Upload
manasdois
View
21
Download
5
Embed Size (px)
Citation preview
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 1 Mestrado de Direito e Gestão
IRS na óptica da empresa
Luís Janeiro
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 2 Mestrado de Direito e Gestão
IRS
Incidência real da categoria A. Caso particular das
remunerações acessórias
As retenções na fonte por categoria de rendimento:
residentes e não residentes
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 3 Mestrado de Direito e Gestão
Objectivos do tema:
Apresentar as principais implicações para as sociedades
do pagamento de rendimentos sujeitos a IRS a pessoas
singulares residentes e não residentes em Portugal.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 4 Mestrado de Direito e Gestão
Material de apoio:
IRS:
– Código do IRS
– Decreto-Lei nº 42/91
– Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 5 Mestrado de Direito e Gestão
IRS
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 6 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Trabalho por conta de outrem
Prestação de serviços sob a autoridade e direcção do sujeito activo na relação jurídica daí resultante
Exercício de função, serviço ou cargo público
Situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 7 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Ordenados, salários, vencimentos
Gratificações, percentagens, participações
Subsídios ou prémios, senhas de presença, emolumentos, participações em coimas ou multas
Outras remunerações acessórias
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 8 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Remunerações dos membros dos órgãos estatutários
(excepto ROC’s)
Remunerações acessórias (fringe benefits) como:
Abonos de família > limites legais
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 9 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Subsídio de refeição: o limite legal ou 1,6x se for por vales
de refeições(OE 2013)
Limites para 2014:
Subsídio de refeição dos funcionários públicos € 4,27/dia útil
Idem para outros € 4,27 ou € 6,83/dia útil
Recentemente:
2012: € 5,12 ou € 6,83/dia útil
Anteriormente a 2012: € 6,41 ou € 7,26/dia útil
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 10 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Contribuições da entidade patronal para regimes
complementares de segurança social: tributação
imediata das contribuições constitutivas de direitos
adquiridos e individualizados e diferida das restantes
Subsídios de residência ou utilização de habitação
fornecida pela entidade patronal
Resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de
juro inferior à de referência para o tipo de operação,
concedidos ou suportados pela entidade patronal
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 11 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Importâncias despendidas pela entidade patronal com
viagens e estadas de turismo e similares
Rendimentos em dinheiro ou espécie disponibilizados
inerentes a valores mobiliários ou direitos equiparados
Ganhos derivados de planos de opções, de subscrição,
de atribuição ou outro de efeitos equivalentes sobre
valores mobiliários ou equiparados (em benefício dos
trabalhadores ou membros dos órgãos sociais)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 12 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Resultantes da utilização de viatura automóvel que
gere encargos para a entidade patronal nos casos
em que existe acordo escrito
Aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão
estatutário por valor inferior ao valor de mercado
de viatura que tenha originado encargos para a
entidade patronal
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 13 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Abonos para falhas a quem tenha de movimentar
numerário se > 5% da remuneração mensal fixa
Ajudas de custo e importâncias auferidas pela
utilização de automóvel próprio em serviço da
entidade patronal se acima dos limites legais ou as
verbas de que não tenham sido prestadas contas
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 14 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Ajudas de custo - limites legais para 2014:
- Portugal………€ 50,20/dia ou € 69,19 (*)
(Apenas para deslocações diárias para além de 20kms do domicílio e nas deslocações por dias sucessivos para além de 50 Kms do domicílio)
- Estrangeiro…€ 89,35/dia ou € 100,24 (*)
(Em 2012, € 119,13 ou € 133,66, respectivamente)
Transporte em viatura própria……..€ 0,36/Km
(*) Aplicável aos membros dos órgãos sociais e a trabalhadores com funções
e/ou remunerações não comparáveis às categorias dos funcionários
públicos , de acordo com a Circular nº12/91.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 15 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Indemnizações resultantes da constituição, extinção
ou modificação da relação jurídica de trabalho
dependente, incluindo as devidas por incumprimento
das condições contratuais ou derivadas da mudança
do local de trabalho
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 16 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Na cessação, tributar-se-á o excedente a 1 vez (OE
2012; anteriormente 1,5 vezes) o valor médio das
remunerações regulares com carácter de retribuição
auferidas nos últimos 12 meses multiplicado pelo nº de
