ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (ESAN)Curso de Administração – Bacharelado

Disciplina: Administração de Sistemas de Informação

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPLANTAÇÃO DESSE SISTEMA NA ILHA BERMUDAS PARA CONTROLE POPULACIONAL DE ROEDORES E UM BREVE

RELATO DA UTILIZAÇÃO DESSE SISTEMA NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS .

CAMPO GRANDE (MS)

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2015Clislenio de Souza Carvalho1

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPLANTAÇÃO DESSE SISTEMA NA ILHA BERMUDAS PARA CONTROLE POPULACIONAL DE ROEDORES E UM BREVE

RELATO DA UTILIZAÇÃO DESSE SISTEMA NA CIDADE DE CAMPO GRANDE - MS.

Estudo de Caso apresentado como requisito parcial para a obtenção da aprovação na disciplina Administração de Sistemas de Informação, do Curso de Administração – Bacharelado, noturno, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.Prof. Dr. Alessandro Gustavo Souza Arruda.

CAMPO GRANDE (MS)

1 Pós-graduando em Gestão Pública pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Bacharelando em Administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Especialista MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Anhanguera Uniderp; Bacharel em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande; e Técnico-Administrativo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail: carvalhoclislenio@hotmail.com

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2015SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 4

1.1 Objetivo Geral.............................................................................................................4

1.2 Método de Pesquisa Aplicado.....................................................................................4

2 RESULTADOS DA PESQUISA..........................................................................................5

2.1 Como é feito o processo de tomada de decisão...........................................................5

2.2 O que é um sistema de Informação Geográfica...........................................................7

2.3 Impactos dos roedores na Ilha de Bermudas e a solução por meio de um Sistema de

Informação Geográfica.................................................................................................7

2.4 Sistemas de Informação Geográfica utilizado na Cidade de Campo Grande e a

relação entre seus relatórios e as tomadas de decisão...................................................8

3 SÍNTESE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES.........................................................11

REFERÊNCIAS......................................................................................................................12

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1 INTRODUCAO

Nas organizações, cada vez mais, há a necessidade de tomadas de decisões rápidas e acertadas e no serviço público não é diferente, principalmente, quando uma decisão errada pode custar trinta por cento da receita econômica de uma cidade. A Ilha de Bermudas é paradisíaca e é localizada no Atlântico Norte, a 550 milhas (885.14 quilômetros) da Ilha da Carolina do Norte. É dependente do Reino Unido e sua economia é baseada em prestação de serviços financeiros e turismo de luxo, entretanto, a imagem de Ilha de praias rosadas não poderia ser manchada pelo descontrole populacional de ratos que afetava a ilha.

Nesse contexto, este Estudo de caso abordará de que maneira a Ilha para solucionar esse problema, e mostrará o tipo de Sistema de Informação Geográfica adotado na cidade de Campo Grande no Estado de Mato Grosso do sul, assim como, a relação entre seus relatórios e a tomada de decisão.

1.1 Objetivo Geral

Abordar sobre o Sistema de Informação Geográfica e sua aplicação para o controle

populacional de roedores na Ilha de Bermudas e seu uso na cidade de Campo Grande, Mato

grosso do Sul, abordando a relação de seus relatórios com as tomadas de decisão.

1.2 Método de Pesquisa AplicadoPara alcançar o objetivo proposto, responder à problemática central fez-se necessário

recorrer à literatura pertinente ao tema, que partindo do ponto de vista técnico, foi uma

pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de material já publicado; do ponto de vista da

abordagem do problema, foi uma pesquisa qualitativa, por utilizar fontes para a coleta de

dados; por fim, do ponto de vista de seus objetivos, foi uma pesquisa exploratória, por serem

realizados os levantamentos bibliográficos (LAKATOS; MARCONI, 1991).

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2 RESULTADOS DA PESQUISA

Nesta seção, serão abordados: como é feito o processo de tomada de decisão; o que é

um sistema de Informação Geográfica; os Impactos dos roedores na Ilha de Bermudas e a

solução por meio de um Sistema de Informação Geográfica; bem como, Sistemas de

Informação Geográfica utilizado na Cidade de Campo Grande e a relação entre seus relatórios

e as tomadas de decisão

2.1 Como é feito o processo de tomada de decisão

Primeiramente, é necessário observar que os estágios da tomada de decisão envolve

um processo, que segue um fluxo lógico e que envolve algumas características, sendo elas:

inteligência, concepção, escolha e implementação. A figura 1 abaixo, exemplifica esse

processo:

Figura 1: Estágios da tomada de decisão:

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Fonte: 2BELINI, André Luís. Sistemas de Informações Gerenciais. 2012, p.3.Para um bom Gestor, além de conhecer esse processo lógico, é necessário, também,

se atentar para os tipos de tomada de decisão: não estruturada (utilizada mais para o nível de

Gerência do topo da cadeia hierárquica), a semiestruturada (utilizada mais em nível médio de

Gerência, aqueles que lidam com a parte de BackOffice, por exemplo) e, por fim, a

Estruturada (utilizada mais no nível da Gerência operacional, aquela que lida diretamente com

os funcionários). Abaixo, a figura 2 exemplifica melhor essa explanação.

