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VINCULADAS AO MINISTERIO DA AGRICULTURA
EmBRATER Empresa Brarileiru de Arrirténc~a Tecnica e Extensão Rural Empresa Brasileira de Pesquisa Agiopecuária
BOLETIM NQ 339 SERE SISTEMAS DE PRODUCAO AGOSTO / 1981
SISTEMA DE PRODUÇAO PARA SISAL
SANTA LUZ - BAHIA
qf EMATER-BA Governo $lyA13A
TC Empma de Auindncia Técnica ANTONIO CARLOS .
s Extsnbo Rural da Bahia 7
MAGALHAES Emprela de Pesquiw Agropecudria da Baha S A
VINCULADAS A SECRETARIA DA AGRICULTURA DO ESTADO DA BAHIA
S é r i e : Sistemas de Producão. B o l e t i m , 339.
Empresa B r a s i l e i r a de A s s i s t ê n c i a Técn ica
e Extensão Rural/Empresa B r a s i l e i r a de
Pesquisa Agropecuár ia .
Sistema de Producão para S i s a l . Santa
Luz-Ba. EMATER-BA., 1981.
2 3 p. ( S é r i e : Sistema de Producão. Bo - l e t i m , 339).
CDU 633.526.23
PARTICIPANTES
EMBRATER
Empresa B r a s i l e i r a de A s s i s t ê n c i a Técn ica e Extensão Rura l
EMBRAPA
Empresa B r a s i l e i r a de Pesquisa Agropecuár ia
EMATER-BA
Empresa de A s s i s t ê n c i a Técn ica e Extensão Rura l da Bahia
EPABA S.A.
Empresa de Pesquisa Agropecuár ia da Bahia Sociedade Anônima.
S U M A R I O
Pág . APRESENTAÇAO ........................................... 07
SISTEMA DE PRODUÇAO ..... ........................... o 9
1. Carac te r i zacão do Produ to r ........................ 09
2. Operacões que compõem o s is tema ................... 10 - 3. Recomendacões tecn icas. . . ......................... 1 1
4. C o e f i c i e n t e s t é c n i c o s p o r h e c t a r e de
S i s a i - Preparo manual da área .... ................ 16
5. C o e f i c i e n t e s t é c n i c o s por h e c t a r e de - S i s a l - Preparo mecãnico da area.. . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6. C o e f i c i e n t e s t é c n i c o s para d e s f i bramento de
01 tone lada de f i b r a verde ........................ 2 0
ANEXO
Sistemas de Secagem da F i b r a de S i s a l ................. 2 1
PARTICIPANTES DO ENCONTRO .............................. 2 2
APRESENTAÇAO
O presente boletim é o resultado do encontro de
produtores, extensionistas e pesquisadores, realizado em San - ta Luz-Ba., no período de 28 a 29 de setembro de 1981, para elaboracão do Sistema de Producão para Sisal, com o objetivo
de elevar os índices de produtividade desta exploracão.
O Sistema de Produção proposto tem validade para
as regiões produtoras do Estado da Bahia.
SISTEMA DE PRODUCAO
1. CARACTERIZACAO DO PRODUTOR
Este Sistema de Produção destina-se a produtores
que cultivam o sisal em áreas médias de 35 ha e que têm ra - zoável receptividade ã adoção de novas tecnologias. Tais pro - dutores são proprietários da terra que exploram e realizam
o preparo do solo através das práticas de roçagem, derruba,
queima e em alguns casos efetuam a destoca. Efetuam o plan - tio em covas espaçadas de 2m x Zm, utilizando mudas sem prê - via seleção. A maioria dos produtores realizam uma roçagem e uma destoca quando necessária, eliminando parte dos rebentos
por ocasião dos tratos culturais. A prática de adubação é realizada por uma pequena parte dos produtores, que utilizam
apenas residuos do desfibramento. A colheita é manual e ge - ralmente é feita por terceiros que também realizam o desfi - bramento no próprio campo de sisal.
A comercializacão é feita através de proprietários de batedeiras que beneficiam o produto, bem como da CFP (Co - missão de Financiamento da Produção). A produtividade média
obtida atualmente está em torno de 900kg de fibra seca/ha/
ano. Com a adoção das práticas preconizadas neste Sistema de Producão, prevê-se a obtenção de produtividade em torno de
1.400kg/ha/ano para o sistema de plantio em fileira simples
e 1.800kg/ha/ano para o plantio em fileira dupla.
