Sistemas de Poda Em Fruteiras

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Prático ao fruticultor.

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  • 23/04/2015 SistemasdePodaemFruteiras

    http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/poda.html#_INTRODUO 1/16

    PODADASFRUTEIRAS

    VIEIRAJNIOR,H.C.MELO,B.

    SUMRIO

    INTRODUO

    DEFINIESDEPODA

    OBJETIVOSDAPODA

    PRINCPIOSFISIOLGICOS

    TIPOSDEPODA

    INTENSIDADEDEPODA

    POCADAPODA

    PRINCPIOSQUEREGEMAPODA

    GEMAS

    RAMOS

    INSTRUMENTOSUTILIZADOSPARAPODA

    EXECUODASPODAS

    FRUTEIRASQUENOREQUEREMPODA

    BIBLIOGRAFIACONSULTADA

    INTRODUO

    Aartedepodarnasceudairracionaliniciativadeumasnoeessaorigemmuardesseramodahorticulturapareceter

    infludo at hoje na evoluo pouco esclarecida dos processos e mtodos mundiais de poda. Contamnos Portes &

    Ruyssen(1884)que,segundoPausmias,gegrafoehistoriadorgrego,foiumjumentoque,devorandoossarmentosde

    umavideira,deuaosnauplianosaidiadepodla(InglezdeSouza,1986).Considerasequecabras,ovelhaseburros

    foramosdescobridoresdapodaeportantosochamadosdeospaisdapoda.

    Quandoasplantascomeamadiminuirasuaatividadefisiolgicaousejacomachegadadofrio,sabidoqueest

    chegandoahoracorretadesefazerusodatesouradepoda.Deveseentoprepararcomantecednciaasferramentas

    comporexemplo:amolarasferramentas,limparaslminasimpregnadasdeferrugemporestaremguardadasdesdeo

    anoanterior,lubrificaramoladatesouraeafiaroserrote.Oritualdocorteestparacomear.

    DEFINIESdePODA

    Podarvemdolatimputare,quesignificalimpar,derramar.

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    JCndidode Figueiredoesclarecequepodar eqivale a limparou cortar a ramaoubraos inteis das videiras,

    rvores,etc..

    ParaJoaquimRasteiro,citadoporInglezdeSouza,1986,oconjuntodecortesexecutadosnumarvore,comofim

    delheregularizaraproduo,aumentaremelhorarosfrutos,mantendoocompletoequilbrioentreafrutificaoea

    vegetaonormal,e,tambmcomofimdeajudaratomareaconservaraformaprpriadasuanatureza,oumesmode

    asujeitaraformasconsentneasaopropsitoseconmicosdesuaexplorao.

    ParaAcereteadefinioacadmicadepodar cortar oquitar las ramas superfluasde losrboles, videseotras

    plantas,paraquefructifiquenconmsvigor.

    Bailey, citado por Inglez de Souza, diz em sua enciclopdia de horticultura que poda a remoometdica das

    partesdeumaplantacomoobjetivodemelhorlaemalgumaspectoparaosinteressesdocultivador.

    Apodaaarteea tcnicadeorientareeducarasplantas,demodocompatvel como fimquese tememvista

    (Simo,1998).

    Emborasejapraticadaparadirigirarvoresegundoocaprichodohomem,autilizaodapoda,emfruticultura,tem

    por objetivo regularizar a produo emelhorar a qualidade dos frutos. Embora possa ter apenas funo esttica, no

    embelezamentodegramados,cercasvivas,caramanches,arvoretaseoutroselementosdaarquiteturapaisagista.

    oconjuntodecortesexecutadosnumarvore,comoobjetivoderegularizaraproduo,aumentaremelhoraros

    frutos,mantendoocompletoequilbrioentreafrutificaoeavegetaonormal

    a tcnica e a arte de modificar o crescimento natural das plantas frutferas, com o objetivo de estabelecer o

    equilbrioentreavegetaoeafrutificao.

    aremoometdicadaspartesdeumaplanta,comoobjetivodemelhorlaemalgumaspectode interessedo

    fruticultor.

    Apodaporsis,noentanto,noresolveoutrosproblemasligadosprodutividade.

    Ela uma das operaes, porm outras medidas so necessrias, tais como: fertilizao adequada para corrigir

    possveisdeficinciasnutricionaisdosolo, irrigaoedrenagemparamanterumnveladequadodeumidade,controle

    fitossanitrio para combate de doenas e pragas, afinidade entre enxerto e portaenxerto, plantas autofrteis ou

    compatveis,polinizao,condiesclimticaseedficasfavorveis.

    A importnciadesepodarvariadeespcieparaespcie,assimpoderserdecisivaparauma,enquantoquepara

    outra,elapraticamentedispensvel.Comrelaoimportncia,asespciespodemseragrupadasem:

    Decisiva:Videira,pessegueiro,figueira,nespereira.

    Relativa:Pereira,macieira,caquizeiro,oliveira.

    Poucaimportncia:Citros,abacateiro,mangueira,nogueira,pec.

    Comoregrageralparasesaberseapodaumaoperaoimportanteouno,podeseestabelecerqueelatanto

    maisnecessriaquantomaisintensivaforaexploraofrutcolae,inversamentemenorasuaimportnciaquantomais

    extensivaforacultura(InglezdeSouza,1986).Estaimportnciadapodaesttambmdiretamenterelacionadacomo

    objetivodaexplorao,ouseja,quetipodeprodutoomercadoexigepoiscomapodapodesemelhorarotamanhoea

    qualidadedosfrutos.

    Opodador,deverfazerusodeseusconhecimentosehabilidades,ondeumgestosegurorefleteaconvicodequem

    acredita que a interferncia humana imprescindvel paramodelar umpomar.Nanatureza, as plantas crescem sem

    qualquermodelamento,buscamsempreatendncianaturaldecrescerememdireoluz,tomandoaformavertical,e

    comissoperdemaregularidadedeproduo.