Figura 2: Tipos de Tomada de decisão.

Fonte: 3BELINI, André Luís. Sistemas de Informações Gerenciais. 2012, p.3.

Contudo, não adianta apenas saber tomar uma decisão, é necessário que se tenha

qualidade na tomada de decisão. Segundo Belini (2012, p.4), para se ter qualidade na tomada

de decisão, é necessário que se tenha algumas características, sendo elas: Precisão,

abrangência; imparcialidade; velocidade (eficiência); coerência; e obediência a um processo.

2 Disponível em < https://profandreluisbelini.files.wordpress.com/2012/03/aula-11-cap-10-como-melhorar-a-tomada-de-decisc3a3o-e-a-gestc3a3o-do-conhecimento.pdf> Acessado em: 18 de maio de 2015.3 Disponível em < https://profandreluisbelini.files.wordpress.com/2012/03/aula-11-cap-10-como-melhorar-a-tomada-de-decisc3a3o-e-a-gestc3a3o-do-conhecimento.pdf> Acessado em: 18 de maio de 2015.

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2.2 O que é um Sistema de Informação Geográfica

Segundo Belini, (2012, p6), como forma de apoio à decisão, surgiu o SAD – Sistema

de Apoio à Decisão – um sistema informatizado que apoiam análise de problemas

semiestruturados e não estruturados, orientando por modelos (análise ‘se-então’), e orientado

por dados (processamento analítico on-line (OLAP)). Dessa forma, como uma categoria do

SAD, surge o SIG – Sistema de Informação Geográfica – que analisa e exibe os dados para

planejamento e tomada de decisões na forma de mapas digitalizados. Este sistema apoia a

decisões que requerem conhecimento sobre a distribuição geográfica de pessoas ou de outros

recursos.

Portanto, tendo o entendimento de como funciona um processo de tomada de

decisão, e também, o que é um Sistema de Informação Geográfica, temos os passos essenciais

para compreendermos melhor o que se passou na Ilha de Bermudas, conforme será explanado

no tópico abaixo.

2.3 Impactos dos roedores na Ilha de Bermudas e a solução por meio de um

Sistema de Informação Geográfica:

A Ilha de Bermuda, como dita na introdução deste Estudo de Caso, tem parte de sua

boa parte de sua renda capitada pelo turismo de Luxo, de acordo com McCornick, (2005).

O problema enfrentado pela Ilha foi o crescente aumento do número populacional de

roedores, fator que poderia impactar negativamente a atração de turistas para a Ilha, e

consequentemente, reduzir a arrecadação.

Para solucionar tal problema, Bermuda aproveitou um Sistema de Informação

Geográfica implantado pelo Departamento de Saúde, que auxiliava no desenvolvimento de

um banco de dados de saúde ambiental. O fato é que esse Sistema fez todo o mapeamento dos

locais com maior incidência de roedores e, de forma sistematizada, o governo local conseguiu

implantar medidas mais eficazes e eficientes de controle desses roedores.

Portanto, mesmo tendo gastos maiores inicialmente e problemas com a implantação,

houve uma economia com a aplicação de quantidades corretas de veneno nos locais certos e,

efetivamente, uma redução do número de incidências de foco, além da não perda de turistas

ao local.

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2.4 Sistemas de Informação Geográfica utilizado na Cidade de Campo

Grande e a relação entre seus relatórios e as tomadas de decisão:

Na Cidade de Campo Grande – Mato Grosso do Sul, o governo local, por meio do do

Decreto nº 9.520, de 16 de fevereiro de 2006, criou projeto 4SIMGEO – Sistema Municipal

de Geoprocessamento - que tem por finalidade desenvolver mecanismos de produção, gestão

e compartilhamento de informações georreferenciadas para o planejamento, a execução e a

avaliação de políticas locais.

Segundo dados da própria prefeitura, o projeto é composto por todos os órgãos e

entidades da administração direta e indireta da Prefeitura Municipal de Campo Grande, tendo

como principais funções:

I – Garantir a disseminação de informações georreferenciadas;

II – Buscar a integração e racionalização das ações de captura, tratamento e análise

de dados;

III – Promover a capacitação e atualização técnica dos recursos humanos para a

construção dos indicadores e operacionalização do sistema; e

IV – Assegurar a atualização permanente das bases de dados.

A coordenação geral do SIMGEO é exercida em colegiado pelo:

I - Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADUR;

II - Diretor-Presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação – IMTI; e

III - Diretor -Presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano – PLANURB.

