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Acta bot. bras. 3(2): 1989 supI. 253 A VEGETAÇÃO DE RESTINGA NO MUNICÍPIO DE MARICÁ - RJ (1) Janie Garcia da Silva (2) Arline Souza de Oliveira (3) RESUMO - Este levantamento da vegetação de restinga no Município de Maricá, executado no período de 1985 a 1988, abrange 379 espécies, em continuação a estu- dos anteriores em Barra de Maricá, Rio de Janeiro, Brasil. Os estudos e observações realizadas, comparam as localidades de Barra de Maricá e Itaipuaçu e mosiram a distribuição das espécies no ambiente em função de características topográficas e outras particularidades, permitindo relacionar e descrever 10 comunidades dentro do ecossistema. Palavras-chave: restinga, Maricá, Rio de Janeiro, vegetação, flora. ABSTRACT - This survey of the "restinga" vegetation in the Maricá Municipal District, performed from 1985 to 1988, perceive 379 species in continuation to early studies in Barra de Maricá, Rio de Janeiro, Brazil. This paper wish to compare the localities of Barra de Maricá and Itaipuaçu, showing the distribution of species in relation to topography and others environment factors. Ten comunities are described in the ecosystem. Key words: restinga, Maricá, Rio de Janeiro, vegetation, flora. Introduçáo O termo "restinga" aqui adotado, refere-se à vegetação ocorrente sobre depósitos arenosos costeiros característicos do litoral brasileiro (SUGUIO & TESSLER,1984). A costa fluminense é constituída por depósitos sedimentares provenientes de regressões e transgressões marinhas ocorridas no Quaternário (PERRIN, (1) Programa Linhas de Ação em Botânica, Ecossistema Restinga (CNPq). (2) Depto. de Bio!' Geral-lB -UFF. Outeiro de S. João Baptista Niterói, Centro, RJ. 24021. (3) Depto. de Botânica-Museu Nacional- UFRJ , Quinta da Boa Vista, s/n9, São Cristovão, Rio de Janeiro. 20942.

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Acta bot. bras. 3(2): 1989 supI. 253

A VEGETAÇÃO DE RESTINGA NO MUNICÍPIO DE MARICÁ - RJ (1)

Janie Garcia da Silva (2) Arline Souza de Oliveira (3)

RESUMO - Este levantamento da vegetação de restinga no Município de Maricá, executado no período de 1985 a 1988, abrange 379 espécies, em continuação a estu­dos anteriores em Barra de Maricá, Rio de Janeiro, Brasil. Os estudos e observações realizadas, comparam as localidades de Barra de Maricá e Itaipuaçu e mosiram a distribuição das espécies no ambiente em função de características topográficas e outras particularidades, permitindo relacionar e descrever 10 comunidades dentro do ecossistema.

Palavras-chave: restinga, Maricá, Rio de Janeiro, vegetação, flora.

ABSTRACT - This survey of the "restinga" vegetation in the Maricá Municipal District, performed from 1985 to 1988, perceive 379 species in continuation to early studies in Barra de Maricá, Rio de Janeiro, Brazil. This paper wish to compare the localities of Barra de Maricá and Itaipuaçu, showing the distribution of species in relation to topography and others environment factors. Ten comunities are described in the ecosystem.

Key words: restinga, Maricá, Rio de Janeiro, vegetation, flora.

Introduçáo

O termo "restinga" aqui adotado, refere-se à vegetação ocorrente sobre depósitos arenosos costeiros característicos do litoral brasileiro (SUGUIO & TESSLER,1984).

A costa fluminense é constituída por depósitos sedimentares provenientes de regressões e transgressões marinhas ocorridas no Quaternário (PERRIN,

(1) Programa Linhas de Ação em Botânica, Ecossistema Restinga (CNPq). (2) Depto. de Bio!' Geral - lB -UFF. Outeiro de S. João Baptista sln~. Niterói, Centro, RJ. 24021. (3) Depto. de Botânica-Museu Nacional -UFRJ, Quinta da Boa Vista, s/n9 , São Cristovão, Rio de Janeiro.

20942.

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1984). Esses movimentos levaram a fonnação de cordões arenosos onde fica­ram aprisionados sistemas de dunas e alagados (MUEHE, 1984; FLEXOR, 1984).

No litoral do Município de Maricá, as feições topográficas são bastante heterogêneas. Entre Ponta Negra e Ponta do Fundão, os processos sedimentares originaram um cordão arenoso simples; entre Barra de Maricá e Itaipuaçu há um duplo cordão (PERRIN, 1984). Em Itaipuaçu, encontramos ainda um tercei­ro cordão "formado pelo alinhamento sobre um terraço arenoso que correspon­deria a uma antiga alta praia, fonnada no decorrer da pregradação costeira" (FLEXOR,1984).

As pesquisas de KAPLAN & colaboradores (1983) a partir de 1981 sobre ecologia química dessa vegetação, em excursões mensais, levaram à coleta de material botânico e de observações que resultaram em levantamento e estudos (SILVA & SOMNER, 1983, 1984, 1984a), com base em Barra de Maricá. A partir de 1985, os estudos estenderam-se ao litoral de Itaipuaçu.

Nesse trabalho, continua-se o levantamento, enfocando o trecho de Ma­ricá-Itaipuaçu. Apresenta-se uma análise da região como um todo, comparan­do-se as duas localidades, além de se reconhecer e delimitar as comunidades vegetais que compõe o ecossistema estudado.

Material e Métodos

Foram realizadas excursões quinzenais à região para coletas, observação e documentação fotográfica.

As espécies reconhecidas em campo, foram apenas assinaladas. O material a ser identificado, foi preparado segundo as técnicas usuais.

Na determinação das espécies, recorreu-se às obras de MARTIUS (1840-1906), a diversos trabalhos pertinentes e alguns especialistas. Recorreu­se ainda à comparação com exsicatas depositadas no Herbário Alberto Caste­lhanos (GUA), Herbarium Bradeanum (HB), do Jardim Botânico do Rio de Ja­neiro (RB) e do Museu Nacional (R.). Este último, tornou-se depositário das co­letas realizadas a fim de se manter registros da flora regional.

As espécies foram relacionadas em ordem alfabética de fanulia com seus respectivos autores e indicações de ocorrência na área (Tabela 1). A nomencla­tura vulgar foi extraída em sua maioria de fontes bibliográficas (CORREA, 1976; ESTEVES, 1980; SAMPAIO, 1946). As observações baseiam-se no tra­balho de campo, durante as coletas e, por vezes, na bibliografia (ANDRADE & ai., 1982; ARAÚJO & HENRIQUES, 1984; BERG, 1972; CARAUTA & COIMBRA, 1982; ORMOND, 1960; PRANCE, 1972; SILVA & SOMNER, 1983, 1984; SMITH, 1955).

Os perfis de vegetação (figs. 1-4), traçados com mapas e cartas topográfi­cas (BRASIL-FUNDREM, 1979; BRASIL-DSG, 1982), mostram a distribuição das comunidades vegetais descritas a partir das observações de campo sobre a região como um todo. A análise dos resultados obtidos permitiu uma compa­ração entre a vegetação das localidades de Itaipuaçu e Barra de Maricá.

