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Perspectivas da Agricultura Alternativa, Extensão ou Comunicação? Síntese União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME. Jamile Matos de Abreu Macêdo Lauro de Freitas, 21 de março de 2011.

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Perspectivas da Agricultura Alternativa, Extensão ou Comunicação?

Síntese

União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME.

Jamile Matos de Abreu Macêdo

Lauro de Freitas, 21 de março de 2011.

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Através da leitura e síntese do texto, Extensão ou Comunicação? contido no capítulo III do livro de mesmo título de Paulo Freire, foi realizada a interpretação sobre a aplicação do termo “extensão” como designação para propagação de conhecimento e seu real sentido quando na aplicação das técnicas usualmente adotadas para promovê-lo.

O mesmo foi realizado com o texto, Perspectivas da Agricultura Alternativa do capítulo II do livro Tecnologia e Agricultura Familiar. Em que o autor faz uma correlação do impacto social que se ocorre devido a adoção de tecnologias e maneiras alternativas a supremacia do mercado capitalista.

Por fim foi realizada uma resenha sobre ambos, com correlação dos textos supracitados.

METODOLOGIA

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EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

MUNDO CULTURA

TEMPO

HOMEM

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EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

SUJEITO

OBJETO

SUJEITO

PENSAMENTO

PENSAMENTO

CO

MU

NIC

ÃO COMUNICAÇÃO = RECIPROCIDADE

Não há sujeito passivo

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Relações diálogo-comunicativas;

Acordo entre sujeitos;

Sistema simbólico ininteligível (palestras X diálogo problematizador)

COMUNICAÇÃO, não extensão;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Busca da significação dos significados!!!

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

DIÁLOGO BUSCAEDUCAÇÃO

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Comunicação:- Objeto da comunicação pertencente ao domínio

emocional;- Ato de comunicar conhecimento ou estado

mental;

Comunicação EFICIENTE;

PENSAMENTO -> LINGUAGEM -> REALIDADE

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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SIGNO de mesmo SIGNIFICADO?- centra nos significados;- convicções;

CONVICÇÕES:- camponês (mágica);- Agrônomos (termos técnicos);

Terreno comum a ambos;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Tendência do extensionismo;

Condicionamentos sócio-culturais;

Não possuem um caráter educativo-libertador;

Humanismo científico;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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A educação como uma situação gnosiológica: Consciência como criadora da própria realidade concreta;

A transformação da realidade se daria sem a participação do homem;

Interação com a realidade;

Relações homem-mundo (ambos inacabados);

Adaptação, sugere realidade acabada;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Tomada de consciência não se da de forma isolada;- relações;- Aprofundamento

Educador no processo de conscientização (opções);- “Domesticação”

Educação como uma situação gnosiológica;

Educador no mesmo nível dos alunos;

Aula: encontro para busca de conhecimento;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Educação não gnosiológica:- Transmissores;- Aprisionam a capacidade de desenvolvimento;- “Assistencialismo”

Educador deve PROBLEMATIZAR;- O próprio educador “re-ad-mira” o objeto problematizado;- Compreensão dos signos;- Problematização homem-mundo;

Ad-miração;

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Educação:- Durável (se transforma);

A situação do agrônomo e o camponês:- Conteúdo escolhido por ambos;- Capacitação técnica; - Educação Libertadora.

EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO?

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Métodos de análise:

- caráter individual e social de uma tecnologia e sua adoção: diferenças de abrangência, diferenças de resultados.

- a utilização das tecnologias tem sua utilização socialmente determinadas: inovar/adotar (exigências); principio transcendente;

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“Se a tecnologia não é concebida como um momento do sistema de produção existente, se seu desenvolvimento não for explicado pelo desenvolvimento das relações sociais de produção, ela termina por ser um princípio transcendente...”(Luckás, 1981, p.333)

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Tecnologias

Desenvolvimento Social

A tecnologia muda ao curso do desenvolvimento social.

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Forças Produtivas

TecnologiasAvanço

Avanço

Relações Sociais

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Marx (1859) no prefácio de Para a crítica da economia política:

a) Os homens na produção social de suas vidas constroem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção, que correspondem a uma etapa do desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. A totalidade dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, base na qual se levanta uma superestrutura jurídica e política

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b) Em uma certa etapa de seu desenvolvimento, as forças produtivas entram em contradição com as relações de produção existentes(...)dentro das quais elas até então tinham se movido(...) estas relações se transformam em suas travas...

c) Com a transformação da base econômica, toda a superestrutura se transforma com maior ou menor rapidez..

