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 20/10/2014 1 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO DISCIPLINA: SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO E ng. C i vil, M Sc. D a ni lo G o a lv e s B at i st a DEFINIÇÃO DE ESGOTO Prof. MSc. Danilo Gonçalve s Batista SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTO Segundo a NBR 9648 esgoto sanitário é o despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição  pluvial parasitária.  Ainda segundo a mesma norma:  esgoto doméstico é o despejo líquido resultante do uso da água  para higiene e necessidades fisiológicas humanas;  esgoto industrial é o despejo líquido resultante dos processos industriais, respeitados os padrões de lançamento estabelecidos;  água de infiltração é toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que penetra nas canalizações;  contribuição pluvial parasitária é a parcela do deflúvio superficial inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário.    S    I    S    T    E    M    A    S    D    E    T    R    A    T    A    M    E    N    T    O    D    E    E    S    G    O    T    O    S

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE

    ESGOTO

    DISCIPLINA: SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    Eng. Civil, MSc. Danilo Gonalves Batista

    DEFINIO DE ESGOTO

    Prof. MSc. Danilo Gonalves Batista

    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    Segundo a NBR 9648 esgoto sanitrio o despejo lquido constitudo de esgotos domstico e industrial, gua de infiltrao e a contribuio

    pluvial parasitria.

    Ainda segundo a mesma norma:

    esgoto domstico o despejo lquido resultante do uso da gua para higiene e necessidades fisiolgicas humanas;

    esgoto industrial o despejo lquido resultante dos processos industriais, respeitados os padres de lanamento estabelecidos;

    gua de infiltrao toda gua proveniente do subsolo, indesejvel ao sistema separador e que penetra nas canalizaes;

    contribuio pluvial parasitria a parcela do deflvio superficial inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitrio.

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    DEFINIO DE ESGOTO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    As principais caractersticas qumicas dos esgotos, de acordo com a FUNASA (2004) so:

    Matria orgnica: cerca de 70% dos slidos no esgoto so de origem orgnica, geralmente esses compostos orgnicos so uma

    combinao de carbono, hidrognio e oxignio, e algumas vezes com

    nitrognio;

    Matria inorgnica: formada principalmente pela presena de areia e de substancias minerais dissolvidas.

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    DEFINIO DE ESGOTO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    Ainda segundo a FUNASA (2004), as principais caractersticas biolgicas do esgoto so:

    Microorganismos: os principais so as bactrias, os fungos, os protozorios, os vrus e as algas;

    Indicadores de poluio: so vrios organismos cuja presena num corpo dgua indica uma forma qualquer de poluio. Para indicar a

    poluio de origem humana adotam-se os organismos do grupo

    coliformes como indicadores. As bactrias coliformes so tpicas do

    intestino humano e de outros animais de sangue quente. Esto presentes

    nas fezes humanas (100 a 400 bilhes de coliformes/hab.dia) e so de

    simples determinao.

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    CONTEXTUALIZAO

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    No Brasil, 51% do esgoto produzido coletado atravs de rede e somente 17% do esgoto total tratado.

    As Regies Metropolitanas e grandes cidades concentram grandes volumes de esgoto coletado que despejado sem tratamento nos rios e

    mares que servem de corpos receptores. Em consequncia a poluio das

    guas que cercam nossas maiores reas urbanas bastante elevada,

    dificultando e encarecendo, cada vez mais, a prpria captao de gua

    para o abastecimento.

    A implantao de uma estao de tratamento de esgotos tem por objetivo a remoo dos principais poluentes presentes nas guas

    residurias, retornando-as ao corpo dgua sem alterao de sua

    qualidade.

    As guas residurias de uma cidade compem-se dos esgotos sanitrios e industriais sendo que estes, em caso de gerao de efluentes

    muito txicos, devem ser tratados em unidades das prprias indstrias.

