Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO
SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓSTICO MÉDICO À
DISTÂNCIA
ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO
BLUMENAU 2011
2011/2-03
ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO
SISTEMA INTERATIVO DE DIAGNÓTICO MÉDICO À
DISTÂNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Regional de Blumenau para a obtenção dos créditos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas de Informação— Bacharelado.
Prof. Aurélio Faustino Hoppe, Mestre – Orientador
BLUMENAU 2011
2011/2-03
SISTEMA INTERATIVO DE DIGNÓSTICO MÉDICO À
DISTÂNCIA
Por
ALYSSANDRA LUIZA RUGGIERO
Trabalho aprovado para obtenção dos créditos na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, pela banca examinadora formada por:
______________________________________________________ Presidente: Prof. Aurélio Faustino Hoppe, Mestre – Orientador, FURB
______________________________________________________ Membro: Prof. Everaldo Artur Grahl, Mestre – FURB
______________________________________________________ Membro: Prof. Jacques Robert Heckmann, Mestre – FURB
Blumenau, 07 de dezembro de 2011.
Dedico este trabalho a minha mãe Sandra Regina Alves que, mais que a vida, me deu educação, estudos, atenção e, mais que isso dedicou a mim e a meus irmãos sua vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelas oportunidades a mim colocadas, bem como seu imenso amor e graça.
À minha mãe que sempre acreditou em mim, me apoiando e me aconselhando quando
necessário. Meu muito obrigado pelo amor, carinho e por acreditar em mim.
Aos meus amigos, pelo abraço gostoso nos momentos de desespero. Pelas palavras de
sabedoria quando a dúvida me consumia.
Ao meu orientador, Aurélio Faustino Hoppe, pelos auxílios mesmo nos sábados,
domingos ou mesmo nas madrugadas. Sendo sempre prestativo e dispensando seu tempo e
repassando seu conhecimento e sugestões. Agradeço também, por ter acreditado na conclusão
deste trabalho.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim!
Charles Chaplin.
RESUMO
Este trabalho apresenta um sistema interativo que auxilia o diagnóstico médico dermatológico à distância. O sistema desenvolvido proporciona a aqueles que vivem em lugares remotos ou de difícil acesso a possibilidade de ter um atendimento dermatológico especializado, sem que precisem se locomover até grandes centros, em busca de um especialista, pois o sistema possibilita a abertura e também o diagnóstico do caso clínico totalmente via web. A cooperatividade que o sistema possibilita através de fóruns e marcações nas imagens, vinculadas ao caso faz com que o caso seja solucionado de forma mais ágil e confiável. A partir dos testes de usabilidade realizados, comprovou-se que o sistema é de fácil acesso, e ao mesmo tempo atende as necessidades levantadas.
Palavras-chave: Telesaude. Diagnóstico. Dermatologia.
ABSTRACT
This is work presents an interactive system that assists the distance dermatological medical diagnosis. The develop system provides those living in remote or difficult to access the possibility of having a specialized dermatological care, even without the need to go to big cities in search of an expert, because the system allows opening and also the clinical diagnosis of the case entirely via the web. The cooperativity allows the system through forums and markings in the images, linked to the case causes the case to be solved more quickly and reliably. Based in the usability tests carried out, they proved that the system is easily accessible, and at the same time meets the needs raised.
Key-words: Telehealth. Diagnosis. Dermatology.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 – Características dos trabalhos relacionados ............................................................ 21
Quadro 2 – Requisitos funcionais ............................................................................................. 23
Quadro 3 – Requisitos não funcionais ...................................................................................... 24
Figura 1 – Diagrama de caso de uso do controle de acesso ..................................................... 25
Figura 2 – Diagrama de caso de uso do módulo de cadastros .................................................. 25
Figura 3 – Diagrama de Caso de uso módulo de Assistência ................................................... 26
Figura 4 – Diagrama de Atividades referente a inclusão de um caso clínico ........................... 28
Figura 5 – Diagrama de Atividades referente a resolução do caso clínico............................... 29
Figura 6 – Modelo de Entidade de Relacionamento ................................................................ 30
Figura 7 – Tela de login do sistema .......................................................................................... 33
Figura 8 – Cadastro de Usuários............................................................................................... 34
Figura 9 – Cadastro de posto de Coleta .................................................................................... 35
Figura 10 – Lista de Casos do Posto de Coleta ........................................................................ 36
Figura 11 – Cadastro de Pacientes ............................................................................................ 36
Figura 12 – Lista de Casos do Paciente .................................................................................... 37
Figura 13 – Tela de Cadastro de um novo Caso Clínico .......................................................... 38
Figura 14 – Inserindo imagens no Casos Clínicos ................................................................... 39
Figura 15 – Botão Emitir Parecer ............................................................................................. 39
Figura 16 – Parecer Médico...................................................................................................... 40
Figura 17 – Lista de Casos Clínicos Finalizados ...................................................................... 40
Figura 18 – Lista de Meus Casos ............................................................................................. 41
Figura 19 – Assumindo um caso clínico .................................................................................. 42
Figura 20 – Compartilhando um Caso Clínico ......................................................................... 42
Figura 21 – Utilizando o Fórum ............................................................................................... 43
Figura 22 – Seletor ................................................................................................................... 43
Figura 23 – Inserindo diagnóstico ............................................................................................ 44
Figura 24 – Diagrama de Sequência ......................................................................................... 45
Figura 26 – Trecho do código representando a camada de controle ........................................ 46
Figura 27 – Trecho do código representando a camada de visualização.................................. 47
Quadro 4 – Respostas da avaliação do sistema ........................................................................ 50
Quadro 5 – Comparação com trabalhos correlatos ................................................................... 52
Quadro 6 – Descrição do caso de uso Cadastrar Usuários ....................................................... 58
Quadro 7 – Descrição do caso de uso Adicionar Caso Clínico ................................................ 58
Quadro 8 – Descrição do caso de uso Assumir Caso Clínico .................................................. 58
Quadro 9 – Descrição do caso de uso Anexar Imagens ........................................................... 59
Quadro 10 – Descrição do caso de uso Compartilhar Caso Clínico ......................................... 59
Quadro 11 – Descrição do caso de uso Incluir argumento no fórum ....................................... 60
Quadro 12 – Dicionário de dados da tabela de posto de coleta ................................................ 61
Quadro 13 – Dicionário de dados da tabela de contato ............................................................ 61
Quadro 14 – Dicionário de dados da tabela de usuário ............................................................ 61
Quadro 15 – Dicionário de dados da tabela de endereço ......................................................... 62
Quadro 16 – Dicionário de dados da tabela de imagem ........................................................... 62
Quadro 17 – Dicionário de dados da tabela de usuário ............................................................ 62
Quadro 18 – Dicionário de dados da tabela de mensagem ....................................................... 62
Quadro 19 – Dicionário de dados da tabela de paciente........................................................... 62
Quadro 20 – Dicionário de dados da tabela de parecer ............................................................ 63
Quadro 21 – Dicionário de dados da tabela de historico .......................................................... 63
Quadro 22 – Dicionário de dados da tabela de arquivo ............................................................ 63
LISTA DE SIGLAS
CEP – Código de Endereçamento Postal
CFM – Conselho Federal de Medicina
CNPJ – Código de Pessoa Jurídica
CPF – Código de Pessoa Física
CRM – Conselho Regional de Medicina
EA – Enterprise Architect
INCA – Instituto Nacional do Câncer
ISO – International Organization for Standardization
MER – Modelo de Entidade de Relacionamento
MVC – Model-View-Controller
OMS – Organização Mundial de Saúde
PHP – Hypertext Preprocessor
UF – Unidade Federativa
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO ......................................................................................... 13
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15
2.1 DIAGNÓSTICO MÉDICO ................................................................................................ 15
2.2 TELEMEDICINA .............................................................................................................. 16
2.3 DERMATOLOGIA ............................................................................................................ 17
2.4 TELEDERMATOLOGIA .................................................................................................. 18
2.5 USABILIDADE ................................................................................................................. 19
2.6 TRABALHOS CORRELATOS ......................................................................................... 19
3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 22
3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES ....................................................................... 22
3.1.1 Requisitos funcionais e não funcionais ........................................................................... 22
3.2 ESPECIFICAÇÃO ............................................................................................................. 24
3.2.1 Diagrama de Casos de Uso .............................................................................................. 24
3.2.2 Diagrama de Atividades .................................................................................................. 27
3.2.3 Modelo de Entidade de Relacionamento. ........................................................................ 30
3.3 IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................................... 32
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas .................................................................................... 32
3.3.2 Operacionalidade da implementação ............................................................................... 32
3.3.2.1 Utilização do sistema .................................................................................................... 32
3.3.2.1.1 Acessando o sistema .................................................................................................. 33
3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo Administrador ...................................... 33
3.3.2.1.1.2 Acessando o sistema com o perfil do tipo Agente de Saúde .................................. 35
3.3.2.1.1.3 Acessando o sistema com o perfil Médico ............................................................. 41
3.3.2.2 Implementação.............................................................................................................. 44
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 47
3.4.1 Experimento 1: Usuário com perfil Médico .................................................................... 48
3.4.1.1 Usuários participantes................................................................................................... 48
3.4.1.2 Metodologia .................................................................................................................. 48
3.4.1.3 Aplicação do teste ......................................................................................................... 48
3.4.1.4 Análise e interpretação dos dados coletados ................................................................ 49
3.4.2 Experimento 2: Usuário com perfil Agente de Saúde ..................................................... 51
3.4.3 Comparação com trabalhos correlatos ............................................................................. 52
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 53
4.1 LIMITAÇÕES .................................................................................................................... 54
4.2 EXTENSÕES .................................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 55
APÊNDICE A – DETALHAMENTO DOS CASOS DE USO ........................................... 57
APÊNDICE B – DICIONÁRIO DE DADOS ....................................................................... 61
APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO PERFIL DO USUÁRIO ............................................ 64
APÊNDICE D – ROTEIRO E QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE
USABILIDADE [USUÁRIO COM PERFIL MÉDICO] ............................................... 65
APÊNDICE E – ROTEIRO E QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE
USABILIDADE [USUÁRIO COM PERFIL AGENTE DE SAÚDE] .......................... 68
12
1 INTRODUÇÃO
Com o advento da globalização, as distâncias vão ficando cada vez menores, as
pessoas cada vez mais informadas e o mundo cada vez mais integrado. Ao mesmo tempo tem-
se a necessidade de se disponibilizar um serviço a todos, a qualquer momento e em qualquer
lugar de forma eficiente.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), “pessoas que vivem em países
tropicais como Brasil e Austrália, países com o maior registro de câncer de pele no mundo,
estão mais expostos a esse tipo de doença” (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER,
2009?).
O número de casos novos de câncer de pele estimados para o Brasil em 2008 é de
55.890 casos em homens e de 59.120 em mulheres, de acordo com a Estimativa de
Incidência de Câncer publicada pelo INCA. Estes valores correspondem a um risco
estimado de 62 casos novos a cada 100 mil homens e 60 para cada 100 mil
mulheres. (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2009?).
Com o aumento destes números nos últimos anos, a prevenção e diagnósticos rápidos
e acessíveis preocupam os brasileiros de todas as localidades, pois o Brasil possui
dificuldades em suprir as necessidades de deslocar profissionais e mantê-los em locais
remotos, para prover saúde a todos.
Em 2004, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhecia a existência de cerca de
290 mil médicos exercendo regularmente as atividades no país. Um número expressivo se
verificado o que sugere a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1 para cada mil
habitantes. Entretanto a má distribuição destes profissionais faz com que em alguns locais do
Brasil a quantidade de médicos seja precária e em outras quase suficientes.
Ao comparar a participação de cada região no total da população brasileira e a sua
participação no total de médicos, nota-se que as regiões Sudeste e Nordeste são as
que possuem o maior descompasso entre estes percentuais. Enquanto o Nordeste
possui 28% da população do Brasil e conta com apenas 16,2% do total de médicos, o
Sudeste apresenta a maior concentração desses profissionais, possuindo
aproximadamente 42% da população brasileira e quase 60% dos médicos. (PÓVOA;
ANDRADE, 2006 p. 1556).
