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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS MARABÁ GLEICIA DE OLIVEIRA MOTA JACKELINE DOS REIS E SILVA SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA PROPOSTA PARA A UNIDADE DE SAÚDE ZÉ PEQUENO LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE XINGUARA PARÁ XINGUARA - PARÁ 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS MARABÁ

GLEICIA DE OLIVEIRA MOTA

JACKELINE DOS REIS E SILVA

SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA PROPOSTA

PARA A UNIDADE DE SAÚDE ZÉ PEQUENO LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE XINGUARA PARÁ

XINGUARA - PARÁ

2014

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GLEICIA DE OLIVEIRA MOTA JACKELINE DOS REIS E SILVA

SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA PROPOSTA

PARA A UNIDADE DE SAÚDE ZÉ PEQUENO LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE XINGUARA PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade Federal do Pará, como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientadora: Profª. M.Sc. Cássia Maria Carneiro Kahwage

XINGUARA - PARÁ 2014

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

(Biblioteca Josineide Tavares, Marabá-PA)

_______________________________________________________________________________

Mota, Gleicia de Oliveira, Silva, Jackeline dos Reis e Silva.

Sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas: uma

proposta para a unidade de saúde Zé Pequeno localizada no município de

Xinguara Pará / Gleicia de Oliveira Mota, Jackeline dos Reis e Silva;

Orientador, Cássia Maria Carneiro Kahwage. – 2014.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Universidade Federal do

Pará, Faculdade de Computação, 2014.

1. Java- Linguagem de programação de computador. 2. Saúde pública –

pesquisa – Xinguara, (PA). Tecnologia Médica – Xinguara, (PA). I.Título.

CDD - 22 ed.: 005.133

_______________________________________________________________________________

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GLEICIA DE OLIVEIRA MOTA

JACKELINE DOS REIS E SILVA

SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: UMA PROPOSTA

PARA A UNIDADE DE SAÚDE ZÉ PEQUENO LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE XINGUARA PARÁ

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade Federal do Pará, como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Sistemas de Informação.

APROVADO: 31 de janeiro de 2014.

________________________________________ Prof.ª.: M.Sc. Cássia Maria Carneiro Kahwage (Orientadora) (UFPA) ________________________________________ Prof.º: M.Sc. Josué Leal Moura Dantas (Examinadora da Banca) (UFPA) ________________________________________ Antônio Jhoseph Silva de Araújo (Examinadora da Banca) (UFPA)

XINGUARA - PARÁ

2014

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AGRADECIMENTOS

"Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei nos

ombros de gigantes" (Isaac Newton).

Certamente sem a ajuda e o apoio de muitos eu não teria

chegado até aqui, por isso agradeço a Deus por ter me

concedido, através de sua infinita bondade, o potencial de

concretizar mais uma conquista em minha vida.

Agradeço a Universidade Federal do Pará, por ter

proporcionado condições para realização de um anseio, o

de cursar uma graduação. Agradeço a professora Cássia

Kahwage que nos conduziu nesse caminho, sendo

professora em todos os sentidos da palavra, sem o seu

apoio e orientação nós jamais teríamos conseguido.

Agradeço a meus pais: Edileusa Ribeiro de Oliveira Mota

e Raimundo Ferreira Mota, por terem acreditado desde o

inicio e nunca me deixando desistir desse sonho.

Agradeço aos meus irmãos Cleyton Mota e Glaucia Mota

pelo apoio psicológico que tantas vezes me levantou do

chão, ajudando-me a prosseguir na caminhada.

Agradeço a Dr.ª Eliane e a Dr.ª Cristina pelos

empréstimos de alguns livros e colaboração que me

ajudou a construir esse trabalho.

Agradeço em especial a Jackeline dos Reis e Silva pela

parceria nesse trabalho, pois conforme escreveu Salomão

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga

do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o

companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo,

não haverá quem o levante. [...] o cordão de três dobras

não se rebenta com facilidade.” (Eclesiastes 4.9-12).

Gleicia de Oliveira Mota

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Primeiramente agradeço ao Soberano e maravilhoso

Deus, meu melhor amigo em todos os momentos, que me

deu forças e abençoou meu caminho, pois sem ele eu

jamais conseguiria.

Agradeço aos meus pais, Luiz Romão e Silva e Aldenora

Batista dos Reis, que me educaram com bons valores e

sempre me deram apoio e estrutura para atingir meus

objetivos, principalmente a meu querido pai, pois é a

realização do seu sonho.

Agradeço a meus sete irmãos queridos: Luciene, Milena,

Talita, Cícero, Gilberto, Ragnildes e Adenilson pelos

incentivos a meus estudos.

Agradeço a meu esposo Jaines Cleiton Costa Mota que

sempre me apoiou em todos os momentos e sempre

acreditou no meu potencial.

Agradeço a meu filho Luiz Vinícius Reis Mota que com

sua chegada me fortaleceu e me deu novas razões para

lutar.

Agradeço à Universidade Federal do Pará e a todos os

professores do curso de Sistemas de Informação em

especial à nossa orientadora, Cássia Maria Carneiro

Kahwage por ter nos aceitado como suas orientandas e

nos depositado confiança.

Agradeço a Dr.ª Eliane Galvão pelos empréstimos de

livros, estes de grande contribuição para este estudo.

Agradeço a Dr.ª Cristina F. de Oliveira pela sua grande

colaboração que me ajudou a construir esse trabalho.

Agradeço a Gleicia de Oliveira Mota pela parceria, enfim

a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a

realização deste estudo.

Jackeline dos Reis e Silva

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RESUMO

O presente estudo tem por objetivo desenvolver um sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas que auxilie o profissional de saúde (médico) a tomar condutas relacionadas à investigação, suspeita e encaminhamento de pacientes a unidades especializadas. Para a validação do sistema realizou-se uma experiência com 8 crianças de ambos os sexos, com a faixa etária de 3 a 8 anos de idade na Unidade de Saúde Zé Pequeno localizada no município de Xinguara estado do Pará, num processo de amostragem intencional onde 5 crianças não tinham o diagnóstico da doença e três tinham exames comprovando a doença. Os resultados obtidos através da experiência com as 8 crianças triadas pelo sistema apontou que 3 das 8 crianças tinham suspeita de cardiopatias congênitas comprovando a eficácia do sistema, e ao cruzar os dados dos pacientes triados com e sem suspeita de cardiopatias congênitas observou-se a importância do exame físico indicado pelo sistema e a utilização do mesmo por um profissional médico. Este estudo realizou a implementação de um sistema tendo como base estudos bibliográficos sobre 11 tipos de cardiopatias e suas sintomatologias, entrevistas com profissionais de saúde, incluindo uma médica especializada em pediatria. O sistema foi modelado utilizando linguagem JAVA e a persistência dos dados através do sistema gerenciador de bancos de dados MySQL. PALAVRAS-CHAVE: Cardiopatias Congênitas; Sistema Triagem; JAVA.

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ABSTRACT

The present study has for objective to develop a selection system for the suspicion of congenital heart condition that it aids the professional of health (doctor) to take conducts related to the investigation, suspects and patients' direction to specialized units. For the validation of the system it was realized an experience with 8 children of both sexes, with the age group from 3 to 8 years age in the Unit of Health Small Zé located in the municipal district of Xinguara in the Pará state, in a process of intentional sampling where 5 children didn't have the diagnosis of the disease and three had exams proving the disease. The results obtained through the experience with the 8 children taken by the system pointed that 3 of the 8 children had suspicion of congenital heart condition proving the effectiveness of the system, and when crossing the data of the patients taken with and without suspicion of congenital heart condition the importance of the suitable physical exam was observed by the system and the use of the same by a medical professional. This study accomplished the implementation of a system tends as base bibliographical studies on 11 heart condition types and their symptoms, interviews with professionals of health, including a specialized doctor in pediatrics. The system was modeled using language JAVA and the persistence of the data through the system manager of databases MySQL. KEY-WORD: Congenital heart condition; System Selection; JAVA.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Interior do coração: Seção transversal do coração. .................................... 20

Figura 2: Canal Arterial Persistente ........................................................................... 25

Figura 3: Comunicação Interatrial. ............................................................................ 27

Figura 4: Tipos anatômicos de CIA. .......................................................................... 27

Figura 5: Comunicação Interventricular. .................................................................... 28

Figura 6: Defeito do Septo Atrioventricular Total ....................................................... 29

Figura 7: Estenose da Valva Pulmonar. .................................................................... 30

Figura 8: Coarctação da Aorta. ................................................................................. 31

Figura 9: Tetralogia de Fallot – T4F. ......................................................................... 32

Figura 10: Transposição das Grandes Artérias ......................................................... 33

Figura 11: Anatomia de um coração normal.............................................................. 33

Figura 12: Anatomia de um coração com Atresia Tricúspide. ................................... 34

Figura 13: Comparativo de um coração normal ( à esquerda) e um coração com

Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (à direita) ........................................... 35

Figura 14: Realização do teste do pezinho em criança. ............................................ 38

Figura 15: Sensor do oxímetro sendo colocado na mão direita do recém-nascido. .. 40

Figura 16: Oximetria de pulso aferida na mão direita mostrando uma saturação

periférica de 96%. ..................................................................................................... 40

Figura 17: Oximetria de pulso aferida no pé direito mostrando uma saturação

periférica de 96%. ..................................................................................................... 40

Figura 18: Página dinâmica JSP com o formulário de inserção de anamneses. ....... 41

Figura 19: Tela onde se começa o Diagnóstico: deve-se informar a localização da

doença. ..................................................................................................................... 43

Figura 20:Prontuário de Primeira Consulta com a aba

“Queixas/Tratamento/Anamnese”. ............................................................................ 44

Figura 21: Uso de Árvore de Pesquisa para Apoio ao Diagnóstico em Pediatria. ..... 45

Figura 22: Login ........................................................................................................ 48

Figura 23: Mensagem de erro de login. ..................................................................... 48

Figura 24: Área de trabalho ....................................................................................... 48

Figura 25: Menu Gestão ............................................................................................ 49

Figura 26: Cadastro da Unidade de Saúde. .............................................................. 49

Figura 27: Cadastro do Médico. ................................................................................ 50

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Figura 28: Cadastro do Usuário. ............................................................................... 51

Figura 29: Alterar senha. ........................................................................................... 51

Figura 30: Pesquisar Paciente .................................................................................. 52

Figura 31: Histórico do Paciente ............................................................................... 52

Figura 32: Cadastro do Paciente. .............................................................................. 53

Figura 33:Triagem - Tela Inicial ................................................................................. 53

Figura 34: Triagem - Primeira Pergunta do Questionário .......................................... 54

Figura 35: Triagem - Segunda Pergunta do Questionário ......................................... 54

Figura 36: Triagem - Terceira Pergunta do Questionário .......................................... 55

Figura 37: Triagem - Quarta Pergunta do Questionário ............................................ 55

Figura 38: Triagem - Quinta Pergunta do Questionário ............................................. 56

Figura 39: Triagem - Sexta Pergunta do Questionário .............................................. 56

Figura 40: Triagem - Sétima Pergunta do Questionário ............................................ 57

Figura 41: Triagem - Oitava Pergunta do Questionário ............................................. 57

Figura 42: Triagem - Nona Pergunta do Questionário ............................................... 58

Figura 43: Triagem - Décima Pergunta do Questionário ........................................... 58

Figura 44: Triagem - Décima Primeira Pergunta do Questionário ............................. 59

Figura 45: Triagem - Décima Segunda Pergunta do Questionário ............................ 59

Figura 46: Triagem - Décima Terceira Pergunta do Questionário ............................ 60

Figura 47: Triagem - Décima Quarta Pergunta do Questionário ............................... 60

Figura 48: Triagem - Décima Quinta Pergunta do Questionário................................ 61

Figura 49: Triagem - Última Pergunta do Questionário ............................................. 61

Figura 50: Mensagem de Alerta, caso o triador não tenha respondido todas as

questões. ................................................................................................................... 62

Figura 51: Resultado/Parecer da Triagem ................................................................ 62

Figura 52: Tela de impressão do parecer/ resultado. ................................................ 63

Figura 53: Menu Relatório. ........................................................................................ 63

Figura 54: Relatório Resumido .................................................................................. 64

Figura 55: Triagem resumida .................................................................................... 65

Figura 56: Relatório Detalhado .................................................................................. 65

Figura 57: Triagem Detalhada. .................................................................................. 66

Figura 58: Questionário de aplicação para o sistema de triagem. ............................. 69

Figura 59:Diagrama de Caso de Uso - Módulo Login ............................................... 74

Figura 60: Diagrama de Caso de Uso - Módulo Gestão ............................................ 75

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Figura 61: Diagrama de Caso de Uso - Módulo Triagem .......................................... 78

Figura 62: Diagrama de Caso de Uso Módulo Relatório ........................................... 80

Figura 64:Tecnologias suportadas pelo NetBeans 7 ................................................. 85

Figura 65: Primeiro Protótipo do Sistema. ................................................................. 86

Figura 66: Fotografia da fachada da Unidade de Saúde Zé Pequeno ...................... 88

Figura 67: Apresentação e cronograma de atendimento semanal da Unidade de

Saúde Zé Pequeno ................................................................................................... 88

Figura 68: Fotografia da área interna da Unidade de Saúde Zé pequeno ................ 89

Figura 69: Questionário aplicado ao usuário do sistema. .......................................... 90

Figura 70:Descrição dos dados de desempenho obtidos na experiência. ................ 91

Figura 71: Relatório da triagem feita durante a experiência para a validação do

Sistema. .................................................................................................................... 93

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LISTA DE ABREVIATURAS

ACS

AD/RA

AE/AI/LA

AO

AP/PA

CC

CIA

CIV

DSAV

INCOR

JRE

JVM

MER

NASF

PCA

POO

SGBD

ST

TGA

TF4

UBS

UML

UPA

VE/VI/LV

VD/RV

XML

Agente Comunitário de Saúde

Átrio Direito/Atrio Derecho/ Right Atrium

Átrio Esquerdo/Atrio Izquierdo/ Left Atrium

Aorta

Artéria Pulmonar/ Pulmonary Artery

Cardiopatias Congênitas

Cardiopatias Congênitas

Comunicação Interventricular

Defeito no Septo Atrioventricular

Instituto do Coração

Java Runtime Environment

Máquina Virtual Java

Modelo Entidade Relacionamento

Núcleo de Apoio a Saúde da Família

Persistência do Canal Arterial

Programação Orientada a Objetos

Servidor e Gerenciador de Bancos de Dados

Sistemas de Triagem

Transposição dos Grandes Vasos

Tetralogia de Fallot

Unidade Básica de Saúde

Unifield Modeling Language

Unidade de Pronto Atendimento

Ventrículo Esquerdo/Ventriculo Izquierdo/Left Ventricle

Ventrículo Direito/Ventriculo Derecho/Right Ventricle

Extensible Markup Language

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS .................................................................................................. v

RESUMO................................................................................................................... vii

ABSTRACT .............................................................................................................. viii

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. ix

LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................... xii

SUMÁRIO................................................................................................................. xiii

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15

1. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ........................................................................ 20

1.1. Sopro Cardíaco ................................................................................................. 22

1.2. Cianose .............................................................................................................. 23

1.3. Taquipnéia .......................................................................................................... 23

1.4. Taquicardia ......................................................................................................... 23

1.5. Tipos de cardiopatias mais frequentes ............................................................... 24

1.5.1. Persistência do Canal Arterial (PCA) .............................................................. 25

1.5.2. Comunicação Interatrial (CIA) ......................................................................... 26

1.5.3. Comunicação Interventricular (CIV) ................................................................ 28

1.5.4. Defeito no Septo Atrioventricular (DSAV) ........................................................ 29

1.5.5. Estenose Valvar Aórtica .................................................................................. 30

1.5.6. Estenose Pulmonar ........................................................................................ 30

1.5.7. Coarctação da Aorta........................................................................................ 31

1.5.8. Tetralogia de Fallot (T4F) ................................................................................ 32

1.5.9.Transposição das Grandes Artérias (TGA) ...................................................... 33

1.5.10. Atresia Tricúspide .......................................................................................... 34

1.5.11. Síndrome da Válvula Aórtica/ Coração Esquerdo Hipoplásico ...................... 34

1.6. Triagem .............................................................................................................. 35

1.6.1. Teste do pezinho ............................................................................................. 37

1.6.2. Oximetria de pulso .......................................................................................... 39

1.7. Trabalhos Correlatos .......................................................................................... 40

1.7.1. O Sistema para Triagem de Pacientes com Doenças Periodontais ................ 41

1.7.2. Programa na área de Pediatria dotado de um sistema Especialista para

Auxiliar o Acompanhamento e o Diagnóstico Médico (PEAD) .................................. 42

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2. O SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE CARDIOPATIAS

CONGÊNITAS ........................................................................................................... 46

2.1. Desenvolvimento ............................................................................................. 66

2.1.1. Seleção dos sinais e sintomas mais frequentes de cardiopatias congênitas

necessárias para a formulação do questionário para o sistema. ............................... 67

2.1.2. Ordenação das questões de acordo com a importância que assumem. ......... 67

2.1.3. Associações entre perguntas para a construção do algoritmo. ....................... 69

2.1.4. Construção dos Diagramas de caso de uso e Modelo Entidade relacionamento

.................................................................................................................................. 72

2.1.4.1. Diagramas de caso de uso ........................................................................... 72

2.1.4.2. Modelo Entidade Relacionamento ................................................................ 82

2.1.5. Implementação do sistema. ............................................................................. 85

2.1.6. Fase de Teste do Protótipo do Sistema .......................................................... 86

2.1.7. Validação do Sistema ................................................................................... 87

3. RESULTADOS ................................................................................................... 93

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 98

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 98

ANEXO A - Fonte das imagens utilizadas no Sistema de Triagem ......................... 110

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INTRODUÇÃO

As cardiopatias congênitas são malformações presentes desde o

nascimento, elas podem representar um defeito cardíaco individual ou uma

combinação de defeitos que evoluem de forma assintomática até aqueles que

determinam sintomas e alta mortalidade.