A vegetação de restinga ... 255

Resultados

Na fonnação típica dos duplos cordões arenosos, o interno (chamado 22

cordão nesse trabalho), "é mais largo, por vezes mais baixo, de fonnas suaves e encontra-se colonizado por uma vegetação lenhosa, esclerófIla, distribuída em maciços irregulares", com elementos arbóreos mais desenvolvidos. O cordão externo (tido por 12 cordão), possui formato irregular e, sofre mais intensamen­te a ação dos ventos, sendo recoberto em parte por "vegetação predominante­mente arbustiva, baixa" (PERRIN, 1974).

O 32 cordão, encontrado em Itaipuaçu, possui topografia acentuada em certos trechos e cobertura arbórea bem desenvolvida. Entre os elementos do 22

e 32 cordões, ocorrem também alguns representantes de mata provenientes de montanhas adjacentes à Serra do Mar, e que colonizaram sucessivamente aquela região. No entanto, a composição desses elementos nesses cordões é bem diver­sificada. Segundo RIZZINI (1979), a flora de restinga teve origem a partir da Mata Atlântica e, para ele, "um melhor conhecimento da distribuição das espé­cies tidas como endêmicas, pode revelar que algumas também são de origem florestal" .

A faixa entre o 12 e o 22 cordão, de dimensões variáveis, é pouco aciden­tada, pantanosa, ou com bolsões de umidade em alguns trechos devido ao len­çol freático superficial. É frequente a comunidade higrófila de brejo herbáceo, e em locais de solo mais seco, encontra-se a vegetação de restinga aberta.

Após o 22 cordão, ocorrem as comunidades de restinga aberta, as de brejo e de alagados resultantes da colmatação de antigas lagunas e áreas de inun­dação periódica por elevação do lençol freático e nível dos cursos d'água, que permanecem úmidas, mesmo em períodos de estiagem. Em alguns trechos há remanescentes de mata.

Nos pontos que sofreram ação antrópica, verifica-se a ocorrência de espé­cies invasoras e subespontâneas. Das espécies nativas, os cactos, o guriri e as bromélias são os primeiros a ocupar esses locais, conferindo-lhes um aspecto agreste. Isso é mais comum em Itaipuaçu, onde o processo de ocupação do solo é mais acelerado. Nesse processo de recomposição da flora, as bromélias, prin­cipalmente Neoregelia cruenta, desempenham importante função preparando o solo para repovoamento (HAY & al., 1981; HAY & LACERDA, 1980; HAY & TAN, 1981).

Descrição dos perfis

No estudo da região, foram traçados perfis de vegetação no sentido mar­interior (figs. 1-4).

Perfil]

A zonação observada nesse perfil com cerca de 500m, em Barra de Ma­ricá é interrompida por uma estrada nas proximidades da Lagoa de Maricá. A

256 SIL V A & OLIVEIRA

vegetação, de modo geral, bastante preservada nesse ponto foi motivo para a sua escolha como representativo nas comparações com os demais. São encon­tradas as comunidades: halófita, psamófita-reptante, de pós-praia, 12 e 22

cordão. A comunidade halófita, em certas épocas do ano, sofre mais intensamente

a ação das marés (sizígias) e tem seu espaço físico reduzido ou restrito ao das psam6fitas, de onde se recompõe.

A posição da comunidade pós-praia, por vezes modifica-se pela ação dos ventos, justapondo-se à do 12 cordão ou ocupando a crista das dunas que, neste perfil, tem certa mobilidade.

A vegetação do 12 cordão, em geral abrigada pelas dunas, é compacta em alguns trechos formados por um emaranhado de difícil penetração.

Entre o duplo cordão, predomina a "restinga aberta". O "brejo herbáceo" limita-se a bolsões de umidade, variáveis de 2 a 10m de diâmetro, mantendo sua fase mais vigorosa em períodos chuvosos, quando o lençol freático se en­contra mais elevado. Durante o ano, pode ocorrer uma sucessão de espécies de curta duração, inclusive com a participação de líquens (em especial Cladonia). Periodicamente, o solo fica quase nú, com vestígios de uma vegetação que se renova por meio de estolões e rizomas.

No 22 cordão, predomina a vegetação arb6rea, com altura média de 4a 8m, sob a qual se desenvolvem numerosas epífitas.

Perfil 2

Este perfil, próximo ao Posto de Rastreamento da Aeronáutica em Barra de Maricá, abrange 1 km de extensão, possuindo as mesmas comunidades men­cionadas no anterior e cobertura vegetal relativamente preservada, principal­mente no 12 e 22 cordões.

As comunidades halótica e psamófita reptante se interpenetram, com ele­mentos da primeira ocorrendo na segunda. A de pós-praia, mais desenvolvida, vem logo a seguir.

A vegetação do 12 cordão é predominantemente arbustiva, enquanto que a do 22 é arbóreo-arbustiva.

O brejo herbáceo, com cerca de 150m de extensão, é característico, bem desenvolvido e permanente mesmo em períodos de estiagem, quando então di­minui suas dimensões. De acordo com o nível de inundação, este ambiente apresenta variações sazonais marcantes (CARMO & LACERDA, 1984).

Perfil 3

Neste caso, foi escolhido um trecho em Itaipuaçu, com cerca de 2 km na direção da antiga Lagoa Brava. Percebe-se todas as comunidades dos perfis an­teriores, alteradas em alguns locais pela ação antrópica.

A área entre o 12 e 22 cordão é cortada por um canal paralelo à costa, jun­to do qual ocorre principalmente o brejo herbário, além de elementos dos ala-

A vegetação de restinga ... 257

gados (Typho., Dalbergia, Caperonia), Essas comunidades são bastante limita­das em extensão, em espécies e número de indivíduos que se reduzem ou desa­parecem nos períodos de estiagem em alguns pontos.

A "restinga aberta" acha-se nos declives do 22 cordão arenoso, sendo mais exuberante na face posterior. Uma das espécies comuns é Leucothoe revo­luta, encontrada também na vegetação do 22 cordão.

Os alagados ocupam quase a metade do perfil após o 22 cordão, possuin­do abundância de estrato herbáceo e de arbustos formando moitas densas. Na

transição dos alagados e áreas inundáveis para locais secos, são comuns Gay­lussacia brasiliense e Humiria balsamifera.

Perfil 4

O trecho enfocado abrange 1,6 km em ltaipuaçu, nas proximidades do Morro da Peça até a curva do rio Itocaia onde se percebe um 32 cordão areno­so. À excessão deste cordão, a vegetação está bastante alterada. Algumas co­munidades tem distribuição diversa da observada nos perfis anteriores: a psamófila reptante se estende após o relevo do 12 cordão onde falta a vegetação correspondente, assim como a de pós-praia.

Segundo Muehe (1984), na área que corresponde ao 12 cordão, "o desen­volvimento das dunas é insipiente devido à ausênci:t de grãos com imensões adequadas ao transporte eóleo". Este fato, aliado à ativa ação antrópica, prova­velmente contribuiram para a descaracterização das comunidades, quando se compara este perfil com os demais.

