71
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIA ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO BLUMENAU 2011 2011/2-03

SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO

SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À

DISTÂNCIA

ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO

BLUMENAU 2011

2011/2-03

Page 2: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO

SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓTICO MÉDICO À

DISTÂNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Regional de Blumenau para a obtenção dos créditos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas de Informação— Bacharelado.

Prof. Aurélio Faustino Hoppe, Mestre – Orientador

BLUMENAU 2011

2011/2-03

Page 3: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

SISTEMA INTERATIVO DE DIGNÓSTICO MÉDICO À

DISTÂNCIA

Por

ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO

Trabalho aprovado para obtenção dos créditos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, pela banca examinadora formada por:

______________________________________________________ Presidente: Prof. Aurélio Faustino Hoppe, Mestre – Orientador, FURB

______________________________________________________ Membro: Prof. Everaldo Artur Grahl, Mestre – FURB

______________________________________________________ Membro: Prof. Jacques Robert Heckmann, Mestre – FURB

Blumenau, 07 de dezembro de 2011.

Page 4: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

Dedico este trabalho a minha mãe Sandra Regina Alves que, mais que a vida, me deu educação, estudos, atenção e, mais que isso dedicou a mim e a meus irmãos sua vida.

Page 5: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelas oportunidades a mim colocadas, bem como seu imenso amor e graça.

À minha mãe que sempre acreditou em mim, me apoiando e me aconselhando quando

necessário. Meu muito obrigado pelo amor, carinho e por acreditar em mim.

Aos meus amigos, pelo abraço gostoso nos momentos de desespero. Pelas palavras de

sabedoria quando a dúvida me consumia.

Ao meu orientador, Aurélio Faustino Hoppe, pelos auxílios mesmo nos sábados,

domingos ou mesmo nas madrugadas. Sendo sempre prestativo e dispensando seu tempo e

repassando seu conhecimento e sugestões. Agradeço também, por ter acreditado na conclusão

deste trabalho.

Page 6: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim!

Charles Chaplin.

Page 7: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

RESUMO

Este trabalho apresenta um sistema interativo que auxilia o diagnóstico médico dermatológico à distância. O sistema desenvolvido proporciona a aqueles que vivem em lugares remotos ou de difícil acesso a possibilidade de ter um atendimento dermatológico especializado, sem que precisem se locomover até grandes centros, em busca de um especialista, pois o sistema possibilita a abertura e também o diagnóstico do caso clínico totalmente via web. A cooperatividade que o sistema possibilita através de fóruns e marcações nas imagens, vinculadas ao caso faz com que o caso seja solucionado de forma mais ágil e confiável. A partir dos testes de usabilidade realizados, comprovou-se que o sistema é de fácil acesso, e ao mesmo tempo atende as necessidades levantadas.

Palavras-chave: Telesaude. Diagnóstico. Dermatologia.

Page 8: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

ABSTRACT

This is work presents an interactive system that assists the distance dermatological medical diagnosis. The develop system provides those living in remote or difficult to access the possibility of having a specialized dermatological care, even without the need to go to big cities in search of an expert, because the system allows opening and also the clinical diagnosis of the case entirely via the web. The cooperativity allows the system through forums and markings in the images, linked to the case causes the case to be solved more quickly and reliably. Based in the usability tests carried out, they proved that the system is easily accessible, and at the same time meets the needs raised.

Key-words: Telehealth. Diagnosis. Dermatology.

Page 9: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Características dos trabalhos relacionados ............................................................ 21

Quadro 2 – Requisitos funcionais ............................................................................................. 23

Quadro 3 – Requisitos não funcionais ...................................................................................... 24

Figura 1 – Diagrama de caso de uso do controle de acesso ..................................................... 25

Figura 2 – Diagrama de caso de uso do módulo de cadastros .................................................. 25

Figura 3 – Diagrama de Caso de uso módulo de Assistência ................................................... 26

Figura 4 – Diagrama de Atividades referente a inclusão de um caso clínico ........................... 28

Figura 5 – Diagrama de Atividades referente a resolução do caso clínico............................... 29

Figura 6 – Modelo de Entidade de Relacionamento ................................................................ 30

Figura 7 – Tela de login do sistema .......................................................................................... 33

Figura 8 – Cadastro de Usuários............................................................................................... 34

Figura 9 – Cadastro de posto de Coleta .................................................................................... 35

Figura 10 – Lista de Casos do Posto de Coleta ........................................................................ 36

Figura 11 – Cadastro de Pacientes ............................................................................................ 36

Figura 12 – Lista de Casos do Paciente .................................................................................... 37

Figura 13 – Tela de Cadastro de um novo Caso Clínico .......................................................... 38

Figura 14 – Inserindo imagens no Casos Clínicos ................................................................... 39

Figura 15 – Botão Emitir Parecer ............................................................................................. 39

Figura 16 – Parecer Médico...................................................................................................... 40

Figura 17 – Lista de Casos Clínicos Finalizados ...................................................................... 40

Figura 18 – Lista de Meus Casos ............................................................................................. 41

Figura 19 – Assumindo um caso clínico .................................................................................. 42

Figura 20 – Compartilhando um Caso Clínico ......................................................................... 42

Figura 21 – Utilizando o Fórum ............................................................................................... 43

Figura 22 – Seletor ................................................................................................................... 43

Figura 23 – Inserindo diagnóstico ............................................................................................ 44

Figura 24 – Diagrama de Sequência ......................................................................................... 45

Figura 26 – Trecho do código representando a camada de controle ........................................ 46

Figura 27 – Trecho do código representando a camada de visualização.................................. 47

Quadro 4 – Respostas da avaliação do sistema ........................................................................ 50

Quadro 5 – Comparação com trabalhos correlatos ................................................................... 52

Page 10: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

Quadro 6 – Descrição do caso de uso Cadastrar Usuários ....................................................... 58

Quadro 7 – Descrição do caso de uso Adicionar Caso Clínico ................................................ 58

Quadro 8 – Descrição do caso de uso Assumir Caso Clínico .................................................. 58

Quadro 9 – Descrição do caso de uso Anexar Imagens ........................................................... 59

Quadro 10 – Descrição do caso de uso Compartilhar Caso Clínico ......................................... 59

Quadro 11 – Descrição do caso de uso Incluir argumento no fórum ....................................... 60

Quadro 12 – Dicionário de dados da tabela de posto de coleta ................................................ 61

Quadro 13 – Dicionário de dados da tabela de contato ............................................................ 61

Quadro 14 – Dicionário de dados da tabela de usuário ............................................................ 61

Quadro 15 – Dicionário de dados da tabela de endereço ......................................................... 62

Quadro 16 – Dicionário de dados da tabela de imagem ........................................................... 62

Quadro 17 – Dicionário de dados da tabela de usuário ............................................................ 62

Quadro 18 – Dicionário de dados da tabela de mensagem ....................................................... 62

Quadro 19 – Dicionário de dados da tabela de paciente........................................................... 62

Quadro 20 – Dicionário de dados da tabela de parecer ............................................................ 63

Quadro 21 – Dicionário de dados da tabela de historico .......................................................... 63

Quadro 22 – Dicionário de dados da tabela de arquivo ............................................................ 63

Page 11: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

LISTA DE SIGLAS

CEP – Código de Endereçamento Postal

CFM – Conselho Federal de Medicina

CNPJ – Código de Pessoa Jurídica

CPF – Código de Pessoa Física

CRM – Conselho Regional de Medicina

EA – Enterprise Architect

INCA – Instituto Nacional do Câncer

ISO – International Organization for Standardization

MER – Modelo de Entidade de Relacionamento

MVC – Model-View-Controller

OMS – Organização Mundial de Saúde

PHP – Hypertext Preprocessor

UF – Unidade Federativa

Page 12: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12

1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO ......................................................................................... 13

1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15

2.1 DIAGNÓSTICO MÉDICO ................................................................................................ 15

2.2 TELEMEDICINA .............................................................................................................. 16

2.3 DERMATOLOGIA ............................................................................................................ 17

2.4 TELEDERMATOLOGIA .................................................................................................. 18

2.5 USABILIDADE ................................................................................................................. 19

2.6 TRABALHOS CORRELATOS ......................................................................................... 19

3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 22

3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ....................................................................... 22

3.1.1 Requisitos funcionais e não funcionais ........................................................................... 22

3.2 ESPECIFICAÇÃO ............................................................................................................. 24

3.2.1 Diagrama de Casos de Uso .............................................................................................. 24

3.2.2 Diagrama de Atividades .................................................................................................. 27

3.2.3 Modelo de Entidade de Relacionamento. ........................................................................ 30

3.3 IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................................... 32

3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas .................................................................................... 32

3.3.2 Operacionalidade da implementação ............................................................................... 32

3.3.2.1 Utilização do sistema .................................................................................................... 32

3.3.2.1.1 Acessando o sistema .................................................................................................. 33

3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo Administrador ...................................... 33

3.3.2.1.1.2 Acessando o sistema com o perfil do tipo Agente de Saúde .................................. 35

3.3.2.1.1.3 Acessando o sistema com o perfil Médico ............................................................. 41

3.3.2.2 Implementação.............................................................................................................. 44

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 47

3.4.1 Experimento 1: Usuário com perfil Médico .................................................................... 48

3.4.1.1 Usuários participantes................................................................................................... 48

3.4.1.2 Metodologia .................................................................................................................. 48

3.4.1.3 Aplicação do teste ......................................................................................................... 48

Page 13: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

3.4.1.4 Análise e interpretação dos dados coletados ................................................................ 49

3.4.2 Experimento 2: Usuário com perfil Agente de Saúde ..................................................... 51

3.4.3 Comparação com trabalhos correlatos ............................................................................. 52

4 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 53

4.1 LIMITAÇÕES .................................................................................................................... 54

4.2 EXTENSÕES .................................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 55

APÊNDICE A – DETALHAMENTO DOS CASOS DE USO ........................................... 57

APÊNDICE B – DICIONÁRIO DE DADOS ....................................................................... 61

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO PERFIL DO USUÁRIO ............................................ 64

APÊNDICE D – ROTEIRO E QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE

USABILIDADE [USUÁRIO COM PERFIL MÉDICO] ............................................... 65

APÊNDICE E – ROTEIRO E QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE

USABILIDADE [USUÁRIO COM PERFIL AGENTE DE SAÚDE] .......................... 68

Page 14: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

12

1 INTRODUÇÃO

Com o advento da globalização, as distâncias vão ficando cada vez menores, as

pessoas cada vez mais informadas e o mundo cada vez mais integrado. Ao mesmo tempo tem-

se a necessidade de se disponibilizar um serviço a todos, a qualquer momento e em qualquer

lugar de forma eficiente.

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), “pessoas que vivem em países

tropicais como Brasil e Austrália, países com o maior registro de câncer de pele no mundo,

estão mais expostos a esse tipo de doença” (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER,

2009?).

O número de casos novos de câncer de pele estimados para o Brasil em 2008 é de

55.890 casos em homens e de 59.120 em mulheres, de acordo com a Estimativa de

Incidência de Câncer publicada pelo INCA. Estes valores correspondem a um risco

estimado de 62 casos novos a cada 100 mil homens e 60 para cada 100 mil

mulheres. (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2009?).

Com o aumento destes números nos últimos anos, a prevenção e diagnósticos rápidos

e acessíveis preocupam os brasileiros de todas as localidades, pois o Brasil possui

dificuldades em suprir as necessidades de deslocar profissionais e mantê-los em locais

remotos, para prover saúde a todos.

Em 2004, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhecia a existência de cerca de

290 mil médicos exercendo regularmente as atividades no país. Um número expressivo se

verificado o que sugere a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1 para cada mil

habitantes. Entretanto a má distribuição destes profissionais faz com que em alguns locais do

Brasil a quantidade de médicos seja precária e em outras quase suficientes.

Ao comparar a participação de cada região no total da população brasileira e a sua

participação no total de médicos, nota-se que as regiões Sudeste e Nordeste são as

que possuem o maior descompasso entre estes percentuais. Enquanto o Nordeste

possui 28% da população do Brasil e conta com apenas 16,2% do total de médicos, o

Sudeste apresenta a maior concentração desses profissionais, possuindo

aproximadamente 42% da população brasileira e quase 60% dos médicos. (PÓVOA;

ANDRADE, 2006 p. 1556).

