Sistemas Microcontrolados - Evolução dos Microprocessadores

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Sistemas Microcontrolados. Evoluo dos Microprocessadores.

Raphael Henrique Lazarini Alves Prof. : Paulo Sergio.

Agosto 2011

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1- HISTRIA O primeiro microprocessador comercial foi inventado pela Intel em 1971 para atender uma empresa japonesa que precisava de um circuito integrado especial. A Intel projectou o 4004 que era um circuito integrado programvel que trabalhava com registradores de 4 bits, 46 instrues, clock de 740Khz e possua cerca de 2300 transistores. Percebendo a utilidade desse invento a Intel prosseguiu com o desenvolvimento de novos microprocessadores: 8008 (o primeiro de 8 bits) e a seguir o 8080 e o microprocessador 8085. O 8080 foi um grande sucesso e tornou-se a base para os primeiros microcomputadores pessoais na dcada de 1970 graas ao sistema operacional CP/M. Da Intel saram alguns funcionrios que fundaram a Zilog, que viria a lanar o microprocessador Z80, com instrues compatveis com o 8080 (embora muito mais poderoso que este) e tambm de grande sucesso. A Motorola possua o 68000 e a MOS Technology o 6502. A Motorola ganhou destaque quando implantou o 68000, de 12 mh/z a 16 bits, no Neo-Geo, um poderoso Arcade da SNK que posteriormente ganharia a verso AES (console casero) e CD (verso CD), todos eles com o mesmo hardware inicial. Todos os microprocessadores de 8 bits foram usados em muitos computadores pessoais (Bob Sinclair, Apple, TRS, Commodore, etc). Em 1981 a IBM decidiu lanar-se no mercado de computadores pessoais e no seu IBMPC utilizou um dos primeiros microprocessadores de 16 bits, o 8088 (derivado do seu irmo 8086 lanado em 1978) que viria a ser o av dos computadores atuais. A Apple nos seus computadores Macintosh utilizava os processadores da Motorola, a famlia 68000 (de 32 bits). Outros fabricantes tambm tinham os seus microprocessadores de 16 bits, a Zilog tinha o Z8000, a Texas Instruments o TMS9900, a National Semiconductor tinha o 16032, mas nenhum fabricante teve tanto sucesso como a Intel, que sucessivamente foi lanando melhoramentos na sua linha 80X86, tendo surgido assim (por ordem cronolgica) o 8086, 8088, 80186, 80188, 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium Pro, Pentium MMX, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Pentium D, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Quad Core, I3, I5 e I7. Para o IBM-AT foi utilizado o 80286, depois um grande salto com o 80386 que podia trabalhar com memria virtual e multitarefa, o 80486 com coprocessador matemtico embutido e finalmente a linha Pentium, com pipeline de processamento. Como grande concorrente da Intel, a AMD aparece inicialmente como fabricante de microprocessadores da linha x86 alternativa mas a partir de um certo momento deixou de correr atrs da Intel e partiu para o desenvolvimento de sua prpria linha de microprocessadores: K6, Athlon, Duron, Turion, Sempron, Phenom. Paralelamente disputa entre Intel e AMD, a IBM possuia a linha PowerPC utilizada principalmente pelos microcomputadores da Apple. A evoluo tecnolgica envolvida surpreendentemente grande, de microprocessadores que trabalhavam com clock de dezenas de kHz e que podiam processar alguns milhares de instrues por segundo, atingiu-se clocks na casa dos 7 GHz e poder de processamento de dezenas de bilhes de instrues por segundo. A complexidade tambm cresceu: de alguns milhares de transstores para centenas de milhes de transstores numa mesma pastilha.

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O CPU tem como funo principal unificar todo o sistema, controlar as funes realizadas por cada unidade funcional, e tambm responsvel pela execuo de todos os programas do sistema, que devero estar armazenados na memria principal.