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    O parmetro mais utilizado para definir um esgoto sanitrio ou industrial a demanda bioqumica por oxignio - DBO. Pode ser

    aplicada na medio da carga orgnica imposta a uma estao de

    tratamento de esgotos e na avaliao da eficincia das estaes - quanto

    maior a DBO maior a poluio orgnica.

    A escolha do sistema de tratamento funo das condies estabelecidas para a qualidade da gua dos corpos receptores. Alm

    disso, qualquer projeto de sistema deve estar baseado no conhecimento

    de diversas variveis do esgoto a ser tratado, tais como a vazo, o pH, a

    temperatura, o DBO, etc.

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    A DBO a quantidade de oxignio usada por uma populao mista de micro-organismos

    durante a oxidao aerbia temperatura de 20C.

    CONTEXTUALIZAO

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    PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ESGOTO

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    TRATAMENTO DO ESGOTO

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    GRADEAMENTO: operao pela qual o material flutuante e a matria em suspenso, que for maior em tamanho que as aberturas das grades, so retidos e removidos;

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Sistema mecanizado

    Sistema manual Sequncia de grades

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    Aps o gradeamento vem a caixa de areia processo de desarenao;

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Caixa de areia

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    SEDIMENTAO: operao pela qual a capacidade de carreamento e de eroso da gua diminuda, at que as partculas em suspenso decantem pela ao da gravidade e no possam mais ser relevantadas pela ao de correntes.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Tanques de sedimentao

    Decantador

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    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    A Sedimentao consiste na remoo das partculas slidas em suspenso num lquido por aco da gravidade. A sedimentao est relacionada com duas operaes funcionais em que a terminologia usada serve para distinguir os fins em vista: Clarificao => consiste em remover partculas em suspenso num lquido em pequenas concentraes a fim de se obter um lquido lmpido. Espessamento => consiste em aumentar a concentrao de slidos numa suspenso em que estes j se encontram em concentrao relativamente elevada.

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    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Raspadores superficiais

    Insuflao de ar

    A flotao um processo que envolve trs fases: lquida, slida e gasosa. utilizado para separar partculas suspensas ou materiais graxos ou oleosos de uma fase lquida. A separao produzida pela combinao de bolhas de gs, geralmente o ar, com a partcula, resultando num agregado, cuja densidade menor que a do lquido e portanto, sobe superfcie do mesmo, podendo ser coletada em uma operao de raspagem superficial

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    FLOTAO: operao pela qual a capacidade de carreamento da gua diminuda e sua capacidade de empuxo ento aumentada, s vezes at pela adio de agentes flotantes; as substncias naturalmente mais leves que a gua, ou que pela ao destes agentes flotantes so tornadas mais leves, sobem superfcie e so, ento, raspadas. => Os agentes flotantes costumam ser pequenas bolhas de ar ou compostos qumicos.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Insero de microbolhas de ar Captao superficial

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    COAGULAO QUMICA: operao pela qual substncias qumicas formadoras de flocos coagulantes so adicionadas gua com finalidade de se juntar ou combinar com a matria em suspenso decantvel e, particularmente, com a no decantvel e com a matria coloidal; com isto se formam, rapidamente agregados s partculas em suspenso, os flocos. Embora solveis, os coagulantes se precipitam depois de reagir com outras substncias do meio.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Os reagentes utilizados no processo de coagulao so agrupados em trs categorias: Coagulantes: compostos, geralmente de ferro ou alumnio. Capazes de produzir hidrxidos gelatinosos insolveis e englobar as impurezas. Alcalinizantes: capazes de conferir a alcalinidade necessria coagulao (calviva - xido de clcio; hidrxido de clcio; hidrxido de sdio soda caustica; carbonato de sdio barrilha). Coadjuvantes: capazes de formar partculas mais densas e tornar os flocos mais lastrados (argila, slica ativa, polieletrlitos, etc.)

