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SLAM LX Nº6 V2

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Magazine 'work in progress' dedicado às noites de Poetry Slam que o Musicbox organiza mensalmente. SLAM LX Nº6 / 6ª edição no dia 22 de Março de 2012

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DIOGO DORYLARA FRANCOSÉRGIO AMARAL

LUIS PEDRO MARTINSSÉRGIO COUTINHOMÁRIO TROVADOR

NUNO GERALDES BARBA AFONSO MATA

FINAL:LARA FRANCO

vsLUIS PEDRO MARTINS

VENCEDOR Poetry Slam /

SLAM LX Nº5

LUIS PEDRO MARTINS

JURI: NUNO MIGUEL GUEDES

MARTA ELIASANDRÉ GAGO

2 ELEMENTOS DO PÚBLICO

PRÉMIOS: BERTRAND EDITORA,

QUETZAL, PERGAMINHO, 101 NOITES,TRANSFORMADORES/ MUSICBOX, AVENIDA DE

POEMAS, JAMESON

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SLAM LX Nº 6 / Programa22 de Março, sex 22h

22h30 - Apresentação pelo McFilipe Homem Fonseca

22h40 - Convidado Pedro Vieira aka Irmão Lúcia

22h50 - Vídeo 22h55 - Performance de Poesia Sonora e Visual pelo convidado Márcio-André

(Brasil)

23h10 - Intervalo

23h20 - Poetry Slam8 concorrentes3 eliminatórias

1 finalista00h30 - Entrega de prémios

00h45 - Open Mic01h00 - Fim

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LUIS PEDRO MARTINS- 1º PRÉMIO -

LARA FRANCO-finalista-

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PEDRO VIEIRA aka IRMÃO LÚCIA

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ALICE #6 - entrevista de Maria João Freitas a Pedro Vieira

Nunca tive gosto por trabalhos demorados. E isto não acontece só na ilustração, tudo o que me demore muito tempo seguido perturba-me, preciso de produzir coisas que tenham um resultado quase imediato e o meu registo na ilustração é esse.....Como nasceu o Irmão Lúcia? Irmão Lúcia começou por ser um endereço de e-mail do yahoo. A ideia surgiu-me na altura em que o Papa João Paulo II esteve em Portugal, se não me engano em 2000, para revelar o terceiro segredo de Fátima, segredos esses que são sempre revelados à posteriori. Foi uma luz que tive nessa ocasião porque estava mesmo imbuído do espírito de Fátima, com aquele entusiasmo de conhecer o terceiro segredo e surgiu-me o nome, que passei a usar como endereço de e-mail. Quando apareceram os blogues, tive o Agridoce, que depois destruí involuntariamente. Fui mexer no html porque achei que tinha competências informáticas e ao tentar mudar o aspecto do blogue, arrasei com ele e tive que começar tudo de novo. Foi um fim agridoce. O fim também foi agridoce, mas foi a oportunidade do Irmão Lúcia aparecer em campo. Pensei: “agora vou usar o heterónimo do e-mail, vou dar esse nome ao blogue”. Isto foi em 2006, e ficou. De tal forma que agora há pessoas que me tratam por Irmão Lúcia, que esqueceram o meu nome. No canal Q, há pessoas que me tratam por Lúcia, o que cria assim uma estranha ambivalência na identidade de género, mas tudo bem, eu gosto. Faz parte da minha identidade, o blogue colou-se-me à pele. No outro dia fomos jogar à bola, fizemos um sorteio das equipas e fui apresentado como Pedro Lúcia Vieira, portanto estás a ver o tipo de confusão que vai naquelas cabeças. ....Como te tornaste livreiro? Tornei-me livreiro por necessidade. Fiquei desempregado, na altura do Santana à sec na Câmara de Lisboa. Como trabalhava num edifício em Entrecampos, fazia muitas visitas à Bulhosa à hora de almoço, porque eu sou como aquelas apresentadoras de televisão, adoro livros, desde pequeno. Então pensei: “bem, não tenho profissão, então tenho que tentar trabalhar em alguma coisa, gostava de trabalhar numa livraria, se calhar era um bom sítio” e fui lá candidatar-me. Fui, escrevi assim uma espécie de carta de apresentação armado em engraçadinho e resultou, é incrível. Chamaram-me para uma entrevista e assim foi. Nessa altura trabalhei lá um ano e meio. E depois, regressei à Bulhosa para vir abrir aqui em Campo de Ourique, com algumas das pessoas que já conhecia da encarnação anterior na Bulhosa. Já conhecias o bairro? Não, o bairro para mim era totalmente estranho. Gosto do bairro, por ter vida de bairro, passe a redundância, mas o público que atendia aqui não me agradava muito, para ser sincero. Se na altura já tivesses o Professor José Cid tinha-te agradado mais. Seguramente, tinha aproveitado muito mais. Aliás, uma coisa de que me arrependo do tempo em que trabalhei como livreiro foi não ter feito mais recolha de lapsus linguae. Foi um grande desperdício ter começado só nos últimos meses, porque havia muita matéria prima. Os livreiros não ficcionam algumas coisas? Não, é quase tudo verdade.....…. Qual é que é o teu maior defeito? É capaz de ser a preguiça. E uma pequena virtude? Persistência, acho eu. Qual é o teu signo? Leão. E na astrologia chinesa? Coelho, se não me engano. O que dará um leão com um coelho? Uma refeição. Se um apanhar o outro. ¬ A... (continua…)

