradas informações para

serem apresentadas na aba e para gravação em arquivo.

• Aba Geração H2

Apresenta as informações da célula fotovoltaica como tensão, corrente

e potência elétrica, fornecidas para a CCR durante o processo eletrólise. Há

também a informação do volume de hidrogênio gerado e do tempo de

execução do processo. Pode-se medir a irradiação solar recebida no painel

fotovoltaico, através do botão “Medir”. Para o início ou término do processo

eletrólise é utilizado o botão “Eletrólise”. Ao término do processo, é gerado um

resumo e apresentado na aba Resumo. Caso a opção capturar do menu

Dados estiver marcado, será solicitado o nome do arquivo para armazenagem

dos dados. No estado Eletrólise, são bloqueados os botões “Medir irradiação”

desta aba, “CCR” e “CF” da aba Veículo. No estado Medir irradiação, são

bloqueados os botões “Eletrólise” desta aba, “CCR” e “CF” da aba Veículo.

• Aba Resumo

Apresenta os resumos dos processos Eletrólise e CCR, bem como a

eficiência da CCR. Nesta aba, podemos salvar em arquivo as informações

presentes na aba, através do botão “Gravar”. Há dois botões que permitem

limpar os campos dos processos Eletrólise ou CCR.

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32

3.2.5. Protótipos de tela da Interface

A tela principal do software é mostrada na Figura 17. No canto superior

esquerdo temos o menu com suas opções e no centro as abas Veículo, Geração H2

e o Resumo. No rodapé existe uma barra de status, que apresenta informações

sobre a porta serial e a comunicação com o veículo. A aba Veículo é apresenta

como default toda vez da inicialização do software.

Figura 17 - Tela Inicial do Software

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33

A Figura 18 mostra as opções disponíveis para selecionar a porta serial de

comunicação.

Figura 18 - Opção Porta

A Figura 19 mostra a opção disponível para marcar a captura dos dados.

Figura 19 - Opção Dados

A Figura 20 mostra a tela Sobre.

Figura 20 - Opção Sobre

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34

A Figura 21 mostra a aba Geração H2 com os respectivos instrumentos.

Figura 21 - Tela Principal Software - Aba Geração H2

A Figura 22 é mostrado a aba Resumo com seu parâmetros.

Figura 22 - Tela Principal do Software - Aba Resumo

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35

3.3. Calibração

O sensor de corrente do módulo ADeC foi calibrado através da utilização de

uma fonte externa regulável marca HP modelo 6613C (Figura 23), aplicada na

entrada CF do módulo simulando o painel fotovoltaico. No processo eletrólise a

CCR funciona como uma carga. Foi utilizado um resistor de 10 Ω com precisão de

5% na entrada CCR do módulo para simulá-la. Como a máxima corrente elétrica

fornecida pelo painel fotovoltaico é de 500mA e conforme a Lei de Ohm, temos:

(THAMES & KOSMOS,2002).

VmAVRIV 510500 =Ω×=∴×= (39)

Assim, variou-se a tensão de 0 a 5V na entrada CF para obter a variação de 0 a

500mA sobre a saída CCR. Os valores foram comparados entre o apresentado na

tela do software com o do display da fonte HP6631C. O ajuste da corrente foi feito

através do potenciômetro RV1 do módulo ADeC.

Figura 23 - Fonte Externa HP6631C

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36

Para aferição da leitura da tensão da CCR e da CF no software variou-se a

tensão de 0 a 5V na entradas CCR e CF do módulo. Não há ajuste da leitura de

tensão no hardware, devido à tensão de cada entrada estar conectada diretamente

às portas do microcontrolador.

A temperatura foi aferida através da comparação do valor apresentado na tela

do software com o valor do termômetro de infravermelho da marca Raytek modelo

Mini Temp. Não há ajuste no hardware da leitura de temperatura, devido à

utilização do LM35 diretamente a uma porta AD do microcontrolador.