anos ou fracções de antiguidade. No caso de gestor
(gestor público ou representante de estabelecimentos
estáveis de entidades não residentes), administrador
ou gerente de pessoa colectiva existe tributação pela
totalidade das importâncias recebidas a qualquer título.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 17 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Exceptuam-se deste tratamento mais favorável os
casos em que seja criado novo vínculo profissional
ou empresarial com a mesma entidade directamente
ou indirectamente através de entidade em que 50%
do capital seja detido pelo beneficiário e/ou
membros do seu agregado familiar (e demais
situações do nº5)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 18 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos de trabalho
dependente - artº2 do CIRS
Não são tributáveis:
Prestações efectuadas pelas entidades patronais para regimes
obrigatórios de segurança social
Benefícios pela utilização de realizações de utilidade social e
de lazer mantidas pela entidade patronal
Prestações exclusivamente de acções de formação profissional
As importâncias suportadas pelas entidades patronais com a
aquisição de passes sociais a favor dos seus trabalhadores
desde que a atribuição dos mesmos tenha carácter geral.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 19 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
Exemplos de determinação da base tributável:
Para empréstimos para habitação própria e permanente
superiores a € 134.675,43, pelo valor do capital
multiplicado pela diferença entre a taxa de referência (a
menor das taxas de refinanciamento do BCE – 0,25%
actualmente) e a taxa devida pelo trabalhador ao banco.
Para outro tipo de empréstimos, não existe possibilidade
de quantificação pois nunca foi publicada nenhuma
Portaria (o que estava previsto)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 20 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
Não havendo renda, o valor de uso é igual ao valor da renda
condicionada, determinada segundo os critérios legais, não
devendo, porém, exceder um terço (OE 2012; anteriormente
um sexto) do total da remunerações auferidas pelo beneficiário.
No caso de ganhos derivados de planos de opções, de
subscrição, de atribuição ou outro de efeitos equivalentes sobre
valores mobiliários ou equiparados, a diferença entre o valor de
mercado do bem ou direito nessa data e o preço de exercício da
opção ou do direito acrescido do que haja sido pago
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 21 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
Na atribuição do uso de viatura pela entidade patronal, o
produto de 0,75% do seu custo de aquisição ou produção
pelo número de meses de utilização
Diferença entre o valor de mercado do bem ou direito
nessa data e o preço de exercício da opção ou do direito
acrescido do que haja sido pago
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 22 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
No caso de aquisição de viatura pelo trabalhador ou
membro de órgão social, o rendimento corresponde à
diferença positiva entre o respectivo valor de mercado e
o somatório dos rendimentos anuais tributados como
rendimentos decorrentes da atribuição do uso com a
importância paga a título de preço de aquisição.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 23 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
Considera-se valor de mercado o que corresponder à
diferença entre o valor de aquisição e o produto desse
valor pelo coeficiente de desvalorização constante de
tabela aprovada por Portaria do Ministro das Finanças
(Portaria 383/2003, de 14 de Maio).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 24 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: rendimentos em espécie -
artº24 do CIRS
Desvalorização acumulada, de acordo com a Portaria
383/2003, de 14 de Maio:
1º ano: 20%; 2º ano: 35%;
3º ano: 45%; 4º ano: 55%;
5º ano: 65%; 6º ano: 70%;
7º ano: 75%; 8º ano: 80%;
9º ano: 85%; a partir do 10º: 90%
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 25 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: retenções na fonte - artº98º e
99º
Como substitutos tributários, são responsáveis pelas
importâncias retidas e não entregues ao Estado (art.º
28º da Lei Geral Tributária e art.º 103º do CIRS);
As entregas são até ao dia 20 do mês seguinte (art.º
98º do CIRS).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 26 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: retenções na fonte - artº98º e 99º
As retenções na fonte da categoria A fazem-se através da
aplicação de tabelas que são publicadas todos os anos (*) e
cuja taxa varia em função da situação pessoal e familiar,
bem como do montante dos rendimentos desta categoria. É
de salientar que essa tabelas estão construídas numa base
de 14 meses, sendo calculadas autonomamente as
retenções na fonte relativas ao subsídio de férias e ao
subsídio de Natal (independentemente do seu
fracionamento, nomeadamente em duodécimos)
(*) Para 2014 (Continente), consulte-se o Despacho nº706-A/2014.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 27 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: retenções na fonte - artº98º e 99º
No caso de remunerações exclusivamente variáveis, aplica-
se a tabela do art.º 100º.