Com isso constata-se que o Brasil possui uma enorme extensão geográfica e uma má

distribuição de seus recursos na área da saúde no que tange os recursos humanos, sendo os

principais recursos da saúde destinados para os grandes centros urbanos, concentrando os

melhores diagnósticos e consequentemente os melhores recursos para tratamentos adequados.

Page 15: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

13

As cidades isoladas geograficamente e o desfavorecimento dos recursos da saúde possuem o

isolamento intelectual e escassos recursos de auxílio a diagnósticos.

Com a descentralização da tecnologia vem aumentando a cada dia as formas de se

chegar aos lugares mais remotos, sem a necessidade que pessoas se desloquem até estes

locais. Uma das formas que vem surgindo no mundo como forma de minimizar a

desproporcionalidade em termos de atendimento à saúde é a telemedicina. A telemedicina

tem o papel de diminuir este espaço de tempo e recurso. Para os profissionais das localidades

mais distantes da informação, a telemedicina pode auxiliar a integração dos profissionais da

saúde dos centros de referência.

Com a informatização da consulta o diagnóstico será feito a distância, possibilitando

que profissionais de diferentes estados atendam e prestem serviços de saúde a pacientes

deslocados a quilômetros de distância. A utilização deste recurso pode ser favorável também

em diversas outras situações como, “em áreas rurais, prisões, presença de obstáculos

geográficos (ilhas, montanhas, geleiras, desertos), situações de guerras ou desastres naturais,

asilos, estações espaciais, entre outros” (SOIREFMANN et al., 2008, p. 12).

Com a interligação dos pontos que contém a informação àqueles que dela necessitam,

a telemedicina possibilita comunicação ágil entre paciente e médico, ajudando na solicitação

da segunda opinião. A informatização do processo possibilitará também que diversos

profissionais comuniquem-se e troquem experiências, utilizando-se dos sistemas

cooperativos, na busca de um diagnóstico mais preciso para os casos clínicos estudados.

Dentro deste contexto, este trabalho visa implementar um sistema interativo de

diagnósticos dermatológicos a partir de uma central médica, que possibilitará a

descentralização da saúde, levando aos que carecem de uma consulta especializada, a

oportunidade de um diagnóstico realizado por profissionais dos mais diferentes locais,

proporcionando saúde a todos, de forma rápida e com qualidade de qualquer local e a

qualquer momento.

11..11 OOBBJJEETTIIVVOOSS DDOO TTRRAABBAALLHHOO

O objetivo principal do trabalho é desenvolver um sistema que permita aos

profissionais de saúde visualizar e discutir casos clínicos dermatológicos de forma interativa

Page 16: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

14

através de imagens médicas coletadas em lugares remotos. Os objetivos específicos do

trabalho são:

a) implementar um sistema de telemedicina interativa que dê suporte ao diagnóstico

médico via web;

b) implementar um visualizador de imagens que permita destacar características

relevantes das imagens dermatológicas analisadas;

c) permitir a interação entre médicos a partir de fóruns de discussão.

11..22 EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO

Este trabalho está disposto em quatro capítulos. No primeiro capítulo, é apresentada a

introdução do assunto, os objetivos a serem alcançados com o desenvolvimento e a estrutura

do trabalho.

O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica sobre conceitos de Diagnóstico,

Telemedicina, Dermatologia, Teledermatologia e Usabilidade, bem como os trabalhos

correlatos.

No terceiro capítulo têm-se a descrição do ciclo de desenvolvimento do sistema,

detalhes sobre a especificação, requisitos funcionais e não funcionais, diagrama de atividades,

diagrama de casos de uso, operacionalidade do sistema e os resultados e discussões.

No quarto capítulo apresenta-se a conclusão sobre os objetivos alcançados, limitações

e sugestões para trabalhos futuros.

Page 17: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo estão enumerados os principais tópicos que dizem respeito à

fundamentação teórica do trabalho. Esta fundamentação foi baseada em livros e trabalhos

acadêmicos de autores ligados às áreas de telemedicina (seções 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4) e testes de

usabilidade (seção 2.5). Por fim serão descritos os trabalhos correlatos (seção 2.6).

22..11 DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO MMÉÉDDIICCOO

O diagnóstico médico é conforme Lama ([2009?], p. 3), “o processo analítico de que

se vale o especialista ao exame de uma doença ou de um quadro clínico, para chegar a uma

conclusão”.

“Em medicina, diagnóstico é a parte da consulta médica, ou do atendimento médico,

voltada à identificação de uma eventual doença. Um conjunto de dados, formado a

partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e dos exames

complementares (laboratoriais, etc), é analisado pelo profissional de saúde e

sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento

para a eventual intervenção (o tratamento) e/ou uma previsão da evolução

(prognóstico), baseados no quadro apresentado”. (LAMA, [2009?], p. 4)

Para algumas especialidades o diagnóstico nem sempre requer maiores exames ou

mesmo locomoção do paciente ou do médico, por muitas vezes um bom detalhamento e uma

imagem podem ser o suficiente para o especialista ter um primeiro diagnóstico.

“A semiologia dermatológica envolve o reconhecimento e a descrição detalhada dos

padrões morfológicos adotados pelas diversas doenças. Uma descrição minuciosa e

precisa das lesões pode ser suficiente para o esclarecimento diagnóstico da maioria

das dermatoses. A presença de sintomas específicos e a coleta de uma histórica

detalhada da doença aumentam o acerto do diagnóstico, reduzindo a necessidade de

exames subsidiários e retornos”. (COX, COULSON, 2004 apud MIOT, 2005, p. 9)

Page 18: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

16

22..22 TTEELLEEMMEEDDIICCIINNAA

O conceito de telemedicina embora pareça moderno, é bastante antigo.

“Sabe-se da utilização do telefone para auxílio ao diagnóstico desde 1897; a

transmissão de imagens de radiografias por meio telefônico foi feita na década de

1940. Apesar disso, o custo da transmissão de dados em velocidade adequada fez

com que as tentativas de utilização da telemedicina viessem ser mal sucedidas até a

década de 1980”. (SEABRA, 2003, p. 1)

Com o surgimento dos microcomputadores com uso simples e de alta capacidade, a

telemedicina voltou a ser disseminada e partiu de um conceito mais amplo sendo definida

como “o resultado da união de profissionais de saúde e de tecnologia, formando uma

importante sinergia para o desenvolvimento de atividades que visam promover a saúde”

(WEN, 2006, p. 1).

“A Telemedicina é caracterizada como o emprego de sinais eletrônicos para

transferir informações médicas (fotografias, imagens em radiologia, áudio, dados de

pacientes, videoconferências) de um local a outro através da Internet, de

computadores, de satélites ou de equipamento de videoconferência, com a finalidade

de melhorar o acesso à saúde.” (SOIREFMANN, 2008, p. 1)

“É que existem grandes dificuldades para a assistência médica em pequenas

comunidades situadas em áreas remotas, cuja demanda por assistência especializada

não justifica o custo de manutenção de profissionais e equipamentos especializados.

Essas comunidades podem contar somente com a assistência primária em saúde,

oferecida pela rede pública através de profissionais generalistas em medicina.”

(SEABRA, 2003, p. 2)

Nesse contexto, a telemedicina apresenta-se como veículo natural e não raramente o

único possível para a expansão da assistência especializada em saúde, proporcionando às

pessoas que não possuem acesso a ela, por quaisquer os motivos, a oportunidade de um

atendimento especializado e um possível diagnóstico.

Page 19: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

17

22..33 DDEERRMMAATTOOLLOOGGIIAA

Conforme D’Elia (2006, p. 13), a dermatologia “é o estudo das doenças da pele, sejam

elas originadas neste órgão ou apenas manifestações de doenças sistêmicas ou fatores

externos”.

Para Bruns (2004, apud MIOT, 2005, p. 8), a dermatologia “compreende o diagnóstico

de mais de duas mil condições que afetam a pele e colabora com as demais especialidades por

meio do reconhecimento das manifestações cutâneas das doenças sistêmicas”.

“É através da visualização das lesões elementares que o dermatologista desenvolve o

seu raciocínio lógico para fazer os diagnósticos e posteriormente planejar a sua

conduta em relação aos medicamentos, orientações e solicitações de exames

complementares pedidos ao paciente.” (D’ELIA, 2006, p. 14)

Com isto a dermatologia torna-se favorável a estudos que envolvam a telemedicina,

fazendo uso da tecnologia para realização de diagnósticos por meio da análise de imagens à

distância, sem que traga prejuízo ao paciente na análise do caso.

“A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que há no Brasil aproximadamente

4.438 dermatologistas em atividade. Tais profissionais assistem 184.736.723 de

pessoas numa área de 8.514.876,599 km². A distribuição destes especialistas é

bastante irregular, pois cerca de 63,5% se concentra na região Sudeste, que tem

apenas 42,6% da população, o que leva algumas regiões a terem dificuldade de

acesso à consulta especializada em dermatologia.” (D’ELIA, 2006, p. 16)

Com esta centralização do atendimento dermatológico, cerca de 60% dos pacientes são

atendidos por médicos não dermatologistas, e muitas vezes depois quando estes pacientes são

atendidos por especialistas, o diagnóstico na maioria das vezes é alterado, fazendo com que

haja retrabalho e os custos sejam maiores (D’ELIA, 2006, p. 15).

Apesar dos honorários mais caros dos especialistas em dermatologia, a precisão do

diagnóstico, a solicitação de menos exames complementares, de reconsultas ou

encaminhamentos feitos por eles minimizam os custos. Em função destes problemas, várias

alterativas estão sendo criadas, dentre elas a Telemedicina.

Page 20: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

18

22..44 TTEELLEEDDEERRMMAATTOOLLOOGGIIAA

A teledermatologia significa conforme Miot (2005, p. 13) o emprego dos recursos da

telemedicina aplicado a projetos que envolvam a dermatologia.

“O uso de informação médica dermatológica veiculada de um local para outro por

meio de comunicação eletrônica, visando à saúde e educação dos pacientes,

profissionais médicos ou paramédicos, com intuito de melhorar a assistência à

saúde, ensino e pesquisa.” (PIBERNAT et al., 2001, p.14 apud MIOT, 2005)

O dermatologista hoje representa o profissional médico mais qualificado no

reconhecimento de afecções. Por isso o manejo e o diagnóstico de dermatoses feitos por

médicos não especialistas pode representar atraso no diagnóstico, uso de terapêuticas

inadequadas, desenvolvimento de sequelas e aumento do custo de saúde (MIOT; WEN;

PAIXÃO, 2005).

A distribuição dos dermatologistas brasileiros que atendem à recomendação do

Ministério da Saúde assume característica fundamentalmente urbana, de atendimentos

privados, portanto, desigual, incorrendo em cobertura insuficiente, em especial para a

população que depende do sistema público de saúde ou que se encontra em áreas rurais, selva

ou de isolamento geográfico (MIOT; WEN; PAIXÃO, 2005).

Pelo fato da dermatologia representar uma especialidade preferencialmente visual, a

teledermatologia assistencial tem se mostrado uma solução eficiente para prover atendimento

especializado a populações com dificuldades de realização de interconsultas presenciais

(MIOT, 2005, p. 9).

A efetiva aplicação da teledermatologia permite a ampliação da cobertura

dermatológica especializada, redução do tempo de espera pelas interconsultas, triagem de

pacientes encaminhados para serviços de atenção secundária, a consultoria a distancia para

médicos, promoção e coordenação de projetos em saúde coletiva de grande escala (MALLET,

2006 apud D’ELIA, 2003; MIOT; WEN; PAIXÃO, 2005).

Page 21: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

19

22..55 UUSSAABBIILLIIDDAADDEE

Hoje em dia, interagir com sistemas de software não é mais privilégio de profissionais

de computação e tornou-se uma necessidade comum a toda população. Por isso cada vez mais

os desenvolvedores de software preocupam se com a chamada usabilidade do sistema, que

conforme a norma internacional International Organization for Standardization (ISO) 9241-

11 define usabilidade como sendo um conceito que descreve até que ponto um sistema

computacional pode ser usado pelos utilizadores de forma a atingir objetivos específicos

como eficácia, eficiência e satisfação num dado contexto.

