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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CAMPUS ANGICOS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E HUMANAS CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA ANTÔNIA MONALIZA SOARES LOPES Sistemas de Gestão da Qualidade nas Construtoras Habitacionais de Médio Porte de Mossoró/RN. ANGICOS – RN 2013

Sistemas de Gestão da Qualidade nas Construtoras ... - Monaliza_3... · ANTÔNIA MONALIZA SOARES LOPES Sistemas de Gestão da Qualidade nas Construtoras Habitacionais de Médio Porte

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS ANGICOS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E

HUMANAS

CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

ANTÔNIA MONALIZA SOARES LOPES

Sistemas de Gestão da Qualidade nas Construtoras Habitacionais

de Médio Porte de Mossoró/RN.

ANGICOS – RN 2013

ANTÔNIA MONALIZA SOARES LOPES

Sistemas de Gestão da Qualidade nas Construtoras Habitacionais

de Médio Porte de Mossoró/RN.

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi – Árido – UFERSA, Campus Angicos, para obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Orientadora: Profª Ma. Sâmea Valensca Alves Barros – UFERSA-Angicos.

Angicos– RN 2013

A minha mãe:

Maria Dasneves Soares Lopes (in

memorian), meu amor maior, que se fez

presente espiritualmente nesta caminhada

e que sonhou com este momento;

Ao meu irmão:

Manoel Alípio Lopes Neto (in memorian),

pelo seu sorriso sincero, pelo seu jeito

alegre e cativante que conquistou o meu

amor e respeito eterno;

Ao meu primo: Leonardo Lins de Souza Junior (in memorian), pelos momentos de alegria que passei ao lado dele.

Ao meu pai, Pedro Hélio, meu maior

orgulho, minha fortaleza e minha

inspiração de vida; e aos meus irmãos,

Hamanuela Lopes, Edcharle Regis e

Pedro Junior pela alegria,

companheirismo, carinho e força que me

concedem.

AGRADECIMENTOS

A Deus, primeiramente, por me guiar em todos os momentos, pela força concedida

durante esta caminhada, pelas vezes em que me escutou quando achava que nada

daria certo e pelo conforto dado nas horas mais difíceis da minha vida;

À minha mãe, Maria Das neves Soares Lopes (in memorian) que sempre estará viva

nas minhas recordações, por ter me inspirado, por todo amor, carinho, cuidado e

educação e pelos momentos maravilhosos em sua companhia que me proporcionou,

pelos ensinamentos deixados e exemplos a serem seguidos;

Ao meu pai, Pedro Hélio Pinheiro Lopes, meu orgulho e fortaleza, por ser meu

melhor amigo e me ensinar a seguir em frente diante dos obstáculos da vida; pelo

carinho, respeito e pela compreensão, te amo muito;

A irmã Hamanuela Lopes, minha segunda mãe, por todo cuidado, pelo carinho, pelo

incentivo, pela preocupação e pelas palavras de conforto durante toda essa

caminhada;

Aos irmãos, Edcharle Regis e Pedro Junior, por todo carinho e apoio;

Aos meus sobrinhos, Pedro Lucas, Otacílio Bisneto, Luiz Carlos, Admar Neto, Mailla

Clara, Amanda Mabelly e Ananda Letícia, pela alegria e pela satisfação que tenho

na companhia deles;

Aos meus cunhados, Clidenor Neto, Elaine Moniquelle e Edione Carla, pelo o apoio

e incentivo;

A minha orientadora, Professora Sâmea Valensca Alves Barros, pela orientação e

sugestões, pelo incentivo, disponibilidade, compreensão, paciência,

comprometimento, preocupação e amizade construída durante esta caminhada, e

por ter contribuído para realização deste trabalho;

À toda minha família, em especial, as minhas tias Maria de Fátima e Elione Lopes; e

as minhas primas Amanda Lopes, Maria José Lopes, Diana Lins e Samila

Ramuana, pela amizade, orientações, incentivo e apoio;

Aos meus amigos que nem o tempo e nem a distância apaga nossa amizade, Sâmia

Diógenes, Marcela Alencar, Lidiane Ventura , Jorge Luiz, Maria José e Patrícia

Monaliza, pessoas essas que em pouco tempo se tornaram especiais em minha

vida;

Aos professores, Márcio Furukava e Fabrícia Nascimento, pela valiosa contribuição

no sentido de aperfeiçoar este trabalho e por terem aceitado o convite para participar

da banca examinadora deste trabalho, pois são pessoas que admiro;

Aos meus amigos de vida acadêmica, especial, André Luiz, Gardel de Freitas, Maila

Lopes, Marielle Lopes, Bruna Ravana, Jerferson Campos, Hálison Fernandes,

Lucas Alencar, Dandara Monteiro, Oslanny de Lima, Paula Pessoa, Fidel Carlos,

Jean Michel, Silas Maia, Aline Nascimento e Monique Muriele;

Aos funcionários do Sindicado da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON) do

município de Mossoró/RN por ter disponibilizado os dados que foi de suma

importância para realização deste trabalho.

A todos os professores da UFERSA – Campus Angicos, pela contribuição na minha

formação acadêmica;

Enfim, a todos que de alguma maneira contribuíram para a execução desse

trabalho, seja pela ajuda constante ou por uma palavra de amizade;

Muito Obrigada!

“O maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, extrai força de sua humildade e experiência da sua fragilidade.”

(Augusto Curi)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Selo de certificação fornecido pelo PBQP-H Nível A ............................ .14

Figura 2 - Gráfico dos níveis de evolução do PBQP-H ........................................ 15

Figura 3 - Arranjo institucional do PBQP-H .......................................................... 16

Figura 4 - Modelo de selo da certificação ISO 9001 ............................................. 17

Figura 5 - Tempo de Atuação no mercado de dez construtoras no município de

Mossoró/RN, 2013 ............................................................................................... ..26

Figura 6 - Tipologia das obras executadas por dez construtoras de Mossoró/RN,

2013 ..................................................................................................................... 27

Figura 7 - Origens de dez construtoras no município de Mossoró/RN, 2013 ....... 28

Figura 8 - Público alvo de dez construtoras no município de Mossoró/RN, 2013 28

Figura 9 - Número de funcionários em dez obras do município de Mossoró / RN,

2013 ..................................................................................................................... 30

Figura 10 - Construtoras que atuam em Mossoró/RN e apresentam SGQ, 2013 30

Figura 11- Razões da não implantação de um SGQ pelas dez construtoras que

atuam em Mossoró/RN, 2013 ............................................................................... 31

Figura 12 - Razões da implantação do SGQ pelas dez construtoras que atuam de

Mossoró/RN, 2013 ............................................................................................... 32

Figura 13 – Certificações obtidas pelas construtoras em Mossoró/RN, 2013 ...... 33

Figura 14 – Benefícios gerados pela implantação do SGQ, Mossoró/RN, 2013 .. 33

Figura15 – Obras premiadas após a implantação do SGQ, Mossoró/RN, 2013 .. 35

Figura 16 – Aumento da clientela após receber a certificação de qualidade,

Mossoró/RN, 2013 ............................................................................................... 36

Figura 17 – Certificações almejadas com a implantação do SGQ, Mossoró / RN,

2013 ..................................................................................................................... 37

Figura 18 – Controle na execução da obra, Mossoró/RN, 2013 ........................... 39

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEF Caixa Econômica Federal

FVS Ficha de verificação de serviços

ISO Internacional Organization For Standization

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment

PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat

PES Procedimento de execução de serviços

RN Rio Grande do Norte

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SGA Sistema de Gestão ambiental

SGQ Sistema de Gestão da Qualidade

SGSST Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

SIAC Sistema de Avaliação da Conformidade de Serviços e Obras

SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção Civil

RESUMO

Os Sistemas de Gestão de Qualidade (SGQ’s) na Construção Civil correspondem a um conjunto de ações sistemáticas que as construtoras adotam com a finalidade de melhorar o seu desempenho e de se tornarem competitivas através da adequação destas ações as estabelecidas pela série NBR ISO 9001 e pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), permitindo assim alcançarem os certificados de qualidade ISO 9001 e PBQP-H. Nesta perspectiva, este trabalho propõe-se a realizar um levantamento bibliográfico auxiliado por uma pesquisa de campo no município de Mossoró/RN que proporcione mostrar como funciona os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ’s) na Construção Civil e se os mesmos já estão sendo implantados nas principais construtoras de médio porte que atuam no município de Mossoró/RN. Para realizar a pesquisa de campo, aplicou-se um questionário com uma amostra de 76,92% de uma população composta por 13 construtoras de médio porte que atuam com construções habitacionais e que são filiadas ao Sindicado da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON) do município de Mossoró/RN. Os resultados alcançados com a pesquisa permitiram verificar que sessenta por cento (60%) destas construtoras já implantaram seus SGQ’s e que destas construtoras cem por cento (100%) já receberam certificações. A realização deste trabalho permite concluir que a implantação dos Sistemas de Gestão de Qualidade (SGQ’s) na Construção Civil leva a certificação que pode trazer vários benefícios para construtora que a possui, quando percebem que podem usá-la como uma grande ferramenta de marketing que a torna competitiva com um grande diferencial para atrair os clientes e geram obras de qualidade, com estabilidade garantida em toda vida útil da obra, desde que feita a manutenção necessária pelos que adquirem estas obras. Palavras-chaves: SGQ’s. Construtoras. Certificados de qualidade.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 12