2- A EVOLUO DOS MICROPROCESSADORES. O primeiro microprocessador utilizado em um computador pessoal foi o Intel 8080. Ele era um computador de 8 bits completo dentro de um chip e foi lanado em 1974; mas o primeiro microprocessador que se tornou realmente popular foi o Intel 8088, lanado em 1979 e incorporado a um PC IBM - que apareceu em 1982. Se voc est familiarizado com a histria e o mercado de PCs, vai se lembrar da evoluo dos processadores. O 8088 evoluiu para o 80286, depois para o 80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III e Pentium 4, Celeron, Xeon, Itanium, Core, Core Duo, Quad... Todos estes microprocessadores foram produzidos pela Intel e so melhorias do design bsico do 8088. Isso falando s de Intel. Seu principal concorrente, a AMD, evoluiu paralelamente, com o 286A, o 386, 486, 586, K5, K6-3, Athlon, Duron, Sempron, Athlon MX, AMD64, Phenom e Turion. A maioria dos computadores existentes no mercado vem com processador Intel ou AMD. As duas empresas, rivais neste mercado desde meados da dcada de 90, oferecem vrias linhas de processadores, como Core, Pentium, Celeron e Atom, da Intel, e Turion, Sempron, Phenom e Athlon, da AMD. Cada uma dessas linhas voltada para uma tipo de mquina e um tipo de pblico. Fundada em 1968 pelos norte-americanos Gordon Moore e Robert Noyce, a Intel (sigla de Integrated Electronics) comeou fabricando memrias para computadores de grande porte antes de entrar no mercado de microprocessadores (o primeiro processador Intel foi feito para calaculadoras digitais da Texas Instruments). Quarenta anos depois, a empresa domina o mercado, produzindo processadores especficos para notebooks e desktops. Para notebooks, a Intel produz as linhas Core2 Duo e Core2 Solo, que tm dois ncleos de processamento e baixo consumo de energia graas tecnologia de fabricao de 65 nm (nanometros) e 45 nm, e Core Solo e Core Duo, processador com um nico ncleo fabricado em 65 nm. Criada em 1969 para atender s necessidades da Intel produzir chip de memria para a empresa de Mooore e Noyce a Advanced Micro Device resolveu fabricar sua prpria linha de produtos e concorrer com o ex-cliente. Apesar de estar mais centrada na produo de processadores para desktops, a empresa tambm tem suas linhas para notebooks, fabricadas com tecnologias de 65 nm (Turion X2 Ultra e Mobile Sempron) e 90 nm (Turion64 X2). Recentemente, os processadores Intel ganharam uma nova famlia, a Core i7, baseada na arquitetura Nehalem, com novo desenho interno do processador e fabricao de 45 nm. O que coloca o i7 no topo da cadeia dos processadores a quantidade de transistores existentes em uma microrea de 263 nanometros quadrados so 731 milhes. Para se ter uma idia, o top de linha da AMD, o Phenom, tem 463 milhes de transistores em uma rea de 283 nanometros quadrados. Com tudo isso de transistor

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nesse espao minsculo, os i7 so poderosos e podem simular at 8 ncleos ao mesmo tempo o dobro do nmero real. A tabela a seguir vai ajudar voc a entender as diferenas entre os processadores que a Intel lanou nos ltimos anosVelocidade do clock 2 MHz 5 MHz 6 MHz 16 MHz 25 MHz 60 MHz 233 MHz 450 MHz 1,5 GHz 3,6 GHz 2,8 GHz 3,2 GHz 1,33 2,33 GHz 3 GHz 2,66 GHz 3,2 GHz Largura de dados 8 bits 16 bits 8 bits 16 bits 32 bits 32 bits 32 bits 64 bits 32 bits 64 bits 32 bits 64 bits 32 bits 64 bits 32 bits 64 bits 32 bits 32 bits 64 bits 64 bits 26,000 53,000 76,000

Nome 8080 8088 80286 80386 80486 Pentium Pentium II

Data Transistores Mcrons 1974 1979 1982 1985 1989 1993 1997 6.000 29.000 134.000 275.000 1.200.000 3.100.000 7.500.000 9.500.000 42.000.000 6 3 1,5 1,5 1 0,8 0,35 0,25 0,18 0,09 90nm 65nm 45nm 45nm

MIPS 0,64 0,33 1 5 20 100 300 510 1,700 7,000

Pentium III 1999 Pentium 4 Pentium 4 "Prescott" 2000

2004 125.000.000

Pentium D 2005 230.000.000 Core2 2006 152.000.000

Core 2 Duo 2007 820.000.000 Core i7 2008 731.000.000

Tabela 1 Comparaes entre microprocessadores.

Existem diversos fabricantes de microprocessadores que foram surgindo desde o lanamento pioneiro da Intel, como a Motorola, a Zilog e a Texas Instruments, entre outros. A Intel, aps o lanamento do microprocessador 4004, concebeu outro microprocessadores, e alguns deles foram utilizados na implementao dos primeiros PCs, tornando-se referncia de mercado. Os principais microprocessadores lanados no mercado pela Intel so: 4004 (1971): primeiro microprocessador de 4 bits, contendo 45 instrues e 4 Kbytes de capacidade de endereamento de memria. Foi utilizado em aplicaes simples, como calculadoras, os primeiros vdeo games e pequenos sistemas de controle.