Nielsen (1993) enumera cinco parâmetros, que considera como tradicionalmente

aceitos, para medir a usabilidade:

“fácil de aprender, o utilizador rapidamente consegue interagir com o sistema,

aprendendo as opções de navegação e a funcionalidade dos botões; eficiente para

usar, depois de ter aprendido como funciona, consegue localizar a informação que

precisa; fácil de lembrar, mesmo para um utilizador que usa o sistema

ocasionalmente, não tem necessidade de voltar a aprender como funciona,

conseguindo lembrar-se; pouco sujeita a erros, os utilizadores não cometem muitos

erros durante a utilização do sistema, ou se os cometem devem conseguir recuperar,

não devendo ocorrer erros catastróficos; e agradável de usar, os utilizadores sentem-

se satisfeitos com o sistema, gostam de interagir com ele.” (CARVALHO, [2010?]

apud NIELSEN[1993]. p. 2).

A usabilidade de um documento é uma condição essencial para a sua aceitação pelo

utilizador. Por isso, todo o tempo gasto na observação e na conversa com os utilizadores é

tempo bem gasto, que poderá contribuir para evitar surpresas desagradáveis e evitar a perda

de muito tempo (e, às vezes, de dinheiro) na realização de futuras alterações (CARVALHO,

[2000?]).

22..66 TTRRAABBAALLHHOOSS CCOORRRREELLAATTOOSS

A partir da fundamentação apresentada anteriormente pode-se observar a importância

da telemedicina no mundo moderno, seja na descentralização da saúde ou ainda na

Page 22: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

20

oportunidade de proporcionar a populações menos favorecidas, ou mesmo deslocadas, o

diagnóstico médico especializado.

Bacic (2001) apresentou um estudo sobre um ambiente colaborativo de apoio a

diagnósticos médicos assistidos por computadores de alto desempenho. Como objetivo

principal Bacic (2001, p. 1), propôs “(...) o oferecimento de um ambiente e ferramentas que

promovam o trabalho cooperativo entre médicos e especialistas dispersos geograficamente,

através de uma rede de computadores”. Conforme trabalho mencionado, “O Brasil é um país

de dimensões continentais, havendo uma grande concentração de especialistas da área médica

na região sul e sudeste, regiões de maior desenvolvimento e recursos financeiros”, com isto

pode-se verificar uma grande motivação para o estudo de ambientes colaborativos, visto a

necessidade cada vez maior de regiões mais isoladas de um atendimento mais preciso.

O ambiente proposto por Bacic (2001) trabalha com dois servidores, sendo um de

banco de dados e o segundo com a interface gráfica para análise de imagens em grupo. O

ambiente criado é bastante simples e robusto, possibilitando aos usuários realizar análises de

um mesmo exame individualmente ou mesmo em grupo. Segundo o autor, alguns testes foram

realizados em laboratório, entretanto nenhum ainda em clínicas médicas como era o foco do

estudo. Com isto o trabalho atende o requisito especificado, pois permite a interação entre

médicos através de uma rede de computadores, trazendo para a comunidade como maiores

benefícios a diminuição de custos e um diagnóstico mais rápido e preciso a todos.

Assunção et al. (2004) desenvolveram um estudo sobre um Ambiente Cooperativo

para Suporte ao Diagnóstico Médico à Distância. Este estudo demonstra a automatização do

processo de diagnóstico que hoje é feito pessoalmente, fazendo com que os mesmos estejam

sempre atualizados e consolidados em função da troca de informação que será possível

remotamente em função do ambiente interativo que será criado.

Miot (2005) realizou o desenvolvimento e sistematização da interconsulta

dermatológica à distância, o Telederma. Conforme mencionado por Miot (2005) em sua tese,

“a dermatologia assistencial tem se mostrado uma solução eficiente para prover atendimento

especializado a populações com dificuldades de realização de interconsultas presenciais”,

principalmente no Brasil por seu tamanho e extensão. O sistema foi desenvolvido e operou

experimentalmente entre os meses de maio e agosto de 2002. O sistema conta com um

ambiente simples e funcional. Conta ferramentas de visualização de imagens, podendo-se

ampliá-las quando necessário. Tem também um ambiente de chat off-line, onde médicos

podem realizar discussões referentes aos casos em questão e por fim um formulário bastante

completo e simples de ser interpretado. Como resultado a tese teve uma aceitação favorável

Page 23: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

21

pelos envolvidos nos testes, pois obtiveram-se mais rapidez na entrega de resultados mais

precisos dos casos enviados para diagnóstico.

Todos os estudos relacionados acima são bastante completos quando mencionados em

suas particularidades. Todos possuem como objetivo em comum prover serviços médicos à

distância objetivando maior agilidade e precisão de diagnósticos médicos.

O Quadro 1 mostra de forma resumida as principais características dos estudos

relacionados acima com critérios considerados importantes, extraídos a partir dos conceitos

descritos no decorrer desta seção.

Características/Trabalhos Relacionados Bacic (2001)

Assunção et al. (2004)

Miot (2005)

visualização de imagens X X X anotações nas imagens X - - comunicação via fórum - X X sistema Web - X X linguagem programação Java Java ASP banco de dados MySQL MySQL SQL Server

Quadro 1 – Características dos trabalhos relacionados

Observando o Quadro 1, pode-se perceber que não tem-se nenhum trabalho que

contemple todas as características enumeradas. A partir disso, propõe-se um sistema interativo

de diagnósticos médicos centralizado que dispense inicialmente a presença tanto do médico

quando do paciente em um mesmo espaço físico, sendo desenvolvido em plataforma web.

O sistema possibilitará o vínculo de imagens ao caso clínico, podendo o profissional

analisar o caso de cada paciente e proporcionar ao mesmo um diagnóstico rápido sem a

necessidade de se deslocar a grandes centros se for o caso. O profissional, contará ainda com

a possibilidade de interagir com outros médicos, compartilhando o caso clínico assumido,

trocando ideias a partir do fórum ou mesmo destacando pontos importantes na imagem.

Nos próximos capítulos descreve-se com mais detalhes o desenvolvimento do

sistema.

Page 24: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

22

3 DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo estão descritas as particularidades técnicas do sistema tais como a

descrição do mesmo e a apresentação dos requisitos funcionais e não funcionais (seção 3.1),

seção 3.2 são apresentados os principais diagramas de caso de uso e sua descrição, diagrama

de atividades e o modelo de entidade de relacionamento. Na seção 3.3 são detalhadas a

implementação e a operacionalidade do sistema. Por fim, na seção 3.4 são apresentados os

experimentos e os resultados obtidos.

33..11 LLEEVVAANNTTAAMMEENNTTOO DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS

Tendo em vista a não completude em termos de características dos trabalhos

relacionados (seção 2.6), foi vislumbrada a oportunidade de desenvolver um sistema para

levar atendimento médico especializado para pacientes de regiões com falta de tratamentos

adequados de forma centralizada. Onde, a partir de uma central médica dermatológica serão

emitidos os diagnósticos das lesões cutâneas. Com a coleta das informações anexadas aos

casos clínicos, o sistema estará fornecendo documentação dos casos clínicos podendo ser

utilizada em treinamentos de profissionais da saúde e fórum de discussão de doença.

É importante ressaltar que o sistema terá sua comunicação assíncrona, pois não

necessitará da presença do paciente ou do médico simultaneamente no momento da consulta.

O sistema será dividido em dois módulos, o de cadastros e o de casos clínicos. Terá

dois ambientes diferentes, o do médico (voltado para a análise clínica) e a do agente de saúde

(voltado para a coleta dos dados do paciente e do caso clínico), onde cada ambiente se

comportará de modo diferente em função das características de cada perfil.

3.1.1 Requisitos funcionais e não funcionais

Com base na idéia de desenvolver um sistema de teleconsulta dermatológica via web,

são demonstrados a seguir os levantamentos dos requisitos funcionais, não funcionais,

Page 25: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

23

estabelecidos pela análise final. O Quadro 2 apresenta os requisitos funcionais previstos para

o sistema e sua rastreabilidade, ou seja, vinculação com o(s) caso(s) de uso associado(s).

Requisitos Funcionais Caso de Uso

RF01: O sistema deverá permitir ao usuário efetuar o login. UC01.01 RF02: O sistema deverá permitir que ao usuário administrador incluir, alterar e excluir usuários do tipo administrador, agente de saúde e médicos.

UC02.02

RF03: O sistema deverá permitir ao usuário administrador e agente de saúde incluir, alterar o registro de Pacientes.

UC02.01

RF04: O sistema deverá permitir ao usuário administrador incluir, alterar e excluir os registros de Postos de Coleta.

UC02.03

RF05: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde incluir, alterar um caso clínico.

UC03.01

RF06: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde vincular imagens ao caso clínico.

UC03.02

RF07: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo agente de saúde, visualizar todos os casos clínicos criados pelos agentes do mesmo posto de coleta.

UC03.03

RF08: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e médico, visualizar a lista de casos pendentes, ou seja que ainda não foram assumidos.

UC03.03

RF09: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo médico, assumir casos clínicos pendentes.

UC03.05

RF10: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo médico visualizar todos os casos clínicos assumidos por ele.

UC03.11

RF11: O sistema deverá permitir que o usuário do tipo médico compartilhe casos clínicos com outros médicos.

UC03.06

RF12: O sistema deverá permitir que o usuário do tipo médico visualize a lista de casos compartilhados.

UC03.10

RF13: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, médico e agente destacar pontos importantes nas imagens vinculadas ao caso clínico a partir do seletor.

UC03.07

RF14: O sistema deverá permitir ao usuário médico analisar os casos clínicos. UC03.04 RF15: O sistema deverá permitir ao usuário médico informar o diagnóstico do caso clínico.

UC03.09

RF16: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, agente de saúde e médico incluir anotações em um fórum cooperativo de um caso clínico.

UC03.08

RF17: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde visualizar a lista de histórico de casos do paciente.

UC03.12

RF18: O sistema deverá permitir ao usuário agente de saúde finalizar o caso clínico.

UC03.14

RF19: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, agente de saúde e médico, emitir um parecer médico.

UC03.13

Quadro 2 – Requisitos funcionais

Page 26: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

24

O Quadro 3 lista os requisitos não funcionais previstos para o sistema.

Requisitos Não Funcionais RNF01: O sistema deverá ser desenvolvido para ser acessado via web RNF02: O sistema deverá utilizar a plataforma Hypertext Preprocessor (PHP) de desenvolvimento web RNF03: O sistema deverá utilizar banco de dados MySQL. RNF04: O sistema deverá ser acessível através dos browsers Internet Explorer e Mozilla Firefox.

RNF05: O sistema deverá utilizar criptografia nas senhas para maior segurança.

RNF06: O sistema deverá permitir vincular até três imagens ao caso clínico.

RNF07: O sistema deverá permitir a inclusão de imagens com extensões png, jpg e gif.

Quadro 3 – Requisitos não funcionais

33..22 EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO

Esta seção descreve os diagramas de casos de uso e de entidade-relacionamento

desenvolvidos para o sistema. A ferramenta Enterprise Architect (EA), em sua versão 7.0, foi

utilizada na elaboração dos diagramas de casos de uso (seção 3.2.1), diagrama de atividades

(seção 3.2.2) e a ferramenta case DBDesigner4, versão 4.0.5.0.6 para a criação do modelo de

entidade de relacionamento (seção 3.2.3).

3.2.1 Diagrama de Casos de Uso

Esta sub-seção apresenta os diagramas de casos de uso do sistema. Para o melhor

entendimento do software, o detalhamento dos principais casos de uso (UC02.02, UC03.01,

UC03.02, UC03.05, UC03.06 e UC03.08), encontram-se no Apêndice A. Na Figura 1 tem-se

o diagrama de caso de uso do controle de acesso.

Page 27: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

25

Figura 1 – Diagrama de caso de uso do controle de acesso

No diagrama apresentado na Figura 1, é demonstrado o caso de uso efetuar login, é

através dele, que o sistema faz o direcionamento do usuário, de acordo com o perfil daquele

que realizou o login do sistema (administrador, médico ou agente de saúde), fazendo com que

rotinas sejam habilitadas ou desabilitadas para um determinado perfil.