2. OPERAÇUES QUE COMPUEM O SISTEMA
2.1. Escolha da área
2.2. Preparo do solo
2.3. Plantio
2.4. Adubacão
2.5. Tratos culturais
2.6. Raleamento
2.7. Colheita
2.8. Armazenamento
2.9. ~omercializacão.
3.1. Escolha da á rea - Dar p r e f e r ê n c i a a s o l o s com t e x t u r a
média, r i c o s em c á l c i o , magnésio e p o t á s s i o , l i v r e s de
encharcamento, que tenham pro fund idade mínima em t o r n o
de 0,50m, d e c l i v i d a d e máxima de 5% e pH acima de 5 ,5 .
3.2. Preparo do s o l o - Deve s e r r e a l i z a d o a t r a v é s d a s se - g u i n t e s operações:
a ) Desmatamento - Em áreas extensas recomenda-se o uso
de co r ren tão . Para á reas menores deve-se u s a r a t r a - cão mecãnica ou e f e t u á - l o manualmente.
b ) Queima - Deve s e r e fe tuada de forma c r i t e r i o s a .
c ) Encoivaramento - C o n s i s t i r á no ajuntamento dos r e s - t o s de v e g e t a i s de m a i o r p o r t e .
d ) Repasse - C o n s i s t i r á na catação dos gravetos.
e) Aracão - Deve s e r r e a l i z a d a a t r a ç ã o motomecanizada
ou animal e a uma p ro fund idade de 20 a 30 cm.
f ) Gradagem - Pode-se u t i l i z a r duas gradagens cruzadas
ou uma gradagem l e v e para s i s t e m a t i z a r o t e r r e n o .
3.3. Plantio - O plantio, quando possível, deve ser efetu -
ado logo após o corte do rebentão. Recomenda-se o uso
de culturas intercalares nas ruas entre as filas du - plas, guardando-se sempre uma distância de 0,50 m das
filas de sisal. As mudas devem ser plantadas no máximo
até 8 dias após o corte.
3.3.1. Marcação das linhas - Deve-se realizar a marcaçãc
das linhas utilizando-se os seguintes espaçamentos:
Fileiras duplas
Fileiras simples
3.3.2. Sulcamento ou coveamento - Deve ser realizado com o uso de sulcadores a tração animal ou mecânica e com
enxadetas apropriadas.
3.3.3. Epoca de plantio - Se possivel efetuar o plantio no periodo que compreende os meses de outubro a junho.
3.3.4. Escolha da muda - Selecionar mudas (filhdtes ou re - bentões) com comprimento entre 30 a 45 cm, que te -
nham 10 a 12 fo lhas e aproximadamente 06 meses de
idade.
Para aqueles produtores que u t i l i z a m o consÓrcio s i s a l
x Bovinocul tura de Corte, embora os órgãos de pesquisa
não disponham de dados e s t a t í s t i c o s sobre a v i a b i l i d a -
de do r e f e r i d o consórc io e em funcão das pecu l i a r i da - des da região, recomenda-se o p l a n t i o i n te rca lado de
gramineas, com excecão do capim B u f f e l grass e Guinezi - nho.
3.4. Adubacão - Deve-se r e a l i z a r a adubação orgânica, u t i l i - zando-se os residuos do desfibramento para d i s t r i b u i - cão na área colh ida. Quando os residuos forem d i s t r i - buidos logo após o desfibramento, deve-se observar o
cuidado de colocá-10s a uma d i s tânc ia maior do que 20
cm da p lan ta .
I 3.5. Tratos c u l t u r a i s - Rea l izar no lQ e 29 ano duas capi -
nas manuais ou mecânicas., No caso de serem real izadas
capinas motomecanizadas, e f e t u a r o repasse manual.
No 30 ano deve-se e f e t u a r apenas uma rocagem antes da
c o l h e i t a e de acordo com a in fes tacão de ervas dani -
nhas. A medida que as p lan tas pendoarem, devem ser e l i - minadas e subs t i t u idas .
3.6. Raleamento - Deve-se e fe tuar o raleamento deixando-se
sempre do i s rebentos por planta-mãe. Essa operacão de -
ve s e r f e i t a na época da rocagem, a p a r t i r do 30 ano.
