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1 Sistema Único de Saúde: Legislação, Organização e Funcionamento Professor Otávio Brasília, 2012 Como era o Brasil antes do SUS? Déc. 20 – primeiros benefícios previdenciários Déc. 50 – Ministério da Saúde Déc. 60 – sistema de saúde campanhas hospitais enfermidades crônicas Previdência Social Ministério da Saúde Setor privado

Sistema Único de Saúde: Legislação, Organização e …igepp.com.br/uploads/arquivos/sus.pdf · 2014-09-30 · ao SUS. Lei Orgânica de Saúde Lei no. 8.080/90 ... üOrganização

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Sistema Único de Saúde:Legislação, Organização e

Funcionamento

Professor Otávio

Brasília, 2012

Como era o Brasil antes do SUS?

Déc. 20 – primeiros benefícios previdenciários

Déc. 50 – Ministério da Saúde

Déc. 60 – sistema de saúde

campanhas

hospitais enfermidades crônicas

Previdência Social

Ministério da Saúde

Setor privado

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Brasil, 1964: transformações político-administrativas

forte intervenção militar ⇒ filosofia totalitarista

Sistema Nacional de Saúde ⇒ saúde pública + “atenção às pessoas” (Lei 6.229/75)

Déc. 70 – Dicotomia Institucional e Assistencial

MPAS - prestação de assistência médica curativa ao trabalhador (INAMPS).

MS – formulação da PNS, intervenções coletivas e preventivas, e atendimento a populações carentes (Secretarias Estaduais de Saúde e serviços públicos federais).

Porém - aumento da clientela atendida

- diversificação das provisões de serviço

- reduzido controle sobre os gastos

CRISE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

8a Conferência Nacional de Saúde (1986) - Pré Constituinte da Saúde (fruto da Reforma Sanitária Brasileira)

→ saúde como direito de cidadania

→ equidade e integralidade das ações

→ saúde como componente da seguridade social

→ sistema público com comando único

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Constituição Federal de 1988:Título VIII

Capítulo II – Seguridade Social

Seção I – Disposições Gerais

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Seção II – Saúde

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Princípios doutrinários do SUS: universalidade, igualdade e integralidade

E o examinador com isso...?

Fundação Carlos ChagasPara melhorar o sistema de saúde pública, um importante

evento colocou como meta a criação do SUS (Sistema Único de Saúde). Trata-se do(a):

a) V Conferência Nacional de Saúde, de 1980.b) VIII Conferência Nacional de Saúde, de 1986.c) Conferência Nacional de Medicina de 1977.d) IV Congresso Mundial de Saúde Pública de 1990.e) XVII Congresso Paulista de Saúde.

Ministério da Saúde (2003)( ) Com base nos princípios da universalidade e da equidade, somente os trabalhadores urbanos e rurais, com carteira assinada, empregados e trabalhadores em empresas públicas e privadas devem ter acesso garantido a todos os níveis de atenção à saúde.

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Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização;II - atendimento integral;III - participação da comunidade.

Princípios organizacionais (ou diretrizes) do SUS

E o examinador com isso...?

Consultor Legislativo do Senado Federal (03/02/2002)

( ) Na Seção II do título VIII da Constituição da República, o art. 198 estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS) como um sistema hierarquizado e regionalizado, que será organizado com base nos princípios da descentralização, do atendimento integral e da participação da comunidade.

Consultor Legislativo do Senado Federal (03/02/2002)( ) As diretrizes de descentralização, de atendimento integral e de participação da comunidade que orientam o SUS foram estabelecidos pelas Conferências de Saúde organizadas após a promulgação da Constituição Federal de 1988, e portanto não estão contempladas neste documento.

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SES-DF – Cargo dentista (2006)São princípios operacionais do SUS:a) Hierarquização e Universalidade.b) Regionalização e Eqüidade.c) Descentralização e Regionalização.d) Integralidade e Eqüidade.e) Resolubilidade e Universalidade.

SES-DF – Cargo nutricionista (2006)Tradicionalmente, os princípios do SUS são classificados

em éticos e operacionais. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que contemple somente princípios éticos:

a) Hierarquização e Universalidade.b) Regionalização e Eqüidade.c) Descentralização e Regionalização.d) Integralidade e Eqüidade.e) Resolubilidade e Universalidade.

SES-DF – Cargo nutricionista (2006)“Tratar de forma desigual os desiguais, para atingir a

igualdade”. Esta afirmação está contemplada pelo seguinte princípio do SUS:

a) Universalidade. b) Regionalização.c) Eqüidade. d) Descentralização.e) Integralidade.

Prefeitura Municipal de Goiânia-GO – Técnico de Enfermagem (2007)As ações e serviços de saúde que integram o SUS são desenvolvidos de

acordo com as diretrizes previstas no artigo 198 da Constituição Federal e obedecem, ainda, os seguintes princípios fundamentais:

a) integralidade, controle social, centralização e hierarquização da atenção básica da saúde;

b) humanização no atendimento, hierarquização, centralização e universalidade;

c) universalidade, resolutividade, igualdade no atendimento e privatização;d) universalidade, integralidade, participação da comunidade,

descentralização político-administrativa.

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Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS (...) mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

E o examinador com isso...?

