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SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS, TRABALHO PRÁTICO E TECNOLOGIAS Lacerda, T.; Lopes, A. M.; Braga, J. & Baptista, M. C. Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso, Portugal Palavras-Chave: Sistemática dos seres vivos, trabalho de campo, trabalho laboratorial, smartphones, tablets, Comenius/eTwinning A “Sistemática dos seres Vivos” é uma das unidades do programa de Biologia e Geologia de 11º ano 1 no âmbito da qual os alunos deverão compreender a importância da taxonomia e da nomenclatura no estudo da Biologia. Este é um tema que, quando abordado num contexto teórico, não é explorado com grande interesse por parte dos alunos porque está associado mais à memorização do que à compreensão. Contudo, o recurso “à realização de trabalhos práticos de classificação de alguns seres vivos, tendo por base chaves dicotómicas simplificadas” (Mendes et al., 2003:14), tal como aponta o programa, poderá conduzir a uma maior motivação para o estudo do tema e para uma melhor apreensão/compreensão do conhecimento subjacente. No sentido de atingir os desideratos mencionados, optou-se por envolver duas turmas de décimo primeiro ano, do Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, em atividades do projeto Comenius/eTwinning WaterMark 2 e do projeto AquaProject/ProjetoAqua 3 que tinham como objetivo o estudo da qualidade da água com base na recolha e identificação de macroinvertebrados. Assim, procurou-se abordar o conteúdo em estudo através do trabalho prático campo e laboratorial desenvolvido colaborativamente pelas escolas parceiras destes projetos. No contexto deste trabalho, destacaremos o importante papel que as tecnologias móveis desempenharam nas várias fases e vertentes dos projetos, desde a simples captação de imagens no campo e no laboratório 4 até à partilha de dados e informação entre os diferentes parceiros e, consequentemente, discutiremos como estas tecnologias permitiram novas dinâmicas e novas explorações pedagógicas na sala de aula de Biologia e Geologia. Nesta comunicação, depois de uma abordagem introdutória contextualizando o trabalho realizado nos moldes que acabamos de fazer, abordaremos e destacaremos ainda os seguintes aspetos: A dimensão do trabalho colaborativo interescolar de âmbito internacional; 1 Mendes, A.; Rebelo, D.; Pinheiro, E. (2003). Programa de Biologia e Geologia. Componente de Biologia de 11º ano. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento do Ensino Secundário. Consultado em 12/06/2014. Disponível no URL: file:///D:/UserD/Transfer%C3%AAncias/biologia_geologia_11.pdf 2 Projeto Europeu Comenius e eTwinning financiado pelo Programa de Aprendizagem ao Longo da vida e que envolveu escolas de cinco países: Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e Turquia. 3 Projeto promovido pela Ordem dos Biólogos e financiado pelo Programa Ciência Viva. 4 No Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso o Curso Profissional de Técnico de Audiovisuais trabalhou colaborativamente com as turmas dos cursos do ensino regular de Ciências e Tecnologias.

SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS, TRABALHO PRÁTICO E TECNOLOGIAS

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Texto relativo à comunicação apresentada no II Congresso Internacional da Casa das Ciências, Julho de 2014

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SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS, TRABALHO PRÁTICO E

TECNOLOGIAS

Lacerda, T.; Lopes, A. M.; Braga, J. & Baptista, M. C.

Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso, Portugal

Palavras-Chave: Sistemática dos seres vivos, trabalho de campo, trabalho laboratorial, smartphones,

tablets, Comenius/eTwinning

A “Sistemática dos seres Vivos” é uma das unidades do programa de Biologia e Geologia de

11º ano1 no âmbito da qual os alunos deverão compreender a importância da taxonomia e da

nomenclatura no estudo da Biologia. Este é um tema que, quando abordado num contexto

teórico, não é explorado com grande interesse por parte dos alunos porque está associado mais à

memorização do que à compreensão. Contudo, o recurso “à realização de trabalhos práticos de

classificação de alguns seres vivos, tendo por base chaves dicotómicas simplificadas” (Mendes

et al., 2003:14), tal como aponta o programa, poderá conduzir a uma maior motivação para o

estudo do tema e para uma melhor apreensão/compreensão do conhecimento subjacente.