A medição da radiação solar foi calibrada através de três medições de corrente

em curto circuito do CF: a primeira exposta a uma lâmpada incandescente de 60W a

uma distância de 10cm da CF, que corresponde a uma radiação aproximadamente

de 300W/m2; a segunda exposta a luz do Sol ao meio-dia, que no inverno

corresponde a uma radiação de 800W/m2 e no verão 1000 W/m2.; a terceira é no

escuro que corresponde 0W/m2 (THAMES & KOSMOS,2002). Na Tabela 1 são

mostradas as três medições encontradas:

Tabela 1 - Medição da Irradiação Solar

Data: 02/09/2006 mA W/m2

Meio-dia, exposto ao Sol 270 800

10cm da lâmpada 60W 100 300

Escuro 0 0

Assim, encontramos uma variação de 2,94W/mA. Este valor é utilizado para o

cálculo da irradiação que é apresentado na tela do software. O valor apresentado

da irradiação solar é apenas um valor aproximado e para fins educacionais.

A distância percorrida é definida por cada rotação da roda do veículo, capturada

pelo sensor óptico, que equivale ao perímetro da circunferência da roda, que é

14cm.

A informação do volume de hidrogênio gerado é calculada conforme a

Estequiometria da Célula Combustível mostrado no capítulo 2.

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37

3.4. Validação

A validação do projeto foi baseada na comparação da eficiência da célula

combustível em torno de 45 %, conforme descrito na Análise Eletroquímica no

capítulo 2 e com cálculo de eficiência apresentado no manual do veículo movido a

CCR (THAMES & KOSMOS, 2002), conforme equação abaixo:

róliseTensãoEletaçãoTensãoOper

FuelCell =η (40)

onde TensãoOperação é a tensão elétrica fornecida pela CCR ao motor elétrico

e TensãoEletrólise é a tensão elétrica utilizada durante a eletrólise.

Na Figura 24 mostra o resumo gerado durante o teste.

Figura 24 - Resumo Gerado pelo Software

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38

O software encontrou a eficiência de 0,44 através do seguinte da equação:

sumidaEnergiaConadaEnergiaGer

FuelCell =η (41)

onde EnergiaGerada é o valor da energia gerada pela CCR ao motor elétrico,

EnergiaConsumida é o valor da energia consumida pela CCR na geração do

hidrogênio e conforme os dados da Figura 24 acima temos:

44,052,20061,88 ==FuelCellη (42)

Utilizando a Equação (40) fornecida pelo manual temos:

44,076,178,0 ==FuelCellη (44)

3.5. Resultados

A eficiência de 44% encontrada pelo sistema apresentou, de modo geral,

comportamento compatível com a Equação (40) fornecida pelo manual do veículo

movido a CCR e com o valor de 45% apresentado no capítulo 2. Assim, 46% da

energia é convertida em calor.

O sistema mostrou estável e confiável através da utilização dos transceptores

que tiveram o alcance de 100m outdoor e 20m indoor.

O veículo teve a autonomia de mais de 200m com 24ml de hidrogênio.

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39

4. PROJETO

4.1. Projeto de Hardware

Os esquemáticos relativos ao diagrama em blocos ilustrado na Figura 8 bem

como projeto da placa de circuito impresso e a lista de componentes utilizados são

mostrados no Anexos deste documento. Abaixo estão:

Tabela 2, Tabela 3 e a Tabela 4 que relacionam os sinais de interface entre

blocos de hardware.