Para os residentes não habituais auferidos em actividades
de elevado valor acrescentado, com carácter científico,
artístico ou técnico ( Portaria nº12/2010), a retenção na
fonte é efectuada à taxa de 20% (cf. nº3 do art.º 3º do
Decreto-Lei 42/91).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 28 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: dispensa de retenções na fonte
- artº99
Subsídios de residência;
Resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de juro
inferior à de referência para o tipo de operação;
Ganhos derivados de planos de opções, de subscrição,
de atribuição ou outro de efeitos equivalentes sobre
valores mobiliários ou equiparados;
Rendimentos isentos;
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 29 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: dispensa de retenções na fonte
- artº99
Resultantes da utilização de viatura automóvel que gere
encargos para a entidade patronal nos casos em que
existe acordo escrito;
Aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão
estatutário por valor inferior ao valor de mercado de
viatura;
Gratificações em razão da prestação do trabalho quando
não atribuídas pela entidade patronal (cuja tributação é
efectuada à taxa especial de 10%, cf. art.º 72,nº3).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 30 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
Solicitar ao sujeito passivo os dados indispensáveis relativos
à sua situação pessoal e familiar (art.º 99º do CIRS);
As entidades devedoras de rendimentos que estejam
obrigadas a efectuar a retenção, total ou parcial do imposto,
bem como as devedoras de rendimentos para os quais
existe dispensa de retenção na fonte, dos rendimentos não
sujeitos, total ou parcialmente, previstos no artigo 2º e nos
n.os 2, 4 e 5 do artigo 12º e ainda e que processem
gratificações não atribuídas pela entidade patronal têm que:
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 31 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
i) Possuir registo actualizado das pessoas credoras desses
rendimentos, ainda que não tenha havido lugar a retenção
do imposto, do qual constem, nomeadamente, o nome, o
número fiscal e respectivo código, bem como a data e
valor de cada pagamento ou dos rendimentos em espécie
que lhes tenham sido atribuídos (art.º 119º,nº1, a) do
CIRS);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 32 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
ii) Entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro de cada
ano, documento comprovativo das importâncias devidas
no ano anterior (também dos rendimentos em espécie),
do imposto retido na fonte e das deduções (art.º 119º,
nº1, b) do CIRS);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 33 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
iii) Entregar à Autoridade Fiscal e Aduaneira uma declaração
de modelo oficial, referente aos rendimentos pagos ou
colocados à disposição e respectivas retenções de
impostos, de contribuições obrigatórias para regimes de
protecção social e subsistemas legais de saúde, bem como
de quotizações sindicais até ao dia 10 do mês seguinte ao
do pagamento ou colocação à disposição, mesmo que
sejam rendimentos isentos ou não sujeitos a tributação,
sem prejuízo de poder ser estabelecido por portaria a sua
entrega anual (art. 119º, nº1, c), i) do CIRS).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 34 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
iV) Apresentar a declaração atrás referida nos 30 dias
imediatos à ocorrência de qualquer facto que determine a
alteração dos rendimentos já declarados ou que implique a
obrigação de os declarar (Art. 119º, nº1, d) do CIRS)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 35 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
Quando haja criação ou aplicação, em benefício de
trabalhadores ou membros de órgãos sociais, de planos
de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de
efeito equivalente, a entidade patronal é obrigada a
declarar a existência dessa situação até 30 de Junho do
ano seguinte (art.º 119º,nº8 do CIRS);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 36 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
As entidades que suportem os encargos, preços ou vantagens
económicas referidos no nº 4 do artigo 24º, são obrigadas a
(art.º 119º,nº9) :
a) Possuir registo actualizado das pessoas que auferem os
correspondentes rendimentos, do qual constem o número fiscal e
respectivo código, bem como as datas de exercício das opções,
direitos de subscrição ou direitos de efeito equivalente, da
alienação ou renúncia ao exercício ou da recompra, os valores,
preços ou vantagens económicas referidos no nº 4 do artigo 24º;
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 37 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
Entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro de cada
ano, cópia do registo referido na alínea anterior, na parte
que lhe respeita;
Incluir na declaração a que se referem as alíneas c) e d)
do art.º 119º, nº1, c) do CIRS aqueles valores).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 38 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA A: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
São obrigatórios registos e/ou declarações por parte
das entidades utilizadoras e emitentes de vales de
refeição (art.º 126º CIRS)
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 39 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA B: Retenções na fonte (art.º101º
do CIRS)
As entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade
organizada são obrigadas a reter o imposto, mediante a aplicação,
aos rendimentos ilíquidos de que sejam devedoras, da taxa de:
16,5% para os provenientes da propriedade intelectual ou
industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma
experiência adquirida no sector industrial, comercial ou
científico, quando auferidos pelo seu titular originário.
