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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Serra Talhada, 04 de agosto de 2016 Sistema Único de Assistência Social - SUAS e Sistema de Justiça – ações integradas

Sistema Único de Assistência Social · Social, Criança e Juventude Serra Talhada, 04 de agosto de 2016 Sistema Único de ... Desorganização dos serviços e comprometimento dos

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude

Serra Talhada, 04 de agosto de 2016

Sistema Único de Assistência Social -SUAS e Sistema de

Justiça – ações integradas

“A assistência social, DIREITO DO CIDADÃO EDEVER DO ESTADO, é Política de Seguridade Socialnão contributiva, que provê os mínimos sociais,realizada através de um conjunto integrado deações de iniciativa pública e da sociedade, paragarantir o atendimento às necessidades básicas”.

(Art. 1º da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - LOAS).

Marco Legal

• Constituição Federal de 1988 (Art. 203 e 204);

• Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – (Lei nº 8.742 de 07de dezembro de 1993);

• Política Nacional de Assistência Social - PNAS 2004;

• Norma Operacional Básica de Recursos Humanos - NOBSUAS-RH 2006;

• Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais 2009;

• Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial -NOB/SUAS 2012;

• Decretos, Portarias, Resoluções...

Descentralizado e

participativo

Fundamentado na

cooperação entre as esferas de governo

Competências comuns e específicas a cada esfera

Comando único das ações em

cada esfera de governo

Ações articuladas

Sistema público não contributivo, descentralizado e participativo,

denominado SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS

SUAS

UNIÃO

ESTADOS

MUNICÍPIOS

Vigilância SocioassistencialDefesa de Direitos Proteção Social

Sistema Único daAssistência Social

SUAS

Proteção Social

Básica Especial

Média Complexidade

AltaComplexidade

Proteção à vida, reduçãode danos, prevenção de

incidência deriscos sociais,

independente decontribuição prévia

Identificaçãodas vulnerabilidades,

capacidade naoferta dos serviços nos

municípios

FUNÇÕES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Garantia do pleno acesso aos direitos no conjunto

das provisões socioassistenciais

• Provida por meio da oferta pública de espaços e serviços para a realização da proteção social.Acolhida

• Por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios continuados para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de proteção social, que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho.

Renda

• Construção, restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e societários.

Convívio ou vivência familiar,

comunitária e social

• Desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício do protagonismo e da cidadania; a conquista de melhores graus de liberdade; a conquista de maior grau de independência pessoal e qualidade, nos laços sociais, para os cidadãos e as cidadãs sob contingências e vicissitudes.

Desenvolvimento de

autonomia

• Quando sob riscos circunstanciais, exige a oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia, em caráter transitório, denominados de benefícios eventuais para as famílias, seus membros e indivíduos.

Apoio e auxílio

Ações de Assistência Social

TransferênciaRegular e

Automática(pisos)

Modalidade de Cofinanciamento

SistemaOperacional

SUASWebSERVIÇOS

Convênios SICONVPROGRAMAS E PROJETOS

Transferênciadireta

MDS/ INSS/ Bancos

BENEFÍCIOS

(BPC E BENEFÍCIOS EVENTUAIS)

São aqueles que garantem:

• Fortalecimento da convivência familiar e comunitária;

• Referência para escuta e apoio sociofamiliar e informação para garantia de direitos;

•Geração de trabalho e renda;

•Orientação para outras políticas públicas;

• Prevenção;

• Atendem situações de violação de direitos violados ou ameaçados.

I - Serviços de Proteção Social Básica:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF);

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos;

c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência eidosas.

II - Serviços de Proteção Social Especial de Média Complexidade:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI);

b) Serviço Especializado em Abordagem Social;

c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de MedidaSocioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Comunidade(PSC);

d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suasFamílias;

e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

III - Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade:

a) Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades:

- abrigo institucional;

- Casa-Lar;

- Casa de Passagem;

- Residência Inclusiva.

b) Serviço de Acolhimento em República;

c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;

d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.

Os Benefícios Assistenciais integram a política de assistência social e seconfiguram como direito do cidadão e dever do Estado.