2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL E A IMPLANTAÇÃO DOS SGQ’S............................. 12

2.2 CERTIFICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E O PROGRAMA BRASILEIRO

DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT (PBQP-H) ........................ 13

2.3 CERTIFICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E A ISO 9001 .......................... 16

2.4 PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SGQ PELAS CONSTRUTORAS ........ 18

2.5 QUALIDADE E A CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................... 20

2.5.1 Planejamento ........................................................................................... 20

2.5.2 Projetos .................................................................................................... 21

2.5.3 Aquisição de materiais de construção e equipamentos ...................... 21

2.5.4 Execução da obra .................................................................................... 22

2.5.5 Inspeção ................................................................................................... 22

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 24

3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA EXPLORATÓRIA .......................................... 24

3.2 PESQUISA DE CAMPO ............................................................................... 24

3.2.1 Local da pesquisa ................................................................................... 24

3.2.2 Material utilizado ..................................................................................... 25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 40

6 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 42

APÊNDICE 1– QUESTIONÁRIO ....................................................................... 46

ANEXO 1............................................................................................................ 50

ANEXO 2............................................................................................................ 51

ANEXO 3............................................................................................................ 52

10

1 INTRODUÇÃO

O aquecimento que setor da Construção Civil vem vivenciando nos últimos

anos após a implantação do Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida torna

imprescindível que as construtoras, na tentativa de se tornarem mais competitivas e

capazes de ganhar o mercado consumidor, implantem Sistemas de Gestão da

Qualidade – SGQ. À medida que é o agente financiador, a exemplo da Caixa

Econômica Federal – CEF, cliente destas construtoras faz exigências quanto ao

padrão de qualidade do produto final ofertado pelas mesmas.

Na busca para alcançar o padrão de qualidade imposto pelo agente

financiador, às construtoras passaram a adotar Sistemas de Gestão da Qualidade

que tem por finalidade, segundo PRADO (2003), reduzir o desperdício de tempo, de

material, conseguindo assim minimizar os custos e procurando desenvolver serviços

especializados com pessoas capacitadas para que o produto final tenha qualidade.

Os SGQ’s buscam a satisfação do cliente através da qualidade dos produtos

oferecidos pelas empresas, logo, pode ser definido como um conjunto de ações que

vinculam, direta e indiretamente, as construtoras a melhorarem seus produtos e

serviços implicando na qualidade de mesmos que passam a concorrem no mercado

(PERDIGÃO; PERDIGÃO, 2012).

Neste sentido, a implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade por

parte das construtoras é de suma importância porque permitirá que elas consigam

conquistar o mercado consumidor, uma vez que o aquecimento da Construção Civil

fez surgir uma grande quantidade de construtoras de pequeno e médio porte

voltadas para construções de edificações habitacionais, visando comercializar seus

produtos por intermédio do agente financiador que exige delas qualidade. Assim as

que implantam os SGQ’s conseguem obter certificados de qualidade que lhes

proporcionam ganhar da concorrência.

11

A grande exigência em produtos de qualidade por partes dos agentes

financiadores (empresas públicas e/ou agências de fomento) vem fazendo com que

as construtoras busquem adquirir os certificados de qualidade para os seus produtos

finais (PERDIGÃO; PERDIGÃO, 2012). Nessa ótica, torna-se relevante conhecer os

Sistemas de Gestão da Qualidade que estão sendo implementados no setor da

Construção Civil de forma a verificar como os mesmos podem contribuir para as

construtoras lançarem no mercado consumidor produtos de qualidade e conquistar a

certificação exigida pelo cliente, tornando-se empresas consolidadas e com

credibilidade.

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo realizar um estudo

bibliográfico auxiliado por uma pesquisa de campo no município de Mossoró/RN que

proporcione mostrar como funciona os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ’s)

na Construção Civil e se os mesmos já estão sendo implantados nas principais

construtoras de médio porte que atuam neste município. Tendo como objetivos

específicos:

Verificar como funciona um Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ na

Construção Civil;

Identificar quais são as vantagens\benefícios que a implantação de um

SGQ proporciona a empresas da Construção Civil;

Constatar como são feitas as certificações na Construção Civil;

Identificar quais foram às melhorias proporcionadas pela implantação

dos SGQ’s nas construtoras de médio porte do município de Mossoró/RN, caso

estas já tenham implantado este sistema,

Verificar as certificações alcançadas após a implantação do SGQ pelas

construtoras de Mossoró/RN.

12

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL E A IMPLANTAÇÃO DOS SGQ’S

O ramo da Construção Civil é responsável por milhões de empregos diretos

e indiretos, logo movimenta toda a economia nacional à medida que é responsável

por injetar dinheiro através dos salários pagos aos seus operários. Diante da

importância deste fato, torna-se fundamental a implantação de uma gestão nas

atividades desenvolvidas por este setor, no sentido de gerar uma melhor qualidade e

produtividade das atividades desenvolvidas. Segundo Fossati (2004), esta gestão é

alcançada quando as construtoras implantam os Sistemas de Gestão da Qualidade.

Nesta perspectiva, a estabilidade do setor da Construção Civil que se iniciou

no final da década de 90 aliados a grande competitividade gerada pela globalização

fez com que surgisse neste setor uma busca por organizar as construtoras de

maneira a gerar produtos finais competitivos, ocorrendo assim a buscar por soluções

para suprir essa necessidade e originando as primeiras discussões sobre a

implantação dos Sistemas de Gestão da Qualidade na Construção Civil (PRADO,

2003).

No ramo da Construção Civil, verificou-se que a qualidade tem sido

encarada como uma variável estratégica de fundamental importância para o

desenvolvimento. No mundo globalizado o acréscimo da concorrência, torna-se

fundamental para competitividade e bom funcionamento das Construtoras a

implantação de Sistemas de Gestão da Qualidade, de preferência que possam ser

reconhecidos internacionalmente. A exigência por produtos e serviços com

qualidade obriga as empresas da Construção Civil a buscarem novos métodos e

soluções para que venha suprir as exigências do mercado (GRAVE, 2009).

Implantar um SGQ significa adquirir uma importante ferramenta que

possibilita a otimização de diversos processos desenvolvidos pelas construtoras que

proporciona ganhos e também a preocupação com a melhora continua dos produtos

e serviços ofertados por elas (FRAGA, 2011).

Neste sentido, a implantação dos SGQ’s nas construtoras dá-se com o

intuito das mesmas obterem a certificação necessária para que seus produtos finais

(unidades habitacionais das mais diversas modalidades) sejam comercializados

13

pelas agências financiadoras que exigem delas obras habitacionais de qualidade e

esta qualidade é garantida pelas mesmas através da implantação do seu SGQ.

No Brasil, a implantação dos SGQ’s no setor da Construção Civil, segundo

Farias e Arantes (2012),foi estimulada pela iniciativa do Governo Federal em

promover a qualidade, aumentar a competitividade e melhorar a produtividade no

ramo da Construção Civil que se deu com a criação do Programa Brasileiro de

Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H), baseados nos requisitos da

norma NBR ISO 9001, que fornece a certificação para os produtos das construtoras

que correspondem aos seus projetos habitacionais.

Então, pode-se afirmar que a busca pela melhora do desempenho e pelo o

aumento da competitividade tem levado as construtoras buscarem cada vez mais a

obtenção de certificados de qualidade baseados na série NBR ISO 9001 e no

Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H).

2.2 CERTIFICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E O PROGRAMA BRASILEIRO DE

QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT (PBQP-H)

No setor da Construção Civil, a certificação é usada como um pré-requisito

exigido pelo agente financiador na concessão de financiamentos habitacionais e

como requisito de participação nas licitações públicas (PERDIGÃO; PERDIGÃO,

2012).

Neste contexto, os Sistemas de Gestão da Qualidade são compostos por um

conjunto de ações que as construtoras desenvolvem com a finalidade de melhorar a

qualidade dos produtos finais para obter a certificação exigida pelos agentes

financiadores ou para se adequarem as exigências impostas pelas licitações

públicas, e assim conseguirem se consolidar no mercado consumidor de seus

produtos, uma vez que a concorrência para ganhar tais licitações e para terem suas

obras financiadas pelos órgãos financiadores a levam implantar um SGQ que

permitam receberem a certificação e ganhar das concorrentes.

A certificação na Construção Civil é fornecida pelo Programa Brasileiro de

Qualidade e Produtividade na Habitação (PBQP-H) que foi criado em 1991, no

governo de Fernando Collor, porém só foi aplicada a partir de 1998, e a mesma é

especifica para o setor (FARIAS; ARANTES, 2012).

14

O objetivo PBQP-H é apoiar os esforços do governo brasileiro na busca da

modernidade do setor da Construção Civil no país, com a finalidade de promover a

qualidade e produtividade do setor de construção habitacional, visando aumentar a

competitividade de bens e serviços por ele produzidos, estimulando projetos que

melhore a qualidade do setor (SANTOS, 2003).