O Instituto do Coração da Criança e do Adolescente (INCOR Criança) em

seu site oficial (http://www.incorcrianca.com.br/depa_cardiologia_pediatrica.asp)

indica que em cada 1000 nascimentos, cerca de 10 crianças apresentam algum tipo

de cardiopatia. Ainda segundo o INCOR Criança “As cardiopatias congênitas são

anormalidades na estrutura ou função do coração que está presente ao nascimento,

mesmo que descoberta muito mais tarde.“

Segundo o Departamento de Cardiologia e Neonatologia (2011)

As cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e cerca de 20 a 40% dos óbitos decorrentes de malformações e de 30 a 40% dos que têm problemas cardíacos graves recebem alta das maternidades sem o diagnóstico. Em torno de 20% das cardiopatias congênitas a cura é espontânea, relacionada a defeitos cardíacos pequenos com pouca repercussão a vida da criança. Os outros 80%, o tratamento é cirúrgico que deve ser realizado na sua grande maioria na idade pré-escolar.

No Brasil, algumas unidades hospitalares realizam um teste de triagem,

(oximetria de pulso) a fim detectarem possíveis cardiopatias congênitas, pois a

importância de uma avalição inicial pode ser crucial para o diagnóstico precoce, mas

há alguns casos em que a criança sai da maternidade sem um diagnóstico,

podendo mais tarde ter complicações no quadro clínico. Na maioria desses casos, o

desconhecimento dos sintomas de cardiopatia congênita ou a ausência deles

poderão não proporcionar um tratamento adequado aos pacientes, deixando então

sequelas que diminuíam a qualidade de vida dos mesmos. Tendo em vista que os

sintomas de alguns tipos de cardiopatias podem ser confundidos com os de outras

patologias como é o caso de infecções respiratórias frequentes, falta de ar, baixo

desenvolvimento, cansaço ao fazer alguma atividade física ou sudorese excessiva.

Também há casos de cardiopatias assintomáticas, sendo de total importância o

exame físico para uma investigação mais precisa.

Porém o fato de a criança apresentar alguns sintomas não quer dizer

necessariamente que ela tenha alguma cardiopatia congênita, portanto para o

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diagnóstico conclusivo das cardiopatias congênitas precisa-se de exames

complementares como raio-x do tórax, eletrocardiograma e com maior especificidade

a ecorcardiograma sendo esses analisados por um especialista em cardiologia.

A utilização de sistemas informatizados para auxiliar o profissional na

prática médica pode se tornar um grande aliado na suspeita e até mesmo na

detecção de problemas cardíacos congênitos, esses sistemas de suporte à decisão

médica podem apoiar a atenção básica à saúde ao contribuir para a diminuição da

ocorrência de casos graves.

Neste contexto, o presente trabalho busca desenvolver um software para

uma unidade básica de saúde com intuito de auxiliar um profissional não

especializado na área de cardiologia pediátrica no processo de triagem em

pacientes com possíveis sintomas de cardiopatias congênitas para o encaminhado a

um especialista.

A escolha de uma Unidade Básica de Saúde para a implantação do

sistema de triagem se deu pelo fato de ser o primeiro atendimento a criança após a

saída da maternidade. Nas unidades básicas de saúde são realizadas ações

voltadas à atenção básica e gratuita em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral,

Enfermagem e Odontologia, também são oferecidos outros serviços como:

atividades de prevenção, pré-natal, pré-nupcial, controle de doenças transmissíveis

e/ou epidêmicas além de consultas médicas. Durante essas consultas médicas em

caso de suspeita de alguma doença grave, o paciente é encaminhado a um

especialista a fim de fazer exames complementares para a confirmação da mesma,

pois a responsabilidade da USB é somente o atendimento básico. A unidade

escolhida para este estudo foi a Unidade Básica de Saúde Zé Pequeno, localizada

no município de Xinguara estado do Pará.

O município de Xinguara também disponibiliza de um Hospital Municipal,

utilizado para a internação de pacientes, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)

para atendimentos de urgência e emergência, um Núcleo de Apoio a Saúde da

Família (NASF) para atendimentos fisioterapêuticos, fonoaudiologia e nutricionista, e

de sete Unidades Básicas de Saúde (USB), que estão distribuídas em setores

diferentes da cidade. Dentre as sete Unidades Básicas de Saúde do município de

Xinguara a UBS Zé Pequeno é a unidade que mais recebe crianças por ser a única

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na cidade que tem uma médica especializada em pediatria atendendo três vezes por

semana.

Para a construção do Sistema de Triagem de Suspeita de Cardiopatias

Congênitas foram feitas pesquisas bibliográficas para fundamentar o trabalho, em

seguida alguns levantamentos sobre os sintomas mais frequentes em suspeitas de

cardiopatias congênitas, foram entrevistados profissionais da saúde que trabalham

nas unidades básicas do município de Xinguara, bem como uma enfermeira que nos

relatou o funcionamento da Unidade Básica de Saúde Zé Pequeno e média de

pacientes atendidos por semana e a Dr.ª Cristina Fernandes de Oliveira médica

especialista em pediatria, colaboradora deste projeto, que atende na Unidade de

Saúde da Família Zé Pequeno.

Durante as entrevistas com a Dr.ª Cristina foram relatados por ela as

grandes dificuldades em se suspeitar de cardiopatias congênitas, pois existem casos

em que os sintomas são semelhantes com os de outras doenças e somente após

uma triagem específica é que podem surgir ou não suspeitas de cardiopatias. “Já

houve casos de descobrir cardiopatias congênitas em crianças com sete anos de

idade, a mesma apresentar sintomas de uma doença de verme e somente após uma

consulta descobrir que era uma suspeita de cardiopatia”. Descobriu-se também que

as unidades hospitalares públicas desse município não disponibilizam do teste de

oximetria de pulso (teste responsável por diagnosticar cardiopatias congênitas

graves em recém nascidos), e que não há cardiologista pediátrico atendendo no

município, só há um cardiologista que reside na cidade de Redenção-PA e que faz

consultas duas vezes por semana e plantões uma vez por semana na Unidade de

Pronto Atendimento(UPA) do município de Xinguara. E que o município não faz um

levantamento de casos de suspeitas de cardiopatias congênitas, nem mesmo os

casos diagnosticados, somente casos graves.

Diante das dificuldades enfrentadas pelos profissionais em se suspeitar

de cardiopatias congênitas surgiu o interesse e a motivação por este estudo. Deste

modo viu-se a necessidade de construir um sistema que auxilie esses profissionais

no processo de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas, e também

poderá cooperar numa avaliação epidemiológica da população assistida através

dos relatórios gerados pelo sistema.

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O sistema desenvolvido é baseado em perguntas e respostas sobre a

sintomatologia das cardiopatias congênitas e exame físico (verificação de pulso,

taquicardia, taquipnéia e ausculta do sopro), com objetivo da determinação da

possibilidade ou não do paciente de ter alguma cardiopatia. Após a triagem caso o

paciente tenha suspeita de cardiopatia congênita o sistema imprimirá um resultado

que poderá ser anexado ao encaminhamento para o especialista para a confirmação

da patologia. O sistema terá também um banco de dados para armazenamento de

informações quantitativas de pacientes que foram classificados com possibilidades

de possuírem cardiopatias congênitas em uma unidade de saúde.

A metodologia de pesquisa adotada no presente estudo consiste de

pesquisas bibliográficas, entrevistas com profissionais de saúde a fim de entender o

funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, entrevista com a Drª Cristina,

especialista em pediatria, para a construção do sistema, realização da experiência e

avaliação dos resultados obtidos através da construção de gráficos e aplicação de

questionário para a validação do sistema.

Os conceitos básicos referentes às cardiopatias congênitas, bem como os

tipos mais frequentes e suas manifestações clínicas, conceito de triagem, tipos de

triagens utilizados atualmente para a detecção de doenças são abordados capítulo

1. Também neste capítulo são apresentadas dois trabalhos correlatos a este estudo.

Após as explanações dos conceitos de cardiopatias congênitas no

capitulo 1. Foi realizada apresentação das telas do sistema de triagem de suspeita

de cardiopatias congênitas e suas funcionalidades e a descrição detalhada das

fases de desenvolvimento do sistema no capítulo 2. Ainda neste capitulo foi descrito

o processo de validação do sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias

congênitas. Para tanto, esse processo contou com preenchimento do questionário

para a validação do sistema a fim de confirmar se o sistema atendeu a todos os

objetivos propostos neste estudo.

No capitulo 3 são apresentados e discutidos os resultados deste estudo

mediante um relatório detalhado obtido na experiência por parte dos sujeitos na

pesquisa e análise de tabelas e gráficos.

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19

Por fim, no capítulo 4 são feitas as considerações finais e apresentados

os achados do presente estudo. Neste capítulo também são feitas as considerações

relativas a propostas de trabalhos futuros nesta área.

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20

1. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

O coração é um órgão muscular situado no meio do tórax com quatro

cavidades desenhadas para trabalhar de maneira eficiente e contínua. As cavidades

estão situadas tanto do lado direito quanto do lado esquerdo, sendo as cavidades

superiores chamadas de átrios, que tem como função receber o sangue e

transportá-lo para os ventrículos que o expulsa. A figura 1 demonstra a passagem

do sangue pelas cavidades do coração.

Fonte: http://www.manualmerck.net.

As duas cavidades superiores (átrios) são separadas dos ventrículos por

uma estrutura divisória chamados de septos cardíacos. Os átrios são constituídos de

uma camada miocárdica 1de espessura fina que os possibilita relaxar-se e contrair-

se simultaneamente, tal como os ventrículos. Quando eles se relaxam e enchem-se

de sangue ocorre o período chamado diástole, quando se contraem e expelem–no é

período chamado sístole.

Os ventrículos são as cavidades inferiores. Como os átrios, eles também

são divididos em direito e esquerdo, constituem uma camada miocárdica mais

grossa, isso se deve ao esforço que o ventrículo realiza durante a contração. A

1 Camada miocárdia refere à camada mais externa do miocárdio que por sua vez é o musculo que

forma o coração.

Figura 1:Interior do coração: Seção transversal do coração.

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parede do ventrículo esquerdo é duas vezes mais espessa que a parede do

ventrículo direito porque a pressão de resistência é mais alta.

Para garantir que o sangue corra numa só direção, os ventrículos têm

quatro válvulas que são posicionadas em sua entrada e saída.

A válvula tricúspide está posicionada entre o átrio e o ventrículo direito.

Ela possui três cúspides, que funcionam como portas, que se abrem apenas em

uma direção e é responsável pela passagem e regulagem de sangue do átrio direito

para o ventrículo direito. A válvula pulmonar está posicionada na saída do fluxo

sanguíneo do ventrículo direito para o tronco da artéria pulmonar. A válvula mitral

está posicionada entre o átrio e o ventrículo esquerdo. Sua função é evitar o refluxo

sanguíneo do ventrículo para o átrio esquerdo. A válvula aórtica esta na saída do

ventrículo esquerdo para a aorta.

O Coração é o órgão que impulsiona o sangue para todas as partes do

organismo, porém malformações tanto na estrutura quanto na função

cardiocirculatória do coração poderão comprometer o bom funcionamento deste

órgão vital. Esses defeitos podem ocorrer nas aurículas, ventrículos, nas válvulas ou

nas artérias do coração. Uma pessoa pode ser portadora de um só defeito cardíaco

ou de diversos, todos eles ligados entre si.

Alguns defeitos cardíacos podem ser adquiridos ao longo do tempo como:

rubéola e doença de chagas. E outros podem está presentes antes mesmo do

nascimento são chamadas de cardiopatias congênitas que serão abordados neste

estudo.

Para Nettina (1998, p.1035) ”Cardiopatia congênita é uma malformação

estrutural do coração ou dos grandes vasos presente por ocasião no nascimento.

Ela resulta do desenvolvimento embrionário anormal, podendo estar associados a

alguns fatores como: Infecção fetal e materna que ocorre durante o primeiro

trimestre (principalmente rubéola), efeitos teratogênicos de medicamentos/drogas e

álcool, fatores genéticos (trissomias) ,Idade materna superior a 40 anos, e diabetes

insulino dependentes materno 2.

2 Diabetes insulino dependentes materno são indivíduos que nascem com diabetes tipo 1 e que

dependem de insulina.

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Os sintomas produzidos pelas cardiopatias congênitas podem surgir logo

após o nascimento, nas primeiras semanas de vida, ou até mesmo depois de alguns

meses ou anos. Guiller et al.(2007, p. 19) destaca que “Apesar de o termo congênito

significar que o defeito básico encontra-se ao nascer, nem sempre é possível

demonstrá-lo nos recém-nascidos, já que pode se manifestar, clinicamente, mais

tarde.

Para o reconhecimento de uma cardiopatia congênita são levantados

quatro achados principais: Sopro cardíaco, cianose, taquipnéia, e arritmia cardíaca

(Amaral et al; 2002).

1.1. Sopro Cardíaco

O sopro é um som que pode ser auscultado quando a interferência no fluxo

das cavidades cardíacas, havendo turbulência do sangue dentro do coração, ele

geralmente surge por problemas nas válvulas cardíacas.

Segundo Duncan et al. (2004 p.729):

Muitos sopros encontrados em crianças, ou mesmo em adultos, particularmente se examinados em condições hipercinéticas (durante ou logo após um exercício físico, excitação, gravidez ou estado febril), podem

fazer parte da expressão normal da função cardiovascular.

Apenas a presença de um sopro, não indica necessariamente um

diagnóstico de cardiopatia congênita, precisa-se de um conjunto de manifestações

clinicas e exames laboratoriais para que se chegue a um possível diagnóstico.