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8008 (1972): primeiro microprocessador de 8 bits, possui capacidade de endereamento de memria e 16 Kbytes. Utilizado em aplicaes mais complexas que o anterior, onde a manipulao de caracteres de 8 bits era importante, como caixas registradoras. Logo tornou-se obsoleto pela sua limitao de endereamento de memria. 8080 (1973): primeiro dos microprocessadores modernos de 8 bits. A partir dele outros fabricantes comearam a lanar seus microprocessadores de 4 e 8 bits, alavancando um grande avano tecnolgico nesta rea. Ele capaz de enderear 64 Kbytes de memria, possui mais instrues do que o anterior e ainda utiliza um clock cerca de 10 vezes mais rpido que o 8008. Alm disso, possui a vantagem de ser compatvel com a famlia TTL, facilitando o seu interfaceamento com outros componentes. 8085 (1976): este processador pode ser considerado a nova verso do 8080 Alm de mais rpido, possuindo algumas caractersticas extras, como a incorporao do gerador de clock e circuitos internos para a gerao de sinais de controle, diminuindo o nmero de componentes adicionais necessrios para a construo de um sistema. 8086 (1978): primeiro processador de 16 bits, incorporando instrues de multiplicao e diviso, e com velocidade 3 vezes maior que o 8085. Enderea 1 Mbytes de memria, o que permitiu a concepo dos primeiro microcomputadores da linha PC, e posteriormente os XT, ancestrais dos microcomputadores atuais, que na poca at os substituam em algumas aplicaes. Possui ainda um nmero maior de registradores, possibilitando a agilizao de operaes entre registradores, sem o envolvimento da memria exterior. 8088 (1979): possui basicamente as mesmas caractersticas do microprocessador anterior, trabalhando internamente com 16 bits, com via de dados externa de 8 bits, o que reduz a sua performance a 75 % da do 8086, mas permitindo a concepo de sistemas mais baratos. 80186 (1982): evoluo do 8086, sendo compatvel a nvel de software com o seu antecessor. Possui recursos adicionais, como gerador de clock interno, controlador de interrupo programvel, temporizadores, unidade programvel de ADM (acesso direto memria) e unidade de seleo de dispositivos de memria e E/S. 80188 (1982): verso com via de dados externa de 8 bits do 80186. 80286 (1983): verso avanada do 8086, ainda em 16 bits, tendo sido projetado para permitir aplicaes de multi-usurios e multitarefas. Pode enderear at 16 Mbytes de memria fsica e 1 Gbytes de memria virtual gerenciada por uma unidade de gerenciamento de memria localizada no prprio processador. capaz de executar instrues em menos ciclos de clock que o 8086, e foi utilizado pelos microcomputadores PC-AT. 80386 (1985): verso em 32 do 8086, suportando multitarefa e gerenciamento de memria virtual com ou sem paginao, proteo de software e capacidade de endereamento de 4 Gbytes de memria fsica, e 64 Tbytes de memria virtual. Pode chavear entre o modo real e modo protegido de memria via software, sem necessidade de reinicializao. Disponvel em duas verses, muito utilizadas nos PCs que sucederam o PC AT: 386DX: verso com via de dados externa de 32 bits. 386SX: verso com via de dados externa de 16 bits.