Com isso constata-se que o Brasil possui uma enorme extensão geográfica e uma má
distribuição de seus recursos na área da saúde no que tange os recursos humanos, sendo os
principais recursos da saúde destinados para os grandes centros urbanos, concentrando os
melhores diagnósticos e consequentemente os melhores recursos para tratamentos adequados.
13
As cidades isoladas geograficamente e o desfavorecimento dos recursos da saúde possuem o
isolamento intelectual e escassos recursos de auxílio a diagnósticos.
Com a descentralização da tecnologia vem aumentando a cada dia as formas de se
chegar aos lugares mais remotos, sem a necessidade que pessoas se desloquem até estes
locais. Uma das formas que vem surgindo no mundo como forma de minimizar a
desproporcionalidade em termos de atendimento à saúde é a telemedicina. A telemedicina
tem o papel de diminuir este espaço de tempo e recurso. Para os profissionais das localidades
mais distantes da informação, a telemedicina pode auxiliar a integração dos profissionais da
saúde dos centros de referência.
Com a informatização da consulta o diagnóstico será feito a distância, possibilitando
que profissionais de diferentes estados atendam e prestem serviços de saúde a pacientes
deslocados a quilômetros de distância. A utilização deste recurso pode ser favorável também
em diversas outras situações como, “em áreas rurais, prisões, presença de obstáculos
geográficos (ilhas, montanhas, geleiras, desertos), situações de guerras ou desastres naturais,
asilos, estações espaciais, entre outros” (SOIREFMANN et al., 2008, p. 12).
Com a interligação dos pontos que contém a informação àqueles que dela necessitam,
a telemedicina possibilita comunicação ágil entre paciente e médico, ajudando na solicitação
da segunda opinião. A informatização do processo possibilitará também que diversos
profissionais comuniquem-se e troquem experiências, utilizando-se dos sistemas
cooperativos, na busca de um diagnóstico mais preciso para os casos clínicos estudados.
Dentro deste contexto, este trabalho visa implementar um sistema interativo de
diagnósticos dermatológicos a partir de uma central médica, que possibilitará a
descentralização da saúde, levando aos que carecem de uma consulta especializada, a
oportunidade de um diagnóstico realizado por profissionais dos mais diferentes locais,
proporcionando saúde a todos, de forma rápida e com qualidade de qualquer local e a
qualquer momento.
11..11 OOBBJJEETTIIVVOOSS DDOO TTRRAABBAALLHHOO
O objetivo principal do trabalho é desenvolver um sistema que permita aos
profissionais de saúde visualizar e discutir casos clínicos dermatológicos de forma interativa
14
através de imagens médicas coletadas em lugares remotos. Os objetivos específicos do
trabalho são:
a) implementar um sistema de telemedicina interativa que dê suporte ao diagnóstico
médico via web;
b) implementar um visualizador de imagens que permita destacar características
relevantes das imagens dermatológicas analisadas;
c) permitir a interação entre médicos a partir de fóruns de discussão.
11..22 EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO
Este trabalho está disposto em quatro capítulos. No primeiro capítulo, é apresentada a
introdução do assunto, os objetivos a serem alcançados com o desenvolvimento e a estrutura
do trabalho.
O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica sobre conceitos de Diagnóstico,
Telemedicina, Dermatologia, Teledermatologia e Usabilidade, bem como os trabalhos
correlatos.
No terceiro capítulo têm-se a descrição do ciclo de desenvolvimento do sistema,
detalhes sobre a especificação, requisitos funcionais e não funcionais, diagrama de atividades,
diagrama de casos de uso, operacionalidade do sistema e os resultados e discussões.
No quarto capítulo apresenta-se a conclusão sobre os objetivos alcançados, limitações
e sugestões para trabalhos futuros.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo estão enumerados os principais tópicos que dizem respeito à
fundamentação teórica do trabalho. Esta fundamentação foi baseada em livros e trabalhos
acadêmicos de autores ligados às áreas de telemedicina (seções 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4) e testes de
usabilidade (seção 2.5). Por fim serão descritos os trabalhos correlatos (seção 2.6).
22..11 DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO MMÉÉDDIICCOO
O diagnóstico médico é conforme Lama ([2009?], p. 3), “o processo analítico de que
se vale o especialista ao exame de uma doença ou de um quadro clínico, para chegar a uma
conclusão”.
“Em medicina, diagnóstico é a parte da consulta médica, ou do atendimento médico,
voltada à identificação de uma eventual doença. Um conjunto de dados, formado a
partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e dos exames
complementares (laboratoriais, etc), é analisado pelo profissional de saúde e
sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento
para a eventual intervenção (o tratamento) e/ou uma previsão da evolução
(prognóstico), baseados no quadro apresentado”. (LAMA, [2009?], p. 4)
Para algumas especialidades o diagnóstico nem sempre requer maiores exames ou
mesmo locomoção do paciente ou do médico, por muitas vezes um bom detalhamento e uma
imagem podem ser o suficiente para o especialista ter um primeiro diagnóstico.
“A semiologia dermatológica envolve o reconhecimento e a descrição detalhada dos
padrões morfológicos adotados pelas diversas doenças. Uma descrição minuciosa e
precisa das lesões pode ser suficiente para o esclarecimento diagnóstico da maioria
das dermatoses. A presença de sintomas específicos e a coleta de uma histórica
detalhada da doença aumentam o acerto do diagnóstico, reduzindo a necessidade de
exames subsidiários e retornos”. (COX, COULSON, 2004 apud MIOT, 2005, p. 9)
16
22..22 TTEELLEEMMEEDDIICCIINNAA
O conceito de telemedicina embora pareça moderno, é bastante antigo.
“Sabe-se da utilização do telefone para auxílio ao diagnóstico desde 1897; a
transmissão de imagens de radiografias por meio telefônico foi feita na década de
1940. Apesar disso, o custo da transmissão de dados em velocidade adequada fez
com que as tentativas de utilização da telemedicina viessem ser mal sucedidas até a
década de 1980”. (SEABRA, 2003, p. 1)
Com o surgimento dos microcomputadores com uso simples e de alta capacidade, a
telemedicina voltou a ser disseminada e partiu de um conceito mais amplo sendo definida
como “o resultado da união de profissionais de saúde e de tecnologia, formando uma
importante sinergia para o desenvolvimento de atividades que visam promover a saúde”
(WEN, 2006, p. 1).
“A Telemedicina é caracterizada como o emprego de sinais eletrônicos para
transferir informações médicas (fotografias, imagens em radiologia, áudio, dados de
pacientes, videoconferências) de um local a outro através da Internet, de
computadores, de satélites ou de equipamento de videoconferência, com a finalidade
de melhorar o acesso à saúde.” (SOIREFMANN, 2008, p. 1)
“É que existem grandes dificuldades para a assistência médica em pequenas
comunidades situadas em áreas remotas, cuja demanda por assistência especializada
não justifica o custo de manutenção de profissionais e equipamentos especializados.
Essas comunidades podem contar somente com a assistência primária em saúde,
oferecida pela rede pública através de profissionais generalistas em medicina.”
(SEABRA, 2003, p. 2)
Nesse contexto, a telemedicina apresenta-se como veículo natural e não raramente o
único possível para a expansão da assistência especializada em saúde, proporcionando às
pessoas que não possuem acesso a ela, por quaisquer os motivos, a oportunidade de um
atendimento especializado e um possível diagnóstico.
17
22..33 DDEERRMMAATTOOLLOOGGIIAA
Conforme D’Elia (2006, p. 13), a dermatologia “é o estudo das doenças da pele, sejam
elas originadas neste órgão ou apenas manifestações de doenças sistêmicas ou fatores
externos”.
Para Bruns (2004, apud MIOT, 2005, p. 8), a dermatologia “compreende o diagnóstico
de mais de duas mil condições que afetam a pele e colabora com as demais especialidades por
meio do reconhecimento das manifestações cutâneas das doenças sistêmicas”.
“É através da visualização das lesões elementares que o dermatologista desenvolve o
seu raciocínio lógico para fazer os diagnósticos e posteriormente planejar a sua
conduta em relação aos medicamentos, orientações e solicitações de exames
complementares pedidos ao paciente.” (D’ELIA, 2006, p. 14)
Com isto a dermatologia torna-se favorável a estudos que envolvam a telemedicina,
fazendo uso da tecnologia para realização de diagnósticos por meio da análise de imagens à
distância, sem que traga prejuízo ao paciente na análise do caso.
“A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que há no Brasil aproximadamente
4.438 dermatologistas em atividade. Tais profissionais assistem 184.736.723 de
pessoas numa área de 8.514.876,599 km². A distribuição destes especialistas é
bastante irregular, pois cerca de 63,5% se concentra na região Sudeste, que tem
apenas 42,6% da população, o que leva algumas regiões a terem dificuldade de
acesso à consulta especializada em dermatologia.” (D’ELIA, 2006, p. 16)
Com esta centralização do atendimento dermatológico, cerca de 60% dos pacientes são
atendidos por médicos não dermatologistas, e muitas vezes depois quando estes pacientes são
atendidos por especialistas, o diagnóstico na maioria das vezes é alterado, fazendo com que
haja retrabalho e os custos sejam maiores (D’ELIA, 2006, p. 15).
Apesar dos honorários mais caros dos especialistas em dermatologia, a precisão do
diagnóstico, a solicitação de menos exames complementares, de reconsultas ou
encaminhamentos feitos por eles minimizam os custos. Em função destes problemas, várias
alterativas estão sendo criadas, dentre elas a Telemedicina.
18
22..44 TTEELLEEDDEERRMMAATTOOLLOOGGIIAA
A teledermatologia significa conforme Miot (2005, p. 13) o emprego dos recursos da
telemedicina aplicado a projetos que envolvam a dermatologia.
“O uso de informação médica dermatológica veiculada de um local para outro por
meio de comunicação eletrônica, visando à saúde e educação dos pacientes,
profissionais médicos ou paramédicos, com intuito de melhorar a assistência à
saúde, ensino e pesquisa.” (PIBERNAT et al., 2001, p.14 apud MIOT, 2005)
O dermatologista hoje representa o profissional médico mais qualificado no
reconhecimento de afecções. Por isso o manejo e o diagnóstico de dermatoses feitos por
médicos não especialistas pode representar atraso no diagnóstico, uso de terapêuticas
inadequadas, desenvolvimento de sequelas e aumento do custo de saúde (MIOT; WEN;
PAIXÃO, 2005).
A distribuição dos dermatologistas brasileiros que atendem à recomendação do
Ministério da Saúde assume característica fundamentalmente urbana, de atendimentos
privados, portanto, desigual, incorrendo em cobertura insuficiente, em especial para a
população que depende do sistema público de saúde ou que se encontra em áreas rurais, selva
ou de isolamento geográfico (MIOT; WEN; PAIXÃO, 2005).
Pelo fato da dermatologia representar uma especialidade preferencialmente visual, a
teledermatologia assistencial tem se mostrado uma solução eficiente para prover atendimento
especializado a populações com dificuldades de realização de interconsultas presenciais
(MIOT, 2005, p. 9).
A efetiva aplicação da teledermatologia permite a ampliação da cobertura
dermatológica especializada, redução do tempo de espera pelas interconsultas, triagem de
pacientes encaminhados para serviços de atenção secundária, a consultoria a distancia para
médicos, promoção e coordenação de projetos em saúde coletiva de grande escala (MALLET,
2006 apud D’ELIA, 2003; MIOT; WEN; PAIXÃO, 2005).
19
22..55 UUSSAABBIILLIIDDAADDEE
Hoje em dia, interagir com sistemas de software não é mais privilégio de profissionais
de computação e tornou-se uma necessidade comum a toda população. Por isso cada vez mais
os desenvolvedores de software preocupam se com a chamada usabilidade do sistema, que
conforme a norma internacional International Organization for Standardization (ISO) 9241-
11 define usabilidade como sendo um conceito que descreve até que ponto um sistema
computacional pode ser usado pelos utilizadores de forma a atingir objetivos específicos
como eficácia, eficiência e satisfação num dado contexto.