O brejo herbáceo é semelhante ao descrito no 32 perfil. As comunidades de alagado e de áreas inundáveis, são encontradas normalmente entre o 22 e o 32 cordões. No último ambiente ocorrem certas espécies diferentes das existen­tes em outros pontos da mesma comunidade, como Oxypetalum alpinum varo alpinum, coletado somente nas baixadas inundáveis próximas ao rio Itocaia.

Descrição das comunidades

As espécies se distribuem dinamicamente sem obedecer uma demarcação, porém é possível reconhecer na região formações características que chamamos comunidade.

Verificou-se que certas espécies predominam ou são exclusivas em deter­minadas comunidades (Alternanthera maritima, Blutaparon portulacoides, Hy­banthus calceolaria, Sophora tomentosa, Pereskia aculeata, Mimosa cerato­nia, Byrsonima sericea além de Pilosocereus arrabidae, Cereus !ernambucen­sis, das bromeliáceas). Outras ainda, apresentam ampla dispersão tanto nas res­tingas do Rio de Janeiro como fora desse ecossistema (Eugenia uniflora, Schi­nus terebenthifolius, Alchornea triplinervea, Estherazia splendida). Há espé­cies que, curiosamente são encontradas também acima de 1.000m de altitude como é o caso de Achyrocline satureoides e Oxypetalum alpinum varo alpinum.

258 SILVA & OLIVEIRA

As comunidades são descritas a seguir: A: Hal6fita - comunidade herbácea típica, sujeita à ação das marés, sendo co­muns: Ipomoea pes-caprae, Blutaparon portulacoides, Alternanthera mariti-1n!2.

B: Psam6fita reptante - cobertura herbácea com elementos caracteósticos. Des­tacam-se: Ipomoea littoralis, Sporobolus virginicus, Mariscus pedunculatus, Stenotaphrwn secundatwn, Mollugo verticillata. C: P6s-praia - os elementos herbáceos, em geral são aqueles da comunidade anterior, além de: Hybanthus calceolaria, Stachytarpheta sp., Acycarpha spa­thulata. Na vegetação de porte arbustivo, predominam Schinus terebenthifolius, Eugenia uniflora, Cereus fernambucensis e Bwnelia obtusifolia. A maioria desses componentes são encontrados mais para o interior e com porte arb6reo. D: 12 cordão arenoso - faixa com numerosas espécies arb6reo - arbustivas, em que predominam: Cereus fernambucensis, Neoregelia cruenta, Norantea brasi­liensis, Allagoptera arenaria, Vriesea neoglutinosa, Bromelia, antiacantha, Clusia flwninense, Clusia lanceolata, Selenicereus setaceus, Heisteria perian­thomega. Ocorrem ainda: Mimosa ceratonia e Pereskia aculeata, raramente encontrada fora desta faixa. A vegetação arbustiva pode estar substituída por um estrato herbáceo ou subarbustivo (perfil 4). E: Brejo herbáceo - vegetação herbácea caracteóstica, representada por várias gramíneas e ciperáceas, além de: Xyris jupicai, Nymphoides indica, Ludwigia octovalvis, Paepalanthus spp., Pterolepis glomerata. O brejo herbáceo é mar­cante no perfil 2. F: 22 cordão arenoso - comunidade arb6reo-arbustiva. Quando preservada, ela é densa e fechada, mas aberta em determinados locais. São mais comuns: Leu­cothoes revoluta, Aspidosperma pyricollwn, Anacardiwn occidentale, Byrsoni­ma sericea, Anabaenella tamnoides, Tapirira guianensis, Cupania emargina­ta, Swartzia apetala, entre outras. G: Restinga aberta - formada por muitas esparsas, com um indivíduo dominante (geralmente Byrsonima sericea, Rapanea parvifolia, Clusiaflwninense, Clusia lanceolata, Tapirira guianensis, ou uma das espécies de Myrtaceae), com altu­ra média de 1,5 a 2m e numerosas epífitas, lianas e outras umbr6filas. Em lo­cais mais úmidos, são comuns Gaylussacia brasiliense e Humiria balsamifera, típicas de áreas inundáveis. H: Áreas inundáveis - comunidade higr6fila que se mantém úmida mesmo em peóodos de seca. O estrato herbáceo é dominante sobre o arb6reo-arbustivo. São mais comuns: Alchornea triplinervea varo janeirense, Ilex amara, Marcetia taxifolia e diversas espécies de gramineas. Esta comunidade é mais expressiva no perfil 3. I: Alagados - vegetação higr6fila das áreas permanentemente inundadas. A co­bertura vegetal é arbustiva, com estrato herbáceo composto de várias gramíneas e ciperáceas. É facilmente observavel nos perfis 3 e 4. J: 32 cordão - zona constituída por antigos cordões de restinga e cuja cobertura é predominantemente arb6reo-arbustiva. Possui elementos de transição da Mata Atlântica e pode ser nitidamente reconhecida no 42 perfil.

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No levantamento realizado na região (tabela 1), evitou-se as espécies ru­derais e subespontâneas, embora algumas sejam mencionadas devido à sua ocorrência em áreas pouco alteradas. O levantamento porém não deve ser con­siderado completo, já que em alguns pontos as coletas não foram exaustivas.

Conclusões

Foi possível observar que a flora da restinga no Município de Maricá é bem diversificada. As 84 frumlias encontradas, abrangem 379 espécies perten­centes a 268 gêneros.

As frumlias mais numerosas são: Leguminosae, Compositae, Euphorbia­ceae, Orchidaceae, Bromeliaceae, Rubiaceae, Myrtaceae, Cactaceae, com res­pectivamente 29, 22, 21, 16, 15, 15, 14 e 13 espécies. Representantes de algu­mas famílias como Anacardiaceae, Cactaceae, Palmae, Malpighiaceae, Clusia­ceae destacam-se por um elevado número de indivíduos.

Qualitativamente, algumas espécies são expressivas do ponto de vista biológico, seja como alimento para a fauna ou dentro da comunidade. Entre as halófitas e psamófitas, são típicas: Alternanthera maritima, Blutaparon portu­lacoides, Sporobulus virginicus, Mariscus pedunculatus, Ipomoea pes-caprae, Ipomoea littoralis. Destacam-se no trecho pós-praia: Sophora tomentosa, Eu­genia uniflora, Schinus terebenthifolius e Cereus fernambucensis que aí sempre ocorrem com porte bastante reduzido, sendo que a primeira é mais raramente observada para o interior. Além de Eugenia uniflora, Schinus terebenthifolius, Clusia lanceolata e Clusia fluminense e algumas outras que aí tem porte pre­dominantemente arbustivo, destacam-se ainda no 12 cordão Cereus fernambu­censis, Allogoptera arenaria e Neoregelia cruenta. Esta última, encontrada em quantidade por toda restinga é provavelmente uma das espécies de maior im­portância dentro do ecossistema.