4.1.1. Sinais de Interface

Tabela 2 - Sinais Digitais de Interface Módulo RS-232

ANEXO RÓTULO TIPO DE

BARRAMENTOLOGICA DE OPERAÇÃO

FUNÇÃO

8.1 RX Dados 0/1 Receber dados

serialmente

8.1 TX Dados 0/1 Transmitir dados

serialmente

Tabela 3 - Sinais Digitais de Interface Módulo ADeC

ANEXO RÓTULO TIPO DE

BARRAMENTOLOGICA DE OPERAÇÃO

FUNÇÃO

8.1 DIST Controle ↑

Pulso indicando

deslocamento do

veiculo

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Tabela 4 - Sinais Analógicos de Interface Módulo ADeC

ANEXO RÓTULO TIPO DE

BARRAMENTOAMPLITUDE FUNÇÃO

2 +M,-M Dado 0-0.9V Saída alimentação Motor

elétrico

2 +CCR,

-CCR Dado 0-2V

Entrada e Saída Célula

Combustível Reversível

2 +CF,-CF Dado 0-2V Entrada Painel

Fotovoltaico

4.1.2. Lista de Materiais

A lista de materiais utilizados para implementação dos esquemáticos está na

seção de anexos deste documento.

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41

4.2. Projeto de Software

A seguir, são apresentados os diagramas relativos à lógica e aos dados do

software que é executado no microcomputador. Na seção Firmware são

apresentados os diagramas relativos ao código que é programado diretamente no

microcontrolador.

4.2.1. Lógica

4.2.1.1. Diagrama de Casos de Uso

Os casos de uso capturam os requisitos da aplicação através da representação

dos atores que usam ou são usados pelo sistema e suas possíveis ações. Eles são

descritos sob o ponto de vista do usuário: o que ele pode fazer e como ele interage

com o sistema.

Os casos de uso são representados na forma de diagrama UML, conforme

mostrada na Figura 25.

Hysoft

Veículo

consultar dados

Ligar motor CF

medir irradiação

Usuárioiniciar eletrólise

alterar porta

Ligar motor CCR

desligar processo

salvar dados

armazenar dados«extends»

enviar ping

Figura 25 - Diagrama de Caso de uso

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42

Segue uma breve descrição dos casos de uso ilustrados na figura acima.

• Consultar dados: lê e trata os dados recebidos do veículo a serem

apresentados na tela do software;

• Enviar ping: o sistema envia um comando a cada 5 segundos ao veículo

para sinalizar a comunicação estabelecida com o software;

• Armazenar dados: armazena os dados recebidos na memória;

• Alterar porta: é definida uma nova porta serial de comunicação do sistema;

• Ligar motor CF: envia comando ao veículo para o acionamento do motor

via célula fotovoltaica;

• Ligar motor CCR: envia comando ao veículo para o acionamento do motor

via célula combustível reversível;

• Iniciar eletrólise: envia comando ao veículo para o início do processo

eletrólise;

• Medir irradiação: envia comando ao veículo para a medição da irradiação;

• Desligar processo: envia comando ao veículo para desligamento do motor

ou finalização da eletrólise ou da medição de irradiação;

• Salvar dados: grava em arquivo dados armazenados em memória.

4.2.1.2. Diagramas de Seqüência

Os diagramas de seqüência abaixo ilustram a ordem das interações dos atores

externos ou processos com o sistema e os eventos que eles geram.

A Figura 26 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Ligar motor CF”.

:Sistema

ligaMotorCF()Usuário

Figura 26 - Diagrama de Seqüência “Ligar Motor CF”

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43

A Figura 27 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Ligar Motor CCR”.

O Usuário inicia o processo CCR.

Usuário

:Sistema

ligaMotorCCR()

Figura 27 - Diagrama de Seqüência “Ligar Motor CCR”

A Figura 28 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Eletrólise”. O

Usuário inicia o processo Eletrólise.

Usuário

:Sistema

eletrolise()

Figura 28 - Diagrama de Seqüência “Eletrólise”

A Figura 29 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Medir

irradiação”.

Usuário

:Sistema

medeIrrad()

Figura 29 - Diagrama de Seqüência “Medir Irradiação"

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44

A Figura 30 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Desligar

processo”.

Usuário

:Sistema

idle()

Figura 30 - Diagrama de Seqüência “Desligar processo”

A Figura 31 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Alterar porta”.