Fundação Carlos ChagasÀ concepção do Sistema Único de Saúde (SUS), regulado

pelo poder do Estado, corresponde:

a) Uma noção autoritária de política social que bloqueia o direito à livre organização do trabalho em saúde em um contexto de cidadania restrito;

b)Uma noção socialista de que a atenção à saúde deve ser estatal em um contexto de cidadania restrito;

c) Uma noção centralizadora e vertical de Estado como gestor único das políticas de saúde em um contexto de cidadania regulada;

d) Uma noção de Estado de bem-estar em que os direitos sociais são elemento essencial em um contexto de cidadania plena.

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Consultor Legislativo do Senado Federal (03/02/2002)( ) Na Seção II do título VIII da Constituição da República, o art. 199 trata da participação da iniciativa privada na assistência à saúde, a qual pode ser efetivada mediante contratos de direito público ou convênios, não havendo distinção entre entidades filantrópicas e aquelas que tem fins lucrativos.

E o examinador com isso...?

Hospital das Clínicas - GO (2005)A legislação brasileira define a participação da iniciativa privada na assistência à saúde e:(A) faculta a destinação de recursos públicos para subvenção às instituições privadas com fins lucrativos;(B) permite a participação complementar de instituições privadas no SUS, tendo preferência as filantrópicas e as sem fins lucrativos;(C) permite a participação de empresas estrangeiras na assistência à saúde, no país;(D) permite a comercialização de órgãos e tecidos para fins de transplante.

Hospital das Clínicas – GO, Farmacêutico (2005)Nos termos da Constituição Federal, a organização do SUS

segue as seguintes diretrizes:

(A) descentralização, direção única em cada esfera de governo e participação da comunidade;

(B) atendimento integral e Programa de Saúde da Família

(C) participação da comunidade e prioridade do setor filantrópico sobre o público

(D) centralização e universalidade

ANVISA (2007)( ) A prestação de serviço de saúde por particulares depende de delegação do poder público, podendo ocorrer tanto em regime administrativo de autorização como de permissão

E o examinador com isso...?

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Moldura Jurídica do Sistema Público de Saúde Brasileiro:

→Constituição Federal de 1988: criação do SUS

→Lei 8.080/1990: regulamentação do SUS

→Lei 8.142/1990: participação social no SUS

→Normas Operacionais Básicas – NOB 91, NOB 93, NOB

96, NOAS 2001 e Pacto pela Saúde 2006.

→Emenda Constitucional no. 29/2000: recursos destinados

ao SUS.

Lei Orgânica de Saúde

Lei no. 8.080/90

üComposição do SUS

üObjetivos

üCompetências

üPrincípios e Diretrizes Legais do SUS

üOrganização

üFinanciamento

Regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS)

- integração dos serviços municipais, estaduais e federal;

- concretização dos princípios constitucionais.

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Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).

⇒ incluídas instituições das 3 esferas públicas de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue, hemoderivados e equipamentos para saúde.

⇒ iniciativa privada poderá participar do SUS em caráter complementar.

Lei no. 8.080/90 – Composição

E o examinador com isso...?Hemobrás (2008)( ) O Sistema Único de Saúde (SUS) constitui o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público, sendo vedada a participação da iniciativa privada.

Ministério da Saúde (2007)( ) O SUS é composto pelos serviços públicos de saúde e de forma complementar, pelos serviços filantrópicos. .

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Art. 5º São objetivos do SUS:

I - identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

II - formulação de política de saúde (regionalização);

III - assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com integração das ações assistenciais e das atividades preventivas.

Lei no. 8.080/90 – Objetivos

E o examinador com isso...?

Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados (29/09/2002)( ) As funções gestoras no SUS – formulação de políticas e planejamento; financiamento; coordenação; regulação e avaliação; prestação direta de serviços em caráter de exceção e ações estratégicas – são exclusivas da esfera federal, que as normatiza para os três níveis de governo.

INCA (2005) – Farmácia HospitalarA competência de “ planejar, organizar, controlar, e avaliar as ações e os serviços públicos de saúde “ é da(s) esfera(s) de gestão:I – Federal.II – Estadual.III – Municipal.IV – Distrital.

(A) I, II e III estão corretas;(B) apenas I e III estão corretas;(C) apenas III está correta;(D) apenas II está correta;(E) apenas I está correta.

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Art. 6º Campo de atuação do SUS (competências):• execução de ações, incluindo vigilância sanitária e assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;• formulação da política e execução de saneamento básico;• vigilância nutricional e a orientação alimentar;• formulação da política de medicamentos;• controle/fiscalização de serviços, produtos e substâncias p/ saúde;• incremento do desenvolvimento científico e tecnológico;• formulação e execução da política de sangue e derivados.

Arts. 16 a 18 - Ações com foco no município: ao município compete executar ações e serviços nestas áreas

a) de vigilância epidemiológica;b) de vigilância sanitária;c) de alimentação e nutrição; ed) de saúde do trabalhador;

E o examinador com isso...?

Fundação Carlos ChagasA Lei 8.080/90, estipula que a execução dos serviços de Vigilância Epidemiológica é da competência:

a) do Ministério da Saúdeb) do Ministério da Saúde e Governo Estadualc) do município e, em caráter complementar, SUS Estaduald) do município e da iniciativa privada

Fundação Carlos Chagas De acordo com a Lei 8.080/90, são da competência das três esferas de governo as ações abaixo citadas, exceto aquelas relacionadas:

a) assistência terapêutica.b) à vigilância sanitária.c) à saúde do trabalhador.d) à vigilância epidemiológica.e) ao controle da natalidade.