3.7. C o l h e i t a
3.7.1. C o r t e - E f e t u a r o c o r t e deixando-se no mínimo 08 a
1 0 f o l h a s aber tas . A p l a n t a a s e r c o r t a d a deve t e r
as f o l h a s b a i x a s formando um ângulo de 450 com o e i -
xo v e r t i c a l . Deve s e r f e i t o um c o r t e p o r ano esc0 - lhendo-se f o l h a s com no minimo 1,Om de comprimento.
3.7.2. Desf ibramento - Antes do desf ibramento, deve-se se - l e c i o n a r as f o l h a s p o r tamanho p a r a me lhora r o r e n - dimento e a q u a l i d a d e da f i b r a . E f e t u a r o d e s f i b r a - mento l o g o após o c o r t e . Sempre que p o s s i v e l deve-
se proceder uma lavagem l o g o após o desf ibramento,
mergulhando-se apenas as f i b r a s em tanque de amian - t o , madeira ou bar ro . Não devem s e r usados r e c i p i e n - t e s de meta l . Deve-se observar o cu idado para que o
motor não e s t e j a desregulado ou aber to , o que ocas i - ona s i s a l mal d e s f i b r a d o e c l a s s i f i c a d o como r e f u -
90.
3.7.3. Secagem - Após a lavagem deve-se es tender as f i b r a s
para secagem, e, sempre que p o s s i v e 1 , u t i l i z a r espa l - d e i r a s com t r ê s f i o s de arame. Do is d i a s de s o l são
s u f i c i e n t e s para se t e r f i b r a s secas e alvas.Porêm,
quando a f i b r a f o r de ixada ã n o i t e no campo, deve-
se apenas r e c o l h ê - l a depo is de mais de t r ê s horas
de expos ição ao s o l , o que o c o r r e aproximadamen -
t e p o r v o l t a das 10:OO horas da manhã. D u r a n t e a - o
peracão de secagem deve-se r e c o l h e r as f i b r a s que
serão vendidas como re fugo .
3.8. Armazenamento - As f i b r a s devem s e r arrumadas em peque - nas manocas amarradas p e l a cabeca, sendo j u n t a s , depo - i s , bem es tend idas e sem dobras, em f e i x e s ou molhos
não m u i t o pesados. Recomenda-se f a z e r v e r i f i c a ç õ e s d i - - a r i a s no depós i to , tendo em v i s t a que as f i b r a s podem
s e r atacadas p o r fungos dev ido a umidade r e s i d u a l cau - sada p o r secagem d e f e i t u o s a , g o t e i r a s , e t c . Para e v i - t a r i s t o as f i b r a s devem s e r arrumadas sobre es t rados
de madeira e em l o c a l a r e j a d o e l i v r e de umidade.
3.9. Comerc ia l izacão - Deve s e r f e i t a de acordo com a c l a s - s i f i c a c ã o e precos bás icos e s t a b e l e c i d o s p e l o Governo
a t r a v é s da CFP (Comissão de Financiamento da Producão).
4. COEFICIENTES TECNICOS POR HECTARE DE SISAL - PREPARO MANU - AL DA AREA.
ESPECIFICAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
A. 19 e 29 ANO
1. Insumos
Aquis icão de mudas uma
2 . Preparo da área
Desmatamento d/H
Derrubada d/H
Encoivaramento e queima d/H
Destoca d/H
3. Preparo do so lo
Aracão h / t r .P .
Gradagem h/ t r .P.
Gradagem pesada (opcional ) * h / t r .E
Sulcamento h / t r . P
Coveamento (opcional ) d/H
4. P l a n t i o
Transporte de mudas ** D i s t r i b u i c ã o de mudas
P l a n t i o
5. T ra tos c u l t u r a i s *** l Q ano d/H 14
cont.. .
con t .
ESPECIFICACAO UNIDADE QUANTIDADE
20 ano d/H 12
:. 30 ANO e SEGUINTES
7. Ral eamento d/H 05
8. D i s t r i b u i c ã o de r e s i d u o s d/H 07
Obs.: * Em s o l o s l e v e s s u b s t i t u i a aracão e a gradagem.
** V a r i a de acordo com a d i s t â n c i a e n t r e o l o c a l da
ex t ração e a á rea de p l a n t i o .
*** Podem s e r r e a l i z a d o s com t r a ç ã o motomecanizada
(1,5hs/ha)
d/H = dia/homem
h / t r . E = ho ra t r a t o r de e s t e i r a
h / t r . P = ho ra t r a t o r de pneus
cont.
