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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
ENFERMAGEM
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER, CRIANÇA E ADOLESCENTE II
ORIENTADORA: GRAZIELA CRUZ
CARLA SOARES
FELIPE OLIVEIRA MAELI RAFAEL
OSVALDA REGINA
RAFAELA VELOSO RAIANE OLIVEIRA
RAIARA SANTOS SÉRGIO SOUZA
SUELAINE BORGES
ATENÇÃO A MULHER NAS SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NO CICLO GRAVÍDICO
PUERPERAL
INTRODUÇÃO
No ciclo gravídico-puerperal as síndromes hemorrágicas podem ser causadas por:
Placenta Prévia;
Descolamento Prematuro da Placenta;
Hemorragia Pós-parto.
PLACENTA
PRÉVIA (PP)
PLACENTA PRÉVIA
http://www.thepregnancyzone.com
Complicação obstétrica na qual a placenta se insere no segmento inferior do útero.
PLACENTA PRÉVIA
Classificação: 1. Central-total
2. Central-parcial
3. marginal
4. Lateral
http://www.thepregnancyzone.com
http://www.gravidez/placentaprevia
PLACENTA PRÉVIA
Freqüência e incidência:
Cerca de 1 em cada 200 nascimentos.
Etiologia Multiparidade Idade avançada Abortamentos Cesarianas Operações ginecológicas anteriores Gravidez gemelar Malformações fetais Tabagismo
http://www.google.com.br/pequenina1
PLACENTA PRÉVIA
Influências da placenta prévia no ciclo gravídico-puerperal
Durante a gravidez
Durante o parto
Durante o puerpério
Sobre o concepto
p://www.childrenscentralcal.org
SINTOMATOLOGIA
A hemorragia é o principal sintoma;
É geralmente indolor, sangue vermelho
vivo e não relacionada a esforços e/ou
traumatismos;
Quando ocorre hemorragia, o corpo ativa mecanismos compensatórios;
Obs: Durante o trabalho de parto as
hemorragia podem não parecer indolores.
CLASSIFICAÇÃO DA
HEMORRAGIA Classifica-se a hemorragia em 4 classes:
Classe I : < 900 ml;
Classe II : 1200-1500 ml;
Classe III: 1800-2100 ml;
Classe IV: > 40 % do volume sanguíneo total.
felipebatistela.wordpress.com
SINTOMATOLOGIA
Existem também sinais físicos que podem
caracterizar a placenta prévia:
Má acomodação do feto;
Situações oblíquas e transversas;
Estática fetal alterada;
Sopros placentários.
PATOGENIA DA
HEMORRAGIA
Ocorre devido ao descolamento da placenta;
Teoria da distensão
segmentária (Jacquemier);
Teoria do deslizamento
(Schröder);
Teoria da tração membranosa;
felipebatistela.wordpress.com
PATOGENIA DA
HEMORRAGIA
Provavelmente, até a 30
semana de
gestação é causada pelo crescimento
uterino;
Após a 30ª semana, ocorre devido a
formação do segmento inferior.
senado.gov.br
DIAGNÓSTICO
Se dá com base na
sintomatologia e no
exame físico do paciente;
Ultra-sonografia.
acessmedical.blog.terra.com.br
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Relação da placenta prévia com as hemorragias ocasionadas pelas:
Roturas do seio marginal;
Inserção velamentosa do cordão;
DPP;
Prenhez cervical.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
PP DPP
Rotura do seio marginal
Prenhez Cervical
Inserção velamentosa do
cordão
Hemorragia
Sem causa; cessa
espontaneamente
Interna ou externa; escura;
relacionada a traumatismo
Pequena quantidade
Precoce; constante,
confunde-se com aborto
Origem fetal; Veia x Artéria; Não cessa nem ameniza com amniotomia;
Juntamente com bolsa das águas
Útero Segmento inferior não
contrai Hipertônico
_________
Colo tumefeito; crescimento
lento
_________
Outras Indolor Doloroso; BCF’s irregulares ou
ausentes
Indolor BCF’s normais
Diagnóstico USG e exame
físico
Exame anátomo-
patológico da placenta
USG, laparotomia,
Doppler colorido
USG e Doppler colorido
ANATOMIA PATOLÓGICA
Textura da região pouco favorável à implantação do ovo;
Revestimento mucoso menos propício à nidificação;
A hemorragia predominantemente materna;
Segmento inferior rico em tecido conjuntivo e pobre em fibras musculares;
Membranas espessas, rugosas, dilaceradas rente a borda placentária, coloração entre vermelho vivo e enegrecido;
ANATOMIA PATOLÓGICA
Mecanismos de defesa contra as hemorragias:
– Desaparecimento gradativo do seio marginal;
– Deposição de substâncias fibrinóides;
– Fortalecendo as paredes, sem impedir a circulação.