25% para as actividades profissionais especificamente
previstas na lista a que se refere o art.151º do CIRS.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 40 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA B: Retenções na fonte (art.º101º
do CIRS)
11,5% para as prestações de serviços não compreendidas
anteriormente e para as subvenções auferidas no âmbito de
actividades profissionais e actos isolados idêntico.
20% para os rendimentos auferidos por residentes não
habituais em actividades de elevado valor acrescentado,
com carácter científico, artístico ou técnico.
A retenção depende ainda do facto do credor deste rendimento
atingir ou não o limite anual de 10 000 euros (cf. art. 9º, nº1,
a) do DL 42/91, que remete para o nº1 do art.º 53º do CIVA).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 41 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: Retenções na fonte (art.º71º e
art.º 101º do CIRS)
A taxa geral de retenção na fonte a residentes em Portugal
é de 16,5% (art.º 101º), por parte de entidades com
contabilidade organizada, existindo casos particulares no
art. 71º:
28% para os rendimentos de títulos de dívida,
nominativos ou ao portador, bem como os rendimentos
de operações de reporte, cessões de crédito, contas de
títulos com garantia de preço ou de outras operações
similares ou afins
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 42 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: Retenções na fonte (art.º71º e
art.º 101º do CIRS)
28% para os rendimentos de swaps e de operações cambiais
a prazo
28 % para os juros de depósitos à ordem ou a prazo,
incluindo os certificados de depósito
28 % para os juros de suprimentos
28% para os lucros
35% para rendimentos de capitais devidos por entidades
residentes em “paraísos fiscais” por intermédio de entidades
mandatadas
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 43 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: Rendimentos de capitais devi-
dos por entidades não residentes quando não
sujeitos a retenção na fonte (art.º72º, nº5 do
CIRS)
Taxa especial de 28%.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 44 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: obrigações acessórias dos
devedores com contabilidade organizada
As entidades devedoras dos rendimentos a que se refere o
artigo 71º, cujos titulares beneficiem de isenção, dispensa de
retenção ou redução de taxa, são obrigadas (art. 119º, nº2) a:
a) Entregar à Aut. Trib. e Aduan., até ao fim do mês de Julho
de cada ano, uma declaração relativa àqueles rendimentos;
b) Possuir um registo actualizado dos titulares desses
rendimentos com indicação do respectivo regime fiscal, bem
como os documentos que justificam a isenção, a redução de
taxa ou a dispensa de retenção na fonte.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 45 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: obrigações acessórias dos
devedores com contabilidade organizada
Tratando-se de rendimentos de quaisquer títulos
nominativos ou ao portador, com excepção dos sujeitos a
englobamento obrigatório, e de juros de depósitos à ordem
ou a prazo, cujos titulares sejam residentes em território
português, o documento referido na alínea b) do nº 1 do
art. 119º apenas é emitido a solicitação expressa dos
sujeitos passivos que pretendam optar pelo englobamento,
a qual deve ser efectuada até 31 de Janeiro do ano
seguinte àquele a que os rendimentos respeitam.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 46 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA E: obrigações acessórias dos
devedores com contabilidade organizada
Instituições de crédito e sociedades seguradoras (art.º
127º);
Entidades que recebam ou paguem quaisquer
importâncias susceptíveis de abatimento ao rendimento
ou dedução à colecta do IRS (art.º 127º);
Instituições de crédito, relativamente às contas
poupança-habitação (art. 18º do EBF);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 47 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA F: Retenções na fonte (art.º 101º
do CIRS)
As entidades que disponham ou devam dispor de
contabilidade organizada são obrigadas a reter o
imposto, mediante a aplicação, aos rendimentos ilíquidos
de que sejam devedoras, da taxa de 25%.
