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1 SKETCHES & SONGS – UMA FORMA EFICAZ E SIGNIFICATIVA NA AQUISIÇÃO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA Autor: Prof. Manoel Rosa Florindo Prof. Especialista–QPM SEED–PR RESUMO Neste artigo discutiremos assuntos relacionados à aquisição e aprendizagem de línguas estrangeiras modernas assim como os fatores que contribuem para uma aprendizagem eficaz de uma língua alvo. Apresentaremos a fundamentação teórica de um projeto sobre o uso de sketches (peças de teatro) e songs (canções) como uma forma produtiva na aquisição e aprendizagem da Língua Inglesa. As atividades desenvolvidas de Março a Junho através dos sketches e um FOLHAS (produção colaborativa) sobre o uso de canções serão descritas. Mostraremos também parte das discussões ocorridas em um GTR (grupo de trabalho em rede) durante sete meses. PALAVRAS CHAVES: aquisição, aprendizagem, canções, EFL, motivação, sketches ABSTRACT The issue of this article is related to modern foreign language acquisition and learning as well as the factors which help an efficient learning of the target language. The theoretical base of a project about the use of sketches and songs in classroom will be shown as a productive and alternative way for the English language acquisition and learning. The activities developed from March to June through sketches and songs will be described and part of some discussions which took place in a GTR in seven months as well. KEY WORDS: acquisition, EFL, learning, motivation, sketches, songs

SKETCHES & SONGS – UMA FORMA EFICAZ E SIGNIFICATIVA NA ... · UNEB (Universidade do Estado da Bahia) para definir alguns termos de uso ... EAD – Educação à distância EFL –

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    SKETCHES & SONGS – UMA FORMA EFICAZ E SIGNIFICATIVA NA

    AQUISIÇÃO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA

    Autor: Prof. Manoel Rosa Florindo

    Prof. Especialista–QPM SEED–PR

    RESUMO

    Neste artigo discutiremos assuntos relacionados à aquisição e

    aprendizagem de línguas estrangeiras modernas assim como os fatores que

    contribuem para uma aprendizagem eficaz de uma língua alvo. Apresentaremos

    a fundamentação teórica de um projeto sobre o uso de sketches (peças de

    teatro) e songs (canções) como uma forma produtiva na aquisição e

    aprendizagem da Língua Inglesa. As atividades desenvolvidas de Março a

    Junho através dos sketches e um FOLHAS (produção colaborativa) sobre o

    uso de canções serão descritas. Mostraremos também parte das discussões

    ocorridas em um GTR (grupo de trabalho em rede) durante sete meses.

    PALAVRAS CHAVES: aquisição, aprendizagem, canções, EFL, motivação,

    sketches

    ABSTRACT

    The issue of this article is related to modern foreign language acquisition

    and learning as well as the factors which help an efficient learning of the target

    language. The theoretical base of a project about the use of sketches and songs

    in classroom will be shown as a productive and alternative way for the English

    language acquisition and learning. The activities developed from March to June

    through sketches and songs will be described and part of some discussions

    which took place in a GTR in seven months as well.

    KEY WORDS: acquisition, EFL, learning, motivation, sketches, songs

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    INTRODUÇÃO

    Encontrar-se-á neste artigo os relatos referentes à implementação de um

    projeto sobre o uso de pequenas peças de teatro, e o uso de canções

    desenvolvidas em um Folhas cuja incumbência é promover a melhoria no ensino

    da Língua Inglesa em escolas públicas do Estado do Paraná. Todas as ações

    descritas neste espaço ocorreram no primeiro semestre de 2008 no Colégio

    Estadual General Osório Ensino Fundamental e Médio.

    Por que sketches e songs? Este projeto foi elaborado e implementado na

    perspectiva de que a junção do uso de songs (canções) e sketches (peças

    teatrais) se complementam no ensino de uma Língua Estrangeira Moderna,

    (doravante LEM), na medida em que a música altera o filtro afetivo dos alunos

    permitindo que eles estejam mais engajados e receptivos no que lhes é

    ensinado. Enquanto que as peças teatrais ajudam na prática da língua alvo e

    vêm reforçar a idéia de que através da memorização das falas se estabeleça

    uma ligação entre o virtual (teatro) e o real (música). Almejamos com essas

    atividades proporcionar aos estudantes do Colégio Estadual General Osório

    uma forma inovadora, estimulante e que visou acima de tudo dispor para eles a

    possibilidade de praticar o uso efetivo da língua alvo. Convém salientar que

    sketches se diferem de role play na medida em que são atividades mais longas

    podendo variar de 2, 3 até 5 páginas e envolvem um grupo maior de

    participantes. No entanto, ressaltamos que o objetivo é o mesmo: promover

    dramatização e engajamento no estudo de EFL.

    ELUCIDANDO TERMOS BÁSICOS

    Com o objetivo de tornar a leitura deste artigo mais dinâmica recorreu-se

    a Wikipédia (enciclopédia online), Portal Dia-a-Dia da Educação e o Portal da

    UNEB (Universidade do Estado da Bahia) para definir alguns termos de uso

    comum por teóricos e educadores na área de ensino de LEM.

    ACUIDADE (ACCURACY) – Termo usado para referir-se ou para descrever a

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    precisão ou exatidão de um estudante no uso da língua alvo.