De acordo com Duncan et al. (2004 p.729):

O sopro deve ser caracterizado quando à localização, intensidade, duração, relação com as bulhas cardíacas, timbre, irradiação, variações com o ciclo respiratório e com a postura e comportamento após a realização de determinadas manobras. Esses dados, no conjunto de um exame clínico completo, podem fornecer informações suficientes para excluir a presença de uma cardiopatia, permitindo rotular o sopro como inocente, ou podem orientar no estabelecimento de um diagnóstico de problemas cardiológicos ou não – cardiológicos associados.

Por meio do exame clínico e da descrição adequada de um sopro, pode –

se chegar também a um diagnóstico de uma cardiopatia de baixo risco e pequena

repercussão, sem necessidade de maiores investigações. Por outro lado, a ausência

de sopros ou o desaparecimento de um sopro preexistente pode ser compatível com

situações clínicas extremamente graves.

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1.2. Cianose

Cianose é a coloração azulada da pele e membranas mucosas e unhas,

geralmente devido a deficiência de oxigênio no sangue ou tecidos de uma pessoa. A

cianose pode ocorrer como resultado de uma doença cardíaca ou respiratória grave

ou por algum problema respiratório.

Segundo Amaral et al ( 2002, p. 194), “ A presença de cardiopatia deva

sempre ser suspeitada no recém nascido cianótico, independente do quadro clinico”.

1.3. Taquipnéia

É o aumento da frequência respiratória acima dos valores normais.

Valores abaixo dos normais são por sua vez chamados de braquipnéia.

A taquipnéia caracteriza-se pela dificuldade respiratória principalmente

em bebês prematuros. Os sintomas surgem nas primeiras horas após o parto e

geralmente desaparecem até o 3º ou 4º ano de vida, ela pode está relacionada com

problemas pulmonares ou cardíacos.

1.4. Taquicardia

A taquicardia é uma arritmia cardíaca3 que ocorre quando os batimentos

cardíacos apresentam alterações de tempo que decorre entre um batimento e outro.

A taquicardia não é muito comum na infância, quando ocorrem, podem

ser quadros graves, podendo causar desmaios, ou insuficiência cardíaca.

Dependendo do tipo de arritmia cardíaca e dos recursos disponíveis, além

da detecção da presença de uma arritma, é possível também a sua caracterização

específica.

De acordo com Ducan et al ( 2004, p.721)

As manifestações clínicas de arritmias são extremamente variáveis, podendo ou não causar sintomas. Os sintomas, quando ocorrem, são relacionados aos seguintes fatores: ritmo irregular (palpitações), redução do débito cardíaco com hipotensão, tontura e sincope de compensação clínicas de uma cardiopatia subjacente e até mesmo um quadro de choque circulatório. As manifestações clínicas predominantemente referidas pelo paciente são as palpitações acompanhadas ou não de tonturas, mal – estar e sudorese.

3 Arritmia Cardíaca é qualquer alteração no ritmo das batidas do coração, que pode fazer com que ele

bata mais rápido ou mais lento, ou simplesmente fora de ritmo.

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24

No exame físico, as taquicardias são detectadas pela ausculta cardíaca,

palpação do pulso para avaliar o ritmo, a amplitude e a frequência cardíaca. O

exame do pulso venoso pode ser útil na identificação de dissociação atrioventricular4

ou no bloqueio completo, em que existe encolhimento atrial dissociada da sístole

ventricular, levando ao aparecimento de ondas tipo canhão na jugular5. DUCAN et al

(2004).

1.5. Tipos de cardiopatias mais frequentes

As cardiopatias congênitas são divididas em dois subgrupos: cardiopatias

acianóticas e cianóticas podendo existir variações em virtude da gravidade do

defeito cardíaco.

As cardiopatias acianóticas são constituídas por malformações ligada as

comunicações das circulações sistêmica e pulmonar esquerdo – direito aos níveis

atrial, ventricular ou dos grandes vasos e alterações valvares (estenose e

insuficiência). Dentre elas pode-se citar:

Persistência do Canal Arterial (PCA)

Comunicação Interatrial (CIA)

Comunicação Interventricular (CIV)

Defeito no Septo Atrioventricular (DSAV)

Estenose da Válvula Aórtica,

Estenose Subaórtica,

Coarctação da Aorta).

Já as cardiopatias cianóticas correspondem a um subgrupo de alterações

mais complexas, existência de mais do que um defeito, são elas:

Tetralogia de Fallot (T4F)

Transposição dos Grandes Artérias (TGA)

Atresia Tricúspide

Síndrome da Válvula Aórtica/ Coração Esquerdo Hipoplásico

4 Dissociação Atrioventricular refere-se a todas as condições nas quais os átrios e os ventrículos

contraem de forma independente.

5 Canhão Jugular resulta da contração atrial contra uma valva tricúspide ainda fechada.

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Existem outros tipos de cardiopatias que não são citadas neste estudo,

pois são considerados casos raros e assintomáticos e somente descobertos através

de exames específicos o que não convém nesta pesquisa, pois este trabalho tem

como foco casos sintomáticos que são de fundamental importância para a

construção dos questionários que são a base do sistema de triagem para a suspeita

de cardiopatias congênitas. A seguir serão descritos onze tipos de cardiopatias que

são consideradas mais frequentes em crianças e suas sintomatologias.

1.5.1. Persistência do Canal Arterial (PCA)

No estado fetal a função cardíaca arterial é muito importante, pois já que

o feto não respira ar ele não necessita que o sangue circule através dos pulmões

para ser oxigenado. Ao nascer o sangue deve circular para receber oxigênio e o

canal arterial deve se fechar para que o sangue circule pelos pulmões, geralmente

esse canal se fecha de 12 a 48 horas após o nascimento, se ele não fechar a

quantidade de sangue destinado ao corpo pode voltar para os pulmões uma vez que

o canal conecta uma circulação sistêmica de alta pressão6 com uma circulação

pulmonar de baixa resistência. Na Figura 2 há um comparativo entre uma circulação

normal e uma circulação persistente.

Fonte: http://www.manualmerck.net

6 Na circulação sistêmica, a pressão mais alta ocorre na aorta e reflete a pressão criada pelo

ventrículo esquerdo.

Figura 2: Canal Arterial Persistente

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26

Os sinais clínicos com pacientes com persistência do canal arterial

podem observados a partir do terceiro dia de vida, como: sopro cardíaco, impulsões

precordiais visíveis, pressão do pulso aumentada e pulsos amplos7.

Ao passar dos dias outros sinais clínicos podem se manifestar como a

presença de sopro sistólico crescente com estalido8, às vezes detectável na diástole,

taquipnéia, cardiomegalia9, sudorese e infecções respiratórias recorrentes, a criança

pode apresentar baixo desenvolvimento, dificuldades alimentares e menor tolerância

aos exercícios em caso de tratamento tardio, ou inadequado o quadro clinico poderá

ser agravado como insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e endocardite

infecciosa10.

1.5.2. Comunicação Interatrial (CIA)

A Comunicação Interatrial (CIA) é um defeito no desenvolvimento do

septo primum ou septo secundum que constituem o septo interatrial (parede que

divide o átrio direito do átrio esquerdo) ocasionando uma comunicação entre os

átrios na região da fossa oval11.

7 Resultam do aumento da pressão do pulso.

8 Refere-se ao tipo de sopro que ocorre durante a sístole com ruídos de frequência relativamente

mais elevada, de curta duração e de caráter estalante.

9 A cardiomegalia ocorre pelo aumento no tamanho do coração e geralmente acontece em

consequência de doenças como hipertensão arterial ou doenças.

10 A endocardite infecciosa é uma infecção na superfície da membrana que reveste internamente o

coração. É uma doença grave, que resulta usualmente da invasão de microrganismos (bactéria ou

fungo) em tecido endocárdico ou material protético do coração.

11 A fossa oval marca o local primitivo do forame oval que por sua vez é um pequeno orifício

localizado no meio da parede de músculo que divide os dois átrios.

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Fonte: Hemodinâmica das Cardiopatias Congênitas.

Existem três tipos de CIA:

Ostium Secundum- ocorre no centro do septo interatrial, raramente é

sintomática na faixa etária pediátrica. É uma das lesões mais frequentes dentre as

cardiopatias congênitas.

Ostium Primum- ocorre na parte inferior do septo interatrial

Seio Venoso - ocorre na parte superior do septo interatrial, é o menos

comum.

Na Figura 4 é demonstrada os três tipos de Comunicação Interatrial.

Fonte: Hemodinâmica das Cardiopatias Congênitas

Na Comunicação Interatrial a pressão do átrio esquerdo e maior que a no

direito e promove o fluxo do sangue oxigenado do átrio esquerdo para o direito. O

Figura 4: Tipos anatômicos de CIA.

Figura 3: Comunicação Interatrial.

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sangue oxigenado que flui através do defeito entra no átrio direito e se mistura com

o sangue venoso sistêmico que está retornando aos pulmões. O fluxo sanguíneo

através da derivação (shunt)12 recircula através dos pulmões, aumentando dessa

forma o fluxo sanguíneo total através dos pulmões. Geralmente em crianças com

Comunicação Interatrial podem ocorrer cansaço excessivo aos esforços, aumento

lento de peso, fatigabilidade fácil, infecções respiratórias frequentes e insuficiência

cardíaca congestiva (ICC).

1.5.3. Comunicação Interventricular (CIV)

A comunicação interventricular como o próprio nome diz é a comunicação

entre os dois ventrículos por consequência de uma lesão do septo interventricular

causando a mistura entre o sangue oxigenado e o sangue venoso13 .É definida como

a ausência do tecido septal o qual permite a comunicação entre os dois ventrículos”

(NUNES, 2009).(Figura 5).

Fonte: Fonte: www.paulomargotto.com.br

A Comunicação Interventricular ocorre da seguinte maneira: devido a

lesão o septo interventricular, o ventrículo esquerdo ejeta sangue não só para a

aorta mais também para o ventrículo direito e artéria pulmonar ocasionando a

mistura do sangue venoso com o sangue oxigenado e resultando em hiperfluxo

12

Shunt refere-se a desvio, quando o sangue que entra no sistema vascular atrial sem passar pelo

pulmão ventilado. Sempre presente em pequenas quantidades através dos vasos brônquicos e das

veias coronárias.

13 Refere-se ao sangue pobre em oxigênio.

Figura 5: Comunicação Interventricular.

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pulmonar14. Alguns sintomas podem se manifestar em crianças com apenas 1 a 2

meses de idade como: dificuldades alimentares, maior fadiga, infecções respiratórias

frequentes, taquipnéia, sudorese excessiva, aparência pálida e delicada (aspecto

esquelético), aumento lento de peso e presença de sopro holossistólico15.

1.5.4. Defeito no Septo Atrioventricular (DSAV)

O defeito no septo atrioventricular é a ausência ou malformação do septo

atrioventricular (a parede que divide o átrio direito do ventrículo esquerdo). A DSAV

está relacionada com a síndrome de Down.

Fonte: http://www.brunorocha.com.br/portal/?p=148

O sangue oxigenado que está nas câmaras esquerdas passa para as

câmaras cardíacas direitas, fazendo com que o mesmo se misture com o sangue

venoso que irá para os pulmões. Com isto a um aumento na quantidade de sangue

(hiperfluxo) para os pulmões.

As manifestações clínicas são semelhantes às apresentações de

pacientes com CIA e CIV dependem do tamanho do defeito e, sendo que defeito

pequeno são frequentemente assintomáticos, caso contrário podem ocorrer fadiga,

dispnéia16 e ICC. Esses pacientes poderão desenvolver cianose com o aumento da

resistência vascular pulmonar.

14

Aumento de fluxo sanguíneo para o pulmão.

15 Ocorre em todo o período da sístole.

16 Refere à falta de ar repentina e severa, ou a dificuldade na respiração.

Figura 6: Defeito do Septo Atrioventricular Total

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30

1.5.5. Estenose Valvar Aórtica

A Estenose da Válvula Aórtica é o estreitamento da abertura da válvula

aórtica que aumenta a resistência da passagem do fluxo de sangue do ventrículo

esquerdo para a aorta.

Na estenose, a válvula aórtica costuma ter só duas válvulas, o que

permite uma menor abertura, que por consequência, o ventrículo esquerdo deve

bombear com uma força superior à normal para impulsionar o sangue através da

válvula.

Como a quantidade de sangue é insuficiente, este defeito pode causar

uma lesão no músculo cardíaco de tal maneira que a quantidade de sangue que sai

do coração se revela inadequada às necessidades do organismo. Em casos graves

em lactantes apresentam débito cardíaco reduzindo, pulsos periféricos fracos e pele

pálida acinzentada e fria. Em crianças maiores dor torácica, dispnéia, fadiga, falta de

ar com esforço, podendo também haver desmaios dependendo da gravidade da

estenose. As complicações são: ICC, sincope endocardite bacteriana e morte súbita.

1.5.6. Estenose Pulmonar

É uma lesão que obstrui o fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a

artéria pulmonar.

Fonte: medicinapratica.com.br

Na estenose pulmonar o sangue flui do ventrículo direito, através da

válvula pulmonar causando um aumento da pressão ventricular para manter um

débito cardíaco normal. Surge hipertrofia do ventrículo direito. Geralmente indivíduos

Figura 7: Estenose da Valva Pulmonar.

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com estenose pulmonar são assintomáticos, porém pode evidenciar uma menor

tolerância ao exercício com fadiga e dispneia. Em caso de cardiopatia grave, a

criança pode ter dispneia ( falta de ar), cianose generalizada e poderá ter queixas de

dor precordial( dor no peito). Em casos de complicações em lactentes com lesões

graves poderão ter dificuldades respiratórias, endocardite bacteriana, ICC, e morte

súbita em qualquer idade.

1.5.7. Coarctação da Aorta

É a redução do fluxo sanguíneo por consequência de um defeito no canal

da aorta. A coarctação é a causa mais comum de insuficiência cardíaca em recém-

nascidos, existe como uma obstrução pré-canal ou pós-canal dependendo da

posição da obstrução em relação ao canal arterial, como é representado na Figura 8.

Fonte: www.medicinapratica.com.br

Essa lesão diminui o fluxo do sangue através da aorta, acarretando o

aumento da pressão ventricular esquerda e na carga de trabalho. Surgem vasos

colaterais, com origem principalmente nos ramos das artérias subclávias17 e

intercostais, proporcionando circulação às extremidades inferiores.

Em geral indivíduos com esse defeito são assintomáticos na primeira

infância, mas podem demostrar fadiga ocasional, cefaléia, vertigem. Seu diagnóstico

é baseado em determinadas mudanças no pulso e na tensão arterial e confirma-se

mediante radiografias, um eletrocardiograma e um ecocardiograma.

17

É a continuação da veia axilar após cruzar a borda lateral da primeira costela.

Figura 8: Coarctação da Aorta.

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1.5.8. Tetralogia de Fallot (T4F)

É uma combinação de anomalias congênitas com quatro características

principais: defeito do septo ventricular, obstrução na via de saída do ventrículo

direito, aorta em dextroposição18 e hipertrofia do ventrículo direito, conforme

demonstra a Figura 9.

Fonte: www.paulomargotto.com.br

Os recém-nascidos com Tetralogia de Fallot costumam ter um sopro

cardíaco que se ouve no momento do nascimento ou pouco tempo depois.

Pacientes com Tetralogia de Fallot costumam apresentar uma

coloração azulada (estado denominado cianose) isso ocorre porque a passagem da

saída do ventrículo direito é estreita e restringe a passagem do sangue para os

pulmões. Então o sangue azulado desprovido de oxigênio que se encontra nos

pulmões atravessa o septo defeituoso, passa para o ventrículo esquerdo e entra na

aorta para circular pelo corpo.