A retenção depende ainda do facto do credor deste
rendimento atingir ou não o limite anual de 10 000
euros (cf. art. 9º, n1, a) do DL 42/91, que remete para o
nº1 do art.º 53º do CIVA, que estabelece este limite).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 48 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA F: obrigações acessórias dos
devedores com contabilidade organizada
Possuir registo actualizado das pessoas credoras desses
rendimentos, ainda que não tenha havido lugar a
retenção do imposto, do qual constem, nomeadamente,
o nome, o número fiscal e respectivo código, bem como
a data e valor de cada pagamento (art.º 119º,nº1, a) do
CIRS);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 49 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA F: obrigações acessórias dos
devedores com contabilidade organizada
Entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro de
cada ano, documento comprovativo das importâncias
devidas no ano anterior (também dos rendimentos
em espécie), do imposto retido na fonte e das
deduções (art.º 119º, nº1, b) do CIRS);
Entregar à Autoridade Fiscal e Aduaneira, até ao final
de Fevereiro, uma declaração relativa aos valores
atribuídos e às retenções na fonte (art.º 119º, nº1,
c), ii) do CIRS).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 50 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA G: Retenções na fonte (nº 1, a)
do art.º 101º do CIRS)
Existe retenção na fonte à taxa de 16,5% para:
- as indemnizações que visem a reparação de danos não
patrimoniais, exceptuadas as fixadas por decisão judicial
ou arbitral ou resultantes de acordo homologado
judicialmente, de danos emergentes não comprovados e
de lucros cessantes, considerando-se neste último caso
como tais apenas as que se destinem a ressarcir os
benefícios líquidos deixados de obter em consequência
da lesão.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 51 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA G: Retenções na fonte (nº 1, a)
do art.º 101º do CIRS)
- as importâncias auferidas em virtude da assunção de
obrigações de não concorrência, independentemente da
respectiva fonte ou título.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 52 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA G: obrigações acessórias
relacionadas com este tipo de rendimentos
Entidades emitentes de valores mobiliários – artigo 120.º
Notários, Conservadores e Oficiais de Justiça – artigo 123.º
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 53 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA G: obrigações acessórias
relacionadas com este tipo de rendimentos
Instituições de crédito e sociedades financeiras
relativamente a operações com valores mobiliários,
warrants autónomos e instrumentos financeiros
derivados praticadas por seu intermédio – artigo 124.º
Entidades registadoras ou depositárias de valores
mobiliários – artigo 125.º
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 54 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA H: retenções na fonte - artº98º e
artº99º
As retenções na fonte da categoria H fazem-se
através da aplicação de tabelas que são publicadas
todos os anos e cuja taxa varia em função da situação
pessoal, bem como do montante dos rendimentos
desta categoria. Tal como na categoria A, as tabelas
estão construídas numa base de 14 meses.
Os valores retidos são entregues até ao dia 20 do
mês seguinte.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 55 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA H: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
Solicitar ao sujeito passivo os dados indispensáveis relativos
à sua situação pessoal e familiar (art.º 99º do CIRS);
Possuir registo actualizado das pessoas credoras desses
rendimentos, ainda que não tenha havido lugar a retenção do
imposto, do qual constem, nomeadamente, o nome, o
número fiscal e respectivo código, bem como a data e valor
de cada pagamento ou dos rendimentos em espécie que lhes
tenham sido atribuídos (art.º 119º,nº1, a) do CIRS);
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 56 Mestrado de Direito e Gestão
CATEGORIA H: obrigações acessórias dos
devedores deste tipo de rendimentos
Entregar aos sujeitos passivos, até 20 de Janeiro de cada
ano, documento comprovativo das importâncias devidas
no ano anterior (também dos rendimentos em espécie), do
imposto retido na fonte e das deduções (art.º 119º, nº1,
b) do CIRS);
Entregar à Autoridade Fiscal e Aduaneira, até ao final de
Fevereiro, uma declaração relativa aos valores atribuídos
e às retenções na fonte (art.º 119º, nº1, c), ii) do CIRS).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 57 Mestrado de Direito e Gestão
Obrigações acessórias diversas
Notários, conservadores e oficiais de justiça (art.º
123º);
Nomeação de um representante pelos não
residentes que obtenham em Portugal
rendimentos sujeitos a IRS (art. 130º).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 58 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte a não residentes na
ausência de um Acordo sobre Dupla
Tributação (ADT): artº 71º e 101º do CIRS
Categoria A (a título definitivo): taxa de 25%
Categoria B:
i) Se não tiverem cá estabelecimento estável: (a título
definitivo): taxa de 25%.