A busca do PBQP-H por esses objetivos envolve um conjunto de ações, entre

as quais se destacam: avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras,

melhoria da qualidade de materiais, formação e requalificação de mão-de-obra,

normalização técnicas, capacitação de laboratórios, avaliação de tecnologias

inovadora, informação ao consumidor e promoção da comunicação entre os setores

envolvidos. Logo, este programa só certifica com o selo de certificação de qualidade

(Figura 1) as construtoras que na geração de seus produtos atingem estes requisitos

(PERDIGÃO; PERDIGÃO, 2012).

Figura 1: Selo de certificação fornecido pelo PBQP-H nível A

Fonte: Ministério das Cidades, 2013.

O PBQP-H apresenta um Sistema de Avaliação da Conformidade de

Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil (SiAC) que objetiva avaliar o

SGQ implantado pela construtora para que consiga uma certificação que receberá

um nível de qualificação no procedimento de produção de acordo com seu grau de

crescimento produtivo, esse nível varia de D, C, B e A, com um grau crescente de

qualificação (Figura 2).

15

Figura 2: Gráfico dos níveis de evolução do PBQP-H

Fonte: Ministério das Cidades, 2013.

Conforme o gráfico apresentado na figura 2 percebe-se que o PBQP-H

possui níveis de avaliação, a própria empresa estabelece uma lista de serviços que

deverão ser controlado (no mínimo 25 serviços) e estes níveis estão relacionados

com a porcentagem de controle dos serviços alcançados. Esse controle é feito

através de registros com fichas de inspeção que são elaboradas para auditoria, e

esse sistema propõe a evolução dos patamares de qualidade do setor em quatro

níveis D (declaração de adesão), C quando os 66% dos requisitos forem atendidos,

B quando 77% dos requisitos forem atendidos e A quanto atender 100% dos

requisitos (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2013).

O prazo de certificação do PBQP-H é de apenas um ano, pois se trata de

uma certificação evolutiva, ou seja, à medida que são implantados os requisitos,

solicita-se nova auditoria, até que seja concluída a implantação total que é quando a

empresa atinge o nível A de certificação.

Neste contexto, segundo Ministério das Cidades (2013), pode-se afirmar que

Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat é um instrumento que

o governo federal apresenta para promover a qualidade no setor da Construção

Civil. E como tal apresenta um arranjo institucional (Figura 3), ou seja, é um

programa que se integra à Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das

Cidades, e está formalmente inserido como um dos programas do plano plurianual.

16

Figura 3: Arranjo Institucional do PBQPH

Fonte: Ministério das Cidades, 2013.

O PBQP-H foi estruturado em projetos e cada projeto busca solucionar um

problema específico na área da qualidade da construção civil, como qualidade do

material utilizado, qualidade na execução da obra, qualificação da mão-de-obra, etc.

Logo, as construtoras para receberam a certificação fornecida por este programa

deverão desenvolver ações que se adequem as exigências impostas por estes

projetos que levarão a qualidade nos serviços prestados por estas construtoras

(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2013).

2.3 CERTIFICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E A ISO 9001

A norma ISO 9001 surge com a aprovação das normas ISO 9000 em 1987,

que ocorreu com o intuito de uniformizar conceitos, obter a padronização dos

modelos para que os mesmo tenham garantia e de apresentar diretrizes para

implantação dos Sistemas de Gestão da Qualidade nas diversas organizações

(SOUZA, 1997).

A ISO 9001 é uma norma que permite as empresas realizarem verificações

de seus processos, medições, e monitorarem as etapas produtivas com o objetivo

de aumentar a competitividade, garantindo a qualidade de seus produtos (SILVA,

2005).

As empresas que adotam procedimentos indicados por esta norma adquirem

a certificação ISO 9001 que permite os seus clientes terem certeza que o produto

17

oferecido por elas apresenta qualidade, então, segundo Fraga (2011), os principais

benefícios da certificação ISO 9001, encontram-se elencados no quadro 1.

Quadro 1 - Benefícios promovidos pela certificação ISO 9001.

BENEFICIOS DA CERTIFICAÇÃO ISO 9001

A melhoria de produtos e serviços

A redução de custos

A melhoria da qualidade dos processos de trabalhos e do moral dos funcionários

Maior eficiência na organização

Ganho de vantagem competitiva ocasionando maiores oportunidades de marketing e

vendas

Fonte: Adaptado de Fraga, 2011

Silva (2005) afirma que a Gestão da Qualidade é fundamental para a

liderança e para o aperfeiçoamento das organizações, e que a norma ISO 9001

surge com a responsabilidade de estabelecer procedimentos de gestão da qualidade

a serem adotados pelas organizações para que as mesmas desenvolvam seus

produtos e serviços com qualidade e satisfaçam seus clientes.

A empresa que possui um SGQ que se adéqua aos requisitos impostos pela

norma ISO 9001 pode solicitar a certificação e obter o selo de conformidade ISO

9001 (Figura 4).

Figura 4- Modelo do selo da certificação ISO 9001

Fonte: Laboratório Central, 2013

Vale ressaltar que, segundo Valls (2004), o fato da empresa ter recebido a

certificação ISO 9001 não significa que a mesma não tem falhas ou problemas no

18

seu processo produtivo, mas sim que a mesma buscou adequar-se aos requisitos

estabelecidos pela norma e que assim desenvolveu um Sistema de Gestão da

Qualidade que leva a um melhor gerenciamento de seus recursos e um maior

controle nas suas principais atividades, promovendo, portanto, uma maior satisfação

dos clientes, uma vez que consegue controlar os possíveis falhas que podem

acontecer durante o processo produtivo.

Neste contexto, verifica-se que as construtoras que atentam para

importância de implantar um SGQ que as leve a receberem a certificação ISO 9001,

por desenvolverem suas obras dentro dos padrões e cumprindo os requisitos

estabelecidos pela norma ISO 9001 terão como vantagens e desvantagens

proporcionadas por esta adequação e consequente certificação as elencadas no

quadro 2.

Quadro 2- Vantagens e desvantagens promovidas pela certificação ISO 9001

VANTAGENS DESVANGENS

Aumento da credibilidade da construtora frente ao

mercado consumidor

Tempo necessário para desenvolver o sistema

Aumento da competitividade das suas obras no

mercado

Custos para implementação e manutenção do

SGQ

Abertura de novos mercados Inflexibilidade e burocracia na implantação do

SGQ

Maior conformidade e atendimento às exigências

dos clientes

Dificuldade para criar e manter o entusiasmo

dos funcionários com sistema

Aumento da lucratividade e melhores condições

para acompanhar e controlar os processos

Mudanças necessárias podem ser contrárias ou

conflitantes com a cultura existente

Fonte: Adaptado de FRAGA, 2011.

2.4 PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DO SGQ PELAS CONSTRUTORAS

Para que as construtoras possam obter a certificação da ISO 9001 e/ou da

PBQP-H é necessário que as mesmas se enquadrem nos objetivos impostos pela

norma ISO 9001 e pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no

Habitat. Para que ocorra essa adequação é necessário que estas desenvolvam as

seguintes ações: preparar documentação técnica da empresa, realizar auditorias

internas e de campo, além de investimento financeiro para que as empresas

19

implantem SGQ formal e documentado, além dos gastos futuros com a manutenção

da certificação (CRUZ, 2009).

A documentação obrigatória para a aplicação do Sistema de Gestão da

Qualidade corresponde às ferramentas comunicativas que abrangem todo o sistema,

visando garantir o comprimento da norma, exigência dos clientes e a melhora

progressiva do próprio SGQ a ser implantado.

Conforme especificações gerais do SGQ as construtoras devem estabelecer,

documentar, implementar e melhorar continuamente o Sistema de Gestão da

Qualidade tornando-o eficiente de acordo com os requisitos da norma, sendo o

principal documento o manual da qualidade da construtora.

O Manual da Qualidade da construtora é um documento que especifica o

Sistema de Gestão da Qualidade da organização, que serve como referência para

implementação e manutenção desse sistema. No mesmo deverá conter a política de

qualidade da empresa, o escopo do SGQ, os procedimentos documentados para o

SGQ, e os objetivos de cada requerimento da norma escolhida (CRUZ, 2009).

O objetivo da política da qualidade é estabelecer metas nas funções e níveis

pertinentes da construtora, fazer a divulgação através de treinamentos que

conscientizem para o SGQ, distribuição de quadro nas áreas onde a empresa atua,

a compreensão da Política da Qualidade e estes procedimentos são alcançados e

mostrados através das auditorias internas e de campo pelo comprimento das metas

estabelecidas (GRAVE, 2009).

As auditorias internas e de campo são procedimentos adequados para o

monitoramento, para medição dos processos, para fazer a identificação de produtos

não conformes, para fazer a análise de dados para avaliar a eficácia do SGQ, para

executar ações corretivas e preventivas para eliminar as não em conformidades com

requisitos do Sistema de Gestão da qualidade, e consequentemente melhorar a

eficiência do sistema.