    APRENDIZAGEM – A aprendizagem é processo integrado que provoca uma

    transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa

    transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por

    condicionamento operante, experiência ou ambos,de uma forma razoavelmente

    permanente. Novas informações podem ser absorvidas através de técnicas de

    ensino ou até pela simples aquisição de hábitos.

    AQUISIÇÃO – Entende-se por aquisição a capacidade que os seres vivos têm

    de tomar posse de conhecimento quer sejam motores, cognitivos, psicológicos

    ou sinestésicos.

    EAD – Educação à distância

    EFL – English as a Foreign Language (Inglês como Língua Estrangeira). A

    Língua Inglesa como idioma estrangeiro, como ocorre no Brasil e outros países

    Sul Americanos.

    ESL – English as a Second Language (Inglês como Segunda Língua). A Língua

    Inglesa em países em que o idioma é usado como segunda língua oficial,

    naturalmente nas relações sociais do cotidiano, ou no sistema de ensino e na

    universidade, como ocorre na Índia e no Zimbawe, ou ainda por imigrantes em

    países de Língua Inglesa.

    FILTRO AFETIVO – Faz parte do filtro afetivo uma porção de variáveis que

    estão ligadas à afetividade do aluno para aprendizagem de uma língua tais

    como: confiança, motivação e ansiedade.

    FOLHAS – É um projeto de Formação Continuada que oportuniza ao

    profissional da educação a reflexão sobre sua concepção de ciência,

    conhecimento e disciplina, que influencia a prática docente. Integra o projeto de

    formação continuada e valorização dos profissionais da Educação da Rede

    Estadual do Paraná, instituído pelo Plano Estadual de Desenvolvimento

    Educacional. Além disso, é a produção colaborativa, pelos profissionais da

    educação, de textos de conteúdos pedagógicos que constituirão material

    didático para os alunos e apoio ao trabalho docente.

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    FLUÊNCIA – Entende-se por fluência a facilidade e espontaneidade que um

    indivíduo apresenta ao se comunicar em outras línguas.

    GTR – Grupo de trabalho em rede no sistema de educação à distância.

    MOODLE – (acrônimo de Modular Object-Oriented Dynamic Learning) é um

    software livre de apoio à aprendizagem executado num ambiente virtual.

    MOTIVAÇÃO – É uma força interior que se modifica a cada momento durante

    toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo.

    ROLE PLAY – O ato de representar/interpretar um personagem/papel como

    sucede no teatro ou cinema ou ainda em processos de aprendizagem

    educacionais.

    SKETCHES – Pequenas peças cômicas de teatro que podem ser dramatizadas

    por dois, três ou mais componentes com o propósito de ensinar/aprender uma

    Língua Estrangeira.

    TEORIZAÇÃO

    A maioria dos educadores e autores de material de ensino de Língua

    Inglesa vislumbram melhorias no modo de aquisição e aprendizagem da Língua

    Inglesa, doravante LI, no contexto da escola pública. Como forma de provar tal

    generalização revisitamos alguns autores para estabelecer um diálogo com eles.

    Para Miccoli (1996), pesquisas em aquisição de segunda língua

    descrevem a aprendizagem como resultado de um processo cujos modelos se

    fundamentam na perspectiva interativa, social ou linguística. De acordo com van

    Lier, (1992) em sala de aula esse processo é mais holístico e abrange tanto o

    aspecto social quanto o cognitivo e interativo. Enquanto que Nunan (1991) e

    Johnson (1992) alertam que o número de estudos dirigidos à investigação da

    riqueza do processo de aquisição de língua em sala de aula é ainda pouco

    significativo.

    Segundo Miccoli (1996) existe ainda uma visão dicotomizada do

    processo de aprendizagem de línguas. Este processo é visto como resultado de

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    duas forças opostas – aquisição ou aprendizagem. Krashen (1987) afirma que

    apesar desta dicotomia ser muito debatida nos últimos anos essa visão ainda

    prevalece. Fica cada vez mais evidente o interesse na aprendizagem de língua

    dentro de sala de aula, no que se exige de um aluno, de forma mais abrangente,

    para aprender uma Língua Estrangeira.

    Estudos recentes mostram a preocupação com o aspecto

    cognitivo, ou seja, como o processamento linguístico de uma Língua Estrangeira

    acontece envolvendo os processos mentais conscientes do aluno. Miccoli

    reforça que a ênfase no aspecto cognitivo traz implicações que mostram uma

    atitude consciente no processo de aprendizagem e que ainda não se exploraram

    outras dimensões que fazem parte do processo de aprendizagem de uma

    Segunda Língua ou Língua Estrangeira, doravante SL e LE.

    Brown (2001) estabelece uma distinção entre os contextos de SL

    e LE, visto que, em anos recentes super generaliza-se essa dicotomia. Para

    distinguir operacionalmente o contexto entre ambas observar-se-á o que

    acontece do lado de fora da sala de aula. Quando os estudantes deixam a sala

    de aula que língua eles ouvem nos corredores, lojas ou departamentos.

    Contextos de aprendizado de SL são aqueles que a língua alvo está disponível

    do lado de fora da sala de aula. Ensinar inglês para estrangeiros nos Estados

    Unidos e Austrália se encaixa nessa categoria.

    Contextos de LE são aqueles em que os alunos não têm

    contextos imediatos de comunicação além da sala de aula. Ensinar inglês em

    países como Japão, Marrocos ou Tailândia quase sempre se inserem em

    contextos de inglês como LE. O ensino de LI em escolas estaduais paranaenses

    também está inserido nesse contexto.

