Sistemas de combate, detecção e sinalização de incêndios

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  • 7/28/2019 Sistemas de combate, deteco e sinalizao de incndios

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    CAPTULO 4 SISTEMAS DE COMBATE, DETEOE SINALIZAO DE INCNDIOS

    4.1 REDE DE HIDRANTES

    4.1.1 Definio um sistema fixo e integrado, constitudo de tubulaes fixas, subterrneas e/ou areas,onde hidrantes (simples ou duplos) so dispostos regularmente pelos ambientes a serem

    protegidos, ligados a um ou mais abastecimentos de gua, possibilitando, na ocorrncia de umincndio, o ataque direto ao fogo com aplicao de gua sobre o local do sinistro, atravs de

    pessoal especializado.

    Fig.63

    4.1.2 Elementos de uma rede de hidrantes4.1.2.1 - Hidrante

    a) Hidrante simples (caixa deincndio)

    TUBO 63mm

    13 mmCORTE

    VISTA SUPERIOR

    VISTA DE FRENTE

    MADEIRA

    OU METAL

    VIDRO

    VIDRO

    11/2"

    MOLDURA

    MANGUEIRA

    INCENDIO

    ESGUICHO

    REQUINTE

    PISO C/ CALHA

    REDUCAO P / 11/2"STORZ

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    So aqueles com abrigos na formaparalelepipedal com as dimenses mnimasde 70cm (setenta centmetros) de altura,50cm (cinqenta centmetros) de largura e25cm (vinte e cinco centmetros) de

    profundidade; porta com vidro de 3mm (trsmilmetros), com inscrio INCNDIO, emletras vermelhas com o trao de 1cm (umcentmetro), em moldura de 7cm (sete

    centmetros) de largura; contendo 01 (um)registro de gaveta de 65mm (2 1/2) dedimetro, com reduo para unio tipo Fig. 64

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    storz de 40mm (1 ) de dimetro, onde ser estabelecida a linha de mangueiras.As linhas de mangueiras, com o mximo de 2 (duas) sees permanentemente

    unidas com juntas STORZ, prontas para uso imediato, sero dotadas de esguichos comrequinte de 13mm (1/2) ou de jato regulvel, a critrio do Corpo de Bombeiros.

    b) Hidrante duplo aquele que contm 02 (dois) registros de gaveta de 65mm (2 ) de dimetro,onde sero adaptadas mangueiras com dimetro de 65mm (2 ) ou 40mm (1 ),conforme o risco da edificao, definido em legislao prpria aplicvel pelo Corpo deBombeiros. Os registros podero ficar no interior ou fora do abrigo de mangueiras. Emambos os casos, devero ser instaladas unies tipo storz para o dimetro requerido,onde sero estabelecidas a linhas de mangueiras.

    As linhas de mangueiras possuiro 4 (quatro) sees permanentemente unidas comjuntas STORZ, prontas para uso imediato e sero dotadas de 02 (dois) esguichos comjato regulvel.

    DE1.20mA1.50m

    DE1.00mA1.30

    m

    Fig. 65

    4.1.2.2 TubulaoConduto forado destinado a conduzir a gua, sob presso, aos diferentes hidrantesconstituintes da rede. As tubulaes podero ser de ao carbono (AC), ferro fundido (FF), ferrogalvanizado (FG) ou cobre. Nas redes dotadas de hidrantes simples, o dimetro mnimo datubulao ser de 65mm (2 ), e nas dotadas de hidrantes duplos, o dimetro mnimo ser de40mm (1 ).

    4.1.2.3 Hidrante de recalque

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    Dispositivo que dever ser instalado no logradouro pblico, com o objetivo depossibilitar o recalque de gua na rede de hidrantes, com o auxlio de uma fonte externa. Ohidrante de ps-seio (hidrante de recalque) ser localizado junto via de acesso de

    viaturas, sobre o passeio e afastado dos prdios, de modo que possa ser operado comfacilidade. Ter registro tipo gaveta, com 63mm (2 ) de dimetro e seu orifcio externodispor de junta storz, qual se adaptara um tampo, ficando protegido por uma caixa

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    metlica com tampa de 30cm (trinta centmetros) X 40cm (quarenta centmetros), tendo ainscrio INCNDIO. A profundidade mxima da caixa ser de 40cm (quarentacentmetros), no podendo o rebordo do hidrante ficar abaixo de 15cm (quinzecentmetros) da borda da caixa.

    A tubulao que interliga o HR prumada da rede de hidrantes, segundo o CBMERJ,no poder ser dotada de vlvula de reteno.

    Fig. 66

    4.2 REDE DE CHUVEIROS AUTOMTICOS DO TIPO SPRINKLER

    4.2.1 Definio um sistema fixo e integrado, constitudo de tubulaes fixas, subterrneas e/ou areas,

    onde so dispostos regularmente sobre as reas a serem protegidas, bicos de sprinkler ligados aum ou mais abastecimentos de gua, possibilitando, na ocorrncia de um princpio de incndio, aaplicao de gua direta e automaticamente sobre o local do sinistro, atravs do rompimento doelemento termossensvel do bico, permitindo a passagem da gua, com acionamento simultneode um dispositivo de alarme.