Para manter um Sistema de Gestão da Qualidade e melhorar continuamente

sua eficácia, as construtoras devem determinar e prover recursos para este fim.

Assim como é necessário que destinem também para este objetivo a participação

dos recursos humanos, a qual tem uma importância porque irá treinar os

funcionários que executa trabalhos ligados a qualidade (GRAVE, 2009).

Neste contexto, verifica-se que para que um Sistema de Gestão da

20

Qualidade seja implantado na Construção Civil é necessário que haja primeiro a

conscientização dos responsáveis pela gerência das construtoras com relação à

importância de desenvolver produtos finais de qualidade para que se tornem

competitivas e conquistem o mercado consumidor. E depois, passem a preparar a

documentação e a adotar as ações que levam a implantação do seu SGQ.

2.5 QUALIDADE E A CONSTRUÇÃO CIVIL

A qualidade é concebida como a capacidade que uma experiência apresenta

para satisfazer uma necessidade, resolver um problema ou fornecer benefícios a

alguém. Desta forma a qualidade constitui um conceito muito importante nas

atividades desenvolvidas pelo homem em sociedade (SANTOS, 2011).

Na Construção Civil, a qualidade tem inicio ao identificar as necessidades

dos usuários da edificação, e passando por todas as etapas do processo, sendo

acrescentado em cada uma delas produtos e serviços com diferentes níveis de

qualidade que resulta em um produto final que deve satisfazer a necessidade dos

clientes.

A qualidade é promovida na Construção Civil através da implantação dos

SGQ’s pelas construtoras que leva as mesmas receberem certificações que são

numa garantia a clientela deste setor que seus produtos apresentam os requisitos

que indicam a qualidade dos mesmos (FARIAS; ARANTES, 2012).

Farias e Arantes (2012) afirmam que a qualidade é alcançada na Construção

Civil quando as construtoras desenvolvem suas obras seguindo as seguintes etapas:

planejamento, projetos, aquisição de materiais de construção e equipamentos,

execução da obra e inspeção.

2.5.1 Planejamento

A fase de planejamento corresponde à programação da obra, ou seja, nesta

etapa serão feita análises como: pesquisa de mercado, levantamento das

necessidades, seleção das alternativas, estudo sobre o tempo de execução das

atividades, custos e a qualidade na utilização dos recursos (FARIAS; ARANTES,

2012).

21

Esta fase tem inicio quando a construtora define a estratégia competitiva que

irá usar, após ter sido feita a pesquisa de mercado que proporciona ao

empreendedor avaliar a demanda e o potencial da região que leva a escolha do tipo

de empreendimento ( BICALHO, 2009).

2.5.2 Projetos

Considerada com uma das etapas mais importante no processo da

Construção Civil, o projeto permite planejar não apenas a forma final do produto,

mas também uma série de aspectos da edificação que enfatiza a qualidade e

produtividade do processo construtivo. É a partir das formas geométricas da

edificação, que são feitas, a sua localização no terreno, as soluções estruturais, os

materiais e o padrão de acabamento e detalhamento que são estabelecidas as

principais condições de execução (SCARDOELLI, 1995).

Numa visão mais moderna de gestão, nota-se que o projeto é algo muito

complexo, e exige a participação de profissionais de diferentes especialidades,

entretanto tem que ser conduzido de forma eficiente, integrada, e coordenada por

uma equipe de processo técnica e gerencial (FOSSATI, 2004).

Segundo, Isaia (2010), a fase de projeto é aquela que deve permitir a

concepção da obra que será materializada na fase de execução.

2.5.3 Aquisição de materiais de construção e equipamentos

Nesta etapa de qualidade, são realizados os procedimentos e especificações

necessários para aquisição de materiais e equipamentos, como inspeção e controle

no recebimento de materiais em obra, manuseio e armazenamento dos materiais

como também será feita uma seleção dos fornecedores conforme a qualidade de

seus produtos (SOUZA; ABIKO,1997).

Por outro lado, o controle no recebimento de materiais em obra é muito

complexo, pois necessita de um tempo não disponível nesta etapa do

empreendimento. Pois não é possível avaliar a qualidade de um produto,

visualmente. Logo os materiais possuem várias características físicas, química e

mecânica fazendo- se necessário ensaio em laboratório (FARIAS; ARANTES, 2012).

22

2.5.4 Execução da obra

Esta fase da obra compreende em colocar em prática o projeto elaborado

para a obra, logo a qualidade que envolve a elaboração do projeto encontra-se

intimamente relacionada à qualidade da execução, uma vez que a execução

compreende em colocar em prática o que se determinou no projeto. Logo, se o

projeto tiver um detalhamento, contendo especificações de uma forma clara e

precisa haverá consequentemente a redução de dúvidas no que fazer e como fazer,

uma redução nas improvisações no decorrer da obra (ISAIA,2010).

Porém, a qualidade desta fase não se encontra vinculada apenas a

qualidade do projeto, mais também ao treinamento da mão-de-obra; ao controle do

material utilizado; a organização do canteiro de obra e a fiscalização do Engenheiro

Civil no decorrer da obra.

Enfim, para que se tenha qualidade na execução da obra, segundo Souza e

Abiko (1997), os procedimentos adotados nesta fase devem ser sucintos, claros e

objetivos, dando ênfase principalmente as características julgadas mais importantes

para execução do serviço e para o desempenho do produto após a entrega da obra

ao cliente.

2.5.5 Inspeção

Após a fase da execução, para garantir a satisfação total do cliente, é

fundamental que ocorra a fase da inspeção que deve acontecer antes da entrega da

obra ao proprietário. A mesma deverá ser realizada em todas as unidades do

empreendimento por um cliente interno que não tenha tido participação no processo

de produção, este cliente pode ser uma profissional área de assistência técnicas

(SOUZA; ABIKO, 1997).

A inspeção deve ser detalhada e promover o reparo prévio de eventuais

falhas garantindo a satisfação dos clientes externos, toda inspeção deve ser

documentada através listas de verificação adaptadas para cada obra. Portanto, para

garantir a satisfação do cliente final é fundamental que as construtoras inspecionem

suas obras e forneçam a orientação sobre como fazer o uso adequado dos

23

elementos constituintes da obra, de forma que promova o melhor aproveitamento da

edificação, reduzindo os custos de manutenção e preservação de sua vida útil,

minimizando a ocorrência de falhas (FARIAS; ARANTES, 2012).

Logo, a inspeção corresponde a checar o serviço executado ou em

execução para evitar o desvio de rumo e garantir o desenvolvimento da obra sem

ocorrência de problema que podem repercutir na satisfação dos clientes. E para que

a mesma ocorra, esta deve ser formalizada de maneira que todos engenheiros,

mestres ou encarregados utilizem os mesmos critérios para verificação da qualidade

da obra (SOUZA; ABIKO, 1997).

24

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada na realização deste trabalho foi à pesquisa

bibliográfica exploratória sobre Sistemas de Gestão da Qualidade, auxiliada a uma

pesquisa de campo para verificar se as empresas construtoras de médio porte que

atuam no município de Mossoró/RN apresentam estes sistemas.

3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA EXPLORATÓRIA

Segundo Kauark, Medeiros e Manhães (2010), a pesquisa exploratória é

uma maneira de aproximar a revisão bibliográfica ao fenômeno investigado,

possibilitando o levantamento de hipóteses. Esse tipo de pesquisa relaciona o

levantamento bibliográfico aos parâmetros levantados na fase de campo,

proporcionando uma análise destes e a apresentação do tema estudado.

3.2 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo pode ser definida como uma analise baseada através

da coleta de dados referente ao estudo proposto pelo trabalho. De acordo com os

autores Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa de campo pode ser caracterizada por

investigações de fatos e fenômenos que são realizadas junto a pessoas por

diferentes recursos e pela coleta de dados, incluindo a pesquisa bibliográfica ou

documental.

3.2.1 Local da pesquisa

A pesquisa foi realizada no município Mossoró/RN que pertence à região do

oeste potiguar, localizado a uma distância de 285 km da capital do estado (Natal).

Aplicou-se com empresas do setor da Construção Civil, sendo a amostra estudada

composta por treze (13) construtoras de médio porte que trabalham com

construções habitacionais e que são filiadas ao Sindicado da Indústria da

Construção Civil (SINDUSCON) do município de Mossoró/RN que representam

76,92% da população filiada a este sindicato. Vale ressaltar que existem quarenta

25

construtoras filiadas ao SINDUSCON, vinte e uma (21) são caracterizadas de

pequeno porte, dezessete (17) de médio porte e duas (2 ) de grande porte.

Das dezessete (17) de médio porte, três (3) trabalham somente com

pavimentação, uma (1) somente com construções industriais e treze (13)

construções habitacionais.

3.2.2 Material utilizado

O material utilizado foi um questionário (vê Apêndice 1) semiestruturado

elaborado, em conformidade com a revisão bibliográfica realizada, para o

desenvolvimento desta pesquisa, o mesmo recebe esta denominação por ser

constituído por perguntas abertas e fechadas.