    CONTRIBUIÇÕES

    Antes da implementação deste projeto houve a análise do mesmo por

    cinco professoras de Língua Inglesa inscritas em um GTR cujas atividades

    estavam dispostas em um curso que se realizou no período de dezembro de

    2007 a junho de 2008 em 6 unidades com diários e fóruns de discussão no

    sistema EAD. Em um deles chamado: “Fórum de Discussão: organizando as

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    idéias”, propusemos as participantes que argumentassem sobre o seguinte:

    a) motivação, filtro afetivo, razões afetivas, cognitivas e linguística são fatores

    essenciais na aquisição e aprendizagem de uma LE. Pedimos que discorressem

    sobre esses fatores e ressaltamos que poderiam se fundamentar nos autores

    que estão na biblioteca virtual para embasar suas falas ou outros autores desde

    que mencionassem a fonte. Por razões éticas e profissionais denominaremos as

    participantes de professoras A, B, C, D, E ao se parafrasear suas

    considerações.

    De acordo com a professora A – a motivação é um elemento chave para

    que a aprendizagem ocorra e “Schutz (2004) a define como um conjunto de

    fatores circunstanciais e dinâmicos que determinam a conduta do indivíduo, uma

    força interior propulsora, de importância decisiva no desenvolvimento do ser

    humano.”

    Ela também cita MacIntyre (1985), cuja ênfase recai em três

    preocupações principais sobre motivação. Primeira, por que um comportamento

    é dirigido a um objetivo específico? Segunda, o que determina a intensidade ou

    esforço investido em alcançar um objetivo? Terceira, por que diferentes pessoas

    numa mesma situação se diferenciam em direções e forças a partir de um

    comportamento motivado? E que se acharmos as respostas a estas perguntas

    começaremos a entender um pouco mais por que determinados indivíduos

    aprendem melhor e mais facilmente através de atividades que enfatizam a

    audição e a visão enquanto outros se sentem mais a vontade em aulas bem

    estruturadas (no esquema PPP – Presentation Practice and Production:

    Apresentação, Prática e Produção).Também há aqueles que preferem trabalhar

    individualmente contrastando com aqueles que preferem trabalhos em grupos.

    Segundo as afirmações da professora o estilo cognitivo é frequentemente

    definido como um conjunto de características cognitivas, afetivas e fisiológicas

    que estão geralmente associadas a estratégias e modos preferenciais de

    compreender, interagir e responder ao ambiente de aprendizado.

    A professora B – se embasou em Krashen (1987) para dizer que o

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    professor é o primeiro gerador de input e deve criar um ambiente interessante e

    amigável para que o aluno se sinta seguro e a aquisição da língua ocorra.

    Segundo ela as metodologias são importantes para que o aluno tenha interesse.

    Acrescenta que o uso de sketches & songs pode ser a combinação perfeita para

    despertar o prazer e a sensibilidade humana e que, além disso, a música pode

    fazer o elo entre a linguagem da sala de aula e o mundo exterior.

    Enfatiza que o livro “O Ensino da Língua Inglesa” de Susan Holden e

    Mickey Rogers reforça a idéia de que através de sketches é possível o aluno

    praticar vocabulário, fazer associações culturais com os países falantes de LI

    facilitando a aquisição da língua alvo; e que tais atividades permitem aos alunos

    trabalhar em grupo, exercer o respeito mútuo, a autonomia, a interação e ao

    mesmo tempo a responsabilidade.

    A professora C – fundamenta-se em Cittolin (2003), cuja afirmação é que

    a motivação pode se originar do próprio ato de aprender, das próprias situações

    de aprendizagem, que seriam incentivos por si só; pode ter sua fonte no próprio

    aprendiz, que já carrega consigo estímulo para aprender; bem como pode surgir

    de influências e incentivos externos. A atitude diz respeito a um estado mental

    que surge como uma resposta favorável ou desfavorável aos objetos e

    situações deparados pelo aprendiz: atitudes quanto à aprendizagem de uma LE,

    em específico; à aprendizagem de LE em geral; aos falantes da língua; ao

    professor; ao material didático, à metodologia de ensino empregada.

    Ela afirma também que o desejo do aprendiz para aprender e continuar

    aprendendo a língua-alvo pode ser favorecido ou desfavorecido, por exemplo,

    pela ação do professor. Este precisa estar com a atenção continuamente

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    voltada para a redução de variáveis afetivas negativas que possam prejudicar o

    progresso do indivíduo na aquisição da LE. É preciso então que se criem

    condições para que os alunos estejam tranquilos e sem ansiedade; ao mesmo

    tempo, estejam motivados, confiantes e interessados em aprender a língua-alvo.

    Ela reforça seus argumentos em Dickinson (1987, apud PAIVA 2006,

    p.81) cujas considerações são de que os diferentes graus de autonomia podem

    ser afetados por fatores internos ou externos, tais como: decisão de aprender;

    método de aprendizagem; ritmo; quando/onde; materiais; monitoramento;

    avaliação interna e externa. E conclui dizendo que Paiva (2006, p. 81)

    acrescenta que outros fatores também podem repercutir de modo favorável ou

    desfavorável ao fenômeno: características do aprendiz, professores, tecnologia,

    aspectos culturais, econômicos e políticos.