Alguns bebês mantem-se estáveis com um grau leve de cianose, motivo

pelo qual é possível remediar os seus defeitos nos anos seguintes. Outros

apresentam sintomas mais graves que interferem no seu crescimento e

desenvolvimento. Estas crianças podem sofrer agravamentos súbitos (ataques), nos

quais a cianose piora de repente em resposta a certas atividades, como chorar ou

fazer força para evacuar. O bebê ganha uma tonalidade muito azulada, pode haver

18

Desvio ou deslocamento de uma artéria ou de um órgão para o lado direito do corpo.

Figura 9: Tetralogia de Fallot – T4F.

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falta de ar e perder a consciência. Em crianças mais velhas, as queixas são de

cansaço e cianose após atividade física.

1.5.9.Transposição das Grandes Artérias (TGA)

A Transposição das grandes Artérias é a inversão das grandes artérias

(Figura 10).

Fonte: www.medicinapratica.com.br

Neste caso a aorta está conectada ao ventrículo direito e a artéria

pulmonar está conectada ao ventrículo esquerdo resultando em uma circulação em

paralelo – o oposto exato da anatomia de um coração normal. (Figura 11).

Fonte: http://www.drmarcelonogueira.med.br/Fisiologia/fisiologia.htm

As manifestações clínicas são influenciadas pela extensão da mistura do

sangue oxigenado e não oxigenado entre duas circulações, nesse caso o paciente

poderá apresentar cianose, que se manifesta habitualmente logo após o nascimento

( o grau de cianose depende o tipo de malformação associada), fatigabilidade fácil,

aumento lento de peso, porém como peso normal ao nascer ou acima do normal,

baqueteamento dos dedos e artelhos, taquipnéia e coexistência de ICC.

Figura 10: Transposição das Grandes Artérias

Figura 11: Anatomia de um coração normal

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1.5.10. Atresia Tricúspide

Atresia Tricúspide é uma anomalia onde há a ausência de comunicação

direta entre o átrio direito e o ventrículo direito, defeito no septo interatrial e um

ventrículo direito hipoplásico como são demonstrados na Figura 12 .

Fonte: http://www.chop.edu/healthinfo/congenital-heart-disease.html

O sangue da circulação sistêmica é desviado do átrio direito através de

uma Comunicação Interatrial para o átrio esquerdo e depois para o ventrículo

esquerdo. O fluxo sanguíneo pulmonar é estabelecido através de uma persistência

do canal arterial. Geralmente pacientes com Atresia Tricúspide apresenta cianose

grave no período neonatal, angustia respiratória (dispnéia aos esforços),

baqueteamento nos dedos19 e podem ocorrer insuficiência cardíaca congestiva

(ICC).

1.5.11. Síndrome da Válvula Aórtica/ Coração Esquerdo Hipoplásico

São varias lesões cardíacas congênitas complexas que resultam no

desenvolvimento anormal do lado esquerdo do coração. Num coração com síndrome

do coração hipoplásico; ventrículo direito terá que bombear sangue através das

circulações tanto pulmonar quanto sistêmica. Um forame oval20 permite uma

19

É um sinal caracterizado pelo aumento (hipertrofia) das falanges distais dos dedos e unhas da mão

que está associada a diversas doenças, a maioria cardíacas e pulmonares.

20 É um pequeno orifício localizado no meio da parede de músculo que divide os dois átrios

(cavidades presentes normalmente no coração) no nosso coração.

Figura 12: Anatomia de um coração com Atresia Tricúspide.

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35

derivação da esquerda para a direita, com o sangue sendo desviado do átrio

esquerdo de volta para o átrio direito.

Na Figura 13 há uma comparação entre um coração normal e um coração

com Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico.

Figura 13: Comparativo de um coração normal ( à esquerda) e um coração com Síndrome do

Coração Esquerdo Hipoplásico (à direita) Fonte: https://ufhealth.org/hypoplastic-left-heart-syndrome

Num coração com síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico o

ventrículo esquerdo não é funcional, o ventrículo direito terá de bombear sangue

através das circulações tanto pulmonar quanto sistêmica, o canal arterial é o único

suprimento de sangue para o sistema até começar a fechar.

As manifestações clínicas são: O recém nascido pode parecer normal por

porém sinais mais acentuados poderão surgir logo depois como: insuficiência

cardíaca congestiva (ICC), dispnéia, cianose, pele pálida ou acinzentada ou cianose

ligeira e moderada e pulsos periféricos fracos.

1.6. Triagem

O termo triagem tem sido utilizado em unidades hospitalares em

situações onde os profissionais de saúde tem que selecionar qual o paciente terá

prioridade no atendimento. Nesses casos os critérios utilizados são o de gravidade.

A palavra triagem se origina da expressão “trier”, que significa selecionar,

escolher, separar. Esse termo era utilizado pelo exercito francês para nomear um

“hospital de evacuação” de soldados feridos. O exército americano também fazia

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uma espécie de triagem para selecionar os soldados feridos, para posteriormente

serem evacuados para hospitais de apoio.

Segundo o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2009)

“Triagem é o primeiro atendimento prestado pelo profissional aos usuários dos

serviços de saúde, e tem por finalidade a avaliação inicial, que permita selecionar e

conduzir pacientes as unidades ou aos especialistas adequados à sua assistência.”

Nos Sistemas de Urgências em países como os Estados Unidos, Canadá,

Austrália e Inglaterra, o processo de triagem foi se desenvolvendo dada a enorme

procura deste tipo de Serviço por cidadãos que não precisavam desses recursos,

mas que devida a falta de acesso dos mesmos aos cuidados de saúde primários, e a

persistência deste problema nos Sistemas de Urgências procuraram desenvolver e

investir em instrumentos de Triagem, como Sistemas de Triagem (ST), e que

procurassem fazer uma melhor seleção dos doentes graves ou não.

A importância desse serviço está sobretudo em prevenir complicações e

identificar quadros agudos que indicam riscos de vida. Para o funcionamento

adequado do Sistema de Triagem é indispensável à integração deste com outros

serviços de saúde existentes no sistema, estabelecendo vínculos com os mesmos,

de modo a permitir o adequado encaminhamento dos pacientes (Azevedo; Barbosa

2007, p.34).

Um Sistema de Triagem trata-se de uma forma organizada e

sistematizada de se fazer uma triagem a fim de diminuir o tempo de espera de um

paciente com alguma patologia para o atendimento a um especialista. De acordo

com (DIOGO 2007) “São vários os Sistemas de Triagem que se apresentam nos

diferentes ambientes, hospitalar e pré-hospitalar tendo características próprias eles

tem objetivos em comum”. Dentre eles pode-se citar:

Auxiliar o profissional de saúde a identificar rapidamente os cidadãos em

situações de urgência e emergência;

Avaliar precocemente todos os cidadãos, de modo a assegurar-lhes a

prioridade de acesso aos cuidados de que necessitam, de acordo com a

gravidade da situação de doença e/ ou lesão;

Antecipar exames complementares de diagnóstico e terapêutico ao

atendimento médico, de acordo com protocolos definidos.

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No Serviço de triagem, o individuo é avaliado de forma integral para que

se identifique o tipo de atendimento necessário. Algumas unidades hospitalares no

Brasil já disponibilizam de teste de triagem clínica, para selecionar pacientes de

risco ou não, já na fase neonatal, como é o teste do pezinho, do coraçãozinho, do

olhinho dentre outros. Porém eles não descartam a possibilidades do paciente

descobrir mais alguma patologia congênita após a alta hospitalar.

A seguir será descrito dois importantes testes de triagem clínica para a

detecção de doenças congênitas.

1.6.1. Teste do pezinho

O teste do pezinho é um tipo de triagem neonatal realizado gratuitamente

em unidades básicas de saúde, que permite fazer o diagnóstico precoce de diversas

doenças congênitas ou infecciosas e assintomáticas. É um exame obrigatoriamente

realizado em todos os bebês recém-nascidos, a partir do 3º dia de vida. A

importância do diagnóstico precoce é que ele oferece condições de um tratamento

iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando o agravamento de

doenças que se não diagnosticadas a tempo por se tornar quadros irreversíveis.

O período recomendado para a realização do teste do pezinho é

preferencialmente na primeira semana de vida do bebê (do terceiro ao sétimo dia),

antes desse período, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe, e

quando realizado após a primeira semana de vida da criança aumentam as chances

de que sejam registrados resultados falsos positivos para a Fibrose Cística, o que

implica em nova aplicação do exame. A Fibrose Cística é uma doença genética que

causa distúrbios nas secreções de algumas glândulas. Estimativas do Ministério da

Saúde apontam para um milhão e meio de portadores de Fibrose Cística no país,

muitos ainda sem diagnóstico (Biblioteca da Escola de Enfermagem da UFRGS).

Se o exame não puder ser realizado entre o 3º dia e o 7º dia, deverá ser

realizado em até 30 dias após o nascimento, pois esta é a única maneira de

diagnosticar doenças a tempo de tratá-las e impedir o aparecimento de

complicações.

O teste do pezinho consiste na retirada de gotas de sangue do calcanhar

do bebê. Por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser

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colhido através de uma única punção, rápida e quase indolor. Como é demonstrada

na figura 14.

Figura 14: Realização do teste do pezinho em criança. Fonte: http://clinicanappe.wordpress.com/teste-do-pezinho-triagem-neonatal/

Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O Sistema Único de

Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional Triagem Neonatal, onde cobre a

identificação de até seis doenças, sendo elas: Fenilcetonúria, hipotireoidismo

congênito, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e

deficiência da biotinidase.

Fenilcetonúria: uma doença genética caracterizada pela incapacidade de

metabolizar a enzima fenilalanina, responsável pela produção do aminoácido

tirosina, a ausência de tirosina pode causar um comprometimento neurológico

no desenvolvimento da criança e acarretar retardação mental.

Hipotireoidismo congênito: doença que faz com que a glândula tireoide não

seja capaz de produzir quantidade suficiente de hormônios tireoidianos,

deixando os processos metabólicos mais lentos que pode levar ao

retardamento mental e má formação física.

Anemia falciforme: doença hereditária que pode levar a alterações em todos

os órgãos e sistemas do corpo.

Fibrose cística: doença que leva à produção de uma grande quantidade de

muco, comprometendo o sistema respiratório, afetando também o pâncreas.

Hiperplasia adrenal congênita: doença que faz com que causa uma

deficiência hormonal em alguns hormônios na criança e um exagero na

produção de outros hormônios que pode inclusive levar a morte.

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Deficiência de biotinidade: é a falta da biotina no organismo, essa doença

pode levar a convulsões, falta de coordenação motora, atraso no

desenvolvimento e queda de cabelos.

O diagnóstico dessas doenças pesquisadas no Programa Nacional de

Triagem Neonatal -“Teste do Pezinho”, é fundamentalmente laboratorial. A triagem

de recém-nascidos principalmente para fenilcetonúricos, é uma necessidade porque

os sinais clínicos da doença não aparecem senão após o 6º mês de vida do bebê,

quando o dano cerebral já é irreversível em algum grau. O diagnóstico precoce

oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do

bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já

não pode ser curada (MARTON DA SILVA, M.B.G.; LACERDA, M.R. 2003. p. 63).

1.6.2. Oximetria de pulso

A descoberta precoce de problemas cardíacos congênitos é muito

importante para a realização de cirurgias que podem salvar a vida do recém-

nascido. Alguns hospitais do Brasil já realizam um teste de triagem chamado de

oximetria de pulso, mas conhecido com “teste do coraçãozinho” um procedimento

simples e indolor capaz de pré diagnosticar cardiopatias congênitas críticas.

Oximetria de pulso trata-se de uma pulseira que mede a concentração de

oxigênio no sangue e que detecta problemas no coração antes mesmo de aparecem

os sintomas. “Se registramos uma medida de oximetria menor que 95% em qualquer

membro, ou uma diferença de três pontos percentuais entre os membros superiores

e inferiores devemos suspeitar de uma cardiopatia crítica.” Em caso de suspeita, um

ecocardiograma deve ser solicitado” Ressalta Dr. Gustavo Foronda, cardiologista

infantil do Hospital Israelista Albert Einstein .

Este exame deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento.

Pois segundo Foronda “No primeiro dia de vida várias alterações adaptativas

próprias do recém-nascido podem atrapalhar o resultado. Após as primeiras 24

horas e até o segundo dia de vida, o risco de erro relacionado a essas alterações

baixam de forma significava e ainda estamos num período segurança para o

diagnóstico das cardiopatias críticas.” Nas figuras 15, 16 e 17 são demonstrados a

realização do teste de triagem oximetria de pulso.

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Figura 15: Sensor do oxímetro sendo colocado na mão direita do recém-nascido. Fonte: http://amigosdocoracao.wordpress.com/2012/01/

Figura 16: Oximetria de pulso aferida na mão direita mostrando uma saturação periférica de 96%.

Fonte: http://amigosdocoracao.wordpress.com/2012/01/

Figura 17: Oximetria de pulso aferida no pé direito mostrando uma saturação periférica de 96%.

Fonte: http://amigosdocoracao.wordpress.com/2012/01/

Mesmo com eficácia comprovada, o teste de oximetria de pulso ainda não

é garantido por lei em todo país, aindas existem muitas unidades hospitalares que

não oferecem este tipo de teste, e existe a ressalva de que esse teste só detecta

casos graves de cardiopatias congênitas, sendo que lactentes cardiopatas com

casos menos graves poderão sair da maternidade sem um diagnóstico.

1.7. Trabalhos Correlatos

Durante a realização das pesquisas necessárias para a fundamentação e

concepção deste estudo, observaram-se publicações de trabalhos correlatos ao

sistema ora apresentado, no entanto, apresentam algumas particularidades

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referentes ao seu enfoque. Dentre esses trabalhos pode-se mencionar um sistema

web de triagem (O sistema para triagem de pacientes com doenças periodontais) e

outro um sistema especialista (Programa na área de Pediatria dotado de um Sistema

Especialista para auxiliar o Acompanhamento e o Diagnóstico Médico - PEAD).

1.7.1. O Sistema para Triagem de Pacientes com Doenças Periodontais

O Sistema para Triagem de Pacientes com Doenças Periodontais

consiste em um sistema Web desenvolvido pela Universidade Federal do Sergipe

(UFS) que provê o suporte computacional às rotinas de triagem de pacientes com

doenças periodontais, permitindo o cadastro de pacientes, o cadastro dos dados

referentes a exames e anamnese, o enquadramento automático do paciente

baseado nos dados coletados e a geração de relatórios estatísticos os quais

permitem uma avaliação bucal da população assistida (JR; GOULART & SILVA et

al., 2004 ,p.2.).

A interface do sistema reproduz basicamente o formato padrão dos

questionários aplicados na triagem manual. A Figura 18 abaixo mostra uma das

telas que registra anamnese.

Figura 18: Página dinâmica JSP com o formulário de inserção de anamneses. Fonte: http://www.uefs.br/erbase2004/documentos/wticgbase/Wticgbase2004ArtigoIC002.pdf,

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No desenvolvimento do sistema, adotou-se uma metodologia de análise

orientada a objetos. A plataforma utilizada é J2EE, foi definido para o software uma

arquitetura de três camadas: camada de apresentação, camada de negócio e

camada de persistência de dados. Foram utilizados na camada de apresentação e

para geração de conteúdo Web dinâmico os componentes Servlets e JSP( Java

Server Pages), na camada de negócios utilizou-se EJB (Enterprise Java Beans)

esta plataforma foi proposta devido a portabilidade que Java oferece, e na camada

de persistência de dados foi escolhido o repositório MySQL, por ser um SGBD(

Sistema Gerenciador de Banco de Dados) gratuito e com versões para diversas

plataformas.

Apesar de suas peculiaridades o Sistema para Triagem de Pacientes com

Doenças Periodontais tem características importantes como as apresentadas no

sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas citado neste estudo,

pois ambos tem por objetivo facilitar a disseminação do processo de triagem, o

encaminhamentos correto de pacientes triados ao especialista ou a investigação de

outras patologias.