26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos com a pesquisa realizada com as dez construtoras de

médio porte que atuam no município de Mossoró/RN são apresentados e discutidos

neste capítulo.

Cinquenta por cento (50%) destas construtoras já atuam em Mossoró/RN

entre Quinze (15) a trinta (30) anos e dez por cento (10%) entre trinta e quarenta

anos (Figura 5). Dado este que mostra que a maioria das construtoras entrevistadas

já conquistou seu espaço no mercado consumidor dos serviços e obras do setor da

Construção Civil.

Figura 5 – Tempo de atuação no mercado de dez construtoras no município de

Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

A tipologia de sessenta por cento (60%) das obras executadas por estas

construtoras trata-se de construções habitacionais verticais; trinta por cento (30%)

constroem obras habitacionais verticais, horizontais e comerciais e dez por cento

(10%) executam apenas unidades habitacionais horizontais (Figura 6). Fato este que

se tornou um fator relevante para esta pesquisa, pois os Sistemas de Gestão de

Qualidade que vem sendo implantados em todo país no setor da Construção Civil

visam promover uma melhoria da qualidade das construções habitacionais, fazendo

com que estas estejam adequadas às normas exigidas pelos órgãos financiadores e

tenham sua qualidade garantida.

0%

40% 50%

10% 0102030405060708090

100

De 0 Ⱶ 5 De 5 Ⱶ 15 De 15 Ⱶ 30 De 30 Ⱶ 45

Perc

en

tual

(%)

Tempo (anos)

27

Figura 6- Tipologia das obras executadas por dez construtoras de Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

Na visão de Pinto (2009), a qualidade é cada vez mais uma variável

incontornável no mundo das construtoras, de um lado a globalização obriga a

encarar a qualidade como um fator de competitividade e como um diferencial

apresentado ao mercado. Por outro lado, o consumidor está cada vez mais

informado e exigente, fazendo com que a empresa se atente em promover a

qualidade nos produtos e serviços não deixando margens para falhas.

Vale ressaltar que além desta visão citada por pelo autor, o próprio avanço

conseguido com a Lei nº 8.078 de 1990 faz com que os donos das construtoras

exijam de seus funcionários a execução das obras atendendo a um padrão de

qualidade necessário para toda a vida útil da obra, e que estas sejam entregues com

um prazo de cinco (5) anos de garantia, onde qualquer reparo causado pela má

execução do serviço seja feita pela construtora e seus dirigentes exigindo a

qualidade das obras evita gastos com reparos necessários em obras que são

executadas fora dos padrões, evitando assim custos com despesas de material e

mão de obra que estariam envolvidos no retrabalho que deve ocorrer durante este

prazo de garantia.

As construtoras foram questionadas sobre sua natureza e seu público alvo,

verificou-se que oitenta por cento (80%) delas são originária de Mossoró/RN e vinte

por cento (20%) são filiais com matriz em outro Estado (Figura 7).

0% 10%

60%

30%

0

1020

30

4050

60

7080

90

100

Construçõescomerciais

Construçõeshabitacionaishorizontais

Construçõeshabitacionais

verticais

Todas as opções

Perc

en

tual

(%)

Tipologia

28

Figura 7 – Origens de dez construtoras no município de Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

Com relação ao público alvo, observou-se que trinta por cento (30%)

pertence à classe A (renda acima de 20 salários mínimos), trinta por cento (30%) à

classe B (renda de 10 a 20 salários mínimos),vinte por cento (20%) à classe C

(renda de 4 a 10 salários mínimos), dez por cento (10%) à classe A e B, e dez por

cento (10%) das construtoras edificam para todas as classes (Figura 8).

Figura 8- Público alvo de dez construtoras no município de Mossoró/RN, 2013.

Fonte: Autoria própria

Estes dados possibilitam afirmar que em função do poder aquisitivo do

público alvo destas construtoras o mesmo apresenta um maior grau de exigência

80%

20%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Matriz Filial

Perc

en

tual

(%)

Origem

30% 30%

20% 0% 0% 10% 10% 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Classe Ae B

Todas asClasses

Perc

en

tual

(%)

Classes

29

com relação aos produtos fornecidos por estas, perfil que gera um ambiente propicio

para despertar o interesse dos dirigentes em tornar suas obras com a qualidade

exigida pela sua clientela, permitindo que percebam a necessidade e a importância

de implantarem seus SGQ`s.

Além do que a tipologia das obras executadas pelas construtoras

entrevistadas (60% construções habitacionais verticais) também se torna um fator

que influencia esta implantação porque há a exigência por parte das agencias

financiadoras para este tipo de obra (habitacionais) que as construtoras tenham as

certificações PBQP-H e ISO 9001, que só são fornecidas aquelas que apresentam

seu Sistema de Gestão de Qualidade.

Foi questionado, também, as construtoras a quantidade de funcionários que

atuam nas obras executadas por elas e sobre a composição da sua equipe

profissional, oitenta por cento (80%) delas apresentam mais de 50 funcionários em

obra (Figura 9). Fato este que comprova que as empresas do setor da Construção

Civil que foram pesquisadas são de médio porte, segundo a definição de empresas

de médio porte do SEBRAE (2013), permitindo assim alcançar um dos objetivos

traçados na realização deste estudo.

É importante destacar que a este número de funcionários, ainda, acrescenta-

se os que trabalham apenas em escritório, e que se constatou que cem por cento

(100%) das construtoras dispõem de equipe multidisciplinar formada por:

engenheiros; técnicos de edificações; técnicos de segurança do trabalho; projetistas;

mestre de obras, como também o pessoal do departamento de finanças e recursos

humanos.

30

Figura 9 – Número de funcionários em dez obras do município de Mossoró/RN, 2013.

Fonte: Autoria própria

A presença de uma equipe multidisciplinar nas construtoras é um fator

positivo para implantação de um Sistema de Gestão de Qualidade, pois permite as

construtoras desenvolverem um processo produtivo com qualidade, desde que haja

um envolvimento da equipe para que o trabalho seja realizado em conjunto e que

cada profissional realize seu trabalho corretamente e com seriedade, para que os

objetivos da qualidade sejam alcançados na obra.

As construtoras foram questionadas se já tinham implantado seu Sistema de

Gestão da Qualidade (SGQ), sessenta por cento (60%) afirmaram que já

apresentam seu SGQ e apenas quarenta por cento (40%) delas ainda não

implantaram seu SGQ (Figura 10).

Figuras 10 – Construtoras que atuam em Mossoró/RN e apresentam SGQ, 2013

Fonte: Autoria própria

0% 20%

80%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Até 15 Entre 15 e 50 Acima de 50

Perc

en

tual

(%)

Funcionários

60%

40%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Sim Não

Perc

en

tual

(%)

SGQ

31

Dos quarenta por cento (40%) que não implantaram seus Sistemas de

Gestão da Qualidade, cinquenta por cento (50 %) destas afirmaram não ter

realizado, ainda, esta implantação porque existe uma falta de interesse da direção

das mesmas, vinte e cinco por cento (25%) devido à burocracia envolvida no

processo de implantação do SGQ e vinte e cinco por cento (25%) alegou o pouco

tempo que atua no mercado (Figura11).

Figura 11 – Motivos da não implantação de um SGQ pelas dez construtoras que

atuam em Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

Percebe-se que o fato mais relevante para a não implantação dos SGQ’s

pelas construtoras que atuam em Mossoró/RN é a falta de interesse da direção

destas. Uma vez que, como ressalta Cruz (2009), o primeiro passo para implantação

dos SGQ`s pelas construtoras consiste na conscientização de sua diretoria, logo

esta falta de interesse dos diretores das construtoras de Mossoró/RN é o que

impede a implantação de seus SGQ’s já que consiste na primeira ação que leva a

implantação destes.

Esta falta de interesse dos diretores das construtoras que atuam em

Mossoró/RN em implantar seu SGQ pode encontrar-se atrelada a falta de percepção

que os SGQ’s podem proporcionar as certificações de suas construtoras e que estas

são garantias da qualidade de suas obras, podendo ser utilizadas como marketing

para conquistar e fidelizar seus clientes, como já vem sendo usados nos grandes

centros urbanos.

25%

50%

25%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Pouco tempo deatuação no mercado

Falta de Interesse dadireção

Burocracia nadocumentação exigida

Perc

en

tua

l (%

)

Motivos

32

As construtoras que apresentam seus SGQ’s afirmaram ter implantado o

mesmo por: promover a qualidade dos produtos e serviços prestados pela

construtora (66,66%) e adequar-se as exigência das licitações públicas e das

agências financiadoras (33,33%), como mostra o gráfico da Figura12.

Figura 12 – Razões da implantação do SGQ pelas dez construtoras que atuam em

Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

Os dados coletados com a aplicação do questionário com as construtoras

que atuam em Mossoró/RN, mostrados no gráfico da Figura 13, indicam que das

construtoras que implantaram seu SGQ sessenta e seis vírgula sessenta e seis por

cento (66,66%), em função desta implantação, já obtiveram as certificações PBQP-H

e ISO 9001 e trinta e três vírgula trinta e quatro por cento (33,34) apresentam

apenas a ISO 9001. Dados estes que possibilita verificar que a implantação dos

SGQ’s por estas construtoras encontra-se dando certo uma vez que alcançaram as

certificações, e é um fato que é positivo para os mossoroenses porque irão dispor de

obras com a qualidade garantida por estes SGQ’s que fazem com que haja o

controle da qualidade durante o processo produtivo de suas obras, uma vez que

tiveram que atender todos os requisitos exigidos para obter estas certificações.