    A professora D – afirma que é de suma importância criar ações

    motivadoras e inovadoras que possam propiciar o aprendizado do aluno de LI.

    Recorre a Shoepp (2001), cujas afirmações incidem na existência de três razões

    para que os alunos aprendam: razão afetiva, linguística e cognitiva. De acordo

    com o teórico o aluno sem afetividade é pouco receptivo para o aprendizado.

    Com isso, é preciso que o educador esteja realmente motivado pela atividade

    que está sendo desenvolvida, sem que isso interfira na liberdade de criação do

    educando, assim, com certeza, o aluno também se envolverá nas ações

    propostas e compreenderá os objetivos que cercam as tarefas, e, consequente-

    mente, fará com que o aprendizado seja um sucesso.

    Segundo ela, partindo-se do pressuposto de que todos devem ter acesso

    ao conhecimento, é preciso encontrar uma solução para que os educandos

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    possam participar desta forma de aprendizado já que, segundo Miccoli (1991) a

    aprendizagem é um processo de interação e socialização. Nada mais

    socializador que trabalhar a LI por meio de sketches. Esta é, com certeza, uma

    das formas mais eficazes de aquisição e aprendizagem de uma LEM.

    A professora E – optou por expressar sua concordância com a fala da

    prof. A, com a seguinte afirmação: “concordo com seu ponto de vista

    relacionado a aquisição da aprendizagem, pois a motivação desperta a

    curiosidade do aluno para uma aprendizagem significativa sendo de grande

    valor o trabalho em grupo para que o aluno possa interagir e melhorar seu

    desempenho em sala de aula”.

    Está explícito nas afirmações das educadoras que o fator primordial na

    aquisição e aprendizagem de uma LE é a motivação, seja ela, intrínseca ou

    extrínseca e que ela afeta tanto os alunos como os professores. A afetividade

    também se faz presente na argumentação delas como fator importante deste

    processo. Evidencia-se a fidelidade aos tópicos de discussão propostos, embora

    em um dos casos esteja evidente a falta de fundamentação nos argumentos,

    pois, mesmo quando se concorda com um posicionamento se aponta fontes

    onde pode ser encontrado respaldo para o que se afirma dando “fôlego” à

    discussão ou ampliando perspectivas no assunto proposto.

    FLUÊNCIA VERSUS ACUIDADE

    Segundo Brown (2001:268), é muito claro que ambos – fluência e

    acuidade – são objetivos importantes a se seguir no ensino comunicativo de

    línguas. Enquanto a fluência pode ser em muitos cursos comunicativos de

    línguas o objetivo inicial de ensino, a acuidade é atingida em sua extensão ao se

    permitir que os estudantes sejam focados em elementos de fonologia, gramática

    e elementos discursivos em sua produção oral.

    Durante o desenvolvimento das atividades com sketches recorremos

    novamente ao grupo do GTR com a intenção de sanar dúvidas pontuais que

    surgiram durante os ensaios. Fizemos o seguinte questionamento às

    participantes:

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    a) À medida que os ensaios aconteciam surgiram algumas dúvidas, por

    exemplo, o que é mais importante fazer primeiro: memorizar as falas sem

    acuidade ou falar corretamente com entonação e fluência? Postamos esta

    pergunta em um fórum de discussão e as contribuições foram as seguintes:

    A Professora A, muito assídua e pontual em suas inserções afirma que

    esta é uma questão difícil de ser respondida. “O que é mais importante, decorar

    as falas ou saber falar com fluência e entonação correta? Às vezes um aluno

    não consegue falar corretamente, mas sempre fala, se for estimulado.” Segundo

    ela, é isso que a maioria dos professores de LE querem – que eles falem. “A

    maneira certa (se é que ela existe), a entonação necessária virá com a prática.”

    De acordo com seu posicionamento, o educando que se propõe a participar de

    um projeto dessa envergadura, sabe de antemão que precisará memorizar os

    scripts. E para ela é evidente que um projeto como esse que apresenta os

    sketches em sala de aula, a acuidade é tão trabalhada quanto a fluência.

    As afirmações da professora B são de que, com certeza falar com

    fluência vem em primeiro lugar. A partir do momento que o aluno se motiva a

    falar, a tarefa do professor já está cumprida. Segundo ela o importante, em

    primeiro lugar, é fazer com que a comunicação se mantenha sem muita

    interrupção. A entonação correta, vem com o tempo, a medida das

    necessidades dos alunos. E que a memorização, faz parte do trabalho que eles

    se dispuseram a desenvolver junto com o professor. Para ela não há outro jeito,

    os alunos precisam ter disposição e decorar as falas.

    Para a professora E – (seguimos aqui a ordem de postagem e não a

    alfabética) para falar corretamente é preciso estar motivado e usar de recursos

    para chamar atenção dos alunos com uma forma dinâmica de trabalho que

    venha a exercitar as competências linguísticas e gramaticais presentes nas

    peças teatrais selecionadas pelo professor.

    A professora C se reporta desta forma: “para esse comentário começo

    rindo, (referência a postagem da colega), pois sou um tanto quanto descontraída

    no que se refere à representações... "LOL"...everybody need to know by heart”.

    Afirma que é o que sempre recomenda a seus alunos, a fluência vem depois,

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    mas deve-se prestar atenção nos trejeitos da teacher....