1.7.2. Programa na área de Pediatria dotado de um sistema Especialista para Auxiliar o Acompanhamento e o Diagnóstico Médico (PEAD)

O PEAD (Programa na área de Pediatria dotado de um Sistema

Especialista para auxiliar o Acompanhamento e o Diagnóstico Médico) trata-se de

um sistema especialista que tem por objetivo auxiliar e apoiar profissionais da área

pediátrica no diagnóstico de doenças infantis mais comuns. Este sistema também é

capaz de raciocinar através de informações escolhidas pelo usuário ao navegar nas

telas apresentadas pelo programa (ANDRADE; Pedro Túlio Batista de., 2005, p. ).

O PEAD foi desenvolvido inteiramente durante o Mestrado de Engenharia

Elétrica da Universidade Federal de Minas gerais – UFMG, tendo com base nos

modelos de prontuários do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte e dispõe das

seguintes funcionalidades:

Disponibilizar prontuários baseados em modelos do Hospital das Clínicas

de Belo Horizonte (MG) para a primeira consulta e consulta de retorno da

criança e do adolescente.

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Acesso aos arquivos dos pacientes baseados nos prontuários gravados no

banco de dados para a primeira consulta e consulta de retorno da criança

e do adolescente.

Gerar gráficos de crescimento com uma coleção de curvas de percentis

para a evolução da Altura, do Peso , do Perímetro Cefálico da criança,

sendo possível também a situação Peso versus Estatura.

Apoio ao diagnóstico da criança e do adolescente com base de dados para

aproximadamente 100 doenças mais comuns.

Acesso a todas as doenças do banco de dados, seja através da busca,

seja por ordem alfabética.

Inclusão de novas doenças e sua descrição.

O PEAD possui uma interface gráfica amigável como são demonstradas nas figuras

19 e 20.

Figura 19: Tela onde se começa o Diagnóstico: deve-se informar a localização da doença.

Fonte: www.bibliotecadigital.ufmg.br

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Figura 20:Prontuário de Primeira Consulta com a aba “Queixas/Tratamento/Anamnese”.

Fonte: www.bibliotecadigital.ufmg.br

Para o desenvolvimento do PEAD foi escolhida a plataforma Delphi

versão 5.0 e a ferramenta necessária para a criação de banco de dados, Paradox

versão 7. A escolha da ferramenta Delphi para o desenvolvimento foi por ser um

ambiente de programação com as facilidades de trabalhar com arquitetura

CLIENT/SERVER e banco de dados relacional. A linguagem padrão de Banco de

Dados Relacionais é o SQL. Para manipulação do banco de dados, optou-se pelo

Paradox para a construção de um banco de dados foi por sua simplicidade. O

acesso aos bancos de dados se deu por tabelas ao invés de queries, pois não se

pretendia cláusulas complexas de filtragem dos dados. Query é um componente que

requisita um código em SQL, cuja execução traria dados que substituiriam a

necessidade de uma tabela.

Para o suporte e apoio ao diagnóstico de doenças na criança e no

adolescente, criou–se uma base de dados com aproximadamente 100 doenças mais

comuns incluindo sua descrição. Para a implementação do diagnóstico fez–se uso

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de Inteligência computacional através do mecanismo de busca em Árvores como

representado na Figura 21.

Figura 21: Uso de Árvore de Pesquisa para Apoio ao Diagnóstico em Pediatria.

Fonte: www.bibliotecadigital.ufmg.br

O uso de estruturas condicionais para caminhar na árvore de pesquisa da

doença, dados da localização da doença e alguns de seus sintomas, caracteriza o

sistema usado para o apoio ao diagnóstico PEAD. Esse método é simples: parte-se

do tronco da árvore e percorre-se um dos vários caminhos (galhos) desta árvore, até

que se chegue em uma folha ou em várias folhas, que são as doenças possíveis

diagnosticadas. O percorrer entre os galhos da árvore são as telas onde são

passados a localização da doença e os sintomas apresentados pela

criança/adolescente.

Por fim, nota-se que estudos relacionados à utilização de Sistemas de

Apoio à Decisão Médica vêm se intensificando. Isso se deve ao aumento da

quantidade de informações que necessitam ser manipuladas pelo médico para um

adequado processo de diagnóstico e tratamento do paciente, e que o uso adequado

dos Sistemas de Apoio à Decisão aumentam a precisão e qualidade do atendimento

oferecido ao paciente. Motivos pelos quais deve ser impelido a cada vez mais

acreditar na união dos Sistemas Inteligentes e a Medicina.

Pode-se concluir que o sistema PEAD foi concebido para ser suporte e

facilitador ao profissional pediatra, durante a realização da consulta à criança.

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2. O SISTEMA DE TRIAGEM PARA A SUSPEITA DE

CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

É visível o avanço tecnológico cada vez mais crescente, a tecnologia está

presente em todos os lugares, inclusive na área da saúde com a construção de

aparelhos cada vez mais sofisticados que ajudam no diagnóstico de várias doenças,

portais de saúde, uso de robôs para cirurgias mais precisas, estudos voltados para

sistemas inteligentes que possam auxiliar os profissionais de saúde nas tomadas de

decisões e o uso de sistemas de informação nas unidades hospitalares seja como

sistemas de prontuários eletrônicos, sistemas de triagem e até mesmo sistemas

especialistas que buscam promover a qualidade nos serviços de saúde agilizando o

atendimento aos pacientes, auxiliando profissionais de saúde no exercício de sua

profissão, facilitado a coleta e o armazenamento de informações, a tomada de

decisão e a busca terapêutica mais adequada.

Mas apesar desses avanços tecnológicos terem alcançados elevados

estágios de desenvolvimento nas últimas décadas a informática médica ainda não

foi totalmente inserida nas unidades hospitalares principalmente nos consultórios

médicos onde a coleta, o processamento, o registro e a busca das informações

pelos médicos ainda vêm sendo realizados de forma manual, tendo como seu

principal elemento o papel. Este ainda utilizado para anotações sobre o paciente,

cadastro do paciente, encaminhamentos e registros em geral. Como numa consulta

médica tradicional por exemplo, quando o paciente solicita a consulta seja no serviço

público ou privado a atendente agenda a consulta, preenche a ficha de identificação,

abre o prontuário médico (este geralmente em forma de fichário, ou folhas soltas)

que será posteriormente preenchido pelo médico. Ainda durante a consulta, são

anotadas informações obtidas através da anamnese e achados do exame físico (se

houver), com estas informações o médico gera hipóteses mais prováveis sobre o

diagnóstico do paciente em questão que são ou não confirmadas através de outros

procedimentos e exames subsidiários, tudo isso sem grande participação da

tecnologia. Além disso, o próprio consultório com esses procedimentos corriqueiros

acabam acumulando muitos dados clínicos de pacientes que podem burocratizar o

serviço prestado nesses locais.

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A utilização sistemas de informações que agilizem todos esses

processos pode ser de fundamental importância para o avanço da informática

médica na saúde.

Deste modo, considerou a concepção e o desenvolvimento de um sistema

desktop que venha auxiliar o médico no processo de triagem para identificar

pacientes com suspeitas cardiopatias de congênitas para o encaminhamento ao

especialista a fim de aumentar a qualidade de vida desses pacientes e o tratamento

adequado, também no armazenamento de informações sobre o paciente durante o

processo de triagem através da consulta do histórico do paciente e geração de

relatórios.

O Sistema de Triagem para a Suspeita de Cardiopatias Congênitas foi

desenvolvido para uma unidade de saúde, sendo validado na Unidade Básica de

Saúde Zé Pequeno e contém as seguintes funções: cadastro de pacientes que serão

armazenados em um banco de dados, geração de relatórios para fins estatísticos,

verificação do histórico de pacientes já cadastrados no sistema, e processo de

triagem contendo 12 perguntas com respostas sim ou não (sintomas presentes em

pacientes cardiopatas) e 4 perguntas especificamente do exame físico (verificação

do pulso, presença de taquicardia, taquipnéia e ausculta do coração). A seguir

serão exibidas as telas do sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias

congênitas e suas funcionalidades.

Ao clicar no ícone que indica o sistema de triagem para a suspeita de

cardiopatias congênitas a primeira tela é do login, para acessar o sistema o usuário

deverá inserir seu nome de usuário e senha respectivamente . Neste caso o usuário

e senha já foram previamente cadastrados pelo administrador. O sistema sempre

terá início a partir desta janela.

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Figura 22: Login

Caso o usuário digite nome do usuário e/ou senha errado aparecerá a

seguinte mensagem de erro demostrada na Figura 23.

Figura 23: Mensagem de erro de login.

Ao acessar a área de trabalho, serão exibidos os ícones no qual o usuário

terá acesso. Nesta tela também estão às informações sobre a data, hora e último

acesso. Na Figura 24 o usuário terá as seguintes opções: fazer a triagem se já

cadastrado no sistema, exibir relatórios e acessar o menu “GESTÃO”.

Figura 24: Área de trabalho

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Ao acessar o menu “GESTÃO” serão exibidas as funções deste menu.

Sendo eles: Unidade de Saúde, Médico, e Usuário como é representado na Figura

25. O usuário poderá sair dessa tela clicando no ícone “SAIR”.

Figura 25: Menu Gestão

No módulo “UNIDADE DE SAÚDE” o usuário poderá cadastrar a Unidade

Básica de Saúde. Caso o usuário erre algum dado antes de adicionar a UBS ele terá

a opção “LIMPAR” depois poderá refazer os dados corretamente. O usuário também

poderá acessar o menu “GESTÃO” através o ícone na mesma tela de cadastro da

unidade.

Figura 26: Cadastro da Unidade de Saúde.

Após o preenchimento dos campos o usuário clicará no ícone

“ADICIONAR” e será adicionada uma nova unidade de saúde. Ressalta-se que

todos os campos deveram ser preenchidos para que a Unidade seja adicionada. O

usuário também poderá fazer as seguintes ações: excluir e atualizar os dados da

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Unidade Básica de Saúde. Após o cadastro da UBS o usuário poderá cadastrar o

médico.

Figura 27: Cadastro do Médico.

No módulo “MÉDICO” o usuário poderá cadastrar o médico ou excluir .

Caso o administrador tenha errado algum dado do médico antes de adicionar o

cadastro ele terá a opção “LIMPAR” para refazer os dados corretamente, ele

também poderá excluir e atualizar os dados do médico, além de acessar o menu

“GESTÃO” através o ícone na mesma tela de cadastro do Médico. Ressalta-se que

o médico uma vez cadastrado e utilizado no sistema para a triagem ou cadastro do

usuário o médico não poderá ser excluído do sistema.

Ao acessar o módulo “USUÁRIO” será efetuado o cadastro do usuário do

sistema e as redefinições de senha .

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Figura 28: Cadastro do Usuário.

O usuário poderá alterar sua senha como é demonstrada na Figura 29.

Figura 29: Alterar senha.

Após a definição dos usuários do sistema. Será acessado o ícone

“TRIAGEM”.

O médico ao acessar o ícone “TRIAGEM” o sistema exibirá uma tela

com o nome “PESQUISA DO PACIENTE” (Figura 30), o médico preencherá os

campos obrigatórios: Nome e a data de nascimento do paciente, a fim de verificar se

o paciente já foi cadastrado no sistema, se cadastrado, o médico poderá iniciar a

triagem.

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Figura 30: Pesquisar Paciente

Ao retornar a pesquisa o medico terá o histórico do paciente se o mesmo

já fez alguma triagem ou não.

Figura 31: Histórico do Paciente

Caso o paciente não esteja cadastrado no sistema, o usuário poderá

cadastrá-lo.

O primeiro passo do procedimento de triagem é o cadastro do paciente (Figura 32).

Dados pessoais são coletados, como Nome, Data de Nascimento, Filiação, Cartão

do SUS, Telefone, CPF, Sexo, Local de Nascimento (Cidade e Estado), e dados do

Endereço. Esses dados ficarão armazenados num banco de dados. Após a

realização do cadastro o médico poderá fazer a triagem.

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Figura 32: Cadastro do Paciente.

Na tela de apresentação para o inicio da triagem, na parte superior há os

seguintes dados: Nome do Paciente, Data de Nascimento, Nome do Médico triador e

nome da Unidade Básica de Saúde onde este procedimento esta sendo realizado,

também há duas opções “VOLTAR” e “INICIAR”. A Figura 33 apresenta a tela de

saudações para o inicio da triagem.

Figura 33:Triagem - Tela Inicial

As primeiras questões são feitas a partir da investigação do histórico

familiar a fim de verificar se o paciente tem maior risco de ter cardiopatia congênita.

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Figura 34: Triagem - Primeira Pergunta do Questionário

A primeira pergunta é se a mãe contraiu rubéola durante a gestação, se

sim sabe- se que o paciente tem maior risco de cardiopatia congênita, porém não é

suficiente para uma suspeita, pois precisa estar associada a algumas manifestações

clinicas e/ou exame físico.

Figura 35: Triagem - Segunda Pergunta do Questionário

Mesmo que a mãe do paciente tenha feito uso de álcool, drogas ou

medicamentos inadequados, ao ser marcado SIM, essa pergunta deverá estar

associada a outras para que haja a suspeita de cardiopatias congênitas.

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Figura 36: Triagem - Terceira Pergunta do Questionário

Outro fator importante é saber se o paciente é portador de Síndrome de

Down, tendo em vista que eles tem mais chances de ter cardiopatia congênita.

Figura 37: Triagem - Quarta Pergunta do Questionário

Um fator decisivo para a suspeita de cardiopatias congênitas é a

presença de cianose. Para isso o médico triador deverá verificar os lábios, mãos e

pés do paciente. Neste caso se for confirmada a presença de cianose a paciente

terá a suspeita de cardiopatia congênita.

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Figura 38: Triagem - Quinta Pergunta do Questionário

Quando a criança apresenta cansaço ao menor esforço físico, ao se

alimentar, pode ser sinal de doença cardíaca com o aumento do fluxo sanguíneo

pulmonar como é o caso de Persistência do Canal Arterial, porém existem algumas

sintomatologias precisam estar associadas para que se suspeite de cardiopatia

congênitas.

Figura 39: Triagem - Sexta Pergunta do Questionário

Falta de ar ou dispneia é um sintoma presente na maioria dos tipos de

cardiopatias congênitas, porem também precisa esta associada a outras

manifestações clínicas para uma eventual suspeita de cardiopatia.

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Figura 40: Triagem - Sétima Pergunta do Questionário

Dor no peito, associado a outras manifestações clinicas poderão levar a

suspeita de cardiopatia congênita.

Figura 41: Triagem - Oitava Pergunta do Questionário

Infecções respiratórias frequentes associadas a outros sintomas poderão

também levar a suspeita de cardiopatia congênita.

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Figura 42: Triagem - Nona Pergunta do Questionário

A sudorese excessiva pode indicar que o coração está trabalhando acima

do normal como lesões com aumento do fluxo sanguíneo pulmonar. Ainda assim

precisa estar associada a outras manifestações clinicas para uma eventual suspeita.

Figura 43: Triagem - Décima Pergunta do Questionário

A perda de consciência poderá ser sinal Estenose Valvular Aórtica, porém

deverá estar associado a outras manifestações clinicas para uma eventual suspeita.

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Figura 44: Triagem - Décima Primeira Pergunta do Questionário

O Baixo desenvolvimento da criança pode estar associado a vários

fatores, porém associados a alguns sintomas poderá ser cardiopatia congênita.

Figura 45: Triagem - Décima Segunda Pergunta do Questionário

Baqueteamento nos dedos e artelhos é um fator decisivo para a suspeita

de cardiopatia congênita.

As perguntas abaixo o médico precisará estar munido de um estetoscópio

para a verificação da respiração, taquicardia, pulso e ausculta do sopro.

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Figura 46: Triagem - Décima Terceira Pergunta do Questionário

A respiração acelerada e curta pode indicar problemas pulmonares ou

defeitos cardíacos.