Os casos de uso do módulo de cadastros são apresentados pela Figura 2.

Figura 2 – Diagrama de caso de uso do módulo de cadastros

Na Figura 2, têm-se os casos referente ao módulo de cadastros, onde encontram-se os

casos de uso:

a) cadastrar usuário: no qual administrador pode realizar o cadastro de usuários do tipo

agente de saúde, administrador ou mesmo médico;

b) cadastrar postos de coleta: no qual é realizado o cadastro dos postos de coleta que

Page 28: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

26

posteriormente serão vinculados aos usuários do tipo agente de saúde;

c) cadastrar paciente: neste caso de uso o agente de saúde realiza o cadastramento dos

pacientes que possam vir a ser vinculados a um caso clínico.

No diagrama de caso de uso da Figura 3 são demonstrados os casos referentes ao

atendimento médico a distância. Inicialmente o agente de saúde adiciona os casos clínicos a

serem atendidos mais tarde pelo médico que o assumir, este caso clínico possui como

extensão o caso anexar imagens que nada mais é do que a vinculação de imagens aos casos

clínicos.

Figura 3 – Diagrama de Caso de uso módulo de Assistência

Conforme exibido na Figura 3, pode-se ainda visualizar a lista de casos pendentes. Ao

verificar estes casos clínicos, o médico poderá analisar os casos disponíveis e com eles

realizar qualquer uma das extensões do caso clínico analisar caso clínico, que são: assumir

caso clínico onde o médico assume a responsabilidade em dar o diagnóstico ao caso em

questão, compartilhar caso clínico onde o médico compartilha o caso com outros médicos em

busca de auxílio do diagnóstico, incluir argumentos no fórum onde ocorre a interação entre o

médico que compartilhou o caso e aqueles que por ventura se prontificarem a ajudar no

diagnóstico do caso clínico e por fim fazer destaque nas imagens anexadas onde o médico

Page 29: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

27

destaca pontos importantes a serem visualizados para que chame a atenção do médico que o

visualizar fazendo com que alguma característica importante seja verificada com maior

facilidade.

Ainda referente a Figura 3, o agente de saúde tem a possibilidade de visualizar a lista

de históricos de casos clínicos do paciente, podendo o mesmo verificar se o caso clínico

possui um diagnóstico informado. Caso sim, o mesmo poderá imprimir um parecer médico a

partir do caso extensão disponível no caso clínico visualizar histórico de casos do paciente e

depois finalizá-lo, fazendo com que o mesmo seja encaminhado para uma lista de históricos e

não mais como um caso pendente.

3.2.2 Diagrama de Atividades

A seguir é demonstrado o diagrama de atividades do sistema apresentado. Para melhor

entendimento, o diagrama foi dividido em dois processos, sendo eles o de inclusão e o de

resolução de um caso clínico. Na Figura 4, tem-se o diagrama de atividades referente a

inclusão de um caso clínico no sistema, onde o mesmo se inicia a partir do pedido do paciente

por um atendimento.

Após a solicitação de atendimento pelo agente de saúde, conforme pode-se ver na

Figura 4, o agente verifica se o mesmo já possui cadastro no sistema, se o paciente estiver

cadastrado é verificado no histórico de casos clínicos se já existem casos abertos com a

situação relatada. Se existir, o agente consulta se o caso foi diagnosticado e repassa o parecer

do médico ao paciente. Se o caso ainda não foi diagnosticado o agente informa ao paciente

que seu caso continua em análise. Se o paciente não tiver seu cadastro no sistema, o agente

realiza o cadastramento e inicia a busca de informações para a abertura do caso, como

sintomas, fotos das lesões, região da lesão, dentre outras que sejam relevantes para a busca do

diagnóstico. Após a inserção do caso clínico no sistema o mesmo é encaminhado a uma lista

de casos pendentes. A partir deste momento, aguarda por um diagnóstico do médico que o

assumir.

Page 30: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

28

Figura 4 – Diagrama de Atividades referente a inclusão de um caso clínico

Após a inclusão do caso clínico, o mesmo será assumido e posteriormente receberá um

diagnóstico de um médico. Na Figura 5, tem-se o diagrama da atividade da resolução do caso

clínico.

Page 31: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

29

Figura 5 – Diagrama de Atividades referente a resolução do caso clínico

Conforme visualizado na Figura 5, a atividade inicia após a inclusão dos casos clínicos

no sistema. Com isso o médico tem acesso a estes casos em uma lista de casos pendentes,

onde poderá selecionar um caso para ser analisado.

Após selecionar um caso clínico, o médico tem a opção de assumir este caso ou não,

assim que o mesmo assume um caso clínico ele inicia sua análise até chegar a um diagnóstico.

Caso o médico tenha dúvidas, ele tem a opção de compartilhar este caso clínico com outros

médicos, a fim de interagir e buscar respostas a suas dúvidas e, talvez, auxiliá-lo à encontrar

uma solução para o caso clínico em questão. Para facilitar a cooperatividade, o médico pode

ainda destacar pontos importantes nas imagens vinculadas ao caso, a fim mostrar ao outro

especialista algo importante. Se houverem dúvidas ou mesmo sugestões, os médicos podem

comunicar-se através do fórum que é vinculado a cada caso clínico, facilitando a comunicação

e aumentando a interatividade. Chegando a um parecer final, o médico insere o diagnóstico no

caso clínico. A partir disso, o agente de saúde pode repassar ao paciente a impressão do

parecer médico, conforme descrito anteriormente.

Page 32: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

30

3.2.3 Modelo de Entidade de Relacionamento.

O Modelo de Entidade-Relacionamento (MER) é um diagrama que descreve o modelo

de dados de um sistema com alto nível de abstração. A Figura 6 apresenta o MER com as

entidades que serão persistidas no banco de dados do sistema.

Figura 6 – Modelo de Entidade de Relacionamento

A seguir é apresentada uma breve descrição das entidades utilizadas para o

desenvolvimento do sistema:

a) usuário: entidade responsável por armazenar informações referente aos usuários

do sistema, que podem ser agentes de saúde, médico ou administrador;

b) postoColeta: entidade responsável por armazenar as informações referentes

Page 33: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

31

aos postos de coleta, local onde são coletadas informações do paciente bem como

do caso clínico;

c) casoClinico: entidade responsável por armazenar as informações sobre a

análise clinica em relação ao caso a ser tratado (sintomas, região, tipo de lesão);

d) mensagem: entidade responsável por armazenar as informações referente as

mensagens trocadas entre dois ou mais médicos afim de estabelecer um

diagnóstico clínico com mais precisão;

e) paciente: entidade responsável por armazenar as informações referente aos

pacientes cadastrados no sistema;

f) imagemMedica: entidade responsável por armazenar as informações referentes

as imagens vinculadas ao caso clínico. Bem como o local onde cada marcação foi

feita na imagem em questão;

g) endereço: entidade responsável por armazenar as informações referentes aos

endereços cadastrados no sistema;

h) contato: entidade responsável por armazenar as informações referentes aos

contatos cadastrados no sistema;

i) histórico: entidade responsável por armazenar as informações referentes ao

histórico familiar do paciente;

j) arquivo: entidade responsável por armazenar as informações referentes a

localização das imagens vinculadas aos casos clínicos;

k) parecer: entidade responsável por armazenar as informações referentes ao

diagnóstico dos casos clínicos analisados (tratamento, recomendações).

Acima, foi descrito a estrutura dos dados do sistema e a organização das informações,

bem como a relação entre elas e o grau de associação e definição dos atributos (ver

detalhamento do dicionário de dados no Apêndice B). Com isso, é possível ter uma visão

geral de todo ambiente, além do relacionamento e responsabilidades das funcionalidades

envolvidas. Nas próximas seções serão detalhados como os usuários geram, manipulam e/ou

visualizam estas informações e, como o sistema foi desenvolvido.

Page 34: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

32

33..33 IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO

A seguir são demonstradas as técnicas e ferramentas utilizadas (seção 3.3.1) e a

operacionalidade da implementação (seção 3.3.2).

3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas

No desenvolvimento do sistema optou-se pela linguagem de programação PHP 5.3.6

utilizando o ambiente de desenvolvimento PHPDesigner 7, por se tratar de uma linguagem

leve e rápida, que não necessita de muitos requisitos de hardware e software para seu efetivo

funcionamento.

O banco de dados utilizado é o MySQL 5.5.10 . Como gerenciador de banco de dados

foi utilizado o software phpMyAdmin 3.3.9. Para o servidor de aplicação web foi utilizado o

Apache 2.2.17. Foi utilizado para a biblioteca JQuery para o JavaScript. A arquitetura do

sistema segue o modelo em camadas de acordo com o padrão Model-View-Controller (MVC).

3.3.2 Operacionalidade da implementação

A operacionalidade da implementação está divida em duas seções. Na seção 3.3.2.1 é

apresentada a forma de utilização do sistema, demonstrando os três perfis de utilização do

sistema. Na seção 3.3.2.2 são apresentados alguns dos trechos mais importantes de código-

fonte utilizados na implementação do sistema.

3.3.2.1 Utilização do sistema

Esta sub-seção apresenta as principais telas do sistema desenvolvido com uma breve

apresentação de suas funcionalidades.

O sistema foi dividido em visões, conforme o papel de cada usuário, sendo o

administrador do sistema, o agente de saúde e o médico. Todos os dados presentes nas telas

mostradas a seguir, são fictícios e servem apenas para exemplificar o uso do sistema.

Page 35: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

33

3.3.2.1.1 Acessando o sistema

Na tela apresentada na Figura 7, tem-se a tela de login onde o usuário informa seu

usuário e senha para acessar o sistema. Dependendo do perfil do usuário o sistema redireciona

a tela inicial de cada perfil. Nas próximas sessões serão descritas as características de cada

perfil.

Não estando corretos o usuário e senha informados, o sistema emitirá uma mensagem

de dados incorretos. E o usuário poderá informá-los novamente após confirmar a mensagem.

Figura 7 – Tela de login do sistema

3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo Administrador

O usuário com perfil de administrador possui acesso total às funcionalidades do

sistema. Como características exclusivas deste perfil tem-se o cadastro de usuários, no menu

Cadastros/Usuários conforme Figura 8 – item A. Neste cadastro tem-se a possibilidade de

cadastrar três tipos de usuários: o administrador, o agente de saúde e por fim o médico. Para

cada tipo de usuário tem informações exclusivas e comuns a todos. Para os usuários do tipo

médico, o campo CRM é habilitado e torna-se obrigatório. Já o campo posto de coleta é

Page 36: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

34

desabilitado, não sendo necessário o seu preenchimento. Para o usuário do tipo agente de

saúde, o campo CRM é desabilitado e o campo posto de coleta é habilitado e passa a ser de

preenchimento obrigatório para conclusão do cadastro. Demais campos como nome, endereço

e dados de acesso são de preenchimento comum a todos os tipos de usuários. Nos dados de

acesso ao sistema, caso seja digitado os campos senha e confirmação de senha diferentes o

sistema emitirá uma mensagem, informando que os dados não conferem. Após confirmação

da mensagem o usuário poderá voltar ao cadastro e informar os campos novamente.

Na lista à direita, Figura 8 – item B, tem-se todos os usuários cadastrados no sistema,

sendo detalhados na lista o CPF e o nome do usuário. Ao selecionar o usuário na lista, o

sistema abre as informações por completo do usuário selecionado para alteração.

Figura 8 – Cadastro de Usuários

Para cadastrar usuários do tipo agentes de saúde, o administrador do sistema deve

cadastrar também o posto de coleta do qual o mesmo fará parte. Para isso deve-se acessar o

menu Cadastros/Posto de Coleta, e o sistema abrirá a tela de cadastro de posto de coleta

conforme Figura 9. Neste cadastro são solicitados os dados do posto como, CNPJ, razão

social, endereço (rua, número, bairro, cidade, cep, UF) e dados de contato (telefone, celular e

e-mail). Depois de informar os dados solicitados, o sistema realiza o cadastro do posto de

coleta e insere-os na lista de postos cadastrados, Figura 9 – item B. Nesta lista são

demonstrados todos os postos cadastrados. Caso o usuário precise alterar algum registro,

poderá selecioná-lo na lista para que o sistema carregue as informações na tela para alteração.