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Forças Produtivas:

Marx, define que uma formação social nunca perece antes

que se desenvolvam suas forças produtivas;

Novas relações de produções mais adiantadas jamais tomarão o lugar destas, antes que suas condições materiais de existência tenham sido geradas;

Das relações surgem a subsunção formal, com a mesma base da subordinação indireta, definida por oposição a direta;

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Subordinação formal, processo capitalista de produção organizado com base na divisão social do trabalho (manufatura) em que há comando por parte do capitalista, porém o trabalhador controla o seu processo de trabalho e produção, já implica na produção de mais-valia (absoluta);

Subordinação real:- Introdução de máquinas (“virtuosa”);- Mudanças na base técnica;- Grande transformação nas relações de produção

(passivo);

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CONCLUSÃO: Tecnologia é uma variável-resultado, é a consumação do

capitalismo, só se estabelece após resolução dos conflitos primitivos (manufatura);

As mudanças nas relações sociais de produção, possibilitam o desenvolvimento das forças produtivas;

O que impulsiona tais transformações são os conflitos das relações que o homem estabelece entre si com as bases materiais, sobre as quais se desenvolvem.

O capitalismo desenvolve as forças produtivas, sendo a produção um ato social por excelência, todavia, a apropriação dos meios de produção e dos resultados dessa produção social são ainda privados.

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Alternativa a quê?

Relações de produção estabelecidas sob o sistema capitalista e causa final;

Capitalismo verde - preocupação somente com o meio ambiente;

Uso racional de um ponto de vista global ao modo capitalista de produção;

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O homem diferente dos outros animais, tem necessidades e aspirações não naturais (no sentido de que podem ser encontradas prontas na natureza). Se a humanidade desaparecesse da superfície da terra, o trigo desapareceria menos de um quarto de século depois; e o mesmo ocorreria com todas as plantas cultivadas, as arvores frutíferas e os animais destinados ao consumo. Todas essas criações do homem subsistem apenas porque as defendemos da Natureza. (FOURASTIÉ, 1981)

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Estado capitalista;

Capitalismo domesticado;

Tecnologia Capitalista;

Modernização capitalista do campo;

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Tecnologias alternativas

afastar o pequeno produtor dos mercados capitalistas;

reduzir os fluxos financeiros da unidade produtiva;

visando reduzir o excedente apropriado pelo mercado;

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estratégia de resistência

inserção dos pequenos produtores nos mercados capitalistas;

Experiências concretas da agricultura alternativa:

- Caso chileno, perda do papel produtivo dos pequenos produtores familiares;- Espanha, aumento da migração sazonal pra França e Itália;- PDRI, eternos dependentes, “refluem” quando cessa a

intevenção.

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As alternativas reais:

Adequar a tecnologia; Adequar o camponês;- Retomar a política como questão central, deixando a “questão

tecnológica” restrito as forças produtivas;- Participar no Estado como reivindicante de uma atuação, como

participante direto da economia rural (crédito e comercialização);- Organizar e fortalecer suas próprias representações;

Saída:

- “Estado verde”, Capitalismo domesticado;

- ações de curto prazo.

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Ambos retratam a influência do ser “social”, com ampla capacidade de alterar, desenvolver ou anular saberes e tal comportamento influenciar no meio em que vivem. Tratam da implementação de novas tecnologias e suas consequências, um da maior ênfase no método de transmissão dessas tecnologias e o outro nas diversos estratégias de aplicabilidade dessas tecnologias e o que provocam nas relações sociais.

Paulo Freire, afirma que de nada adianta pensar na mudança do termo “extensão” rural se primordialmente não for mudado a maneira prática atual do “extensionista”. O outro que a tecnologia é a consumação do capitalismo moderno, por ser uma variável que não pode ser repassada de maneira igualitária a todos e assim constitui um caminho retrogrado ao desenvolvimento das relações sociais, apesar de ser totalmente dependente dessas para ter seu surgimento. Dai surgem as tecnologias alternativas, que tentam estabelecer a “produção da consciência”, criando uma nova visão de sociedade que produz, mais ampla e organizada em seu meio, sendo tarefa do Educador (extensionista rural) facilitar a execução de tais métodos aos produtores.

CONCLUSÃO