No brejo herbáceo são mais expressivas as frumlias Cyperaceae, Grami­neae, Xyridaceae, com várias espécies típicas dessa comunidade. Na vegetação de restinga aberta destacam-se as bromelias, particularmente Neoregelia cruen­ta e Vriesea neoglutinosa contornando as orlas das moitas e Tillandsia stricta como epífita. No 22 e 32 cordões, há numerosas espécies típicas, a maioria de porte arbóreo. Destacam-se como importante, os cambuís, as pitangas, o murici, a aroeira e o guriri que servem de alimento para a fauna local, entre outras espécies.

Em função da análise dos perfis, verifica-se que a flora é bastante hete­rogênea havendo, inclusive, uma diversidade na composição florística de Barra de Maricá e Itaipuaçu. Foi obervado ainda que:

- algumas espécies tem preferências por determinado tipo de ambiente dentro do referido ecossistema;

- confirma-se uma distribuição das espécies no sentido mar-interior, assi­nalada em estudo anterior (SILVA & SOMNER, 1983);

- de acordo com peculiaridades topográficas, edáficas e outras particula­ridades, há também uma dispersão característica de espécies no sentido paralelo

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ao mar, tendo mesmo algumas uma localização restrita quando se compara as duas localidades.

Agradecimentos

A todos que contribuíram na identificação de algumas espécies, em parti­cular os especialistas.

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varo

bra

sili

ana

All

erna

nthe

ra m

arit

ima

(Mar

t.)

S t.

Hil.

B

lwa

pa

ron

por

tula

coid

es (S

t. H

il.)

A.

J. M

iers

var

o po

rtul

acoi

des

Hip

peas

trw

n sp

. H

ippe

astr

wn

sp.

An

aca

rdiw

n o

ccid

enta

le L

. A

chin

us

tere

bint

hifo

lius

Rad

di

Tap

irir

a gu

iane

nsis

Aub

l. A

nnon

asp.

A

nnon

asp.

A

nart

ia o

blon

gifo

lia

(A.O

C)

Mar

kgr.

A

spid

ospe

rma

pyri

coU

wn

Mue

D. A

rg.

For

ster

onia

cor

dato

(M

ueD

. A

rg.)

Woo

dson

F

orst

eron

ia l

epto

carp

a (H

ook

& A

m.)

A.D

C.

Man

devi

llaf

raga

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oods

on

Man

devi

lla

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form

es (V

eD.)

K.S

chum

. P

esch

iera

aff

. ca

thar

inen

sis

(A.O

C.)

Mie

rs.

Pes

chie

ra l

aeta

(M

art.

ex

A.O

C.)

Mie

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Rha

bdod

enia

poh

Ui M

ueD

Arg

. T

emna

deni

a st

ella

ris

(Lin

d.)

Mie

rs.

[/ex

OIJ

IaTa

(V

eD.)

Bon

pl.

Ant

huri

um h

arri

sii (

Gra

h.)G

.Don

. var

o in

term

erdi

wn

(Sch

ott.

) E

ngl.

Ant

huri

um s

p.

Ant

huri

um s

p.

Phi

lode

ndro

n co

rcov

aden

se K

unlh

. P

hilo

dend

ron

aff.

cor

datw

n (V

eD.)

Sch

ott.

A

rist

oloc

hia

mac

rour

a G

omes

D

itas

sa b

anks

ü R

oem

& S

chul

t. D

itas

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aric

aens

is F

ont.

& S

chw

. F

unas

trum

cla

usum

(Jac

q.)

Sch

ltr.

G

onia

ntel

la a

xill

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(VeD

.) F

ont.

& S

chw

. O

rtho

sia

aren

aria

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e.

Oxy

peta

lum

alp

inw

n (V

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Fon

t. &

Sch

w.

varo

alpi

num

Fam

ília

Aca

nlha

ceae

Ali

smat

acea

e A

mar

anth

acea

e

Amary~daceae

Ana

card

icea

e

Ann

onac

eae

Apoc~~

Aqu

ifol

iace

ae

Ara

ceae

Ari

stol

ochi

acea

e Asclep~

Nom

e V

ulga

r

caap

onga

capo

tira

guá

cebo

lão,

açu

cena

ce

bolã

o, a

çuce

na

cajú

ar

oeir

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u-po

mbo

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atic

um

arat

icum

pequ

iá-d

a-re

stin

ga

jasm

im

cong

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imbé

an

inga

pin

papo

-de-

peru

Com

unid

ades

fj

d,f

j fj

fj

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h,

i fj

,g

a a,b

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f,g

j .

c,d,

f,gJ

f,

g f,

g h,

f f,g

h d,f

g .

f,g

J f j h

,l g h

,i d

,fj

fj

f d,f

j d

,f

j d,f,

g d,

f,g

i h f h

~

Obs

erva

ções

rarí

ssim

a

típi

ca, a

mpl

a di

sper

são

dom

inan

te n

a co

mun

idad

e a,

am

pla

disp

ersã

o

rara

ampl

a di

sper

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ampl

a di

sper

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a di

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pouc

o co

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pouc

o co

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rest

rita

po

uco

com

um

pouc

o co

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endê

mic

a no

RJ

rest

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po

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freq

uent

e ra

ra, a

rnea

çada

.de

exti

nção

re

stri

ta

Vl ..... r -< >

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~ >

Oxy

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lum

ban

ksii

Roe

m.

& S

chul

t. s

ubsp

. ba

nksü

Asclep~ae

cipó

-de-

leit

e c,

d,f

,gj

ampl

a di

sper

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» O

xype

talu

m b

anks

ii R

oem

. & S

chui

t. su

bsp.

cor

ymbi

feru

m

cipó

-de-

leit

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d,f,

gJ

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ourn

.)F

ont.

& V

ai.

d,f,

g en

dêm

ica

no R

J ()

Q

Pep

loni

a as

reri

a (V

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Fon

t. &

Sch

w.

Big

noni

acea

e f,

g '"

Ade

noca

lym

ma

mar

gina

tum

(C

ham

.)A

.OC

. ..

f ~

lO'

Ade

noca

lym

ma

sp.

f,g

o A

nem

opae

gma

sp.

dJ,

g am

pla

disp

ersã

o li'

Arr

abid

ea c

onju

gata

(V

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Mar

t.

f,g

~ A

rrab

idae

a ag

nus-

cast

us O

C.

jaca

rand

a f.

j '" 5'

Jaca

rand

a ja

smin

oide

s (T

hum

b.)S

andw

ja

cara

nda

g,i

()Q

Ja

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cfr.

bra

ctea

ta B

ur.

& K

.Sch

. d,

f.g,

i ?'

L

undi

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rdat

a O

C.

pent

e de

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aco

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Pit

heco

cten

ium

ech

inat

um K

.Sch

m.

ipe.

cai

xeta

h,

i tí

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da

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i T

abeb

uia

cass

inoi

des

(Lam

.)O

C.

ipê-

arna

relo

f,

g T

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uia

chry

sotr

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(M

art.

ex

DC

.)S

tand

!. v

aro

obov

ata

Bom

baca

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f

pouc

o co

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P

seud

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difo

lium

(C

av.)

Rob

yns.

B

orag

inac

eae

bali

eira

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f,g

Cor

dia

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enac

ea O

C.

.. h

Co

rdia

sp.

f T

oum

efor

tia

mem

bran

acea

(G

ardn

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e.