www.clubalice.com

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MÁRCIO-ANDRÉ Escritor, artista sonoro e visual.

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Autor de quatro livros de poesia e ensaios, colaborou com diversos jornais, entre eles O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de Minas; e com revistas brasileiras e internacionais. Seus poemas foram traduzidos para oito idiomas. Integra antologias como Poesia do Mundo, O que é poesia?, Todo começo é involuntário - a poesia brasileira no início do Sec. 21, Poétes Brésiliens d´aujourd´hui, 24 letras por segundo, entre outras. Sua obra, tanto literária como performática, é estudada em diversos países, como EUA, Finlândia, Brasil e IrãO.

Deu aula de formação avançada em escrita criativa e poesia sonora na Universidade de Coimbra e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como tradutor, publicou textos de Ghérasim Luca, Gilles Ivain, Serge Pey, Mathieu Bénézet, Hagiwara Sakutaro e Forrest Gander. Em 2008, recebeu a Bolsa Fundação Biblioteca Nacional, pelo livro de ensaios Poética das Casas e, em 2009, foi poeta residente em Monsanto, Portugal. É também editor da Confraria do Vento e curador do Cidade aTravessa, evento literário e performático que acontece nas cidades de Lisboa, Rio de Janeiro e São Paulo.

Poeta experimental, com obras na área da poesia visual e sonora, da instalação e da performance, realizou trabalhos no Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Ucrânia, Argentina, Peru, além de diversas cidades pelo Brasil. Apresentou-se em eventos como o Festival Silêncio, Balada Literária, Encontros de Interrogação, Encontro Internacional de Poetas de Coimbra, Fórum das Letras, Marché de la Poésie e expôs em mostras como Tordesilhas, Paradas em movimento, Curta Cinema e A palavra toda.

Entre suas performances mais recentes, constam Suspensión (Espanha, 2011), Sound Poetry (Portugal, 2011), Multitubetextura (Portugal, Brasil e Peru, 2010), Indivisible: Poem-polyphony for voices, violin, electronic processing, bells and whistles (Reino Unido, Ucrânia, frança, 2009). Por conta de sua Conferência Poético-Radioativa (2007) na cidade fantasma de Chernobyl, na Ucrânia, tornou-se "o primeiro poeta radioativo do mundo".

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POETRY SLAMPrémios para o vencedor do torneio!Nesta sessão o Júri será constituído por , Nuno Miguel Guedes (Jornalista), Helder Gomes (Jornalista Canal Q) e dois elementos do público selecionados aleatoriamente.O slammer vencedor, entre outros prémios, ganhará uma colecção de livros das editoras Bertrand, Quetzal e Contraºponto,; ‘Última paragem Massamá’ de Pedro Vieira (Quetzal)) ‘As Feras de Jamrach’ de Carol Birch (Bertrand Editora) e ‘Não sou um Serial Killer’ de Dan Wells (Contraponto), da editora 101 Noites; ‘Ópera do Falhado’ de JP Simões, ‘From the Edge’ vários autores e o audiolivro ‘Um jantar muito original’ de Fernando Pessoa, e da editora discografica Trandormadores / Musicbox; ‘Vol1’ - Dead Combo e ‘Exílio’ - Quinteto Tati. O Vencedor ganha ainda o direito a estar presente na finalíssima do SLAM LX, uma participação no Festival Silêncio de 2012, uma participação no programa Clube da Palavra do Canal Q, uma participação no espectáculo ‘Avenida de Poemas’ no cinema Tivoli e ainda um prémio especial ‘Musicbox / Jameson’

Prémios para o vencedor!

