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Página 1 SÍMBOLOS PARALÍMPICOS Autoras: Thelma Cristina Guimarães de Lima Silva e Neide Carvalho Monteiro | Data: Julho/2021 Propostas de símbolos até os dias de hoje. O primeiro símbolo paralímpico proposto foi de 1988 a 1994 - usou cinco “pa". A primeira logo criada especificamente para os Jogos Paralímpicos de Verão de 1988 em Seul, foi baseada em um componente decorativo coreano chamado de pa" {Hangul : ; Hanja :}. Os “pás” estavam posicionados como os anéis olímpicos, mas não estavam interligados e a sequência das cores era a mesma dos anéis: azul, preto, vermelho, amarelo e verde. O sucesso dessa logo foi imediato e posteriormente foi adotado como o símbolo do Comitê Internacional de Coordenação das Federações Mundiais de Esportes para os Deficientes (ICC). Dois anos mais tarde, em 6 de outubro de 1990, o ICC foi informado pelo COI que a instituição teria que alterar o símbolo dos cinco - “pa" - sob o argumento de que o símbolo era parecido com os anéis olímpicos e que isso poderia causar certa confusão perante o público mundial. Um novo símbolo foi adotado quando o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) foi criado em 1991, este símbolo continha 6 “pas“ posicionados em uma forma de circulo. Em novembro de 1991, os membros do IPC rejeitaram a mudança do símbolo e mantiveram os 5 “pa“ como logo. O segundo símbolo paralímpico proposto foi de 1994 a 2004 - usou três “pa". Não foi usado qualquer um dos símbolos anteriores nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1992, em Barcelona, Espanha. A versão dos três “pa" começou a ser usada nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1996, em Atlanta, Estados Unidos e foi usada até 27 de setembro de 2004, quando foi o encerramento dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2004, em Atenas, Grécia. O símbolo dos Jogos Paralímpicos é composto por três "agitos", das cores vermelha, azul e verde apontando para um único ponto, em um campo branco. O “agito” ("Eu me movo" em latim) é um símbolo que expressa o movimento em linhas assimétricas. O símbolo paralímpico foi criado pela agência Scholz & Friends e aprovado em abril de 2003.

SÍMBOLOS PARALÍMPICOS Thelma Cristina Guimarães de …

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SÍMBOLOS PARALÍMPICOS Autoras: Thelma Cristina Guimarães de Lima Silva e Neide Carvalho Monteiro | Data: Julho/2021

Propostas de símbolos até os dias de hoje.

O primeiro símbolo paralímpico proposto foi de 1988 a 1994 - usou cinco “pa".

A primeira logo criada especificamente para os Jogos Paralímpicos de Verão de 1988 em Seul, foi baseada em um componente decorativo coreano chamado de “pa" {Hangul: ; Hanja:}. Os “pás” estavam posicionados como os anéis olímpicos, mas não estavam interligados e a sequência das cores era a mesma dos anéis: azul, preto, vermelho, amarelo e verde. O sucesso dessa logo foi imediato e posteriormente foi adotado como o símbolo do Comitê Internacional de Coordenação das Federações Mundiais de Esportes para os Deficientes (ICC). Dois anos mais tarde, em 6 de outubro de 1990, o ICC foi informado pelo COI que a instituição teria que alterar o símbolo dos cinco - “pa" - sob o argumento de que o símbolo era parecido com os anéis olímpicos e que isso poderia causar certa confusão perante o público mundial. Um novo símbolo foi adotado quando o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) foi criado em 1991, este símbolo continha 6 “pas“ posicionados em uma forma de circulo. Em novembro de 1991, os membros do IPC rejeitaram a mudança do símbolo e mantiveram os 5 “pa“ como logo.

O segundo símbolo paralímpico proposto foi de 1994 a 2004 - usou três “pa".

Não foi usado qualquer um dos símbolos anteriores nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1992, em Barcelona, Espanha. A versão dos três “pa" começou a ser usada nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1996, em Atlanta, Estados Unidos e foi usada até 27 de setembro de 2004, quando foi o encerramento dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2004, em Atenas, Grécia. O símbolo dos Jogos Paralímpicos é composto por três "agitos", das cores vermelha, azul e verde apontando para um único ponto, em um campo branco. O “agito” ("Eu me movo" em latim) é um símbolo que expressa o movimento em linhas assimétricas. O símbolo paralímpico foi criado pela agência Scholz & Friends e aprovado em abril de 2003.

