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Sistema eleitoral e partidário e a questão de direitos humanos e minorias na Câmara dos
Deputados.
ÁREA XIX
TÓPICOS
• 1 -SISTEMA ELEITORAL - Ana Luiza Backes
• 2 - ESTUDOS ACADÊMICOS SOBRE AS REGRAS ELEITORAIS NO BRASIL - Luiz Vogel
• 3 - DIREITOS HUMANOS - Débora Bithiah
Tópico 1 - SISTEMAS ELEITORAIS
• Propostas em debate no Congresso e aspectos relacionados à elaboração legislativa nesta área
Sistema eleitoral
• “É o conjunto de regras que define como em uma determinada eleição o eleitor pode fazer suas escolhas e como os votos são contabilizados para serem transformados em mandatos (cadeiras no Legislativo ou chefia do Executivo).” (Jairo Nicolau)
Tipos de sistemas eleitorais
• Majoritários
• Proporcionais
• Mistos (com correção, tipo o alemão, ou de superposição, tipo o japonês)
A Constituição Federal de 1988 assim dispôs:
• Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
• Portanto, e este é um ponto fundamental do ponto de vista da elaboração legislativa:
• qualquer proposta que envolva abandonar o sistema proporcional necessariamente deve alterar a Constituição Federal.
Propostas em debate no Congresso
• a) Mudanças no sistema proporcional:
• Lista fechada; Lista flexível; Fim das coligações
• b) Sistema majoritário com pequenas
circunscrições uninominais (modelo dos EUA)
• c) Sistemas mistos
• d)Sistema majoritário em que o Estado é o
distrito (“distritão”)
a) Mudanças no Sistema proporcional
• Lista fechada – projeto da Comissão da Reforma Política) PL 2679/03, transformado no PL 1210/07
• Lista flexível -
Conseqüências esperadas
• Fortalecimento dos partidos
• Unifica as campanhas partidárias
• Simplificação na fiscalização das eleições
• Facilita financiamento público
• Permite candidatura de lideranças com menos acesso a recursos financeiros
Problemas
• Diminui poder do eleitor
• Possibilidade de aumentar o poder das oligarquias partidárias
Outras propostas de mudança dentro do sistema proporcional
• Fim das coligações
• Suprimir a exigência do quociente eleitoral para acesso à distribuição de cadeiras
• (§ 2º do art. 109 do Código Eleitoral)
•• PL 602/95(e apensos 4292/98, 2947/00, 5250/09, 5495/09,
6946/2010, 452/2011)
b) Sistema majoritário com distrito uninominal
• PECs - 108/95, 585/06, 15/2007
• Questão central: delimitar os distritos
• quem faz e como
Vantagens esperadas:
• Diminuição do número de candidatos
• Aproximação entre eleitos e eleitores
• Diminuição do número de partidos
• Formação de maiorias claras
• Simplifica fiscalização das campanhas
Problemas
• possibilidade de manipulação no desenho dos distritos
• equivalência do número de eleitores por representante - no Brasil existem grandes diferenças
• paroquialização da política
• dificuldade para representação de minorias
c) sistemas mistos
• Diferenças entre modelo alemão e modelo japonês
• Modelo alemão necessita de mudança na Constituição brasileira?
• Possibilidades de invenção institucional
Vantagens
• Combina vantagens da representação proporcional com vantagens da representação personalizada
• Diminui resistência dos dois lados
Problemas
• Delimitação dos distritos
• Sistema proporcional alemão tem número de deputados flexível, de maneira a garantir a proporcionalidade - sistema brasileiro tem número fixo de deputados no total e enfrenta grande resistência para alterar número de deputados por estado
• Engenharia institucional complexa -aumentam os riscos e incertezas
d) sistema majoritário em que o Estado é
o distrito (distritão)
• PEC 54/2007, senador Francisco Dornelles
• PEC 170/99 (apensa PEC 294/00 PEC 267/00)
• Sistema era adotado no Japão, em distritos pequenos (de 3 a 5 representantes), até 1994. Hoje nenhum país adota.
Vantagens
• Garante eleição dos mais votados
• Impede que deputados mais votados elejam outros deputados na nominata do partido
• É simples – não precisa engenharia institucional (desenhar distritos, etc.).