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Sleep Disturbances In Fibromyalgia Syndrome: Relationship To Pain And Depression Bigatti SM, Hernandez AM, et al. Arthritis & Rheumatism Jul 2008 Tatiane Galdino Leal - 2009

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Sleep Disturbances In Fibromyalgia Syndrome: Relationship To Pain And

Depression

Bigatti SM, Hernandez AM, et al.

Arthritis & Rheumatism Jul 2008

Tatiane Galdino Leal - 2009

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Introdução:

• A Fibromiagia (FMA) é uma desordem músculo-esquelética crônica, embora a dor seja o sintoma primário, o distúrbio do sono é também um fator importante nesses pacientes.

• Os pacientes relatam dificuldades para cairem no sono, significativamente têm mais despertares noturnos.

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• A maioria das pesquisas sobre o sono nesses pacientes com FMA tem foco na qualidade de sono.

• A análise de eletroencefalogramas indica que esses pacientes tem dificuldade para cair no sono e freqüentemente despertam (estendem ao estágio 1; e tem o sono de ondas curtas pequeno, o que indica o estado de vigília durante o sono).

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• Mais adiante quando deprimidas as pacientes com FMA relataram baixos níveis de atividade e aumento do sono durante o dia, e significante mais interrupções do sono e movimentos noturnos.

• Problemas de sono são relacionados a depressão e dor nesses pacientes em vários estudos, entretanto a direção dessa relação não está bem estabelecida.

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• A teoria da dor neuromatrix sugere que a dor é o resultado de vários fatores incluindo características psicológicas e de saúde individuais.

• Existe uma sugestão que o sono pode impactar a neuromatrix ,acarretando efeitos nos sistemas, por exemplo, a falta de sono pode levar o indivíduo a maior chance de infecções, aumento da PA,diminuição da atividade simpática e um aumento da atividade do sistema autônomo.

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• Pesquisas específicas em FMA sugerem que uma boa qualidade de sono pode moderar essa relação.

• Essencialmente uma boa noite de sono aumenta a habilidade de impedir a dor, um sono ruim se cronicamente, pode aumentar a vulnerabilidade aos sintomas.

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• Nicassio e Wallson estudaram a relação entre problemas relacionadas ao sono, dor e depressão por dois anos em pacientes com AR, essa análise longitudinal foi indicativa que distúrbios de sono não eram preditores de dor, mas a dor era preditora de distúrbios de sono,e distúrbios de sono,não eram preditores de depressão, mas a dor era.

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• Affleck et al investigaram a seqüência natural da dor e distúrbios de sono numa amostra de pacientes com FMA num período de 30 dias, usando questionários recordando a qualidade de sono durante amanhã e a dor durante o dia, foi encontrado que a dificuldade para dormir eram preditores de aumento de dor durante o dia, porém medidas de dor durante o dia não eram preditores de sono ruim.

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• A diferença desses dois estudos ocorre devido a população estudada que era diferente, o sono pode ser a causa etiológica dos sintomas da FMA , mas não para sintomas de outras desordens reumáticas.

• Foi investigado por Moldofsky e Scarisbrick que mudaram o padrão de sono de 06 indivíduos saudáveis para imitar aqueles com FMA, e todos relataram sintomas similares aos relacionado a FMA, esse estudo sugeriu que um sono ruim tem significante efeito no desenvolvimento ou exacerbação dos sintomas dessa doença.

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• Nesse presente estudo foram examinados sono, dor,depressão e função em pacientes com FMA no momento e após 01ano.

• PACIENTES E MÉTODOS:

• Os participantes eram parte dos 600 membros da Health Maintenance Organization (HMO).

• Foram selecionados na maioria mulheres 95,3%, brancas em idade de 53±11 anos a maioria casadas ,com renda familiar de 30000 – 50000 dólares, 81% com escolaridade mínima.

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• Características Demográficas:• Pacientes relataram idade, nível de

escolaridade, etnia e historia familiar.

• Qualidade de Sono:• Foi avaliada pelo Pittsburgh Sleep Quality

Index (PSQI) estimando a duração, latência, freqüência e gravidade de distúrbios específicos durante o mês anterior (esse compreende 19 itens agrupados em sete componentes).

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• Dor:• Foram usadas Pain Pating Index Scale of the

Magill Pain Questionnary que compreende 78 características dividas em quatro subclasses (sensorial, afetiva, evolutiva, e miscelânea).

• Depressão:• The Center of Epidemiologic Studies Depression

Scale (CESD) contém 20 itens, era avaliado sintomas na semana anterior.