Conforme figura 3, abaixo:

Figura 3: Coordenação Geral do SIMGEO

Fonte: http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e

4 Disponível em: < http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e>. Acessado em: 19 de maio de 2015.

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Para entender melhor, os órgãos do colegiado possuem responsabilidades específicas

quanto a atualização e inserção de dados, gestão de serviços e infraestrura conforme a figura 4

demonstra:

Figura 4: Responsabilidades dos Orgãos

Fonte: http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e

De acordo com a mesma fonte, em junho de 2009 ocorreu o processo de licitação,

sendo a empresa vencedora Imagem de São José dos Campos- SP. Sendo distribuidora oficial

da ESRI no Brasil. Assim, foram adquiridas licenças para os softwares ArcView, ArcGis

Editor e ArcGis Server, treinamentos, consultoria da base de dados e consultoria do aplicativo

sig web.

Na figura 5, mostra uma foto real do aplicativo em funcionamento:

Figura 5: Aplicativo em operação.

Fonte: http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e

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Segundo dados oficiais da Prefeitura, com o projeto implantado, destacam-se como

benefícios:

Mapas de uso comum são armazenados num único local e o acesso é

distribuído entre os órgãos e entidades da PMCG; e

Além dos mapas (base vetorial), as imagens aéreas e funcionalides, como

busca, medição e análise estão presentes no SIG Web somente acessado na

rede da prefeitura.

Para visualizar melhor, veja a figura 6 abaixo:

Figura 6: Benefícios do Sistema de Informação Geográfica

Fonte: http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e

Desde 2010 o projeto tem sido apresentado em eventos nacionais e regionais

servindo como modelo comparativo para outras prefeituras, conforme mostra divulgações da

figura 7 abaixo:

Figura 7: Divulgações de Eventos

Fonte: http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e

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3 SÍNTESE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES

Neste Estudo de caso, podemos verificar o processo de tomada de decisão, envolvendo

um fluxo necessário de processos, sem deixar de fora a qualidade da decisão. Vimos também, o

que é um Sistema de Informação Geográfica e sua aplicabilidade na tomada de decisão. Da

mesma forma, vimos o caso da Ilha de Bermudas, que, infestada por roedores, tomou a decisão

correta ao aproveitar a implantação de um Sistema de Informação Geográfica pelo Departamento

de Saúde e ter usado o mapeamento dos locais com maior incidência de roedores e, de forma

sistematizada, ter implantado medidas mais eficazes e eficientes de controle desses roedores,

evitando uma perda de receita com a arrecadação trazida pelos turistas à região. Vimos

também, que a cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul, faz o uso de um

Sistema de Informação Geográfica chamado de SIMGEO - Sistema Municipal de

Geoprocessamento – que auxiliar no 5Cadastro Técnico Multifinalitário (CTM) a partir da

base cartográfica, das ortofotos digitais para efetuar a atualização da planta cadastral urbana e

rural, que são a base para as demais plantas de uso da administração pública, tais como:

perícias; arrecadação (IPTU, ITBI, ITR, ISSQN, ICMS, etc.); rodoviário; hidrografia;

altimetria; meio ambiente; turismo; saúde; educação; desenvolvimento do agronegócio,

segundo dados do site oficial da referida Prefeitura. Dessa forma, o Sistema auxilia o

planejador, principalmente nas tarefas de busca, análise e cruzamento de dados relacionados

ao espaço geográfico, fazendo uma cobertura Aerofotogramétrica Colorida do Município de

Campo Grande, gerando a ortofotodigital do território do Município (8.092,95 Km2),

devidamente georreferenciada à rede geodésica estadual, disponibilizada para utilização no

SIMGEO. Desta forma, a Prefeitura está modernizando o seu Cadastro Técnico

Multifinalitário, com o objetivo de realizar uma gestão integrada das várias atividades da

administração municipal e de colocar a disposição do público as informações e instrumentos

necessários para o controle efetivo da sociedade em todas as ações relativas à gestão

municipal. Portanto, o uso de um Sistema de

5 Informações disponíveis em: < http://www.capital.ms.gov.br/sig>. Acessado em: 19-05-2015.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: Apresentação de Relatórios Técnico-Científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p.

BELINI, André Luís. Sistemas de Informações Gerenciais. Disponível em < https://profandreluisbelini.files.wordpress.com/2012/03/aula-11-cap-10-como-melhorar-a-tomada-de-decisc3a3o-e-a-gestc3a3o-do-conhecimento.pdf> Acessado em: 18 de maio de 2015.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo : Atlas, 1991.

McCORNICK, John. Bermuda Department of Helth: Rat Man Begins. Disponível em < http://www.baselinemag.com/c/a/Projects-Data-Analysis/Bermuda-Department-of-Health-Rat-Man-Begins>. Acessado em: 18 de maio de 2015.

SIG. Aplicação de um Sistema de Informação Geográfica na Gestão Pública Municipal. Disponível em < http://www.capital.ms.gov.br/sig>. Acessado em: 19 de maio de 2015.

SIMGEO. Sistema Municipal de Geoprocessamento. Disponível em < http://www.pmcg.ms.gov.br/simgeo/o-que-e>. Acessado em: 19 de maio de 2015.

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