Bro

mel

iace

ae

grav

atá

f,g

Aec

hmea

nud

icau

lis

(L.)

Gri

seb

varo

cus

pida

ta B

aker

gr

avat

á d

,f

raro

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nana

s br

acte

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L.B

.Sm

ith.

ca

ragu

atá

f,g

BilJ

",r~

ia a

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Lod

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Lin

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amoe

na

Bro

meÍ

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cant

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rom

elia

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gr

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á d,

g am

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disp

ersã

o D

ycki

a ru

bero

sa (

Vel

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urr.

h

rest

rita

N

eore

geli

a co

mpa

cta

(Mez

.) L

.B.S

mit

h.

f po

uco

com

um o

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dis

junt

a N

eore

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a cr

uent

a (R

.Gra

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.B.S

mit

h.

c,d,

f,g

ampl

a di

sper

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Neo

rege

lia

elto

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a W

eber

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rara

Q

uesn

elia

que

snel

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(B

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.B.S

mit

h.

f,g

j po

uco

com

um

Stre

ptoc

alyx

flor

ibun

dus

(Mar

!. e

x S

chul

t.)

fj

pouc

o to

lera

nte

ação

ant

rop.

T

illa

ndsi

a ga

rdne

ri L

ind!

. va

ro ga

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ez.

f,g

j Ti

lJan

dsia

usn

eoid

es (L

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. d

,f,g

j co

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, am

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disp

ersã

o V

ries

ea n

eogl

utin

osa

Mez

. ba

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de-v

elho

fj

am

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disp

ersã

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ries

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roce

ra (

Mar

t. ex

Sch

ult.

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ittm

. va

r. p

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ra

f,g

Bur

man

nia

Cap

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a (W

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Man

. f

pouc

o co

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P

roti

um b

rasi

lien

sis

(Spr

eng.

) E

ngl.

B

urm

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acea

e e

pouc

o co

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roti

um h

epta

phyl

lum

Mar

ch.

B u

rser

acea

e al

mac

ega

g po

uco

tole

rant

e aç

ão a

ntro

p.

Bra

silo

punt

ia b

rasi

lien

sis

(Will

d.)

Ber

g.

alm

aceg

a f,

g am

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disp

ersã

o C

ereu

sfer

nam

buce

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Lem

. Ca~ta

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ju

mbe

ba

f po

uco

tole

rant

e aç

ão a

ntro

p.

Lep

isni

um c

ruci

fonn

e (V

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Miq

. ca

cto

c,d

,f,g

co

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, am

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disp

ersã

o M

eloc

actu

s vi

oiac

eus

Pfe

iff.

f

pouc

o co

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O

punt

ia v

ulga

ris

Mill

. co

roa-

de-

frad

e g

rara

P

eres

kia

acul

eata

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. pa

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ória

, jum

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c,

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eres

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sp.

ora-

pro-

nobi

s d

,f

pouc

o co

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ilos

ocer

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arra

bida

e (L

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Byl

es &

Row

l. f,j

co

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. am

pla

disp

ersã

o R

hips

alis

gib

beru

la W

eb.

cact

o c,

d,f,

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ri

psaI

is

f,g

C1\

w

Rhi

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achy

pter

a P

feif

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Cac

tace

ae

rips

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L

g

N

Q\

Rhi

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is p

rism

atic

a (L

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For

st.

& R

umpl

. ri

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f,g

..,. Se

leni

cere

us s

etac

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(S-D

) B

erg.

ca

valo

-de-

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o c,

d,g

Acy

carp

ha s

path

ulat

a R

.Br.

C

alyc

erac

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carr

apic

ho-d

a -pr

aia

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Cap

pari

dast

rum

bra

sili

anum

(D

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Hut

ch.

Cap

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dace

ae

d,f

ra

ra

C a

ppar

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exuo

sa L

. fe

ijáo

-de-

boi

d,f

am

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disp

ersã

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appa

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line

ata

Dom

b.

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Ieom

e ro

sea

Vah

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Cra

taev

a ta

pia

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d,f

ra

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May

tenu

s ob

tusi

foli

a M

art.

var

o ob

ovat

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C

elas

trac

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carn

e-d

e-an

ta

d,f,

g C

ouep

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vali

foli

a (S

chot

t.)

Ben

th.

Chr

ysob

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acea

e g

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rita

à v

eg. d

e re

stin

ga

Clu

sin

criu

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amb.

C

lusi

acea

e f,

g C

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nj/w

nine

nse

Tr.

& P

I. ab

anei

ro-d

e-pr

aia

d,f,

g co

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C

lusi

n sp

. d,

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n la

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lata

Cam

b.

h co

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ombr

etum

frut

icos

um S

tunt

z.

Com

bret

acea

e f

rara

C

omm

elin

a sp

. C

omm

elin

acea

e tr

apoe

raba

f,

j D

icho

risa

ndra

thyr

sifl

ora

Mik

an.

d,g

A

chyr

ocli

ne s

atur

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es D

e.

Com

posi

tae

mar

cela

h,

i am

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disp

ersã

o B

acch

aris

sin

gula

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(V d

I.)

Bar

roso

h,

i B

acch

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ser

rula

ta (

Lam

.) P

eers

. e

Bac

hari

s sp

. f

Eth

ulia

con

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des

L.

g E

upat

oriu

m b

eton

icae

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ro h

asta

tum

Bak

er

Eup

ator

ium

gau

dich

audi

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OC

. va

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dian

um

Com~ositae

Eup

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ium

IU

lulia

num

De.

g E

upat

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m m

acro

ceph

alum

Les

s.

g G

onat

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olym

orph

a (L

ess.

) C

abre

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ubsp

. pol

ymor

pha

f G

naph

aliu

m s

p.

g M

ikan

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ordi

foli

a W

illd.

f,

g M

ikan

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oehn

ei R

obin

son

d.f,

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ikan

in s

tipu

lace

a W

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d,

f,g

com

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Tri

chog

onin

mac

role

pis

Bak

er

i T

rixi

s an

thim

enor

rhoe

a (S

chau

k.)

Mar

t.

f,g

Ver

noni

a be

yric

hii L

ess.

g,

h,i

Ver

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a fr

utic

ulos

a M

art.

f,

g C

Il ......

Ver

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n ge

min

ata

Les

s.

d.f

r

Ver

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n sc

orpi

oide

s (L

am.)

Per

s.

erv

a·d

e-p

reá

f,g

-< » W

u!ffi

a ba

ccat

a (L

.f.)

O. K

untz

e f,

g Ro

E

volv

ulus

gen

isto

ides

V. C

osts

tr.

Con

volv

ulac

eae

g am

pla

disp

ersã

o, t

ípic

a na

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O

Ipom

oea

litt

oral

is (1

...)

Boi

ss.

cip

ó-d

a-p

raia

b,

c am

pla

disp

ersã

o r

Ipom

oea

pes

-cap

re (

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Sw

eet.

a,

b <

Ip

omoe

a sp

. tT1

Ja

cque

mon

tia

holo

seri

cea

(Wei

nrna

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'Don

el

cam

pain

ha-d

a-pr

aia

g ie

Bul

bost

ylis

cap

illa

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(L.)