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Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo

«O principal mérito de MJM está na forma como consegue manter a sensação de claustrofobia narrativa, sem deixar que o leitor se perca no caos de repetições, incongruências e "solavancos lógicos".» José Mário Siva, Expresso Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador de Uma Mentira Mil Vezes Repetida inventou uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra entusiasticamente a quem ao pé dele se senta nos transportes públicos. Assim vai desfiando as andanças literárias de Marcos Sacatepequez e o seu singular destino, a desgraça do homem-zebra de Polvorosa, o caos postal de Granada, a maldição do marinheiro Albrecht e as memórias do velho Afonso Cão, amigo de Cassiano Consciência, advogado e proprietário do único exemplar conhecido de Cidade Conquistada, a obra-prima de Oscar Schidinski. Enquanto o autocarro se aproxima de Cedofeita, ou pára na rua do Bolhão, quem o escuta viaja do Belize a Budapeste, passando pelas Honduras, por estâncias alpinas, por Toulon ou por Lisboa. Mas se o nosso narrador não encontrou a glória - senão por breves momentos e na mente alheada de quem cumpre uma rotina - talvez tenha encontrado o amor. Ou será também ele inventado?

Em Destaque!!

POETRY SLAMPrémios para o vencedor do

torneio!Nesta sessão o Júri será constituído por Nuno Miguel Guedes (Jornalista), Paola d’ Agostino (escritora e tradutora), Luís Gouveia Monteiro (Jornalista), e dois elementos do público selecionados aleatoriamente.O slammer vencedor, entre outros prémios, ganhará uma colecção de livros das editoras Bertrand, Quetzal, Contraponto; Uma Mentira Mil Vezes Repetida, de Manuel

Jorge Marmelo (Quetzal), O Beco dos Milagres, de Naguib Mahfouz (Contraponto), Contos dos Subúrbios, de Shaun Tan

(Contraponto), Eu e Tu, de Niccolò Ammaniti (Bertrand), da editora 101 Noites; Ópera do Falhado de JP Simões, Onde a

Terra Acaba / From The Edge, Contos de vários escritores e Um jantar muito original de Fernando Pessoa, lido por São

José Lapa (Audiolivro) e da editora discografica Trandormadores / Musicbox; Magnetic Poetry dos Social

Smokers (Livro +cd+dvd) e 4º Grão dos Couple Coffee (CD).O Vencedor ganha ainda o direito a estar presente na finalíssima do SLAM LX, uma participação no Festival Silêncio de 2012, uma participação no programa Clube da Palavra do Canal Q, uma participação no espectáculo ‘Avenida de Poemas’ no cinema Tivoli e ainda um prémio especial ‘Musicbox / Jameson’

1ºPrémio

Uma Mentira Mil Vezes Repetida, Manuel Jorge Marmelo

«O principal mérito de MJM está na forma como consegue manter a sensação de claustrofobia narrativa, sem deixar que o leitor se perca no caos de repetições, incongruências e "solavancos lógicos".» José Mário Siva, Expresso Para escapar ao anonimato de uma vida comum, à solidão da escrita e ao esquecimento dos futuros leitores, o narrador de Uma Mentira Mil Vezes Repetida inventou uma obra monumental, um autor – um judeu húngaro com uma vida aventurosa – e uma miríade de personagens e de histórias que narra entusiasticamente a quem ao pé dele se senta nos transportes públicos. Assim vai desfiando as andanças literárias de Marcos Sacatepequez e o seu singular destino, a desgraça do homem-zebra de Polvorosa, o caos postal de Granada, a maldição do marinheiro Albrecht e as memórias do velho Afonso Cão, amigo de Cassiano Consciência, advogado e proprietário do único exemplar conhecido de Cidade Conquistada, a obra-prima de Oscar Schidinski. Enquanto o autocarro se aproxima de Cedofeita, ou pára na rua do Bolhão, quem o escuta viaja do Belize a Budapeste, passando pelas Honduras, por estâncias alpinas, por Toulon ou por Lisboa. Mas se o nosso narrador não encontrou a glória - senão por breves momentos e na mente alheada de quem cumpre uma rotina - talvez tenha encontrado o amor. Ou será também ele inventado?