33,34%

0%

66,66%

0% 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Adequar-se asexigencias das

licitaçoes publicase das agencias

financeiras

Promover omarketing daconstrutora

Promover aqualidade dos

produtos eserviços prestados

pela construtora

Outro

Part

icip

ação

(%

)

Razões

33

Figura 13 – Certificação obtida pelas dez construtoras em Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria.

A Figura 14 apresenta os dados obtidos quanto aos benefícios que a

implantação do SGQ trouxe para estas construtoras, sessenta e seis vírgula

sessenta e seis por cento (66,66%) afirmaram que o principal beneficio foi a maior

qualidade e organização das obras, dezesseis vírgula sessenta e sete por cento

(16,67%) a satisfação do cliente, enquanto dezesseis vírgula sessenta e sete por

cento (16,67%) disseram que foi a qualidade nos serviços e organização da obra,

satisfação do cliente e diminuição do retrabalho.

Figura 14 – Benefícios gerados pela implantação do SGQ, Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria.

66,66%

33,34%

0% 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PBQP-H e ISO 9001 ISO 9001 PBQP-H

Perc

en

tual

(%)

Certificação

66,66%

16,67% 0% 16,67% 0

102030405060708090

100

Qualidade eorganização da

obra

Sastifação docliente

Diminuição doretrabalho

Qualidade eorganização daobra, sastifação

do cliente ediminuição do

retrabalho

Perc

en

tual

(%)

Benefícios

34

Com relação aos benefícios, percebe-se que as construtoras apresentam

benefícios em comum, e é perceptível que a implantação deste sistema pode

acarretar em benefícios tanto interno com também externo ás construtoras, pois a

qualidade e organização da obra pode promover a otimização de seus processos e

garantir o cumprimento dos prazos de entrega da obra, com isso gera uma maior

satisfação dos clientes e evita perdas financeiras com as despesas geradas pelas

multas da não entrega das obras nos prazos determinados nos contratos.

Outro fator citado pelas construtoras foi a diminuição do retrabalho, este

beneficio é muito importante para as mesma pois a diminuição do retrabalho

possibilita um aumento no lucros a medida que não necessitam executar os seus

serviços mais de uma vez, e consequentemente evita o gasto com os materiais e

mão de obra utilizados.

Assim como a implantação do Sistema de Gestão de Qualidade gera

benefícios, a mesma também acarreta dificuldades que as construtoras enfrentam

durante o processo de implantação do seu SGQ como: a intensa rotatividade da

mão-de-obra que impacta no treinamento e na manutenção do sistema (50%)

principal dificuldade; resistência por parte dos funcionários com relação a nova

postura imposta pelo sistema e a hostilidade ao aprendizado (33,33% ), e o controle

de documentos exigidos (16,67%) que se mostra na burocracia envolvida no

processo de implantação.

Estes dados confirmam a pesquisa desenvolvida por Depexe e Paladini

(2007), que demonstrou que a maior dificuldade enfrentada pelas construtoras

atuantes em todo Brasil na implantação do seu SGQ é a rotatividade dos operários

que trabalham nestas empresas e a resistência a mudanças na execução de suas

atividades geradas pelo processo de treinamento, seguida da burocracia excessiva

gerada no processo de implantação.

Ao questionar sobre as ferramentas utilizadas nos seu Sistema de Gestão

da Qualidade, cinquenta por cento (50%) delas citaram que usam o controle dos

equipamentos utilizados pelos operários e a verificação da execução da obra através

de documentos registrados, trinta e três vírgula trinta e três por cento (33,33%)

mencionam o controle dos materiais utilizados em suas obras através da inspeção

que ocorre no recebimento e a verificação no processo de execução da obra,

dezesseis vírgula sessenta e sete por cento (16,67%) das construtoras utilizam

35

como ferramenta o check’list de inspeção e tratamento da não conformidade.

Diante das ferramentas de gestão citadas por estas construtoras, observa-se

que são os instrumentos que as mesmas fazem uso para se adequar as normas

impostas pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat e pela

norma ISO 9001, e assim receber as certificações em função desta adequação que

leva a qualidade do produto final destas construtoras que são suas obras

residenciais verticais, sendo os beneficiados a clientela destas construtoras e as

próprias construtoras que conseguem o apoio das instituições financiadoras, a

satisfação de sua clientela e assim seus lucros aumentam, e conquistam seu

espaço no mercado consumidor porque clientes satisfeitos fazem a divulgação.

Como afirmam Albuquerque e Melhado (1998) o impacto que a certificação causa

nos clientes é positivo, servindo como bom instrumento de marketing para que as

empresas possam conquistar seu espaço no mercado.

Verificou-se que, após a implantação do SGQ pelas construtoras

entrevistadas, sessenta e seis vírgula sessenta e seis por cento (66,66%) delas

tiveram algumas de suas obras premiadas com prêmios locais (Figura 15). Fato este

que comprova a qualidade das obras e da consciência da população local, através

dos eventos e premiações fornecidas por estes eventos locais, e que estas ocorrem

em virtude da qualidade alcançada nas mesmas devido a implantação do SGQ, pois

só as que implantam seu SGQ é que citam ter recebido estas premiações.

Figura 15 – Obras premiadas após a implantação do SGQ, Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria.

66,66%

33,34%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Sim Não

Perc

en

tual

(%)

Obras Premiadas

36

Foi questionado as construtoras se a clientela da mesma aumentou após as

certificações recebidas e se faziam divulgação das mesmas para que os

mossoroenses tomassem consciência, oitenta e três vírgula trinta e três por cento

(83,33%) afirmaram que sua clientela aumentou em função da implantação do seu

sistema de gestão de Qualidade que proporcionou receberem as certificações, fato

este que atesta que o publico alvo dessas construtoras são cliente mais instruído e

dão mais ênfase a adquirir produtos com qualidade. Uma vez que, para essas obras

receberem as certificações PBQP-H e ISO 9001 é preciso passar por auditorias que

atestam a qualidade da obra, como também pelo fato dessas certificações serem

reconhecidas nacionalmente. Possibilitando assim a garantia que cliente esta

adquirindo um produto de qualidade (Figura 16).

Enquanto, cem por cento (100%) disseram investir na divulgação das

certificações obtidas após a implantação de seu SGQ e que utilizam os seguintes

meios de divulgação: sites, jornais, outdoor, fardamento dos funcionários (exposição

do selo de certificação) e etc.

Figura 16 – Aumento da clientela após receberem a certificação de qualidade,

Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

A divulgação das certificações recebidas pelas construtoras que apresentam

seus SGQ’s mostra o espírito empreendedor de seus diretores que além de se

adequarem as exigências impostas pelas mudanças conjunturais que levaram o

setor da Construção Civil a implantar SGQ fazem uso das certificações recebidas

que atestam a qualidade de suas obras para ganharem a concorrência e se

manterem consolidadas no mercado.

83,33%

16,67% 0

102030405060708090

100

Sim Não

Perc

en

tual

(%)

Aumento da clientela

37

Das ações imposta pelo SGQ que cada construtora implantou e que

proporcionaram as mesmas receberem as certificações destacam: trinta e três

vírgula trinta e três por cento (33,33%) citam o atendimento as exigências das

normas e a execução dos trabalhos de acordo com a orientação passada pela

auditor durante a auditoria; cinquenta por cento (50%) destacaram a elaboração e

o preenchimento de documentos e/ou registros, a adequação da obra as exigências

da norma e realizam treinamentos com seus colaboradores e dezesseis vírgula

sessenta e sete por cento (16,67%) mencionaram que se adéquam as exigências

da norma e promovem a satisfação dos clientes e colaboradores.

As construtoras foram indagadas sobre as certificações que almejam com a

implantação de seu SGQ, trinta e três vírgula trinta e três por cento (33,33%)

responderam que era a certificação PBQP-H pelo fato de já possuírem a certificação

ISO 9001 e por ser um programa mais exclusivo da área de construção habitacional,

as que já possuíam as certificações de qualidade (ISO 9001 e PBQP-H) dezesseis

vírgula sessenta e sete por cento (16,67%) mencionaram que, agora , almejam a

certificação ISO 14001 que consiste na certificação obtida através da implantação de

um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), dezesseis vírgula sessenta e sete por

cento (16,67%) destacaram que deseja a certificação OHSAS 18001 que é adquirida

através da implantação de um Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no

Trabalho e trinta e três vírgula trinta três por cento (33,33%) almeja as certificações

ISO 14001 e OHSAS 18001 (Figura 17).

