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PROPAGAÇÃO Prof. Cássio Gonçalves do Rego © 2003 - DELT/UFMG
Dados de propagação e métodos de prediçãopara projeto de sistemas em rádio-visibilidade
Prof. Cássio Gonçalves do Rego- Departamento de Engenharia Eletrônica
GAPTEM
GAPTEM
GAPTEM
Grupo de Antenas, Propagaçãoe Teoria Eletromagnética
PROPAGAÇÃO Prof. Cássio Gonçalves do Rego © 2003 - DELT/UFMG
Serão estudadas aqui algumas técnicas depredição de desempenho de enlaces deradiocomunicação para aplicação no projeto desistemas em rádio-visibilidade. As técnicas depredição apresentadas se baseiam naRecomendação ITU-R P.530-9.
1. Introdução
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Lembrando a equação geral para adeterminação da potência do sinal recebido emum enlace:
2. Atenuação
)(. 10 dBRTTR FGGLPPdBdBdBdBmdBm++++=
Vamos considerar os seguintes termos quecompõem a função atenuação:
)(. 2dBdBdBdB rmwadB FFFFF +++=
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Os termos da equação (2) são especificadosabaixo:
2. Atenuação
dBwFdBaF
dBmF
dBrF
- atenuação por gases atmosféricos;
- difração por obstáculos;
- multipercurso, espalhamento de feixe e cintilação;
- atenuação por precipitação.
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A atenuação causada pela absorção deenergia eletromagnética pelo oxigênio e pelovapor d’água passa a ser significativa parafrequências de operação acima de 10 GHz.Para um enlace com dkm temos
3. Atenuação por gases atmosféricos
)(, 3kmaa dFdB
γ=
onde γa é a atenuação específica obtida pelascurvas mostradas a seguir e também pelaRecomendação ITU-R P.676.
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3. Atenuação por gases atmosféricos
Curvas para a determi-nação da atenuação es-pecífica.
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Variações das condições de refraçãoatmosfera causam modificações no valor dofator k a ser utilizado para a determinação daatenuação em obstáculos. Valores de kmenores do que 4/3 causam o encurvamentodos raios e a consequente obstrução da linhade visada. A estatística para este fator decorreção do raio terrestre pode ser determinadaa partir de medições.
4. Efeitos de difração
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4.1. Fórmula empírica para difração
)(, 41510201
dBFhF
dBw >+−=
hR
hT
h
kmd1 km
d2
)(., 5317 211
kmGHzdfdd
F kmkm=
1Fh
- path clearance
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Em frequências acima de 2 GHz, osefeitos da difração por obstáculos podem serdiminuídos instalando-se as antenas em torressuficientemente elevadas. A teoria da difraçãoindica que pelo menos 60% do raio da primeirazona de Fresnel deve estar desobstruída demaneira a se conseguir uma condição deespaço livre. Conhecendo-se a estatística dofator k é possível utilizar torres com alturas queproduzam apenas pequenas quedas de sinal.
4.2. Planejamento do path clearance
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• Passo 1: Determine as alturas das antenas baseando-se no valor mediano do fator k e considerando umadesobstrução igual a F1 para o maior obstáculo;
• Passo 2: Obtenha o valor do fator de correção efetivopara 99,9% do tempo do pior mês (ke);
• Passo 3: Calcule as alturas das antenas baseando-seno valor de ke e seguindo o critério de desobstruçãoigual a 0,6 F1 (climas tropicais);
• Passo 4: Use os maiores valores de alturas deantenas encontrados nos Passos 1 e 3.
4.2.1. Configurações sem diversidade
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4.2.1. Configurações sem diversidade
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4.2.1. Configurações sem diversidade
gume de faca
terra esférica
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4.2.2. Configurações com diversidade
hR1
hT
h
kmd1 km
d2
hR2
Esquemas de diversidade espacial são úteis quando hávariação abrupta do índice de refração.
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• Passo 1: Determine a altura da antena superior comoindicado na seção anterior;
• Passo 2: Calcule a altura da antena inferior basendo-se no valor mediano do fator k e considerando-se asseguintes desobstruções:
• 0,6 F1 a 0,3 F1 se a obstrução se estende ao longodo percurso;• 0,3 F1 a 0,0 F1 se a obstrução se concentra em umou dois obstáculos;
• Passo 3: Verifique se o espaçamento entre as antenassatisfaz às exigências de diversidade sob efeitosmultipercurso.
4.2.2. Configurações com diversidade
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Vários mecanismos gerados por camadasatmosféricas extremamente refrativas devemser levados em conta quando do planejamentode enlaces com mais de poucos quilômetros: oespalhamento de feixe (desfocalização), bemcomo multipercursos na superfície e naatmosfera. Uma forma de desvanecimentoaltamente seletivo em frequência acontecequando há a combinação da desfocalizaçãocom a reflexão no solo.
5. Efeitos multipercurso
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5. Efeitos multipercurso
1n12 nn <
23 nn <
34 nn <
Nas seções a seguir serão mostrados métodospara a previsão do desvanecimento considerando-se opior mês, quando ocorre a maior variação do fator k.