No sentido de atingir os desideratos mencionados, optou-se por envolver duas turmas de décimo

primeiro ano, do Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, em atividades do projeto

Comenius/eTwinning WaterMark2 e do projeto AquaProject/ProjetoAqua

3 que tinham como

objetivo o estudo da qualidade da água com base na recolha e identificação de

macroinvertebrados. Assim, procurou-se abordar o conteúdo em estudo através do trabalho

prático – campo e laboratorial – desenvolvido colaborativamente pelas escolas parceiras destes

projetos. No contexto deste trabalho, destacaremos o importante papel que as tecnologias

móveis desempenharam nas várias fases e vertentes dos projetos, desde a simples captação de

imagens no campo e no laboratório4 até à partilha de dados e informação entre os diferentes

parceiros e, consequentemente, discutiremos como estas tecnologias permitiram novas

dinâmicas e novas explorações pedagógicas na sala de aula de Biologia e Geologia.

Nesta comunicação, depois de uma abordagem introdutória contextualizando o trabalho

realizado nos moldes que acabamos de fazer, abordaremos e destacaremos ainda os seguintes

aspetos:

A dimensão do trabalho colaborativo interescolar de âmbito internacional;

1 Mendes, A.; Rebelo, D.; Pinheiro, E. (2003). Programa de Biologia e Geologia. Componente de

Biologia de 11º ano. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento do Ensino Secundário. Consultado

em 12/06/2014. Disponível no URL: file:///D:/UserD/Transfer%C3%AAncias/biologia_geologia_11.pdf 2 Projeto Europeu – Comenius e eTwinning – financiado pelo Programa de Aprendizagem ao Longo da

vida e que envolveu escolas de cinco países: Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e Turquia. 3 Projeto promovido pela Ordem dos Biólogos e financiado pelo Programa Ciência Viva. 4 No Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso o Curso Profissional de Técnico de Audiovisuais

trabalhou colaborativamente com as turmas dos cursos do ensino regular de Ciências e Tecnologias.

A dimensão do trabalho colaborativo intraescola de âmbito nacional;

Os aportes para a sala de aula de biologia, do trabalho colaborativo no âmbito de

projetos interescolares;

O papel das tecnologias móveis ao nível do suporte do trabalho colaborativo e os

contributos para o enriquecimento da sala de aula ao nível da imagem, vídeos, acesso a

informação, comunicação, portabilidade, etc.

E, naturalmente, partilharemos as principais conclusões sobre o trabalho desenvolvido

ao nível da temática em estudo e sobre os resultados obtidos.

No que respeita às principais conclusões é essencial referir que, por um lado, a dimensão

europeia dada ao tratamento do tema da qualidade da água foi muito importante para

consciencializar os alunos para a importância da preservação deste recurso natural e, por outro,

que o assunto da classificação dos seres vivos foi facilmente apropriado pelos alunos,

consequência direta de terem estado envolvidos num processo ativo de identificação de

diferentes macroinvertebrados.

A utilização da tecnologia não surgiu como um fim em si mesmo, contudo, teve um papel

preponderante para a recolha e compilação de informação e, sobretudo, no âmbito do trabalho

colaborativo entre alunos da mesma escola e de escolas parceiras. Com este tipo de trabalho foi

simples verificar que as tecnologias móveis, como o uso de telemóveis e tablets no laboratório

de biologia ou nos trabalhos de campo, são tecnologias cada vez mais fundamentais em

contextos educativos, pela sua portabilidade, potencialidades ao nível do acesso e partilha de

informação e recursos de imagem e vídeo.

A sala de aula foi enriquecida com dados reais que surgiram de um projeto em que os alunos

participaram, tendo por isso aumentado a curiosidade pelo tema e a motivação para o estudo e

aprofundamento do mesmo.

Fig. 1. Trabalho laboratorial – recurso a chaves de classificação e a tecnologias móveis