ESPECIFICACAO UNI DADE QUANTIDADE
20 ano d/H 12
B. 30 ANO e SEGUINTES
6. Rocagem d/H 12
7. Ral eamento d/H 05
8. Distribuição d~ re-iduos d/H O 7
Obs.: * Em solos leves substitui a aração e a gradagem. ** Varia de ator-?a com a distância entre o local da ex -
tração e a área de plantio.
*** Podem ser realizados com tração motomecanizada (1,5hs/ha).
d/H = dia/homem
h1tr.P = hora trator de pneus h.tr.E = hora trator de esteira.
6. COEFICIENTES .TECNICOS PARA DESFIBRAMENTO DE 1 TONELADA DE
FIBRA VERDE. ESPECIFICAÇAO UNIDADE QUANTIDADE
A. Mão-de-obra
Cor te d/H 4 , 5
Transporte d/H 4 , 5
Desf i bramento (cevador) d/H 4 ,5
Bagacei r o d/H 2,o
Estendedeira d/M 2,o
Mo to r i s ta d/H 2,o
0. Insumos
61 eo combust ivel
61eo l u b r i f i c a n t e
Obs.: d/H = dia/Homem
d/M = dia/Mulher
- Rendimento de f i b r a v e r d e / f i b r a seca = 40%
ANEXO I -SISTEMAS DE SECAGEM DA FIBRA DE SISAL
/ /
Fio de Arame
a) Sistema Tradicional N C
b) Sistema Recomendado
PARTICIPANTES DO ENCONTRO
Alvaro da Costa S i l v a
Antenor Carnei ro Lopes
Antonio Car los Dias
~ n t o n i o Nolasco da S i l v a
Ademar Moura e S i l v a
Agnaldo Ramos Gomes
Car lys C. S i g l e r
Edivaldo O1 i v e i r a dos Santos
E r ina ldo Bezerra da S i l v a
E l i a s Marques da S i l v a
E l i a s Lopes de Araújo
E l i c i o Morei ra dos Santos
Eur ico Alves Sampaio
Freder ico Mendes de Carvalho
Geraldo Rabelo de Souza
Geni 1 do Pedrei ra
GetÚl i o de O1 i v e i r a Souza
G r i g ó r i o Francisco Matos
Hi ldebrando Sampaio
I v o Rodrigues Mascarenha
I s r a e l da Costa Homem
José For tunato da S i l v a
José Hugo Fel i x Borges
José Ernesto Souto Bezerra
José de Souza Sobrinho
P ro je to Sertanejo
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Cia.Celulose da Bahia
Agente Ass is t . Técnica
Agente Ass is t . Técnica
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Agente Assi s t . Técnica
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Produtor
Agente Ass is t . Técnica
Agente Ass is t . Técnica
Pesquisador
Cia. Celulose da Bahia cont.. .
cont .
João T a r c i s i o Rebouças
Joaquim Sant iago Arraes
Jorge A r a ú j o F e r r e i r a
João E v a n g e l i s t a B. Fa lcão
J u r a n d i r Marques P imente l
José O1 i v e i r a Cunha
Joao Ernandi Duar te
José F e r r e i r a de Jesus
João Marinho de A r a ú j o
José F e r r e i r a de Santana
Manoel L i n o Cardoso F i l h o
Nelson Salvador de Souza
Nelson de O l i v e i r a Santos
O t a v i o José de Lima
Pedro Sobra1 Viana
P a u l i n o F r a n c i s c o de Matos
Phebus A. P i n h e i r o A r a r i p e
Paulo Cesar de O l i v e i r a Santos
Re ina ldo F r e i t a s Sobr inho
Rubens Guimarães F e r r e i r a
Ramiro O1 i v e i r a Lima
Ros i P e d r e i r a Macedo
Serg io Pedroso
Cia. Ce lu lose da Bahia
Agente A s s i s t . Técn ica
Agente Ass i s t . Técn ica
Agente A s s i s t . Técn ica
Cia. Ce lu lose da Bahia
P r o d u t o r
P r o d u t o r
P rodu to r
P r o d u t o r
P r o d u t o r
Agente A s s i s t . Técn ica
Agente A s s i s t . Técnica
Agente A s s i s t . Técn ica
Agente A s s i s t . Técn ica
Agente A s s i s t . Técn ica
P r o d u t o r
Agente A s s i s t . Técn ica
Produ to r
Agente A s s i s t . Técn ica
P r o j e t o S e r t a n e j o
P r o d u t o r
P rodu to r
Banco do B r a s i l .