Em Destaque!!

POETRY SLAMPrémios para o vencedor do

torneio!Nesta sessão o Júri será constituído por Nuno Miguel Guedes (Jornalista), Paola d’ Agostino (escritora e tradutora), Luís Gouveia Monteiro (Jornalista), e dois elementos do público selecionados aleatoriamente.O slammer vencedor, entre outros prémios, ganhará uma colecção de livros das editoras Bertrand, Quetzal, Contraponto; Uma Mentira Mil Vezes Repetida, de Manuel

Jorge Marmelo (Quetzal), O Beco dos Milagres, de Naguib Mahfouz (Contraponto), Contos dos Subúrbios, de Shaun Tan

(Contraponto), Eu e Tu, de Niccolò Ammaniti (Bertrand), da editora 101 Noites; Ópera do Falhado de JP Simões, Onde a

Terra Acaba / From The Edge, Contos de vários escritores e Um jantar muito original de Fernando Pessoa, lido por São

José Lapa (Audiolivro) e da editora discografica Trandormadores / Musicbox; Magnetic Poetry dos Social

Smokers (Livro +cd+dvd) e 4º Grão dos Couple Coffee (CD).O Vencedor ganha ainda o direito a estar presente na finalíssima do SLAM LX, uma participação no Festival Silêncio de 2012, uma participação no programa Clube da Palavra do Canal Q, uma participação no espectáculo ‘Avenida de Poemas’ no cinema Tivoli e ainda um prémio especial ‘Musicbox / Jameson’

1ºPrémio

!!

Género: Ficção Literária Tradutor: Rita Guerra Formato: 15 x 23,5 cm N.º de páginas: 336 Data de lançamento: 23 de março PVP: 16,50

As Feras de Jamrach Carol Birch Finalista da shortlist do Booker Prize 2011,

Carol Birch traz nos uma história de encantar que foi buscar inspiração à história (verdadeira) de Jamrach e ao afundamento

do navio baleeiro Essex. «Nasci duas vezes. Primeiro num quarto de madeira, que se projetava sobre as águas negras do Tamisa, e depois de novo, oito anos mais tarde, na Highway, quando o tigre me abocanhou e tudo começou realmente.» Londres, 1857. Jaffy vai a correr por uma rua quando se vê frente a frente com um tigre à solta. Arrancado às garras da morte pelo senhor Jamrach, explorador, empresário e colecionador das criaturas mais estranhas do mundo, os dois tornam-se amigos. E não tarda que Jaffy se veja a bordo de um navio, com destino aos mares do Sul, numa missão inusitada para o senhor Jamrach: descobrir e capturar certo dragão marinho. Assim se dá início a uma maravilhosa viagem de descoberta e aventuras, até ao dia em que a tripulação é vítima de uma catástrofe e a viagem se transforma numa história de sobrevivência, que levará a fé, o amor e a amizade aos limites. As Feras de Jamrach capta maravilhosamente os cheiros, os cenários e os sabores do século XIX, desde a sujidade de Londres à exuberância das ilhas dos Mares do Sul. «Uma imaginativa viagem, abrangendo os lugares e os cheiros da Londres do século XIX e o mar selvagem. É arrebatador, está magnificamente escrito e é uma delícia para todos aqueles que consideram os verdadeiros romances vitorianos demasiado enfadonhos.» The Times

!

Género: Thriller Tradutor: Raquel Dutra Lopes Formato: 15 x 23,5 cm N.º de páginas: 240 Data de lançamento: 2 de março PVP:

Não Sou um Serial Killer Dan Wells !John Wayne Cleaver é um rapaz perigoso muito perigoso. E passou a vida a tentar não cumprir o seu potencial. É bem-comportado, calado, tímido e reservado, mas incapaz de sentir empatia e de compreender as pessoas que o rodeiam. Prefere conviver com os mortos; o seu trabalho (e passatempo favorito) é embalsamar cadáveres na casa mortuária que pertence à família. Além disso, partilha o nome com um famoso serial killer e tem uma obsessão quase incontrolável por psicopatas e assassinos em série. Sob estas circunstâncias, parece que o seu destino está traçado. Contudo, Cleaver tem consciência das suas invulgares características, e quer a todo o custo impedir-se a si mesmo de matar. Para tal, criou um conjunto de regras muito precisas: tenta cultivar apenas pensamentos positivos pelas pessoas que o rodeiam (até pelo bully do liceu), evita criar laços ou interessar-se por elas (tem apenas um amigo da sua idade) e, sobretudo, tenta a todo o custo manter-se afastado do fogo (que gosta de atear), dos animais (que gosta de dissecar) e de locais e vítimas de crimes. As suas regras vão ser postas à prova quando é encontrado um corpo terrivelmente mutilado e depois um segundo, e um terceiro. Será que na sua pacata vila existe uma criatura ainda mais perigosa do que John Wayne Cleaver? «Wells combina vários géneros com uma admirável mestria nesta narrativa ao mesmo tempo encantadora e assustadora, sempre cheia de humor negro.» - Kirkus Review «Um romance de estreia emocionante.» - Publishers Weekly «Incrivelmente divertido.» FHM

!!

Género: Romance Tradutor: Luís Santos Formato: 18,5 x 23,5 cm N.º de páginas: 144 Data de publicação: 20 de janeiro PVP: 12,00

«Leanne Shapton conseguiu a sua pequena vitória no velho esforço artístico por fazer algo sem precedentes.»

Time Out New York

O que dizem sobre uma pessoa os seus objetos? Os catálogos de leilões podem dizer muito acerca de uma pessoa. Pense em Jacqueline Kennedy Onassis ou em Truman Capote. No original livro de Leanne Shapton, artista e escritora canadiana, os 325 lotes são o que resta da relação entre Lenore Doolan e Harold Morris: os objetos que o casal foi colecionando ao longo de quatro anos e que agora se encontram reunidos num catálogo para serem leiloados. Ao leitor cabe a tarefa de ir recriando, através das imagens e respetivas legendas, a história que vai sendo insinuada, de maneira tão inteligente e subtil, ao longo das páginas. «Uma criação cativante e perfeitamente sui generis.» The New York Times «Contra todas as expectativas, Leanne Shapton triunfa com este livro extremamente romântico e erudito.» Dave Eggers

DESTAQUE

‘Última Paragem Massamá’ de Pedro Vieira

Críticas de imprensa

“Última Paragem, Massamá” é um romance de aprendizagem na linha de “Nome de Guerra” (1938), de Almada Negreiros, ou “Os Três Seios de Novélia” (1968), de Manuel da Silva Ramos. Dito de outro modo, narrativa pulverizada da cidade mítica. […] À Lisboa do primeiro modernismo (“twenties”) e da guerra colonial (“sixties”), Vieira contrapõe a geração dos diplomados de “call-center”: […] Respiração sincopada, jargão conforme.»Eduardo Pitta, Público

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El Insecto de Pablo Neruda

De tus caderas a tus piesquiero hacer un largo viaje.

Soy más pequeño que un insecto.

Voy por estas colinas,son de color de avena,tienen delgadas huellasque sólo yo conozco,

centímetros quemados,pálidas perspectivas.

Aquí hay una montaña.No saldré nunca de ella.¡Oh qué musgo gigante!¡ Y un cráter, una rosade fuego humedecido!

Por las piernas desciendohilando una espiral

o durmiendo en el viajey llego a tus rodillasde redonda dureza

como a las cimas durasde un claro continente.

Hacia tus pies resbalo,a las ocho aberturas,de tus dedos agudos,lentos, peninsulares,y de ellos el vacíode la sábana blanca

caigo, buscando ciegoy hambriento tu contorno

de vasija quemante!

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Está visto, os árabes para além de velhacos, infiéis, sarracenos, mouros e por aí fora são

também uma cambada de plagiadores. Ainda por cima de si próprios, quer dizer uns dos

outros. Se ainda copiassem outros povos decentes do norte de África como os

portugueses ou os sicilianos, mas não, teimam em reproduzir o que já é fraquinho, está

visto que copiar do bom e do melhor é tarefa para os asiáticos. E abusar de

generalizações é aqui com o irmaolucia, o sectarismo feito televisão embonecada. Mas

adiante, os árabes armados em copiões, então. Depois de terem visto cair o tirano da