    4.2.2 Elementos de uma rede de sprinkler4.2.2.1 - sprinklerTambm chamados de BICOS ou

    CHUVEIROS AUTOMTICOS, so

    dispositivos dotados de elementotermossensvel, que colocados sobre a reaa ser protegida, permitem a passagem dagua para controle ou extino dosincndios, espargindo-a, quando atemperatura alcana o valor nominal pr-determinado para funcionamento.

    Normalmente fabricado em corpometlico com terminao rosqueada (roscamacho), para sua ligao ao sistema decanalizao, apresentando elemento

    difusor sob o ponto de expulso da gua,de modo a permitir maior rea de ao ou cobertura.

    difusor

    ampola

    Pea de vedao

    corpo

    Anel de vedao

    Fig. 67

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    a) Classificao dos sprinklers quanto a sua finalidade AbertosSo aqueles que no possuem elemento termossensvel.

    Fechados

    So aqueles dotados de um elemento termossensvel (ampola de vidro ou solda euttica),que os mantm hermeticamente fechados, entrando em funcionamento pela prpria ao docalor de um incndio.

    b) Classificao dos sprinklers quanto ao posicionamento Comum ou Convencional

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    Modelo antigo (em desuso), onde o tipo dedefletor possibilita que, aproximadamente, 50% da guaseja projetada para cima e os outros 50% para baixo. Aasperso da gua proporcionada por este modelo tem a

    forma aproximadamente esfrica. Apresenta acaracterstica de poder ser montado na posio pendenteou para cima.

    Fig. 68

    Pendente (pendent)

    aquele em que o defletor possui um formatoachatado ou com leve inclinao para baixo, de tal

    forma que a gua totalmente projetada para baixo,mantendo um formato hemisfrico abaixo do planodo defletor, possibilitando que a gua sejadirecionada sobre o foco do incndio.

    Fig. 69

    Para cima (upright)

    aquele em que o defletor possui alhetas

    voltadas para baixo, de tal forma que a gua totalmente projetada para baixo, mantendo umformato hemisfrico abaixo do plano do defletor,

    possibilitando que a gua seja direcionada sobre ofoco do incndio.

    Fig. 70

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    Parede ou Lateral (sidewall)

    aquele em que o defletor possui umainclinao acentuada ou anteparo no defletor,objetivando que a maior parte da gua seja projetada

    para frente e para os lados, em forma de de esfera,e uma pequena quantidade para trs contra a parede.So instalados ao longo das paredes de uma sala e

    junto ao teto, estando seu emprego limitado proteo de ambientes relativamente estreitos, cujalargura no exceda ao alcance mximo que este tipode chuveiro proporciona.

    Fig. 71

    Laterais de longo alcancePossuem a mesma caracterstica do descrito na letra d, entretanto, as dimenses do

    defletor proporciona uma cobertura mais ampla que aqueles.

    Especiais aquele projetado especialmente para serem instalados embutidos ou rentes ao forro

    falso, onde, por motivo de esttica, os demais tipos de chuveiros no so recomendados. Estetipo de chuveiro no pode ser utilizado no risco extraordinrio, assim como, s pode serinstalado na posio pendente.

    Projetores de mdia velocidadeSo abertos ou fechados, fabricados com defletores para diferentes ngulos de descarga,

    que fazem com que a gua nebulizada seja lanada em forma de cone. So empregados nos

    sistemas de gua nebulizada de mdia velocidade, visando controlar ou extinguir incndios emlquidos inflamveis de baixo ponto de fulgor, auxiliar no resfriamento de equipamentos deestruturas, na diluio de gases, etc.

    Projetores de alta velocidadeSo abertos e seus orifcios de descarga para diferentes ngulos so providos de uma

    pea interna, cuja funo provocar a turbulncia da gua, nebulizando-a em forma de cone.So empregados nos sistemas de gua nebulizada de alta velocidade, extinguindo incndios emlquidos combustveis de alto ponto de fulgor, por emulsificao, resfriamento ou abafamento.

    Observao: Projetores de mdia e alta velocidade podem integrar uma rede dechuveiros automticos, desde que obedeam aos critrios estabelecidos por norma especfica oua recomendaes do fabricante.

    c) Dimetro nominal dos sprinklers e fator KDIMETRO NOMINAL

    milmetros polegadasFATOR K

    10 3/8 57 5%15 1/2 80 5%20 3/4 115 5%

    Observao: Sprinkleres com dimetro nominal superior a 20 mm atuam no modosupresso (alta vazo), sendo normalmente utilizados em reas de estocagem. O fator K de um

    sprinkler correlaciona a vazo com sua presso de funcionamento.

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    d) Classificao das temperaturas e codificao das cores dos sprinklersGeralmente a escolha da temperatura de acionamento do chuveiro automtico de mais

    ou menos 20C a 30C acima da temperatura mxima ambiente. Para cada temperatura dedisparo foi estipulada uma cor para o lquido contido nos bulbos ou para a solda euttica.