    A Professora D acredita que se o aluno memorizar as falas sem a devida

    entonação, com certeza terá dificuldades de juntar as duas coisas mais tarde.

    Afirma também que quando os alunos escutam uma música por várias vezes, a

    tendência é que a fluência e a entonação já estejam presentes quando forem

    cantá-la.

    Optou-se por parafrasear estes trechos como forma de demonstrar como

    funciona um fórum de discussão em um GTR no sistema EAD proposto pela

    SEED e desenvolvido no sistema MOODLE. É necessário salientar que essas

    atividades ocorrem paralelas as de implementação do projeto. Ao professor tutor

    cabe ser bom ouvinte, dar feedbacks que estimulem as discussões e orientar os/

    as cursistas em casos que a falta de fundamentação se faz evidente. Está claro

    que as participantes colocam a comunicação em primeiro lugar, embora uma

    delas mencione que todos precisam memorizar as falas de imediato. A forma

    descontraída com que as participantes se referiam umas as outras fez parte do

    ambiente cordial que se estabeleceu durante o curso e isso não alterou a ética,

    a seriedade ou a cientificidade com que os assuntos foram tratados.

    Concordamos com o enunciado da última participante, pois se o aluno

    não falar com a devida entonação a interpretação do que ele diz fica prejudicada

    durante as apresentações. Essa característica se faz presente, principalmente,

    em perguntas, question tags, e exclamações, como pode-se perceber neste

    exemplo – what’s the matter? You’re not going already, are you? É necessário

    esclarecer de imediato aos alunos que em enunciados como estes há uma

    pausa maior na primeira pergunta e uma menor na vírgula e que as duas últimas

    palavras (question tag) exigem a elevação da voz e que essas características

    são peculiares da LI diferente da língua materna dos estudantes. Questões

    como essas foram exaustivamente trabalhadas durante os ensaios na

    perspectivas de melhorar o desempenho dos participantes dos sketches.

    IMPLEMENTAÇÃO

    No início do ano letivo de 2009 abriram-se as inscrições para participação

    dos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual General Osório, doravante

  • 12

    CEGO. Naquele momento, 21 estudantes manifestaram a intenção de participar

    do projeto e o início dos ensaios começou em março de acordo com as

    orientações da coordenação do PDE.

    Quatro peças foram escolhidas para serem trabalhadas – Tea Break, The

    Doctor, The King Of Boonland and The Passport Office. Uma fotocópia de cada

    peça foi entregue aos alunos/atores, visto que, o material é autorizado pelo

    autor para ser fotocopiado. Estabelecemos que os ensaios aconteceriam duas

    vezes por semana no horário da manhã após o término da quinta aula. Tal

    procedimento foi adotado após reunião com o grupo e com a anuência deles,

    pois desta forma evitariam outros deslocamentos até a escola. Autorizamos

    também que eles levassem o CD com áudio das peças para casa para que

    tivessem a oportunidade de ouvir, praticar e fazer pequenos ensaios em casa

    em momentos de folga.

    Em reunião com os alunos estabelecemos os seguintes critérios de

    participação nos ensaios:

    a) trabalhar de forma cooperativa e desenvolver o respeito mútuo;

    b) fazer somente uso da língua alvo durante a prática dos sketches;

    c) fazer mini-apresentações para os colegas a cada duas semanas;

    d) alternar os papéis sempre que solicitado – por decisão do professor ou

    para suprir a falta de algum colega;

    e) submeter-se a avaliação dos colegas.

    Partindo dessas premissas foram criadas situações comunicativas que

    exigissem dos participantes o uso de expressão corporal, exercícios para as

    cordas vocais, testes de capacidade de liderança, cordialidade, improvisação,

    imitação e comunicação através de mímicas. Para por em prática as três últimas

    habilidades citadas fez-se uso de uma peça muda chamada Washing the

    Elephant. Nesta atividade um estudante permanecia dentro da sala, recebia a

    instrução de como praticar uma mímica que deveria ser passada para mais

    quatro estudantes que estavam do lado de fora. O objetivo dessa atividade era

    testar sua liderança e verificar quanto a mímica mudaria até chegar ao último

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    participante.

    Na segunda atividade, os alunos eram postos em trios para praticar uma

    peça “muda” chamada The Square Bench. Nesta atividade o primeiro

    participante atuava como um leitor em um banco de praça. Após folhear

    algumas páginas, de propósito, ele cola um chiclete no banco antes de deixar o

    local. O segundo participante está passando pela praça e decide descansar,

    mas senta justamente em cima da goma de mascar. Muito irritado, ele retira

    chiclete da roupa, atira-o no chão e, desolado, deixa o local. O próximo a entrar

    em cena é um atleta que chega ao local para fazer alongamento e

    acidentalmente pisa no chiclete. Sentindo-se incomodado ele o retira da sola do

    tênis, cola-o no banco e se retira da praça. Subitamente, o “leitor” retorna ao

    mesmo local, senta-se e começa sua leitura. Olha em todas as direções para

    verificar se não há ninguém observando. Lentamente, descola o chiclete do

    banco, coloca-o na boca e retoma aquele ato enfadonho de mastigar. O objetivo

    dessa atividade é testar a capacidade de improviso dos estudantes e verificar

    como eles reagem a ações inesperadas. Além disso, é possível observar a

    expressão corporal dos envolvidos, e decidir quais os alunos que devem atuar

    em papéis que tenham falas curtas e que exijam mais interpretação.