Kun

th.

Cyp

erac

eae

e,h

»

Cla

dium

jam

aice

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Cra

ntz.

e.

h C

yper

us p

olys

tach

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Ro

ub

. e,

h ~

Ele

ocha

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ricu

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(N

ees.

) B

oeck

ler

Cype

~ace

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típi

ca d

a co

mun

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e e

<

<>

Ele

ocha

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sp.

e,h

()Q

<>

F im

bris

tyli

s ba

hien

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S te

udel

. e,

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Mar

iscu

s pe

dunc

ulat

us (

R.B

r.)

T.

Koy

ama

pinh

eiri

nho

-da

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ia

b,c

ampl

a di

sper

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típi

ca n

a b

"" o R

hinc

hosp

ora

conf

inis

(Des

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De.

e,

h ""

Rhi

ncho

spor

a ho

loec

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oide

s H

erb.

e,

h <>

~ T

etra

cera

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ollg

ata

De.

D

ille

niac

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g po

uco

com

um

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isco

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laxi

flor

a M

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Dio

scor

eace

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g ::t

o ::l

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iosp

yrus

cfr

. co

ccol

obae

foli

a M

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Ebe

nace

ae

d ra

ríss

ima

()Q

Gay

luss

acia

bra

sili

ensi

s (S

pren

g.)

Mei

ssn.

E

rica

ceae

g

,h

?'

Leu

coth

oe r

evol

uta

(Spr

eng.

) O

C.

f,g

lim

ite

mer

idio

nal

de d

istr

. L

eiot

hrix

die

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Rub

i. E

rioc

aula

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e,

g,h

Pae

pala

nthu

s to

rtili

s (B

ong.

) M

art.

sem

pre-

viva

e,

g,h

Ery

thox

ylum

ova

lifo

lium

Pey

r.

Ery

tbox

ylac

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arco

-de

·pip

a d,

f,g

ampl

a di

sper

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Ery

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ylum

sub

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i/e

(Mar

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.E.S

hult

z ..

d po

uco

com

um

Ery

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ykum

sp.

fj

ra

ra

Ery

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ylum

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d

pouc

o co

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A

ctin

oste

rnon

con

colo

r (S

pren

g.)

Mue

ll.A

rg.

Eup

horb

iace

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Alc

horn

ea tr

ipli

nerv

ea (

Spr

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.) M

uell

.Arg

. var

o jan

eire

nsis

(C

asar

) ..

lava

-pra

to

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Mue

ll.A

rg.

f po

uco

com

um

Alg

erno

nia

obov

ata

Mue

ll.A

rg.

d,f

,g

Ana

baen

ella

tam

noid

es (J

uss.

) Pa

x. &

Hof

frn.

i

Cap

eron

ia b

uett

neri

acea

Mue

ll.A

rg.

g ra

ra

Cha

etoc

arpu

s m

yrsi

nite

s B

aill

. ca

rati

a g

Cha

mae

syce

hys

sopi

foli

p (L

.) S

mal

l. b

,c

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thym

ifol

ia (

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Mill

sp.

Cro

ton

glan

du/o

sus

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Euph

o~?i

acea

e f,

g C

roto

n kl

otzs

chii

(D

iedr

ichs

) M

uell

Arg

. b,

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n ur

tica

efol

ius

Lam

. f

Da/

echa

mpi

a co

nvol

vulo

ides

Lam

. f,

g po

uco

com

um

Da/

echa

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a m

icro

mer

ia B

aill

. d

,f,g

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a/ec

ham

pia

trip

hyll

a V

ell.

tanc

oran

a fj

E

upho

rbia

cor

nosa

Vel

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ra

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Phy

llan

thus

are

nico

la C

asar

. g

rara

Sa

pium

gla

ndul

atum

(Vel

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ax.

f po

uco

com

um

Seba

stia

nia

corn

icul

ata

(Vah

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uell

.Arg

. c,

g,h

Seba

stia

nia

gaud

icha

udii

Mue

ll.A

rg.

f,j

pouc

o co

mum

Se

bast

iani

a gl

andu

losa

(M

art.

) P

ax. v

aro

glan

dulo

sa

f,g

,g1h

co

mum

em

áre

as a

lter

adas

T

ragi

a vo

lubi

lis

L.

Gen

tían

acea

e g

pouc

ocou

m

Schu

ltes

ia g

uian

ensi

s (A

ubl.)

Mal

me

e,h

Cod

onan

the

grac

ilis

(M

art.)

Han

st.

Ges

neri

acea

e f

And

ropo

gon

sell

oanu

s (H

ack.

) H

ack.

G

ram

ínea

g

IV

Axo

nopu

s sp

. g

0\

UI

Era

gost

ris

sp.

Pan

icum

rac

emos

um (

Bea

uv.)

Spr

eng.

P

aspa

lum

vag

inat

um S

w.

Spar

dna

cilia

ta B

rong

. B

. Sp

orob

olus

vir

gini

cus

(L.)

Kun

th.

Sten

otap

hrum

sec

unda

tum

(Wal

t.) K

untz

e.

Rhe

edia

bra

sili

ensi

s (M

art.)

PI.

& T

r.

Lau

rem

berg

ia te

tran

dra

(Sch

ott.)

Kan

itz.

H

wni

ria

bals

amif

era

(Aub

l.) S

t.-H

ill.

varo

par

vifo

lia

(Jus

s.)

Cua

tr.

N e

omar

ica

caer

ulea

S pr

ague

M

arsy

pian

thes

cha

mae

drys

(V

ahl.)

O.

Kun

tze

Cas

syta

am

eric

ana N~

. O

cote

a no

tata

Mez

. in

det.

Ab

rus

prec

atar

ius

L.

And

ira

fron

dasa

Mar

t. C

anav

alia

ros

ea (

Sw

.) O

C.

Cen

lros

ema

virg

inia

um (

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Ben

th

Cha

mae

cris

ta d

esva

uxii

(C

olla

nd)

Kill

ip. v

aro d

esva

uxii

C

ham

aecr

ista

jlex

uosa

(L

.) G

reen

e C

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aecr

ista

ram

osa

(Vog

el)

lrw

in &

Bar

naby

var

o ra

mos

a C

hlo

ro/e

ucon

tort

um (

Mar

t.)

Pit

tier

C

lito

ria

sp.

Cro

noca

rpus

mar

di B

enth

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rota

lari

a sp

. D

albe

rgia

eca

stop

hy/l

a (L

.) T

aub.

D

iocl

ea v

iota

cea

Mar

t. e

x B

enth

In

ga m

arit

ima

Ben

th.

Inga

sp.

M

ache

rium

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M

i1nÓ

sa e

llip

tica

Ben

th.

Mim

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cera

toni

a va

ro p

seud

obov

ata

(Tau

b.)

Bar

neby

O

rmos

ia a

rbor

ea (

Vel

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anns

. P

arap

ipta

deni

a sp

. Se

nna

aust

rali

s (V

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lrw

. & B

arne

by

Senn

a pe

ndul

a (W

illd.