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O atual símbolo paralímpico 2004 até 2020/21 - usa três “agitos", das cores: vermelho, azul e verde.

As cores dos "agitos" com o fundo branco são para enfatizar "o papel que o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) exerce em juntar os atletas de todos os cantos do mundo para competir". A forma também simboliza a visão paralímpica "para habilitar atletas paralímpicos para alcançar a excelência esportiva e para inspirar e excitar o mundo". Este símbolo paralímpico foi usado pela primeira vez em publicações e em produtos licenciados em 2003. Devido ao tempo limitado antes dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2004 em Atenas, o novo símbolo não foi usado pelas delegações participantes durante os Jogos. No entanto, na cerimônia de encerramento de 2004, a bandeira paralímpica que foi entregue a Pequim já tinha o novo símbolo. O símbolo foi usado como o emblema paralímpico oficial durante os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2006, em Turim, na Itália. A BANDEIRA - A atual versão da bandeira paralímpica tem um fundo branco com o símbolo paralímpico no centro e foi hasteada pela primeira vez na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2010 em Vancouver, no Canadá. O LEMA PARALÍMPICO - o atual lema dos Jogos Paralímpicos é Spirit in Motion (Espírito em Movimento). Ele foi adotado durante os Jogos Paralímpicos de Verão de 2004 e desde então vem sendo usado. O lema anterior, criado em 1994, era Mind, Body, Spirit (Mente, Corpo, Espírito). O HINO - é um canto ou poema de alegria ou entusiasmo, criado para celebrar alguém ou algo. O hino paralímpico é o "Hymne a l'avenir" ou "Anthem of the Future". Foi composto por Thierry Darnis e adotado como hino em março de 1996. O cantor country australiano Graeme Connors escreveu a letra do hino em 2001. O Hino Paralímpico é executado nas cerimônias paralímpicas, enquanto a bandeira paralímpica é hasteada. O JURAMENTO DOS ATLETAS - O Juramento paralímpico é uma promessa solene feita por um atleta - como um representante de cada um dos concorrentes participantes paralímpicos, e por um juiz como um representante de cada árbitro Paralímpicos de Arbitragem ou outro funcionário, na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. O atleta, da equipe do país organizador, segura um canto da bandeira paralímpica recitando o juramento:

“Em nome de todos os competidores, eu prometo que tomaremos parte nestes Jogos Paralímpicos, respeitando e cumprindo as regras que os regem, comprometendo-nos a um esporte sem doping e sem drogas, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do desporto e da honra de nossas equipes.”

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O JURAMENTO DOS JUÍZOS - O juiz, do país anfitrião, também segura um canto do pavilhão, e recita o juramento:

“Em nome de todos os juízes e funcionários, eu prometo que iremos oficiar nestes Jogos Paralímpicos com toda a imparcialidade, respeitando e cumprindo as regras que regem o verdadeiro espírito de desportivismo.”

A TOCHA - é o elo entre os Jogos da Antiguidade e os Jogos da Era Moderna. O fogo sagrado, tido como elemento purificador, anuncia o começo dos Jogos e convoca o mundo a celebrá-los em paz. O revezamento da tocha paralímpica foi iniciado nos Jogos Paralímpicos de Seul em 1988 como uma forma de comemoração de que após 24 anos a mesma cidade estava sediando os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos. O revezamento da tocha paralímpica demonstra os valores de entrega e união e companheirismo e assim se tornou um importante evento para transmitir a cultura distintiva do país anfitrião e unir todos os participantes nos Jogos Paralímpicos. O revezamento da Tocha Paralímpica é um evento onde todos - pessoas com deficiência e não deficientes - podem desfrutar sem discriminação. A Tocha Paralímpica ganha novos desenhos e formas a cada edição dos Jogos Paralímpicos, já que a cidade-sede da competição pode criar sua própria tocha, de acordo com a cultura do país sede. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC), anunciou no dia 29 de agosto de 2013, que o Reino Unido estará envolvido em todos os revezamentos da tocha dos Jogos Paralímpicos a partir de 2014. No mesmo dia, o IPC reconheceu que o país é o berço espiritual dos Jogos Paralímpicos. O anúncio veio no mesmo dia em que o Sir Philip Craven, então presidente do IPC, esteve em Stoke Mandeville para inaugurar uma versão gigante dos “Agitos”. O símbolo dos Jogos, com cinco metros de altura, fica na entrada do Hospital aonde o movimento paralímpico deu os seus primeiros passos em 1948. A chamada "chama do legado" será enviada virtualmente para a sede dos jogos e que será fundida em uma cerimônia oficial com as tochas regionais de cada país, formando a tocha oficial que será revezada até a cerimônia de abertura e acenderá a pira paralímpica ao final.