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    COAGULAO QUMICA: operao pela qual substncias qumicas formadoras de flocos coagulantes so adicionadas gua com finalidade de se juntar ou combinar com a matria em suspenso decantvel e, particularmente, com a no decantvel e com a matria coloidal; com isto se formam, rapidamente agregados s partculas em suspenso, os flocos. Embora solveis, os coagulantes se precipitam depois de reagir com outras substncias do meio.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Coagulao

    Adio de coagulantes

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    PRECIPITAO QUMICA: operao pela qual substncias dissolvidas so retiradas de soluo; as substncias qumicas adicionadas so solveis e reagem com as substncias qumicas do esgoto, precipitando-as.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Dosagem de produtos qumicos

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    FILTRAO: operao pela qual os fenmenos de coar, decantao e de contato interfacial combinam-se para transferir a matria em suspenso para gros de areia, carvo ou outro material granular, de onde dever ser removida.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Manta geotextil

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    FILTRAO. EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Filtrao

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    FILTRAO. EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Filtros de materail granular

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    FILTRAO. EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Consiste em passar a gua atravs de um tanque cilndrico de fibra de

    vidro, ao carbono ou inox com diferentes meios filtrantes: seixos

    rolados, antracita, quartzo e outros. Este processo o primeiro

    passo para obteno da gua purificada e remove

    mecanicamente partculas em suspenso de at 15 micra (m). um equipamento de baixo custo

    operacional e manuteno.

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    DESINFECO

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    O controle da populao de microrganismos presentes em um determinado sistema pode ser realizado atravs de

    procedimentos de desinfeco que utilizam agentes fsicos (aquecimento, baixas temperaturas, radiao, filtrao,

    dessecao) ou qumicos (fenol e compostos fenlicos, lcoois, detergentes, halognios, metais pesados e seus compostos). Dentre estes agentes, os mtodos j descritos (radiao UV,

    clorao e ozonizao) tm sido at o momento os escolhidos como mais favorveis para desinfetar os efluentes de sistemas

    de tratamento de esgotos

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    DESINFECO: operao pela qual os organismos vivos infecciosos em potencial so exterminados.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    A esterilizao por radiao ultravioleta (UV) pode ser usada para desinfeco de gua de efluentes industriais e gua de esgotos tratados.

    O objetivo principal da desinfeco de esgotos destruir os patognicos entricos, que podem estar presentes no efluente tratado, para tornar a gua receptora segura para uso posterior.

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    TRATAMENTO DO ESGOTO

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    OXIDAO BIOLGICA: operao pela qual os microorganismos decompem a matria orgnica contida no esgoto ou no lodo e transformam substncias complexas em produtos finais simples.

    EXEMPLOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTOS DE ESGOTOS:

    Processo pelo qual bactrias e outros microorganismos se alimentam de matria orgnica e a decompem. Dependem desse

    princpio a autodepurao dos cursos d'gua e os processos de tratamento por lodo

    ativado e por filtro biolgico" (The World Bank, 1978). Processo em que organismos vivos, em

    presena ou no de oxignio, atravs da respirao aerbia ou anaerbia, convertem matria orgnica contida na gua residuria

    em substncias mais simples ou de forma mineral

    Tambm chamada de respirao celular um processo vital que

    ocorre ao nvel das clulas com o objectivo de produzir energia na

    forma de ATP

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    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO

    DO ESGOTO

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    so assim definidos devido predominncia dos fenmenos fsicos adotados por um sistema ou dispositivo de tratamento dos esgotos.

    Caracterizam-se, principalmente, nos processos de remoo das substncias fisicamente separveis dos lquidos ou que no se encontram dissolvidas.

    Basicamente, tm por finalidade separar as substncias em suspenso no esgoto, incluindo a remoo de slidos grosseiros, slidos decantveis e slidos flutuantes. Mas qualquer outro processo em que h predominncia dos fenmenos fsicos constitui um processo fsico de tratamento, como remoo da umidade do lodo, filtrao dos esgotos, incinerao do lodo, diluio dos esgotos e homogeneizao dos esgotos.