    Classificao para o elemento termossensvel tipo ampola

    TEMPERATURA MXIMANO AMBIENTE (C)

    TEMPERATURARECOMENDADA DO BICO (C)

    COR DO LQUIDO DAAMPOLA

    38 57 Laranja49 68 Vermelha60 79 Amarela74 93 Verde

    121 141 Azul152 182 Roxa238 260 Preta

    Classificao para o elemento termossensvel tipo solda euttica

    TEMPERATURA MXIMANO AMBIENTE (C)

    TEMPERATURARECOMENDADA DO BICO (C)

    COR DOS BRAOS DOCORPO DO BICO

    38 57 a 77 Incolor66 79 a 107 Branca

    107 121 a 149 Azul149 163 a 191 Vermelha191 204 a 246 Verde

    246 260 a 302 Laranja329 343 Laranja

    d) Estoque de sprinklers sobressalentesPara qualquer instalao de sprinkler dever haver, em lugar acessvel e protegido

    (normalmente armrios destinados a este fim), uma quantidade de bicos sobressalentes, cujoobjetivo atender a uma reposio imediata. Tal estoque dever ser composto dos diferentestipos e temperaturas dos bicos utilizados na instalao considerada. Segundo a National FireProtection Association (NFPA) o quantitative o seguinte:

    N DE BICOS INSTALADOS N DE BICOS SOBRESSALENTES

    At 300 06De 301 a 1.000 12Acima de 1.000 24

    4.2.2.2 TubulaoConduto forado destinado a conduzir a gua, sob presso, aos diferentes chuveiros

    automticos constituintes da rede.

    a) DenominaesAs tubulaes que formam uma rede de chuveiros automticos possuem as seguintesdenominaes:

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    a) Ramais;b) Tubo de distribuio (subgeral);c) Tubo de distribuio principal (geral);d) Tubo de subida ou descida;

    e) Subida principal.

    Fig.72

    b) Tubulao aparente e subterrnea

    Tubulao aparente (area ou exposta)Podero ser de ao-carbono, com ou sem costura, ao preto ou galvanizado, com rosca

    cnica padro NPT (NFPA e NBR 10.867) ou padro BSP (FOC), com extremidades bisseladaspara solda ou com sulcos para juntas mecnicas.Geralmente, para dimetros at duas polegadas utiliza-se rosca e, a partir deste dimetro,

    utiliza-se solda.As tubulaes devero ser adequadamente suportadas, de forma que as suas conexes

    no fiquem sujeitas a tenses mecnicas, e os tubos propriamente ditos sujeitos flexo; assimcomo no devem ser instaladas em reas no protegidas por chuveiros automticos, excetoquando forem montadas ao nvel do solo, dentro de valetas ou galerias totalmente fechadas comtijolos ou concreto e no interior de shafts prprios.

    Tubulao subterrnea (enterrada)

    Podero ser de ferro fundido centrifugado, com ou sem revestimento interno de cimento,ou de ao carbono com ou sem costura, desde que as tubulaes estejam convenientementeprotegidas contra corroso.

    Esta tubulao no poder estar embutida em lajes de concreto.4.2.2.3 Vlvula de governo e alarme (VGA)Vlvulas especiais, cuja funo bsica dividir uma rede de chuveiros automticos em

    diferentes zonas de proteo. Sua instalao dever se dar em local de fcil acesso,preferencialmente fora da rea protegida. Os diversos componentes de uma VGA estodemonstrados na figura abaixo.

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    Fig. 73

    a) FuncionamentoEstando a rede chuveiros automticos instalada e pressurizada, a presso aps a VGA (a

    jusante) ligeiramente maior ou igual a presso antes (a montante) desta, que por ser dereteno, permite o fluxo dgua somente na direo dos chuveiros automticos.

    Quando um ou mais bicos se abrem, a presso aps a VGA cai, at que a presso antes da

    VGA seja superior, abrindo a sede da vlvula, permitindo o fluxo dgua.Quando a gua passa atravs da VGA, flui tambm para uma derivao que vai ao gongode alarme. A gua, ao entrar no gongo, passa pelas ps da turbina hidrulica localizada no seuinterior, fazendo com que um pequeno martelete fique girando e batendo na tampa,denunciando, assim, o funcionamento do sistema atravs de um alarme sonoro.

    Outro recurso de envio de sinalizao aquele realizado atravs de pressostato ouvlvula de fluxo, entretanto, este destina-se a emitir sinais que denunciem o funcionamento daVGA a locais remotos, distantes do posicionamento da VGA, normalmente na sala de brigada deincndio e/ou portaria.

    4.2.2.4 Ponto de teste

    Cada instalao de uma rede de chuveiros automticos de tubo molhado, dever serprovida de uma conexo de ensaio (ponto de teste), aqual ser composta de uma tubulao de dimetronominal nunca inferior a 25mm, e de um bocal comorifcio, no corrosivo, de dimetro nominal igual ao dochuveiro utilizado na instalao, devendo obedecer asseguintes condies:

    a) Deve ser situada no ponto mais desfavorvelde cada instalao, levando-se em conta que haver um

    ponto de teste para cada VGA do sistema;b) Em edificaes de mltiplos pavimentos ou

    em instalaes divididas em setores controlados cadaum por uma vlvula de fluxo dgua secundria, o Fig. 74

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    ponto de teste de cada setor pode ser situado em qualquer ponto da instalao;c) Deve estar situado em local de fcil acesso, onde possa ser verificada a descarga

    dgua;d) A vlvula globo dever estar posicionada a 2,10 m acima do piso.

