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Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais Bruno Konder Comparato

Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

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Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais. Bruno Konder Comparato. Definições. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Bruno Konder Comparato

Page 2: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Definições

Sistema Partidário = conjunto formado pelos partidos políticos, cuja abordagem pode focalizar o número de partidos e a interação competitiva entre estes e com os eleitores. Sua importância reside na estruturação das escolhas dos representados e na estabilização política.

Sistema Eleitoral = fórmula para transformar votos em cadeiras no Legislativo

Page 3: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Origem do sistema partidário

Existem três explicações:

• sociológica

• ideológica

• institucionalista

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Explicação sociológica

• Na interpretação sociológica, o número de partidos tem ligação direta com o número de clivagens (dimensões de conflito) sociais existentes.

• O importante é saber que tipo de clivagem se manifesta de forma mais saliente do que outras, que tipo de alianças elas produziram num determinado país, e que conseqüências o conjunto de forças teve na construção de consenso dentro de um estado nacional.

Page 5: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

• O livro de Lipset e Rokkan, Party Systems and Voters Alignements, publicado em 1967 foi um marco para a explicação sociológica dos sistemas partidários europeus.

• Eventos históricos cruciais: • revolução nacional → elite X territórios

periféricos e Igreja Católica• revolução industrial → campo X cidade, e

Proprietários de capital X trabalhadores

Page 6: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Limites da explicação sociológica

• Para alguns críticos, preferências políticas simplesmente não existem. Os eleitores são ignorantes, apenas interessados nos seus assuntos privados e paixões, que um político ambicioso pode articular em torno de um princípio ideológico que sirva aos seus próprios interesses.

• Para outros, os eleitores têm preferências, mas estas são diversificadas demais para servir a qualquer propósito prático, de modo que é difícil articulá-las com os grupos e idéias mobilizados na arena eleitoral.

Page 7: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Explicação ideológica

• Na versão ideológica, o número de partidos de um sistema partidário decorreria do número de opiniões relevantes existentes na sociedade.

• De acordo com essa interpretação, uma das razões para a criação de um novo partido é a percepção dos organizadores de que há espaço para representar um segmento social cujos interesses não estavam representados até então.

Page 8: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Limites da explicação ideológica

• Os políticos não são motivados ideologicamente. Ao contrário, eles são apenas empresários do voto que avaliam as questões que podem aumentar seu capital eleitoral.

• Abordagem muito empregada no contexto de estudos recentes sobre conflitos étnicos e identidade nacional e para explicar a formação de novas clivagens em democracias recentes no terceiro mundo e no antigo bloco soviético.

Page 9: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Explicação institucionalista

• Já na perspectiva institucionalista, é a estrutura institucional que explicaria o número de partidos de um sistema político.

• Segundo essa abordagem, o sistema eleitoral, o sistema de governo e a estrutura do Estado (federalista ou unitário), explicariam o formato dos sistemas partidários. Isso porque, são essas regras que estabeleceriam o cenário para a atuação dos partidos políticos.

Page 10: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Limites da explicação institucionalista

• As regras e a estrutura institucional podem explicar o número de partidos, mas não a sua localização espacial e ideológica, nem o tipo de suporte ideológico que os sustentam.

• Modelos institucionais não prevêem facilmente a possibilidade de mudanças. Os institucionalistas puros encaram as regras institucionais como mecanismos estáveis em um equilíbrio que se auto sustenta.

Page 11: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Sistemas Eleitorais

Distrito Eleitoral = divisão administrativa na qual se realiza a eleição

Magnitude Eleitoral (M) = número de cadeiras em disputa em um determinado distrito eleitoral

Page 12: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Sistemas Majoritários ou distritais

• M = 1• Há tantos distritos quanto for o número de

cadeiras em disputaMaioria simples ou relativa (First past the

post FPTP) → Inglaterra Sistema de quotas → IndiaSistema de dois turnos → FrançaVoto alternativo → Austrália

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Sistemas Proporcionais

M > 1A idéia é que o parlamento espelhe o mais fielmente possível as feições do eleitorado, tal como um mapa reproduz em miniatura os diferentes traços geográficos de um território.

Sistema de voto único transferível (single transferable vote STV) → Irlanda (1921)

Representação proporcional de lista→ Bélgica (1899)

Page 14: Sistemas Partidários e Sistemas Eleitorais

Quantas cadeiras cada partido recebe

Fórmulas das maiores médiasa) Fórmula D’Hondt (divisores = 1, 2, 3, 4, etc) b) Fórmula Sainte-Laguë (divisores = 1, 3, 5, 7, etc)c) Fórmula Sainte-Laguë modificada (divisores = 1,4; 3; 5; 7; etc)

Fórmulas de maiores sobrasa)  Quota Hare = nº votos / nº cadeirasb)  Quota Droop = nº votos / (nº cadeiras + 1)

Cláusula de exclusão

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Que candidatos, de cada partido, ocuparão as cadeiras

• a) lista fechada

• b) lista aberta

• c) lista livre

• d) lista flexível

e) coligações eleitorais

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Sistemas mistos

Sistemas de combinação = combinar as virtudes das duas famílias de sistemas eleitorais → novas democracias (Coréia do Sul, Rússia, Taiwan e Ucrânia)

Sistemas de correção = compensar com representantes eleitos pelo sistema proporcional as distorções na relação votos/cadeiras produzidas pelas eleições majoritárias → Alemanha (1949), México (1963), (década de 90: Bolívia, Hungria, Itália, Nova Zelândia e Venezuela)

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Descrição dos sistemas partidários

• Número efetivo de partidos

• Tamanho relativo dos partidos

• Fórmulas matemáticas para descrever os sistemas partidários

• Posição relativa dos partidos no espectro ideológico

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O conceito de partidos efetivos

• Sartori = após descartar os partidos que não obtiveram cadeiras no Parlamento, os partidos relevantes são os que têm potencial de coalizão ou chantagem.

• Blondel = leva em consideração tanto o número quanto os tamanhos relativos dos partidos (partidos dominantes, meio partido)

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Índices matemáticos

• Índice de Laakso e Taagepera:

N = 1 .,, onde si é a proporção de • Σ si

2 cadeiras do partido i.• Este índice (N) traz a mesma

informação que o índice de fragmentação (F) de Rae e Taylor: N = 1 .

1 - F

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Posição relativa dos partidos

• Sartori sugere descrever os sistemas partidários em categorias que dependem da posição relativa dos partidos entre eles

• Pluralismo polarizado• Pluralismo moderado• Bipartidarismo• Partido predominante

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Leis de Duverger

• A eleição majoritária de um só turno tende ao dualismo de partidos

• A eleição majoritária em dois turnos ou a representação proporcional tendem ao multipartidarismo