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    Paraqueapodaproduzaosresultadosesperados, importantequesejaexecutadalevandoseemconsideraoa

    fisiologiaeabiologiadaplantaesejaaplicadacommoderaoeoportunidade.

    OBJETIVOSDAPODA

    SegundoInglezdeSouza,1986,osseteobjetivosprincipaisdapodaso:

    1Modificarovigordaplanta

    2Produzirmaisemelhorfruta

    3Manteraplantacomumporteconvenienteaoseutratoemanuseio

    4Modificaratendnciadaplantaemproduzirmaisramosvegetativosquefrutferosouviceversa

    5Conduziraplantaaumaformadesejada

    6Suprimirramossuprfluos,inconvenientes,doentesemortos

    7Regularaalternnciadassafras,demodoaobteranualmentecolheitasmdiascomregularidade.

    Porquenecessrioorecursodapoda?Noverdadeque,noseuestadoselvagem,asplantasnosopodadase,

    apesardisso,sedesenvolvememperfeitascondies?Estaperguntaformuladamuitasvezes,mas,defato,anatureza

    temoseuprpriomtododepoda.Osramospequenosdesprendemsenaturalmenteeosgalhosfinos,asfolhaseas

    floresmorremecaem.Vagarosamascontinuamente,todasasplantassofremumprocessoderenovaonatural.Pela

    podanofazemosmaisdoqueacelerar,emboraparcialmenteesseprocessonormal(Brickell,1979).

    PRINCPIOSFISIOLGICOS

    Oconhecimentodealgumasregrassobreafisiologiavegetalemmuitoauxiliaopodador.Eleficasabendoporquese

    poda,oquesepodeequandosepoda.

    Osvegetaisnutremsepormeiodesuas razes,que retiramdosolosaismineraisegua,necessriosparaoseu

    desenvolvimentoefrutificao.

    A absoro determina uma presso de baixo para cima. A seiva tambm pode ter sua ascendncia ligada

    transpirao,pelaaodacapilaridade,pelaosmose,etc.

    Apodanoumaaounilateral.Elavaiensinandoquemaestpraticando.Mas,paraisso,precisorespeitarseu

    ritmo,entendereconhecersuafisiologia,saberqualomomentocertodainterveno.Apodabaseiaseemprincpios

    defisiologiavegetal,princpiosfundamentaisqueregemavidadasfruteiras.Umdessesprincpiosmaisimportantesa

    relao inversaqueexisteentreovigoreaprodutividade.Oexcessodevegetaoreduzaquantidadedefrutos,eo

    excesso de frutos prejudicial qualidade da colheita. Assim, conseguimos entender que a poda, visa justamente

    estabelecerumequilbrioentreessesextremos.Masdeveserefetuadacomextremocuidado.Seefetuadanomomento

    imprprio, ou de forma incorreta, a podapodegerar umaexploso vegetativamuito grande, causandoumproblema

    aindamaiorparaoprodutor.

    Baseandosenahidrulicavegetal,estabelecemseleisnasquaissebaseiamaspodasdasplantas(Simo,1998):

    1)Ovigoreafertilidadedeumaplantadependem,emgrandeparte,dascondiesclimticaseedficas.

    2)Ovigordeumarvore,comoumtodo,dependedacirculaodaseivaemtodasassuaspartes.

    3)Humarelaontimaentreodesenvolvimentodacopaeosistemaradicular.Esseequilbrioafetaovigorea

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    longevidadedasplantas.

    4) A circulao rpida da seiva tende a favorecer o desenvolvimento vegetativo, enquanto a lenta favorece o

    desenvolvimentodosramosfrutferos.

    5)Aseiva,devidofotossntese,tendeadirigirseparaosramosmaisexpostosluz,emvezdesedirigirqueles

    submetidossombra.

    6)Asfolhassorgosquerealizamasntesedassubstnciasminerais,easuareduodebilitaovegetal.

    7) Hespciesque s frutificamem ramos formadosanualmente, e outrasproduzemdurante vrios anosnos

    mesmosramos.

    8)Oaumentododimetrodotroncoestemrelaoinversacomaintensidadedapoda.

    9)Ovigordasgemasdependedasuaposioedoseunmeronosramos.

    10)Quantomaisseveraapodanumramo,maioroseuvigor.

    11)Apodadrsticaretardaafrutificao.Asfunesreprodutivasevegetativassoantagnicas.

    SegundoInglezdeSouza,1986:

    Acirculaodaseivatantomaisintensaquantomaisretilneofororamoequantomaisverticalforasuaposiona

    copa.

    Quantomaisintensaessacirculao,maisgemassedesenvolveroemproduesvigorosasdelenhoe,aocontrrio,

    quantomaisembaraadaemaislentaessacirculaodaseiva,maiorseroacmulodereservase,consequentemente,

    maioronmerodegemasquesetransformaroembotesflorferos.

    Cortadaumapartedaplanta,aseiva refluirparaas remanescentes,aumentandolhesovigorvegetativo.Assim,

    podacurtaresultasempreemramosvigorosos,nosquaisaseivacircularcomgrandeintensidade.Aspodasseveras,

    portanto, tmgeralmentea tendnciadeprovocardesenvolvimentosvegetativos, retardandoaentradadaplantaem

    frutificao.

    Diminuindo a intensidade de circulao da seiva, o que ocorre aps a maturao dos frutos, verificase uma

    correspondentematurao dos ramos e das folhas. Nesse perodo acumulamse grandes reservas nutritivas, que so

    utilizadasparatransformarasgemasfoliaresemfrutferas.

    Afrutificaoumaconseqnciadaacumulaodecarboidratos.Essaacumulaomaiornosramosnovosdoque

    nosvelhos,nosfinosdoquenosgrossos.