    4.2.2.5 Hidrante de recalqueDispositivo que dever ser instalado no logradouro pblico, com o objetivo depossibilitar o recalque de gua na rede de chuveiros automticos, com o auxlio de uma fonteexterna. Suas caractersticas sero as mesmas do HR exigido para a rede de hidrantes.

    4.2.3 Classificao dos sistemas de chuveiros automticos4.2.3.1 Sistemas de chuveiros automticos de tubo molhado

    Compreende uma rede de tubulao fixa, permanentemente com gua sob presso, ondeos bicos de sprinkler desempenham os papis de detectar e combater o fogo. Neste sistema, agua somente descarregada pelos bicos que tiverem o elemento termossensvel acionado pelo

    fogo.4.2.3.2 Sistemas de chuveiros automticos de tubo secoCompreende uma rede de tubulao fixa, permanentemente seca, mantida sob presso de

    ar comprimido ou nitrognio. To logo um ou mais bicos tenham o elemento termossensvelacionado pelo fogo, o ar comprimido ou nitrognio liberado, fazendo abrir automaticamente avlvula de tubo seco instalada na entrada do sistema, a qual permite a passagem da gua para astubulaes do sistema. Este sistema normalmente utilizado em locais sujeitos a temperaturasde congelamento da gua.

    4.2.3.3 Sistema de ao prviaCompreende uma rede de tubulao fixa, permanentemente seca, contendo ar que pode

    ou no estar sob presso. Na mesma rea protegida pelos bicos de sprinkler so instaladosdetetores dos efeitos do fogo, os quais estaro ligados a uma vlvula especial (p/ex.: solenide)instalada na entrada da rede de chuveiros automticos. Como a operao de deteco muitomais sensvel que o elemento termossensvel dos bicos de sprinkler, os detetores atuaro em

    primeiro lugar, fazendo com que a vlvula da entrada da rede seja aberta, permitindo a entradada gua na rede de chuveiros automticos. Com o aumento da temperatura, os elementostermossensveis dos bicos sero acionados, proporcionando a aplicao da gua na reasinistrada. Ressalta-se, ainda, que a ao prvia do sistema de deteco faz soar um alarme,antes que se processe a abertura de quaisquer dos chuveiros automticos.

    4.2.3.4 Sistema dilvioCompreende uma rede de tubulao seca, onde so instalados bicos de sprinkler abertos,ou seja, sem o elemento termossensvel. Na mesma rea protegida pelos chuveiros abertos, instalado um sistema de deteco dos efeitos do fogo, ligado a uma vlvula de dilvio instaladana entrada da rede de sprinkler. A atuao de quaisquer dos detetores, motivada por um

    princpio de incndio, ou ainda a ao manual de um controle remoto, provoca a abertura davlvula de dilvio; proporcionando a entrada da gua, a qual descarregada atravs de todos oschuveiros abertos. Automtica e simultaneamente, soa um alarme de incndio.

    4.2.3.5 Sistema combinado de tubo seco e ao prviaCompreende uma rede de tubulao fixa, permanentemente seca, mantida sob presso de

    ar comprimido. Na mesma rea protegida pelos chuveiros, instalado um sistema de detecodos efeitos do fogo, de operao muito mais sensvel que o elemento termossensvel dos bicosde sprinkler, o qual estar ligada a uma vlvula de tubo seco instalada na entrada da rede de

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    tubulao. A atuao de quaisquer um dos detetores provoca, simultaneamente, a abertura davlvula de tubo seco sem que ocorra a perda da presso do ar comprimido contido na rede dechuveiros automticos. A atuao do sistema de deteco provoca, ainda, a abertura de vlvulasde alvio de ar instaladas nos extremos das tubulaes gerais da rede de chuveiros automticos, oque facilita o enchimento com gua de toda a tubulao do sistema, precedendo, geralmente, a

    abertura de quaisquer dos bicos de sprinkler.

    4.2.4 Proteo suplementarOs entre-pisos e entre-forros que excedam, respectivamente, a profundidade e altura de

    0,80 m, devero ser protegidos por chuveiros automticos.Quando nos espaos acima mencionados no houver material combustvel, considerando

    a estrutura, a cobertura e o material do entre-piso ou entreforro, tendo ainda laje de concretoarmado ou pr-moldada, sem qualquer possibilidade de acesso s reas protegidas por chuveirosautomticos, assim como, sem a possibilidade de ser usada para estocagem de material ou

    produto; aqueles espaos sero dispensados de proteo por sprinklers.Haver, ainda, proteo suplementar por sprinklers nos sistemas fechados de transporte

    de materiais e produtos, escadas rolantes, coletores de p, cabines de pintura, estufas, secadorese silos.

    Deve-se tambm promover tal proteo por baixo dos dutos, escadas, plataformas epassarelas.

    Obs.: A proteo suplementar somente se verificar nas edificaes sujeitas a adoo darede de chuveiros automticos do tipo sprinkler.

    4.2.5 Locais dispensados de proteo por sprinkleresSero dispensados da adoo de rede de chuveiros automticos, os seguintes locais:- Interiores de banheiros, lavatrios e instalaes sanitrias;- Compartimentos ocupados exclusivamente por subestaes eltricas, construdas de

    material incombustvel, sem nenhuma comunicao com locais protegidos;- Abrigos de bicicletas e motos.- Saunas;- CTI e UTI (substituir por outro sistema de combate no nocivo sade).