Figura 17 – Certificações almejadas com a implantação do SGQ, Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

33,33%

0% 16,67% 16,67%

33,33%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PBQP-H ISO 9001 ISO 14001 OHSAS18001

ISO 14001 eOHSAS18001

Perc

en

tual

(%)

Certificações almejadas

38

Estes dados demonstram que sessenta e seis vírgula sessenta e seis por

(66,66%) dos sessenta por cento (60%) das construtoras que atuam em

Mossoró/RN que já implantaram o seu Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), por

terem alcançado as certificações PBQP-H e ISO 9001, logo almejam as certificações

ISO 14001 e OHSAS 18001 que irão contribuir ainda mais para o crescimento e

consolidação destas no mercado consumidor de Mossoró/RN. Uma vez que quando

desenvolverem as ações necessárias para alcançarem as certificações almejadas

estarão reduzindo os custos com as indenizações devidas aos que sofreram os

acidentes de trabalho nos canteiros de suas obra e com indenizações e/ou medidas

para corrigir os impactos ambientais que sua atividade causa ao meio ambiente

onde elas são construídas, maximizando assim seus lucros quando investe na

prevenção dos acidentes de trabalho e no desenvolvimento de sua atividade em

conformidade com a legislação ambiental vigente.

Também, foi indago se as construtoras promove o controle de material

utilizado nos serviços prestados por seus operários e como é feito esse controle.

Constatou-se que os critérios utilizados no controle de materiais por elas são:

cinquenta por cento (50%) inspeção de materiais através de fichas de controle

(Anexo 1), trinta e três vírgula trinta e três por cento (33,33%) estabelecem critérios

específicos no recebimentos dos materiais e dezesseis vírgula sessenta e sete

(16,67%) utilizam a verificação realizada por seus técnicos na hora do recebimento

de materiais e de equipamentos de medição (Anexo 2).

Os dados coletados na pesquisa mostram que cem por cento (100%) dos

sessenta por cento (60%) das construtoras que implantam seus SGQ’s investem no

treinamento de seus operários, de seus engenheiros e arquitetos, promovendo

palestras e cursos de aperfeiçoamento adequado a cada cargo. Fato este importante

para a qualidade do produto final destas construtoras à medida que a atualização

dos funcionários é importante na geração de produtos de qualidade, sem mencionar

que é uma prática que se adequa as ações impostas pelas normas e pelo Programa

Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat que proporcionou a elas as

certificações PBQP-H e ISO 9001.

Quanto ao controle da execução das suas obras, cinquenta por cento das

(50%) das construtoras afirmaram que promove este controle através da elaboração

do cronograma físico de cada obra, pois nele é citado todos os serviços e

39

procedimentos de execução de serviços (PES), e do uso da ficha de verificação de

serviços (FVS) (Anexo 3), pois estas fichas permitem os técnicos conferirem se os

serviços estão sendo executados corretamente ou se será preciso praticar alguma

ação preventiva ou corretiva, os outros cinquenta por cento (50 %) das construtoras

mencionaram que além da utilização de fichas de verificação de serviços fazem a

calibração dos equipamentos e registram o retrabalho (Figura 18).

Figura 18 – Controle na execução da obra, Mossoró/RN, 2013

Fonte: Autoria própria

Diante do exposto, fica comprovado que a implantação do Sistema de

Gestão da Qualidade é de fundamental importância para promover a eficiência e a

eficácia do processo produtivo das construtoras, uma vez que tem seu processo

todo controlado possibilitando um melhor entendimento dos projetos, tendo

possibilidade de diagnosticar possíveis erros na execução logo no início da obra que

pode-se se aplica de imediato uma ação preventiva ou corretiva, diminuído assim

gastos desnecessários e possíveis falhas na execução da obra fato este que geram

o aumento nas vendas e a satisfação dos clientes.

50% 50%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Conograma,FVS e PES FVS,calibração de equipamentos eregistro de retrabalho

Perc

en

tual

(%)

Controle

40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa proporcionou alcançar os objetivos traçados no

inicio da elaboração deste trabalho, pois, possibilitou avaliar alguns aspectos

relacionados ao impacto da implantação do Sistema de Gestão de qualidade (SGQ)

nas construtoras de Mossoró/RN e entender o que é o SGQ, assim como este

funciona na Construção Civil.

A princípio pode-se concluir que a implantação do Sistema de Gestão da

Qualidade pela construtora permite que ela alcance as certificações ISO 9001 e

PBQP-H através da adoção das ações indicadas que são voltadas para promover a

qualidade, em busca de resultados satisfatórios para empresa e para sua clientela.

A certificação da qualidade, atualmente, é considerada como um fator

essencial para enfrentar a demanda e a competitividade do mercado da Construção

Civil, uma vez que é uma forma de demonstrar ao cliente que o produto ou serviço

desenvolvido por essas construtoras passaram por processos controlados e

padronizados de forma a garantir sua qualidade.

A implantação de um SGQ é um investimento que demanda um alto custo de

investimento, inicialmente, pelas construtoras, porém a longo prazo o investimento é

recuperado a mediada que as tornam competitivas e com certificados de qualidade

que podem conquistar a clientela e recuperarem o investimento, com a venda das

suas obras. Como mostra o resultado da pesquisa realizada com construtoras de

médio porte de Mossoró/RN 60% das construtoras analisadas já implantaram o SGQ

e obtiveram as certificações de qualidade, e destas 83,33% tiveram um aumento da

sua clientela.

Verifica-se que a certificação pode trazer vários benefícios para construtora

que a possui, quando percebem que podem usá-la como uma grande ferramenta de

marketing que a torna competitiva com um grande diferencial para atrair os clientes.

Já que a certificação é uma forma de garantir aos clientes destas construtoras que

elas se adéquam as exigências da norma promovendo a qualidade dos produtos e

serviços prestados por elas, como também as permitem participar das licitações

públicas e se adequarem as exigências dos órgãos financiadores, como a Caixa

Econômica Federal que exige a certificação de qualidade para obtenção do

financiamento da obra.

41

Conclui-se com os dados coletados na pesquisa realizada que o principal

beneficio trazido pela implantação do SGQ pelas construtoras é a qualidade e

organização que proporciona a suas obras (66,66%) e que a principal razão das

construtoras que ainda não possuem seu SGQ é a falta de interesse dos diretores

da mesma (50%).

A pesquisa mostrou que (100%) das construtoras que apresentam seu SGQ

investem no treinamento de seus funcionários promovendo cursos e palestra de

aperfeiçoamento que assegura o desenvolvimento da capacidade profissional destes

que se reflete na qualidade dos serviços prestados pelos mesmos e que é um fator

positivo, pois pode promover o aumento dos lucros das construtoras, assim como

promove a satisfação do cliente uma vez que profissionais capacitados geram obras

de qualidade e diminui o retrabalho.

Portanto, conclui-se que a implantação de um Sistema da Qualidade tende a

trazer grandes benefícios tanto para a empresa quanto para os clientes. Através do

desempenho e interesse dos funcionários o SGQ tenderá a evoluir a partir do

momento que a pratica da qualidade passar a ser mais valorizada e compreendida

por todos que constituem a empresa. Sabe-se que é um processo lento e de

persistência, mas através dos treinamentos e da adoção das praticas sugeridas

pelas normas ocorre a introdução de novas rotinas, e novos procedimentos

padronizados de trabalho que venha a proporcionar uma melhor organização na

empresa, assim gerando produtos com qualidade visando satisfazer a vontade do

cliente e alcançar os lucros.

42

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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da Qualidade pelas normas ISO 9001 e a sua aplicabilidade em escritórios de

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43

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44

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45

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mai/ago. 2004.

46

APENDICE 1 - QUESTIONARIO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS ANGICOS

Objetivo: Realizar uma pesquisa de campo no município de Mossoró/RN para

verificar se as construtoras de médio porte deste município já apresentam Sistema

de Gestão da Qualidade (SGQ)

Caracterização da Construtora

1. Razão Social (não será divulgado):

___________________________________________________________________

2. Localização:

3. Tempo de atuação no mercado?

4. Área de atuação:

( ) Construção de prédios comerciais

( ) Construção de unidades habitacionais horizontais

( ) Construção de unidades habitacionais verticais

5. A construtora é de Mossoró/RN ou é filial de outro estado?

___________________________________________________________________

6. Qual é o público alvo da Construtora?

( ) Classe A (renda acima de 20 salários mínimos)

( ) Classe B (renda de 10 a 20 salários mínimos)

( ) Classe C (renda de 4 a 10 salários mínimos)

47

( ) Classe D (renda de 2 a 4 salários mínimos)

( ) Classe E (renda até 2 salários mínimos)

7. O número de funcionários em obras:

( ) Até 15 (quinze)

( ) Entre 15 (quinze) e 50 (cinquenta)

( ) Acima de 50 (cinquenta)

8. Vocês dispõem de uma equipe multidisciplinar? A mesma é composta por quais

profissionais?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

9. Vocês apresentam Sistema de Gestão da Qualidade implantado?

( ) Sim Há quanto tempo esta implantado?

_________________________________________________________________

( ) Não Por que?

Caracterização do SGQ implantado pela construtora

1. Qual o principal motivo que levou a construtora a implantar um Sistema de

Gestão da Qualidade?