    Dos objetivos enunciados, podese concluir que as plantas frutferas necessitam demodalidades bem diversas de

    poda,perfeitamentedistintasumasdasoutras,deconformidadecomafunoquecadaumaexercesobreaeconomia

    da planta. A poda acompanha a planta desde a sua infncia at a sua decrepitude. , pois, natural que v tendo

    diferentes funes, adequadas cadaumasdiferentesnecessidadesdaplanta, quepor sua vez variam coma idade.

    Podemosdistinguirquatromodalidadesprincipaisdepoda:

    TIPOSDEPODA

    Primeira:PODADEFORMAO:

    Que tem por fim proporcionar planta uma altura de tronco (do solo s primeiras ramificaes da copa) e uma

    estrutura de ramos adequados explorao frutcola. Se a poda de formao for correta, a copa se dispor com

    harmonia, simetricamente, proporcionando uma distribuio equilibrada da frutificao, com arejamento e iluminao

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    convenientes.

    Podesechamarapodadeformaodeconduodaplanta,podendoserconsideradacomoumapodadeeducao,

    sendoexecutadanormalmentenoviveiro,comobjetivodeformarmudascomporte,alturaebrotaesbemdistribudas.

    Podendoformarmudasemhastenica,comumemmacieiraepereira,ondetodasasbrotaeslateraissoeliminadas

    noviveiro.Jemmudasqueformamumacopamaiorcomoasctricas,degoiabeiraecaquizeironaformaodamuda

    acopadistribudanotroncoemtrsaquatrobrotaesespaadasentresiem3a5cm.

    Existe tambma poda realizada por ocasio do transplante (desplantio) antes damuda ser levada para o plantio

    definitivo,denominadadepodade transplantao,quese fazeliminandoasbrotaesexcessivase,deacordocoma

    espcieeaformadecopaquesedeseja,deixasetrsaquatroramosbemdistribudosefazendoodespontederamos

    longos,comocuidadodeexecutarocortedeixandoumagemavegetativavoltadaparaforadacopainicial.Cortamse

    tambmasrazesmuitolongas,quebradasetortas,buscandooequilbrioentreacopaeosistemaradicular.

    Apodadeformaopropriamenteditaserexecutadaapsoestabelecimentodafruteiranocampo.executadanos

    primeiros anos de vida da planta. Visa garantir uma estrutura forte e equilibrada, com ramos bemdistribudos, para

    sustentar as safras e facilitar omanejo e a colheita. Normalmente conduzse a planta com trs ou quatro pernadas

    formadas,desbrotadasataplantaatingirummetrodealtura,permitindodaemdiantequeasbrotaesdasgemas

    laterais preencham os vazios da copa, assumindo assim a forma de copa desejada para cada espcie frutfera em

    particular.

    As formas das rvores podem ser naturais ou artificiais. As naturais tm o seu emprego nas espcies de folhas

    persistentes(citros,mangas,abacates,cajus,etc.)quandopraticamentenohnecessidadedeintervenodohomem,

    devidoaohbitodevegetaoefrutificaodessasplantas.Porm,asespciesdefolhascaducas,dadaaformaode

    suas gemas frutferas, exigem podas anuais paramaior rendimento. Essas plantas adquirem, portanto, pormeio de

    podasconstantes,formasartificiais(Simo,1998).

    Asformasartificiaissodivididasemhasteapoiadaelivre.

    As hastes livres so utilizadas para os vegetais que sustentam por si s a sua copa, e as apoiadas quando h

    necessidade de se tutorar a planta para que ela adquira uma forma compatvel como tipo de explorao, como por

    exemploavideira.

    Asformasapoiadaspodemserconduzidasemcordesoupalmetas.

    Naconduoemcordes,asplantassoapoiadassobrepaliada,latadaoucerca.

    Asprincipaisformasdecordoso:vertical,oblquaehorizontal.

    Palmetaaformadeconduodaplantademodoqueosramossejamdistribudosopostamenteemsrie,dedois

    emdois.

    A conduo em palmeta pode ser de diversos tipos: U simples, U duplo, candelabro, verrier, ramos horizontais e

    ramosoblquos.

    Asformasemhastelivrepodemapresentarosseguintestipos:pirmide,fuso,vasoeguiamodificado.

    Oempregodeumououtrotipo,quantoaoporte,dependedafinalidadeetambmdosagentesexternos,comovento

    porexemplo.

    Aformadevasobastantesimpleseaquemenoscontrariaoshbitosdaplanta.

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    Figura1.Podadeformaonaformadevaso(AeB)eguiamodificado(C).

    Fonte:Simo(1998).

    Figura2.Podadeformaovistadecima:a)pernadaB)braosC)ramos.

    Fonte:Simo(1998).

    Segunda:PODADEFRUTIFICAO:

    Apodadefrutificaoiniciadaapsacopadaplantaencontrarseformada.Temporfimregularizaremelhorara

    frutificao,querrefreandooexcessodevegetaodaplanta,querpelocontrrio,reduzindoosramosfrutferos,para

    que haja maior intensidade de vegetao, evitandose, dessa maneira, a superproduo da planta, que abaixa a

    qualidadedafrutaeacarretaadecadnciarpidadasrvores.Dessemodo,apodadefrutificaoacontroladorada

    produo, uniformizandoa, regularizandoa, dandolhemais qualidade emais consistncia.Geralmente as plantas de

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    climatemperadonecessitamdestetipodepoda,dentreelaspodesecitar:figueira,macieira,marmeleiro,pessegueiro,

    videira,entreoutrasfruteiras.