Figura 47: Triagem - Décima Quarta Pergunta do Questionário

A alta frequência dos batimentos cardíacos do paciente pode ser indicio

de cardiopatia congênita grave, ou até mesmo vital para o paciente se descoberta

precocemente.

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61

Figura 48: Triagem - Décima Quinta Pergunta do Questionário

A presença de sopro também é decisivo para a suspeita de cardiopatia

congênita, porque mesmo o sopro não sendo propriamente um sinal de cardiopatia

congênita , mas o profissional que não está habituado a ausculta o sopro poderá não

distinguí-lo.

Figura 49: Triagem - Última Pergunta do Questionário

A verificação do pulso é muito importante no exame físico, pois se o pulso

estiver irregular poderá ser um fator importante para a suspeita de cardiopatia

congênita.

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62

O Resultado só será efetuado se o usuário responder a todas as questões

da triagem. Caso falte alguma pergunta a ser respondida no final da triagem

aparecerá a seguinte tela.

Figura 50: Mensagem de Alerta, caso o triador não tenha respondido todas as questões.

Após responder a todas as questões do questionário, será apresentada

uma tela com o resultado da triagem, que vem com os seguintes dados: Nome da

Unidade Básica de Saúde, Cidade, Médico, Dados do Paciente, todas as perguntas

do questionário e suas respectivas respostas, o paciente também poderá fazer uma

nova triagem, a opção imprimir e sair do sistema.

Figura 51: Resultado/Parecer da Triagem

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Este resultado também poderá ser anexado ao encaminhamento em caso

de suspeita de cardiopatia congênita.

Figura 52: Tela de impressão do parecer/ resultado.

Essa é a tela de impressão onde é demonstrada como ficará o anexo a

ser encaminhado ao especialista. Observa-se que no menu o usuário tem a opção

“salvar” que poderá ser em PDF, DOCX, JasperReport, ODT, HTML e XLS.

Após os processos de triagem o usuário terá a opção de emitir relatórios.

Neste sistema foram construídos dois tipos de relatórios: Relatório Resumido e

Relatório Detalhado.

Figura 53: Menu Relatório.

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64

Ao acessar o ícone “RELATÓRIO” serão apresentados dois tipos de

relatórios, um resumido e outro detalhado. O usuário poderá emitir os relatórios

sobre a quantidade de pacientes com ou sem suspeita de cardiopatias congênitas.

Figura 54: Relatório Resumido

No relatório resumido o usuário poderá emitir o relatório resumido a partir

da data escolhida por ele mesmo.

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65

Figura 55: Triagem resumida

Se o usuário quiser um relatório mais detalhado das triagens ele poderá

acessar o ícone “RELATÓRIO DETALHADO”.

Figura 56: Relatório Detalhado

No relatório detalhado além de poder escolher a partir da data, o usuário

poderá escolher por nome do paciente, idade, triagem e resultado.

Caso o usuário escolha por ordem de nome do paciente a tela do relatório

estará organizada em ordem alfabética, se for por idade, será organizada a partir do

menor para o maior, por triagem será a partir da última triagem realizada, no caso de

resultado/ parecer, serão organizados primeiro os com suspeita de cardiopatias

congênitas e depois os sem suspeitas de cardiopatias congênitas.

A seguir o exemplo de relatório detalhado por parecer/triagem.

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Figura 57: Triagem Detalhada.

2.1. Desenvolvimento

A pesquisa de referenciais bibliográficos e as entrevistas com uma

especialista em pediatria, Dr.ª Cristina Fernandes de Oliveira, foram o primeiro

passo para a construção do algoritmo que resultou no desenvolvimento do projeto

do sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas.

O desenvolvimento do sistema foi dividido nas seguintes etapas:

Seleção dos sinais e sintomas mais frequentes de cardiopatias

congênitas necessárias para a formulação do questionário para o

sistema.

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Ordenação das questões de acordo com a importância que

assumem.

Associações entre perguntas para a construção do algoritmo.

Construção dos diagramas de caso de uso e modelo Entidade

Relacionamento.

Implementação do sistema.

Fase de teste do protótipo do sistema.

Validação do sistema.

2.1.1. Seleção dos sinais e sintomas mais frequentes de cardiopatias congênitas necessárias para a formulação do questionário para o sistema.

Na etapa de seleção de sinais e sintomas mais frequentes, foram

elaborados questionários com os sintomas de 11 tipos cardiopatias congênitas tendo

como base nos referenciais bibliográficos e o auxilio da Dr.ª Cristina. Após a

elaboração desses questionários foram selecionados os sintomas mais frequentes

com perguntas e associações desses sintomas a fim resultar ou não em suspeitas

de cardiopatias congênitas, pois para o diagnóstico definitivo precisa-se de exames

complementares e específicos como raio-x no tórax, ecocardiograma e

eletrocardiograma. Após esta etapa passou se para a ordenação de questões de

acordo com a importância que assumem.

2.1.2. Ordenação das questões de acordo com a importância que assumem.

Após a seleção de sinais e sintomas mais frequentes, partiu-se para a

etapa de ordenação das questões de acordo com a importância que cada pergunta

assumia. O questionário ficou da seguinte forma como é demonstrado na Figura 58.

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QUESTIONÁRIO DE APLICAÇÃO PARA O SISTEMA DE TRIAGEM DIAGNÓSTICA

PARA CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

1) A mãe contraiu rubéola durante a gestação?

o Sim

o Não

2) A mãe fez uso de álcool, drogas, ou medicamentos inadequados durante a gestação?

o Sim

o Não

3) A criança é portadora de síndrome de Down?

o Sim

o Não

4) Há presença de coloração azulada nos lábios, mãos e pés?

o Sim

o Não

5) A criança fica cansada com facilidade ao brincar, ao se alimentar, ou ao qualquer

esforço físico?

o Sim

o Não

6) A criança sente falta de ar?

o Sim

o Não

7) A criança sente dor no peito?

o Sim

o Não

8) A criança tem infecções respiratórias frequentes?

o Sim

o Não

9) A criança tem pele pálida, fria e sudorese excessiva?

o Sim

o Não

10) Já houve episódios de perda de consciência (desmaio)?

o Sim

o Não

11) Como está o desenvolvimento da criança? Ela está abaixo do peso?

o Sim

o Não

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12) Há baqueteamento nos dedos e artelhos (extremidade dos dedos com a forma em

baqueta de tambor)?

o Sim

o Não

EXAMES FÍSICOS

13) Taquipnéia (Respiração acelerada e curta)

o Sim

o Não

14) Taquicardia

o Sim

o Não

15) Sopro

o Sim

o Não

16) Pulso

o Regular

o Irregular

As primeiras perguntas do questionário foram o levantamento do histórico

materno durante a gestação. Em seguida, se a criança tem maior probabilidade ter

cardiopatia congênita como é o caso de portadores de síndrome de Down. Depois

as perguntas de alguns sintomas de cardiopatias e por último os exames físicos que

são de total importância para o sistema de triagem para resultar em suspeita ou não

de cardiopatia congênita. Após esta etapa passou-se para as associações entre

perguntas e construção do algoritmo.

2.1.3. Associações entre perguntas para a construção do algoritmo.

Para a construção do algoritmo além das etapas anteriores, foram feitas

associações entre perguntas sendo realizadas simulações de consultas de triagem.

A Dr.ª Cristina apontou as questões cruciais para uma suspeita de

cardiopatias congênitas aquelas questões que individualmente devem ser

encaminhadas a um especialista:

Questão 4: Há presença de coloração azulada nos lábios, mãos e pés?

Figura 58: Questionário de aplicação para o sistema de triagem.

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Questão 12: Há baqueteamento nos dedos e artelhos (extremidade dos dedos

com a forma em baqueta de tambor)?

Questão 15: Sopro

Essas questões independentemente das outras se forem verdadeiras das

haverá suspeita de cardiopatias congênitas. Logo após foram associadas entre duas

ou mais questões.

Se questão 14 e questão 16 forem verdadeiras então a suspeita de cardiopatia

congênita

Se a questão 5 e questão 16 forem verdadeiras então há suspeita de

cardiopatia congênita.

Se a questão 13 e 16 forem verdadeiras então há suspeita de

cardiopatia congênita.

Se a questão 1 associada a questão 5 e a questão 10 forem

verdadeiras então há suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 1 associada a questão 5 e a questão 3 então há suspeita

de cardiopatia congênita.

Se a questão 1 associada a questão 5 e a questão 11 então há

suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 11 associada a questão 10 e a questão 13 então há

suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 11 associada a questão 5 associada a questão 10 e a

questão 8 então há suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 11 associada a questão 6 associada a questão 5 e a

questão 10 então há suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 11 associada a questão 5 associada a questão 9 e a

questão 8 então há suspeita de cardiopatia congênita.

Se a questão 11 associada a questão 5 associada a questão 9 e a

questão 13 então a suspeita de cardiopatia.

Se a questão 7 associada a questão 10 associada a questão 6 e a

questão 16 então há suspeita de cardiopatia congênita.

Se não houver nenhuma dessas associações então não há suspeita de

cardiopatia. O profissional investigará outra patologia.

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71

A partir desses dados foi construído um algoritmo para o sistema.

Algoritmo Triagem;

Var

triagem[15] caractere

i inteiro

bool logico

Inicio

//valores: Sim ou Não / Regular ou Irregular

Para i de 1 ate 16 passo 1 faça

Leia triagem[i]

Fim_para

bool := “FALSO”

//variável bool recebe verdadeiro caso haja parecer de cardiopatia

Se (triagem[4]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[12]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[15]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[14]=“S” .E. triagem[16]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[5]=“S” .E. triagem[16]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[13]=“S” .E. triagem[16]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

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72

Fim_se

Se (triagem[1]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E. triagem[10]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[1]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E. triagem[3]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[1]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E. triagem[11]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[11]=“S” .E. triagem[10]=“S” .E. triagem[13]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[11]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E. triagem[10]=“S” .E.

triagem[8]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[11]=“S” .E. triagem[6]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E.

triagem[10]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_se

Se (triagem[11]=“S” .E. triagem[5]=“S” .E. triagem[9]=“S” .E.

triagem[8]=“S”) então

bool := “VERDADEIRO”

Fim_seEsta técnica proposta padronizou e uniformizou o processo para a

aquisição de resultados do sistema de triagem. Após esta etapa partiu-se para a

construção dos diagramas de caso de uso e posteriormente do modelo entidade

relacionamento.

2.1.4. Construção dos Diagramas de caso de uso e Modelo Entidade relacionamento

2.1.4.1. Diagramas de caso de uso

Para a análise do sistema e modelagem dos dados, foi utilizado o método

UML, por ser uma linguagem visual universalmente aceita para documentação de

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projetos de softwares, destinada à especificação, construção, visualização e

documentação de sistemas de software. Ela pode ser usada para modelar várias

fases do sistema e descrever qualquer tipo de sistema, em termos de diagramas

orientados a objetos.

Objetivo da UML é fornecer várias visões do sistema a ser modelado, pois

ela possui diversos diagramas para este fim. Alguns diagramas enfocam o sistema

de forma mais ampla, exibindo uma visão extrema do sistema e outros oferecem

uma visão mais profunda do software, apresentando uma abordagem mais técnica.

Observa-se que a UML apresenta um escopo completo de todos os

possíveis casos de diagramações para os estágios de desenvolvimento de um

software “Se não houver a necessidade de utilizar algum destes, não há

necessidade de documentar” (BATISTA, 2010).

No decorrer deste trabalho serão utilizados dois modelos: Diagrama de

Caso de Uso e o MER (Modelo de Entidade Relacionamento).

Para o desenvolvimento dos diagramas de caso de uso do sistema foi

utilizada a ferramenta StarUML por ser um software que proporciona a modelagem

de vários tipos de diagramas inclusive o Diagrama de Caso de Uso.

Os diagramas de casos de uso tem um papel central para a modelagem

do comportamento de um sistema, pois eles descrevem a sequência de eventos de

um ator que usa um sistema para completar um determinado processo.

Ficaram definidas diversas interações entre o Administrador e o sistema,

serão abordados quatro diagramas de caso de uso: Login, Módulo Gestão, Módulo

Relatório e Módulo Triagem.

O Sistema possui um ator: o administrador, neste caso apenas médico,

este terá total acesso ao sistema. A ele cabe cadastrar a unidade de saúde,

cadastrar paciente, fazer triagem e solicitar relatórios. O primeiro diagrama de caso

de uso (Figura 59) é o Módulo Login.

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74

Figura 59:Diagrama de Caso de Uso - Módulo Login

Caso de uso: Efetuar Login.

Descrição: Para que usuário possa executar qualquer ação no sistema,

ele deverá acessar a tela de login, e sua validação dependerá do preenchimento

correto dos campos “USUÁRIO” e “SENHA”.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Cenário:

1. Administrador: clica no ícone do sistema de triagem.

2. Sistema exibe a tela de login.

3. Administrador: Preenche os campos “USUARIO” e “SENHA”.

4. Sistema exibe a tela principal.

Exceções:

1. Caso o Administrador digite os campos errados, aparecerá uma mensagem

com a seguinte informação “usuário e/ou senha inválidos”.

Após a Autenticação, será apresentada ao usuário a interface do sistema.

Na área de trabalho há três ícones de funcionalidades distintas. Na Figura 60, mostra

o diagrama do Caso de uso Módulo Gestão, onde serão apresentadas as funções

principais desempenhadas pelo usuário.

No Modulo Gestão terão três ícones: Cadastro da Unidade de Saúde,

Cadastro do Enfermeiro e Cadastro do Usuário. Após a Autenticação, será

apresentada ao usuário a interface do sistema. Na área de trabalho há três ícones e

funcionalidades distintas. Na figura, mostra o diagrama do Caso de uso Módulo

Gestão, onde serão apresentadas as funções principais desempenhadas pelo

usuário.

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75

Figura 60: Diagrama de Caso de Uso - Módulo Gestão

Caso de uso 1: Cadastro da Unidade de Saúde

Descrição: Após fazer o login, o administrador poderá cadastrar a unidade

de saúde preenchendo os seguintes campos: Nome da Unidade de Saúde,

Telefone, Estado (UF), Município, CEP, Endereço (Logradouro), Número, Bairro, e

Complemento.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Cenário:

1. Administrador clica no ícone “GESTÃO”.

2. Sistema exibe as seguintes funções: CADASTRO DA UNIDADE DE

SAÚDE, CADASTRO DO MÉDICO, CADASTRO DO USUÁRIO.

3. Administrador acessa a função CADASTRO DA UNIDADE DE SAÚDE e

preenche os campos com as informações da Unidade de Saúde da Família

Zé Pequeno. Após o preenchimento desses campos a Unidade de Saúde é

cadastrada no Sistema.

Exceções:

1. Caso o administrador erre alguma informação da unidade de saúde antes

da confirmação do cadastro, ele terá a opção “LIMPAR” que limpará todos

os campos e poderá refazer novamente o cadastro.

2. Caso o administrador erre alguma informação da unidade de saúde após a

confirmação do cadastro, ele terá a opção “EXCLUIR” que limpará todos os

campos ele poderá refazer novamente o cadastro. Essa opção somente

Administrador

Cadastro daUnidade de

Saúde

Cadastro doMédico

Cadastro doUsuário

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76

será válida caso o usuário não tenha utilizado a unidade de saúde em

nenhum outro cadastro.

Caso de uso 2: Cadastro do Médico

Descrição: Após fazer o login, o administrador poderá cadastrar o Médico

preenchendo os seguintes campos: Nome, Data de Nascimento, Filiação, CRM,

Telefone, CPF, Sexo, Estado de Nascimento (UF), Cidade de Nascimento, Dados do

Endereço( Estado, Cidade, CEP, Logradouro, Número, Bairro, e Complemento.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Cenário:

1. Administrador clica no ícone “GESTÂO”.

2. Sistema exibe as seguintes funções: CADASTRO DA UNIDADE DE

SAÚDE, CADASTRO DO MÉDICO, CADASTRO DO USUÁRIO.