    PROCESSOS FSICOS:

    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO

    DO ESGOTO

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    so os processos em que h utilizao de produtos qumicos e so raramente adotados isoladamente.

    A necessidade de se utilizar produtos qumicos tem sido a principal causa da menor aplicao do processo.

    Via de regra, utilizado quando o emprego de processos fsicos ou biolgicos no atendem ou no atuam eficientemente nas caractersticas que se deseja reduzir ou remover. Os processos qumicos comumente adotados em tratamento de esgoto so: a floculao, a precipitao qumica, a elutriao, a oxidao qumica, a clorao e a neutralizao ou correo do pH.

    PROCESSOS QUMICOS:

    Obs. A elutriao corresponde a um processo de

    separao em que um fluxo ascendente de lquido vai arrastar as partculas slidas que, consoante

    as suas densidades vo posicionar-se a diferentes nveis, podendo mesmo ser transportadas para fora do tanque mediante controlo adequado do

    fluxo

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    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO

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    so os processos que dependem da ao de microorganismos presentes nos esgotos.

    os fenmenos inerentes respirao e alimentao so predominantes na transformao dos componentes complexos em compostos simples, tais como sais minerais, gs carbnico e outros.

    Esses processos procuram reproduzir, em dispositivos racionalmente projetados, os fenmenos biolgicos encontrados na natureza, condicionando-os em rea e tempo economicamente justificveis.

    Os principais processos biolgicos de tratamento de esgoto so a oxidao biolgica (lodos ativados, filtros biolgicos, valos de oxidao e lagoas de estabilizao) e digesto de lodo (aerbia e anaerbia, fossas spticas).

    PROCESSOS BIOLGICOS:

    CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO

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    Alm dos processos mencionados anteriormente, vrios outros tm resultado de pesquisas ou so de implantao mais recente, constituindo, muitas vezes, o que se tem chamado de tratamento avanado.

    A tcnica do tratamento de esgotos tem evoludo de forma extraordinria e estes outros processos especiais constituiro formas normais de tratamento medida que o desenvolvimento tecnolgico tornar mais econmica e simples sua aplicao.

    Entre eles, pode-se citar: filtrao rpida, adsoro, eletrodilise, troca de ons e osmose inversa.

    OUTROS PROCESSOS:

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    O FLUXO DE TRATAMENTO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    A quantidade total de esgoto a ser tratado em um sistema funo da populao e da indstria local a serem atendidas durante o perodo de

    projeto.

    Conforme definio, tambm devem ser consideradas as infiltraes da gua de chuva e do lenol fretico. O volume de esgoto produzido

    por ano pode ser controlado pelas vazes obtidas nos medidores

    instalados em pontos determinados do sistema, especialmente na entrada

    das estaes de tratamento.

    O processo de tratamento do esgoto pode adotar diferentes tecnologias para depurao do efluente; mas, de modo geral segue um fluxo,

    conforme apresentado na sequncia.

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    Atualmente, existem inmeros processos para o tratamento de esgoto, individuais ou combinados. A deciso pelo processo a ser

    empregado, deve-se levar em considerao, principalmente, as

    condies do curso dgua receptor (estudo de autodepurao e os

    limites definidos pela legislao ambiental) e da caracterstica do

    esgoto bruto gerado.

    necessrio certificar-se da eficincia de cada processo unitrio e de seu custo, alm da disponibilidade de rea (IMHOFF

    e IMHOFF, 1996).

    O tratamento de esgoto usualmente classificado atravs dos seguintes nveis: Tratamento preliminar; Tratamento

    primrio; Tratamento secundrio; Tratamento tercirio e

    Desinfeco.

    O FLUXO DE TRATAMENTO

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    EXEMPLO DA ETE DE FRANCA/SP

    NVEIS DO TRATAMENTO DE ESGOTOS

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    Compreende na remoo de grandes slidos e areia para proteger as demais unidades de tratamento, os dispositivos de transporte (bombas e

    tubulaes) e os corpos receptores.