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80486 (1989): verso aprimorada do 80386, incorporando o coprocessador numrico 387 e 8 Kbytes de memria cache. Apresenta uma melhor performance em relao ao 80386, tendo sido concebido sob o conceito das arquiteturas RISC. Disponvel nas verses: 486SX: verso sem o coprocessador numrico 80387. 486DX: verso com o coprocessador numrico 80387. 486DX2: verso com clock interno duplicada (2 x 20, 25 ou 33 Mhz). 486DX4: verso com clock interno triplicada (3 x 25 ou 33 Mhz), e 16 Kbytes de memria cache. Pentium (1993): contm o equivalente a dois 80486, sendo que o trabalho a ser realizado dividido automaticamente entre os dois processadores, visando mantlos ocupados a maior parte do tempo. Possui duas unidades de processamento de nmeros inteiros implementados na forma de pipeline de cinco estgios, que permitem o paralelismo de algumas operaes, e duas unidades de memria cache de 8 Kbytes cada para dados e instrues. Pentium Pro(1995): possui arquitetura semelhante do Pentium, mas com cache de nvel 1 (16 Kbytes) e cache de nvel 2 (at 1 Mbytes) conectados ao bus com a mesma freqncia do processador. A freqncia de trabalho est entre 150 Mhz e 200 Mhz. Pentium MMX(1996): possui arquitetura semelhante do Pentium, com a incorporao de instrues destinadas ao processamento de imagem. A partir desse processador forami previstas diferentes tenses de alimentao do ncleo e de interao com o meio externo que so respectivamente 2.8V e 3.3V. Pentium II(1997): possui arquitetura baseada no processador Pentium Pro, com cache de nvel 1 de 32 Kbytes que opera na mesma freqncia do processador, e a incorporao de instrues do MMX. O cache de nvel 2, com 512 Kbytes, opera na freqncia do bus externo. A freqncia de operao est entre (66 100Mhz) x (3 5). Pentium II Xeon (1998): possui arquitetura semelhante do Pentium II, mas com o cache de nvel 2 (512 Kbytes ou 1 Mbytes) operando na freqncia do processador. O desenvolvimento deste processador teve o objetivo de suprir o mercado anteriormente suprido pelo Pentium Pro, envolvendo servidores e estaes de trabalho. Outros processadores: 1999: Celeron Processor, 1999: Pentium III Processor, 1999: Pentium III Xeon Processor, 2000: Pentium 4 Processor, 2001: Intel Xeon Processor, 2001: Itanium Processor. A tabela I apresenta uma comparao entre os diversos microprocessadores da Intel, apresentando as dimenses das vias de endereos e dados (interna e externa).

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Tabela 2- Comparao entre os microprocessadores da Intel. A Motorola uma outra empresa que vem produzindo microprocessadores h dcadas. Seus principais processadores so: 6800 (1974): primeiro microprocessador da Motorola de 8 bits, sendo um dos primeiros a serem utilizados em controle de sistemas. 6809 (1978): evoluo do 6800, apresentando registradores adicionais, novas instrues incorporando manipulao de dados de 16 bits, e mais modos de endereamento. 6502 (1975): microprocessador popular, de baixo custo e tecnologia MOS, utilizado em computadores pessoais, como as mquinas Apple. Compatvel com o 6800. 68000 (1979): microprocessador de 16 bits da Motorola, com 16 Mbytes de capacidade de endereamento, comunicao externa com via de dados com 16 bits, e via de dados interna com 32 bits. 60010 (1983): alm das caractersticas do 68000, apresenta controle de memria virtual. 68008: verso do 68000 com via de dados externa de 8 bits e via de endereos de 20 bits, permitindo o endereamento de at 1 Mbytes de memria. Projetado para a concepo de sistemas mais baratos, apresentando uma performance de cerca de 60% do 68000. 68020 (1984): microprocessador de 32 bits, compatvel com os processadores anteriores. Possui unidades de pr-fetch e cache de 256 bytes. As vias de dados e endereos no so multiplexadas. 68030 (1987): verso aprimorada do 68020, incluindo o coprocessador numrico 68881. Possui cache de 256 bytes para dados e para instrues. 68040 (1990): verso aprimorada do 68030, possuindo internamente unidade de gerenciamento de memria, unidade de manipulao de ponto flutuante, e 4 Kbytes de memria cache para dados e instrues independentes. 68060 (1994): alm das caractersticas do anterior, apresenta arquitetura superescalar, ou seja, mltiplas unidades de execuo, cache de instruo e memria, e unidades de gerenciamento de memria paginada para instruo e dados.

