18
Sistemática Vegetal Prof a . Adriana Quintella Lobão

Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemática Vegetal

Profa. Adriana Quintella Lobão

Page 2: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Diversidade Vegetal

No reino vegetal há ca. 400.000 espécies.Como lidar com essa diversidade toda?Necessidade de organização

Page 3: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemática é o estudo da diversidade biológica e sua origem.

Envolve a descoberta, descrição e interpretação da diversidade biológica bem como a síntese da informação sobre a diversidade na forma de sistemas de classificação preditivos

Importância da Sistemática.

Page 4: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Taxonomia (muito usada como sinônimo de sistemática) trata dos princípios e normas dos sistemas de classificação.

Nomenclatura dá nome as classes de acordo com certas regras.

Sistemas de classificação: diferentes critérios de organização em categorias geram diferentes sistemas de classificação.

Classificação (feita pelo homem): organização em categorias

Ramos da sistemática:

Page 5: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Identificação é o processo para se conseguir a denominação de uma planta reconhecendo assim que ela é idêntica ou quase a outra já descrita anteriormente.

Termos importantes na Sistemática:Caracteres taxonômicos são caracteres utilizados na classificação. Um caráter é qualquer atributo da planta.

Taxon é um agrupamento taxonômico de qualquer categoria

Espécie é a categoria básica de hierarquia taxonômica. O conceito de espécie ainda não é um conceito definido.“ Uma espécie é a menor população permanente (em termos de tempo humano) distinta e distinguível das outras, em populações sexuais a troca de genes dentro de uma espécie é normalmente livre, enquanto que tais trocas gênicas entre espécies diferentes é bem restrita os mesmo impossível.” Cronquist (1968)

Page 6: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Nomenclatura Botânica

Princípios:

1. A nomenclatura botânica é independente da zoológica e da bacteriológica.

2. A aplicação de nomes é determinada por tipos nomenclaturais (typus).

Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr.

gênero Epíteto

específico

autores

Uvaria laevigata Mart. - basiônimo

Guatteria fruticosa R.E.Fr.

Page 7: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

4. Cada taxon tem apenas um nome válido.

5. Independentes da sua origem, os nomes dos táxons são tratados como nomes latinos.

6. As regras de nomenclatura são retroativas, exceto quando claramente limitadas.

3. A nomenclatura de um grupo taxonômico baseia-se na prioridade de publicação.

As regras mais importantes:

1. As seguintes terminações dos nomes designam as categorias taxonômicas em Angiospermas:

A. Divisão ou filo: ophyta (Magnoliophyta)B. Classe: opsida (Liliopsida)C. Sub-classe: idae (Liliidae)D. Ordem: ales (Orchidales)E. Família: aceae (Orchidaceae)F. Sub-família: oideae (Orchidoideae)

Page 8: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

2. Gênero e espécie não tem terminação fixa.

3. O nome de uma planta é a combinação de dois nomes (binária).

Linnaeus (sec. XVIII)

Page 9: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemas de classificação

categorias

hábito das plantas artificiais naturais filogenéticos

Page 10: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Hábito das plantas

Árvores

Theophrastus (370-285 a.c.) – Pai da Botânica.

Ervas

Trepadeiras

Acreditavam que refletia afinidades naturais Durou até metade do séc. XVIII

Page 11: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemas Artificiais•Não tem preocupação principal de mostrar afinidades naturais. Sistema

precisa ser de fácil utilização, estável, de fácil memorização, preditivo e conciso.•Baseados em poucos caracteres.Principal representante: Carl F. Linnaeus (Linné) (1707-1778) – “Species Plantarum” (1753) que ficou conhecida como o “sistema sexual”.

Reconhece 24 classes baseadas em características sexuais das plantas.

Ex. Classe 21: Monoecia

Junco (Thypha) – Monocotiledônea Quercus – Eudicotiledônea Thuja – Gimnosperma

Linnaeus

Page 12: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemas Naturais

•Procuravam expressar o relacionamento “natural” (plano divino) entre as espécies.

•Surgiu na metade do séc. XVIII. Grande número de coleções e aperfeiçoamento do instrumental óptico.

•Utilizavam grande número de caracteres.

•Durou até o surgimento do Darwinismo e teoria da evolução.

Representantes:

Lamarck Jussieu De Candolle

Page 13: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemas filogenéticos

Filogenia é história evolutivas dos seres vivos, logo.....Parentes mais próximos são classificados no mesmo grupo.

gradistas – Levantavam hipóteses a partir de características presentes nos fósseis. Não utilizavam metodologia. Não reproduzível.

Como descobrir a história evolutiva das plantas?

Ex. Número de carpelos. Fóssil mais antigo com muitos carpelos livres.

Duguetia - Muitos carpelos Brachychiton - Carpelos fusionados

Através de hipóteses

Page 14: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Cronquist

Dahlgren

Page 15: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Sistemas filogenéticosUso da metodologia - cladística. Reproduzível.

* O termo “filogenia” = cladística.Ainda não há um sistema de classificação filogenético formal. Uso do APG II (www. Mobot.org/MOBOT/research/APweb

APG II

Importante em um sistema de classificação: -poder de predição- retrate a árvore da vida

“Um sistema natural é algo que descobrimos não que criamos” (M.T. Ghiselin 1987)

Árvore filogenética

Hennig (1950)Entomólogo alemão

Page 16: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Fundamentos da Sistemática Filogenética

Tempo

Ancestrais hipotéticos

Cereja

Framboesa

Amora

Fruto drupa

Fruto múltiplo

Grupos-irmãos(parentes mais próximos)

ramo

Árvore filogenética ou cladograma

Caráter (caracteres) = característica da planta (Tipo de fruto)Estado de caráter = possibilidades (Drupa)

Caráter compartilhado = Sinapomorfia

FD FM

Page 17: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

O que é necessário para reconhecermos grupos naturais na filogenia?Necessitam ser Monofiléticos mono = única phyllum =

linhagemPossuir UM ancestral comum e TODOS os seus descendentes

Cereja

Framboesa

Amora

Amora e cereja não são monofiléticos e sim PARAFILÉTICOS visto que possuem UM ancestral em comum, mas que não engloba TODOS os descendentes.

clado

Page 18: Sistemática Vegetal Prof a. Adriana Quintella Lobão

Angiospermas:

Monocotiledônea: Abacaxi, Banana

Dicotiledôneas: Vitória Régia, Abacateiro, Café

Vitória R

égiaAbacateiro

Abacaxi

Café

Banana

Monocotiledônea: monofilético, forma um grupo.

Dicotiledôneas: parafilético, não formam um grupo.