Nielsen (1993) enumera cinco parâmetros, que considera como tradicionalmente
aceitos, para medir a usabilidade:
“fácil de aprender, o utilizador rapidamente consegue interagir com o sistema,
aprendendo as opções de navegação e a funcionalidade dos botões; eficiente para
usar, depois de ter aprendido como funciona, consegue localizar a informação que
precisa; fácil de lembrar, mesmo para um utilizador que usa o sistema
ocasionalmente, não tem necessidade de voltar a aprender como funciona,
conseguindo lembrar-se; pouco sujeita a erros, os utilizadores não cometem muitos
erros durante a utilização do sistema, ou se os cometem devem conseguir recuperar,
não devendo ocorrer erros catastróficos; e agradável de usar, os utilizadores sentem-
se satisfeitos com o sistema, gostam de interagir com ele.” (CARVALHO, [2010?]
apud NIELSEN[1993]. p. 2).
A usabilidade de um documento é uma condição essencial para a sua aceitação pelo
utilizador. Por isso, todo o tempo gasto na observação e na conversa com os utilizadores é
tempo bem gasto, que poderá contribuir para evitar surpresas desagradáveis e evitar a perda
de muito tempo (e, às vezes, de dinheiro) na realização de futuras alterações (CARVALHO,
[2000?]).
22..66 TTRRAABBAALLHHOOSS CCOORRRREELLAATTOOSS
A partir da fundamentação apresentada anteriormente pode-se observar a importância
da telemedicina no mundo moderno, seja na descentralização da saúde ou ainda na
20
oportunidade de proporcionar a populações menos favorecidas, ou mesmo deslocadas, o
diagnóstico médico especializado.
Bacic (2001) apresentou um estudo sobre um ambiente colaborativo de apoio a
diagnósticos médicos assistidos por computadores de alto desempenho. Como objetivo
principal Bacic (2001, p. 1), propôs “(...) o oferecimento de um ambiente e ferramentas que
promovam o trabalho cooperativo entre médicos e especialistas dispersos geograficamente,
através de uma rede de computadores”. Conforme trabalho mencionado, “O Brasil é um país
de dimensões continentais, havendo uma grande concentração de especialistas da área médica
na região sul e sudeste, regiões de maior desenvolvimento e recursos financeiros”, com isto
pode-se verificar uma grande motivação para o estudo de ambientes colaborativos, visto a
necessidade cada vez maior de regiões mais isoladas de um atendimento mais preciso.
O ambiente proposto por Bacic (2001) trabalha com dois servidores, sendo um de
banco de dados e o segundo com a interface gráfica para análise de imagens em grupo. O
ambiente criado é bastante simples e robusto, possibilitando aos usuários realizar análises de
um mesmo exame individualmente ou mesmo em grupo. Segundo o autor, alguns testes foram
realizados em laboratório, entretanto nenhum ainda em clínicas médicas como era o foco do
estudo. Com isto o trabalho atende o requisito especificado, pois permite a interação entre
médicos através de uma rede de computadores, trazendo para a comunidade como maiores
benefícios a diminuição de custos e um diagnóstico mais rápido e preciso a todos.
Assunção et al. (2004) desenvolveram um estudo sobre um Ambiente Cooperativo
para Suporte ao Diagnóstico Médico à Distância. Este estudo demonstra a automatização do
processo de diagnóstico que hoje é feito pessoalmente, fazendo com que os mesmos estejam
sempre atualizados e consolidados em função da troca de informação que será possível
remotamente em função do ambiente interativo que será criado.
Miot (2005) realizou o desenvolvimento e sistematização da interconsulta
dermatológica à distância, o Telederma. Conforme mencionado por Miot (2005) em sua tese,
“a dermatologia assistencial tem se mostrado uma solução eficiente para prover atendimento
especializado a populações com dificuldades de realização de interconsultas presenciais”,
principalmente no Brasil por seu tamanho e extensão. O sistema foi desenvolvido e operou
experimentalmente entre os meses de maio e agosto de 2002. O sistema conta com um
ambiente simples e funcional. Conta ferramentas de visualização de imagens, podendo-se
ampliá-las quando necessário. Tem também um ambiente de chat off-line, onde médicos
podem realizar discussões referentes aos casos em questão e por fim um formulário bastante
completo e simples de ser interpretado. Como resultado a tese teve uma aceitação favorável
21
pelos envolvidos nos testes, pois obtiveram-se mais rapidez na entrega de resultados mais
precisos dos casos enviados para diagnóstico.
Todos os estudos relacionados acima são bastante completos quando mencionados em
suas particularidades. Todos possuem como objetivo em comum prover serviços médicos à
distância objetivando maior agilidade e precisão de diagnósticos médicos.
O Quadro 1 mostra de forma resumida as principais características dos estudos
relacionados acima com critérios considerados importantes, extraídos a partir dos conceitos
descritos no decorrer desta seção.
Características/Trabalhos Relacionados Bacic (2001)
Assunção et al. (2004)
Miot (2005)
visualização de imagens X X X anotações nas imagens X - - comunicação via fórum - X X sistema Web - X X linguagem programação Java Java ASP banco de dados MySQL MySQL SQL Server
Quadro 1 – Características dos trabalhos relacionados
Observando o Quadro 1, pode-se perceber que não tem-se nenhum trabalho que
contemple todas as características enumeradas. A partir disso, propõe-se um sistema interativo
de diagnósticos médicos centralizado que dispense inicialmente a presença tanto do médico
quando do paciente em um mesmo espaço físico, sendo desenvolvido em plataforma web.
O sistema possibilitará o vínculo de imagens ao caso clínico, podendo o profissional
analisar o caso de cada paciente e proporcionar ao mesmo um diagnóstico rápido sem a
necessidade de se deslocar a grandes centros se for o caso. O profissional, contará ainda com
a possibilidade de interagir com outros médicos, compartilhando o caso clínico assumido,
trocando ideias a partir do fórum ou mesmo destacando pontos importantes na imagem.
Nos próximos capítulos descreve-se com mais detalhes o desenvolvimento do
sistema.
22
3 DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo estão descritas as particularidades técnicas do sistema tais como a
descrição do mesmo e a apresentação dos requisitos funcionais e não funcionais (seção 3.1),
seção 3.2 são apresentados os principais diagramas de caso de uso e sua descrição, diagrama
de atividades e o modelo de entidade de relacionamento. Na seção 3.3 são detalhadas a
implementação e a operacionalidade do sistema. Por fim, na seção 3.4 são apresentados os
experimentos e os resultados obtidos.
33..11 LLEEVVAANNTTAAMMEENNTTOO DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS
Tendo em vista a não completude em termos de características dos trabalhos
relacionados (seção 2.6), foi vislumbrada a oportunidade de desenvolver um sistema para
levar atendimento médico especializado para pacientes de regiões com falta de tratamentos
adequados de forma centralizada. Onde, a partir de uma central médica dermatológica serão
emitidos os diagnósticos das lesões cutâneas. Com a coleta das informações anexadas aos
casos clínicos, o sistema estará fornecendo documentação dos casos clínicos podendo ser
utilizada em treinamentos de profissionais da saúde e fórum de discussão de doença.
É importante ressaltar que o sistema terá sua comunicação assíncrona, pois não
necessitará da presença do paciente ou do médico simultaneamente no momento da consulta.
O sistema será dividido em dois módulos, o de cadastros e o de casos clínicos. Terá
dois ambientes diferentes, o do médico (voltado para a análise clínica) e a do agente de saúde
(voltado para a coleta dos dados do paciente e do caso clínico), onde cada ambiente se
comportará de modo diferente em função das características de cada perfil.
3.1.1 Requisitos funcionais e não funcionais
Com base na idéia de desenvolver um sistema de teleconsulta dermatológica via web,
são demonstrados a seguir os levantamentos dos requisitos funcionais, não funcionais,
23
estabelecidos pela análise final. O Quadro 2 apresenta os requisitos funcionais previstos para
o sistema e sua rastreabilidade, ou seja, vinculação com o(s) caso(s) de uso associado(s).
Requisitos Funcionais Caso de Uso
RF01: O sistema deverá permitir ao usuário efetuar o login. UC01.01 RF02: O sistema deverá permitir que ao usuário administrador incluir, alterar e excluir usuários do tipo administrador, agente de saúde e médicos.
UC02.02
RF03: O sistema deverá permitir ao usuário administrador e agente de saúde incluir, alterar o registro de Pacientes.
UC02.01
RF04: O sistema deverá permitir ao usuário administrador incluir, alterar e excluir os registros de Postos de Coleta.
UC02.03
RF05: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde incluir, alterar um caso clínico.
UC03.01
RF06: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde vincular imagens ao caso clínico.
UC03.02
RF07: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo agente de saúde, visualizar todos os casos clínicos criados pelos agentes do mesmo posto de coleta.
UC03.03
RF08: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e médico, visualizar a lista de casos pendentes, ou seja que ainda não foram assumidos.
UC03.03
RF09: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo médico, assumir casos clínicos pendentes.
UC03.05
RF10: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo médico visualizar todos os casos clínicos assumidos por ele.
UC03.11
RF11: O sistema deverá permitir que o usuário do tipo médico compartilhe casos clínicos com outros médicos.
UC03.06
RF12: O sistema deverá permitir que o usuário do tipo médico visualize a lista de casos compartilhados.
UC03.10
RF13: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, médico e agente destacar pontos importantes nas imagens vinculadas ao caso clínico a partir do seletor.
UC03.07
RF14: O sistema deverá permitir ao usuário médico analisar os casos clínicos. UC03.04 RF15: O sistema deverá permitir ao usuário médico informar o diagnóstico do caso clínico.
UC03.09
RF16: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, agente de saúde e médico incluir anotações em um fórum cooperativo de um caso clínico.
UC03.08
RF17: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador e agente de saúde visualizar a lista de histórico de casos do paciente.
UC03.12
RF18: O sistema deverá permitir ao usuário agente de saúde finalizar o caso clínico.
UC03.14
RF19: O sistema deverá permitir ao usuário do tipo administrador, agente de saúde e médico, emitir um parecer médico.
UC03.13
Quadro 2 – Requisitos funcionais
24
O Quadro 3 lista os requisitos não funcionais previstos para o sistema.
Requisitos Não Funcionais RNF01: O sistema deverá ser desenvolvido para ser acessado via web RNF02: O sistema deverá utilizar a plataforma Hypertext Preprocessor (PHP) de desenvolvimento web RNF03: O sistema deverá utilizar banco de dados MySQL. RNF04: O sistema deverá ser acessível através dos browsers Internet Explorer e Mozilla Firefox.
RNF05: O sistema deverá utilizar criptografia nas senhas para maior segurança.
RNF06: O sistema deverá permitir vincular até três imagens ao caso clínico.
RNF07: O sistema deverá permitir a inclusão de imagens com extensões png, jpg e gif.
Quadro 3 – Requisitos não funcionais
33..22 EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO
Esta seção descreve os diagramas de casos de uso e de entidade-relacionamento
desenvolvidos para o sistema. A ferramenta Enterprise Architect (EA), em sua versão 7.0, foi
utilizada na elaboração dos diagramas de casos de uso (seção 3.2.1), diagrama de atividades
(seção 3.2.2) e a ferramenta case DBDesigner4, versão 4.0.5.0.6 para a criação do modelo de
entidade de relacionamento (seção 3.2.3).
3.2.1 Diagrama de Casos de Uso
Esta sub-seção apresenta os diagramas de casos de uso do sistema. Para o melhor
entendimento do software, o detalhamento dos principais casos de uso (UC02.02, UC03.01,
UC03.02, UC03.05, UC03.06 e UC03.08), encontram-se no Apêndice A. Na Figura 1 tem-se
o diagrama de caso de uso do controle de acesso.
25
Figura 1 – Diagrama de caso de uso do controle de acesso
No diagrama apresentado na Figura 1, é demonstrado o caso de uso efetuar login, é
através dele, que o sistema faz o direcionamento do usuário, de acordo com o perfil daquele
que realizou o login do sistema (administrador, médico ou agente de saúde), fazendo com que
rotinas sejam habilitadas ou desabilitadas para um determinado perfil.