    Terceira:PODADEREJUVENESCIMENTO,REGENERAOETRATAMENTO:

    Temporfimlivrarasplantasfrutferasdosseusramosdoentes,praguejados,improdutivosedecrpitosou,semais

    energicamenteexecutada, reformar inteiramentea copa, renovandoaapartir das ramificaesprincipais, eliminando

    focosdedoenasedepragas,reconstituindoaramagemjestril,reativandoassimaprodutividadeperdida.Essetipo

    depodaradicalfreqentementeusadonotransplantedegrandesrvoresfrutferasadultasenorejuvenescimentode

    pomaresabandonados,masdevigoraindarazovel,apresentandotroncosntegros.aindaotipodepodaqueseaplica

    s fruteiras intensamente parasitadas por brocas, cochonilhas, ervasdepassarinho, algas, fungos, caros e outras

    pragasemolstiasdapartearea,mascujaeliminaosejustifique,porsetratardeplantasdavalor.Normalmente,so

    cortadas as pernadas principais, a 40 cm do solo e com isso, devese iniciar o processo de formao da planta

    novamente. Esses cortes so maiores no inverno, e logo aps, recomendase a aplicao de uma pasta fungicida,

    normalmentecprica,nolocaldocorteoquefacilitaacicatrizaoeminimizaoefeitodoataquedefungos.

    Quarta:PODADELIMPEZA:

    umapodaleve,quasesimplesvisitageralaqueanualmenteseprocedenospomares,comatesouradepodaem

    punho,consistindonaretiradadumeventualramodoente,quebrado,seco,praguejado,mallocalizadoouinconveniente.

    podasumria,aplicadasplantasadultasdaquelasfrutferasquerequerempoucapoda,comolaranjeiras,abacateiros,

    jabuticabeiras,mangueiraseoutrastropicais.Geralmente,todasasfruteirasnecessitamdestetipodepoda.umtipode

    podaexecutadanormalmenteemperodosdebaixaatividadefisiolgicadaplanta,ouseja,duranteoinvernoou,como

    nasctricas,logoapssuacolheita.

    Apsapodadelimpeza,geralmentesefazumtratamentoqumico(normalmentecprico)daspartescortadaspara

    reduziraaparecimentodedoenas.

    INTENSIDADEDAPODA

    Aintensidadedapodadependedaespcie,daidade,donmerodepernadas/ramificaesexistentes,dosistemade

    conduodaplanta,dovigor,dohbitodevegetao.

    Comrelaointensidade,apodapodesercurta,mdiaoulonga.

    Apodacurtaoudrsticaconsistenaquasetotalsupressodoramo.Podesepraticaraindaapodaultracurta,aqual

    deixasobreoramodeumaaduasgemas.Alonga,tambmchamadaleve,deixaoramocomomximodecomprimento

    (0,40a0,60m).Apodamdiaumtipointermedirioentreosdoisanteriores.

    Dependendo da espcie frutfera, uma mesma rvore, pode receber simultaneamente os trs tipos de podas,

    dependendodovigor,daposioedasanidadedosramos.

    POCADAPODA

    Basicamente,apoda,podeserexecutadaemduaspocas:noinvernoounovero.

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    Podadeinvernoouseca

    A poda de inverno ou poda em seco recomendada para frutferas que perdem as folhas (caduciflias), como

    pessegueiro,macieira,ameixeira,figueira.Masoinvernoumarefernciamuitotericaepodeinduziralgunserros.Um

    bommomentoparainiciarapodaquandoosprimeirosbotesfloraissurgiremnaspontasdosramos,indicandoquea

    seiva comeou a circular de novo pela planta. Se a poda for feita antes, estimular a brotao na hora errada. Se

    efetuadadepois,forarabrotaovegetativa,exigindomaistardeumanovapoda.

    Por ocasio da poda seca ou de inverno, devese considerar a localizao do pomar, as condies climticas e o

    perigodegeadastardiasantesdaoperao.Apodadeveseriniciadapelascultivaresprecoces,passandoasdebrotao

    normal e finalizando pelas tardias. Em regies sujeitas a geadas tardias, devese atrasar o incio da poda omximo

    possvel,atmesmoquandoasplantasjapresentaramumaconsidervelbrotao,normalmenteasdeponteiros.

    Deve ser praticada aps a queda das folhas. Essa orientao tem por finalidade propiciar a acumulao de

    substncias de reserva no tronco e nas razes. Quando se poda antes da queda das folhas, parte das reservas de

    carboidratoseliminada,comconseqncianaprodutividadefutura.Poroutrolado,apodaexecutadaapsabrotao

    reduzovigordaplantaeosramosficammaissujeitosainfeco(Simo,1998).

    Apodaseca,praticadaduranteoperododerepouso,eliminaosramosquejfrutificaramnasespciesemqueeles

    notornamafrutificar.Eliminatambmosramosladresouvegetativos,doenteseemexcesso.

    Podaverdeoudevero

    Apodaverdeoudevero realizadaquandoaplantaestvegetando,ou seja, duranteoperododevegetao,

    florescimento, frutificao e maturao dos frutos e destinase a arejar a copa, melhorar a insolao, melhorar a

    qualidadeeacoloraodosfrutos,manteraformadacopapelasupressodepartesdaplantaediminuiraintensidade

    decortesnapodadeinverno.tambmexecutadaemplantaspereniflias(comfolhaspermanentes)comoasctricas,

    abacateiro,mangueira.

    Apodaverdeconsisteemdiferentesoperaes,taiscomo:desponte,desbrota,desfolha,esladroamento,incisese

    anelamentos,desbaste,desnetamento.

    Despontetemporfinalidadefrearocrescimentodedeterminadosramosemcomprimento,demodoapropiciaro

    desenvolvimentoderamosinferiores.

    Desbrotaasupressodebrotoslateraisimprodutivos,ousejabrotosinteis,quesedesenvolvemcustadas

    reservas,emdetrimentodoflorescimentoedafrutificao.