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• Função:

• Foi usado FibroMyalgia Impact Questionary (este sendo rápido e auto-aplicável) contém 20 itens relacionados a função física, depressão, sono, ansiedade, dor, rigidez na semana anterior.

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• Os participantes fizeram parte de um grande estudo que avaliou os efeitos do suporte social e educação em estado de saúde, cuidados e qualidade de vida em pacientes FMA, esses tinham diagnóstico com critérios do ACR (somente aqueles que tinham todos os critérios entraram).

• Foram obtidos consentimento por escrito dos voluntários, esses completavam uma bateria de questionários no momento e após um ano, depois foram randomizados para dois tipo de intervenção: suporte social ou suporte social/educação ou controle sem tratamento.

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Resultados:

• 492 (82%) completaram o estudo, não houve diferença significante entre aqueles que deixaram e que continuaram em relação a aspectos demográficos,sono, depressão,dor,e função (p =0,05).

• Sono:PSQI: Houve mais significância após um ano (SD 11.22 +-3,96 / 1 ano 10.45 +- 4,11 , p =0,006).

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• 4% da amostra teve escore maior que 5 , e 5.3 após 1 ano, significando pior qualidade de sono em ambas situações.

• Dor: (Pain Rating Index): mostrou significante redução da dor após 1 ano ( SD 1,68 /1ano 1,45,p =0,001), 6 tiveram dor severa e demais baixos níveis.

• Depressão: CES-D: SD19,79, 1ano 14,78, p =0,001).

• Função: SD1,64,1ano 1,71 , não estatisticamente significante.

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• A qualidade do sono (B =0,49) e educação (B =0,10) foram significantes preditoras da qualidade de sono em 1 ano, e a educação preditora de maior qualidade .

• A dor (B= 0,31) e qualidade ( B= 0,13 ) foram importantes preditoras de dor em 1 ano.

• A dor foi preditora de menor função em 1 ano , e a depressão foi preditora de depressão.

• Melhor função e o trabalho foram preditores de menor depressão.

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• Discussão:• Como previsto os achados foram

concordantes com os de Affleck et al, que o sono antecede a dor em FMA em diferentes metodologias e medidas.

• Enquanto Affleck et al usaram avaliação momentânea num período de uma semana, nesse estudo usando medidas auto aplicativas de dor, durante um período de um ano chegou-se a mesma conclusão.

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• Esse estudo longitudinal sugere a seqüência causal dos sintomas. Nesse estudo nenhuma variável foi preditora do sono, o sono foi preditor de dor, a dor foi preditora da função e essa foi preditora da depressão.

• Claramente, o distúrbio de sono nesses pacientes tem impacto nos sintomas, esse merece atenção nas pesquisas e na prática clínica, pois pode iniciar uma cascata de sintomas levando a depressão.

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• Nesse estudo a avaliação dessas variáveis em dois períodos ao invés de vários ou mesmo períodos continuados, não deixou claro que esses achados refletiriam o mesmo se esses fossem seguidos por períodos mais prolongados.

• A grande amostra deu suporte para avaliação de características e qualidade do sono entre esses pacientes, embora a avaliação do sono foi melhor após um ano indicou que o pior sono pode ser crônico com uma disfunção diurna sem melhora, de acordo com a literatura apesar de seis a oito horas de sono estes, acordam rígidos fadigados e com dor.

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• Isso sugere que a melhora da qualidade do sono diminui a dor, função e depressão, o foco deve ser na qualidade e não na qualidade do sono.

• Para depressão, dor e sono eles melhoraram após a avaliação em um ano, esta melhora foi relacionada inicialmente a intervenção, como grupo de suporte social e grupos de educação, esta intervenção não teve diferença entre o grupo controle em nenhuma variável, entretanto essas diferenças ocorreram na presença, e não devido a intervenção.

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• A depressão não contribuiu para a dor, função ou sono em um ano, os achados sugerem que essa possa ser o final de um processo que começa com alteração do sono.

• A função física não mudou em um ano como as outras variáveis, somente a dor foi preditora da função em um ano, essa foi preditora de depressão nessa amostra.

• Nesse estudo medidas auto-aplicáveis poderiam não ter acurácia como medidas mais objetivas.

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• Conclusão:

• Esses achados de alta prevalência de problemas relacionados ao sono nessa população sugere que estes fazem papel na exacerbação dos sintomas da FMA.

• Além disso esses achados deram um suporte limitado que o sono é preditor da dor, e também estendendo a literatura ,o sono pode ser relacionado a depressão através da dor e função.