Os casos de uso do módulo de cadastros são apresentados pela Figura 2.
Figura 2 – Diagrama de caso de uso do módulo de cadastros
Na Figura 2, têm-se os casos referente ao módulo de cadastros, onde encontram-se os
casos de uso:
a) cadastrar usuário: no qual administrador pode realizar o cadastro de usuários do tipo
agente de saúde, administrador ou mesmo médico;
b) cadastrar postos de coleta: no qual é realizado o cadastro dos postos de coleta que
26
posteriormente serão vinculados aos usuários do tipo agente de saúde;
c) cadastrar paciente: neste caso de uso o agente de saúde realiza o cadastramento dos
pacientes que possam vir a ser vinculados a um caso clínico.
No diagrama de caso de uso da Figura 3 são demonstrados os casos referentes ao
atendimento médico a distância. Inicialmente o agente de saúde adiciona os casos clínicos a
serem atendidos mais tarde pelo médico que o assumir, este caso clínico possui como
extensão o caso anexar imagens que nada mais é do que a vinculação de imagens aos casos
clínicos.
Figura 3 – Diagrama de Caso de uso módulo de Assistência
Conforme exibido na Figura 3, pode-se ainda visualizar a lista de casos pendentes. Ao
verificar estes casos clínicos, o médico poderá analisar os casos disponíveis e com eles
realizar qualquer uma das extensões do caso clínico analisar caso clínico, que são: assumir
caso clínico onde o médico assume a responsabilidade em dar o diagnóstico ao caso em
questão, compartilhar caso clínico onde o médico compartilha o caso com outros médicos em
busca de auxílio do diagnóstico, incluir argumentos no fórum onde ocorre a interação entre o
médico que compartilhou o caso e aqueles que por ventura se prontificarem a ajudar no
diagnóstico do caso clínico e por fim fazer destaque nas imagens anexadas onde o médico
27
destaca pontos importantes a serem visualizados para que chame a atenção do médico que o
visualizar fazendo com que alguma característica importante seja verificada com maior
facilidade.
Ainda referente a Figura 3, o agente de saúde tem a possibilidade de visualizar a lista
de históricos de casos clínicos do paciente, podendo o mesmo verificar se o caso clínico
possui um diagnóstico informado. Caso sim, o mesmo poderá imprimir um parecer médico a
partir do caso extensão disponível no caso clínico visualizar histórico de casos do paciente e
depois finalizá-lo, fazendo com que o mesmo seja encaminhado para uma lista de históricos e
não mais como um caso pendente.
3.2.2 Diagrama de Atividades
A seguir é demonstrado o diagrama de atividades do sistema apresentado. Para melhor
entendimento, o diagrama foi dividido em dois processos, sendo eles o de inclusão e o de
resolução de um caso clínico. Na Figura 4, tem-se o diagrama de atividades referente a
inclusão de um caso clínico no sistema, onde o mesmo se inicia a partir do pedido do paciente
por um atendimento.
Após a solicitação de atendimento pelo agente de saúde, conforme pode-se ver na
Figura 4, o agente verifica se o mesmo já possui cadastro no sistema, se o paciente estiver
cadastrado é verificado no histórico de casos clínicos se já existem casos abertos com a
situação relatada. Se existir, o agente consulta se o caso foi diagnosticado e repassa o parecer
do médico ao paciente. Se o caso ainda não foi diagnosticado o agente informa ao paciente
que seu caso continua em análise. Se o paciente não tiver seu cadastro no sistema, o agente
realiza o cadastramento e inicia a busca de informações para a abertura do caso, como
sintomas, fotos das lesões, região da lesão, dentre outras que sejam relevantes para a busca do
diagnóstico. Após a inserção do caso clínico no sistema o mesmo é encaminhado a uma lista
de casos pendentes. A partir deste momento, aguarda por um diagnóstico do médico que o
assumir.
28
Figura 4 – Diagrama de Atividades referente a inclusão de um caso clínico
Após a inclusão do caso clínico, o mesmo será assumido e posteriormente receberá um
diagnóstico de um médico. Na Figura 5, tem-se o diagrama da atividade da resolução do caso
clínico.
29
Figura 5 – Diagrama de Atividades referente a resolução do caso clínico
Conforme visualizado na Figura 5, a atividade inicia após a inclusão dos casos clínicos
no sistema. Com isso o médico tem acesso a estes casos em uma lista de casos pendentes,
onde poderá selecionar um caso para ser analisado.
Após selecionar um caso clínico, o médico tem a opção de assumir este caso ou não,
assim que o mesmo assume um caso clínico ele inicia sua análise até chegar a um diagnóstico.
Caso o médico tenha dúvidas, ele tem a opção de compartilhar este caso clínico com outros
médicos, a fim de interagir e buscar respostas a suas dúvidas e, talvez, auxiliá-lo à encontrar
uma solução para o caso clínico em questão. Para facilitar a cooperatividade, o médico pode
ainda destacar pontos importantes nas imagens vinculadas ao caso, a fim mostrar ao outro
especialista algo importante. Se houverem dúvidas ou mesmo sugestões, os médicos podem
comunicar-se através do fórum que é vinculado a cada caso clínico, facilitando a comunicação
e aumentando a interatividade. Chegando a um parecer final, o médico insere o diagnóstico no
caso clínico. A partir disso, o agente de saúde pode repassar ao paciente a impressão do
parecer médico, conforme descrito anteriormente.
30
3.2.3 Modelo de Entidade de Relacionamento.
O Modelo de Entidade-Relacionamento (MER) é um diagrama que descreve o modelo
de dados de um sistema com alto nível de abstração. A Figura 6 apresenta o MER com as
entidades que serão persistidas no banco de dados do sistema.
Figura 6 – Modelo de Entidade de Relacionamento
A seguir é apresentada uma breve descrição das entidades utilizadas para o
desenvolvimento do sistema:
a) usuário: entidade responsável por armazenar informações referente aos usuários
do sistema, que podem ser agentes de saúde, médico ou administrador;
b) postoColeta: entidade responsável por armazenar as informações referentes
31
aos postos de coleta, local onde são coletadas informações do paciente bem como
do caso clínico;
c) casoClinico: entidade responsável por armazenar as informações sobre a
análise clinica em relação ao caso a ser tratado (sintomas, região, tipo de lesão);
d) mensagem: entidade responsável por armazenar as informações referente as
mensagens trocadas entre dois ou mais médicos afim de estabelecer um
diagnóstico clínico com mais precisão;
e) paciente: entidade responsável por armazenar as informações referente aos
pacientes cadastrados no sistema;
f) imagemMedica: entidade responsável por armazenar as informações referentes
as imagens vinculadas ao caso clínico. Bem como o local onde cada marcação foi
feita na imagem em questão;
g) endereço: entidade responsável por armazenar as informações referentes aos
endereços cadastrados no sistema;
h) contato: entidade responsável por armazenar as informações referentes aos
contatos cadastrados no sistema;
i) histórico: entidade responsável por armazenar as informações referentes ao
histórico familiar do paciente;
j) arquivo: entidade responsável por armazenar as informações referentes a
localização das imagens vinculadas aos casos clínicos;
k) parecer: entidade responsável por armazenar as informações referentes ao
diagnóstico dos casos clínicos analisados (tratamento, recomendações).
Acima, foi descrito a estrutura dos dados do sistema e a organização das informações,
bem como a relação entre elas e o grau de associação e definição dos atributos (ver
detalhamento do dicionário de dados no Apêndice B). Com isso, é possível ter uma visão
geral de todo ambiente, além do relacionamento e responsabilidades das funcionalidades
envolvidas. Nas próximas seções serão detalhados como os usuários geram, manipulam e/ou
visualizam estas informações e, como o sistema foi desenvolvido.
32
33..33 IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO
A seguir são demonstradas as técnicas e ferramentas utilizadas (seção 3.3.1) e a
operacionalidade da implementação (seção 3.3.2).
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas
No desenvolvimento do sistema optou-se pela linguagem de programação PHP 5.3.6
utilizando o ambiente de desenvolvimento PHPDesigner 7, por se tratar de uma linguagem
leve e rápida, que não necessita de muitos requisitos de hardware e software para seu efetivo
funcionamento.
O banco de dados utilizado é o MySQL 5.5.10 . Como gerenciador de banco de dados
foi utilizado o software phpMyAdmin 3.3.9. Para o servidor de aplicação web foi utilizado o
Apache 2.2.17. Foi utilizado para a biblioteca JQuery para o JavaScript. A arquitetura do
sistema segue o modelo em camadas de acordo com o padrão Model-View-Controller (MVC).
3.3.2 Operacionalidade da implementação
A operacionalidade da implementação está divida em duas seções. Na seção 3.3.2.1 é
apresentada a forma de utilização do sistema, demonstrando os três perfis de utilização do
sistema. Na seção 3.3.2.2 são apresentados alguns dos trechos mais importantes de código-
fonte utilizados na implementação do sistema.
3.3.2.1 Utilização do sistema
Esta sub-seção apresenta as principais telas do sistema desenvolvido com uma breve
apresentação de suas funcionalidades.
O sistema foi dividido em visões, conforme o papel de cada usuário, sendo o
administrador do sistema, o agente de saúde e o médico. Todos os dados presentes nas telas
mostradas a seguir, são fictícios e servem apenas para exemplificar o uso do sistema.
33
3.3.2.1.1 Acessando o sistema
Na tela apresentada na Figura 7, tem-se a tela de login onde o usuário informa seu
usuário e senha para acessar o sistema. Dependendo do perfil do usuário o sistema redireciona
a tela inicial de cada perfil. Nas próximas sessões serão descritas as características de cada
perfil.
Não estando corretos o usuário e senha informados, o sistema emitirá uma mensagem
de dados incorretos. E o usuário poderá informá-los novamente após confirmar a mensagem.
Figura 7 – Tela de login do sistema
3.3.2.1.1.1 Acessando o sistema com o perfil do tipo Administrador
O usuário com perfil de administrador possui acesso total às funcionalidades do
sistema. Como características exclusivas deste perfil tem-se o cadastro de usuários, no menu
Cadastros/Usuários conforme Figura 8 – item A. Neste cadastro tem-se a possibilidade de
cadastrar três tipos de usuários: o administrador, o agente de saúde e por fim o médico. Para
cada tipo de usuário tem informações exclusivas e comuns a todos. Para os usuários do tipo
médico, o campo CRM é habilitado e torna-se obrigatório. Já o campo posto de coleta é
34
desabilitado, não sendo necessário o seu preenchimento. Para o usuário do tipo agente de
saúde, o campo CRM é desabilitado e o campo posto de coleta é habilitado e passa a ser de
preenchimento obrigatório para conclusão do cadastro. Demais campos como nome, endereço
e dados de acesso são de preenchimento comum a todos os tipos de usuários. Nos dados de
acesso ao sistema, caso seja digitado os campos senha e confirmação de senha diferentes o
sistema emitirá uma mensagem, informando que os dados não conferem. Após confirmação
da mensagem o usuário poderá voltar ao cadastro e informar os campos novamente.
Na lista à direita, Figura 8 – item B, tem-se todos os usuários cadastrados no sistema,
sendo detalhados na lista o CPF e o nome do usuário. Ao selecionar o usuário na lista, o
sistema abre as informações por completo do usuário selecionado para alteração.
Figura 8 – Cadastro de Usuários
Para cadastrar usuários do tipo agentes de saúde, o administrador do sistema deve
cadastrar também o posto de coleta do qual o mesmo fará parte. Para isso deve-se acessar o
menu Cadastros/Posto de Coleta, e o sistema abrirá a tela de cadastro de posto de coleta
conforme Figura 9. Neste cadastro são solicitados os dados do posto como, CNPJ, razão
social, endereço (rua, número, bairro, cidade, cep, UF) e dados de contato (telefone, celular e
e-mail). Depois de informar os dados solicitados, o sistema realiza o cadastro do posto de
coleta e insere-os na lista de postos cadastrados, Figura 9 – item B. Nesta lista são
demonstrados todos os postos cadastrados. Caso o usuário precise alterar algum registro,
poderá selecioná-lo na lista para que o sistema carregue as informações na tela para alteração.