Ministério da Saúde (2003)( ) As competências do SUS incluem as atribuições da vigilância sanitária e implicam a execução de ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador.

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E o examinador com isso...?Prefeitura Municipal de Goiânia/GO – Técnico de Enfermagem (2007)Estão incluídas no campo de atuação do SUS as ações de vigilância sanitária. Conforme o § 1º do Artigo 6º da Lei 8080/90, entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações que:a) permite a eliminação, diminução ou prevenção de riscos à saúde e a intervenção nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.b) proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.c) visa à descentralização dos serviços de saúde para os municípios, regionalização e hierarquização da rede de atendimento, com a finalidade de adotar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.d) destina-se à promoção e proteção da saúde dos usuários e avalia o impacto que as tecnologias provocam à saúde.

Lei no. 8.080/90 – Princípios e Diretrizes

Afora os já estabelecidos nos Arts. 196 e 198

da CF, o Art. 7º da Lei 8.080/90 agrega os seguintes:

- preservação da autonomia e da integridade física e moral das pessoas ;

- direito à informação sobre sua saúde;

- utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades;

- capacidade de resolução dos serviços de saúde;

- integração em nível executivo das ações de saúde

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E o examinador com isso...?

ANVISA (2004) ( ) A utilização da epidemiologia para estabelecer prioridades, alocar recursos e orientar ações e serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS é uma regra que poderá ser colocada de lado com o objetivo de preservar a autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.

MS (2008) ( ) Universalidade de acesso aos serviços de saúde, preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral, e igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios, são princípios e diretrizes do SUS na lei 8.080/90.MS (2008) ( ) A lei 8.080/90 prevê o direito dos sujeitos à confidencialidade da atenção à saúde e das informações dela originadas e detalha normas e procedimentos para a proteção da identidade dos pacientes.

Lei no. 8.080/90 – Organização

Art. 8º: Ações e serviços de saúde organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

Art. 9º: A direção do SUS é única, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:I - âmbito da União - Ministério da Saúde;II - âmbito dos estados e DF - Secretaria de Saúde III - âmbito dos municípios - Secretaria de Saúde

Art. 10: Municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde.

Distrito

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Lei no. 8.080/90 – Organização

Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais (CIs) de âmbitonacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e porentidades representativas da sociedade civil.

Conselho Nacional de Saúde

Secretarias Estaduais de Saúde

Comissão Intergestores Bipartite (CIB)

Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS)

Comissão Intergestores Tripartite (CIT)

Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS)

Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS)

Ministério da Saúde

Lei no. 8.142/90

Art. 1°: O SUS contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

I - a Conferência de Saúde⇒ fórum amplo de discussão e avaliação da situação de saúde, que se reúne a cada quatro anos, no caso da esfera federal, com o objetivo de estabelecer diretrizes para a formulação da política de saúde. São convocadas pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, pelo Conselho de Saúde.

II - o Conselho de Saúde.⇒ instâncias colegiadas permanentes, com poderes deliberativos, com a finalidade de garantir a participação regular do cidadão na definição, acompanhamento e fiscalização das políticas de saúde estabelecidas, inclusive no seu aspecto financeiro.

A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, sendo ambos

compostos por representantes do governo e prestadores de serviços (25%), profissionais de saúde (25%) e usuários (50%).

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Conselho Municipal de Saúde

Conselho Estadual de Saúde

Conselho Nacional de Saúde

Secretaria Estadual de Saúde - CIB (harmonização das ações municipais + Inclusão das responsabilidades próprias)

Ministério da Saúde - CIT (consolidação da PPI)

Elaboração da Programação Pactuada Integrada(Art. 36 da Lei 8.080/1990)

Programação Anual Municipal(Derivada e Consonante com oPlano de Saúde)

E o examinador com isso...?

( ) Nos sistemas municipais de saúde, os conselhos de saúde devem ter um caráter deliberativo, paritário e orgânico-instituicional

Consultor Legislativo do Senado Federal (03/02/2002)

( ) A gestão pública do SUS deve ser democrática. Nesse sentido, a Lei no. 8.142/1990 tem importância fundamental, já que institui formas de participação e de controle social.

( ) Os conselhos de saúde são foros com representação de vários segmentos sociais que se organizam com uma determinada periodiocidade não-prefixada, nas esferas federal, estadual e municipal, a fim de avaliar a situação de saúde e elaborar diretrizes para a formulação de políticas de saúde.

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E o examinador com isso...?

Consultor Legislativo do Senado Federal (03/02/2002)

( ) A Conferência de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, é órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Esse órgão atua na formalização de estratégias e no controle da execução da política de saúde de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo.

Consultor Legislativo da Câmara Legislativa do Distrito Federal (2005)( ) O processo de planejamento e orçamento do SUS é descendente, do nível federal ao local, ouvidos os órgãos deliberativos de cada esfera de governo.

Fundação Carlos ChagasEm relação aos Conselhos de Saúde, uma das instâncias colegiadas do SUS previstas pela legislação, é correto afirmar:

a) Devem reunir-se a cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais.b) Têm caráter permanente e consultivo.c) São compostos de representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.d) Atuam na formulação de estratégias e no controle as execução da política de saúde na instância correspondente, exceto nos aspectos econômicos e financeiros.e) Suas decisões, no âmbito da saúde, devem ser executadas independentemente de homologação de poder executivo.

E o examinador com isso...?