O Usuário pode selecionar qual a porta de comunicação serial será usada pelo

sistema.

Usuário

:Sistema

fechaComm()

abreComm(porta:String)

Figura 31 - Diagrama de Seqüência “Alterar porta”

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45

A Figura 32 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Consultar

dados”. A interface atualizará as informações na tela a cada um segundo através do

controlador. Caso a opção “Capturar” do menu dados estiver marcado, os dados

serão armazenados na memória.

:interface :cCtrlCellFuel

atualizaDados()

armazenaDados(Dados:String)

Figura 32 - Diagrama de Seqüência “Consultar dados”

A Figura 33 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Salvar dados”.

É solicitado ao Usuário que especifique o caminho e nome do arquivo no qual será

salvo.

Usuário

:Sistema

salvar(Arquivo:String)

Figura 33 - Diagrama de Seqüência “Salvar Dados”

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A Figura 34 mostra o diagrama de seqüência do caso de uso “Enviar ping”.

:interface :cCtrlCellFuel

ping()

Figura 34 - Diagrama de Seqüência “Enviar ping”

4.2.1.3. Diagrama de Classes

Um diagrama de classe ilustra as especificações de software para classes e

interfaces do sistema. A Figura 35 ilustra o diagrama de classes do software. As

classes que compõem o software são as seguintes:

• TFrmMain: Tela principal;

• TFrmSobre: Tela sobre informação do software;

• cCtrlCellFuell: classe controlador, faz interface com a tela principal e a

classe cCellFuel;

• cPersistência: classe que realiza a gravação dos dados em arquivo;

• TRead: thread de leitura dos dados enviados pelo veículo;

• cCellFuell: Classe que contém as funções de transmitir os comandos

para o veículo, armazenar os dados e fazer a interface entre o

controlador e a classe TRead e cPersistência.

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47

Figura 35 - Diagrama de Classes

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4.2.2. Firmware

4.2.2.1. Fluxograma do Módulo RF-232

Na Figura 36 temos o fluxograma do firmware do módulo.

Início

InicializaTransceptorTRF-2.4G

Há dados no buffer paraenviar via RF ?

Há dados recebidos na serial do microcontrolador? Grava no bufferSim

Não

Transmite viaRF Sim

Há dados no recebidos via RF?

Não

Transmite viaserial do microcontroladorsim

Não

Figura 36 - Fluxograma do Firmware Módulo RF-232

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4.2.2.2. Fluxogramas do Módulo ADeC

Abaixo, na Figura 37, temos o fluxograma da rotina principal do firmware do

módulo:

Início

Inicializa interrupções domicrontrolador e o transceptor

TRF-2.4G

Recebeucomando via RF?

Eletrolise?

Sim

SimAtiva rele eletrólise

Não

CCR?

Não

CF?

mede irradiação?

Ativa rele do motoralimentado pela

CCRSim

Não

Ativa rele do motoralimentado pela CF Sim

Ativa rele paramedição dairradiação

Sim

idle?

Não

desativa todos osreles Sim

Não

Figura 37 - Fluxograma do Firmware Módulo ADeC

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50

A Figura 38 mostra o fluxograma referente a interrupção de tempo do

microcontrolador. Esta interrupção está programada a cada um segundo.

Ler correntes etensões eletricas da

CF e da CCR,distância percorrida,estados dos reles,

temperatura

Transmitir via RF

InterrupçãoTimer1

Figura 38 - Fluxograma da Interrupção Timer1

A Figura 39 mostra o fluxograma referente a interrupção externa 0 gerada pelo

transceptor, que indica a presença de dados recebidos no buffer do mesmo, e que

eles estão prontos para serem lidos pelo microcontrolador .

comando recebido viaRF = Sim

InterrupçãoExterna 0

Figura 39 - Fluxograma da Interrupção Externa 0

A Figura 40 mostra o fluxograma referente a interrupção externa 1 gerada pelo

sensor óptico existente na roda do veículo, a cada rotação é incrementada a

distância percorrida.

distância++

InterrupçãoExterna 1

Figura 40 - Fluxograma da Interrupção Externa 1

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5. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

A Figura 41 ilustra o cronograma do projeto.