TRATAMENTO
Expectante (antes de 36 – 37 semanas):
Repouso Absoluto; Reposição sanguínea;
ATENÇÃO: O toque vaginal deve ser proibido.
Ativo (após 37 semanas): Interrupção imediata da gestação;
Antibióticos profilático; ATENÇÃO: Nesse período pode ser feito o toque
vaginal.
Internação e Repouso Absoluto;
Exame Físico;
Tipagem sanguínea para possível transfusão;
Sinais vitais maternos e fetais freqüentes;
Observar sinais de choque;
Apoio emocional;
Observação constante.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
DESCOLAMENTO
PREMATURO DA
PLACENTA (DPP)
DEFINIÇÃO
É a separação da placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, em gestação de 20 ou mais semanas completas;
aenfermagemesaude.blogspot.com
cerclagem.com.br
DEFINIÇÃO
Existem 2 tipos principais de DPP:
–Descolamento com hemorragia oculta;
– Descolamento com hemorragia
externa.
cerclagem.com.br
aenfermagemesaude.blogspot.com
ETIOLOGIA
Ainda não é totalmente conhecida. Algumas especulações são:
Hipertensão (presente em cerca de
75% dos casos)
Fator placentário
Placenta circunvalada;
Necrose da decídua basal;
Grandes enfartes.
ETIOLOGIA
Fator mecânico
• Causas traumáticas externas: restritas aos grandes acidentes e traumas.
• Causas traumáticas internas:
Brevidade do cordão umbilical;
Escoamento rápido de polidrâmnio;
Movimentos fetais excessivos;
Retração uterina após o parto do primeiro gemelar;
Hipertonia uterina (primária ou por abuso de ocitócicos);
Entre outras.
ETIOLOGIA
• Hipertensão arterial;
• Condição socioeconômica;
• Multiparidade;
• Idade materna avançada;
• Passado obstétrico ruim;
• Relato de DPP em gestação anterior;
• Cesárea prévia;
• Restrição do crescimento intra-uterino;
• Corioamnionite;
• Gemelidade;
• Diabetes Mellito;
• Tempo prolongado de rotura de membranas;
• Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas, principalmente cocaína.
Fatores predisponentes
PATOLOGIA
o Alterações uteroplacentárias
• O sangue termina por atingir a zona de clivagem deciduoplacentária e inicia a nova separação.
• Vasos maternos se abrem e derramam sangue no espaço retroplacentário.
• O útero, que reage com hipertonia, assim aumenta a tensão no sítio da coleção sanguínea, provocando o descolamento de novas áreas.
• Quando mais da metade placenta está descolada, é inevitável a morte fetal.
PATOLOGIA
Parte do sangue coagula, fica aprisionada atrás da placenta e será eliminada somente após o parto, constituindo o hematoma retroplacentário;
Outra porção desloca as membranas e flui para o exterior, configurando a hemorragia externa.