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Logomarcas e Cartazes dos Jogos Paralímpicos de Verão

De Roma - 1960 a Tóquio - 2020/2021, cartazes e logomarcas dos Jogos Paralímpicos.

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AS MASCOTES - Cada paralimpíada tem uma mascote, geralmente um animal nativo da área ou, ocasionalmente, figuras humanas que representam a herança cultural. As mascotes (par de esquilos) anônimas dos Jogos Paralímpicos de Verão de 1980, em Arnhem, Holanda são, possivelmente, as primeiras mascotes paralímpicas. Desde Komduri nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1988 em Seul, na Coreia do Sul, as mascotes paralímpicas tem sido associada com os seus homólogos Olímpicos. Atualmente, a maioria dos objetos para a venda, destinados aos jovens estão centradas na mascote, ao invés da bandeira paralímpica ou logotipos da organização. As mascotes são embaixadoras da alegria e mensageiras da amizade, representando elementos simbólicos do país ou da cidade-sede dos Jogos. Mascotes dos Jogos Paralímpicos de Verão Os cinco primeiros Jogos Paralímpicos de Verão, não tiveram mascotes: Roma 1960, Tóquio 1964, Tel Aviv 1968, Heidelberg 1972 e Toronto 1976. Arnhem - 1980: sem nome, foi à primeira mascote oficial Par de esquilos - As Mascotes dos jogos paralímpicos de 1980, não tiveram nomes. Houve um concurso de uma rádio da Holanda para que holandeses fizessem a mascote. Os vencedores do concurso foram um par de esquilos vestidos com roupas que continham a logomarca dos Jogos desenhada por Necky Oprensen. Essas mascotes (esquilos) foram vendidas como memorabília (coleção) em estandes na cidade de Arnheim. Nova York e Stoke Mandeville - 1984: Dan D. Lion A mascote era um leão que usava moletom e tênis, seu nome foi escolhido por crianças de um colégio para deficientes físicos. Criada por uma professora de arte chamada Maryanne McGrath Higgins. Ele foi somente à mascote dos jogos em Nova York, pois em Stoke Mandeville, nenhuma mascote foi escolhida. Seul - 1988: os “Gomdoori’ Gomdoori é uma palavra coreana derivada de "Teddy Bear". Enquanto ursos são comumente associados com sabedoria e coragem, os dois estão com as pernas amarradas, simbolizando a capacidade de superar adversidades através da cooperação e encorajar a humanidade a trabalhar juntos em paz e harmonia. Barcelona - 1992: Petra Feita pelo mesmo criador de CoBi (mascote dos jogos olímpicos), Javier Mariscal, Petra é uma menina positiva, extrovertida, independente, enérgica, corajosa e que não tem os braços.

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Atlanta - 1996: Chama - Blaze The Phoenix A Fênix foi escolhida como mascote dos jogos paralímpicos não apenas como um símbolo de renovação, perseverança e determinação, mas também por causa da importância da Fênix ser o símbolo da cidade de Atlanta. Projetado por Trevor Irvin, usa as cores brilhantes. A grande envergadura e altura da mascote Paralímpica a torna a personificação da vontade e determinação das pessoas com uma deficiência para alcançar uma vida plena para si própria. Hoje, como o símbolo da “BlazeSports América”, ela é o símbolo mais reconhecido do Esporte paralímpico dos EUA. Sidney - 2000: Lizzie Lizzie, a lagarta-de-gola, foi escolhida como a mascote. O papo da mascote Paralímpica, colorido em verde e ouro e na forma da Austrália, representa o país, com o corpo ocre espelha a cor da terra. Força, determinação e atitude de Lizzie, simbolizam todos os atletas paralímpicos que participam nos Jogos. Atenas - 2004: Proteas Proteas, o cavalo-marinho, foi criado para expressar os valores dos Jogos Paralímpicos de Atenas - Força, perseguição, inspiração e celebração. Spyros Gogos, o criador do Proteas, deu um passo deliberado longe de designs de mascotes Paralímpicos anteriores e criou o que para ele, melhor representa a natureza das competições e meta constante dos atletas de alcançar a excelência. Proteas na mitologia significa deus do mar ou deus dos rios e corpos de água oceânicos. “Protean” tem as conotações positivas de flexibilidade, versatilidade e adaptabilidade. Pequim - 2008: Fu Niu Lele A vaca Fu Niu Lele foi escolhida para ser a mascote dos Jogos Paralímpicos de Pequim somente após 87 desenhos originais, terem sido rejeitados por várias razões. Guanying Wu surgiu com a vaca, porque, como ele cresceu em uma fazenda, no seu entendimento, as vacas são gentis criaturas que formam laços com os humanos que cuidam delas. A mascote Paralímpica foi pintada em cores tiradas de desenhos e presentes tradicionais de ano novo chinês. Seu nome significa literalmente "Vaca da Boa Sorte e Felicidade"