35
Figura 9 – Cadastro de posto de Coleta
Conforme já mencionado anteriormente, o usuário com o perfil administrador, possui
acesso a todas as rotinas disponíveis no sistema, as quais serão detalhadas nas próximas
seções.
3.3.2.1.1.2 Acessando o sistema com o perfil do tipo Agente de Saúde
Acessando o sistema com um usuário do tipo agente de saúde, o sistema demonstra na
tela inicial, também chamada de Home, a lista de casos do posto de coleta que ainda não
foram finalizados, conforme é demonstrado na Figura 10. Nesta lista são demonstrados alguns
campos como, CPF do paciente, nome do paciente, nome do posto de coleta e ainda qual o
atendente o cadastrou.
Quando o usuário seleciona algum caso clínico da lista, o sistema abre a tela de casos
clínicos, com as informações do caso clínico solicitado.
36
Figura 10 – Lista de Casos do Posto de Coleta
O usuário do tipo agente de saúde inicia suas atividades cadastrando o paciente,
através do menu Cadastros/ Paciente. Nesta tela tem-se a lista a direita, conforme Figura 11 –
item A. Na qual são demonstrados todos os pacientes cadastrados, com as informações de
CPF e nome do paciente. Clicando neles, é possível visualizar/alterar os dados cadastrados
anteriormente.
Figura 11 – Cadastro de Pacientes
37
Na Figura 11 – item B, é a tela na qual o usuário realiza a inclusão de um novo
paciente. Ali o usuário informa dados como CPF, data de nascimento, nome, endereço (rua,
número, bairro, cep, cidade, UF), dados para contato (e-mail, telefone e celular) e ainda se o
paciente trabalha. Caso sim, o usuário deve marcar o check-box trabalha para que os campos
empresa empregadora, como nome, endereço (rua, número, bairro, cep, cidade, UF) e dados
para contato (e-mail, telefone e celular) fiquem disponíveis.
Após confirmar a inserção do paciente aparecerá um botão chamado “Histórico de
Atendimentos”, conforme pode-se observar na Figura 11 – item C. Este botão traz as
informações do histórico do paciente no sistema, relacionando em uma lista todos os
atendimentos já cadastrados para o paciente, conforme mostra a Figura 12.
Figura 12 – Lista de Casos do Paciente
Depois de cadastrar o paciente, o agente de saúde poderá cadastrar um novo caso
clínico, através do menu Caso/ Novo Caso, com isso o sistema demonstrará a tela de casos
clínicos, conforme Figura 13. Para cadastrar o caso clínico (Figura 13 – item A), o agente de
saúde deve informar os dados solicitados, como paciente, o qual poderá ser buscado
diretamente do cadastro de pacientes a partir do botão “Buscar”, onde o sistema abrirá uma
tela de busca com todos os pacientes cadastrados, para que o usuário selecione o paciente
desejado. Após selecionar o agente de saúde deve-se informar os demais campos do caso
clínico como resumo (um breve resumo do que está ocorrendo com o paciente), sintomas
(informações de possíveis sintomas que o paciente sente em função do problema
38
apresentado), tipo (tipo da lesão apresentada como exemplo: citar mancha, vermelhidão,
pintas, berrugas dentre outros) e por fim a região do corpo em que a lesão se encontra
(membros superiores, inferiores, cabeça, orelha, rosto, dentre outros), conforme apresentado
na Figura 13.
Figura 13 – Tela de Cadastro de um novo Caso Clínico
Após a inserção dos dados na tela de caso clínico, o usuário deverá buscar na lista de
casos do posto de coleta o caso em questão, para vincular as imagens das lesões, fazendo com
que o médico consiga visualizar o que ocorre com o paciente, para isso deve-se selecionar o
caso clínico na lista, com isso o sistema abrirá a tela de casos clínicos com novos campos e
funcionalidades. Para inserir uma imagem deve-se clicar no botão “Escolher arquivo”,
conforme Figura 14 – item A. Com isso o sistema abrirá a tela de busca de arquivo do sistema
operacional correspondente, selecione a imagem desejada dentro das extensões suportadas
pelo sistema, sendo elas jpg, bmp e gif e clique então no botão “Inserir”. A partir deste
momento o sistema irá carregar a imagem selecionada e a vinculará ao caso clínico.
39
Figura 14 – Inserindo imagens no Casos Clínicos
Depois que o médico diagnosticar o caso, o agente de saúde poderá emitir um parecer
médico ao paciente, para isso na tela de casos clínicos, deve-se clicar no botão “Emitir
parecer”, conforme Figura 15 – item A.
Figura 15 – Botão Emitir Parecer
Ao clicar no botão "Emitir parecer", o sistema emitirá o parecer médico com as
informações do paciente, tais como nome, endereço (rua, número, bairro, cep, cidade e UF) e
dados de contato do mesmo (e-mail, telefone e celular). O parecer médico traz as informações
do paciente, do caso clínico como data, descrição, responsável (médico), tipo região, sintomas
e informações do diagnóstico, como tratamento e recomendações, vide Figura 16.
40
Figura 16 – Parecer Médico
Após emitir o parecer, o agente poderá finalizar o caso clínico, a partir do check-box
“Finalizar”, disponível na aba “Diagnóstico”. Após finalizado, o caso ficará disponível apenas
na lista de casos do histórico, disponível no menu Caso/Histórico, conforme Figura 17.
Figura 17 – Lista de Casos Clínicos Finalizados
41
3.3.2.1.1.3 Acessando o sistema com o perfil Médico
Acessando o sistema com um usuário do tipo médico, o sistema demonstra na tela
inicial, também chamada de Home a lista dos casos assumidos pelo médico, ou seja a lista dos
“Meus Casos”, conforme demonstra a Figura 18. Nesta lista são demonstrados alguns campos
como, CPF do paciente, nome do paciente, nome do posto de coleta e ainda quem foi o
atendente que o cadastrou.
Quando o usuário seleciona algum caso clínico da lista, o sistema abre a tela de casos
clínicos, com as informações do caso clínico solicitado. Podendo o médico continuar o
atendimento do caso clínico, ou mesmo informar o diagnóstico do mesmo.
Esta lista pode ser acessada também, a partir do menu Casos/ Meus Casos.
Figura 18 – Lista de Meus Casos
Para assumir um novo caso clínico, o usuário deve acessar a tela de casos pendentes,
onde existem todos os casos clínicos que foram cadastrados por um agente de saúde e ainda
não foram assumidos por nenhum médico.
Selecionando um dos casos clínicos disponíveis na lista, o usuário deve clicar no botão
“Assumir Caso”, conforme é demonstrado na Figura 19 – item A, onde a partir deste
momento o caso é de responsabilidade do médico que o assumiu. A partir daí, o caso é listado
somente na lista de “Meus Casos” do médico que o assumiu, não mais na lista de pendentes.
42
Figura 19 – Assumindo um caso clínico
Após assumir o caso clínico, o médico tem a opção de compartilhar o caso clínico para
interagir com outros médicos, fazendo com que outros médicos, possam acessar o caso clínico
compartilhado e auxiliá-lo no diagnóstico médico. Para isso, deve-se acessar a tela de casos
clínicos, na aba diagnóstico marcar o check-box “Compartilhar”, conforme mostra a Figura
20. A partir deste momento o caso fica disponível na lista de casos compartilhados para todos
os usuários cadastrados com o perfil médico.
Figura 20 – Compartilhando um Caso Clínico
Para interagir com um médico através do caso clínico, o usuário pode utilizar-se de
duas funcionalidades disponíveis no sistema, sendo elas fórum e destaque de características na
imagem vinculada ao caso clínico. Para que a interação seja realizada através do fórum, para
tirar dúvidas, fazer sugestões, críticas ou mesmo comentários, deve-se na tela de casos
clínicos no grupo de fórum, informar uma mensagem e clicar no inserir, conforme
demonstrado na Figura 21.
Observe que o sistema insere a mensagem no fórum do caso clínico, demonstrando a
data em que o comentário foi feito, o comentário em si e por fim qual o usuário que realizou o
43
comentário inserido (figura 21 – item A). Este fórum fica disponível para todos os usuários
que tem um vínculo com este caso clínico, permitindo a cooperação, em prol do diagnóstico
final do caso clínico que esta sendo discutido.
Figura 21 – Utilizando o Fórum
Outra forma de interação é a utilização do seletor, para destacar alguma característica
importante na imagem, conforme pode-se observar na Figura 22 – item A. Para isso aperte o
botão para inserir um seletor, conforme Figura 22 – item B, e arraste o seletor até o local
desejado.
Figura 22 – Seletor
Por fim, após discussões e cooperação entre outros médicos, o mesmo pode então
informar seu diagnóstico ao caso clínico. Para isso deve-se na tela de caso clínico, na aba
diagnóstico, informar os campos diagnóstico, tratamento e recomendações, conforme pode-se
44
observar na Figura 23.
Figura 23 – Inserindo diagnóstico
Após informado o diagnóstico o agente de saúde poderá então emitir o parecer médico
para o paciente, conforme verificado anteriormente e por fim finalizar o caso clínico.
3.3.2.2 Implementação
Conforme mencionado anteriormente, o sistema foi desenvolvido sob a arquitetura
MVC, onde:
a) model: gerencia o comportamento e os dados do domínio da aplicação, responde as
requisições sobre o seu estado (geralmente vindas da visualização), e responde às
instruções para mudança de estado (geralmente vindas do controle);
b) view: gerencia a saída gráfica e textual da parte da aplicação visível ao usuário;
c) controller: interpreta as entradas de mouse e teclado do usuário, comandando a
Visão e o Modelo para se alterarem de forma apropriada.
Para exemplificar a forma que utilizou-se a arquitetura MVC no sistema, será utilizado
como exemplo o caso de uso Posto de Coleta. Todavia, é importante ressaltar que este
processo apresentado na sequência é estendido aos demais casos do sistema.
A Figura 24 apresenta o Diagrama de Sequência da inclusão de posto de coleta, o qual
apresenta uma visão dinâmica da sequência de ações do ator com o sistema e o
relacionamento das classes entre as camadas de visão (Página Web), controle e persistência.
45
Figura 24 – Diagrama de Sequência
Como é possível visualizar na Figura 24, o ator Administrador insere os dados no
formulário na Página Web, que se comunica com a camada de Controle, a qual cria o objeto,
seta os atributos e envia para a camada de persistência. A camada de persistência persiste o
objeto retorna um valor verdadeiro ou falso para a camada de controle, que por sua vez envia
para a camada de visão (Página Web).
A Figura 25 apresenta um trecho de código da camada modelo, o qual representa o
objeto da classe PostoDeColeta.
No trecho de código da Figura 25, nas linhas 5, 6 e 7 são apresentados alguns
atributos desta classe, e nas linhas 25, 26 e 27 alguns dos métodos (públicos) que dão acesso
aos atributos (privados) da classe. A camada modelo é acessada pelas camadas de
persistência, controle e visão, ou seja, fica visível em toda a aplicação.
1: Incluir PostoDeColeta()
1.1: Incluir()
1.1.1: Incluir(PostoDeColeta o)()
boolean
boolean
inclusão realizada
Object1 : Administrador Página Web Controle Persistência
46
Figura 25 – Trecho do código representando a camada modelo
A Figura 26 apresenta um trecho do código da classe PostoDeColeta, referente a
camada de controle.
Figura 26 – Trecho do código representando a camada de controle
O objeto fica na camada de controle, e quando algum valor for incluído ou alterado, a
camada de controle cria o objeto vazio conforme linha 24 da Figura 26, então a camada de
47
visão seta os atributos deste e executa o método incluir (gravar) que envia este objeto para a
camada de persistência.
A Figura 27 apresenta um trecho do código da camada de visão, o qual mostra como é
a listagem dos objetos do tipo PostoDeColeta. A camada de visão solicita à camada de
controle a lista de PostoDeColeta, esta por sua vez solicita a camada de controle que retorna
uma lista contendo os postos de coleta cadastradas no banco de dados.