Page 37: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

35

Figura 9 – Cadastro de posto de Coleta

Conforme já mencionado anteriormente, o usuário com o perfil administrador, possui

acesso a todas as rotinas disponíveis no sistema, as quais serão detalhadas nas próximas

seções.

3.3.2.1.1.2 Acessando o sistema com o perfil do tipo Agente de Saúde

Acessando o sistema com um usuário do tipo agente de saúde, o sistema demonstra na

tela inicial, também chamada de Home, a lista de casos do posto de coleta que ainda não

foram finalizados, conforme é demonstrado na Figura 10. Nesta lista são demonstrados alguns

campos como, CPF do paciente, nome do paciente, nome do posto de coleta e ainda qual o

atendente o cadastrou.

Quando o usuário seleciona algum caso clínico da lista, o sistema abre a tela de casos

clínicos, com as informações do caso clínico solicitado.

Page 38: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

36

Figura 10 – Lista de Casos do Posto de Coleta

O usuário do tipo agente de saúde inicia suas atividades cadastrando o paciente,

através do menu Cadastros/ Paciente. Nesta tela tem-se a lista a direita, conforme Figura 11 –

item A. Na qual são demonstrados todos os pacientes cadastrados, com as informações de

CPF e nome do paciente. Clicando neles, é possível visualizar/alterar os dados cadastrados

anteriormente.

Figura 11 – Cadastro de Pacientes

Page 39: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

37

Na Figura 11 – item B, é a tela na qual o usuário realiza a inclusão de um novo

paciente. Ali o usuário informa dados como CPF, data de nascimento, nome, endereço (rua,

número, bairro, cep, cidade, UF), dados para contato (e-mail, telefone e celular) e ainda se o

paciente trabalha. Caso sim, o usuário deve marcar o check-box trabalha para que os campos

empresa empregadora, como nome, endereço (rua, número, bairro, cep, cidade, UF) e dados

para contato (e-mail, telefone e celular) fiquem disponíveis.

Após confirmar a inserção do paciente aparecerá um botão chamado “Histórico de

Atendimentos”, conforme pode-se observar na Figura 11 – item C. Este botão traz as

informações do histórico do paciente no sistema, relacionando em uma lista todos os

atendimentos já cadastrados para o paciente, conforme mostra a Figura 12.

Figura 12 – Lista de Casos do Paciente

Depois de cadastrar o paciente, o agente de saúde poderá cadastrar um novo caso

clínico, através do menu Caso/ Novo Caso, com isso o sistema demonstrará a tela de casos

clínicos, conforme Figura 13. Para cadastrar o caso clínico (Figura 13 – item A), o agente de

saúde deve informar os dados solicitados, como paciente, o qual poderá ser buscado

diretamente do cadastro de pacientes a partir do botão “Buscar”, onde o sistema abrirá uma

tela de busca com todos os pacientes cadastrados, para que o usuário selecione o paciente

desejado. Após selecionar o agente de saúde deve-se informar os demais campos do caso

clínico como resumo (um breve resumo do que está ocorrendo com o paciente), sintomas

(informações de possíveis sintomas que o paciente sente em função do problema

Page 40: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

38

apresentado), tipo (tipo da lesão apresentada como exemplo: citar mancha, vermelhidão,

pintas, berrugas dentre outros) e por fim a região do corpo em que a lesão se encontra

(membros superiores, inferiores, cabeça, orelha, rosto, dentre outros), conforme apresentado

na Figura 13.

Figura 13 – Tela de Cadastro de um novo Caso Clínico

Após a inserção dos dados na tela de caso clínico, o usuário deverá buscar na lista de

casos do posto de coleta o caso em questão, para vincular as imagens das lesões, fazendo com

que o médico consiga visualizar o que ocorre com o paciente, para isso deve-se selecionar o

caso clínico na lista, com isso o sistema abrirá a tela de casos clínicos com novos campos e

funcionalidades. Para inserir uma imagem deve-se clicar no botão “Escolher arquivo”,

conforme Figura 14 – item A. Com isso o sistema abrirá a tela de busca de arquivo do sistema

operacional correspondente, selecione a imagem desejada dentro das extensões suportadas

pelo sistema, sendo elas jpg, bmp e gif e clique então no botão “Inserir”. A partir deste

momento o sistema irá carregar a imagem selecionada e a vinculará ao caso clínico.

Page 41: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

39

Figura 14 – Inserindo imagens no Casos Clínicos

Depois que o médico diagnosticar o caso, o agente de saúde poderá emitir um parecer

médico ao paciente, para isso na tela de casos clínicos, deve-se clicar no botão “Emitir

parecer”, conforme Figura 15 – item A.

Figura 15 – Botão Emitir Parecer

Ao clicar no botão "Emitir parecer", o sistema emitirá o parecer médico com as

informações do paciente, tais como nome, endereço (rua, número, bairro, cep, cidade e UF) e

dados de contato do mesmo (e-mail, telefone e celular). O parecer médico traz as informações

do paciente, do caso clínico como data, descrição, responsável (médico), tipo região, sintomas

e informações do diagnóstico, como tratamento e recomendações, vide Figura 16.

Page 42: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

40

Figura 16 – Parecer Médico

Após emitir o parecer, o agente poderá finalizar o caso clínico, a partir do check-box

“Finalizar”, disponível na aba “Diagnóstico”. Após finalizado, o caso ficará disponível apenas

na lista de casos do histórico, disponível no menu Caso/Histórico, conforme Figura 17.

Figura 17 – Lista de Casos Clínicos Finalizados

Page 43: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

41

3.3.2.1.1.3 Acessando o sistema com o perfil Médico

Acessando o sistema com um usuário do tipo médico, o sistema demonstra na tela

inicial, também chamada de Home a lista dos casos assumidos pelo médico, ou seja a lista dos

“Meus Casos”, conforme demonstra a Figura 18. Nesta lista são demonstrados alguns campos

como, CPF do paciente, nome do paciente, nome do posto de coleta e ainda quem foi o

atendente que o cadastrou.

Quando o usuário seleciona algum caso clínico da lista, o sistema abre a tela de casos

clínicos, com as informações do caso clínico solicitado. Podendo o médico continuar o

atendimento do caso clínico, ou mesmo informar o diagnóstico do mesmo.

Esta lista pode ser acessada também, a partir do menu Casos/ Meus Casos.

Figura 18 – Lista de Meus Casos

Para assumir um novo caso clínico, o usuário deve acessar a tela de casos pendentes,

onde existem todos os casos clínicos que foram cadastrados por um agente de saúde e ainda

não foram assumidos por nenhum médico.

Selecionando um dos casos clínicos disponíveis na lista, o usuário deve clicar no botão

“Assumir Caso”, conforme é demonstrado na Figura 19 – item A, onde a partir deste

momento o caso é de responsabilidade do médico que o assumiu. A partir daí, o caso é listado

somente na lista de “Meus Casos” do médico que o assumiu, não mais na lista de pendentes.

Page 44: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

42

Figura 19 – Assumindo um caso clínico

Após assumir o caso clínico, o médico tem a opção de compartilhar o caso clínico para

interagir com outros médicos, fazendo com que outros médicos, possam acessar o caso clínico

compartilhado e auxiliá-lo no diagnóstico médico. Para isso, deve-se acessar a tela de casos

clínicos, na aba diagnóstico marcar o check-box “Compartilhar”, conforme mostra a Figura

20. A partir deste momento o caso fica disponível na lista de casos compartilhados para todos

os usuários cadastrados com o perfil médico.

Figura 20 – Compartilhando um Caso Clínico

Para interagir com um médico através do caso clínico, o usuário pode utilizar-se de

duas funcionalidades disponíveis no sistema, sendo elas fórum e destaque de características na

imagem vinculada ao caso clínico. Para que a interação seja realizada através do fórum, para

tirar dúvidas, fazer sugestões, críticas ou mesmo comentários, deve-se na tela de casos

clínicos no grupo de fórum, informar uma mensagem e clicar no inserir, conforme

demonstrado na Figura 21.

Observe que o sistema insere a mensagem no fórum do caso clínico, demonstrando a

data em que o comentário foi feito, o comentário em si e por fim qual o usuário que realizou o

Page 45: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

43

comentário inserido (figura 21 – item A). Este fórum fica disponível para todos os usuários

que tem um vínculo com este caso clínico, permitindo a cooperação, em prol do diagnóstico

final do caso clínico que esta sendo discutido.

Figura 21 – Utilizando o Fórum

Outra forma de interação é a utilização do seletor, para destacar alguma característica

importante na imagem, conforme pode-se observar na Figura 22 – item A. Para isso aperte o

botão para inserir um seletor, conforme Figura 22 – item B, e arraste o seletor até o local

desejado.

Figura 22 – Seletor

Por fim, após discussões e cooperação entre outros médicos, o mesmo pode então

informar seu diagnóstico ao caso clínico. Para isso deve-se na tela de caso clínico, na aba

diagnóstico, informar os campos diagnóstico, tratamento e recomendações, conforme pode-se

Page 46: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

44

observar na Figura 23.

Figura 23 – Inserindo diagnóstico

Após informado o diagnóstico o agente de saúde poderá então emitir o parecer médico

para o paciente, conforme verificado anteriormente e por fim finalizar o caso clínico.

3.3.2.2 Implementação

Conforme mencionado anteriormente, o sistema foi desenvolvido sob a arquitetura

MVC, onde:

a) model: gerencia o comportamento e os dados do domínio da aplicação, responde as

requisições sobre o seu estado (geralmente vindas da visualização), e responde às

instruções para mudança de estado (geralmente vindas do controle);

b) view: gerencia a saída gráfica e textual da parte da aplicação visível ao usuário;

c) controller: interpreta as entradas de mouse e teclado do usuário, comandando a

Visão e o Modelo para se alterarem de forma apropriada.

Para exemplificar a forma que utilizou-se a arquitetura MVC no sistema, será utilizado

como exemplo o caso de uso Posto de Coleta. Todavia, é importante ressaltar que este

processo apresentado na sequência é estendido aos demais casos do sistema.

A Figura 24 apresenta o Diagrama de Sequência da inclusão de posto de coleta, o qual

apresenta uma visão dinâmica da sequência de ações do ator com o sistema e o

relacionamento das classes entre as camadas de visão (Página Web), controle e persistência.

Page 47: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

45

Figura 24 – Diagrama de Sequência

Como é possível visualizar na Figura 24, o ator Administrador insere os dados no

formulário na Página Web, que se comunica com a camada de Controle, a qual cria o objeto,

seta os atributos e envia para a camada de persistência. A camada de persistência persiste o

objeto retorna um valor verdadeiro ou falso para a camada de controle, que por sua vez envia

para a camada de visão (Página Web).

A Figura 25 apresenta um trecho de código da camada modelo, o qual representa o

objeto da classe PostoDeColeta.

No trecho de código da Figura 25, nas linhas 5, 6 e 7 são apresentados alguns

atributos desta classe, e nas linhas 25, 26 e 27 alguns dos métodos (públicos) que dão acesso

aos atributos (privados) da classe. A camada modelo é acessada pelas camadas de

persistência, controle e visão, ou seja, fica visível em toda a aplicação.

1: Incluir PostoDeColeta()

1.1: Incluir()

1.1.1: Incluir(PostoDeColeta o)()

boolean

boolean

inclusão realizada

Object1 : Administrador Página Web Controle Persistência

Page 48: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

46

Figura 25 – Trecho do código representando a camada modelo

A Figura 26 apresenta um trecho do código da classe PostoDeColeta, referente a

camada de controle.

Figura 26 – Trecho do código representando a camada de controle

O objeto fica na camada de controle, e quando algum valor for incluído ou alterado, a

camada de controle cria o objeto vazio conforme linha 24 da Figura 26, então a camada de

Page 49: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

47

visão seta os atributos deste e executa o método incluir (gravar) que envia este objeto para a

camada de persistência.

A Figura 27 apresenta um trecho do código da camada de visão, o qual mostra como é

a listagem dos objetos do tipo PostoDeColeta. A camada de visão solicita à camada de

controle a lista de PostoDeColeta, esta por sua vez solicita a camada de controle que retorna

uma lista contendo os postos de coleta cadastradas no banco de dados.