3. Administrador acessa a função CADASTRO DO MÉDICO e preenche os

campos com suas informações. Após o preenchimento desses campos

Médico estará cadastrado no Sistema.

Exceções:

1. Caso o administrador erre alguma informação antes da confirmação do

cadastro, ele terá a opção “LIMPAR” que limpará todos os campos e

poderá refazer novamente o cadastro.

2. Caso o administrador erre alguma informação após a confirmação do

cadastro, ele terá a opção “EXCLUIR” que limpará todos os campos ele

poderá refazer novamente o cadastro. Essa opção somente será válida

caso o usuário não tenha utilizado o nome do médico em nenhum cadastro.

Caso de uso 3: Cadastro do Usuário,

Descrição: Após fazer o login, o administrador poderá se cadastrar no

sistema, preenchendo e/ou selecionando os seguintes campos: Nome do Usuário,

Nova senha, Confirmação da nova senha, Unidade de Saúde e Médico. Nesta

função o administrador poderá também alterar sua senha.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Pré-condições:

1. A Unidade de Saúde deverá está cadastrada.

2. O médico deverá está cadastrado.

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Cenário 1: Cadastrar novo Usuário.

1. Administrador clica no ícone “GESTÃO”.

2. Sistema exibe as seguintes funções: CADASTRO DA UNIDADE DE

SAÚDE, CADASTRO DO MÉDICO, CADASTRO DO USUÁRIO.

3. Administrador acessa a função CADASTRO DO USUÁRIO e preencherá

os campos solicitados pelo sistema. Após o preenchimento desses campos

o Usuário estará cadastrado no Sistema.

Exceções:

1. Caso o administrador erre alguma informação antes da confirmação do

cadastro, ele terá a opção “LIMPAR” que limpará todos os campos e ele

poderá refazer novamente o cadastro.

Cenário 2: Alterar senha.

1. Administrador acessa a função CADASTRO DO USUÁRIO e clicará em

ALTERAR SENHA.

2. Sistema exibe a tela de alteração de senha.

3. Administrador digita a senha antiga e depois a nova senha e a confirmação

da mesma contendo no máximo 10 caracteres.

4. Administrador possui uma nova senha.

Exceções:

1. Caso o administrador erre a senha antiga, não será possível a alteração de

senha.

No módulo Triagem o usuário poderá realizar as seguintes tarefas:

Consultar paciente, Consultar histórico do paciente, Cadastrar paciente, Fazer a

Triagem, Verificar resultado/Parecer e imprimir.

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Figura 61: Diagrama de Caso de Uso - Módulo Triagem

Caso de uso 1: Cadastro do paciente

Descrição: Após se cadastrar no sistema, o administrador poderá

cadastrar paciente. Para executar esta ação, o administrador deverá verificar se o

paciente está cadastrado no sistema.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Cenário:

1. Administrador: clica na função TRIAGEM.

2. Sistema exibe uma tela para consultar paciente, a fim de verificar se o

paciente já está cadastrado no sistema.

3. Administrador preenche os campos obrigatórios com os dados do

pacientes: Nome e Data de nascimento.

4. Sistema não retorna resultados da consulta e aparece uma tela

perguntando se o administrador deseja cadastrar paciente.

5. Se sim o sistema exibe a tela de cadastro.

6. O administrador preenche os campos: Nome, Data de Nascimento,

Filiação, Cartão do SUS, Telefone, CPF, Sexo, UF de Nascimento, Cidade

de Nascimento, Dados do Endereço (Logradouro, UF, Cidade, CEP, Bairro

e Complemento).

7. O paciente está cadastrado no sistema.

Exceções:

Administrador

TriagemConsultarpaciente

Cadastrodo Paciente

<<extend>>

Resultado/Parecer

ImprimirHistórico do

Paciente

<<extend>>

<<extend>>

<<extend>>

<<include>>

<<extend>>

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79

1. Para consultar paciente o administrador deverá preencher os campos

obrigatórios.

2. Caso o usuário já esteja cadastrado, o sistema exibirá o histórico do

paciente contendo os seguintes dados: Nome, Filiação, Data de

Nascimento, Cartão SUS, CPF, Local de Nascimento, e dados da triagem

(Nome do Médico que fez a triagem, Data e Horário da Triagem, e

Resultado da Triagem).

Caso de uso 2: Triagem

Descrição: Após cadastrar o paciente no sistema, o sistema exibirá uma

mensagem perguntando se o administrador deseja fazer a triagem que consiste em

um questionário de perguntas onde o médico responderá SIM ou NÃO tendo como

base a sintomatologia do paciente além do exame físico em que o Médico deverá

está munido de um estetoscópio para a verificação do pulso, taquicardia, taquipnéia,

e presença de sopro.

Ator Principal: Administrador (Médico).

Pré-condições:

1. O paciente deverá está cadastrado no sistema.

2. Para emitir o Resultado da Triagem o Administrador (Médico) deverá

responder todo o questionário.

1. Administrador: clica na função TRIAGEM.

2. Sistema exibe uma tela de boas saudações do sistema.

3. Administrador inicia a triagem. Respondendo as 16 questões do sistema,

incluindo exame físico.

4. Administrador encerra a triagem.

5. Sistema exibe a tela com o resultado da triagem contendo os dados: Nome

da Unidade de Saúde, Nome do Médico triador, Cidade, Nome do paciente,

Data de Nascimento, Filiação, Cartão do SUS, Telefone, CPF, Sexo, UF de

Nascimento, Cidade de Nascimento, além do questionário de avaliação

com as respostas sim e não e o parecer se o paciente tem ou não

cardiopatia congênita.

6. Administrador solicita a impressão do parecer.

7. Sistema exibe a tela de impressão.

8. O sistema encerra o processo.

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Exceções:

1. Caso o Médico não responda todas as perguntas solicitadas pelo sistema

aparecerá uma mensagem indicado que faltam perguntas a serem

respondidas.

No diagrama de caso de uso Módulo Relatório (Figura 62) usuário poderá

gerar os seguintes relatórios: detalhado e resumido além da opção de imprimir.

Figura 62: Diagrama de Caso de Uso Módulo Relatório

Caso de uso: Gerar relatório.

Descrição: Neste módulo o administrador poderá emitir os seguintes

relatórios resumido onde são descritos apenas o total de pacientes com ou sem

suspeita de cardiopatias congênitas e total geral de pacientes triados. Sendo o

propósito destes relatórios permitir uma avaliação epidemiológica da população

assistida.

Ator principal: Administrador (Médico).

Pré-condições:

1. Para a emissão de resultados do relatório, deverão haver pacientes triados.

Cenário 1: Relatório Resumido

1. Administrador acessa o menu “RELATÓRIOS”, localizado na área de

trabalho.

2. Sistema exibe a tela com duas opções: Relatório Resumido, e Relatório

Detalhado.

3. Administrador clica em RELATÓRIO RESUMIDO.

4. Sistema exibe uma tela para que o administrador preencha contendo os

seguintes campos: Data Inicial e Data Final.

Administrador

Gerar relatóriodetalhado

Gerar relatórioresumido

Imprimir

<<extend>>

<<extend>>

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81

5. Administrador preenche os campos com a data que deseja verificar o

relatório.

6. O sistema exibe o relatório.

Cenário 2: Relatório Detalhado

1. Administrador acessa o menu “RELATÓRIOS”, localizado na área de

trabalho.

2. Sistema exibe a tela com duas opções: Relatório Resumido, e Relatório

Detalhado.

3. Administrador clica em RELATÓRIO DETALHADO.

4. Sistema exibe uma tela para que o administrador preencha contendo os

seguintes campos: Data Inicial e Data Final, e Ordenação por Nome do

paciente, Idade, Triagem, Resultado/Parecer.

5. Administrador preenche os campos com a data que deseja verificar o

relatório e a ordenação que deseja.

6. Caso o administrador selecione a opção NOME DO PACIENTE, o relatório

será exibido em ordem alfabética.

7. Caso o administrador selecione a opção IDADE, o relatório será exibido do

paciente mais novo ao mais velho.

8. Caso o administrador selecione a opção TRIAGEM , o relatório será exibido

a partir da última triagem.

9. Caso o administrador selecione a opção RESULTADO/PARECER , o

relatório será exibido na ordem seguinte: primeiro os resultados com

suspeita de cardiopatias congênitas e depois os pacientes sem suspeita.

Exceções:

1. Para a exibição do relatório o usuário deverá preencher os campos: Data

Inicial e Data Final, com datas que tenham sido realizadas a triagem.

Após ter sido feita a modelagem do sistema, ouve a criação do banco de

dados utilizando o banco de dados relacional MySQL.

“O MySQL é um servidor e gerenciador de banco de dados (SGBD)

relacional, de licença dupla[...] atendendo a aplicações de grande porte e com mais

vantagens do que seus concorrentes .“ (MILANI, 2006 p.22). O mesmo possui todas

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as características que um banco de dados de grande porte precisa, podendo

concorrer com programas similares como: SQL Server (Microsoft) e Oracle.

Algumas das principais características do MySQL são: portabilidade,

multithreads, possui vários tipos de tabela para armazenamento, velocidade no

acesso aos dados, segurança, funcionalidade de busca no estilo fulltext search e

etc.

O MySQL Workbench foi a ferramenta gráfica para modelagem de dados,

integrando criação, designer e administração do banco. A ferramenta possibilita

trabalhar diretamente com objetos schema, além de fazer a separação do modelo

lógico de banco de dados. Combina características profissionais e uma interface

clara e simples para oferecer a forma mais eficiente de lidar com as suas bases de

dados.

Para XAVIER (2011):

A modelagem dos seus bancos de dados pode assumir níveis conceituais, lógicos e físicos. MySQL Workbench apresenta uma arquitetura extensível, sendo possível visualizar a representação de tabelas , funções, entre outros.

Outro recurso que a ferramenta possibilita é a engenharia reversa de

esquemas do banco de dados, bem como gera todos os scripts em SQL, ou seja, é

permitido desenhar as tabelas com seus atributos do banco de dados de forma

rápida e fácil através do assistente, gerando assim todos os scripts necessários em

SQL.

2.1.4.2. Modelo Entidade Relacionamento

É evidente que fatos que ocorrem a todo instante dentro de uma realidade

é sempre, em principio incerta e informal. Através da observação da realidade

podemos extrair fatos que nos levam a conhecê-la de forma mais organizada, mas

para que possamos retratar esses fatos e os mesmos contribuam para tomar futuras

decisões e ações se fazem necessário registrá-los.

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Para registrarmos as necessidades de informação de uma realidade

precisamos fazer uso de um modelo, para que nos mostre como os fatos

(informações) estão relacionados.

Segundo Chen apud Machado (2004) “ A visão de uma dada realidade,

baseia –se relacionamento entre entidades os quais retratam os fatos que governa

esta mesma realidade , e que cada um (entidade ou relacionamento) pode possuir

atributos (qualificadores desta realidade).”

Neste contexto se fez a necessidade da utilização do Modelo Entidade

Relacionamento - MER para a modelagem de dados do sistema de triagem para a

suspeita de cardiopatias congênitas, pois a modelagem de um sistema através da

abordagem Entidade Relacionamento representa um ponto central num projeto de

um sistema de aplicação para banco de dados e é o mais largamente utilizado para

a representação e entendimento dos dados que compõem a essência de um sistema

de informações (MACHADO e ABREU, 2004).

O Modelo Entidade Relacionamento tem por objetivo possibilitar a

apresentação de uma visão única não redundante e resumida dos dados de uma

aplicação.

A Figura 21 mostra em uma visão única o MER do sistema:

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Figura 63: Modelo Entidade Relacionamento

O modelo Entidade Relacionamento é a base para o desenvolvimento de

sistemas orientados a objetos. Após esta etapa passou-se para a fase de

implementação.

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2.1.5. Implementação do sistema.

Foi nesta etapa em que foram decidas as ferramentas a serem utilizadas

no sistema.

Para a fase de implementação fez se necessário o paradigma de

programação orientado a objetos e a linguagem de programação utilizada foi o Java,

pois como é uma plataforma orientada a objetos, podem ser aplicados os modelos

UML para análise de sistema.

O Netbeans foi a plataforma escolhida para o desenvolvimento do sistema

por ser um ambiente de desenvolvimento integrado, de código aberto para

desenvolvedores de software nas linguagens Java, ou outras linguagens orientadas

a objetos, seu funcionamento ocorre em qualquer sistema operacional que suporta a

máquina virtual Java (JVM).

Na figura 14 são demonstradas as tecnologias suportadas pelo netbeans.

Figura 64:Tecnologias suportadas pelo NetBeans 7

Fonte: http://netbeans.org

“NetBeans IDE também oferece suporte para criação de interfaces

gráficas de maneira visual, tal como o desenvolvimento de aplicações para a

internet, celulares e colaborações entre usuários, apresentando funcionalidades para

soluções mais completas em programações com Java (XAVIER 2011).

O JasperReports, foi a biblioteca utilizada nesse sistema por ser

projetada para ajudar o desenvolvedor a criar relatórios tanto para aplicações

Desktop como Web.

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O iReport permite criar rapidamente através de uma interface gráfica rica

e intuitiva qualquer tipo de relatório com facilidade, permitindo aos desenvolvedores

que estão aprendendo essa tecnologia, acesso a todas as funções do JasperReport,

bem como ajuda os usuários qualificados e economizar uma grande quantidade de

tempo durante o desenvolvimento de relatórios complexos e dinâmicos.

Terminado a etapa “implementação”, passou –se para a fase de testes

2.1.6. Fase de Teste do Protótipo do Sistema

Na fase teste, foram elaborados três protótipos incluído a versão final. Foi

entregue o primeiro protótipo onde foram feitas algumas correções com o usuário do

sistema neste caso a Dr.ª Cristina. Também foram definas a utilização de imagens

de crianças com possíveis sintomas de algumas cardiopatias para o melhor

esclarecimento do usuário. Ressalta-se que todas as imagens usadas no protótipo

foram retiradas da Internet. Na Figura 65 é representada uma das janelas do

primeiro protótipo.

Figura 65: Primeiro Protótipo do Sistema.

Também foi decidido que o profissional triador seria somente o médico,

pois somente ele pode encaminhar pacientes ao especialista. Porque neste primeiro

protótipo seriam dois profissionais triadores o médico ou enfermeiro.

No segundo protótipo já com as imagens inseridas, foram somente

ajustados alguns detalhes do sistema. Ressalta-se que em todas as fases foram

testados as funcionalidades principais do sistema que é a triagem com a

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participação da Dr.ª Cristina. Uma vez que o produto de software estivesse

funcionando satisfatoriamente, passou – se para a fase de testes de usabilidades.

Ao passar pelo teste de usabilidade, passou–se para a fase de

finalização sendo o terceiro protótipo a versão final do sistema, o mesmo testado e

validado pela Dr.ª Cristina F. de Oliveira através da sua utilização e do

preenchimento de um questionário.

2.1.7. Validação do Sistema

Para a validação do Sistema de triagem fez – se uma experiência na

Unidade de Saúde Zé Pequeno. As crianças participantes desta experiência tem a

faixa etária entre 3 a 8 anos de idade, selecionados por um processo de

amostragem intencional, sendo 8 participantes num total de 3 com cardiopatias

congênitas confirmadas clinicamente e 5 sem a confirmação da doença mais que

apresentam algumas características clinicas citadas no sistema como por exemplo

histórico familiar em que a mãe fez uso de álcool e/ou medicamentos inadequados

durante a gestação, crianças com baixo desenvolvimento, e infecções respiratórias

frequentes.

Para realizar a triagem nos pacientes submetidos a esta experiência foi

instalado o sistema de triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas com a

finalidade de verificar se o sistema atende a todos os objetivos propostos neste

estudo.

Para análise dos testes propostos foram realizadas experiências de

utilização do protótipo em um grupo de pacientes da Unidade Básica de Saúde Zé

Pequeno com o objetivo de verificar se o sistema realmente determina a suspeita de

cardiopatias congênitas em crianças que tem cardiopatia congênita confirmada.