ii) Se tiverem cá um estabelecimento estável (situação em
que a eventual retenção na fonte é por conta do imposto
devido a final): às taxas aplicáveis aos residentes. Refira-se
que, neste último caso, a colecta será calculada à taxa de
25% sobre o rendimento líquido.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 59 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte a não residentes na
ausência de um Acordo sobre Dupla
Tributação (ADT): artº 71º e artº 101º do
CIRS
Categoria E (a título definitivo): taxa de 28% em todos os
casos excepto royalties e afins e rendimentos relativos à
concessão do uso de equipamento industrial, comercial ou
agrícola, situações em que a taxa é de 25%. Ainda existe
outra excepção para qualquer rendimento de capitais
auferido nos chamados “paraísos fiscais” , que constam na
Portaria nº 150/2004, em que a taxa é de 35%.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 60 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte a não residentes na
ausência de um Acordo sobre Dupla
Tributação (ADT): artº 71º e artº 101º do
CIRS
Categoria F (por conta do imposto devido a final): taxa de
25%.
Nota: A tributação sobre a base tributável é feita à taxa de
28% (cf. Artº 72º do CIRS).
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 61 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte a não residentes na
ausência de um Acordo sobre Dupla
Tributação (ADT): artº 71º e 101º do CIRS
Categoria G: taxa de 25% (a título definitivo):
- As indemnizações que visem a reparação de danos não
patrimoniais, exceptuadas as fixadas por decisão judicial ou
arbitral ou resultantes de acordo homologado judicialmente,
de danos emergentes não comprovados e de lucros
cessantes, considerando-se neste último caso como tais
apenas as que se destinem a ressarcir os benefícios líquidos
deixados de obter em consequência da lesão;
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 62 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte a não residentes na
ausência de uma Acordo sobre Dupla
Tributação (ADT): artº 71º e 101º do CIRS
- Importâncias auferidas em virtude da assunção de
obrigações de não concorrência, independentemente da
respectiva fonte ou título.
Categoria H (a título definitivo): taxa de 25% sobre o
rendimento líquido.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 63 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte sobre rendimentos
abrangidos por convenções internacionais:
art.º18º do Decreto-Lei nº42/91
Não existe obrigação de efectuar a retenção de IRS na fonte, no
todo ou em parte, relativamente aos rendimentos auferidos por
não residentes ao abrigo do art. 71º do CIRS (em que a
retenção é efectuada a taxas liberatórias) quando, por força de
uma convenção destinada a evitar a dupla tributação celebrado
por Portugal, a competência para a tributação dos rendimentos
auferidos por um residente de um Estado contratante não seja
atribuída ao Estado da fonte ou o seja apenas de forma limitada.
Luís Janeiro FISCALIDADE – IRS na óptica da empresa 64 Mestrado de Direito e Gestão
Retenções na fonte sobre rendimentos
abrangidos por convenções internacionais:
art.º18º do Decreto-Lei nº42/91 Para accionar tais convenções, os beneficiários devem fazer
prova perante a entidade que se encontra obrigada a
efectuar a retenção através da apresentação de um
formulário de modelo aprovado por despacho do Ministro das
Finanças, certificado pelo respectivo Estado de residência
(Modelo 21-RFI) ou acompanhado de documento emitido
pelas autoridades competentes do respectivo Estado de
residência, que ateste a sua residência para efeitos fiscais no
período em causa e a sujeição a imposto sobre o rendimento
nesse Estado.