    A remoo da areia previne a ocorrncia de abraso nos equipamentos e tubulaes e facilita o transporte dos lquidos.

    Este tratamento feito com o uso de grades que impedem a passagem de trapos, papis, pedaos de madeira, e outros materiais particulados

    grosseiros. Exemplos: caixas de areia, para reteno deste material; e

    tanques de flutuao para retirada de leos e graxas em casos de esgoto

    industrial com alto teor destas substncias.

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    TRATAMENTO PRELIMINAR

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    NVEIS DO TRATAMENTO DE ESGOTOS

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    TRATAMENTO PRELIMINAR

    Caixa de areia aps gradeamento.

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    TRATAMENTO DO ESGOTO

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    Os esgotos ainda contm slidos em suspenso no grosseiros cuja remoo pode ser feita em unidades de sedimentao, reduzindo a

    matria orgnica contida no efluente.

    Os slidos sedimentveis e flutuantes so retirados atravs de mecanismos fsicos, via decantadores. Os esgotos fluem vagarosamente

    pelos decantadores, permitindo que os slidos em suspenso de maior

    densidade sedimentem gradualmente no fundo, formando o lodo

    primrio bruto.

    Os materiais flutuantes como graxas e leos, de menor densidade, so removidos na superfcie. A eliminao mdia do DBO de 30%.

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    TRATAMENTO PRIMRIO

    NVEIS DO TRATAMENTO DE ESGOTOS

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    Decantador primrio circular.

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    A funo dessa unidade clarificar

    o esgoto, removendo os

    slidos que isoladamente ou em flocos podem sedimentar seu

    prprio peso

    as partculas que sedimentam, ao se acumularem no fundo do decantador, formam o chamado lodo primrio, que da retirado. Nessa unidade,

    normalmente aproveita-se tambm para remoo de flutuantes: espuma, oles e graxa acumulados na superfcie.

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    processa, principalmente, a remoo de slidos e de matria orgnica no sedimentvel e, eventualmente, nutrientes como nitrognio e

    fsforo. Aps as fases primria e secundria a eliminao de DBO deve

    alcanar 90%. a etapa de remoo biolgica dos poluentes e sua

    eficincia permite produzir um efluente em conformidade com o padro

    de lanamento previsto na legislao ambiental.

    Basicamente, so reproduzidos os fenmenos naturais de estabilizao da matria orgnica que ocorrem no corpo receptor, sendo que a

    diferena est na maior velocidade do processo, na necessidade de

    utilizao de uma rea menor e na evoluo do tratamento em condies

    controladas.

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    TRATAMENTO SECUNDRIO

    predominam mecanismos biolgicos, com objetivo principal de remoo de matria

    orgnica e de nutrientes (nitrognio e fsforo)

    NVEIS DO TRATAMENTO DE ESGOTOS

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    O tratamento secundrio, geralmente consistindo num processo biolgico, do tipo lodo ativado ou do tipo filtro biolgico, onde a

    matria orgnica coloidal consumida por microorganismos nos

    chamados reatores biolgicos.

    Estes reatores so normalmente constitudos por tanques com grande quantidade de microrganismos aerbios, havendo por isso a necessidade

    de promover o seu arejamento. O esgoto sado do reator biolgico

    contem uma grande quantidade de microrganismos, sendo reduzida a

    matria orgnica remanescente.

    Os microrganismos sofrem posteriormente um processo de sedimentao nos designados sedimentadores (decantadores)

    secundrios. Terminado o tratamento secundrio, as guas residuais

    tratadas apresentam um reduzido nvel de poluio por matria orgnica,

    podendo na maioria dos casos, serem admitidas no meio ambiente

    receptor SIS

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    TRATAMENTO SECUNDRIO

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    TRATAMENTO SECUNDRIO - RESUMO

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    constitui de uma forma simples de tratamento de esgoto, baseando-se principalmente em movimento de terra de escavao e preparao de

    taludes. Alm do objetivo principal de remoo da matria rica em

    carbono, as lagoas realizam tambm o controle de organismos

    patognicos em alguns casos.