Figura 41 - Cronograma

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52

6. ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA

A Tabela 5 mostra uma estimativa de custos para o projeto. O custo da

utilização da infra-estrutura foi calculado com base no preço da mensalidade no

valor de R$ 940,50, assim o custo será de R$ 13,43/h. Nesta hora de utilização

inclui-se o preço de licenças de cada software e o preço de equipamentos da infra-

estrutura. O veículo movido a CCR não esta contabilizado nos custos, devido ser

empréstimo do LacTec.

Tabela 5 - Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica

COMPONENTE QUANTIDADE CUSTO EM R$ TOTAL PARCIAL EM R$

18F458 1 36,00 36,00

18F1320 1 16,00 16,00

Regulador de tensão 4 1,20 4,80

TRW-24G 2 60,00 120,00

Reles 2 11,40 22,80

LM324 1 0,70 0,70

MAX232 1 2,14 2,14

Cristal 16MHz 2 1,40 2,80

PCB 2 100,00 200,00

Componentes Discretos 80 100,00 100,00

Hora Técnica 550 4,00 2.200,00

Infra-Estrutura 300 13,43 4.029,00

Total: 6.734,24

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7. CONCLUSÃO

O projeto atendeu os objetivos esperados, por mostrar a eficiência da célula a

combustível reversível de uma maneira prática e amigável na tela do

microcomputador.

Os resultados encontrados mostram que a célula combustível é um dispositivo

promissor na geração de energia, devido a sua eficiência apresentada e por não

gerar nenhum componente nocivo ao meio ambiente.

O estudo feito neste projeto mostra que é possível obtermos hidrogênio através

da eletrólise da água utilizando a célula fotovoltaica e o Sol como fonte primaria de

energia. Com isso, podemos projetar sistemas que durante o dia controlaria a

geração de hidrogênio através da eletrolise da água e a noite o fornecimento de

energia elétrica para uma casa a partir do hidrogênio armazenado, determinando

para o usuário a autonomia e eficiência do sistema em tempo real.

Este projeto pode ser estendido para outras aplicações como, por exemplo,

monitorar a diferença de tensão de cada elemento em uma pilha de células

combustíveis. A diferença de tensão no elemento pode indicar que a membrana

esta muito úmida ou seca, contaminada, danificada ou degradada com o tempo de

uso, auxiliando a análise do defeito ao fabricante da célula a combustível ou ao

cliente final.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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McGraw-Hill,2004.

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renováveis e das células a combustível. Curitiba, Brasil H2 Fuel Cell Energy, 2005.

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1994.

ATKINS, P. W. Físico-Química Volume 1. 6.ed. Rio de Janeiro, LTC, 1999.

TOCCI, R.; WIDMER N. Sistemas Digitais Princípios e Aplicações. 8.ed. São Paulo,

Pearson,2004.

SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de Software. 6.ed. São Paulo, Pearson, 2003.

LARMAN, Graig. Utilizando UML e Padrões. 2.ed. São Paulo, Artmed, 2002.

EG&G TECHNICAL SERVICES,INC. Fuel Cell Handbook. 6.ed. West Virginia,

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FENTON, S;RAMANI,V;FENTON,J.M. Active Learning of Chemical Engineering

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American Society for Engineering Education, 2004.

THAMES & KOSMOS. Fuel Cell Car & Experiment Kit Lab Manual.2.ed. Newport,

Thames & Kosmos,2002.

BRANDÃO, M.O, Almeida. Termodinâmica e Simulação de Sistemas de Células a

Combustível, Potencial Gerador Elétrico para Aplicações Estacionárias e

Automotivas. Rio de Janeiro, COPPE/UFRJ,2002.