Figura 27 – Trecho do código representando a camada de visualização
33..44 RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO
Nesta seção, é detalhado a metodologia de avaliação, perfil dos usuários, aplicação do
teste, análise e interpretação dos dados coletados e comparação entre as funcionalidades do
sistema desenvolvida e os trabalhos correlatos.
Foram realizados dois experimentos: o primeiro descrito na seção 3.4.1, que avalia a
aceitação/eficiência em relação a funcionalidades pertencentes ao usuário com perfil médico
e, o segundo descrito na seção 3.4.2, que avalia praticamente os mesmos critérios do primeiro
experimento, porém considerando um usuário com perfil agente de saúde.
48
3.4.1 Experimento 1: Usuário com perfil Médico
O objetivo do experimento é avaliar o sistema dentro do contexto específico (usuário
com perfil médico), visando identificar inconsistências que podem englobar aspectos
funcionais e de usabilidade, para eventuais modificações no sistema.
3.4.1.1 Usuários participantes
Segundo Nielsen (1993), para se obter resultados satisfatórios em testes de usabilidade,
são necessários apenas cinco usuários, alegando que, a partir do quinto usuário, se desperdiça
tempo em observar praticamente os mesmos problemas repetidamente, sem encontrar novos
erros.
3.4.1.2 Metodologia
O experimento foi realizado no mês de novembro por meio de teste com usuários
(RUBIN, 1994), sendo conduzido por um facilitador (observador). Este era responsável por
coordenar a execução das tarefas, anotar os problemas de uso, além de simular o processo de
cooperação. As tarefas não foram cronometradas e os usuários foram orientados a descrever
dificuldades encontradas durante a realização de cada tarefa. Ao final de cada tarefa e do
teste, solicitou-se aos usuários o preenchimento de um questionário de avaliação com
questões abertas e fechadas sobre sua experiência com o sistema.
3.4.1.3 Aplicação do teste
Inicialmente os participantes foram recebidos e orientados sobre os objetivos do teste
de usabilidade. Antes de iniciar o experimento foi solicitado o preenchimento do questionário
de perfil do usuário (Apêndice C) e concedidos cinco minutos para o usuário se familiarizar
com o ambiente. Após este período, o facilitador informou que caso o usuário sentisse algum
tipo constrangimento poderia interromper o experimento a qualquer momento.
49
As tarefas constadas no roteiro de testes (Apêndice D) e demandadas pelo avaliador
procuravam abranger todas as atividades desempenhadas durante o processo de diagnostico
dermatológico via telemedicina. Isso inclui desde o acesso ao sistema, visualização dos casos
clínicos pendentes, visualização de imagens vinculadas a um caso clínico, marcação de
características importantes nas imagens, e emissão do diagnóstico. Dentre as atividades
previstas no roteiro de testes, encontram-se aquelas que estimulam a cooperação (segunda
opinião sobre o caso clínico). Assim sendo, em determinados momentos da experiência, o
observador, que acompanhava os eventos gerados no sistema, adicionava informações com o
intuito de simular o processo de cooperação (ação realizada apenas entre usuários com perfil
médico, quando existia a necessidade de compartilhamento de algum caso clínico) e,
consecutivamente promover interações e a troca de informações entre os usuários. Ao término
das tarefas, foi apresentado aos usuários um formulário com questões abertas e fechadas. O
questionário fechado foi composto por 7 perguntas que tinham como intuito captar a
percepção quantitativa do usuário em relação à eficiência do sistema, sua usabilidade e
funcionalidades.
Já as anotações do observador, comentários do usuário e a pergunta aberta: "Qual é a
sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"
buscam instituir o contexto (percepção qualitativa) e, se possível, gerar uma integração
empática com o processo de estudo que implique melhor compreensão do fenômeno. É
importante ressaltar que estes métodos não se excluem e sim, procuram estabelecer uma
validação convergente, onde se consiga predeterminar ligações entre descobertas obtidas por
diferentes fontes, ilustrá-las e torná-las mais compreensíveis.
As sessões de experimentos duraram em média quarenta e cinco minutos e, foram
conduzidas a cada um dos participantes durante o mês de novembro de 2011. Sendo,
realizados em sua maioria no sistema operacional Windows Seven, navegador Mozila Firefox
e Internet Explorer.
Os resultados deste experimento podem ser vistos nas próximas seções.
3.4.1.4 Análise e interpretação dos dados coletados
A análise dos dados foi iniciada a partir dos dados coletados pelo questionário de perfil
do usuário. Participaram deste experimento seis usuários comuns, sendo 50% do sexo
masculino e o restante do sexo feminino, com segundo grau completo (83,3%) e com média
50
de idade de 22 anos.
Após análise do perfil do usuário, iniciou-se a interpretação e apresentação dos
resultados obtidos a partir do questionário de satisfação. O Quadro 4 mostra os resultados
obtidos a partir de perguntas objetivas (questionário fechado).
Perguntas / Critérios de avaliação
Con
cord
o to
talm
ente
Con
cord
o pa
rcia
lmen
te
Nem
con
cord
o,
nem
dis
cord
o
Dis
cord
o pa
rcia
lmen
te
Dis
cord
o to
talm
ente
1. O sistema (SIDMD) é de fácil utilização, não requer maiores treinamentos?
100%
2. As funções oferecidas pelo SIDMD tem uso prático? 100%
3. Você considera o SIDMD um sistema adequado para realizar diagnósticos médicos a distancia?
66% 34%
4. É possível interagir com outros usuários via SIDMD? 100%
5. O SIDMD auxilia atividade médica em lugares remotos? 66% 34%
6. O sistema permite que casos clínicos sejam compartilhados com outros médicos?
100%
7. Você faria uma consulta dermatológica utilizando-se deste sistema? 66% 34%
Quadro 4 – Respostas da avaliação do sistema
As opções de respostas observam a escala de avaliação de likert (BROWN, 2000),
onde a primeira coluna “Concordo Totalmente” representa a melhor avaliação possível e a
última “Discordo Totalmente” coluna corresponde a uma fraca apreciação, tendo ainda as
colunas de avaliação intermediárias como “Concordo”, “Neutro” e “Discordo”. Na sequência
têm-se as interpretações feitas a partir dos resultados obtidos, onde os índices de satisfação
são calculados pela média da soma dos resultados das respostas positivas (“Concordo
Totalmente” e “Concordo”) das referidas questões.
A partir dos resultados das questões 1 e 2 do Quadro 4 percebeu-se que os avaliadores
não tiveram dificuldades na execução das tarefas solicitadas e que acreditam no uso prático
das funções oferecidas pelo sistema.
Com relação às respostas da questão 3 identificou-se que a maioria considera que o
sistema é adequado para realizar o diagnóstico a distância.
Na questão 4 pode-se perceber que todos os avaliadores concordaram totalmente, que o
sistema possibilita a interação entre usuários.
A partir da avaliação da questão 5 é possível perceber que a grande maioria concordou
que o sistema pode auxiliar as atividades médicas em lugares remotos, justificando-se os 34%
na possibilidade de nestes lugares remotos não existir recursos para que o sistema funcione,
como internet por exemplo.
51
Com o resultado da questão 6 verificou-se que todos os usuários conseguiram
compartilhar seus casos clínicos, fazendo com que o mesmo interaja com outros médicos.
A partir dos resultados da questão 7 pode-se observar que a grande maioria dos
avaliadores concordam que fariam uma teleconsulta, mostrando o que o preconceito tende a
diminuir, com a entrada da tecnologia não só na saúde, mas em muitas outras.
Além dos resultados obtidos através do questionário de satisfação, foram coletadas
opiniões sobre o ambiente por meio de questões abertas. Dentre as quais estão anotações
feitas pelos avaliadores, comentários feitos pelos usuários ao término de cada tarefa ou ao
responder o questionário aberto, destacam-se os itens a seguir:
a) através da avaliação do sistema foram destacados pontos fortes e construtivos
referente ao sistema. Por exemplo, um comentário feito por um dos avaliados foi
“Achei a ferramenta muito boa e útil, pois supre de maneira tecnológica uma área
tão carente no Brasil.”;
b) foi sugerido, que na página inicial fosse demonstrado a listagem de casos clínicos
assumidos pelos médicos;
c) foi verificado que, como o usuário não conhece o que seria o “Seletor” o ideal seria
alterar o botão de “Inserir Seletor” para a imagem de um lápis. Melhorando a
interface do sistema;
d) o fórum foi um dos pontos fortes apontados pelos avaliadores, um dos comentários
feitos foi “O fórum facilita o trabalho, pois caso haja alguma dúvida, podem trocar
ideias ou e até mesmo sugerir tratamentos”;
e) outro ponto forte apontado pelos avaliadores foi a possibilidade de destacar um
ponto importante na imagem vinculada ao caso clínico.
Mesmo não analisando os dados do questionário aberto por completo, nota-se uma
convergência quanto à operacionalidade das funcionalidades proposta neste trabalho,
confirmando os resultados obtidos através do questionário de satisfação (questionário
fechado).
3.4.2 Experimento 2: Usuário com perfil Agente de Saúde
Para a realização deste experimento, seguiu-se a mesma metodologia utilizada no
experimento anterior (vide seção 3.4.1). Entretanto, aplicou-se o teste em usuários com perfil
agente de saúde e a avaliação foi composta apenas por questões abertas.
52
Houve poucas contribuições no questionário aberto, embora os usuários tenham
sugerido algumas reformulações que foram anotadas e/ou observadas pelo avaliador. Das
quais destacam-se:
a) foi identificado um problema no relatório de parecer médico, onde os dados do caso
clínico e do diagnóstico não estavam sendo demonstrados;
b) foi sugerido, que na página inicial fosse demonstrado a listagem de casos clínico do
posto de coleta e, que existisse a possibilidade de filtrá-los a partir do seu status
atual (em aberto ou concluídos).
No geral, os usuários conseguiram realizar todas as tarefas previstas no roteiro de
testes (ver Apêndice E) sem problemas. Todavia, acredita-se que o sistema é de fácil uso.
Com os resultados obtidos nos dois experimentos realizados é possível concluir que o
sistema não apresentou grandes problemas em sua utilização.
3.4.3 Comparação com trabalhos correlatos
Após discussões dos trabalhos relacionados, das considerações sobre diagnóstico
médico, teledermatologia, da especificação, desenvolvimento e operacionalidade do sistema e
dos resultados obtidos, reformulou-se o quadro das características dos trabalhos relacionados
(Quadro 1 da seção 2.6) adicionando o sistema desenvolvido, para fins de comparação. O
Quadro 5 apresenta a análise comparativa entre as características do sistema desenvolvido
com as características existentes nos trabalhos relacionados.
Características/Trabalhos Relacionados Bacic (2001)
Assunção et al. (2004)
Miot (2005)
Sistema proposto
visualização de imagens X X X X anotações nas imagens X - - X comunicação via fórum - X X X sistema Web - X X X linguagem de programação Java Java ASP PHP banco de dados MySQL MySQL SQL Server MySQL
Quadro 5 – Comparação com trabalhos correlatos
A partir do Quadro 5, pode-se observar que o sistema proposto contempla todas as
características existentes nos trabalhos relacionados (vide seção 2.6), sendo que, a grande
diferença do sistema desenvolvido é a possibilidade de destacar características importantes
nas imagens analisadas. Esta característica facilita a argumentação do parecer/diagnóstico
clínico, assim como o feedback do agente de saúde para com o paciente. Contudo, pode-se
verificar que o sistema desenvolvido atende a todas as características enumeradas.
53
4 CONCLUSÕES
Este trabalho teve como fator norteador demonstrar a importância e os benefícios do
uso de sistemas de teleconsulta, levando-se em consideração que o Brasil com toda a sua
amplitude, tanto geográfica quanto populacional, e uma má distribuição dos recursos na área
da saúde. Isso fica visível quando pessoas que vivem em lugares distantes dos grandes centros
procuram por um atendimento especializado. Em sua grande maioria, são precedidos por
longas listas de espera e que por muitas vezes acabam agravando o estado da lesão.