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    TRATAMENTO SECUNDRIO - EX: LAGOAS DE ESTABILIZAO

    Lagoa facultativa

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    LAGOAS DE ESTABILIZAO

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    SISTEMA DE LAGOAS DE ESTABILIZAO

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    DEFINIO

    => constituem-se na forma mais simples para tratamento de esgotos, apresentando diversas variantes com diferentes nveis de simplicidade operacional e requisitos de rea.

    PRINCIPAIS SISTEMAS

    Lagoas Facultativas Lagoas Anaerbias Lagoas Facultativas Lagoas Aeradas Facultativas Lagoas Aeradas de Mistura Completa Lagoas de Decantao Lagoa de Maturao

    LAGOAS FACULTATIVAS

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    => A DBO solvel e finamente particulada estabilizada aerobiamente por bactrias dispersas no meio lquido, ao passo que a DBO suspensa tende a sedimentar, sendo estabilizada anaerobiamente por bactrias no fundo da lagoa. O oxignio requerido pelas bactrias aerbias fornecido pelas algas, atravs da fotossntese.

    DBO

    CO2

    O2

    Algas Bactrias

    Foto

    ssntese

    Res

    pir

    ao

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    LAGOA ANAERBIA/ LAGOA FACULTATIVA

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    => A DBO em torno de 50 % estabilizada na lagoa anaerbia (mais profunda e com menor volume), enquanto a DBO remanescente removida na lagoa facultativa. O sistema ocupa uma rea inferior ao de uma lagoa facultativa nica.

    LAGOA AERADA FACULTATIVA

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    => Os mecanismos de remoo da DBO so similares aos de uma lagoa facultativa. No entanto, o oxignio fornecido por aeradores mecnicos, ao invs de atravs da fotossntese. Como a lagoa tambm facultativa, uma grande parte dos slidos do esgoto e da biomassa sedimentada, decomposta anaerobiamente no fundo.

    O2 obtido atravs de aeradores Dimenses menores que as facultativas convencionais Consumo de energia eltrica Tempo de deteno tpico 5 a 10 dias

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    LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA/LAGOA

    DECANTAO

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    A energia introduzida por unidade de volume da lagoa elevada, o que faz com que os slidos (principalmente a biomassa) permaneam dispersos no meio lquido, ou em mistura completa. A decorrente maior concentrao de bactrias no meio lquido aumenta a eficincia do sistema na remoo de DBO, o que permite que a lagoa tenha um volume inferior ao de uma lagoa aerada facultativa. No entanto, o efluente contem elevados teores de slidos (bactrias), que necessitam ser removidos antes do lanamento no corpo receptor. A lagoa de decantao a jusante proporciona condies para esta remoo. O lodo da lagoa de decantao deve ser removido em perodos de poucos anos.

    LAGOA AERADA DE MISTURA COMPLETA/LAGOA

    DECANTAO

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    Os slidos so mantidos em suspenso e mistura completa

    Maior contato matria orgnica bactria

    Tempo de deteno tpico 2 a 4 dias

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    LAGOA DE MATURAO

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    O objetivo principal da lagoa de maturao a remoo de patognicos.

    Nas lagoas de maturao predominam condies ambientais adversas para os patognicos, como radiao ultra-violeta, elevado pH, elevado OD, temperatura mais baixa que a do corpo humano, falta de nutrientes e predao por outros organismos.

    As lagoas de maturao constituem um ps-tratamento de processos que objetivem a remoo da DBO, sendo usualmente projetadas como uma srie de lagoas, ou como uma lagoa nica com divises por chincanas.