    Decorridas duas semanas de ensaios, onze alunos assumiram o

    compromisso de participar do projeto até seu término, não faltar aos ensaios e

    dar o melhor de si nas atuações. Distribuíram-se os papéis e os ensaios foram

    se aprofundando. Nesse momento deu-se mais ênfase a fluência dos alunos em

    detrimento da acuidade na fala, pois, nesse momento o mais importante era o

    engajamento dos alunos nas atividades do que a precisão no ato da fala.

    Aos poucos, personalizaram-se os personagens, os participantes deveriam

    olhar as frases, memorizá-las e dizê-las olhando fixamente para o seu par de

    diálogos como forma de moldar e cristalizar sua interpretação.

    Paralelo aos ensaios trabalhamos um FOLHAS sobre canções cujo título

    é: If You Had One Wish. What Would You Wish For? Na primeira tarefa (Task l)

    os alunos foram convidados a analisar uma foto (em que aparece uma garotinha

    apoiando sua face sobre suas mãos, no balãozinho que simboliza seus

  • 14

    pensamentos lê-se – I Wish... (Eu desejo...) extraído do sítio – sodahead. com.

    Nessa tarefa eles responderam a sete perguntas escritas na LI, mostraremos

    apenas duas a título de exemplificação: Did you make many wishes when you

    were a child (Você fez muitos pedidos quando era criança)?, What did you wish

    for (O que você pediu)?

    Após essa discussão passou-se para a tarefa dois (Task ll) em que

    analisaram outra foto em que aparece uma zebra e um leão abraçados, na parte

    alta da foto aparece a legenda – I wish I knew how to quit you (gostaria de saber

    como desistir de você)? Nessa atividade discutiram-se as seguintes perguntas:

    which animal said: I wish I knew how to quit you (Qual animal disse: gostaria de

    saber como desistir de você)?, In the wild setting, the decisions are taken

    reasonable or unreasonable (No meio selvagem as decisões são tomadas de

    forma razoável ou não)? Are they wished/planned (Elas são

    desejadas/planejadas)? Why / Why not (Por que, sim ou não)?

    Na sequência apresentamos um texto extraído da Wikepedia com a

    definição da palavra wish, e explanações de como ela funciona no folklore, na

    prática e na literatura. Através deste texto foi possível explorar com eles

    expressões como: make a wish while looking at shooting star (faça um pedido

    enquanto olha uma estrela cadente), throwing a coin in the wishing well or

    fountain (jogar uma moeda na fonte dos desejos), ou outros tais como: breaking

    the wishbone of a cooked or baked chicken (quebrar o osso da sorte de uma

    galinha cozida ou assada) – por se tratar de uma atividade mais comum no

    interior quatro exemplares foram levados para a sala de aula para que os alunos

    conhecessem o que é um osso da sorte, or blowing out the candles on a

    birthday cake (ou soprar as velas de um bolo de aniversário).

    Na atividade seguinte, incumbiu-se aos alunos a tarefa de entrevistar

    alguns membros de sua família para saber o seguinte: How often did they

    practice the wishes stated above (Com que frequência eles praticavam os

    pedidos citados acima)?, Which ones (Quais)?, How did they learn about these

    kinds of things (Como eles aprenderam sobre essas coisas)?, Did your relatives

    believe a wish can come true (Seus parentes acreditam que um pedido pode

    tornar-se realidade)?, Did they give some practical example of it (Eles deram

  • 15

    algum exemplo prático)?

    Os alunos relataram que tiveram a grande oportunidade de sentar-se e

    resolver uma atividade escolar com seus conviventes e aprender com eles.

    Segundo eles, os pedidos que seus familiares relataram com sendo os mais

    comuns foram making a wish while looking a falling star and blowing the birthday

    cake e que essas superstições passaram de pais para filho. No final estavam

    todos satisfeitos de realizar uma atividade envolvendo seus familiares. Também

    foi possível discutir a questão ambiental visto que nessa mesma semana a TV

    local havia mostrado uma reportagem sobre os hábitos de alguns turistas que

    costumam ir a Foz do Iguaçu e arremessar moedas nas Cataratas, desta forma,

    prejudicando o meio ambiente.

    A título de warm up e objetivando-se contextualizar a próxima atividade a

    foto de um gênio foi apresentado a eles com a seguinte pergunta: suppose – If

    you had a genie, and you had three wishes, what would they be (suponha-se

    que você tivesse um gênio, e tivesse três pedidos, quais seriam)? Esta

    discussão serviu de introdução para a leitura de cinco postagens feitas por

    adolescentes no sítio Sodahead (endereço completo na bibliografia) – citamos

    uma na integra a título de exemplificação:

    Posted by Jackrorabbit on Jun. 29, 2007 01:58 p.m. Well, I am going to assume, that we cannot wish for more wishes. So, I would pick, universal tolerance, because if we could all learn how to tolerate each other differences, then war would cease, compassion would increase, and peace would become more possible. But it would even help in everyday life, because it would enable the individual peace to be there as well as the world peace.

    Nesta a atividade, dividimos a classe em grupos. Cada grupo analisou

    uma postagem e relatou para os colegas os pontos principais nos pedidos que

    tinham acabado de ler, apontando-se as semelhanças e diferenças com os três

    pedidos que acabaram de fazer ao gênio na atividade anterior. Apontamos

    também, quais pedidos eram positivos, negativos ou irrelevantes e se os

    mesmos eram aceitáveis em suas realidades.

