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Sistema Prisional na Ditadura Militar *Cleibson Lima Carvalho *Jaiane de Moura Lopes *Maria Gabriela S. Vasconcelos *Raissa de Sousa Anchiêta *Raylany Rodrigues Lima

Sistema Prisional Na Ditadura Militar

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como era o sistema prisional na ditadura militar

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Page 1: Sistema Prisional Na Ditadura Militar

Sistema Prisional na Ditadura Militar

*Cleibson Lima Carvalho

*Jaiane de Moura Lopes

*Maria Gabriela S. Vasconcelos

*Raissa de Sousa Anchiêta

*Raylany Rodrigues Lima

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Espécies de Penas

Privativas de liberdade Restritivas de direito multa

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Os presos possuíam as mesmas garantias do atual código penal.

Violação das garantias asseguradas aos presos. Tortura era utilizada nos interrogatórios para

obtenção de informações. Com o AI-5, os jornais passaram a ser mais

censurados e com a falta de divulgação da violência, os fatos de tortura tornaram-se cotidianos.

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Tipos de Tortura Cadeira do Dragão

(...) Despida brutalmente pelos policiais, fui sentada na “ca deira do dragão”, sobre uma placa metálica, pés e mãos amarrados, fios elétricos ligados ao corpo tocando língua, ou vidos, olhos, pulsos, seios e órgãos genitais. (...).

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Pau-de-Arara

(...) Quando eu vi o pau de arara, não reconheci o que era porque estava em choque. Vi um copo cheio de uma substância branca e achei que era açúcar, para tomar com água na hora do nervoso. Mas era sal, para pôr nas feridas.(...).

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Choques Elétricos

(...)Hoje, eu ainda vejo a cara dessas pessoas, são lembranças muito fortes. Eu vejo a cara do estuprador. Era uma cara redonda. Era um homem gordo, que me dava choques na vagina e dizia: ‘Você vai parir eletricidade’. (...).

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Espancamentos

(...) Era soco, pontapé, batiam no meu quadril. Apanhei tanto na boca que a dentadura enganchou na gengiva. Minha boca ficou toda inchada, cheia de dentes quebrados. (...)

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Afogamentos

(...) Passei por afogamento várias vezes. Os caras me enfiavam de capuz num tanque de água suja, fedida, nojenta. Quando retiravam a minha cabeça, eu não conseguia respirar, porque aquele pano grudava no nariz.(...).

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Geladeira

(...) que, sendo, de novo, encapuzado, fui levado para um lo cal totalmente fechado cujas paredes eram revestidas de Eucatex preto, cuja temperatura era extremamente baixa; (...) que, naquela sala ouvia sons estridentes, ensurdecedores, capaz até de produzir a loucura; (...)

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Soro da Verdade

(...) Eles tinham aplicado uma injeção de pentothal, que chamavam de ‘soro da verdade’, e eu estava muito zonza. Eles tiveram muito ódio de mim porque diziam que eu era macho de aguentar. (...).

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Torturas psicológicas

(...) Lá estava a minha filha de um ano e dez meses, só de fralda, no frio. Eles a colocaram na minha frente, gritando, chorando, e ameaçavam dar choque nela. (...).

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Ato Institucional 5

Deu novamente ao presidente o poder de fechar o Congresso, Assembleias e Câmaras. O Congresso foi fechado por tempo indeterminado no mesmo dia

Renovou poderes conferidos antes ao presidente para aplicar punições, cassar mandatos e suspender direitos políticos, agora em caráter permanente

Suspendeu a garantia do habeas corpus em casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e a economia popular

Deu ao presidente o poder de confiscar bens de funcionários acusados de enriquecimento ilícito

O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.

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A resposta do governo foi a edição do AI-5, o mais drástico dos instrumentos jurídicos de exceção adotados pelo regime. Além de restabelecer os poderes que o governo desejava ter para cassar e suspender direitos políticos, desta vez sem prazo de validade, o novo ato institucional suspendeu a garantia do habeas corpus, impedindo que opositores presos pelo regime recorressem à Justiça para obter a liberdade. Costa e Silva fechou o Congresso Nacional no mesmo dia, por prazo indeterminado.

O AI-5 permaneceu em vigor por uma década e foi um divisor de águas na vida política do país. Ele inaugurou a fase mais repressiva da ditadura militar, em que pelo menos 300 militantes de organizações de esquerda foram mortos pelos órgãos de segurança e mais de 1.700 pessoas foram punidas por decreto. Nos primeiros dois anos de vigência da medida, presos políticos processados nas auditorias da Justiça Militar denunciaram mais de 2.200 casos de tortura.