) lr

w. &

Bar

neby

So

phor

a to

men

tosa

L.

Styl

osan

thes

vis

cosa

S W

.

Styl

osan

thes

gui

anen

sis

(Aub

l.) S

W.

Styl

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thes

sp.

Sw

artz

ia a

peta

la R

addi

var

. ape

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Z

oler

nia

falc

ata

Nee

s.

Utr

icul

aria

ere

ctij

/ora

St.

-Hil

. & G

nard

. U

tric

ular

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ibba

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Pho

rade

ndro

n m

arti

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Tre

l. P

hora

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ron

pipe

mid

es (H

.B.K

.) N

utt.

Gut

tife

rae

Hal

orag

acea

e H

umir

iace

ae

lrid

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e L

abia

tae

Lau

race

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Le~osae

Le~osae

Len

tibu

lari

acea

e

Lor

anth

acea

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grar

na-d

a-pr

aia

grar

na-d

e-ja

rdim

ba

copa

ri

sapa

tinh

o-d

e-N

.Sra

.

jequ

irit

i, t

ento

an

geli

m-d

a-pr

aia

feij

ão-d

e-po

rco

pite

colo

bio,

vin

háti

co-d

e-es

pinh

o

guiz

o-de

-cas

cave

l

inga

-da-

prai

a in

ga-m

imos

o

rnar

icá,

arr

anha

-gat

o ol

bo-d

e-po

mba

-gir

a

fede

goso

-da-

prai

a ca

ssia

so

fora

. com

anda

tôa

pito

bi-d

a-pr

aia

moc

itru

ôa-d

a-pr

aia

e b,c

b,

c b,

c b,

c,g

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d,f

e h d

,f,g

j g g f,

g g d,

f,g

f b g g g g d,f

,g

g j g h,i fj

d,f,

g f fj

d d d

,f,g

j g d

,f,g

c,

d c,

d,g

g e f,

g f e,

h,i

f,g

f,g

f.g

ampl

a di

sper

são,

típ

ica

na c

om.

b

pouc

o co

mum

co

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na

tran

siçã

o

pouc

o co

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rarí

ssim

a

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trop

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o ne

gati

vo

rest

rita

às

área

s de

tra

ns.

pouc

o co

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.

rest

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ocor

rênc

ia e

m fa

ixa

rest

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~ Vl

...... r <

:>

fII>

O

r ~ :>

Psi

ttac

anth

us d

ichr

ous

Mar

t. f,

g St

ruth

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argi

natu

s (D

esr.

) B

. f.

f,g

>

Stru

than

thus

mar

icen

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Riz

z.

g en

dêm

ica

<

o L

ycop

odiu

m a

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curi

oide

s L

. L

ycop

odia

ceae

e

(JQ

o

Cu

ph

eafl

ava

Spr

eng.

L

ythr

acea

e c,

d,f,

g po

ucoc

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Byr

soni

ma

seri

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De.

M

alpi

ghia

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m

uric

i d,

f,g

ampl

a di

sper

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co.

Het

erop

teri

s ch

ryso

phy/

la (L

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Kun

lh.

" fo

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dour

ada

d,f

o c- o

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s cf

r. c

oleo

pter

a Ju

ss.

Mal

pigh

iace

ae

d po

ucoc

omw

n d

H e/

~ropteris

nitid

a (L

am.)

Krn

s.

" f

e. P

eixo

toa

hisp

idul

a A

. Ju

ss.

d,f,

g am

pla

disp

ersã

o ::s (JQ

St

igm

aphy

llum

cüi

otum

A. J

uss

. f,

g po

ucoc

omw

n 1"

St

igm

aphy

llum

gay

anum

A. J

uss.

ex

Cha

r.

g po

ucoc

omw

n St

igm

aphy

llum

para

lios

A. J

uss.

d.

g T

etra

pter

is p

hlom

oide

s (S

pren

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ied.

d

mai

s co

mw

n em

ltai

puaç

u T

etra

pter

is s

p.

d,f

rara

A

buti

lon

escu

1ent

um S

t.-H

il.

Mal

vace

ae

f P

avon

io a

lnif

olia

St.-

HiI

. f,

h ra

ra (e

m e

xtin

ção)

P

avon

io s

essü

iflo

ra H

BK

. ra

ra

Mar

anta

sp.

M

aran

tace

ae

f N

oran

tea

bras

ilie

nsis

Cho

isy

Mar

cgav

iace

ae

d,f

C

lide

mia

sp.

Mel

asto

mat

acea

e fJ

L

eand

ra s

p.

f,j

Pte

role

pis

glom

erat

a (R

ottb

.) M

iq.

e po

ucoc

omw

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ibou

chin

a ga

udic

haud

iana

(D

e.)

Miq

. qu

ares

mei

ra

g co

mw

n na

tra

nsiç

ão g

,gle

T

ibou

chin

a re

icha

rdti

ana

Cog

n.

quar

esm

eira

g,

b T

ibou

chin

a sp

. qu

ares

mei

ra

h re

stri

ta

Mar

ceti

a ta

xifo

lia

(St.

-Hil

.) O

C.

e,h

Mic

onio

cin

nam

omif

olia

(D

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Nan

d.

f,j

Nym

phoi

des

indi

ca (

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O.

Kun

tze

Men

yant

hace

ae

sold

anel

a e,

h M

ollu

go v

erti

cill

ata

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Mol

lugi

nace

ae

b,c,

g tí

pica

na

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unid

ade

b B

rosi

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gui

alle

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(Aub

l.) H

uber

. M

orac

eae

pau-

de-t

arta

ruga

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Fic

us c

ycla

phy/

la (M

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Miq

. fi

guei

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atap

a d,

f

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us h

irsu

ta S

chot

t. M

orac

eae

figu

eira

f

pouc

ocom

wn

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us l

omen

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a (M

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Miq

. fi

guei

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f F

icus

sp.

fi

guei

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f So

roce

a hl

lari

i Gau

dicb

. d.

f R

apan

ea p

arvi

foli

a (A

.De.

) M

ez.

M yr

sina

ceae

ca

poro

roca

d.

g R

apan

ea s

p.

,. f.

g E

ugen

ia a

rena

ria

Cam

b.

Myr

tace

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cam

buí-

roxo

d.

g E

ugen

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opac

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ensi

s Cam

b.

cam

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arna

relo

-gra

nde

f E

ugen

io n

itid

a C

amb.

pi

tang

ão

c,d,

f E

ugen

io o

vali

foli

a C

amb

. pi

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a -ve

rmel

ha -m

iúda

f,

g E

ugen

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otun

difo

lia

Cas

ar.

aper

ta-g

oela

d,

f,g

Eug

enia

uni

flor

a L.

pi

tang

a c,

f,g

ampl

a di

sper

sa0

lo.)