O sistema desenvolvido teve por objetivo tornar mais ágil e ao mesmo tempo facilitar
de forma interativa o diagnóstico médico nestes locais onde os recursos de saúde são escassos
ou mesmo têm dificuldade de chegar em função do difícil acesso. Isto será possível pois no
sistema desenvolvido a abertura do caso clínico é realizado totalmente via web pelos agentes
de saúde, diretamente nos locais de origem. Estes casos, por sua vez, são encaminhados a uma
lista de casos pendentes onde os médicos de uma central de atendimento têm a possibilidade
de assumir qualquer um dos casos clínicos que encontram-se pendentes. Ao analisar o caso
clínico, o especialista também poderá, interagir com outros especialistas, em meio a dúvidas
ou mesmo em busca de sugestões. Após averiguações e análises o paciente recebe seu parecer
médico com o diagnóstico repassado pelo médico, juntamente com tratamentos e
recomendações.
A partir dos resultados obtidos nos testes de usabilidade, verificou-se que o sistema
pode facilitar e ser facilmente utilizado por usuários de diversas idades e independentemente
do seu grau de instrução ou interação com a tecnologia. Contudo, os resultados se mostram
favoráveis ao término do trabalho, visto que os requisitos funcionais e não funcionais, bem
como os objetivos propostos do trabalho foram atingidos. Sendo assim, é possível concluir o
quão necessário e indispensável é o investimento na saúde brasileira, pois mesmo o Brasil
sendo um país em constante crescimento ainda existem locais onde a saúde não é
disponibilizada e por isso o diagnóstico tarda e muitas vezes falha. Por isso quanto mais
formas de descentralização da saúde houver disponíveis para utilização, maiores serão as
chances de proporcionar a população que necessita do serviço da saúde de ter um diagnóstico
rápido e funcional.
54
44..11 LLIIMMIITTAAÇÇÕÕEESS
As principais limitações do sistema são em relação à interação com as imagens
vinculadas ao caso clínico:
a) o sistema limita-se a aceitar somente imagens com extensões jpg, png e gif,
podendo expandir para outros formatos como bmp;
b) a interação do usuário com a imagem se limita a apenas um seletor por imagem,
sem que possa ser alterado seu tamanho ou cor, podendo expandir estas
funcionalidades conforme extensões descritas na próxima sessão.
44..22 EEXXTTEENNSSÕÕEESS
Como extensões para o trabalho propõem-se:
a) aperfeiçoar a interação dos médicos com a imagem vinculada ao caso clínico,
possibilitando ao usuário a inclusão de mais de um seletor, podendo o mesmo ser
por médico, controlando cores e tamanhos (Zoom).
b) criar uma rotina de envio de e-mail automáticos para o agente de saúde quando o
caso clínico obtiver um diagnóstico, bem como o agente de saúde ter a possibilidade
de enviar o parecer médico ao paciente. O trabalho atual abrange apenas o
atendimento do diagnóstico, não sendo o paciente ou mesmo o agente de saúde
avisados quando o médico realiza o diagnósticos do caso clínico;
c) aumentar a cooperação entre os médicos, fazendo com que possa ser realizada a
comunicação síncrona, ou seja, a possibilidade de médicos se comunicarem on-line
no sistema, podendo os mesmos discutirem um caso em grupo. O sistema atual
permite apenas a comunicação assíncrona, ou seja, não sendo necessários os
médicos estarem conectados no sistema, somente por meio do fórum do caso
clínico;
d) aperfeiçoar e criar novos relatórios relevantes no sistema, bem como o parecer
médico, possibilitando que seja impresso em formato .pdf ou .doc. Possibilitar
também ao usuário a importação e exportação dos cadastrados.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSUNÇÃO, C.F.F.; REAMI, E.R.; ZUFFO, M.K.; LOPES, R.D. São Paulo, 2004. MediColl: Ambiente Cooperativo para Suporte ao Diagnóstico Médico à Distância. In: IX Congresso Brasileiro de Informática na Saúde (CBIS).
BACIC, Aline Shimada. Um Ambiente Colaborativo de Apoio ao Diagnóstico Médico Assistido por Computadores de Alto Desempenho. São Paulo, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Escola de Politécnica da Universidade de São Paulo.
BROWN, James Dean. “What issues affect Likert-scale questionnaire formats?”. University of Hawai’i at Manoa. Shiken: JALT Testing & Evaluation SIG Newsletter, v.4, n.1, p.18-21, Abr. 2000.
CARVALHO, Ana Amélia Amorim. Testes de Usabilidade: exigência supérflua ou necessidade?. Portugal, p. 8, [2000?].
D‘ELIA, Paula Berenhauser. Concordância entre diagnósticos dermatológicos feitos presencialmente e por imagens digitais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: 2006.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer de Pele – Não Melanoma. Rio de Janeiro, [2009?]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=334. Acesso em: 23 Out. 2011.
LAMA, Eduardo. Imaginologia na prática do profissional de saúde. Pará; [2009?].
MIOT, Hélio Amante. Desenvolvimento e Sistematização da interconsulta dermatológica à distância. São Paulo, 2005. Tese (Doutorado em Ciências) Departamento de Patologia. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
MIOT, Hélio Amante; WEN, Chao Lung; PAIXÃO, Maurício Pedreira;. Teledermatologia – Passado, presente e futuro. São Paulo. p. 523, 2005.
NIELSEN, Jakob. Usability Engineering, San Franciso, USA: Morgan Kaufmann Publishing, 1993.
PÓVOA, Luciano; ANDRADE, Mônica Viegas. Distribuição geográfica dos médicos no Brasil: uma análise a partir de um modelo de escolha locacional. Rio de Janeiro: [s.n], 2006.
RUBIN, Jeffrey. Handbook of Usability Testing: how to plan, design, and conduct effective tests. [S.l.]: Wiley, 1994.
56
SEABRA, André Luiz Ramires. Telemedcina. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro. Acessado em: 23 de Out. 2011.
SOIREFMANN, Mariana; BLOM, Melissa Brauner; LEOPOLDO, Larissa; CESTARI, Tania F. Telemedicina uma revisão da Literatura. 2008.
WEN, Chao Lung. Telemedicina e a Telessaúde. São Paulo: 2006.
57
APÊNDICE A – Detalhamento dos Casos de Uso
A seguir, são detalhados os principais casos de uso de cada módulo apresentado na
seção Modelagem deste trabalho.
No Quadro 6, apresenta-se o caso de uso "Cadastrar Usuários".
Caso de uso – 02.02 Cadastrar Usuários Ator: Administrador Objetivo: Cadastrar usuário Pré-condições: O usuário logado no sistema Pós-condições: Usuário incluído, alterado com sucesso. Cenário Principal: 1. O sistema apresenta a página solicitando as informações do médico 2. Usuário informa o perfil do usuário desejado 3. Usuário informa dados do endereço do usuário a ser cadastrado 4. Usuário informa o login do usuário 5. Usuário informa senha 6. Usuário informa confirmação de senha 7. O sistema valida os dados informados 8. O sistema inclui o usuário no banco de dados 9. O sistema inclui o usuário na lista de usuários Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja médico: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa CRM 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja agente de saúde: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa Posto de Coleta 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Alternativo: No passo 2, caso o perfil seja agente de saúde: 3.1 Usuário informa o CPF 3.2 Usuário informa Posto de Coleta 3.3 Retorna ao passo 2. Cenário Exceção: No passo 5, caso a confirmação de senha não for igual a senha informada anteriormente: 4.1 Sistema apresenta mensagem de “Senhas não conferem” 4.2 Volta ao passo 5.
58
Cenário Exceção: No passo 3.1, caso o CPF informado não obedecer a máscara 111.111.111-11: 4.1 Sistema apresenta mensagem de “Valor inválido.” 4.2 Volta ao passo 3.1.
Quadro 6 – Descrição do caso de uso Cadastrar Usuários
No Quadro 7, apresenta-se o caso de uso "Adicionar Caso Clínico".
Caso de uso – 03.01 Adicionar Caso Clínico Ator: Agente de Saúde Objetivo: Adicionar caso clínico Pré-condições: Usuário logado no sistema e paciente cadastrado. Pós-condições: Caso clínico incluído na lista de casos pendentes. Extension Points: Anexar imagens Cenário Principal: 1. Usuário acessa a tela de inclusão de casos clínicos 2. Sistema apresenta a tela de inclusão de casos clínicos 3. Usuário clica no botão buscar para selecionar o paciente 4. Sistema abre a tela de busca com todos os pacientes cadastrados 5. Usuário seleciona paciente desejado 6. Sistema carrega a descrição do paciente na tela de caso clínico 7. Usuário informa dados do caso clínico 8. Usuário clica no botão inserir. 9. Sistema valida os campos informados 10. Sistema inclui o caso clínico no banco de dados 11.Sistema inclui o caso clínico na lista de casos pendentes
Quadro 7 – Descrição do caso de uso Adicionar Caso Clínico
No Quadro 8, apresenta-se o caso de uso "Assumir Caso Clínico".
Caso de uso – 03.05 Assumir Caso Clínico Ator: Médico Objetivo: vincular o caso clínico ao médico que assumir Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Usuário médico vinculado ao caso clínico, Caso clínico não esta mais pendente, vai para a lista de Meus Casos Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de casos pendentes 2. Sistema apresenta a lista de casos pendentes 3. Usuário seleciona caso clínico que deseja assumir 4. Usuário clica no botão “Assumir” 5. Sistema apresenta mensagem “Caso assumido com sucesso!” 6. Sistema informa o usuário do médico como responsável pelo caso clínico selecionado 7. Sistema inclui o caso clínico na lista de “Meus Casos” 8. Sistema retira o caso clínico da lista de casos pendentes 9. Sistema limpa dados da tela de caso clínico
Quadro 8 – Descrição do caso de uso Assumir Caso Clínico
No Quadro 9, apresenta-se o caso de uso "Anexar imagens”.
59
Caso de uso – 03.02 Anexar Imagens Ator: Agente de Saúde Objetivo: Anexar imagens ao caso clínico Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Imagem anexada ao caso clínico. Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de casos pendentes 2. Sistema apresenta a lista de casos pendentes 3.Usuário seleciona caso clínico para vincular imagens 4. Usuário clica no botão arquivo para buscar a imagem 5. Sistema apresenta a tela de busca de arquivos 6. Usuário busca o endereço da imagem 7. Usuário clica em inserir imagem 8. Sistema valida os dados inseridos 9. Sistema vincula as imagens ao caso clínico 10. Sistema apresenta mensagem “Imagens vinculadas com sucesso” Cenário Exceção: No passo 3, caso o usuário tenha informado uma imagem com extensão diferente de jpg, png ou gif: 3.1 Sistema apresenta mensagem “Por favor, envie arquivos com as seguintes extensões: jpg, png ou gif. 3.2 Retorna ao passo 3.
Quadro 9 – Descrição do caso de uso Anexar Imagens
No Quadro 10, apresenta-se o caso de uso "Compartilhar Caso Clínico".
Caso de uso – 03.06 Compartilhar Caso Clínico Ator: Médico Objetivo: compartilhar caso clínico com outros médicos Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Caso clínico vai para a lista de casos compartilhados. Cenário Principal: 1. Usuário acessa a lista de meus casos 2. Sistema apresenta a lista de casos vinculados ao usuário logado no sistema 3. Usuário seleciona caso clínico a ser compartilhados 4. Usuário seleciona a aba “Diagnóstico” 5. Usuário marca o check-box “Compartilhar” 6. Sistema inclui o caso clínico na lista de casos compartilhados 7. Sistema informa a mensagem “Caso clínico compartilhado”
Quadro 10 – Descrição do caso de uso Compartilhar Caso Clínico
No Quadro 11, apresenta-se o caso de uso "Incluir argumento no fórum".
Caso de uso – 03.08 Incluir argumento no fórum Ator: Médico Objetivo: incluir mensagens no fórum Pré-condições: O usuário logado no sistema e caso clínico cadastrado. Pós-condições: Mensagem é incluída no fórum do caso clínico.
60
Cenário Principal: 1.Usuário seleciona o caso clínico que deseja auxiliar 2. Sistema apresenta os dados do caso selecionado 3. Usuário escreve argumento no campo mensagem 4. Usuário clica em inserir 5. Sistema vincula a mensagem ao caso clínico selecionado 6. Sistema emite mensagem “Mensagem incluída com sucesso”.