    4.2.6 Marca de conformidade da ABNTNo estado do Rio de Janeiro, o CBMERJ exige que os sprinkleres possuam a marca de

    conformidade da ABNT, buscando, com isso, que aqueles sejam fabricados segundo normasespecificas, possibilitando seu pleno funcionamento.

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    POSIO DE MONTAGEMH =PendenteF =Para Cima (UpRight)

    POSIO DE MONTAGEMH =PendenteF =Para Cima (UpRight)

    POSIO DE MONTAGEMH =PendenteF =Para Cima (UpRight)

    ANO DE FABRICAO

    IDENTIFICAO ABNT

    ANO DE FABRICAOANO DE FABRICAO

    IDENTIFICAO ABNTIDENTIFICAO ABNT TEMPERATURATEMPERATURATEMPERATURA

    Fig. 75

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    4.2.7 Sistema de pressurizaoSempre que por gravidade os requisitos

    hidrulicos de presso e vazo no puderem seratendidos, as redes de hidrantes e sprinkleres deveroser dotadas de um sistema de pressurizao, visando o

    atendimento daqueles requisitos. A composio destesistema, ou seja, quantidade de bombas, depende daclassificao de risco da edificao, entretanto, de formageral, se pode afirmar que as edificaes possuemcomposies descritas a seguir.

    Fig. 75-A4.2.7.1 Edificaes de risco pequeno

    Esta classificao de risco compreende as edificaes residenciais multifamiliares eunifamiliares, assim como as mistas (comercial X residencial multifamiliar) com a peculiaridadede possuir comrcio apenas no pavimento trreo. Para essas edificaes, dever ser adotada 01(uma) eletrobomba para pressurizar a rede de hidrantes e outra para pressurizar a rede de

    sprinkler, quando houver. Entretanto, existe a possibilidade de existir apenas 01 (uma)eletrobomba para pressurizar tanto a rede de hidrantes como a rede de sprinkler, desde quedimensionada hidraulicamente para atender aos requisitos hidrulicos das duas redes.

    4.2.7.2 Edificaes de risco mdioEsta classificao de risco compreende a maioria das edificaes, como por exemplo:

    comerciais, escolares, residenciais transitrias (hotis, motis, etc.), hospitalares, laboratoriais,reunio de pblico, indstrias com risco reduzido, dentre outros. Para essas edificaes, deveroser adotadas 02 (duas) eletrobombas (uma principal e uma reserva) para pressurizar a rede dehidrantes e outras 02 (duas), principal e reserva, para pressurizar a rede de sprinkler, quandohouver. Entretanto, existe a possibilidade de existir apenas 02 (duas) eletrobombas para

    pressurizar tanto a rede de hidrantes como a rede de sprinkler, desde que dimensionadahidraulicamente para atender aos requisitos hidrulicos das duas redes. Outra hiptese possvel, a adoo de 03 (trs) eletrobombas. Neste caso, 01 (uma) seria principal para a rede dehidrantes, 01 (uma) seria principal para a rede de sprinkler e a ltima seria a reserva e comums duas redes.

    4.2.7.3 Edificaes de risco grandeEsta classificao de risco compreende as indstrias com maior grau de risco ou galpes

    que apresentem estocagem de material combustvel. Para essas edificaes, devero ser adotadas

    02 (duas) bombas, sendo 01 (uma) eletrobomba principal e 01 (uma) motobomba reserva parapressurizar a rede de hidrantes e outras 02 (duas), principal e reserva, para pressurizar a rede desprinkler, quando houver. Entretanto, existe a possibilidade de existir apenas 02 (duas)

    bombas para pressurizar tanto a rede de hidrantes quanto a rede de sprinkler, desde quedimensionada hidraulicamente para atender aos requisitos hidrulicos das duas redes, sendomantida a configurao de 01 (uma) eletrobomba principal e 01 (uma) motobomba reserva.Outra hiptese possvel, a adoo de 03 (trs) bombas. Neste caso, 01 (uma) eletrobomba seria

    principal para a rede de hidrantes, 01 (uma) eletrobomba seria principal para a rede desprinkler e a ltima seria uma motobomba reserva e comum s duas redes.

    Observao: A motobomba pode ser substituda por eletrobomba, desde que exista naedificao gerador exploso.

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    4.2.7.4 Testando o sistema de pressurizaoPara testar o funcionamento das bombas de incndio, basta abrir o dreno que est

    instalado junto s bombas, normalmente de dimetro reduzido e ligado a um ralo, que a eleentrar em funcionamento pela despressurizao do sistema. Quando o sistema composto por02 (duas) bombas, ao dren-lo, a bomba principal que entrar em funcionamento. Para efetuar o

    teste na bomba reserva, o quadro eltrico dever ser comutado, significando que a bombareserva quem entrar em funcionamento, assim como, manobras nos registros devero serfeitas, ou seja, fechar os registros da bomba principal e abrir os da bomba reserva, em seguida s drenar o sistema novamente. Depois de feito o teste, a condio original dever serrestabelecida.