Para posterior confirmação da suspeita de cardiopatias congênitas foram

verificados os laudos das crianças e realmente se confirmou a doença.

A realização da experiência se deu na Unidade de Saúde Zé Pequeno,

no consultório médico, utilizando o computador de um dos envolvidos nessa

pesquisa, pois o computador da unidade estava em manutenção. A Figura 66 e a

Figura 67 apresenta a fachada e o cronograma semanal da Unidade Básica Saúde

Zé Pequeno local onde foi realizado a experiência.

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Figura 66: Fotografia da fachada da Unidade de Saúde Zé Pequeno

Fonte: Elaboração Própria

Figura 67: Apresentação e cronograma de atendimento semanal da Unidade de Saúde Zé

Pequeno

Fonte: Elaboração Própria

A infraestrutura da Unidade de Saúde Zé Pequeno é composta da

seguinte forma: uma recepção, um sala de procedimento, um auditório de

acolhimento/triagem, um expurgo, um consultório odontológico, um consultório

médico, consultório de enfermagem, um sala de vacina, dois banheiros e uma copa.

A Unidade de Saúde Zé Pequeno disponibiliza de uma recepcionista,

onze agentes comunitários de saúde (ACS), uma auxiliar de enfermagem, uma

enfermeira, um dentista, uma auxiliar de dentista e uma médica pediatra para

atender a demanda de pacientes, em geral por dia são atendidos sessenta pacientes

sendo distribuídos entre consultas médicas e odontológicas, bem com

acompanhamento a enfermeira.

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Na Figura 68 é demonstrada a área interna onde forma realizadas as

experiências com o sistema.

Figura 68: Fotografia da área interna da Unidade de Saúde Zé pequeno

Fonte: Elaboração Própria

A experiência foi realizada individualmente em uma única sessão tendo

em média 1h30m de duração. Com relação ao desempenho do software, foi

observado que o mesmo funcionou de maneira estável, correspondendo às

expectativas inicialmente propostas para sua execução. Para tanto, foi aplicado um

questionário a fim de validar o sistema como adequado ao posto de saúde e

demonstrando a satisfação do usuário neste caso a Drª Cristina F. de Oliveira.

Abaixo o questionário aplicado a Drª Cristina a fim de validar o sistema.

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Figura 69: Questionário aplicado ao usuário do sistema.

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A aplicação deste questionário teve por objetivo verificar se o usuário do

sistema conhece o sistema, se a interface é de fácil aprendizagem, sendo estes um

dos critérios de usabilidade, se o software realmente é adequado a realidade da

Unidade Básica de Saúde Zé Pequeno, se as informações presentes no sistema

estão cientificamente corretas enfim se ele atendeu aos objetivos propostos neste

estudo.

Há uma ressalva no questionário que deve ser apontada. Ao perguntar se

o software está instalado na Unidade Básica de Saúde Zé Pequeno a Dr.ª Cristina

respondeu não, pois o computador da unidade estava em manutenção na época da

Figura 70:Descrição dos dados de desempenho obtidos na experiência.

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experiência, e a utilização do software ocorreu no computador (notebook) de um dos

desenvolvedores do projeto.

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3. RESULTADOS

A aplicação desta experiência durou em média 1h30m. Os resultados

obtidos são apresentados no relatório detalhado (Figura 71) e posteriormente na

Tabela 1 considerando duração da triagem, quantidades de repostas SIM,

quantidades de respostas NÃO, exame físico e resultado/parecer).

Figura 71: Relatório da triagem feita durante a experiência para a validação do Sistema.

Os pacientes são identificados com a letra P e a numeração de acordo com a ordem

da triagem.

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Tabela 1:Descrição dos dados de desempenho obtidos na experiência.

Cód.

Paciente

Duração

da

Triagem

Respostas

SIM

Respostas

NÂO

Exame Físico

TQP TQC S P

P01 00:16:14 5 7 NÃO NÃO SIM NÃO

P02 00:12:11 7 5 NÃO NÃO NÃO NÃO

P03 00:11:38 6 6 NÃO NÃO NÃO NÃO

P04 00:11:36 8 4 NÃO NÃO SIM SIM

P05 00:13:06 7 5 NÃO NÃO NÃO NÃO

P06 00:15:03 5 7 NÃO NÃO SIM SIM

P07 00:12:46 4 8 NÃO NÃO NÃO NÃO

P08 00:11:05 9 3 NÃO NÃO NÃO NÃO

A Tabela 1 reflete a caracterização da triagem no sentido da quantidade

de respostas obtidas por cada paciente, e a Tabela 2 apresenta o resultado final da

triagem em cada paciente.

Foi analisada a importância do exame físico para o sucesso da triagem,

pois percebe-se ao cruzar os dados da tabela 1 e 2, que os pacientes com suspeitas

de cardiopatias congênitas tiveram ou presença de sopro, e/ou pulso irregular no

exame físico, comprovando que para a eficácia deste sistema de triagem clínica,

precisa-se deste tipo de procedimento e de um profissional habituado a fazer este

tipo de exame, neste caso o médico.

Tabela 2: Resultado/ Parecer dos pacientes de acordo com a ordem de consulta.

Cód. Paciente Resultado/Parecer

P01 COM SUSPEITA

P02 SEM SUSPEITA

P03 SEM SUSPEITA

P04 COM SUSPEITA

P05 SEM SUSPEITA

P06 COM SUSPEITA

P07 SEM SUSPEITA

P08 SEM SUSPEITA

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Ao analisar os dados da tabela percebe-se que mesmo em alguns

pacientes o número de respostas SIM foi maior que o numero de respostas NÃO se

deu obrigatoriamente um parecer de suspeita de cardiopatias congênitas. Precisa-se

de associações corretas para o parecer de cardiopatias. Outro fator chama a

atenção para a incidência de pacientes sem suspeita de cardiopatia congênita com

sintomas relacionados à mesma, como: infecções respiratórias frequentes, baixo

desenvolvimento, e se a mãe fez uso de álcool e/ou medicamentos durante a

gestação. Essas sintomatologias são comuns em pacientes de famílias de baixa

renda e somente associadas a outras correspondem às suspeita de cardiopatia.

Com são demonstrados no Gráfico 1.

Gráfico 1: Percentual de sintomas mais frequentes nos pacientes triados durante a

experiência.

Fonte: Dados obtidos através da experiência com o sistema de triagem na Unidade de Saúde Zé Pequeno.

Comparando os dados descritos foi possível observar que dentre as 8

crianças (100%) que participaram da experiência, 3 (37,5%) a mãe fez uso de álcool,

drogas ou medicamentos inadequados durantes a gestação, 5 (62,5%)

apresentaram infecções frequentes e 2 (25%) apresentaram baixo desenvolvimento.

A partir desse achado percebe-se que mesmo dentro deste grupo não

havendo todas as crianças com suspeita de cardiopatias, alguns sintomas que são

ditos comuns em crianças também estão relacionados às cardiopatias congênitas.

37,5 %

62,5%

25,2%

Sintomas mais frequentes nos pacientes triados.

A Mãe fez uso de álcool, drogasou medicamentos inadequadosdurante a gestação?

A criança tem infecçõesrespiratórias frequentes?

Como está o desenvolvimento dacriança? Está abaixo do peso?

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A análise dos dados estatísticos também possibilitou uma importante

constatação. Considerando a média geral de acertos o sistema identificou 3

pacientes com suspeita de cardiopatias representando (37,5%), observou-se que 2

pacientes apresentaram os sintomas mais frequentes.

Gráfico 2: Percentual de Suspeita de cardiopatias congênitas nos pacientes triados.

Fonte: Dados obtidos através da experiência com o sistema de triagem na Unidade de Saúde Zé Pequeno.

.A partir da contribuição da Dr.ª Cristina F. de Oliveiras, foi possível

ratificar que as crianças do grupo de suspeitas de cardiopatias congênitas realmente

tinham cardiopatias congênitas confirmadas.

Considerando os resultados obtidos na experiência, observou-se através

da comparação das confirmações dos exames dos pacientes com cardiopatias foi

evidenciado o bom desempenho esperado no sistema de triagem demonstrando que

a técnica utilizada para a obtenção dos resultados do sistema deram certo e que o

mesmo atendeu a todos os objetivos propostos neste estudo. Sendo importante

ressaltar que esse sistema deve ser utilizado por um profissional especializado pois

a experiência médica, juntamente com as associações e exames físicos comprovam

a eficácia do sistema.

Entretanto, para confirmar ou descartar os achados deste estudo, surgiu a

necessidade de cruzar os dados obtidos na experiência com os dados relativos aos

37,5%

62,5%

Percentual de suspeitas de cardiopatias congênitas em pacientes triados

Com suspeita

Sem suspeita

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exames dos pacientes com cardiopatias submetidas aos testes para identificação de

grupos de risco cardiopatia congênita.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante destacar o crescimento da utilização de sistemas

informatizados em todas as áreas inclusive na área da saúde. A utilização de

ferramentas e instrumentos da informática na área de saúde facilita de maneira

significativa o processo de atendimento aos pacientes e auxilia os profissionais de

saúde no exercício de sua profissão tanto na coleta, no armazenamento de

informações, na tomada de decisão e na busca terapêutica mais adequada a esses

pacientes.

Sistemas de informações vêm sendo cada vez mais importantes em

unidades hospitalares, seja como sistema de prontuários eletrônicos, sistemas de

apoio à tomada de decisão médica ou sistemas de triagem.

Desta forma, o que se pretendeu com o presente trabalho foi projetar e

desenvolver um software de triagem para auxiliar o profissional não especialista em

cardiologia pediátrica para a suspeita de cardiopatias congênitas em pacientes que

apresentem este quadro clínico.

A partir dos achados deste estudo, foi possível concluir que as

cardiopatias congênitas representam um índice muito significativo com relação a

óbitos infantis e o quanto é importante utilizar recursos tecnológicos com o objetivo

de solucionar um problema manifesto.

Na primeira parte deste estudo foram abordados conceitos, sinais clínicos

e 11 tipos de cardiopatias congênitas mais frequentes além de conceitos referentes

a sistemas de triagem, e trabalhos correlatos a fim fundamentar esta pesquisa.

Para a elucidação deste trabalho fez se necessário estudos sobre

cardiopatias congênitas introduzindo o funcionamento do coração, estudos voltados

para 11 tipos de cardiopatias congênitas e suas sintomatologias, também fez se

necessário estudos sobre sistemas de triagem, e teste de triagem em recém

nascidos, enfocando a importância do teste de oximetria de pulso, mais conhecido

como teste do coraçãozinho, que deveria ser obrigatório em todo o pais mais

infelizmente não é oferecido em toda rede pública.

Com relação aos trabalhos correlatos percebeu-se a importância de

estudos voltados para o uso da tecnologia, neste caso a informática, para o auxilio

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na área da saúde em especial na pratica médica, e acredita-se que estes sistemas

informatizados venham não só a auxiliar o profissional com dar mais eficiência ao

seu trabalho.

Na segunda parte do trabalho apresentou-se as telas do sistema de

triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas e suas funcionalidades, também

foi apresentada toda a etapa de desenvolvimento que foi dividida em 7 fases. Foram

abordados alguns métodos e ferramentas utilizadas no decorrer do processo de

desenvolvimento do software, bem como a UML e seus diagramas, utilizado para

análise e modelagem dos dados, sendo o StarUML o software responsável por

modelar os diagramas de caso de uso. Os trabalhos com os diagramas UML deram

os resultados esperados, especificando de forma clara e simples as funções e

propriedades básicas do sistema. O servidor e gerenciador de banco de dados

MySQL. A linguagem de programação orientada a objetos JAVA, sendo o NetBeans

o ambiente de desenvolvimento e a biblioteca escrita nesta mesma linguagem para

facilitar o desenvolvimento de relatórios dinâmicos, o iReport .

Ainda nesta fase do sistema e realizou-se a validação do sistema na

Unidade Básica de Saúde Zé Pequeno, com a colaboração da Dr.ª Cristina

Fernandes Oliveira onde foi realizado a triagem em 8 crianças em um tipo de

amostragem intencional, tendo 3 crianças com cardiopatias clinicamente

comprovadas e 5 sem a comprovação deste tipo de patologia.

Por fim, foi realizada a análise dos dados coletados pelo sistema de

triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas, na qual foi possível identificar

um grupo de 3 crianças com suspeitas e 5 sem suspeita da doença, comprovando a

eficácia do sistema pois essas três crianças realmente tem cardiopatias congênitas

comprovadas. O sistema também apontou que 5 crianças apresentaram infecções

respiratórias frequentes e 2 crianças apresentaram baixo desenvolvimento,

demonstrando que mesmo não apresentando suspeita de cardiopatias congênitas

esses pacientes tem sintomas relacionados a mesma, tendo em vista que alguns

sintomas de cardiopatias congênitas são comuns em outras patologias e somente

com associações corretas desses sintomas, o exame físico e a presença de um

profissional capacitado para fazer este tipo de processo de triagem é que pode

confirmar a eficácia deste sistema.

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A partir dos achados deste estudo, pode-se concluir que o sistema de

triagem para a suspeita de cardiopatias congênitas apresenta-se como uma

ferramenta que vem a auxiliar o profissional médico na suspeita de cardiopatias

congênitas.

Em relação a trabalhos futuros, podem-se citar algumas funcionalidades a

serem incrementadas, com vistas a proporcionar melhorias ao sistema. As

funcionalidades viriam a complementar o software, e envolveriam algumas ideias

que compunham o escopo inicial do trabalho além de proposições surgidas durante

o desenvolvimento do estudo. Algumas propostas de trabalhos futuros são

enumeradas a seguir.

1. Implantação no Sistema de triagem para a suspeita de outras patologias ou

cardiopatias adquiridas como a doença de chagas, comum em nossa região.

2. Utilização de inteligência artificial na análise dos resultados do sistema, uma

vez que a inteligência artificial trabalha de forma eficiente com o

conhecimento, e é amplamente utilizada em ferramentas de diagnóstico.

3. Aprimoramento do sistema para que com o auxilio de exames

complementares e utilização de inteligência artificial possam auxiliar o

especialista.

4. Inclusão de novas patologias para o sistema de triagem vim a ser utilizado em

unidades de pronto atendimento.

5. Inclusão de novos usuários para a utilização do sistema em outras unidades.

De maneira geral, pode-se concluir que a utilização do sistema de triagem

para a suspeita de cardiopatias congênitas reúne condições necessárias para

auxiliar o profissional médico no pré diagnostico de cardiopatias congênitas, se

tornando uma porta de entrada para estudos voltados a sistemas que possam

agilizar o processo de triagem, tendo em vista que o diagnóstico precoce é de

fundamental importância para um tratamento obter sucesso.

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correto-da-mochila-escolar-2.jpg

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http://www.e-

annebebek.com/wpcontent/uploads/2010/10/astim6jp3.jpg

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http://www.enviroductny.com/wp-content/uploads/2012/12/Mold-

Allergy.jpg

http://s2.glbimg.com/PhwH-rM_s6a8EUaCj072Cp2lhi-

JH7yfCYM7aah8fV1Ioz-

HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/08/26/cr

ianca_cabelo.jpg

http://www.gustavoguimaraes.com.br/arquivo/images/birra1_g.jpg

http://www.santuarionacional.com.br/media/img/crianca-pastoral-

compensa-sucesso-

acompanhamento_acrima20120402_0008_15170027_2.jpg

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http://img.tfd.com/wiki/a/ac/ClubbingFingers1.jpg

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http://evilcyber.com/nutrition/is-saturated-fat-bad-for-the-heart/

http://supernanny.com.br/media/cache/06/92/0692f61add20508b

a65070e28c788f97.jpg

http://www.osteopathyspecialist.com.au/wp-

content/uploads/2011/07/RSI.jpg