    A eficincia na remoo de coliformes bastante elevada.

    LAGOA DE MATURAO

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    fase final de todo um processo de limpeza da gua, ltima lagoa de tratamento da gua que

    passa para ir para o rio.

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    REATORES ANAERBIOS

    REATORES ANAERBIOS

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    O processo anaerbio est atravs dos reatores de manta de lodo ativado que apresentam inmeras vantagens em relao ao processo aerbio convencional, aplicando em locais com temperaturas elevadas, como o caso da maioria dos municpios brasileiros, este sistema se apresenta como uma soluo devido o baixo consumo de energia, baixa produo de lodo, desidratao do lodo, eficiente remoo de DBO e DQO, dentre outros (CHERNICHARO, 1997)..

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    REATORES ANAERBIOS

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    A biomassa cresce dispersa no meio

    A biomassa se aglutina formando grnulos

    Fluxo de lquido ascendente

    Formao de gases (CH4 e CO2)

    Baixa produo de lodo

    Af luente

    Coleta do

    af luente

    Compartimento de decantao

    Partcula de

    lodo

    Compartimento de digesto

    Separador

    Trifsico

    Bolha de

    gs Manta de

    lodo

    Leito de

    lodo

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    LODOS ATIVADOS

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    LODO ATIVADO

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    Os slidos so recirculados do fundo da unidade de decantao, por

    meio de bombeamento para a unidade de aerao.

    LODO ATIVADO

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    Os slidos so recirculados do fundo da unidade de decantao, por meio de bombeamento para a unidade de aerao.

    O processo de lodos ativados consiste em se provocar o desenvolvimento de uma cultura microbiolgica na forma

    de flocos (lodos ativados) em um tanque de aerao, que alimentada pelo efluente a tratar.

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    LODO ATIVADO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    Os slidos so recirculados do fundo da unidade de decantao, por meio de bombeamento para a unidade de aerao.

    - Qe, Qs, Qr e Qdle: Vazes de entrada, sada, retorno de lodo, e de descarte de lodo em excesso, em m3/d; - DBOe e DBOs: Valores de DBO de entrada e sada; - COe e COs: Cargas Orgnicas de entrada e sada, em kg DBO/d;

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    FILTROS BIOLGICOS

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    FILTROS BIOLGICOS

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    A biomassa cresce aderida a um meio suporte

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    Sistemas aerbios Leito de material grosseiro ( pedras, ripas ou plstico)

    Aplicao de esgoto na forma de jatos ou gotas Crescimento bacteriano na superfcie do material do leito

    O FLUXO DE TRATAMENTO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    remoo de poluentes txicos ou no biodegradveis ou eliminao adicional de poluentes no degradados na fase secundria.

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    TRATAMENTO TERCERIO

    objetiva a remoo de poluentes especficos (usualmente txicos ou compostos no biodegradveis) ou ainda, a remoo

    complementar de poluentes no suficientemente removidos no tratamento

    secundrio. O tratamento tercirio bastante raro no Brasil.

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    O FLUXO DE TRATAMENTO

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

    grande parte dos microorganismos patognicos foi eliminada nas etapas anteriores, mas no a sua totalidade. A desinfeco total pode ser

    feita pelo processo natural - lagoa de maturao, por exemplo - ou

    artificial - via clorao, ozonizao ou radiao ultravioleta.

    a lagoa de maturao demanda grandes reas pois necessita pouca profundidade para permitir a penetrao da radiao solar ultravioleta.

    Entre os processos artificiais, a clorao o de menor custo mas pode

    gerar subprodutos txicos, como organoclorados. A ozonio muito

    dispendiosa e a radiao ultravioleta no se aplica a qualquer situao.

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    DESINFECO

    ESQUEMA USUAL DE ETE

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    SISTEMAS DE TRATAMENTO DE GUAS E ESGOTO

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    Eng. Civil, MSc. Danilo Gonalves Batista