    4.2.7.5 Definio do sistema de pressurizaoTodas as edificaes, exceto as unifamiliares quando isoladas, devero possuir aprovao

    junto ao Corpo de Bombeiros. O primeiro passo a aprovao de um projeto de seguranacontra incndio e pnico, o qual caracteriza-se pela emisso do respectivo Laudo de Exigncias.

    Neste documento, o Corpo de Bombeiros define a composio do sistema de pressurizao,

    alm de formular todas as demais exigncias cabveis edificao. Aps o projeto de seguranaser executado, uma vistoria solicitada ao CBMERJ e, estando tudo em perfeito estado defuncionamento, ou seja, o Laudo de Exigncias fora plenamente cumprido, ser expedido orespectivo Certificado de Aprovao.

    4.3 SINALIZAO DE SEGURANA CONTRA INCNDIO E PNICO

    4.3.1 ObjetivoReduzir o risco de ocorrncia de incndio,

    alertando para os riscos existentes, e garantir que sejamadotadas aes adequadas situao de risco, queorientem as aes de combate e facilitem a localizaodos equipamentos e das rotas de escape da edificao,

    proporcionando um abandono seguro em casos deincndio. Tal sinalizao faz uso de smbolos,mensagens e cores, definidos na ABNT-NBR 13434-2.

    Os diversos tipos de sinalizao de seguranacontra incndio e pnico devem ser implantados emfuno de caractersticas especficas de uso e dos riscos,

    bem como em funo de necessidades bsicas para agarantia da segurana contra incndio da edificao.

    Fig. 76

    4.3.2 Classificao da sinalizaoA sinalizao de segurana contra incndio e pnico classificada como bsica e

    complementar.

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    4.3.2.1 Sinalizao bsicaa) Sinalizao de proibio: Tem como funo primordial proibir

    ou coibir aes capazes de conduzir ao incio do incndio ou ao seuagravamento. Deve ser instalada em local visvel e a uma altura mnima de1,80 m, medida do piso acabado at a base da sinalizao. Tais

    sinalizaes devem estar distribudas pela rea de risco, possibilitandoque, pelo menos, uma delas seja claramente visvel, alm de distarementre si no mximo 15 m.

    Exemplos: Proibido fumar, proibido produzir chamas, no utilize oelevador em caso de incndios, etc.

    b) Sinalizao de alerta: Tem como funo alertar para reas e materiais com potencialde risco. As caractersticas de instalao so as mesmas descritas para a sinalizao de proibio.

    Fig. 77

    Exemplos: Cuidado, risco de incndio; cuidado risco de exploso; cuidado, risco dechoque eltrico; etc.

    c) Sinalizao de orientao e salvamento: Tem por funo indicar as rotas de escape eaes necessrias para seu sucesso. Deve ser instalada de forma a indicar todas as mudanas dedireo ou sentido, sadas, escadas, etc., observando-se o seguinte:

    A sinalizao de portas de sadas de emergncia deve serlocalizada imediatamente acima destas ou, na impossibilidade,diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m,medido do piso acabado base da sinalizao.

    Fig. 78

    A sinalizao de orientao das rotas de escape deve ser localizada de modo que adistncia de percurso de qualquer ponto da rota de sada at a sinalizaoseja de, no mximo, 7,5 m. Adicionalmente, esta sinalizao tambmdeve ser instalada de forma que, no sentido de sada de qualquer ponto,seja possvel visualizar o ponto seguinte, distanciados entre si nomximo 15 m. A sinalizao deve ser instalada a uma altura mnima de

    1,80 m, medida do piso acabado at a base da sinalizao.Fig. 79

    A sinalizao de identificao dos pavimentos, no interior da caixa de escadas deemergncia, deve estar a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado at a base dasinalizao, instalada junto parede, sobre o patamar de acesso de cada

    pavimento.

    Fig. 80

    Se existirem rotas de sadas especficas para deficientes, estasdevem ser sinalizadas para tal uso.

    Exemplos: Sada de emergncia, Escada de emergncia, n dopavimento, etc.

    d) Sinalizao de equipamentos de combate e alarme a incndio: Tem por finalidadeindicar a localizao e os tipos de equipamentos decombate e alarme a incndio. Deve ser

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    instalada em local visvel e a uma altura mnimade 1,80 m, medida do piso acabado at a base dasinalizao, e imediatamente acima do equipamento

    sinalizado.Exemplos: Alarme sonoro, comando manual dealarme, extintor de incndio, abrigo de mangueiras e hidrante, etc.

    Fi . 81 Fi . 82

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    4.3.2.2 Sinalizao complementar composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser empregadas nas seguintes

    situaes:a) Indicao continuada de rotas de escape, as quais devem ser implantadas sobre o piso

    acabado ou sobre as paredes das rotas de escape. O espaamento de instalao deve ser no

    mximo 3 m entre cada sinalizao e a cada mudana de sentido. Quando aplicada sobre o piso,a sinalizao deve estar centralizada em relao largura da rota de escape, dando o sentido defluxo. Quando aplicada nas paredes, a sinalizao deve estar a uma altura constante entre 0,25 me 0,50m, do piso acabado base da sinalizao, podendo ser aplicada, alternadamente, parededireita e esquerda da rota de escape.

    b) Indicao de obstculos e riscos de utilizao das rotas de escape,como: pilares, arestas de paredes, vigas, desnvel de piso, rebaixo de tetos,etc.