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A Zilog foi fundada em 1974 a partir de uma dissidncia da Intel, e projetou o famoso microprocessador Z80, verso aprimorada do 8080, de 8 bits que se tornou muito popular. O microprocessador seu sucessor foi o Z8000 (1979) de 16 bits, com capacidade de enderear at 8 Mbytes de memria, memria cache para dados e instrues de 256 bytes cada, e unidade de gerenciamento de memria. 3- FUTURO DOS MICROPROCESSADORES. 3.1- Fabricante de chip EUVL Os microprocessadores de silcio so o corao do mundo da computao h mais de 40 anos. Nesse tempo, os fabricantes de microprocessadores tm colocado mais e mais dispositivos eletrnicos nos microprocessadores. De acordo com a Lei de Moore, o nmero de dispositivos eletrnicos colocados em um microprocessador dobra a cada 18 meses. A Lei de Moore ficou conhecida depois que o fundador da Intel, Gordon Moore, previu em 1965 que os microprocessadores dobrariam em complexidade a cada dois anos. Muitos previram que a Leis de Moore logo chegaria a seu fim por causa das limitaes fsicas dos microprocessadores de silcio. O atual processo usado para compactar mais e mais transistores em um chip chamado de litografia ultravioleta profunda (DUVL), que uma tcnica como a da fotografia, que foca a luz atravs de lentes para gravar padres de circuitos em pastilhas de silcio. A DUVL comeou a alcanar seu limite por volta de 2005. Ento, os fabricantes de chip tiveram que procurar outras tecnologias para gravar mais transistores em silcio para criar chips mais poderosos. Muitos j esto de olho na litografia ultravioleta extrema (EUVL) como modo de ampliar a vida do silcio pelo menos at o final da dcada. A EUVL usa espelhos em vez de lentes para focar a luz, o que permite luz com comprimentos de ondas mais curtas focalizar precisamente a pastilha de silcio. Como pde ver na Figura 1, as mscaras so fisicamente bem maiores que os processadores que sero "impressos" no wafer, j que seria impossvel criar mscaras com o nvel de detalhes necessrio em uma superfcie to pequena. Enquanto os processadores x86 atuais possuem uma rea de geralmente 90 a 180 milmetros quadrados, as mscaras so do tamanho de um tablet. Cada mscara contm um dos padres que so impressos sucessivamente sobre o wafer, resultando em um processador funcional. Dentro da linha de produo, os wafers passam sucessivamente sobre vrios steppers, cada um contendo uma mscara diferente: Atualmente, o processo de produo das mscaras completamente automatizado. O prprio desenvolvimento dos processadores mudou. Ao invs de projetar os circuitos manualmente, os engenheiros utilizam um HDL (Hardware Description Language), como o VHDL ou o Verilog (os mais usados atualmente). Eles so uma espcie de linguagem de programao para o desenvolvimento de processadores, onde o engenheiro "programa" as instrues que devem ser executadas e outras caractersticas do processador, e o HDL gera o projeto do chip.

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Naturalmente, ainda possvel desenvolver processadores (ou otimizar componentes internos especficos) usando o processo manual (assim como possvel programar em Assembly), mas o processo se torna muito mais lento e trabalhoso. comum que os processadores passem por diversas revises durante sua vida til, onde a equipe de desenvolvimento comea com um design produzido atravs de um HDL e depois trata de otimiz-lo sucessivamente, obtendo assim ganhos de performance e outras melhorias. No final do processo, temos um grande arquivo, que enviado para a fbrica, onde so produzidas as retculas e feitas as demais fases do processo. Uma vez terminado o projeto, os engenheiros precisam esperar vrias semanas at que os primeiros chips funcionais sejam produzidos. Qualquer erro que chegue at a fase de produo geraria um prejuzo de vrios milhes, por isso o projeto passa por inmeras revises. As mquinas de produo (chamadas steppers) repetem a "impresso" vrias vezes, at cobrir toda a rea do wafer de silcio. Em seguida o wafer movido para a mquina com a mscara seguinte e assim continua, at que o processo esteja completo.

Figura 1- Processo de produo do chip EUVL.

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Figura 2- Mascara para a produo do chip EUVL. 3.2- DNA e quantum. Alm da EUVL, os pesquisadores olham alternativas para o projeto tradicional dos microprocessadores. Duas das tecnologias emergentes mais interessantes so os computadores de DNA e os computadores qunticos. Os computadores de DNA tm o potencial de levar a computao para novos nveis, continuando onde a Lei de Moore parou. H vrias vantagens de usar DNA em vez de silcio: Como existem organismos celulares, haver um suprimento de DNA; O grande suprimento de DNA faz dele um recurso barato; Diferente dos microprocessadores comuns, que so feitos com materiais txicos, os biochips de DNA podem ser feitos de forma limpa; Os computadores DNA so muitas vezes menores que os atuais. A vantagem principal do DNA que far computadores menores com maior capacidade de armazenamento do que qualquer computador j inventado. Um quilo de DNA tem a capacidade de armazenar mais informaes que todos os computadores eletrnicos j construdos. A eficincia computacional de um minsculo computador DNA, usando as portas lgicas de DNA, ser mais poderosa que qualquer supercomputador existente hoje no mundo. Mais de 10 trilhes de molculas de DNA podem caber em uma rea de 1 cm3. Com esse pequeno montante de DNA, um computador poderia ser capaz de armazenar 10 TB (terabytes) de dados e realizar 10 trilhes de clculos ao mesmo tempo. Ao adicionar mais DNA, mais clculos poderiam ser realizados.