A Constituição de 1967, no § 11 de seu art. 150, previa a pena de morte também em tempo de paz, com a alteração feita pelo Ato Institucional n. 14, de 5 de setembro de 1969. Tal previsão foi acolhida pela Emenda Constitucional n. 1, de 1969, presente no § 11 de seu art. 153. Como consequência, a Lei de Segurança Nacional (Decreto-Lei n. 898, de 29 de setembro de 1969) foi alterada para prever também a pena capital em tempo de paz.

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Neste panorama, nos idos de 1970, houve na Justiça Militar brasileira uma condenação à pena de morte em tempo de paz, por crime contra a Segurança Nacional (Decreto-Lei 898/69, art. 33§§ 1º e 2º, c.c. Código Penal Militar, arts. 53 e 79). No caso em tela, o Réu, menor de 21 anos, foi condenado pelo Conselho Especial de Justiça da Auditoria da 6ª Circunscrição Judiciária Militar (Bahia) em 18 de março de 1971, por ter cometido homicídio contra um Sargento da Aeronáutica e por ferir o motorista da viatura, durante uma investigação a células clandestinas de subversão. Apelou o réu ao Superior Tribunal Militar, tendo reduzida sua pena para prisão perpétua, em face de sua menoridade e primariedade, em sessão datada de 14 de junho de 1971 (STM – Ap. 38.590 – BA – Rel. Min Dr. Amarílio Lopes Salgado, sessão de 14.06.1971).

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Comissão da verdade É o nome de uma comissão brasileira que tem por objetivo investigar violações

de direitos humanos consideradas graves e ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988 no Brasil por agentes do estado. Essa comissão é formada por sete membros nomeados pela presidente do Brasil Dilma Rousseff e catorze auxiliares para atuarem por dois anos, sendo que, ao final desse período, publicarão um relatório dos principais achados, o qual pode ser público ou enviado apenas para o presidente da república ou o ministro da defesa. A lei que a institui (Lei nº 12.528 de 2011) e a comissão foi instalada oficialmente em 16 de maio de 2012.

A comissão tem o direito de convocar vítimas ou acusados das violações para depoimentos - ainda que a convocação não tenha caráter obrigatório - e também a ver todos os arquivos do poder público sobre o período, mas não terá o poder de punir ou recomendar que acusados de violar direitos humanos sejam punidos. A comissão deve colaborar com as instâncias do poder público para a apuração de violação de direitos humanos, além de enviar aos órgãos públicos competentes dados que possam auxiliar na identificação de restos mortais de desaparecidos.8 Também identificará os locais, estruturas, instituições e circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos, além de identificar eventuais ramificações na sociedade e nos aparelhos estatais.

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Lei da Anistia

concedia perdão aos exilados políticos e militares envolvidos em violações aos direitos humanos anteriores à lei. Devido essa lei, nenhum militar ou agente do estado foi julgado ou condenado por seus crimes.

Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares …(vetado).

Recentemente, uma organização de direitos humanos e advogados brasileiros exigiram a anulação da lei de anistia de 1979 para que os responsáveis pelos crimes pudessem ser julgados em corte. Porém o Brasil negou a anulação. Apesar da pressão internacional para que a lei seja anulada, o presidente do supremo tribunal Cesar Peluso afirma: ”se é verdade que todas as pessoas, de acordo com a própria cultura, resolvem seus problemas históricos da própria maneira, então o Brasil escolheu o caminho da harmonia.”

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O Dossiê sobre os Desaparecidos e Assassinados, publicado pela primeira vez originalmente em 1984 pelo Comitê de Anistia, revelou 217 vítimas de assassinato e mais 152 vítimas forçadas a deixar o país por agentes do estado. Mas, na Lei nº 9.140, uma lei que prevê indenização às famílias das vítimas, apenas reconheceu na época 130 das vítimas forçadas a sair do Brasil, e nenhuma das vítimas assassinadas. Além dos principais casos em que houve indenização paga pelo governo, outros 12.000 casos já foram compensados de 1995 a 2010.

" a força pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, o medo pode adiá-la, mas o tempo acaba por trazer a luz. Hoje, esse tempo chegou".

Galileu Galilei

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Caso de Vladimir Herzog