Tunísia, que até era um ditador dos nossos, dos bons, não era um malvado como os

irmãos Castro, e refiro-me aos de Cuba, não àqueles que insistiam na bichanice de cortar

a meta de mãos dadas. E sim, abusar de atoardas à macho de Cantanhede faz parte dos

pergaminhos do programa. BenAli caiu, Mubarak também e o próprio Khadaffi não se

sente nada bem, parece. Logo o distinto coronel que nos últimos anos deixou de ser dos

malvados e passou a ser dos porreiros, pá. Logo ele, que até teve a tenda armada no forte

de são julião da barra, e só deus sabe, que é como quem diz khadaffi, o quanto custa

mantê-la armada com aquela idade. Depois de se passar uma esponja e um milhões de

dólares sobre o incidente de Lockerbie, o líder da revolução verde caiu nos braços da

gente que importa, na companhia das suas matérias primas e dos seus gorilas que tão

bem controlam as vagas da pretalhada que tenta chegar à fortaleza europa. No que toca à

imigração subsariana a Líbia é um óptimo tampão, o que tem graça num país que gosta

tanto de fazer sangue. Por estes dias, o número de mortos em protestos já ultrapassava as

duas centenas, sensivelmente o mesmo número de vítimas do tal atentado que já

aflorámos. Durante uns anos esse foram MUIIITTOOO importantes, depois passaram a

ser um número. Como os anónimos líbios que caíram por estes dias em luta pela

liberdade. Todos diferentes, todos iguais, no fundo. Assim até dá gosto. Entretanto vão

passando os olhos pelo Bahrein, entre outros demónios. Parece que por lá alguns dos

nossos ditadores estão em maus lençóis. Dos nossos, não dos malvados, entenda-se.

PEDRO VIEIRA aka IRMÃO LÚCIA

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Contra o Vento e as Marés

Este poema (contra o vento e as marés) levará minha assinatura.Deixo-lhes seis sílabas sonoras,um olhar que sempre traz (como um passarinho ferido) ternura,

Um anseio de profundas águas mornas,um gabinete escuro em que a única luz são esses versos meus,um dedal muito usado para suas noites de enfado,um retrato de nossos filhos.

A mais linda bala desta pistola que sempre me acompanha,a memória indelével (sempre latente e profunda) das criançasque, um dia, tu e eu concebemos,e o pedaço de vida que resta em mim.

Isso eu dou (convicto e feliz) à revoluçãoNada que nos pode unir terá força maior.

Ernesto Guevara

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Poetry Slam - RegulamentoA. Regulamento:

1. Os poetas concorrentes terão de ter mais de 16 anos de idade;2. Os poetas podem abordar qualquer tema em qualquer estilo;3. Os poetas devem utilizar os seus próprios poemas;4. Nenhum poema poderá ultrapassar os três minutos. As performances serão cronometradas;5. Não é permitido: a utilização de instrumentos musicais ou música pré-gravada, cenários, recurso a acessórios, disfarces ou máscaras. O poeta deverá vestir as roupas que usa no seu dia-a-dia;6. Cada poeta que participe no Poetry Slam do Festival Silêncio deverá preparar pelo menos 3 poemas de sua autoria;7. Os poetas não podem repetir duas vezes o mesmo poema excepto na final;8. O júri constituído por 5/6 elementos atribui uma nota após cada poema numa escala de 1 à 10;9. O concurso desenrola-se por eliminatórias da seguinte forma: 9.1 – Primeira etapa com os 8 poetas concorrentes. Os 4 poetas mais pontuados passam à meia-final; 9.2 – Meia-final: dos 4 seleccionados serão escolhidos 2 para a final; 9.3 – Final: com os 2 mais pontuados; 9.4 – Performance final do vencedor.10.A decisão do júri é soberana. Os concorrentes não poderão recorrer do resultado das pontuações

atribuídas pelo júri11.aos vencedores é oferecido um prémio de participação.

B. Notas e penalizações1. O júri atribui uma nota a cada poema indo de 1 a 9.9, sendo 10 a nota máxima;2. Os elementos do júri serão encorajados a utilizar décimas após a vírgula de forma a desempatar poemas cujas notas sejam demasiado próximas;3. Se a regra dos três minutos for infringida por um poeta durante a sua actuação, este terá 10 segundos de tolerância;4. Caso ultrapasse os 3 minutos e 10 segundos, o poeta verá o seu score final penalizado, segundo o seguinte esquema: 0,5 pontos por cada período de 10 segundos acima de 3 min. e 10 seg.