    Esladroamento os ramosquenascemdamadeiravelha (doportaenxerto,porexemplo) sodenominadosde

    ramos ladres,enoapresentamnenhumavantagem,poisexauremassubstnciasnutritivasdaplanta,perturbando

    seudesenvolvimento.Devemsereliminados.Snoo soquandoasplantasencontramseemdecrepitudee,neste

    casoparticular,elessoutilizadospararevigorararvore.

    Desfolhaasupressodas folhascomdiversas finalidades:melhor iluminaoearejamentodas floresoudos

    frutos,eliminaodefocosdedoenasepragasiniciadasnafolhagem,umrecursoquemelhoraacoloraodefrutos,

    assimcomaeliminaodoexcessodefolhas,principalmentedaquelasquerecobremosfrutos,quenecessitamdeluz

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    paraadquirircolorao(pra,ma,ameixaekiwi).Navideira,soasfolhasprximasaoscachosasresponsveispela

    qualidadedosfrutos.Estaeliminaodefolhasdeveserfeitacombomsenso,poisoabusonestedesfolhamentoprivaa

    plantadeseusrgosdeelaboraodereservasdenutrio.

    Inciseseanelamentosodescasquecircular,ouseja,remoodeumaneldecascadabasedosramosnovos,

    tmporfinalidadeinterromperadescidaecomissoaretenodaseivaelaboradaprximosuagemaouaoseufruto.

    Quandopraticadosnoinciodoflorescimento,aumentamafertilidadedasflorese,naformaodofrutos,melhoramas

    suasqualidades(tamanho,coloraoesabor).Deveseoperarcommoderao,poisumasriedeinterrupesdeseiva

    podercausarumenfraquecimentodovegetal.

    Desbaste a supresso de certa quantidade de frutos de uma rvore, antes damaturao fisiolgica destes,

    assimproporcionarmelhordesenvolvimentoaosfrutosremanescentes.

    Dentreasfinalidadesdodesbastepodesecitar:melhoraraqualidadedosfrutos(tamanho,cor,saboresanidade)

    evitar a quebra de ramos (superproduo) regularizar a produo eliminar focos de pragas e doenas reduzir as

    despesascomcolheitadefrutosimprestveis(defeituosos,raquticosedoentes).

    Empregasenormalmenteodesbasteparaopessegueiro,amacieira,apereira,agoiabeira,videira(uvasdemesa),

    etc., porestaro tamanhode seus frutos ligadoaumamaior cotaoe, emalguns casos,na tentativadeeliminara

    produo alternada e manter a rvore com produo anual quase idntica. Esse processo pode ser praticado em

    mangueira,macieiraepereira(Simo,1998).

    O desbaste feito mo quando o fruto ainda se encontra em desenvolvimento inicial e no atingiu 2 cm de

    dimetro.

    Essaoperaoaltamenteonerosaecansativa,compensando,porm,ossacrifciosnasuarealizao.

    Comoadventoeodesenvolvimentodeindstriaqumica,pesquisascomhormniosvmsendorealizadastantona

    EuropacomonosEstadosUnidos.

    Ousodehormniosnodesbastedefrutosrepresentaummeiodereduzirasdespesasearealizaodaoperaoem

    curto espao de tempo, podendo ser adicionado a inseticidas. O cido naftaleno actico (ANA) a 0,2% numa nica

    aplicao, ou 2,4D a 0,0001%, tem sido empregado. O 2,4D, embora efetivo, causa certas distores nas folhas

    (Simo,1998).

    Algumas espcies apresentam estreita correlao entre nmero de folhas e qualidade do fruto. Assim, em

    pessegueiro,boaarelaodeumfrutoparacada15ou20folhase,emma,deumfrutoparacada30ou40folhas

    (Simo,1998).

    Desnetamento uma poda verde aplicada s videiras, consiste em aparar com a unha, ou simplesmente

    arrancar, os ramos secundrios quenascem lateralmentedo ramoprincipal e que so chamadosdenetos (Inglez de

    Souza,1986).

    PRINCPIOSQUEREGEMAPODA

    Paraperfeitaexecuodapoda,necessrioumconhecimentodaposio,distribuioe funodos ramosedas

    gemasecirculaodaseiva.

    As razes das fruteiras extraem do solo a gua, contendo esta, em soluo, os sais nutritivos que alimentaro a

    planta.TalsoluoconstituiaSEIVABRUTA,quesobepelosvasoscondutoreslocalizadosnointeriordotroncoesedirige

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    at as folhas. Nestas e em presena de luz e perdendo gua por transpirao, a seiva bruta passa por diversas

    transformaes,tornandoseSEIVAELABORADA(InglezdeSouza,1986).

    Aseivacirculapelaplantatoda,sempre fluindoparaaspartesmaisaltasemais iluminadasdarvore,razopela

    qual os galhosmais vigorosos so aqueles que conseguem se posicionarmelhor na copa e tm uma estruturamais

    retilnea, o que favorece sua circulao. A seiva, circulando pela periferia da planta, alimenta todos os rgos e

    determinamseucrescimentoeevoluo,taiscomo:odesenvolvimentodasrazes,ocrescimentodosbrotos,aumento

    dosramos,folhas,gemaseafrutificao.porissotambmque,ocrescimentodaplantatendesempreaseconcentrar

    nosponteiros dos ramos, o que sedenominadeDominnciaApical.Quandoeliminada, atravsdapoda, ocorreuma

    melhorredistribuiodaseiva,favorecendoabrotaolateraldagemas.

    Acirculaorpidadaseivatendeafavorecerdesenvolvimentovegetativo,enquantoquealenta,odesenvolvimento

    de ramos frutferoseessa circulaoem funodaestruturadaplanta.Quantomais retilnea,mais rpidaa seiva

    circular.