( ) Adequar-se as exigências das licitações públicas e das agências

financiadoras

( ) Promover o marketing da construtora

( ) Promover a qualidade dos produtos e serviços prestados pela construtora

( ) Outro. Qual?

2. Quais os benefícios que a implantação deste Sistema de Gestão da Qualidade

trouxe para a construtora?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

48

3. Das dificuldades apresentadas abaixo, quais delas vocês se depararam no

processo de implantação do Sistema de Gestão da Qualidade?

( ) Dificuldade em definir a política de qualidade e o planejamento.

( ) Dificuldade de controle na documentação exigida.

( ) A resistência por parte dos funcionários em relação a nova postura e

hostilidade ao aprendizado.

( ) Indefinição de objetivos e metas a longo prazo, e a descontinuidade das

ações relacionadas a melhoria da qualidade de seus produtos e serviços;

( ) Elevado investimento inicial na formação, capacitação e motivação do

corpo gerencial e de operários;

( ) Intensa rotatividade de mão de obra que impacta o treinamento e

manutenção do Sistema;

4. Quais as ferramentas utilizadas pelo Sistema de Gestão da Qualidade

implantado por vocês que proporciona a qualidade dos produtos ofertados por

vocês?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

5. Após a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade por vocês, já as obras

entregues por vocês já receberam certificações? Quais?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

6. Há divulgação das certificações obtidas por vocês? Vocês investem no marketing

da construtora com o recebimento destas certificações?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

7. A implantação do Sistema de Gestão da Qualidade por vocês proporcionou um

aumento da clientela?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

8. Quais são as ações impostas pelo SGQ da construtora que proporcionaram o

recebimento das certificações?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

49

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

9. Quais as certificações almejadas pela construtora com a implantação de seu

SGQ?

( ) PBQP-H ( ) ISO 9001 ( ) Outras. Quais?

10. A construtora promove o controle do material utilizado e dos serviços prestados

por seus operários nas suas obras? Como?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

11. Como ocorre o controle da execução de suas obras? Quais as ações adotadas

para este controle?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

12. A construtora investe no treinamento de seus operários, engenheiros e

arquitetos? Como?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

50

ANEXO-1 RELATORIO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE

FORNECEDORES.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE FORNECEDORES

FORNECEDOR:

CONTATOS PARA COMPRA: TELEFONE:

PRODUTOS OU SERVIÇOS FORNECIDOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO APLICÁVEIS

1. Para ser APROVADO, o fornecedor avaliado deve ter obtido no mínimo “20” pontos, sendo que o requisito qualidade deve ser superior ou igual a “7” pontos, caso contrário o fornecedor deve ser notificado e será APROVADO COM RESTRIÇÕES;

2. Todos os fornecedores devem garantir qualidade em seus produtos; 3. Todos os fornecedores devem ser reconhecidos no mercado em que atuam.

4. Será REPROVADO, o fornecedor que obtiver abaixo de “20” pontos.

PERÍODO AVALIADO: Responsável pela Avaliação:

REQUISITOS AVALIADOS NOTA FISCAL

AVALIADA

MUITO BOM

(8) BOM (7)

REGULAR

(5) RUIM (3)

TOTAL DE

PONTOS

QUALIDADE DO SERVIÇO

PRAZO DE ENTREGA

ATENDIMENTO

PREÇO

REQUISITOS AVALIADOS NOTA FISCAL

AVALIADA

MUITO BOM

(8)

BOM (7) REGULAR

(5)

RUIM (3) TOTAL DE

PONTOS

QUALIDADE DO SERVIÇO

PRAZO DE ENTREGA

ATENDIMENTO

PREÇO

RESULTADO FINAL:

( ) APROVADO ( ) APROVADO COM RESTRIÇÕES ( ) REPROVADO

DATA:

PERÍODO AVALIADO: Responsável pela Avaliação:

REQUISITOS AVALIADOS NOTA FISCAL

AVALIADA

MUITO BOM

(8) BOM (7)

REGULAR

(5) RUIM (3)

TOTAL DE

PONTOS

QUALIDADE DO SERVIÇO

PRAZO DE ENTREGA

ATENDIMENTO

PREÇO

REQUISITOS AVALIADOS NOTA FISCAL

AVALIADA

MUITO BOM

(8)

BOM (7) REGULAR

(5)

RUIM (3) TOTAL DE

PONTOS

QUALIDADE DO SERVIÇO

PRAZO DE ENTREGA

ATENDIMENTO

PREÇO

RESULTADO FINAL:

( ) APROVADO ( ) APROVADO COM RESTRIÇÕES ( ) REPROVADO

DATA:

PREENCHER O CAMPO ABAIXO SE O FORNECEDOR FOR APROVADO COM RESTRIÇÕES OU REPROVADO:

CAUSA:

AÇÃO CORRETIVA:

RESULTADO DA AÇÃO:

Aprovação: _______________________________________________________

51

ANEXO - 2 LISTA DE VERIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO

LISTA DE VERIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS(CHEK-LIST)

LV - 01

TIPO DE MANUTENÇÃO

Preventiva ( ) Corretiva ( )

Máquinas/Equipamentos: Depto/Setor:

Freqüência de Manutenção: Data ____/_____/_______

Itens Verificados durante a manutenção Situação do Equipamento após a

manutenção XXXXXXXXX Verificados/Revisados?

Correias ( ) Sim ( ) Não

( ) Revisado OK

( ) Revisado uso restrito

( ) Revisado Não Conforme

Polias ( ) Sim ( ) Não

Eixos Rolamentos Suporte (pernas) Recipiente (cilindro) Cremalheira Pião Motor Chave de acionamento

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

( ) Sim ( ) Não

Obs:

Responsável pela Manutenção

Executante da Manutenção

52

ANEXO – 3 FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS

FVS – Ficha de Verificação de Serviço

REG. – PRO – 001

R E V.: 02

OBRA: SERVIÇO: EXECUÇÃO DE

FUNDAÇÃO

CONTROLE PARA

INSPEÇÃO DO SERVIÇO

CONTROLE DO PROCESSO

Item de

inspeção

Método de

verificação

Tolerância

Pavimentos Inspecionados:

_______________________________________________

Local: Local: Local: Local: Local: Local:

Data:

Ass:

Data:

Ass:

Data:

Ass:

Data:

Ass:

Data:

Ass:

Data:

Ass:

1. Escavação,

nivelamento e

isolamento do

local definido.

Conferir as cotas

de escavação e

posição das

sapatas pelo

projeto de

fundação.

Afastamento

mínimo do

material

escavado é de

1m da margem

do local

escavado.

Nivelamento do

local escavado

Conforme o

projeto

OK

Ñ

OK

OK

Ñ OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

2. Montagem

das formas

de

Madeira ou

execução de

alvenaria.

Verificar se está

de acordo com o

projeto.

Conforme o

projeto

OK

Ñ

OK

OK

Ñ OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

3. Armadura

de aço.

Verificar se está

de acordo com o

projeto,

conferindo a

bitola e a

quantidade do

ferro e

colocação dos

espaçadores

para

recobrimento do

ferro.

Conforme o

projeto

OK

Ñ

OK

OK

Ñ OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

4. Limpeza e

Inicialmente

Verificar se o

local está limpo.

Conforme o

OK OK OK OK OK OK

53

Materiais e equipamentos Matéria-prima na obra EPI’S e EPC’S

Madeirit, tabuas, sarrafo, barrote;

Pregos e arame; Concreto, Cocada;

Aço; Desmoldante; Vassoura; Lápis

de carpinteiro; nível a laser;

Mangueira de nível; colher de

pedreiro; Linha de náilon; Trena e

esquadro; prumo de centro e de face;

pá, enxada e alavanca; Régua de

alumínio e esquadro; Barra de

ancoragem e Martelo. Arame recozido n 18, prego; Inspeções:

ok ñ ok ok ñ ok ok ñ

ok

ok ñ ok ok ñ ok ok ñ

ok

Uniforme; Luvas de borracha;

Capacete; Bota; Máscara;

Óculos escuros (quando

necessário); Fita zebrada,

pontaletes para isolamento.

Inspeções:

Ocorrência de não conformidade e tratamento

Nº Descriçã

o do

problema

Análise

da

causa

Solução

proposta

(Disposiç

ão)

Reinspeção

Acompanhamento das inspeções (Caso necessário)

Concretagem.

Verificar o

adensamento do

concreto, assim

como a

vibração.

Observar ainda

o acabamento

da face da peça.

projeto Ñ

OK Ñ OK Ñ

OK Ñ

OK Ñ

OK Ñ

OK

5. Índice de

retrabalho

Verificar o nº. de

retrabalho

ocorrido em

cada item

monitorado por

FVS.

Zero

OK

Ñ

OK

OK

Ñ OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

OK

Ñ

OK

54

Local da inspeção:

Inspecionada

por:

Data de

abertura da

FVS:

____/____/__

__

Data de fechamento

da FVS:

____/____/____

Identificação Local do arquivo Tipo do arquivo e

proteção

Tempo de

retenção

Descarte

FVS – PRO -

002

Durante a

obra:

Após o fim da

obra:

Pasta com identificação

por serviço

Até o final da

obra

Lixo

Sala técnica Descarte