QUADRO CLÍNICO
Dor abdominal inesperada e de intensidade
variável;
Hemorragia externa X Hemorragia oculta;
Quadro de anemia aguda;
Pulso paradoxal de Boero;
Miométrio apresenta-se em hipertonia.
http://pt.wikinoticia.com/estilo%20de%20vida/Mater
nidade/3816-descolamento-prematuro-da-placenta
Fatores adversos à
vitabilidade fetal:
– Diminuição da
superfície de trocas placentárias;
– Hipertonia uterina;
– Hipotensão arterial;
– Toxemia;
Sinais de
sofrimento no
concepto:
– Bradicardia
persistente;
– Dips tardios;
– Ausência dos BCF’s;
QUADRO CLÍNICO
marciomani.wordpress.com
O toque no início do DPP mostra:
–Colo imaturo, longo e com dilatação
mínima;
–A bolsa das águas está tensa;
–Apenas quando esta romper, despeja
em jato forte, o líquido amniótico;
–A cervicodilatação pode completar-se com a mesma velocidade.
QUADRO CLÍNICO
A placenta é expelida
juntamente com o
hematoma retroplacentário;
Face materna apresenta
cratera característica;
Parto em alude: feto,
placenta e páreas,
expulsos em turbilhão, com
coágulos apegados.
QUADRO CLÍNICO
http://www.gettyimages.com/detail/89781681/Flickr
CLASSIFICAÇÃO Grau I: leve
– A hemorragia anteparto é de causa incerta, a paciente não refere dor, sendo o diagnóstico
retrospectivo, pelo exame anátomo-patológico da placenta, que revela o hematoma;
Grau II: intermediário
– O diagnóstico é baseado nos sinais clássicos de
DPP, com hipertonia uterina, mas o concepto ainda está vivo;
Grau III: grave
– Já ocorreu o óbito fetal
– Grau III A - sem coagulopatia
– Grau III B - com o distúrbio (Sher, 1978)
DIAGNÓSTICO
Preferencialmente clínico;
A ultrassonografia pode confirmar o diagnóstico.
Antes do nascimento, as dificuldades de um diagnóstico diferencial tem
repercussões sobre a conduta e a terapêutica.
DIAGNÓSTICO
Sinais e sintomas que caracterizam o quadro
clínico da DPP:
– Sangramento vaginal (78%)
– Dor a palpação uterina ou lombar (66%)
– Sofrimento do concepto (60%)
– Taquissistolia e hipertonia (34%)
– Parto pré-termo idiopático (22%)
– Morte fetal (15%)
DIAGNÓSTICO
Ao exame obstétrico:
–Hipertônico;
–Doloroso;
– Sensível às manobras palpatórias;
– Batimentos cardíacos fetais podem estar alterados ou ausentes;
–Há comprometimento variável das condições gerais maternas:
Palidez de pele e mucosas até choque e distúrbios da coagulação sanguínea.
TRATAMENTO
Reposição intravenosa de líquidos;
Transfusão de sangue e monitorização cuidadosa dos sinais e sintomas maternos de choque e dos sinais de sofrimento fetal.
TRATAMENTO
No caso do feto imaturo:
–A mãe pode ser hospitalizada para
observação;
–Ser submetida a cardiotocografias
frequentes;
–Ter alta após alguns dias.
TRATAMENTO
Se o feto for maduro:
–Pode-se optar pela aceleração do parto
vaginal;
–Secção Cesariana, a fim de proteger a
mãe e a criança, seguida de um tratamento hemorrágico pós-parto com
reposição de fluidos ou raramente a
histerectomia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Exame físico;
Verificação constante de sinais vitais;
Cateterismo vesical de demora;
Pulsão venosa em veias calibrosas;
Mensuração do fundo uterino;
Observação constante
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP)
Perda de mais de 500 ml de sangue após o parto normal ou mais de 1000 ml após cesariana, ocorrendo desde o momento do nascimento da criança até o final do puerpério.