Figura 27 – Trecho do código representando a camada de visualização

33..44 RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO

Nesta seção, é detalhado a metodologia de avaliação, perfil dos usuários, aplicação do

teste, análise e interpretação dos dados coletados e comparação entre as funcionalidades do

sistema desenvolvida e os trabalhos correlatos.

Foram realizados dois experimentos: o primeiro descrito na seção 3.4.1, que avalia a

aceitação/eficiência em relação a funcionalidades pertencentes ao usuário com perfil médico

e, o segundo descrito na seção 3.4.2, que avalia praticamente os mesmos critérios do primeiro

experimento, porém considerando um usuário com perfil agente de saúde.

Page 50: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

48

3.4.1 Experimento 1: Usuário com perfil Médico

O objetivo do experimento é avaliar o sistema dentro do contexto específico (usuário

com perfil médico), visando identificar inconsistências que podem englobar aspectos

funcionais e de usabilidade, para eventuais modificações no sistema.

3.4.1.1 Usuários participantes

Segundo Nielsen (1993), para se obter resultados satisfatórios em testes de usabilidade,

são necessários apenas cinco usuários, alegando que, a partir do quinto usuário, se desperdiça

tempo em observar praticamente os mesmos problemas repetidamente, sem encontrar novos

erros.

3.4.1.2 Metodologia

O experimento foi realizado no mês de novembro por meio de teste com usuários

(RUBIN, 1994), sendo conduzido por um facilitador (observador). Este era responsável por

coordenar a execução das tarefas, anotar os problemas de uso, além de simular o processo de

cooperação. As tarefas não foram cronometradas e os usuários foram orientados a descrever

dificuldades encontradas durante a realização de cada tarefa. Ao final de cada tarefa e do

teste, solicitou-se aos usuários o preenchimento de um questionário de avaliação com

questões abertas e fechadas sobre sua experiência com o sistema.

3.4.1.3 Aplicação do teste

Inicialmente os participantes foram recebidos e orientados sobre os objetivos do teste

de usabilidade. Antes de iniciar o experimento foi solicitado o preenchimento do questionário

de perfil do usuário (Apêndice C) e concedidos cinco minutos para o usuário se familiarizar

com o ambiente. Após este período, o facilitador informou que caso o usuário sentisse algum

tipo constrangimento poderia interromper o experimento a qualquer momento.

Page 51: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

49

As tarefas constadas no roteiro de testes (Apêndice D) e demandadas pelo avaliador

procuravam abranger todas as atividades desempenhadas durante o processo de diagnostico

dermatológico via telemedicina. Isso inclui desde o acesso ao sistema, visualização dos casos

clínicos pendentes, visualização de imagens vinculadas a um caso clínico, marcação de

características importantes nas imagens, e emissão do diagnóstico. Dentre as atividades

previstas no roteiro de testes, encontram-se aquelas que estimulam a cooperação (segunda

opinião sobre o caso clínico). Assim sendo, em determinados momentos da experiência, o

observador, que acompanhava os eventos gerados no sistema, adicionava informações com o

intuito de simular o processo de cooperação (ação realizada apenas entre usuários com perfil

médico, quando existia a necessidade de compartilhamento de algum caso clínico) e,

consecutivamente promover interações e a troca de informações entre os usuários. Ao término

das tarefas, foi apresentado aos usuários um formulário com questões abertas e fechadas. O

questionário fechado foi composto por 7 perguntas que tinham como intuito captar a

percepção quantitativa do usuário em relação à eficiência do sistema, sua usabilidade e

funcionalidades.

Já as anotações do observador, comentários do usuário e a pergunta aberta: "Qual é a

sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"

buscam instituir o contexto (percepção qualitativa) e, se possível, gerar uma integração

empática com o processo de estudo que implique melhor compreensão do fenômeno. É

importante ressaltar que estes métodos não se excluem e sim, procuram estabelecer uma

validação convergente, onde se consiga predeterminar ligações entre descobertas obtidas por

diferentes fontes, ilustrá-las e torná-las mais compreensíveis.

As sessões de experimentos duraram em média quarenta e cinco minutos e, foram

conduzidas a cada um dos participantes durante o mês de novembro de 2011. Sendo,

realizados em sua maioria no sistema operacional Windows Seven, navegador Mozila Firefox

e Internet Explorer.

Os resultados deste experimento podem ser vistos nas próximas seções.

3.4.1.4 Análise e interpretação dos dados coletados

A análise dos dados foi iniciada a partir dos dados coletados pelo questionário de perfil

do usuário. Participaram deste experimento seis usuários comuns, sendo 50% do sexo

masculino e o restante do sexo feminino, com segundo grau completo (83,3%) e com média

Page 52: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

50

de idade de 22 anos.

Após análise do perfil do usuário, iniciou-se a interpretação e apresentação dos

resultados obtidos a partir do questionário de satisfação. O Quadro 4 mostra os resultados

obtidos a partir de perguntas objetivas (questionário fechado).

Perguntas / Critérios de avaliação

Con

cord

o to

talm

ente

Con

cord

o pa

rcia

lmen

te

Nem

con

cord

o,

nem

dis

cord

o

Dis

cord

o pa

rcia

lmen

te

Dis

cord

o to

talm

ente

1. O sistema (SIDMD) é de fácil utilização, não requer maiores treinamentos?

100%

2. As funções oferecidas pelo SIDMD tem uso prático? 100%

3. Você considera o SIDMD um sistema adequado para realizar diagnósticos médicos a distancia?

66% 34%

4. É possível interagir com outros usuários via SIDMD? 100%

5. O SIDMD auxilia atividade médica em lugares remotos? 66% 34%

6. O sistema permite que casos clínicos sejam compartilhados com outros médicos?

100%

7. Você faria uma consulta dermatológica utilizando-se deste sistema? 66% 34%

Quadro 4 – Respostas da avaliação do sistema

As opções de respostas observam a escala de avaliação de likert (BROWN, 2000),

onde a primeira coluna “Concordo Totalmente” representa a melhor avaliação possível e a

última “Discordo Totalmente” coluna corresponde a uma fraca apreciação, tendo ainda as

colunas de avaliação intermediárias como “Concordo”, “Neutro” e “Discordo”. Na sequência

têm-se as interpretações feitas a partir dos resultados obtidos, onde os índices de satisfação

são calculados pela média da soma dos resultados das respostas positivas (“Concordo

Totalmente” e “Concordo”) das referidas questões.

A partir dos resultados das questões 1 e 2 do Quadro 4 percebeu-se que os avaliadores

não tiveram dificuldades na execução das tarefas solicitadas e que acreditam no uso prático

das funções oferecidas pelo sistema.

Com relação às respostas da questão 3 identificou-se que a maioria considera que o

sistema é adequado para realizar o diagnóstico a distância.

Na questão 4 pode-se perceber que todos os avaliadores concordaram totalmente, que o

sistema possibilita a interação entre usuários.

A partir da avaliação da questão 5 é possível perceber que a grande maioria concordou

que o sistema pode auxiliar as atividades médicas em lugares remotos, justificando-se os 34%

na possibilidade de nestes lugares remotos não existir recursos para que o sistema funcione,

como internet por exemplo.

Page 53: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

51

Com o resultado da questão 6 verificou-se que todos os usuários conseguiram

compartilhar seus casos clínicos, fazendo com que o mesmo interaja com outros médicos.

A partir dos resultados da questão 7 pode-se observar que a grande maioria dos

avaliadores concordam que fariam uma teleconsulta, mostrando o que o preconceito tende a

diminuir, com a entrada da tecnologia não só na saúde, mas em muitas outras.

Além dos resultados obtidos através do questionário de satisfação, foram coletadas

opiniões sobre o ambiente por meio de questões abertas. Dentre as quais estão anotações

feitas pelos avaliadores, comentários feitos pelos usuários ao término de cada tarefa ou ao

responder o questionário aberto, destacam-se os itens a seguir:

a) através da avaliação do sistema foram destacados pontos fortes e construtivos

referente ao sistema. Por exemplo, um comentário feito por um dos avaliados foi

“Achei a ferramenta muito boa e útil, pois supre de maneira tecnológica uma área

tão carente no Brasil.”;

b) foi sugerido, que na página inicial fosse demonstrado a listagem de casos clínicos

assumidos pelos médicos;

c) foi verificado que, como o usuário não conhece o que seria o “Seletor” o ideal seria

alterar o botão de “Inserir Seletor” para a imagem de um lápis. Melhorando a

interface do sistema;

d) o fórum foi um dos pontos fortes apontados pelos avaliadores, um dos comentários

feitos foi “O fórum facilita o trabalho, pois caso haja alguma dúvida, podem trocar

ideias ou e até mesmo sugerir tratamentos”;

e) outro ponto forte apontado pelos avaliadores foi a possibilidade de destacar um

ponto importante na imagem vinculada ao caso clínico.

Mesmo não analisando os dados do questionário aberto por completo, nota-se uma

convergência quanto à operacionalidade das funcionalidades proposta neste trabalho,

confirmando os resultados obtidos através do questionário de satisfação (questionário

fechado).

3.4.2 Experimento 2: Usuário com perfil Agente de Saúde

Para a realização deste experimento, seguiu-se a mesma metodologia utilizada no

experimento anterior (vide seção 3.4.1). Entretanto, aplicou-se o teste em usuários com perfil

agente de saúde e a avaliação foi composta apenas por questões abertas.

Page 54: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

52

Houve poucas contribuições no questionário aberto, embora os usuários tenham

sugerido algumas reformulações que foram anotadas e/ou observadas pelo avaliador. Das

quais destacam-se:

a) foi identificado um problema no relatório de parecer médico, onde os dados do caso

clínico e do diagnóstico não estavam sendo demonstrados;

b) foi sugerido, que na página inicial fosse demonstrado a listagem de casos clínico do

posto de coleta e, que existisse a possibilidade de filtrá-los a partir do seu status

atual (em aberto ou concluídos).

No geral, os usuários conseguiram realizar todas as tarefas previstas no roteiro de

testes (ver Apêndice E) sem problemas. Todavia, acredita-se que o sistema é de fácil uso.

Com os resultados obtidos nos dois experimentos realizados é possível concluir que o

sistema não apresentou grandes problemas em sua utilização.

3.4.3 Comparação com trabalhos correlatos

Após discussões dos trabalhos relacionados, das considerações sobre diagnóstico

médico, teledermatologia, da especificação, desenvolvimento e operacionalidade do sistema e

dos resultados obtidos, reformulou-se o quadro das características dos trabalhos relacionados

(Quadro 1 da seção 2.6) adicionando o sistema desenvolvido, para fins de comparação. O

Quadro 5 apresenta a análise comparativa entre as características do sistema desenvolvido

com as características existentes nos trabalhos relacionados.

Características/Trabalhos Relacionados Bacic (2001)

Assunção et al. (2004)

Miot (2005)

Sistema proposto

visualização de imagens X X X X anotações nas imagens X - - X comunicação via fórum - X X X sistema Web - X X X linguagem de programação Java Java ASP PHP banco de dados MySQL MySQL SQL Server MySQL

Quadro 5 – Comparação com trabalhos correlatos

A partir do Quadro 5, pode-se observar que o sistema proposto contempla todas as

características existentes nos trabalhos relacionados (vide seção 2.6), sendo que, a grande

diferença do sistema desenvolvido é a possibilidade de destacar características importantes

nas imagens analisadas. Esta característica facilita a argumentação do parecer/diagnóstico

clínico, assim como o feedback do agente de saúde para com o paciente. Contudo, pode-se

verificar que o sistema desenvolvido atende a todas as características enumeradas.

Page 55: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

53

4 CONCLUSÕES

Este trabalho teve como fator norteador demonstrar a importância e os benefícios do

uso de sistemas de teleconsulta, levando-se em consideração que o Brasil com toda a sua

amplitude, tanto geográfica quanto populacional, e uma má distribuição dos recursos na área

da saúde. Isso fica visível quando pessoas que vivem em lugares distantes dos grandes centros

procuram por um atendimento especializado. Em sua grande maioria, são precedidos por

longas listas de espera e que por muitas vezes acabam agravando o estado da lesão.