    Fig. 83

    c) Mensagens escritas especficas que acompanham a sinalizaobsica, onde for necessria a complementao da mensagem dada pelosmbolo. Estas devem se situar imediatamente adjacente sinalizao que

    complementa, escritas em portugus (caso seja necessria a utilizao de umoutro idioma, este nunca dever substituir o original, mas ser inclusoadicionalmente.

    4.3.3 ManutenoA sinalizao sujeita a intempries, agentes fsicos e qumicos deve ser vistoriada a cada

    06 (seis) meses, efetuando-se a recuperao ou substituio, quando necessrio.

    4.4 SISTEMA DE ILUMINAO DE EMERGNCIA

    4.4.1 Definio aquela que, na falta de iluminao normal, deve clarear reas escuras de passagens,

    horizontais e verticais, incluindo reas de trabalho e reas tcnicas de controle derestabelecimento de servios essenciais e normais. A intensidade da iluminao deve sersuficiente para evitar acidentes e garantir a evacuao das pessoas, levando em conta a possvel

    penetrao de fumaa nas reas.

    4.4.2 Classificao da iluminao de emergncia

    4.4.2.1 Iluminao de ambiente ou aclaramento aquela com intensidade suficiente para garantir a sada segura de todas as pessoas do

    local em caso de emergncia.

    4.4.2.2 Iluminao de balizamento ou de sinalizao aquela que indica, com smbolos e/ou letras, a rota de sada que pode ser utilizada.

    4.4.3 Tipos de sistemas

    4.4.3.1 Conjunto de blocos autnomos

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    So aparelhos de iluminao de emergncia constitudos de um invlucro adequado,contendo lmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares, possuindo fonte prpria de

    energia, com carregador e controles para superviso, assim como, dispositivo necessrio paracoloc-lo em funcionamento no caso de interrupo de alimentao da rede eltrica daconcessionria, ou na falta de uma iluminao adequada.

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    4.4.3.2 Sistema centralizado com bateriasSo aqueles dotados de baterias de acumuladores eltricos, com recarga automtica, de

    modo a garantir a autonomia do sistema de iluminao de emergncia. Este sistema no pode serutilizado para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos. No caso de adoo de

    baterias ventiladas, pelo fato de haver uma constante liberao de gases, o painel de controle

    deve ser instalado em local separado das baterias, proporcionando-se, ainda, uma ventilaoadequada para evitar possveis acmulos de gases na rea das baterias. No caso de adoo debaterias reguladas por vlvula, onde os gases liberados so recombinados nos elementos paraformar novamente gua, o painel de controle pode ser instalado no mesmo ambiente das

    baterias, entretanto, recomenda-se que o local das baterias seja ventilado, objetivando dissiparum eventual escape de gases.

    4.4.3.3 Grupo motogeradorSo aqueles dotados de um motor a exploso, com partida automtica, o qual ir gerar a

    energia eltrica necessria ao funcionamento da iluminao de emergncia. O local de instalaodo motogerador dever ser ventilado, assim como, os gases oriundos da combusto interna do

    motor devero ser exauridos para o exterior da edificao. Os tanques de armazenamento decombustveis, quando igual ou superior a 200 L, devero possuir diques de conteno,objetivando represar o combustvel em casos de vazamentos. As baterias para partida do motordevero ser dotadas de carregador flutuador, alm de permitirem 10 (dez) partidas de 10 (dez)segundos, intercaladas em intervalos de 30 (trinta) segundos.

    4.4.3.4 Equipamentos portteisSo aqueles que podem ser transportados manualmente (como lanternas), estando

    situados em locais definidos. Este tipo de equipamento no substitui a sinalizao deemergncia.

    4.4.4 LuminriasAs luminrias adotadas nos sistemas de iluminao de emergncia, alm de satisfazerem

    as normas especficas, devem obedecer aos seguintes requisitos:

    4.4.4.1 Possuir boa resistncia ao calor, de forma que, no ensaio de temperatura a 70C,a luminria funcione no mnimo por 1h.

    4.4.4.2 Possuir ausncia de ofuscamento, ou seja, no podero resplandecerdiretamente ou por iluminao refletida, dificultando o deslocamento das pessoas em situaesemergenciais.

    4.4.4.3 Possuir proteo contra fumaa, impedindo a entrada da mesma no seu interior,

    para no prejudicar seu rendimento luminoso.4.4.4.4 O material para fabricao da luminria deve impedir a propagao de chamas.4.4.4.5 Todas as partes metlicas, em particular os condutores e contatos eltricos,

    devem ser protegidos contra corroso.

    4.4.5 AutonomiaAs luminrias de emergncia devero possuir autonomia mnima de 2 h (duas horas),

    conforme dispe o artigo 3 do Decreto n 35.671 de 09/06/2004 e inciso V do artigo 29 daResoluo SEDEC n 279 de 11 /01/2005.

    4.5 SISTEMA DE DETECO DE INCNDIO

    4.5.1 Definio

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    aquela constitudo de conjuntos de elementosplanejadamente dispostos e adequa-damente interligados, quefornecem informaes de princpio de incndio, por meio deindicaes sonoras e visuais localizadas em uma central decontrole, alm de, quando projetados para tal, controlarem os

    dispositivos de segurana e de combate automticos instaladosna edificao.