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Fundação Carlos ChagasLei 8.142/1990 a dispõe sobre:a) a qualificação de todos os profissionais da área de saúde sejam,

médicos, cirurgiões dentistas e paramédicos.b) a fiscalização de todos os estabelecimentos que envolvem saúde,

sejam hospitais, clínicas, consultórios e até mesmo centros de estética.

c) a distribuição de verbas para a saúde oriundas de parcerias com outros países do Mercosul.

d) a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.

e) a captação de mão-de-obra no campo da saúde prevendo-se a realização de concursos públicos para todos os níveis e em todos os cargos.

E o examinador com isso...?

Fundação Carlos ChagasO âmbito da União, dos Estados e Distrito Federal e dos

Municípios, a direção do SUS é exercida, respectivamente:

a) Pelo Presidente da República, pelos Governadores pelos Prefeitos

b) Pelo Congresso Nacional, pelas Assembléias Legislativas e pelas Câmaras de Vereadores

c) Pelo Ministério da Saúde, pelas Secretarias Estaduais/Distrital da Saúde e pelas Secretarias Municipais da Saúde.

d) Pela Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, pelas Secretarias Estaduais/Distrital da saúde e pelas Secretarias Municipais da Saúde.

e) Pelo Conselho Nacional da Saúde, pelos Conselhos Estaduais/ Distrital da Saúde e pelos Conselhos Municipais da Saúde.

E o examinador com isso...?

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Lei no. 8.080/90 e Lei no. 8.142/90 – Financiamento

Arts. 33 a 36 da Lei 8.080/90 e Art 3o da Lei 8.142/90:

Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial em cada esfera de governo, de forma regular e automáticapor transferência fundo a fundo, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.

Para receberem os recursos, Municípios, Estados e Distrito Federal deverão contar com:I - Fundo de Saúde;II - Conselho de Saúde;III - plano de saúde;IV - relatórios de gestão;V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

EC 29 – O Financiamento do SUS

No Plano Federal (Inciso I):

Já em 2000, 5% a mais do que foi empenhado em 1999.

A partir de 2001, valor apurado do ano anterior + a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB).

No Plano dos estados e DF (Inciso II):

De 2004 em diante, 12% da base de cálculo de arrecadação com ICMS, IPVA, transmissão causa mortis e tranferências constitucionais (Arts. 155, 157 e 159 da CF).

No Plano dos municípios e DF (Inciso III):

De 2004 em diante, 15% da base de cálculo de arrecadação com IPTU, ISS, transmissão inter-vivos e tranferências constitucionais (Arts, 156, 158 e 159 da CF).

Introdução do Art. 77 entre as Disposições Constitucionais Transitórias

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Art. 2º (...) considerar-se-ão como despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas:

I - destinadas a assegurar por meio universal, igualitário e gratuito; II - em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos

de Saúde de cada ente da Federação; e III - específicas do setor da saúde, ainda querelacionadas a outras

políticas públicas que sobre determinantes sociais e econômicos.

Art. 4º Não constituirão despesas com: aposentadorias e pensões, pessoal ativo quando em atividade alheia; assistência à saúde não universal; merenda escolar e outros programas de alimentação; saneamento básico; limpeza urbana e remoção de resíduos; reservação e correção do meio ambiente; assistência social; infraestrutura; e ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos distintos da base de cálculo definida.

Lei complementar nº 141, de 13/01/2012

Lei complementar nº 141, de 13/01/2012

Art. 7º Municípios e DF aplicarão 15% da arrecadação com os arts. 156 (IPTU; "inter vivos“; ISS), 158 e 159 (imposto da União sobre renda e proventos aos Estados, DF e municípios ) da CF/88.

Art. 8º DF aplicará 12% da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em estadual ou municipal.

Considerações:1. Percentuais mencionados são valores mínimos (vindo do Art. 77 – ADCT da EC29); 2. Transferências voluntárias da União para os Estados e Municípios e os próprios

recursos do SUS não integram base de cálculo do % mínimo de aplicação em saúde.

3. Não aplicação do mínimo exigido em saúde autoriza a União a intervir nos Estados e estes em seus Municípios (CF - Art 34, VII, e; Art 35, III).

4. União e Estados podem condicionar a entrega de recursos à aplicação mínima de recursos em ações e serviços públicos de saúde (Art. 160 da CF).

5. Fiscalização da aplicação é obrigação de Conselhos de Saúde, Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais, Tribunais de Contas e Ministério Público.

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E o examinador com isso...?

Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados (29/09/2002)( ) Desde sua instituição, o SUS vem obtendo destaque significativo na universalização, principalmente em decorrência de um importante processo de descentralização de responsabilidades, atribuições e maior aporte de recursos para estados e municípios, em oposição ao modelo anterior, centralizado no nível federal.

Fundação Carlos ChagasO financiamento do SUS é de responsabilidade:a) Do governo federal, exclusivamente.b) Dos governos das unidades da federação, exclusivamente.c) Dos governos municipais, exclusivamente.d) Dos governos das unidades da federação e do governo federal.e) Dos governos municipais, dos governos das unidades da

federação e do governo federal

Prefeitura Municipal de Goiânia/GO – Técnico de Enfermagem (2007)Para que Municípios, Estados e DF recebam os recursos do Fundo

Nacional de Saúde de forma regular e automática, deverão contar com:

a) fundo de saúde, conselho de saúde, conselho de educação, conselho de seguridade social e do idoso, conselho tutelar, ministério público e PROCON.

b) fundo de saúde, conselho de saúde, plano de saúde, relatório de gestão, contrapartida de recursos para saúde no respectivo orçamento e comissão para elaboração de plano de carreira, cargos e salários.

c) fundo de saúde, conselho de saúde, conferência anual de saúde, conselho de educação, conselho de seguridade social e do idoso, ministério público.

d) fundo de saúde, conselho de saúde, conferência anual de saúde, conselho tutelar, relatório de gestão, ministério público e comissão para elaboração de plano de carreira, cargos e salários.