Precoce: Nas primeiras 24 horas pós-parto;
Tardia: Após 24 horas;
HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP)
A perda de sangue
antes da separação da
placenta deve ser mínima;
Seguindo-se à
eliminação da
placenta, a contração uterina deve ser
imediata. http://www.misodor.com/clip_image006
2010
Existem três causas principais de HPP:
Atonia uterina ou comprometimento do tonus muscular uterino;
Lacerações das vias reprodutivas;
Retenção do tecido placentário.
http://img685.imageshack.us/i/repfem.jpg/2010
HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP)
ATONIA UTERINA
À medida que ocorre a separação da placenta, a musculatura uterina se contrai normalmente e os sinusoídes se fecham com a formação eventual de trombos;
Quandos as fibras musculares não se contraem e os vasos não sofrem constricção ocorre a hemorragia;
ATONIA UTERINA
Atonia uterina esta relacionada com a exaustão do músculo devido a:
Trabalho de parto prologando;
Hiperdistensão do útero devido a gravidez múiltipla, feto grande ou hidrâmnio;
Massagem excessiva no fundo uterino na 3
fase do trabalho de parto;
LACERAÇÕES
Lacerações do trato genital podem ser:
Lacerações baixas da parede vaginal e no períneo;
No colo ou na porção superior do canal vaginal;
Em alguns partos os lábios são lacerados, caso haja uma extensão para o clitóris podem causar um sangramento profuso.
Images?um=1&hl=pt-br&tbs=isch%32010
TECIDO PLACENTÁRIO RETIDO
Fragmentos retidos de tecidos placentários, coágulos sanguíneos ou separação incompleta da placenta durante a terceira fase do trabalho de parto;
Principal causa da HPP tardia.
TECIDO PLACENTÁRIO RETIDO
Causas da separação incompleta da placenta:
Contrações fracas do músculo uterino;
Decídua defeituosa;
Manipulação precoce do útero durante a 3º fase do trabalho de parto.
www.misodor.com/clip_image006 2010
HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP)
O sangramento na HPP pode ser:
Externo;
Pode ser totalmente interno;
Interno e externo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de HPP é reservado para gestações com mais de 20 semanas.
Exame da Paciente:
O sangramento vaginal abundante e
manifestações de choque hipovolêmico.
O sangramento pode ser inicialmente discreto, resultando posteriormente em choque.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas da perda de sangue:
Pulso fraco e rápido;
PA baixa;
Respirações rápidas e curtas;
Cor pálida;
Suor frio;
Vertingens;
Dispnéia;
Inquietação e ansiedade, evoluindo para um
estado de choque profundo.
TRATAMENTO E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
1
Interromper o sangramento corrigindo a
causa;
2
Manter um volume sanguíneo circulante
para prevenir choque ou anemia;
3
Prevenir a infecção.
Palpar o FU para identificar a causa
provável do sangramento:
– Relaxado: falha das fibras musculares em comprimir os vasos sanguíneos;
– Firme: não é devido a uma causa intra-uterina, se torna necessário identificar e reparar lacerações.
TRATAMENTO E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
Musculatura atônica:
Massagem abdominal;
Administração de ocitócicos (ocitocina 10u
IM e ergonovina 0,2 mg IM );
Compressões bimanuais, (SN).
TRATAMENTO E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
Retenção de tecido placentário :
Remoção imediata do fragmento retido;
Após a expulsão a placenta deve ser examinada
cuidadosamente, caso não esteja intacta, deve-se retirar o fragmento retido;
Geralmente se administra engonovina 0,2 mg via
oral 4 vezes ao dia;
Curetagem uterina, (SN);
TRATAMENTO E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
Transfusão de sangue se houver uma perda sanguínea
acima do normal;
Administra–se dextrose a 5% em solução de Ringer Lactato ou em plasma, via EV para
manter um volume de sangue adequado.
www.cadesofia.com.br/wp-content/uploads/2010
TRATAMENTO E CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
TRATAMENTO E CUIDADOS DA
ENFERMAGEM
Outras medidas:
Repouso e silêncio;
Manter paciente confortável;
Uso de meias elásticas e ataduras em MMII para evitar tromboflebite;
Verificar SSVV frequentemente;
A contração do FU e o volume do sangramento
vaginal são verificados frequentemente ;
Administração de antibióticos de largo expectro como profilaxia.
REFERÊNCIAS
REZENDE, Jorge de. Obstetricia. 9. ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1514p
ZIEGEL, Erna. Enfermagem obstetrica. 7.ed
Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. 713p
OBRIGADO!