    No inciodo seudesenvolvimento, as fruteirasgastam todaa seivaelaboradano seuprprio crescimento. Porm,

    apsumcertotempo,variveldeespcieparaespcie,aplantaatingeumbomnveldedesenvolvimentocomo:tronco

    forte, copa expandida e razes amplas, a planta j fotossintetiza intensamente e comea a aparecer sobras de seiva

    elaborada, que sero armazenadas na planta, em formade reservas.Quando essas reservas atingemuma suficiente

    quantidade,temcomeoafrutificao,poisasreservasdeseivaelaboradaso invertidasougastasnatransformao

    dasgemasvegetativasemgemasfrutferas,quedaroasfuturasfloresefrutas.Comessedesvioparaafrutificao,

    cessaquasequecompletamenteocrescimentodasrazesedacopa(InglezdeSouza,1986).

    H um antagonismo entre a frutificao e a vegetao, ou seja, enquanto a planta desenvolve ativamente a sua

    expanso vegetativa (como acontece nos indivduos novos) no h saldo de seiva elaborada para ser aplicado na

    frutificao,omesmoacontecequandohumgrandegastodereservas,comoporexemplonumanoemqueocorreuma

    superproduo,assimaplantaficasemsaldodeseivaelaboradapara,noanoseguinte,formarnovasgemasdefruto.A

    frutificao ento muito pequena mas como as razes continuam a absorver gua e nutrientes e as folhas a

    fotossintetizar,comeaaaparecernovosaldodeseivaelaborada,oqual,notendofrutosparadesenvolver,aplicado

    emnovaexpansodasrazesedosramos.Comestaexpansopoderresultaremnovossaldosdeseivaelaborada,que

    soarmazenadosnoslocaisdereserva,registrandoassimumsupervitdeseivaelaboradanaplanta,comissogrande

    nmerodegemasvegetativastransformadoemgemasfrutferas,tornandoaplantaaproduzirgrandesafradefruto,

    aomesmotempoquevegetamodestamente.

    Asfruteirasdequintal,abandonadas,sempodasesemcuidados,aalternnciadeanosdefrutocomosdeescassez

    muitofreqente.Apodapoderegularizarestaanomalia,eliminandoramosfrutferosnosanosdefrutificaoexcessiva,

    estimulando,destemodo,aexpansodecrescimentovegetativos.

    SegundoInglezdeSouza,1986,asplantasnosujeitasapodasapresentamduasimportantescaractersticas:

    1) A planta alcana grande volume, porque sua folhagem, sem sofrer restrio alguma, absorve grande

    quantidadedeguaenutrientes(seivabruta)eproduzgrandequantidadedeseivaelaborada(fotoassimilados),aqual

    alternativamente gasta em grande frutificao seguida de grande expanso do sistema radicular e da copa, essa

    expansoapenaslimitadapelaconformaoespecficadaplantaepelascondiesambientes(solo,clima,etc.)

    2)Aplantaatingeamxima longevidade, pois a produo contnua de novas quantidades anuais de ramos,

    folhase frutos,queaspodasprovocam,acabaporesgotaraplanta,abreviandoseusdias,oqualnoseverificanos

    indivduosnopodados.

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    Emcontraposio,estesapresentamosinconvenientesseguintes:

    Frutificaoinconstante

    Frutainferior,tantoemtamanhocomemaspecto,poisaseivaqueafazdesenvolvertemdeserdistribuda

    porumgrandenmerodefrutoseramos,oquenoacontecenospspodados

    Operaesculturaismaisdifceis,maiscaras,devidomaioralturaeomaiorvolumedosps.Ocontrole

    fitossanitrio chega a ser praticamente impossvel nos indivduos de crescimento livre e a colheita

    freqentemente antieconmica, pois a produo, almde ser de qualidade inferior, se distribui nas pontas

    maisaltasdaramagem.

    Ao podador indispensvel saber que parte da planta est cortando, pois, de conformidade com cada planta em

    particular,hramoscujasupressoindispensvel,masoutrosexistemcujaeliminaoredundariaemgraveprejuzo

    paraaproduo,porqueencerramnelesaprpriasafradefrutosdentrodesuasgemas.

    GEMAS

    Vulgarmente chamadas de olhos, as gemas so em essncia o princpio das folhas, flores e caules, envolto nas

    escamascorticaisdotroncoedosramos.

    Sorgosprodutoresderamosefolhas(vegetativas)ouflores(florferasoufrutferas),quevariamnoaspecto,na

    forma, no tamanho e na distribuio, de espcie para espcie. Quanto localizao nos ramos, as gemas so ditas

    terminaisouaxilares,conformeestolocalizadasnopicedosramosounaaxiladasfolhas.interessanteobservarque

    as gemas so formadas com a mesma estrutura. O que vai tornlas vegetativas ou frutferas o vigor do seu

    desenvolvimento,decorrentedaquantidadedeseivaquerecebem.Comojfoiditoafrutificaostemincioquandoa

    plantajconseguiuarmazenarumadeterminadaquantidadedereservasdeseivaelaborada.

    Asgemasde folhasou lenhosasdistinguemsedas florferasoude frutospela sua constituio internaeexterna.

    Gemasmaisvigorosasemaispontiagudas irose transformaremramosvegetativos.Asde frutossoquasesempre

    maisvolumosa,de formaovalalongada, easde lenho somaisalongadaseafuniladas.Asprimeirasapresentamse

    maismaciasaotato,easltimas,maissperas(Simo,1998).

    Emprincpio,gemasmaisvigorosasemaispontiagudasirosetransformaremramosvegetativos.Asflorferas,tm

    umaformamaisarredondadaedevemserpreservadas.

    Asgemaspodemsernaturaisouadventcias.Asnaturaissoaquelasquesurgemnosramosnormalmentesegundoa

    tendnciadaplanta,easadventcias,asqueemergemsobaomecnica(Simo,1998).