Quadro 11 – Descrição do caso de uso Incluir argumento no fórum
61
APÊNDICE B – Dicionário de Dados
O dicionário de dados de cada entidade do modelo de dados relacional encontra-se nos
quadros de 12 a 22. O tipo de dado de cada campo é definido por uma letra, que representa:
a) v: VARCHAR que armazena caracteres;
a) n: NUMBER que armazena somente números;
b) d: DATE que armazena uma data, composta de dia, mês, ano;
c) pk: chave primária;
d) fk: chave estrangeira.
TABELA postoColeta Nome Tipo Descrição Chave idPostoColeta N(10) Código do posto de coleta PK idUsuario N(10) Código do usuário FK idEndereco N(10) Código do endereço FK razaoSocial V(100) Razão social do posto de coleta Cnpj N(14) Código de pessoa jurídica (CNPJ)
Quadro 12 – Dicionário de dados da tabela de posto de coleta
TABELA contato Nome Tipo Descrição Chave idContato N(10) Código do contato PK Email V(90) E-mail de contato Fone N(10) Telefone de contato Cel N(10) Celular de contato
Quadro 13 – Dicionário de dados da tabela de contato
TABELA casoClinico Nome Tipo Descrição Chave idCasoClinico N(10) Código do caso clínico PK idImagemMedica N(10) Código da Imagem FK dataEmissao D(8) Data de emissão idPaciente N(10) Código do paciente FK Tipo V(80) Tipo de lesão Região V(80) Região da lesão Sintomas V(80) Sintomas Resumo V(80) Resumo do caso clínico idParecer N(10) Código do Parecer FK idForum N(10) Código do Fórum FK recomendações V(100) Recomendações Finalizado N(1) Finalizado compartilhado N(1) Compartilhado
Quadro 14 – Dicionário de dados da tabela de usuário
62
TABELA endereço Nome Tipo Descrição Chave idEndereco N(10) Código do endereço PK idContato N(10) Código do contato FK Rua V(90) Rua Numero N(10) Número Cep N(8) Código de endereçamento postal (CEP) Bairro V(60) Bairro Cidade V(60) Cidade Uf V(2) Unidade federativa (UF)
Quadro 15 – Dicionário de dados da tabela de endereço
TABELA imagemMedica Nome Tipo Descrição Chave idImagem N(10) Código da imagem médica PK idArquivo N(10) Código do endereçamento da imagem FK Objx N(20) Valor do X Objy N(20) Valor do Y endImagem V(50) Endereço da imagem
Quadro 16 – Dicionário de dados da tabela de imagem
TABELA usuário Nome Tipo Descrição Chave idUsuario N(10) Código do usuário PK idEndereco N(10) Código do endereço FK Tipo N(1) Tipo do usuário crm N(4) Número do conselho regional de medicina (CRM) Nome V(100) Nome Cpf N(11) Código de pessoa física (CPF) Login V(20) Login Senha V(20) Senha
Quadro 17 – Dicionário de dados da tabela de usuário
TABELA mensagem Nome Tipo Descrição Chave idMensagem N(10) Código da mensagem PK mensagem V(200) Mensagem dataCriacao D(8) Data de Criação
Quadro 18 – Dicionário de dados da tabela de mensagem
TABELA paciente Nome Tipo Descrição Chave idPaciente N(10) Código do paciente PK idEndereco N(10) Código do endereço FK idHistorico N(10) Código do histórico familiar FK Nome V(100) Nome Cpf N(11) CPF dataNasc D(8) Data de Nascimento Trabalha N(1) Trabalha razaoSocialEmpresa V(100) Razão social da empresa empregadora
Quadro 19 – Dicionário de dados da tabela de paciente
63
TABELA parecer Nome Tipo Descrição Chave idParecer N(10) Código do Parecer PK tratamento V(100) Descrição de tratamentos a serem realizados recomendacoes V(100) Descrição de recomendações
Quadro 20 – Dicionário de dados da tabela de parecer
TABELA historico Nome Tipo Descrição Chave idHistorico N(10) Código do histórico PK descricao V(100) Descrição do histórico familiar ano N(10) Ano em que ocorreu o fato
Quadro 21 – Dicionário de dados da tabela de historico
TABELA arquivo Nome Tipo Descrição Chave idArquivo N(10) Código do arquivo PK endereco V(180) Descrição do local de armazenamento
Quadro 22 – Dicionário de dados da tabela de arquivo
64
APÊNDICE C – Questionário perfil do usuário
Data: ____/____/____
Observação: As informações recebidas serão mantidas de forma confidencial. Preencha o seguinte questionário sobre informações sobre o seu perfil de usuário. Seja o mais específico possível nas respostas. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ___ anos Escolaridade: ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo – 1º grau ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio – 2º grau ( ) Ensino superior incompleto curso: _________instituição:________________ ( ) Ensino superior completo curso: _________instituição:________________ ( ) Aluno de mestrado área: __________instituição:________________ ( ) Aluno de doutorado área: __________instituição:________________
65
APÊNDICE D – Roteiro e Questionário de Avaliação de Usabilidade [usuário com perfil Médico]
Período de realização do teste: Data de Início: / / 2011 Data Final: / / 2011 Hora de inicio: Hora de fim: Usuário: Senha: Primeira Parte: Neste questionário estamos interessados em obter um melhor entendimento acerca do desempenho, usabilidade e dificuldade que as pessoas apresentam ao utilizar o SIDMD – um sistema interativo de diagnósticos médicos a distância, que pretende facilitar a descentralização da consulta especializada: Este estudo visa especificamente encontrar omissões e erros na compreensão dos requisitos de usabilidade e identificar problemas no uso podendo até sugerir dicas para correções. Não são os usuários que estão sendo avaliados mas sim o sistema e suas características de uso. Sua experiência no uso de sistemas (similares ou não) é fundamental para nosso estudo e por isto gostaríamos que sua participação e principalmente comentários, críticas e sugestões sejam explicitamente registrados nos formulários e questionários que estamos fornecendo. Se porventura não houver um espaço (item, questão, etc) que você considera adequado para comentar alguma questão, erro, problema ou dúvida, não hesite em usar qualquer espaço disponível para fazê-lo. Sua opinião é importante e não queremos que as limitações do formulário o impeça de passá-la para nós!!
As seguintes instruções servirão para guiá-lo neste teste e tudo que você responder neste questionário nos ajudará a obter as informações que servirão para medirmos a usabilidade do SIDMD. Este questionário possui 7 questões. Por gentileza, responda cada uma delas. Lista de tarefas: Tarefa No.1 : Realizar o login no sistema utilizando-se do usuário e senha recebidos. A sua primeira tarefa é explorar o sistema, observando a disposição dos menus e campos.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.2 : Assumindo um caso clínico
Sua segunda tarefa é verificar se você possui algum caso clínico pendente em sua lista de casos pendentes. Caso o tenha, selecione o mesmo e o assuma, de forma que você será o responsável pelo diagnóstico do mesmo.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
66
Tarefa No.3 : Interagindo com a imagem Em sua terceira tarefa, destaque algum ponto interessante na imagem apresentada.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.4 : Realizando diagnósticos Em sua quarta tarefa, apresente o diagnóstico final ao agente de saúde.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.5 : Compartilhando casos Na quinta tarefa, deve-se assumir um novo caso e compartilhar o caso clínico, fazendo com que o mesmo vá para a lista de casos compartilhados,
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.6 : Interagindo em casos clínicos compartilhados por outro médico Na sexta tarefa, faça perguntas a um médico que lhe auxiliará no caso, através do compartilhamento.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.7 : Inserindo diagnóstico Em sua sétima tarefa, apresente o diagnóstico final ao agente de saúde.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Segunda Parte: Para finalizar após realizar as tarefas acima e demais testes no sistema, convidamos você a responder o questionário abaixo. É simples. Se restringindo somente às suas impressões obtidas perante a usabilidade no sistema você deve responder na primeira fase as questões objetivas marcando uma das alternativas. Basicamente, você deve marcar a primeira caixa, se você CONCORDA TOTALMENTE com a questão. Marque a segunda caixa se você CONCORDA PARCIALMENTE. Marque a caixa central se você está NEM CONCORDA, NEM DISCORDA e não pode dar sua opinião sobre o assunto. Marque a quarta caixa se você DISCORDA PARCIALMENTE e marque a última caixa se você DISCORDA TOTALMENTE. Logo após, tem uma questão dissertativa que você pode responder usando quantas linhas julgar conveniente.
67
Perguntas / Critérios de avaliação
Con
cord
o to
talm
ente
Con
cord
o pa
rcia
lmen
te
Nem
con
cord
o,
nem
dis
cord
o
Dis
cord
o pa
rcia
lmen
te
Dis
cord
o to
talm
ente
1. O sistema (SIDMD) é de fácil utilização, não requer maiores treinamentos?
2. As funções oferecidas pelo SIDMD tem uso prático?
3. Você considera o SIDMD um sistema adequado para realizar diagnósticos médicos a distancia?
4. É possível interagir com outros usuários via SIDMD?
5. O SIDMD auxilia atividade médica em lugares remotos?
6. O sistema permite que casos clínicos sejam compartilhados com outros médicos?
7. Você faria uma consulta dermatológica utilizando-se deste sistema?
Qual é a sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"; __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Obrigado pela sua participação no teste deste sistema!
68
APÊNDICE E – Roteiro e Questionário de Avaliação de Usabilidade [usuário com perfil Agente de Saúde]
Período de realização do teste: Data de Início: / / 2011 Data Final: / / 2011 Hora de inicio: Hora de fim: Usuário: Senha: Neste experimento estamos interessados em obter um melhor entendimento acerca dos problemas que as pessoas apresentam ao utilizar o SIDMD – um sistema interativo de diagnósticos médicos a distância, que pretende facilitar a descentralização da consulta especializada: Este estudo visa especificamente encontrar omissões e erros na compreensão dos requisitos de usabilidade e identificar problemas no uso podendo até sugerir dicas para correções. Não são os usuários que estão sendo avaliados mas sim o sistema e suas características de uso. Sua experiência no uso de sistemas (similares ou não) é fundamental para nosso estudo e por isto gostaríamos que sua participação e principalmente comentários, críticas e sugestões sejam explicitamente registrados nos formulários e questionários que estamos fornecendo. Se porventura não houver um espaço (item, questão, etc) que você considera adequado para comentar alguma questão, erro, problema ou dúvida, não hesite em usar qualquer espaço disponível para fazê-lo. Sua opinião é importante e não queremos que as limitações do formulário o impeça de passá-la para nós!!
As seguintes instruções servirão para guiá-lo neste teste e tudo que você responder neste questionário nos ajudará a obter as informações que servirão para medirmos a usabilidade do SIDMD. Este questionário possui 5 questões. Por gentileza, responda cada uma delas.
Lista de tarefas: Tarefa No.1 : Realizar o login no sistema utilizando-se do usuário e senha recebidos. A sua primeira tarefa é explorar o sistema, observando a disposição dos menus e campos.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.2 : Inclusão e alteração do cadastro de pacientes
Sua segunda tarefa é cadastrar um paciente. Informe os dados solicitados pelo sistema e verifique como o sistema se comporta realizando a inclusão e alteração deste registro
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
69
Tarefa No.3 : Inclusão e alteração do cadastro de casos clínicos Como terceira tarefa, inclua um novo caso clínico para o paciente cadastrado.
Informando sua situação, sintomas e demais dados.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No.4 : Se tratando de uma teleconsulta dermatológica, o médico precisa analisar os problemas dos pacientes via fotos, com isso nesta tarefa busque seu caso na lista e inclua as fotografias das pintas do paciente. A partir deste momento seu caso foi enviado para a lista de casos pendentes e logo será atendido por um especialista. Aguarde o atendimento.
A tarefa foi executada? Sim, não? Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tarefa No. 5 : Verifique se o caso clínico cadastrado possui um diagnóstico. Se sim, imprima um parecer médico ao paciente e finalize o mesmo. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Qual é a sua opinião sobre o sistema quanto ao seu uso e funcionalidades? (críticas e sugestões)"; ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Obrigado pela sua participação!