E o examinador com isso...?

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Fundação Carlos ChagasOs recursos financeiros do SUS são movimentados sob

fiscalização:1. Do Senado Federal2. Do Ministério da Saúde3. Dos Conselhos de Saúde4. Da Câmara dos Deputados

E o examinador com isso...?SESA-BA – nível médio- 2006A EC 29 determinou que os Estados, já em 2004, deveriam

vincular, de sua receita de impostos e de transferências recebidas, para despesas com saúde:

1. 10%2. 12%3. 15%4. 20%

NORMAS OPERACIONAISl Instrumento jurídico institucional, editado periodicamente

por Portarias do Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com gestores em saúde e segmentos da sociedade, negociado e pactuado na Tripartite e aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para :

Ø aprofundar e reorientar a implementação do SUS; Ø definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes

e movimentos tático-operacionais, Ø regular as relações entre seus gestores; Ø normatizar o SUS.

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l desencadeia municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipiente, parcial e semiplena);

⇒ habilita municípios como gestores, criando a terceira instância gestora do SUS;

l institui transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão parcial e semiplena;

l frágil definição do papel dos estados, que entretanto também passam a assumir seu papel de gestor do sistema estadual de saúde;

⇒ constituídas as Comissões Intergestores Bipartites (CIBs, estaduais) e Tripartite (CTI, nacional), como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração, entre gestores.

NOB 93 (“...ousadia de cumprir e fazer cumprir as leis.”)

NOB 93 – (“três sistemáticas de relacionamento”)

Aos municípios:l Incipiente: Federal → unidades hospitalares e ambulatoriaisl Parcial: Federal → unidades hospitalares e ambulatoriais + diferençal Semiplena: Federal → FMS⇒ Relativo sucesso!

Aos estadosl PARCIALl SEMIPLENA⇒ fracasso: falha nos incentivos previstos

• comprometimento do gestor local na organização da assistência à saúde perante outros gestores e a população, mensurada por

meio do cumprimento de parâmetros preestabelecidos.

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( ) A partir da década de 80 do século passado, já era requisitado para a habilitação do município como gestor do sistema municipal de saúde o funcionamento regular do Conselho Municipal de Saúde.

E o examinador com isso...?

NOB 96 – “...duas novas formas de habilitação.”

Nos municípiosl Gestão Plena da Atenção Básical Gestão Plena do Sistema Municipal

Nos estadosl Gestão Avançada do Sistema Estaduall Gestão Plena do Sistema Estadual

Municípios não habilitados permanecem na condição de prestadores de serviço!

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comuns entre GP da Atenção Básica e do Sistema Municipall Funcionamento do CMS e do Fundo de Saúde;l Apresentar o Plano de Saúde e participar da PPI do estado;l Competência técnico-administrativo-material às responsabilidades; l Dotação orçamentária (contrapartida) própria;l Formalizar à CIB com aprovação pelo CMS do pleito de habilitação;l Médico responsável pelos procedimentos e serviços realizados.

NOB 96 – Principais condições para Habilitação

Específicas à Gestão Plena do Sistema Municipal+ Serviços e atividades de controle de zoonoses.+ Relatório de Gestão do ano anterior à solicitação aprovado pelo CMS.+ Assegurar elenco completo de procedimentos da AB no próprio município, incluindo diagnóstico em patologia clínica e radiologia.+ Estruturação do Sistema Nacional de Auditoria no município.

( ) A elaboração e a execução do plano estadual de prioridade de investimentos, negociado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde (CES), não são responsabilidades que condicionem a gestão avançada do sistema estadual de saúde ou a gestão plena do sistema estadual, contempladas na NOB-SUS/96.

E o examinador com isso...?

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NOB 96 – Principais PrerrogativasPrerrogativas pela GPAB:Transferência, regular e automática, dos recursos correspondentes:

a) ao Piso da Atenção Básica (PAB);b) ao Piso Básico de Vigilância Sanitária (PBVS);c) às ações de epidemiologia e de controle de doenças.

Subordinação de todas unidades básicas de saúde (estatais ou privadas – incluindo lucrativas e filantrópicas) à gestão municipal.

Prerrogativas pela GPSM:Transferência, regular e automática, dos recursos correspondentes:

a) ao Teto Financeiro da Assistência (TFA)b) ao Teto Financeiro de Vigilância Sanitária (TFVS);c) às ações de epidemiologia e de controle de doenças (TFECD).

Remuneração por serviços de VISA de média e alta complexidade.Subordinação de todas unidades ambulatoriais especializadas e

hospitalares (estatais ou privadas) à gestão municipal.

NOB 96 – “PAB (Piso da Atenção Básica)”

Atividades financiadas pelo PAB-fixo:l pronto atendimento e consultas médicas em especialidades

básicas; l atendimento odontológico básico; l vacinação; l atividades educativas comunitárias; l planejamento familiar e assistência pré-natal; l pequenas cirurgias ambulatoriais;

Pagamento per capita/ano de R$10,00 a R$ 18,00 para organizar e manter ações básicas de assistência à saúde.