0

\ G

omid

esia

fenz

lian

a B

erg.

f,

g -.

l

Gom

ides

ia m

arti

ana

Ber

g.

f,g

IV

Myr

cia

lund

iana

Kia

erk.

f

pouc

o co

mum

'"

Myr

cia

sp.

cam

buí-

pret

o-do

ce

f ra

ríss

imo

00

Myr

ciar

ia fl

orib

unda

ea

mbu

í -am

arel

o f,

g M

yrrh

iniu

m a

trop

urpu

reum

Seh

ott.

d

,f

Neo

mit

rant

hes

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ura

(OC

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egr.

ea

mbu

í-pr

eto

f,g

Psi

dium

cat

tley

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Sab

. ar

açá -

da-p

raia

f,

gj

Gua

pira

obt

usat

a (J

acq

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ittl

e N

yeta

gina

eeae

d,

f,g

Gua

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pem

ambu

cens

is (C

asar

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und

. ..

d,f

,g

Gua

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opp

osit

a (V

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Rei

tz.

f,g

Gua

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efr

. ru

stic

a V

ell.

d,f

O

urat

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uspi

data

(S

t.-H

il.)

Eng

l. O

ehna

eeae

f,

g am

pla

disp

ersã

o

Cat

hedr

a ru

bric

auli

s M

iers

. O

laea

ceae

f

rara

H

eist

eria

per

iant

hom

ega

(Vel

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leum

. d,

g Sc

hoep

fia

bras

ilie

nse

A.O

C.

f po

uco

com

um

Xim

enia

am

eric

ana

L. v

aro

amer

ican

a d

,f,g

in

det.

f,

g L

udw

igia

ele

gans

(Cam

bess

. &

St.

-Hil

.) H

.Har

a O

nagr

aeea

e e

pouc

o co

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udw

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oct

oval

vis

(Jac

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Rav

en.

subs

p. s

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lifl

ora

(Mie

h.)

Rav

en

.. er

uz-d

a-m

alta

e,

h,i

Lud

wig

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ctov

alvi

s (J

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) R

aven

sub

sp.

octo

valv

is

e,h,

i C

att

leya

gut

tata

Lin

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Orc

hida

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ea

tlei

a d,

f,g

rara

C

attl

eya

sp.

d,f

,g

Cyr

topo

dium

par

anae

nsis

Seh

ltr.

ra

bo-d

e-ta

tu,

sum

aré

g po

uco

com

um

Epi

dend

rum

den

ticu

/atu

m B

. R

odr.

ep

iden

dro

g E

pide

ndru

m e

llip

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m (G

rah.

) S

essé

& M

oc.

epid

endr

o g

Epi

dend

rum

hue

bner

i Seh

tr.

epid

endr

o g

pouc

o co

mum

H

aben

aria

par

vifl

ora

Lin

d!.

aben

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Hab

enar

ia s

p.

aben

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f

[sol

ria

sp.

fJ

pouc

o co

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O

ncid

ium

sp.

on

cidi

o f.

g P

leur

otha

/lis

sau

dens

iana

Rch

b.

f V

alli

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cham

isso

nis

Klo

tzsc

h.

baun

ilha

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.f

Van

illa

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fj

in

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f

inde

t.

f A

llag

opte

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(Gom

es)

O.

Kun

tze

Pal

mae

gu

riri

c,

d,f.

g am

pla

disp

ersã

o V

l

Bac

tris

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Mar

t.

mar

ajá

h,i

F D

esm

oncu

s or

taca

nthu

s M

art.

jaea

rati

á f,

g <

;l>

in

det.

h,

~

Pas

sifl

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a/li

acea

Bar

b. R

odr.

P

assi

flor

acea

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arac

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alho

d,

f,g

O

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galb

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Mar

t. m

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d,f,

g r

Pas

sij/

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haem

atos

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a d

,f

- < P

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a rr

wcr

onat

a (L

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Ses

sé &

Moc

. m

arac

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pint

ado

d,f,

g tT1

M

icro

tea

pani

cu/a

ta M

oq.

Phy

tola

ccac

eae

f,g

~ in

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g P

eper

onia

cor

cova

dens

is G

ard

. P

iper

acea

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,f,g

Pep

rom

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labe

/la

(Sw

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.Die

tr.

d,f,

g P

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omia

sp.

d

,f,g

)-

Pip

ersp

. fa

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jabo

rand

i f

<

Plw

nbag

o sc

ande

ns L

. P

lum

bagi

nace

ae

caap

omon

ga

d,f,

g " 00

Pol

ygal

a cf

r. l

epto

caul

is T

orr.

& G

ray

varo

glo

chid

iata

HB

K.

Pol

ygon

acea

e d,

f,g

" C

occ

olob

a al

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M C

asar

. ..

d,f,

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Coc

colo

ba a

rbor

esce

ns (

Vel

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ow.

d,f,

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sa H

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d,f,

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Pol

ygon

um s

p.

pim

enta

-d'á

gua

h,i

(l

Acr

osti

chum

aur

eum

L.

Pol

ypod

iace

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h,i

ampl

a di

sper

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/ech

num

ser

ru/a

tum

Ric

h.

.. g,

h am

pla

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ersã

o, c

omum

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re g

/h

::s P

oly

podi

um b

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Poi

r.

sam

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cum

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g,h

~ P

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um /

epid

opte

ris

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Pol

ypod

ium

vac

cini

foli

um L

angs

d. &

Fis

cher

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olyp

odia

ceae

g

pouc

o co

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teri

dium

aqu

ilin

um (

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Kun

th.

.. h

ampl

a di

sper

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Con

doli

a bu

xifo

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Rei

ss.

Rha

mna

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com

um

Scut

ia a

reni

cola

(C

asar

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eiss

. d,

g,i

pouc

o co

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A

mai

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cfr.

inte

rmed

ia M

art.

ex S

chul

t. &

Sch

ult.

Rub

iace

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orre

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capi

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(R

.&P

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e.

c,d,

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cym

osa

(Spr

eng.

) C

ham

o &

Sch

l. d,

f,g

Bor

reri

a sc

abio

ides

Cha

mo

& S

chl.

d,f,

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hioc

occa

a/b

a (L

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itch

c.

f,g

Dec

lieu

xia

tenu

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ra (

Wild

. ex

Roe

m.&

Sch

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Ste

ym.&

Kir

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Dio

dia

apic

ulat

a (W

illd.

ex

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& S

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oem

. &

Sch

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c,d,

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iodi

a co

nfer

ta O

C.

Gue

nard

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burn

ioid

es C

ham

o &

Sch

l.

pouc

o co

mum

, dis

junç

ão n

o li

tora

l H

edyo

IÍS

thes

sifo

lia

S t.

-Hil.

e

pouc

o co

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L

ipos

tom

a ca

pita

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(R

.Gra

b.)

D.D

on

g,e,

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elan

opsi

dium

nig

rum

Cel

s.

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com

um

Mit

raca

rpus

eic

hler

i Sch

um. e

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har.

c,

d,g

Ric

hard

ia s

p.

b,g

Toc

oyen

a bu

/lat

a (V

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Mar

t. ar

açar

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g am

pla

dist

ribu

ição

P

iloc

arpu

s sp

icat

us S

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il.

Rut

acea

e ja

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ndi -

da -

prai

a f

pouc

o co

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Z

anto

xylo

n ar

enar

ia E

ngl.

.. f

pouc

o co

mum

A

llop

hylu

s pu

beru

lus

Rad

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