O sistema desenvolvido teve por objetivo tornar mais ágil e ao mesmo tempo facilitar

de forma interativa o diagnóstico médico nestes locais onde os recursos de saúde são escassos

ou mesmo têm dificuldade de chegar em função do difícil acesso. Isto será possível pois no

sistema desenvolvido a abertura do caso clínico é realizado totalmente via web pelos agentes

de saúde, diretamente nos locais de origem. Estes casos, por sua vez, são encaminhados a uma

lista de casos pendentes onde os médicos de uma central de atendimento têm a possibilidade

de assumir qualquer um dos casos clínicos que encontram-se pendentes. Ao analisar o caso

clínico, o especialista também poderá, interagir com outros especialistas, em meio a dúvidas

ou mesmo em busca de sugestões. Após averiguações e análises o paciente recebe seu parecer

médico com o diagnóstico repassado pelo médico, juntamente com tratamentos e

recomendações.

A partir dos resultados obtidos nos testes de usabilidade, verificou-se que o sistema

pode facilitar e ser facilmente utilizado por usuários de diversas idades e independentemente

do seu grau de instrução ou interação com a tecnologia. Contudo, os resultados se mostram

favoráveis ao término do trabalho, visto que os requisitos funcionais e não funcionais, bem

como os objetivos propostos do trabalho foram atingidos. Sendo assim, é possível concluir o

quão necessário e indispensável é o investimento na saúde brasileira, pois mesmo o Brasil

sendo um país em constante crescimento ainda existem locais onde a saúde não é

disponibilizada e por isso o diagnóstico tarda e muitas vezes falha. Por isso quanto mais

formas de descentralização da saúde houver disponíveis para utilização, maiores serão as

chances de proporcionar a população que necessita do serviço da saúde de ter um diagnóstico

rápido e funcional.

Page 56: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

54

44..11 LLIIMMIITTAAÇÇÕÕEESS

As principais limitações do sistema são em relação à interação com as imagens

vinculadas ao caso clínico:

a) o sistema limita-se a aceitar somente imagens com extensões jpg, png e gif,

podendo expandir para outros formatos como bmp;

b) a interação do usuário com a imagem se limita a apenas um seletor por imagem,

sem que possa ser alterado seu tamanho ou cor, podendo expandir estas

funcionalidades conforme extensões descritas na próxima sessão.

44..22 EEXXTTEENNSSÕÕEESS

Como extensões para o trabalho propõem-se:

a) aperfeiçoar a interação dos médicos com a imagem vinculada ao caso clínico,

possibilitando ao usuário a inclusão de mais de um seletor, podendo o mesmo ser

por médico, controlando cores e tamanhos (Zoom).

b) criar uma rotina de envio de e-mail automáticos para o agente de saúde quando o

caso clínico obtiver um diagnóstico, bem como o agente de saúde ter a possibilidade

de enviar o parecer médico ao paciente. O trabalho atual abrange apenas o

atendimento do diagnóstico, não sendo o paciente ou mesmo o agente de saúde

avisados quando o médico realiza o diagnósticos do caso clínico;

c) aumentar a cooperação entre os médicos, fazendo com que possa ser realizada a

comunicação síncrona, ou seja, a possibilidade de médicos se comunicarem on-line

no sistema, podendo os mesmos discutirem um caso em grupo. O sistema atual

permite apenas a comunicação assíncrona, ou seja, não sendo necessários os

médicos estarem conectados no sistema, somente por meio do fórum do caso

clínico;

d) aperfeiçoar e criar novos relatórios relevantes no sistema, bem como o parecer

médico, possibilitando que seja impresso em formato .pdf ou .doc. Possibilitar

também ao usuário a importação e exportação dos cadastrados.

Page 57: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

55

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSUNÇÃO, C.F.F.; REAMI, E.R.; ZUFFO, M.K.; LOPES, R.D. São Paulo, 2004. MediColl: Ambiente Cooperativo para Suporte ao Diagnóstico Médico à Distância. In: IX Congresso Brasileiro de Informática na Saúde (CBIS).

BACIC, Aline Shimada. Um Ambiente Colaborativo de Apoio ao Diagnóstico Médico Assistido por Computadores de Alto Desempenho. São Paulo, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Escola de Politécnica da Universidade de São Paulo.

BROWN, James Dean. “What issues affect Likert-scale questionnaire formats?”. University of Hawai’i at Manoa. Shiken: JALT Testing & Evaluation SIG Newsletter, v.4, n.1, p.18-21, Abr. 2000.

CARVALHO, Ana Amélia Amorim. Testes de Usabilidade: exigência supérflua ou necessidade?. Portugal, p. 8, [2000?].

D‘ELIA, Paula Berenhauser. Concordância entre diagnósticos dermatológicos feitos presencialmente e por imagens digitais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: 2006.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer de Pele – Não Melanoma. Rio de Janeiro, [2009?]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=334. Acesso em: 23 Out. 2011.

LAMA, Eduardo. Imaginologia na prática do profissional de saúde. Pará; [2009?].

MIOT, Hélio Amante. Desenvolvimento e Sistematização da interconsulta dermatológica à distância. São Paulo, 2005. Tese (Doutorado em Ciências) Departamento de Patologia. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

MIOT, Hélio Amante; WEN, Chao Lung; PAIXÃO, Maurício Pedreira;. Teledermatologia – Passado, presente e futuro. São Paulo. p. 523, 2005.

NIELSEN, Jakob. Usability Engineering, San Franciso, USA: Morgan Kaufmann Publishing, 1993.

PÓVOA, Luciano; ANDRADE, Mônica Viegas. Distribuição geográfica dos médicos no Brasil: uma análise a partir de um modelo de escolha locacional. Rio de Janeiro: [s.n], 2006.

RUBIN, Jeffrey. Handbook of Usability Testing: how to plan, design, and conduct effective tests. [S.l.]: Wiley, 1994.

Page 58: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

56

SEABRA, André Luiz Ramires. Telemedcina. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro. Acessado em: 23 de Out. 2011.

SOIREFMANN, Mariana; BLOM, Melissa Brauner; LEOPOLDO, Larissa; CESTARI, Tania F. Telemedicina uma revisão da Literatura. 2008.

WEN, Chao Lung. Telemedicina e a Telessaúde. São Paulo: 2006.

Page 59: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

57

APÊNDICE A – Detalhamento dos Casos de Uso

A seguir, são detalhados os principais casos de uso de cada módulo apresentado na

seção Modelagem deste trabalho.

No Quadro 6, apresenta-se o caso de uso "Cadastrar Usuários".

Caso de uso – 02.02 Cadastrar Usuários Ator: Administrador Objetivo: Cadastrar usuário Pré-condições: O usuário logado no sistema Pós-condições: Usuário incluído, alterado com sucesso. Cenário Principal: 1. O sistema apresenta a página solicitando as informações do médico 2. Usuário informa o perfil do usuário desejado 3. Usuário informa dados do endereço do usuário a ser cadastrado 4. Usuário informa o login do usuário 5. Usuário informa senha 6. Usuário informa confirmação de senha 7. O sistema valida os dados informados 8. O sistema inclui o usuário no banco de dados 9. O sistema inclui o usuário na lista de usuários Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja médico: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa CRM 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja agente de saúde: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa Posto de Coleta 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja agente de saúde: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa Posto de Coleta 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Exceção: No passo 5, caso a confirmação de senha não for igual a senha informada anteriormente: 4.1 Sistema apresenta mensagem de “Senhas não conferem” 4.2 Volta ao passo 5.

Page 60: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

58

Cenário Exceção: No passo 3.1, caso o CPF informado não obedecer a máscara 111.111.111-11: 4.1 Sistema apresenta mensagem de “Valor inválido.” 4.2 Volta ao passo 3.1.

Quadro 6 – Descrição do caso de uso Cadastrar Usuários

No Quadro 7, apresenta-se o caso de uso "Adicionar Caso Clínico".

Caso de uso – 03.01 Adicionar Caso Clínico Ator: Agente de Saúde Objetivo: Adicionar caso clínico Pré-condições: Usuário logado no sistema e paciente cadastrado. Pós-condições: Caso clínico incluído na lista de casos pendentes. Extension Points: Anexar imagens Cenário Principal: 1. Usuário acessa a tela de inclusão de casos clínicos 2. Sistema apresenta a tela de inclusão de casos clínicos 3. Usuário clica no botão buscar para selecionar o paciente 4. Sistema abre a tela de busca com todos os pacientes cadastrados 5. Usuário seleciona paciente desejado 6. Sistema carrega a descrição do paciente na tela de caso clínico 7. Usuário informa dados do caso clínico 8. Usuário clica no botão inserir. 9. Sistema valida os campos informados 10. Sistema inclui o caso clínico no banco de dados 11.Sistema inclui o caso clínico na lista de casos pendentes

Quadro 7 – Descrição do caso de uso Adicionar Caso Clínico

No Quadro 8, apresenta-se o caso de uso "Assumir Caso Clínico".

Caso de uso – 03.05 Assumir Caso Clínico Ator: Médico Objetivo: vincular o caso clínico ao médico que assumir Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Usuário médico vinculado ao caso clínico, Caso clínico não esta mais pendente, vai para a lista de Meus Casos Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de casos pendentes 2. Sistema apresenta a lista de casos pendentes 3. Usuário seleciona caso clínico que deseja assumir 4. Usuário clica no botão “Assumir” 5. Sistema apresenta mensagem “Caso assumido com sucesso!” 6. Sistema informa o usuário do médico como responsável pelo caso clínico selecionado 7. Sistema inclui o caso clínico na lista de “Meus Casos” 8. Sistema retira o caso clínico da lista de casos pendentes 9. Sistema limpa dados da tela de caso clínico

Quadro 8 – Descrição do caso de uso Assumir Caso Clínico

No Quadro 9, apresenta-se o caso de uso "Anexar imagens”.

Page 61: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

59

Caso de uso – 03.02 Anexar Imagens Ator: Agente de Saúde Objetivo: Anexar imagens ao caso clínico Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Imagem anexada ao caso clínico. Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de casos pendentes 2. Sistema apresenta a lista de casos pendentes 3.Usuário seleciona caso clínico para vincular imagens 4. Usuário clica no botão arquivo para buscar a imagem 5. Sistema apresenta a tela de busca de arquivos 6. Usuário busca o endereço da imagem 7. Usuário clica em inserir imagem 8. Sistema valida os dados inseridos 9. Sistema vincula as imagens ao caso clínico 10. Sistema apresenta mensagem “Imagens vinculadas com sucesso” Cenário Exceção: No passo 3, caso o usuário tenha informado uma imagem com extensão diferente de jpg, png ou gif: 3.1 Sistema apresenta mensagem “Por favor, envie arquivos com as seguintes extensões: jpg, png ou gif. 3.2 Retorna ao passo 3.

Quadro 9 – Descrição do caso de uso Anexar Imagens

No Quadro 10, apresenta-se o caso de uso "Compartilhar Caso Clínico".

Caso de uso – 03.06 Compartilhar Caso Clínico Ator: Médico Objetivo: compartilhar caso clínico com outros médicos Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Caso clínico vai para a lista de casos compartilhados. Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de meus casos 2. Sistema apresenta a lista de casos vinculados ao usuário logado no sistema 3. Usuário seleciona caso clínico a ser compartilhados 4. Usuário seleciona a aba “Diagnóstico” 5. Usuário marca o check-box “Compartilhar” 6. Sistema inclui o caso clínico na lista de casos compartilhados 7. Sistema informa a mensagem “Caso clínico compartilhado”

Quadro 10 – Descrição do caso de uso Compartilhar Caso Clínico

No Quadro 11, apresenta-se o caso de uso "Incluir argumento no fórum".

Caso de uso – 03.08 Incluir argumento no fórum Ator: Médico Objetivo: incluir mensagens no fórum Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Mensagem é incluída no fórum do caso clínico.

Page 62: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

60

Cenário Principal: 1.Usuário seleciona o caso clínico que deseja auxiliar 2. Sistema apresenta os dados do caso selecionado 3. Usuário escreve argumento no campo mensagem 4. Usuário clica em inserir 5. Sistema vincula a mensagem ao caso clínico selecionado 6. Sistema emite mensagem “Mensagem incluída com sucesso”.