    Fig. 84

    4.5.2 Tipos de detectores

    4.5.2.1 Detectores de temperaturaSeu princpio de funcionamento baseia-se na transmisso de corrente eltrica gerada por

    intermdio do aumento rpido do gradiente de calor, em um espectro ainda invisvel aos sentidos

    humanos, a uma central de alarme. Os tipos mais utilizados so:

    a)Trmicos: Instalados em ambientes onde a ultrapassagem de determinada temperaturaindique, seguramente, um princpio de incndio.

    b) Termovelocimtricos: Instalados em ambientes onde a rapidez no aumento datemperatura indique, inequivocamente, um princpio de incndio.

    4.5.2.2 Detectores de fumaaSeu princpio de funcionamento baseia-se na transmisso de corrente eltrica gerada por

    intermdio da passagem de partculas oriundas da combusto, em um espectro ainda invisvelaos sentidos humanos, a uma central de alarme. Os tipos mais utilizados so:

    a)Inicos: Instalados em ambientes onde, num princpio de incndio, haja formao decombusto ou fumaa, antes da deflagrao do incndio propriamente dito.

    b)ticos: Instalados em ambientes onde, num princpio de incndio, haja expectativa deformao de fumaa, antes da deflagrao do incndio propriamente dito.

    4.5.2.3 Detectores de chamaSeu princpio de funcionamento baseia-se na transmisso de corrente eltrica gerada por

    intermdio da presena de radiao luminosa, em um espectro ainda invisvel aos sentidos

    humanos, a uma central de alarme.So instalados em ambientes onde a primeira conseqncia imediata de um princpio deincndio seja a produo de chamas. Sua instalao deve ser efetuada de forma que seu campode utilizao no seja prejudicado por obstculos.

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    4.6 SISTEMA DE ACIONADORES MANUAIS

    4.6.1 Definio aquele destinado a transmitir a informao de um

    princpio de incndio a uma central de alarme, quandoacionado pelo elemento humano.

    Fig. 85

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    4.6.2 Caractersticas de instalao

    4.6.2.1 Deve ser instalado em locais de maior probabilidade de trnsito de pessoas emcaso de emergncia.

    4.6.2.2 Sua altura de instalao deve ficar entre 1,20 m e 1,60 m do piso acabado, tanto

    na forma embutido quanto na de sobrepor.4.6.2.3 A distncia mxima a ser percorrida, livre de obstculos, por uma pessoa, emqualquer ponto da rea protegida at o acionador manual mais prximo, no deve ser superior a16 (dezeseis) metros.

    4.6.2.4 A distncia mxima entre dois acionadores manuais consecutivos no pode sersuperior a 30 (trinta) metros.

    4.6.2.5 Na separao vertical, cada pavimento dever ser dotado de, pelo menos, 01(um) acionador manual.

    4.6.2.6 No mximo 20 (vinte) acionadores manuais podero estar interligados a umamesma linha, lao ou circuito de deteco.

    4.6.2.7 O local escolhido para instalao do acionador manual, no pode dificultar a

    circulao das pessoas.4.6.2.8 Os acionadores manuais devero ser fixados de forma a resistirem a choques

    ocasionais.

    4.7 SISTEMAS AUTOMTICOS DE SUPRESSO DE INCNDIOS BASEDE GASES INERTES

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    4.7.1 Caractersticas e funcionamentoTais gases so tidos como agentes limpos.

    Considerados como alternativos ao halon, apresentamas caractersticas de serem secos, incolores, nocondutores de eletricidade, alm de no reagir oualterar as propriedades dos materiais com seu contato.Tendo em vista estas caractersticas, so utilizados

    para suprimir incndios em ambientes fechados,atravs de cilindros contendo o gs sob presso,fazendo-o entrar em sua fase lquida, minimizando,assim, o espao para armazenagem. Um sistema dedutos interliga estes cilindros aos bicos nebulizadores distribudos no interior do espao a

    proteger. To logo o sistema de deteco, tambm instalado no ambiente a proteger, sejaacionado por um incndio ainda incipiente, o gs liberado, cobrindo todos os pontos da rea

    protegida.

    Fig. 86

    4.7.2 Agentes limpos mais conhecidosDentre os agentes limpos, o mais conhecido o gs carbnico (CO2), o qual

    recomendado para proteo de reas desocupadas, devido ao risco potencial de asfixia,entretanto, podem ser utilizados em reas ocupadas, desde que haja sistema de retardo,

    possibilitando, assim, a sada das pessoas. Os sistemas base de CO2podem ser projetados embaixa e alta presso. Os de baixa presso so utilizados para proteo de grandes reas,empregando um tanque de grande volume isolado termicamente; enquanto que os de alta pressoso utilizados para proteo de pequenas reas, empregando cilindros de tamanho variveis,sendo mais usual o de 50Kg de CO2 em fase lquida.

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    Outros agentes limpos, com diferentes nomes comerciais, podem ser usados em reashabitadas, por no oferecerem riscos s pessoas.

    Fig. 87 Bateria de CO2

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