    Com o objetivo de consolidar o assunto foram selecionadas duas canções

    para trabalhar com os alunos, na primeira foram feitos exercícios do tipo fill in

    the gaps (preencha os espaços) através de uma atividade de listening. A

  • 16

    primeira canção é a consagrada Sunshine On My Shoulders cujo trecho segue

    abaixo:

    SUNSHINE ON MY SHOULDERS – BY JOHN DENVER (www.lyricsfreak.com)sunshine, on my shoulders - makes me happysunshine, in my eyes - can …….... me crysunshine, on the water - …….. so lovelysunshine, almost always - ……….. me highIf I …….. a day that I could give you………….. to you a day just like today

    Nas próximas atividades os alunos foram convidados a olhar a letra da

    música novamente e preencher uma tabela, interpretar um enunciado e marcar

    com tick (√ ) a alternativa correta e escrever um enunciado hipotético:

    words related to the nature

    words related to the body

    A word which means 110%

    six verbs

    Some adjectives

    O enunciado – If I had a tale that I could tell you, I’d tell a tale sure to

    make you smile, expressa um pedido/desejo: ( ) verdadeiro, ( ) hipotético,

    ( ) capaz de se realizar ( ) falso.

    Crie seu próprio enunciado, em inglês, conte o que você faria se tivesse

    determinado poder ou condição.

    A próxima canção é My Wish do grupo Rascal Flatts. Esta também é

    uma atividade de listening, mas optamos por mostrar para os alunos um vídeo

    baixado do You Tube para diminuir a ansiedade e baixar o filtro afetivo dos

    mesmos tornando-os mais receptivos. A forma de exercícios escolhida foi a de

    distinção de palavras homófonas, ou seja, palavras com som semelhantes

    sendo que a palavra errada deveria ser excluída como pode se notar no trecho

    da música a seguir.

    MY WISH

    By Rascal Flatts

    I hope that days come easy and moments pass slow/snow,

  • 17

    and each load/road leads you where you want to go,and if you're faced with a choice, and you have to lose/choose,I hope you choose the one that means/seems the most to you.and if one door opens to another door closed,I hope you keep on walkin' till you find the window,If it's cold outside, show the world the warmth of your smile…

    No próximo exercício os alunos foram convidados a ler a letra da música

    novamente e resolver o exercício chamado scrambled words (palavras fora de

    ordem) e ligar as frases a seus significados, como se pode observar nestes

    exemplos:

    a) go /where/want/leads/to/you(2)/ road/and/each

    ………………………………………………………………….

    b) that / I/ hope/ easy/days/come/slow/moments/pass/and

    ………………………………………………………………………

    ( ) Espero que seus dias se tornem mais fáceis e os momentos passem

    lentamente

    ( ) E que cada estrada te leve onde você quer chegar

    Objetivando-se ampliar vocabulário foram isoladas da letra da música as

    seguintes palavras para serem colocadas na categoria correta: hope, small,

    look, I, worries, road, carry, dreams, want, leads, things, my, wish, big, becomes,

    life, easy, slow, choice, choose, cold, you, smile, God, regret, hold, back,

    mistake, need, know, grace, your.

    Adjectives: ………………………………………………………………………………

    Verbs:. …………………………………………………………………………………..

    Nouns:……………………………………………………………………………………

    Pronouns: ……………………………………………………………………………….

    Seguido de um exercício de escrita cujo enunciado era – Baseie-se na

    mensagem da música, escolha três amigos e escreva, em inglês, uma frase a

    cada um dizendo o que você deseja para eles/as. Encerram-se as atividades

    com uma pesquisa na biblioteca da escola em busca das informações contidas

    em um texto chamado If You Wish to Remember Me.

    Conforme foi dito antes essas atividades aconteciam de forma paralela

    aos ensaios dos sketches que acabavam de entrar na sétima semana e a cada

  • 18

    duas semanas os estudantes faziam apresentações entre si e estavam sujeitos

    a avaliações rígidas e imparciais de seus colegas como forma de se preparar

    para a apresentação oficial que já estava marcada.

    APRESENTAÇÃO

    A apresentação oficial aconteceu no dia 30 de Junho no período da

    manhã na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa). A platéia era

    composta de professores de LI da rede estadual de ensino e uma professora de

    Prática de Ensino do Curso de Letras. Aproveitou-se esta data porque nesse dia

    os referidos profissionais tinham um encontro para discussão de assuntos

    relacionados ao ensino da LI das 8.30 às 11.30 da manhã.

    A duração das apresentações foi das 9.00 às 10.00 na seguinte ordem.

    Na abertura três alunos apresentaram The Square Bench, seguido da peça The

    Tea Break sendo que nesta, cinco participantes estavam envolvidos. Na

    sequência, outros três componentes desempenharam a peça The King Of

    Boonland. A seguir quatro alunas apresentaram The Doctor e mais três

    componentes apresentaram The Passport Office.

    Para finalizar, um dos alunos se incumbiu de convidar quatro professores

    a participar da última peça – Washing the Elephant, tal procedimento foi adotado

    seguindo um planejamento feito durante os ensaios para promover uma

    interação com a platéia. Essa interação foi possível porque nesta peça os

    componentes têm apenas que repetir mímicas não há a necessidade de

    memorizar nenhum script. Alguns alunos participaram em mais de uma peça,

    pois o grupo era formado apenas por onze componentes.