    As gemas localizadas na parte superior dos ramos, brotam antecipadamente e commaior vigor que as laterais,

    prolongando o ramo devido sua abertura lateral ser bemmenor. Baseando nisso podemos dizer que ramos verticais

    tendemaseremmaisvegetativos,eosinclinados,porondeaseivacirculadeformamaislenta,possuemmaiorpotencial

    frutfero.

    Aduraodasgemasestintimamenterelacionadabiologiadaplantaeaostratosculturais.Hespciesemqueas

    gemasnoultrapassamumciclovegetativo,eoutrasemqueduramvriosanos.

    Aspodasdosanosanteriorestmmuitainflunciasobreaformaodasgemas,querfrutferasquervegetativas.Se

    aspodaspassadasforamseveras,aplantafoiprivadadegrandepartedesuacopae,portanto,poucaseivabrutapde

    ser transformada em seiva elaborada. Como conseqncia, esperase muita vegetao e pouco florescimento. Ao

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    contrrio,seforambrandasaspodasanteriores,deseesperarquemuitaseivabrutapdesertransformadaemseiva

    elaboradaequeoafluxodestacontribuiuparaadiferenciaodegrandequantidadedegemasvegetativasemfrutferas

    (InglezdeSouza,1986).

    J pela poda do ano em si pouca coisa pode fazer o podador no sentido de aumentar a frutificao. Podese,

    entretanto,melhoraraproduodoanoemqualidadeeprepararaplantaparamaioressafrasvindouras.

    RAMOS

    Ramos so ramificaes oriundas de gemas. Segundo sua funo, dividemse em: ramos lenhosos (vegetativos),

    mistosefrutferos.

    RAMOSLENHOSOSouVEGETATIVOS

    Caracterizamsepelovigor,peloaspectodacasca,normalmentelisa,epelosinterndiosrelativamentelongos.

    Osramoslenhosos,segundosuaorigemeposio,podemdividirseemadventcioseladres.

    Osramosadventciostmorigememcausamecnicacomopancada,incises,etc.

    Ramoladrooramovegetativo,muitovigoroso,vertical,poucoramificadoedevemsereliminados.

    Osramosladrestmorigememgemasaparentesepodemserclassificadosemnaturaisoubravos,segundoasua

    localizao.Osnaturaisnascemdasgemasdoenxertoeosbravosdegemasdoportaenxerto.

    Os ramos recebem denominao particular, de acordo com a sua posio na rvore. Pernadas so as primeiras

    ramificaes,quepartemdiretamentedo troncooudahaste.Destas surgemramosquesodenominadosbraos.As

    ramificaesdosbraosdizemsegenericamenteramos(Figura2).

    RAMOSMISTOS

    Apresentam as funes de crescimento e produo, ou seja, apresentam ao mesmo tempo desenvolvimento

    vegetativoeexibemgemasfrutferas,quernoramodoano,quernodoanterior.Exemplos:pessegueiro,figueira,videira

    (Simo,1998).

    RAMOSFRUTFEROS

    So apresentados por algumas espcies, principalmente de folhas caducas, que possuem ramos de frutos

    especializados.

    Esses ramos so normalmente curtos e de aspecto corrugado. Se eliminarmos tais ramos, a planta s produzir

    vegetao. As principais representantes dessa espcie so: pereira, macieira, ameixeira europia, cerejeira (Simo,

    1998).

    Osramosespecializadosseoriginam,comoosramostodos,deumagemavegetativa.

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    Osramosfrutferosclassificamseem:dardos,espores(lamburdas),bolsasebrindilas.

    Dardossoosramospequenos,pontiagudos,comentrensmuitocurtos.Desenvolvemselentamenteeapresentam

    umarosetadefolhasnasextremidades.

    Dseonomedeesporosimplesaodardocomgematerminalfloral.Constituiramodefrutopropriamentedito.

    Odardocomotemposeramifica,dandoorigemaumespororamificado.

    Osespores,devidoaodesenvolvimento lentoeaoacmulodesubstnciasdereserva,apresentamcomotempo,

    umengrossamentonaextremidade,emformadebolsa.

    Apassagemdedardoparaesporodependedeumdeterminadoequilbrionafisiologiadaplanta,entreaseivabruta

    remetidapelasrazeseassubstnciaselaboradaspelasfolhas.Seesseequilbriorompidograasmaiorquantidade

    deseivaelaborada,muitosdardosseropromovidosaespores.

    Asbolsasnadamaissodoqueumesporocomvriosanosquealterousuaformaexternaepassouareceberessa

    denominao.Elaspodemfixarvriosfrutosaomesmotempo.umapartecurta,inchada,comenormequantidadede

    substnciasnutritivas,queformamsenopontodeuniodafrutacolhidacomoramo.Podedarorigemanovasgemas

    florais,dardos,lamburdas,brindilasouvriosdelesdecadavez.

    Brindilas so ramos finos, com 3 a 5 mm de dimetro e de 0,50 a 0,20 m de comprimento. No apresentam

    importnciaeconmica.Surgememplantasmalpodadasounaquelasvelhasenotratadas.

    As brindilas apresentam uma pequena gema terminal e surgem na base das plantas sem os devidos cuidados

    culturais.

    Nas pereiras e macieiras decrpitas, esgotadas e tambm, ao contrrio, naquelas com vegetao luxuriante, as

    lamburdassoraraseosdardosabundantes(InglezdeSouza,1986).

    Conformeanaturezadosramosquepossuem,asplantasfrutferaspodemserdivididasemtrsgrupos(Inglezde

    Souza,1986):

    1)Plantascomramosespecializadossoplantasquesdofrutasobreramosespeciais.Osdemaisramos

    dessas plantas s produzem brotos vegetativos e folhas. Esses ramos especializados so geralmente curtos e

    denomindadosespores,emcontraposioaosvegetativos,queso longosevigorosos.Esteocasodasmacieiras,

    pereiras,ameixeiraseuropias,cerejeiras,etc.