Quadro 11 – Descrição do caso de uso Incluir argumento no fórum

Page 63: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

61

APÊNDICE B – Dicionário de Dados

O dicionário de dados de cada entidade do modelo de dados relacional encontra-se nos

quadros de 12 a 22. O tipo de dado de cada campo é definido por uma letra, que representa:

a) v: VARCHAR que armazena caracteres;

a) n: NUMBER que armazena somente números;

b) d: DATE que armazena uma data, composta de dia, mês, ano;

c) pk: chave primária;

d) fk: chave estrangeira.

TABELA postoColeta Nome Tipo Descrição Chave idPostoColeta N(10) Código do posto de coleta PK idUsuario N(10) Código do usuário FK idEndereco N(10) Código do endereço FK razaoSocial V(100) Razão social do posto de coleta Cnpj N(14) Código de pessoa jurídica (CNPJ)

Quadro 12 – Dicionário de dados da tabela de posto de coleta

TABELA contato Nome Tipo Descrição Chave idContato N(10) Código do contato PK Email V(90) E-mail de contato Fone N(10) Telefone de contato Cel N(10) Celular de contato

Quadro 13 – Dicionário de dados da tabela de contato

TABELA casoClinico Nome Tipo Descrição Chave idCasoClinico N(10) Código do caso clínico PK idImagemMedica N(10) Código da Imagem FK dataEmissao D(8) Data de emissão idPaciente N(10) Código do paciente FK Tipo V(80) Tipo de lesão Região V(80) Região da lesão Sintomas V(80) Sintomas Resumo V(80) Resumo do caso clínico idParecer N(10) Código do Parecer FK idForum N(10) Código do Fórum FK recomendações V(100) Recomendações Finalizado N(1) Finalizado compartilhado N(1) Compartilhado

Quadro 14 – Dicionário de dados da tabela de usuário

Page 64: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

62

TABELA endereço Nome Tipo Descrição Chave idEndereco N(10) Código do endereço PK idContato N(10) Código do contato FK Rua V(90) Rua Numero N(10) Número Cep N(8) Código de endereçamento postal (CEP) Bairro V(60) Bairro Cidade V(60) Cidade Uf V(2) Unidade federativa (UF)

Quadro 15 – Dicionário de dados da tabela de endereço

TABELA imagemMedica Nome Tipo Descrição Chave idImagem N(10) Código da imagem médica PK idArquivo N(10) Código do endereçamento da imagem FK Objx N(20) Valor do X Objy N(20) Valor do Y endImagem V(50) Endereço da imagem

Quadro 16 – Dicionário de dados da tabela de imagem

TABELA usuário Nome Tipo Descrição Chave idUsuario N(10) Código do usuário PK idEndereco N(10) Código do endereço FK Tipo N(1) Tipo do usuário crm N(4) Número do conselho regional de medicina (CRM) Nome V(100) Nome Cpf N(11) Código de pessoa física (CPF) Login V(20) Login Senha V(20) Senha

Quadro 17 – Dicionário de dados da tabela de usuário

TABELA mensagem Nome Tipo Descrição Chave idMensagem N(10) Código da mensagem PK mensagem V(200) Mensagem dataCriacao D(8) Data de Criação

Quadro 18 – Dicionário de dados da tabela de mensagem

TABELA paciente Nome Tipo Descrição Chave idPaciente N(10) Código do paciente PK idEndereco N(10) Código do endereço FK idHistorico N(10) Código do histórico familiar FK Nome V(100) Nome Cpf N(11) CPF dataNasc D(8) Data de Nascimento Trabalha N(1) Trabalha razaoSocialEmpresa V(100) Razão social da empresa empregadora

Quadro 19 – Dicionário de dados da tabela de paciente

Page 65: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

63

TABELA parecer Nome Tipo Descrição Chave idParecer N(10) Código do Parecer PK tratamento V(100) Descrição de tratamentos a serem realizados recomendacoes V(100) Descrição de recomendações

Quadro 20 – Dicionário de dados da tabela de parecer

TABELA historico Nome Tipo Descrição Chave idHistorico N(10) Código do histórico PK descricao V(100) Descrição do histórico familiar ano N(10) Ano em que ocorreu o fato

Quadro 21 – Dicionário de dados da tabela de historico

TABELA arquivo Nome Tipo Descrição Chave idArquivo N(10) Código do arquivo PK endereco V(180) Descrição do local de armazenamento

Quadro 22 – Dicionário de dados da tabela de arquivo

Page 66: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

64

APÊNDICE C – Questionário perfil do usuário

Data: ____/____/____

Observação: As informações recebidas serão mantidas de forma confidencial. Preencha o seguinte questionário sobre informações sobre o seu perfil de usuário. Seja o mais específico possível nas respostas. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ___ anos Escolaridade: ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo – 1º grau ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio – 2º grau ( ) Ensino superior incompleto curso: _________instituição:________________ ( ) Ensino superior completo curso: _________instituição:________________ ( ) Aluno de mestrado área: __________instituição:________________ ( ) Aluno de doutorado área: __________instituição:________________

Page 67: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

65

APÊNDICE D – Roteiro e Questionário de Avaliação de Usabilidade [usuário com perfil Médico]

Período de realização do teste: Data de Início: / / 2011 Data Final: / / 2011 Hora de inicio: Hora de fim: Usuário: Senha: Primeira Parte: Neste questionário estamos interessados em obter um melhor entendimento acerca do desempenho, usabilidade e dificuldade que as pessoas apresentam ao utilizar o SIDMD – um sistema interativo de diagnósticos médicos a distância, que pretende facilitar a descentralização da consulta especializada: Este estudo visa especificamente encontrar omissões e erros na compreensão dos requisitos de usabilidade e identificar problemas no uso podendo até sugerir dicas para correções. Não são os usuários que estão sendo avaliados mas sim o sistema e suas características de uso. Sua experiência no uso de sistemas (similares ou não) é fundamental para nosso estudo e por isto gostaríamos que sua participação e principalmente comentários, críticas e sugestões sejam explicitamente registrados nos formulários e questionários que estamos fornecendo. Se porventura não houver um espaço (item, questão, etc) que você considera adequado para comentar alguma questão, erro, problema ou dúvida, não hesite em usar qualquer espaço disponível para fazê-lo. Sua opinião é importante e não queremos que as limitações do formulário o impeça de passá-la para nós!!

As seguintes instruções servirão para guiá-lo neste teste e tudo que você responder neste questionário nos ajudará a obter as informações que servirão para medirmos a usabilidade do SIDMD. Este questionário possui 7 questões. Por gentileza, responda cada uma delas. Lista de tarefas: Tarefa No.1 : Realizar o login no sistema utilizando-se do usuário e senha recebidos. A sua primeira tarefa é explorar o sistema, observando a disposição dos menus e campos.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.2 : Assumindo um caso clínico

Sua segunda tarefa é verificar se você possui algum caso clínico pendente em sua lista de casos pendentes. Caso o tenha, selecione o mesmo e o assuma, de forma que você será o responsável pelo diagnóstico do mesmo.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 68: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

66

Tarefa No.3 : Interagindo com a imagem Em sua terceira tarefa, destaque algum ponto interessante na imagem apresentada.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.4 : Realizando diagnósticos Em sua quarta tarefa, apresente o diagnóstico final ao agente de saúde.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.5 : Compartilhando casos Na quinta tarefa, deve-se assumir um novo caso e compartilhar o caso clínico, fazendo com que o mesmo vá para a lista de casos compartilhados,

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.6 : Interagindo em casos clínicos compartilhados por outro médico Na sexta tarefa, faça perguntas a um médico que lhe auxiliará no caso, através do compartilhamento.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.7 : Inserindo diagnóstico Em sua sétima tarefa, apresente o diagnóstico final ao agente de saúde.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Segunda Parte: Para finalizar após realizar as tarefas acima e demais testes no sistema, convidamos você a responder o questionário abaixo. É simples. Se restringindo somente às suas impressões obtidas perante a usabilidade no sistema você deve responder na primeira fase as questões objetivas marcando uma das alternativas. Basicamente, você deve marcar a primeira caixa, se você CONCORDA TOTALMENTE com a questão. Marque a segunda caixa se você CONCORDA PARCIALMENTE. Marque a caixa central se você está NEM CONCORDA, NEM DISCORDA e não pode dar sua opinião sobre o assunto. Marque a quarta caixa se você DISCORDA PARCIALMENTE e marque a última caixa se você DISCORDA TOTALMENTE. Logo após, tem uma questão dissertativa que você pode responder usando quantas linhas julgar conveniente.

Page 69: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

67

Perguntas / Critérios de avaliação

Con

cord

o to

talm

ente

Con

cord

o pa

rcia

lmen

te

Nem

con

cord

o,

nem

dis

cord

o

Dis

cord

o pa

rcia

lmen

te

Dis

cord

o to

talm

ente

1. O sistema (SIDMD) é de fácil utilização, não requer maiores treinamentos?

2. As funções oferecidas pelo SIDMD tem uso prático?

3. Você considera o SIDMD um sistema adequado para realizar diagnósticos médicos a distancia?

4. É possível interagir com outros usuários via SIDMD?

5. O SIDMD auxilia atividade médica em lugares remotos?

6. O sistema permite que casos clínicos sejam compartilhados com outros médicos?

7. Você faria uma consulta dermatológica utilizando-se deste sistema?

Qual é a sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"; __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua participação no teste deste sistema!

Page 70: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

68

APÊNDICE E – Roteiro e Questionário de Avaliação de Usabilidade [usuário com perfil Agente de Saúde]

Período de realização do teste: Data de Início: / / 2011 Data Final: / / 2011 Hora de inicio: Hora de fim: Usuário: Senha: Neste experimento estamos interessados em obter um melhor entendimento acerca dos problemas que as pessoas apresentam ao utilizar o SIDMD – um sistema interativo de diagnósticos médicos a distância, que pretende facilitar a descentralização da consulta especializada: Este estudo visa especificamente encontrar omissões e erros na compreensão dos requisitos de usabilidade e identificar problemas no uso podendo até sugerir dicas para correções. Não são os usuários que estão sendo avaliados mas sim o sistema e suas características de uso. Sua experiência no uso de sistemas (similares ou não) é fundamental para nosso estudo e por isto gostaríamos que sua participação e principalmente comentários, críticas e sugestões sejam explicitamente registrados nos formulários e questionários que estamos fornecendo. Se porventura não houver um espaço (item, questão, etc) que você considera adequado para comentar alguma questão, erro, problema ou dúvida, não hesite em usar qualquer espaço disponível para fazê-lo. Sua opinião é importante e não queremos que as limitações do formulário o impeça de passá-la para nós!!

As seguintes instruções servirão para guiá-lo neste teste e tudo que você responder neste questionário nos ajudará a obter as informações que servirão para medirmos a usabilidade do SIDMD. Este questionário possui 5 questões. Por gentileza, responda cada uma delas.

Lista de tarefas: Tarefa No.1 : Realizar o login no sistema utilizando-se do usuário e senha recebidos. A sua primeira tarefa é explorar o sistema, observando a disposição dos menus e campos.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.2 : Inclusão e alteração do cadastro de pacientes

Sua segunda tarefa é cadastrar um paciente. Informe os dados solicitados pelo sistema e verifique como o sistema se comporta realizando a inclusão e alteração deste registro

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 71: SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À DISTÂNCIAdsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC2011-2-03-VF-Alyssan… · 3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo

69

Tarefa No.3 : Inclusão e alteração do cadastro de casos clínicos Como terceira tarefa, inclua um novo caso clínico para o paciente cadastrado.

Informando sua situação, sintomas e demais dados.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.4 : Se tratando de uma teleconsulta dermatológica, o médico precisa analisar os problemas dos pacientes via fotos, com isso nesta tarefa busque seu caso na lista e inclua as fotografias das pintas do paciente. A partir deste momento seu caso foi enviado para a lista de casos pendentes e logo será atendido por um especialista. Aguarde o atendimento.

A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No. 5 : Verifique se o caso clínico cadastrado possui um diagnóstico. Se sim, imprima um parecer médico ao paciente e finalize o mesmo. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Qual é a sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"; ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Obrigado pela sua participação!