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5. Efeitos multipercurso
t
sinal recebido
desvanecimento rápido
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• Passo 1: Determine o fator geoclimático k para amédia do pior mês:
5.1. Desvanecimento para pequenaspercentagens de tempo
)(,,,, 510 420003093 1 −−−= adN sk
1dN - maior gradiente da refratividade para os primeiros 65 mda atmosfera;
as - rugosidade do terreno.
• Passo 2: A partir das alturas das antenas em relaçãoao nível do mar e do tamanho do enlace, determine ainclinação do percurso:
)(. 6km
rtp d
hh −=ε
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• Passo 3: Determine a percentagem do tempo em queo desvanecimento é maior do que o valor desejado A:
5.1. Desvanecimento para pequenaspercentagens de tempo
[ ] ( ) [ ] )(,%Prob ,,,,, 7101 10000850032097023 Ahfpkmm
GHz
dBkdAF −−−
+=> ε
( ) )(.,mín 8rt hhh =
As equações (5)-(8) foram derivadas de múltiplasregressões feitas a partir de dados de desvanecimentode 251 enlaces, para os quais:
,, 18557 ≤≤ kmd ,, 37450 ≤≤ GHzf ,37≤pε
,150860 1 ≤≤− dN .8506 ≤≤ as
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• Passo 1: Determine o fator de ocorrência demultipercurso:
5.2. Desvanecimento para qualquerpercentagem de tempo
( ) [ ] )(.%,,,, 9101 0008500320970230
hfpkm
GHzkdp −−+= ε
• Passo 2: Calcule o valor da profundidade dedesvanecimento:
)(.log, 102125 0pFdBtm +=
• Passo 3: Compare o valor desejado A com aprofundidade de desvanecimento obtido em (10).
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• Passo 4a: Se o valor desejado é maior ou igual do quea profundidade de desvanecimento, a percentagem dotempo em que o desvanecimento é maior do que ovalor desejado A é obtida de
5.2. Desvanecimento para qualquerpercentagem de tempo
[ ] [ ] )(.%Prob , 1110 100
Am pAF
dB
−=>
• Passo 4b: Se o valor desejado é menor do que aprofundidade de desvanecimento, a percentagem dotempo em que o desvanecimento é maior do que ovalor desejado A é obtida de
[ ] [ ] )(.%expProb 12101100 20
−−=>
− Aq
ma
dBAF
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O parâmetro qa é determinado a partir de
5.2. Desvanecimento para qualquerpercentagem de tempo
( ) )(,,, , 13800
103410103012 20016020
++
×++=
−−− AqqA
tA
A
a
( ) ( ) )(,,, , 14800
103410103012 20
1
016020
+−
×+−′=
−−
−−t
A
tA
A
atAqq
tt
( )
)(.lnlog
1510010020
t
t
a A
p
q
−−
−=′
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5.2. Desvanecimento para qualquerpercentagem de tempo
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A atenuação causada por chuvas se deveà absorção de energia eletromagnética pelasgotas d’água. Esta absorção pode ser ignoradaem frequências abaixo de 5 GHz. Parafrequências superiores a este limite deve-seconsiderar estes efeitos, pois sua importânciacresce rapidamente.
6. Efeitos de precipitações
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• Passo 1: Determine a o excesso de taxa deprecipitação para 0,01% do tempo (via medições), R0,01;
• Passo 2: Obtenha a taxa de atenuação específicapara a frequência de operação, polarização e taxa deprecipitação de interesse, γR (dB/km);
• Passo 3: Calcule a distância efetiva do enlace:
6.1. Estatística do desvanecimento lento
)(, 16rddef =
)(.,,
17
351
1
0100150 Rkm
edr−+
=
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• Passo 4: A estimativa para o excesso de atenuaçãopara 0,01% do tempo é
6.1. Estatística do desvanecimento lento
)(.,
18010 efRr dF
dBγ=
• Passo 5: A estimativa para o excesso de atenuaçãopara p% do tempo, com 0,001< p < 1, é
( )
( ) )(contrário caso,,
que do maiores latitudes para,,log,,
log,,
19070
3012013908550
004305460
=+−
+−
p
p
r ppF
pdB
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Quando os dados estatísticos relacionados àtaxa de precipitação estão disponíveis apenas parauma frequência de operação, é possível fazer uso deuma expressão empírica para se escalonar afrequência:
6.2. Escalonamento em frequência
( )( )
( ) ( )[ ])(,
,,
20121
12
1
1
2dBr
fdBfdB
FffH
rr ffFF
ΦΦ−
ΦΦ
=
( ) )(, 21101 24
2
fff −+
=Φ
( ) ( ) )(.,,, ,,
2210121 55011
50
1
23121 FFH Φ
ΦΦ
×=ΦΦ −
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Quando os dados estatísticos relacionados àtaxa de precipitação estão disponíveis apenas parauma polarização, é possível fazer uso de umaexpressão empírica para se estimar a atenuação paraoutra polarização:
6.3. Escalonamento em polarização
)(. 23335300
H
HV F
FF+
=
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Referências Bibliográficas
[1] Balanis, C., Antenna theory: analysis and design, 2nd edition, John Wiley & Sons, New York, 1997.
[2] Collin, R. E., Antennas and radiowave propagation, McGraw- Hill International Editions, Singapore, 1985.