    2)Plantascomramosmistossoplantasquealmdefrutificaremsobreespores, frutificamtambmsobre

    ramosdoanoanterior,ousejaapresentamramosmistos, jquetaisramostantodoflorese,portantofrutos,como

    tambmcrescimentosvegetativos.Exemplos:pessegueiros,ameixeirasjaponesas,videirasefigueiras.

    3)Plantasemqueas floresnascemsobre ramosdabrotaonova nestas plantas, o ramo frutfero ao

    invsdevirformadodoinverno,nascenaprimaveraeflorescemaisoumenosabundantemente,conformeascondies

    lhe somais oumenos propcias. Exemplo: plantas ctricas em geral. Influncias exercidas na planta ctrica apenas

    algunsmeses,oumesmoumaspoucassemanasantesdanovabrotao,podemdeterminaraabundnciaouaescassez

    doseuflorescimento.

    INSTRUMENTOSUTILIZADOSPARAPODA

    Noexistebompodadorsemboaferramenta,isto,aapropriada,alimpa,aafiadaelubrificada.Noconsiderando

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    os casos especiais e raros, trs ferramentas so indispensveis ao podador: tesoura de poda, serrote de podar e a

    decotadeira.Porminmerossoos instrumentoseferramentasutilizadosnaexecuodasdiferentesmodalidadesde

    poda,atomachado,afoiceeaserragrandeoutranadeirapodem,svezes,entrarnarelaodasferramentasdo

    podador. Existem tambm instrumentos especializados como tesouras para desbaste de cachos de uva, alicate para

    incisoeanelamento,etc.(InglezdeSouza,1986).

    Atesouradepodaaferramentatpicadopodador,servindoparaosdiversostiposdepoda.empregadaparacorte

    deramoscomdimetrodeatmeiapolegada,almdesselimiteconvmempregaroserrotedepoda.

    EXECUODASPODAS

    Comofoivisto,importanteantesdeempunharqualquerinstrumentodepodaconhecerbemafruteiraaserpodada,

    suafisiologiaeseuestadonutricionalesanitrio,oobjetivodaexplorao,apocaemquedeveserrealizadaapoda,

    quetipodepodaeemqueintensidadedeveserpraticada,paraquesetenhaxitonessaoperao.

    Apodadeumramopodeserporsupresso,ouseja,pelaeliminaodesseramopelabaseourebaixamento,quando

    apenasseaparaesseramoemcomprimento.

    Nasupressodegalhosgrossos,feitanaturalmentecomoserrote,ocortedeveserbemrentebasedogalhoebem

    inclinado.

    Umcorteidealepreciso,realizadodeumasvez,deveobservarumainclinaode45grausaproximadamente,no

    sentidoopostoaodagemamaisprxima,oqueevitaoacmulodegua,quepoderiacausaroapodrecimentodoramo

    eaparecimentodefungos.Assimcortesdeespessuramaiorque3,0cmdevemserprotegidoscompastascicatrizantes

    basedecobre.

    Vrias fruteiras requerem podas especiais (sejam de formao ou de frutificao) como por exemplo: Videira

    PessegueiroFigueiraentrevriasoutras.

    FRUTEIRASQUENOREQUEREMPODA

    Diversasplantas,poresseimensoBrasil,produzemfrutoscomestveisesobemconhecidaseapreciadaspelopovo.

    InglezdeSouza,1986,cita71dessasfruteiras:

    Abacaxi

    Abricdopar

    Abricdapraia

    Abio

    Abiurama

    Aa

    Acapu

    Ara

    Araticum

    Graviola

    Grumixama

    Guabiroba

    Grabiju

    Guajeru

    Ing

    Jabuticaba

    Jaca

    Jambo

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    Bacuri

    Bocaiva

    Buranhm

    Buti

    Cabeadenegro

    Cabeluda

    Caimito

    Cajmanga

    Cajmirim

    Caju

    Camapu

    Cambuc

    Cambuci

    Carambola

    Castanhadopar

    Cerejadoriogrande

    Chich

    Ciriguela

    Cocodapraia

    Coraodeboi

    Cupuau

    Cuma

    Esfregadinha

    Feijoa

    Figodandia

    Frutapo

    Jenipapo

    Jambolo

    Jaracati

    Ju

    Jujuba

    Lichia

    Mangaba

    Mangosto

    Maala

    Murici

    Oiti

    Pajur

    Ponhema

    Pequizeiro

    Pitanga

    Pitomba

    Pupunha

    Rom

    Sapota

    Sapoti

    Sapucaia

    Tmara

    Tamarindo

    Tarum

    Umbu

    Uvadojapo

    Uvaia

    Praticamente,todasestasfrutferassopropagadasatravsdesementes,crescemesedesenvolvemsemqualquer

    educaonosentidodeintervenohumanaparalhesdarumaformaeumporteadequadosasuaexplorao.Nenhuma

    podaanual elasexigemparaquedemsuas safrasnormaisde frutos.Raramentepodemserobjetodepodas, antes

    cortesdegalhosquandoestessetornamprejudiciaisaobrascivisousconveninciasdoshomens(InglezdeSouza,

    1986).

    Umapodamalfeitaprejudicadeformairreversvelumadeterminadafruteira,trazendosrias

    conseqnciasparaasuaformaoeproduo,sendoprefervelnorealizarapodaafazla

    incorretamente.

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    BIBLIOGRAFIACONSULTADA

    BRICKELL,C.,APoda.Portugal:PublicaesEuropaAmrica,1979,228p.:il.INGLEZdeSOUZA,J.S.,PodadasPlantasFrutferas.SoPaulo:Nobel,1986,224p.:il.SIMO,S.,TratadodeFruticultura.Piracicaba:FEALQ,1998.760p.:il.INTERNET