São prestados de forma articulada a inclusão dos beneficiários e desuas famílias nos serviços socioassistenciais e de outras políticassetoriais.

Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidadesdirecionadas a públicos específicos:

•Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC)

•Benefício do Programa Bolsa Família e

•Benefícios Eventuais.

Os Benefícios Eventuais caracterizam-se por seu caráter suplementar eprovisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude denascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e decalamidade pública.

• Conhecimento dos atores institucionais e dos órgãos que compõema rede, suas competências e funções;

• Definição das atribuições e especificidades da atuação dos diversosórgãos e instituições envolvidas;

• Identificação dos pontos de intersecção entre órgãos que compõeme a rede;

• Prevenção com vistas a evitar sobreposição e o paralelismo dasações;

• Estabelecimento de diálogos sobre as normas que tratam deassuntos similares;

• Busca da horizontalidade nas relações e no diálogo entre osenvolvidos;

• Preservação das competências próprias de cada órgão ouinstituição.

Gestão municipalArticulação institucional

entre os atores que compõem a rede

Atuação realizada por profissionais de forma

regulada

NOB/SUAS RH

Resolução CNAS nº 17/2011

Resolução CNAS n 09/2014

Órgão do Sistema de Justiça toma conhecimento de famílias e indivíduos em

vulnerabilidade por violação de direitos

Aciona a Rede Socioassistencial - que insere

no conjunto de proteções. Com fluxo estabelecido com órgão gestor da Assistência

Social

Acolhida

• Identificar, compreender e avaliar as demandas apresentadas pelas famílias e indivíduos; os motivos da procura, se espontânea ou por encaminhamento e sua pertinência; e as expectativas dos usuários sobre os serviços, esclarecendo quais as ofertas disponíveis na rede, que se dará no atendimento inicial.

Visita Domiciliar

• Atividade desenvolvida de forma planejada na residência da família ou indivíduo com participação dos técnicos dos serviços e visa possibilitar a escuta qualificada, a compreensão da dinâmica e história de vida, e o registro e análise de dados e informações sobre o cotidiano da vida familiar. Não deve ser confundida com apuração de denúncia ou fiscalização.

Prontuário

• É o instrumento técnico que visa auxiliar os profissionais na organização e registro das informações indispensáveis à realização do trabalho social com os usuários dos serviços orientando o planejamento do acompanhamento familiar, constituindo-se como o histórico dos atendimentos realizados. Instrumento contem informações de caráter privativo e sigiloso que devem ser resguardados pelos profissionais do SUAS.

Relatório Mensal de Acompanhamento dos Serviços

• Documentos que contém dados quantitativos relacionados à oferta dos serviços socioassistenciais. Servem para subsidiar planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação de ações por parte dos gestores, sobretudo para subsidiar a Vigilância Socioassistencial.

Plano Individual de Atendimento (PIA) para Serviço de Acolhimento

• Instrumento de Planejamento que norteia as ações a serem realizadas pela equipe de referência dos serviços de acolhimento para viabilização da proteção integral, a reintegração familiar e comunitária (quando possível) e a autonomia de pessoas acolhidas. Deve ser elaborado com a participação do usuário. Obrigatório conforme Art. 101 do ECA; Orientações Técnicas CNAS/CONANDA e Provimento 32/2013 – CNJ.

Plano Individual de Atendimento para Serviço de Medida

Socioeducativa em meio aberto

• Instrumento de Previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente como Previsto na Lei nº 12.594/2012 (SINASE). Deve ser pactuado entre o técnico e o adolescente, envolvendo dimensões da a família e demais políticas públicas setoriais.