Parte fixa: a todos habilitadosParte variável (incentivos), para PACS, PSF, Carências

Nutricionais e Assistência Farmacêutica.

26

TFG, TFA, TFGE, TFVS, TFECD,TFGM, TFAM, TFAEFAE, FIDEPS, IVHE

NOB 96 – “Tetos (repasses específicos)”

Incentivo financeiro vinculado a resultados:IVR: até 2% do PABIVISA: até 2% do TFVS.

l Média complexidade ambulatorial e hospitalar: serviços especializados de médio custo (análises clínicas, radiologia, etc.)

l Alta complexidade ambulatorial e hospitalar: serviços especializados de alto custo (cardiologia, oncologia, neurologia, atenção ao paciente grave, quimioterapia, radioterapia, terapia renal substitutiva, exames hemodinâmicos, medicina nuclear, exames de diagnose de maior complexidade).

( ) A transferência regular de recursos fundo a fundo e a remuneração de serviços produzidos são as maneiras pelas quais, segundo a NOB-SUS/96, os valores do teto financeiro da vigilância sanitária (TFVS) são executados.

E o examinador com isso...?

( ) De acordo com a norma operacional básica do SUS (NOB-SUS/96), o piso assistencial básico (PAB), referente ao montante de recursos destinados ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, é de responsabilidade tipicamente estadual.

27

E o examinador com isso...?Fundação Carlos ChagasA NOB 01/96 estabeleceu:a) as formas de gestão municipal denominadas Plena da Atenção

Básica; Plena da Atenção Média e Alta Complexidade e a Plenado Sistema Municipal;

b) que para os Estados, a forma de gestão seriam duas: a gestãoavançada do setor estadual e a gestão plena dos sistemaestadual.

c) que o piso da atenção básica seria estabelecido em função do número de unidades básicas existentes no município

d) que os municípios, para se habilitarem na gestão plena daatenção Média e Alta Complexidade, devem ter no mínimo50.000 habitantes.

e) que para se habilitarem na forma de gestão Média e Alta complexidade ou na Gestão Plena do Sistema, os municípiosdevem ter lei municipal autorizativa.

E o examinador com isso...?

Tendo por base a NOB SUS, 1996, assinale a alternativa falsa

a) Tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes;

b) Dentre outras coisas, redefine os mecanismos e os fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a remuneração por produção de serviços e ampliando as transferências de caraterglobal, Fundo a Fundo, com base em programações ascendentes, pactuadas e integradas.

c) Nela, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) é constituída dos gestores federal e estadual.

d) Nela, a gerência é conceituada como sendo a administração de uma unidade ou de um órgão de saúde que se caracteriza como prestador de serviços ao sistema.

e) Estabelece que o gestor do sistema municipal é responsável pelo controle, pela avaliação e pela auditoria dos prestadores dos serviços de saúde (estatais ou privados) situados em seu município.

28

Saúde da Família

Estratégia que visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do SUS.

ações de promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e contra doenças e agravos mais freqüentes

v Multiprofissionais:.

v Unidades Básicas de Saúde;

v Responsáveis pelo acompanhamento de um número

definido de famílias localizadas em áreas geográficas delimitadas.

v Abordagem de promoção da saúde, prevenção;

recuperação e reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes.

Equipes Saúde da Família

Concepção de Atenção Básica Centrada na Comunidade

Saúde da Família

básicav 1 médicov 1 enfermeirov 1 auxiliar/técnico de enfermagemv até 12 ACS (máximo 750 pessoas/ACS)

Equipes Saúde da Família (Portaria 648/GM de 28/03/06)

Estendida v 1 dentista (cirurgião)v 1 auxiliar de consultório odontológicov 1 técnico de higiene bucal

Em municípios de até 100.000 habs

de 600 a 1000 famílias

ou

até 4.000 habs (média 3.000 habs)

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E o examinador com isso...?(SESPA – 2006)

No PSF, o membro da equipe que tem como atribuição específica realizar mapeamento de sua área e cadastrar as famílias, identificando as que estão expostas a risco é o:

(A) auxiliar de enfermagem; (B) enfermeiro;(C) assistente social; (D) agente comunitário de saúde;(E) sanitarista

O PSF é apresentado pelo Ministério da Saúde como:1. estratégia experimental de descentralização das ações de saúde.2. estratégia de reorientação do modelo de assistência à saúde

visando à atenção básica de saúde para toda a população.3. subsistema do SUS com a finalidade de assistir as populações

carentes.4. programa de atenção básica com financiamento internacional e

duração limitada.5. programa de atenção básica e média complexidade com

financiamento internacional e duração limitada.

NOAS 2001 - TIPOS DE GESTÃOl Gestão Plena da Atenção Básica Ampliadal Gestão Plena do Sistema Municipal

Novas estratégias para descentralização:l Ampliação das ações básicas:

controle de tuberculose, eliminação de hanseníase, controle de hipertensão arterial, controle de diabetes, saúde da criança, saúde da mulhersaúde bucal

l Plano Diretor de Regionalização

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Plano Diretor de Regionalizaçãol planejamento integrado na identificação de prioridades de intervenção

e conformação de sistemas funcionais de saúde não necessariamente restritos à abrangência municipal, de forma a garantir o acesso dos cidadãos a todas as ações e serviços para resolução de seus problemas de saúde e otimizando recursos disponíveis.

Acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência, a: - assistência pré-natal, parto, puerpério, e desenvolvimento infantil; - cobertura universal pelo Programa Nacional de Imunizações, - tratamento das intercorrências mais comuns na infância; - atendimento de afecções agudas de maior incidência; - acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência; - tratamento clínico e cirúrgico de pequenas urgências ambulatoriais; - tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais mais freqüentes; - controle das doenças bucais mais comuns; - suprimento / dispensação dos medicamentos da Farmácia Básica.

SES-DF – Cargo dentista (2006)A Programação Pactuada Integrada foi instituída pela:a) Lei Orgânica de Saúde.b) NOB01-91.c) NOB01-93.d) NOB01-96.e) NOAS-2001

SES-DF – Cargo nutricionista (2006)A proposição de elaboração do Plano Diretor de

Regionalização e a definição de instrumentos para a Programação Pactuada Integrada foi feita pela:

a) Lei Orgânica de Saúde.b) NOB01-91.c) NOB01-93.d) NOB01-96.e) NOAS-2001

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SMS-Caldas Novas – Cargo farmacêutico (2012)Ao se instituir a GPAB-A, foi possível definir como áreas de

atuação estratégicas mínimas o controle da tuberculose, dahanseníase, da hipertensão arterial, do diabetes mellitusassim como a saúde da criança, da mulher e bucal. Essaregulamentação foi instituída pela (o):a) Lei no. 8.080/90. b) Lei no. 8.142/90.c) NOAS-SUS 01/02. d) Decreto no. 793/93.

A ampliação das responsabilidades dos municípios na atenção básica à saúde; estabelecimento da regionalização como estratégia de hierarquização e de busca de equidade; criação de mecanismos para o fortalecimento da gestão do SUS e permitir proceder à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios, foi regulamento por:a) Lei no. 8.080/90. b) Lei no. 8.142/90.c) NOAS-SUS 01/02. d) Decreto no. 793/93.

Fundação Carlos ChagasÉ considerado como um dos objetivos da NOAS/SUS 01/2001 do

Ministério da Saúde:

1. Ampliar a responsabilidade do município na atenção básica.

2. Implantar as formas de gestão municipal nas categorias semiplena e plena do sistema de saúde.

3. Estabelecer um sistema regionalizado de saúde, tendo como base os hospitais estaduais.

4. Estabelecer para o ministério, as secretarias estaduais e municipais de saúde um percentual progressivo dos recursos dos respectivos tesouros a serem destinados ao financiamento do SUS.

5. Estabelecer, para a competência municipal, a responsabilidade de elaborar o plano diretor da regionalização da saúde.

E o examinador com isso...?

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( ) Conforme a Norma Operacional de Assistência à Saúde do SUS (NOAS-SUS-01/01), a elaboração do plano diretor de regionalização, em consonância com o plano estadual de saúde, com aprovação da CIB e do CES, é competência do governo federal.

( ) A NOAS-SUS-01/01 não contempla diretrizes para a organização dos serviços de média complexidade e da atenção aos de alta complexidade/alto custo no SUS porque prioriza serviços básicos de atenção à saúde em uma perspectiva preventiva.

( ) Segundo a NOAS-SUS-01/01, todos os municípios que vierem a ser habilitados em gestão plena do sistema municipal de saúde estarão também habilitados em gestão plena da atenção básica ampliada.

E o examinador com isso...?

qPela Vida – compromisso entre os gestores SUS em torno

de prioridades nacionais, estaduais, regionais ou municipais,

com definição de metas e ações.

qEm Defesa do SUS – defesa dos princípios do SUS e de

um incremento orçamentário por regulamentação da EC 29.

qDe Gestão – processo continuado de descentralização,

pactuação, planejamento e controle social para assumpção

de responsabilidades sanitárias e de gestão no SUS.

Pacto pela Saúde 2006

Portaria n. 399/GM de 22 de fevereiro de 2006

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qPrioridades Nacionais

üSaúde do Idoso

üControle do câncer do colo do útero e da mama

üRedução da mortalidade infantil e materna

üFortalecimento da capacidade de respostas às doenças

emergentes e endemias, com ênfase na dengue,

hanseníase, tuberculose, malária e influenza

üPromoção da saúde, com ênfase na atividade física

regular e alimentação saudável

üFortalecimento da atenção básica

Pacto pela Vida

l Elaborar e implementar uma Política de Promoção da Saúde, de responsabilidade dos três gestores;

l Enfatizar a mudança de comportamento da população brasileira de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação adequada e saudável e combate ao tabagismo;

l Articular e promover os diversos programas de promoção de atividade física já existentes e apoiar a criação de outros;

l Promover medidas concretas pelo hábito da alimentação saudável;

l Elaborar e pactuar a Política Nacional de Promoção da Saúdeque contemple as especificidades próprias dos estados e municípios devendo iniciar sua implementação em 2006;

Pacto Pela Vida: Fortalecimento da Promoção da Saúde

Objetivos centrais

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Promoção da saúde é retomada como estratégia para enfocar aspectos que determinam saúde/adoecimento em nosso país. Fundamento: assumir a estratégia de SF como prioritária para o fortalecimento da AB, considerando as diferenças loco-regionais;

Política Nacional de Promoção da Saúde (Pacto 2006)

Øpossibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivosØefetivar a integralidade em seus vários aspectosØdesenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a populaçãoØvalorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação;Ørealizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançadosØestimular a participação popular e o controle social.