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Diferente dos computadores convencionais, os computadores de DNA poderiam realizar clculos simultaneamente. Os computadores convencionais operam de forma linear, fazendo uma tarefa por vez. Essa computao paralela que vai permitir ao computador de DNA resolver problemas matemticos complexos em horas, o que os computadores atuais levariam centenas de anos para conclurem. Voc pode saber mais sobre a computao com DNA em Como funcionaro os computadores de DNA. Os computadores de hoje trabalham manipulando bits, que podem assumir dois valores: 0 ou 1. Os computadores qunticos no so limitados a dois valores. Eles codificam informaes em bits qunticos, ou qubits. Um qubit pode ser 1 ou 0, ou pode existir em superposio, ou seja, ser simultaneamente 1 e 0 ou algo entre eles. Qubits representam tomos que esto trabalhando juntos para servir como memria de computador e microprocessador. Como um computador quntico pode conter esses estados mltiplos simultaneamente, ele tem o potencial de ser milhes de vezes mais poderoso que os mais poderosos supercomputadores de hoje. Um computador quntico de 30-qubit teria a capacidade de processamento de um computador convencional capaz de executar 10 teraops (trilhes de operaes por segundo). Os mais rpidos supercomputadores de hoje atingem velocidades de cerca de 2 teraops. Voc pode saber mais sobre o potencial dos computadores qunticos em Como funcionaro os computadores qunticos.

Figura 3 Processador de DNA.

Figura 4- Processador Quntico, extremamente instvel, e sua estrutura dura menos de um milissegundo.

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3.3- Futuro dos microprocessadores Intel. Anunciado mais um sucesso, a Intel demonstrou seu processo lgico de 32nm com uma SRAM funcional que contm mais de 1,9 bilhes de transistores high-k metal gate de segunda gerao. Esta uma etapa monumental na meta de produzir microprocessadores de 32nm; e um grande salto no desenvolvimento de significante densidade, desempenho e melhoras no uso da energia que vai alm da tecnologia atual de 45nm. E o que so esses 1,9 bilhes de transistores? Eles so minsculos comutadores que processam os "uns" e os "zeros" que compem o mundo digital. E eles todos esto integrados em uma nica clula de memria de aproximadamente a metade da clula de 45nm; o que significa, por exemplo, que a Intel poder oferecer mais ncleos no mesmo chip e mais cache para proporcionar um desempenho ainda maior no futuro. Estamos desenvolvendo numa velocidade alm da Lei de Moore. A Lei Moore prev que o nmero de transistores em um chip dobra aproximadamente a cada dois anos. A Intel tem acompanhado esse ritmo. Na verdade, este marco da SRAM foi atingido vrios meses antes do que a lei prev. A posio singular da Intel permite usar tcnicas de "Design for Manufacturability" (DFM) (Design para fabricabilidade) a fim de co-otimizar o design do produto e as disciplinas de fabricao. O DFM da Intel foi o fator chave para o avano inicial da nossa tecnologia lgica de 45nm, e um dos catalistas para trazer nossas inovaes revolucionrias ao mercado mais rapidamente que antes. O futuro dos microprocessadores de 32nm. A era digital est transformando a forma como vivemos e nos comunicamos. E com essa inovao da tecnologia lgica SRAM de 32nm, Como por exemplo, maior velocidade de processador, maior capacidade de computao, funcionalidade melhorada e aplicativos mais sofisticados.

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4- REFERNCIAS. HOWSTUFFWORKS: Historia dos Microprocessadores, disponvel em . Acessado em 15 ago. 2011. WIKIPEDIA: Microprocessadores, disponvel em . Acessado em 15 ago. 2011. MELTING: A evoluo dos microprocessadores, disponvel em . Acessado em 16 ago. 2011. CERNE: A historia e a difrena entre microprocessador e um microcontrolador, disponvel em . Acessado em 16 ago. 2011. TUSSET FELIP: Evoluo dos processadores disponvel em . Acessado em 16 ago. 2011. HOWSTUFFWORKS: Futuro dos Microprocessadores, disponvel em. Acessado em 28 ago. 2011. CLUBE DO HARDWARE: Historia da informtica, disponvel em < http://www.hardware.com.br/guias/historia-informatica/euvl-producao-hojedia.html>. Acessado em 28 ago. 2011.