    Uma acadêmica do curso de jornalismo também fez parte da platéia, pois

    foi contratada para gravar o encontro e as peças também. Todo esse material

    está gravado em DVD e disponível para pesquisas futuras.

    Concluída essa etapa reservamos vinte minutos para a apresentação dos

    componentes, seguido de perguntas ao grupo. Além disso, uma explanação do

    funcionamento do projeto foi feita apontando os avanços e recuos dos seis

    meses de implementação. Ouvimos de parte dos professores que assistiram as

    apresentações comentários como estes: “Já trabalhei role play e dramatizações

  • 19

    com meus estudantes, mas nada com essa envergadura – vocês estão todos de

    parabéns.” Ou perguntas como estas: “A quanto tempo vocês atuam em peças

    de teatro?”, “Vocês estudam em institutos de línguas?” Convém salientar que

    todos os alunos envolvidos neste projeto são iniciantes em teatro e nunca se

    matricularam em escolas de idiomas. O mérito é todo deles, e o orgulho é de

    todos nós educadores do Colégio General Osório.

    De parte dos alunos destacamos frases ou interjeições como estas sobre

    suas participações nos sketches: “Wonderful!”, “Great!”, “Podemos participar

    novamente ano que vem.”, “Após assitir ao DVD das peças todos em minha

    família estão orgulhos de mim.”

    Palavras Finais

    Este trabalho foi elaborado, fundamentado e colocado em prática de

    acordo com os pressupostos dos autores estudados durante seis meses de

    pesquisa. Todas as adaptações foram feitas visando adequar o uso de sketches

    and songs ao contexto de um estabelecimento da rede estadual de ensino.

    Segundo Celani (1984:2) a sociedade e nós educadores temos o dever

    de estarmos preparados para albergar o gênio e o lugar de onde ele surge é

    quase sempre uma surpresa. Dentro dessa perspectiva, procuramos oportunizar

    aos jovens estudantes envolvidos neste projeto aflorar seus talentos assim

    como possibilitar a eles uma forma eficaz e significativa na aquisição e

    aprendizagem da Língua Inglesa. Esperamos que este artigo possa contribuir

    com a melhoria do ensino de LEM na escola pública paranaense assim como

    provocar a reflexão dos leitores virtuais do mesmo.

    Bibliogafia Utilizada

    BROWN, H.D. Teaching by Principles: an interactive approach to language

    pedagogy – 2nd edition; N Y, Longman, 2001.

    CASE, D. & WILSON K. English Sketches: Sketches from the English

    Teaching Theatre – elementary, Macmillan, 1998.

    CELANI, M. A. Alba. LOPES, A. de Melo... et al. Ensino de segunda língua:

  • 20

    redescobrindo as origens. São Paulo: EDUC, 1997.

    www.wikipedia.org/wiki/Wish - the free encyclopedia acessado em 19/12

    / 08 ás 22:45.

    acessado em 02/12/08 ás

    23:47.

    acessado em 20/11/08 ás 22:12

    KRASHEN, S. D. Principles and Practice in Second Language Acquisition.

    Prentice-Hall International, 1987.

    LIMA, L.R. O USO DE CANÇÕES NO ENSINO DE INGLÊS COMO LÍNGUA

    ESTRANGEIRA: A QUESTÃO CULTURAL – Artigo acessado no end.

    Http://www2.docentes.uneb.br em 13/10/2009 às 22.35.

    KRASHEN, S. D. Second Language Acquisition and Language Learning.

    Prentice- Hall, International. 1988.

    Manual de Normatizção Bibligráfica para Trabalhos Científicos. Ponta

    Grossa, UEPG, 2007.

    MARQUES, A. Password – Special Edition; Ática, 1999.

    MURPHEY, Tim. Music & Song, Oxford University Press, 2001.

    Oxford University Press, 1999.

    SCHOEPP, K. Reasons for using songs in ESL/EFL Classroom.

    Disponível em: acesso em

    31 de Jul. 2008.

    SHÜTZ, R. Motivação e Desmotivação no Aprendizado de Línguas – artigo,

    2003.

    TOTIS, V. P. Língua Inglesa: Leitura; Cortez, 1991

    WILSON, K. Maximazing Classroom Engagement Through Drama Activities – article, New Routes, 2009.

    Bibliografia Consultada

    BASSO, E. A & ROCHA, C. H. Ensinar e aprender língua estrangeira nas

    diferentes idades: reflexões para professores formadores. São Carlos,

    2008.

    http://www2.docentes.uneb.br/

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    CAMPBELL, Linda. Et al. Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências

    Múltiplas/ 2 ed. Trad. Magda França Lopes – Porto Alegre: Artes Médicas Sul,

    2000.

    GARDENER, H. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática; trad. Maria

    Adriana Veríssimo Veronese. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

    Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores – Curitiba:

    SEED-PR, 2006. P.256

    PHILIPS, D., BURWOOD, S. & DUNFORD, H. Projects With Young Learners.

    PUCHTA, H. Multiple Inteligences in EFL. Helbing Languages, 2005.

    RICHARDS, J. C. And RODGERS, T. S. Approaches and Methods inLanguage Teaching – 2nd edition; Cambridge University Press, 2001.