Relatório Técnico para acompanhamento familiar

• Relatório para uso interno do SUAS: documentos rotineiros dos serviços socioassistenciais compostos do registro de informações, observações, pesquisas, fatos que identificam as famílias do território e pareceres dos profissionais. Documento de caráter privativo e sigiloso. Por isso deve-se resguardar as condições e prerrogativas éticas e técnicas dos profissionais (Art. 2º do Código de Ética dos Assistentes Sociais e Art. 6º do Código de Ética dos Psicólogos)

Relatório Técnico para acompanhamento familiar

• Relatório para uso externo do SUAS: documentos elaborados a partir de solicitações e/ou requisições com o objetivo de prestar informações sobre a inserção de famílias e indivíduos no acompanhamento realizado. Deve ser organizado pelos coordenadores dos serviços em conjunto com os técnicos. (Atenção: Quaisquer solicitações destes relatórios devem ser encaminhados ao órgão gestor da Assistência Social ou a central de acolhimento, se houver)

Relatório Técnico de acompanhamento do adolescente em cumprimento de medidas

socioeducativas em meio aberto

• Estes relatórios deverão ser elaborados periodicamente pelo técnico de referência do serviço de MSE em meio aberto e encaminhado ao poder judiciário, em consonância ao previsto na Lei nº 12.594/2012 (SINASE). A função deste relatório não é de julgamento, de perícia, de diagnóstico ou de prognóstico. É um instrumento que permite o fluxo de informações sobre o acompanhamento da medida socioeducativa aplicada.

Medidas com intuito de responsabilização e investigação:

a) Realização de Perícia;

b) Inquirição de vítimas e acusados;

c) Oitiva para fins judiciais;

d) Produção de provas de acusação;

e) Guarda ou tutela de crianças e adolescentes de forma impositiva aosprofissionais do serviço de acolhimento ou ao órgão gestor da assistênciasocial, salvo nas previsões estabelecidas em lei;

f) Curatela de idosos, de pessoas com deficiência ou com transtorno mentalaos profissionais de serviços de acolhimento ou ao órgão gestor daassistência social, salvo nas previsões estabelecidas em lei;

g) Adoção de crianças e adolescentes;

h) Averiguação de denúncia de maus-tratos contra crianças, adolescentes,idosos, pessoa com deficiência, ou vítima de violência doméstica contramulher.

As atribuições das equipes técnicas

da Assistência Social são

distintas das que integram ou

deveriam equipes multiprofissionais

dos órgãos do sistema de justiça;

Quando órgãos do Sistema de Justiça

exigem dos profissionais do

SUAS a realização de atividades

distintas de sua atribuição há

prejuízo para o alcance dos objetivos da

Assistência Social;

O caráter protetivo do SUAS

fica comprometido

quando relatórios técnicos dos

profissionais são confundidos com documentos de

caráter investigativo e

fiscalizador.

Quebra de confiança e/ou rompimento de vínculos

entre usuários e profissionais que prestam

os serviços e benefícios em virtude do uso da

relação de confiança para fundamentar documento gerador de prova contra

usuário;

Desvio de função dos profissionais que

compõem as equipes de referência do SUAS para desempenho de tarefas para as quais não foram contratados e em alguns

casos que não estão preparados;

Fragilização ético-político-profissional e destituição

do caráter protetivoinerente ao SUAS;

Fragilização e destituição do caráter

socioassistencial dos serviços e benefícios

normatizados e implementados no âmbito

do SUAS;

Priorização das demandas judiciais em detrimento das demanda ordinárias

próprias dos serviços socioassistenciais,

implicando em menor disponibilidade de tempo

para as funções de proteção social aos

usuários e suas famílias;

Desorganização dos serviços e

comprometimento dos recursos financeiros e materiais disponíveis

frente ás demandas não planejadas.

Conhecimento do papel do SUAS e de cada órgão do Sistema de Justiça;

Comunicação e integração envolvendo profissionais de formações diversas, que possuem conhecimentos, habilidades e atitudes diferentes dos dois sistemas;

Conhecimento da linguagem própria de cada área: uso comum e técnico dos termos;

Definição de fluxos operacionais interinstitucionais;

Formalização através de protocolos de atendimento integrado;

Articulação entre os sistemas de informação;

Instituição conjunta de sistema informacional de registro dos atendimentos;

Instituição de instância de articulação e diálogo entre os profissionais de ambos os sistemas.

Joelson Rodrigues Reis e SilvaGerente do Sistema Único de Assistência Social

[email protected]@yahoo.com.br

(81)3183.0707www.sdscj.pe.gov.brwww.sigas.pe.gov.br

Obrigado!