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Londres - 2012: Mandeville Mandeville é o irmão gêmeo de Wenlock, mascote dos jogos olímpicos de verão de Londres. Formada a partir da última viga de aço do Estádio Olímpico e feito de aço polido para refletir as aparências e personalidades de pessoas que se encontram, seus olhos são câmeras e as luzes amarelas em suas testas são uma reminiscência de um táxi de Londres. Mandeville, a mascote Paralímpica foi nomeada em homenagem ao Hospital Stoke Mandeville em Buckinghamshire, local de nascimento de Stoke Mandeville Games, o antecessor de hoje Paralímpicos. Os três pontos em seu capacete simbolizam os três Agitos do logotipo Paralímpico. A mascote Mandeville simboliza a amizade. Rio de Janeiro - 2016: Tom Tom, batizado via votação popular na internet com o nome do famoso cantor, compositor e maestro Tom Jobim é uma criatura mágica, nascida no dia 2 de outubro de 2009, dia em que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos jogos olímpicos e paralímpicos. Ele nasceu da alegria dos brasileiros em sediar o evento. Seu amigo Vinícius, a mascote dos Jogos Olímpicos, representa os animais e Tom representa a natureza e toda a flora brasileira. Sua missão é "para inspirar a todos para usar a criatividade e determinação para alcançar sempre mais e se divertir". Com as duas mascotes (Olímpica e Paralímpica) trouxe a representatividade da música brasileira. Tóquio - 2020/2021: Someity A mascote paralímpica é uma personagem legal, com senso tátil de cereja e poder sobrenatural. É geralmente calma, mas muito poderosa quando necessário. Tem uma força interior digna e um coração amável que ama a natureza. Pode falar com pedras e vento. Também consegue mover as coisas apenas olhando para elas. Ela nasceu de um padrão de xadrez tradicional e em referência às flores de cerejeira japonesa. Ela tem um grande espírito de hospitalidade e sempre dá o seu melhor para animar e encorajar a todos. AS MEDALHAS - As medalhas concedidas aos vencedores paralímpicos, são outro símbolo associado aos Jogos Paralímpicos. As medalhas são feitas de prata banhada a ouro (normalmente descrita como medalhas de ouro, prata ou bronze) e atribuídas aos três primeiros classificados em um evento específico. Para cada edição dos Jogos Paralímpicos, as medalhas são concebidas de forma diferente, refletindo o anfitrião dos jogos.

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Medalhas dos Jogos Paralímpicos de Verão

Os Jogos do Rio de 2016 (Olímpicos e Paralímpicos) viram pela primeira vez, materiais reciclados sendo usados na confecção das medalhas. O ouro usado nas medalhas de ouro foi produzido sem o uso de mercúrio e 30% dos materiais usados nas medalhas de prata e bronze foram reciclados. Da mesma forma, metade do plástico usado nas fitas das medalhas veio de fontes recicladas, e as caixas das medalhas levam a marca de certificação do Forest Stewardship Council. As Medalhas de 2020/2021 em Tóquio, cem por cento dos metais necessários para fabricar cerca de 5.000 medalhas de ouro, prata e bronze, foram extraídos de pequenos dispositivos eletrônicos (celulares, iphone, etc) fornecidos por pessoas de todo o Japão, recolhidos entre abril de 2017 e março de 2019, em dois anos. Cada medalha concedida aos atletas durante os Jogos de Tóquio 2020/2021 é feita de metais reciclados.

Fonte: http://www.paralympic.org

https://www.cpb.org.br http://www.rededoesporte.gov.br

https://www.paralympicheritage.org.uk