(INCA, 2010)O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS

em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. Julgue os itens subsequentes quanto às prioridades pactuadas.

( ) O fortalecimento da média complexidade é uma prioridade pactuada.

( ) É uma prioridade pactuada o fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, na hanseníase, na tuberculose.

( ) A redução de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS é uma das prioridades pactuadas.

E o examinador com isso...?

35

qDiretrizes para a gestão do SUS

üDescentralização

üControle Social

üRegionalização

- suficiência em Atenção Básica e parte da Média

Complexidade, conforme pactuação,

- coordenação estadual,

- redes de atenção à saúde (regiões de saúde),

Pacto de Gestão

qDiretrizes para a gestão do SUS

üFinanciamento

- Bloco I - Atenção Básica - PAB fixo + PAB variável

- Bloco II - Atenção de Média e Alta Complexidade

- Bloco III – Vigilância em Saúde

- Bloco IV – Assistência Farmacêutica

- Bloco V – Gestão do SUS

Pacto de Gestão

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RENASES – totalidade das ações e serviços de saúde à população pelos entes federados (Res. MS nº2, 17/01/12)

Considerações: … progressivamenteArt. 8º A RENASES é composta por ações e serviços de:I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde.

Arts. 11 e 12. A RENASES terá sistema de informação próprio e deverá adotar ... terminologia única para ações e serviços de saúde.

Art. 18. O financiamento das ações e serviços de saúde deverá ... :I - superar a lógica de financiamento centrada no procedimento; eII – considerar diferenças regionais na composição dos custos.

Art. 19. União, Estados, DF eMunicípios pactuarão nas respectivas CIBs suas responsabilidades de financiamento da RENASES.

Portaria nº 649/GM de 28 de março de 2006:

q transferência de R$ 100.000,00, por curso de graduação, aos municípios que aderiram ao PROSAÚDE e recebem alunos de enfermagem, medicina e/ou odontologia nas UBSs;

q transferência de R$ 30.000,00 por médicos residentes nas UBSs.

Intersetorialidade (Pacto 2006)

⇒ marco político no enfrentamento das questões sociais por políticas e ações intersetoriais: para além das

doenças…

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Municipal e DF- Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu território (PAB fixo e variável);- Contratualizar o trabalho em atenção básica;- Manter a rede de unidades básicas de saúde em funcionamento (gestão e gerência);- Co-financiar as ações de atenção básica;- Alimentar os sistemas de informação;- Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica sob sua supervisão.

Responsabilidades das Esferas gestoras em Atenção Básica à Saúde

Estadual e DF- Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção básica em seu território;- Regular as relações inter-municipais;- Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território;- Co-financiar as ações de atenção básica;- Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção básica em seu território.

Responsabilidades das Esferas gestoras em Atenção Básica à Saúde

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Responsabilidades das Esferas gestoras em Atenção Básica à Saúde

Federal

- Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção básica;- Co-financiar o sistema de atenção básica;- Ordenar a formação de recursos humanos;- Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção básica;- Manter as bases de dados nacionais.

INCA (2010) – NÍVEL SUPERIOR

O Pacto é um esforço do SUS, efetivado pelas três esferas de gestão (União, estados e municípios), em 2006, e aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde. A respeito das três dimensões desse pacto, julgue os próximos itens.

( ) O Pacto pela Vida propõe uma agenda de repolitização do SUS com a sociedade e a busca de financiamento adequado.

( ) O Pacto em Defesa do SUS define as prioridades para o SUS.

( )O Pacto de Gestão estabelece diretrizes para a gestão dosistema nos aspectos da participação e do controle social.

E o examinador com isso...?

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SES-DF (2009) – nível fundamentalA respeito do Pacto de Gestão, pela Vida e em Defesa do SUS:

1. O Pacto pela Vida/2006 definiu apenas 3 áreas prioritárias para oferta de serviços pelos municípios: saúde do idoso, promoção da saúde e fortalecimento da atenção básica.

2. Implementar um projeto permanente de mobilização social para mostrar saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos e ampliar recursos orçamentários para a saúde são alguns dos principais objetivos do pacto em Defesa do SUS.

3. O Pacto de Gestão contrapõe-se à regionalização como uma diretriz do SUS.

4. O Pacto de Gestão estabeleceu que as ações e serviços de atenção primária são responsabilidades que devem ser assumidas somente pelos municípios que comprovarem que tem condições de implantar o Programa Saúde da Família.

5. Uma das diferenças do Pacto de Gestão, pela Vida e em Defesa do SUS com as normas operacionais que o antecederam é que aqueles estava muito mais voltado para o alcance de resultados epidemiológicos nos municípios.

E o examinador com isso...?

SES-DF (2009) – nível fundamental

Segundo o Pacto pela Saude de 2006, julgue:( ) As políticas nacionais de saúde são formuladas pela União.

( ) O município que não possui todos os serviços de saúde pode pactuar com cidades de sua região a forma de atendimento integral de saúde à sua população.

E o examinador com isso...?

SMS-Paracatu (2009)

Perceber o SUS como sistema público para assegurar o direito à saúde por serviços de qualidade é premissa:

1. do Pacto pela Vida2. do Pacto pela Gestão3. do Pacto em Defesa do SUS4. do Pacto de Promoção da Saúde5. do Pacto pela Descentralização