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2015 SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis Rui Garcia

SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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Page 1: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

2015

SNC Investimentos – Ativos Fixos Tangíveis Rui Garcia

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1

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - Enquadramento

IAS 16

Ativos fixos tangíveis

Regulamento CE 1126/2008 de 3/11

Ponto de vista fiscal

Decreto regulamentar 25/2009

Page 3: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

2

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Objetivo e aplicação

Objetivo Aplicação

Prescrever o tratamento contabilístico para os ativos fixos tangíveis (A.F.T.), nomeadamente ao nível do

reconhecimento e da mensuração

Correta análise e avaliação da informação acerca do investimento de uma entidade nos seus A.F.T.

Todos os A.F.T., exceto:

Ativos não correntes detidos para venda – NCRF 8

Ativos biológicos relacionados com atividade agrícola – NCRF

17

Ativos relacionados com a exploração e avaliação de

recursos minerais

Direitos minerais e recursos minerais (petróleo e gás natural e recursos não regenerativos

NCRF 16

Page 4: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

3

NCRF 7- Ativos fixos tangíveis

Utilização de equipamentos em ligação com o Ativo Fixo Tangível

Sobressalentes Equipamento de

serviço

Consumíveis

Inventários

Resultados

Utilização em ligação com um ativo fixo

tangível

Sobressalentes principais

Equipamentos de reserva

Utilização durante mais de um período

Ativo fixo tangível

Page 5: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

4

NCRF 7- Ativos fixos tangíveis

Critérios de reconhecimento são aplicados a todos os custos de um Ativo Fixo Tangível

Inicialmente Posteriormente

Aquisição Construção Adicionar parte Substituir parte Assistência

Se for assistência diária

Gasto

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5

NCRF 7- Ativos fixos tangíveis

Custos incorridos posteriormente com um ativo fixo tangível

Custo de substituição de partes de um item de AFT

Custos de assistência de um item do AFT

Navio

Substituição de parte

Partes diferentes

Desreconhecer o valor contabilístico

das partes substituídas

Vidas úteis diferentes

Cálculo da depreciação

separadamente por partes

Inspeção importante

Navio

Reconhecer como ativo

Eliminar valor contabilístico da inspeção anterior

Assistência diária

Mão-de-obra, peças

Não reconhecer como A.F.T.

Gasto do período

Page 7: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

6

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - Caraterísticas

A afetação às atividades normais da entidade quer na vertente produtiva,

quer na vertente de suporte

O uso por dois ou mais períodos económicos (vida útil superior a um

ano)

Terem existência física (corpórea), tais como edifícios, equipamentos, viaturas,

computadores, terrenos

Não é necessário que estes elementos sejam propriedade da entidade, podendo estar a ser usados em regime de locação

Deve incluir as benfeitorias e as grandes reparações que devem acrescer ao custo daqueles itens

Princípio geral

Um ativo fixo tangível deve ser reconhecido caso se verifiquem as duas seguintes condições:

Da sua atividade são gerados benefícios económicos para a entidade

O custo do item pode ser determinado com fiabilidade

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7

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Mensuração inicial

Os ativos fixos tangíveis devem ser reconhecidos pelo seu custo, no momento em que este seja incorrido. O custo inclui os gastos suportados inicialmente para adquirir ou construir um item do ativo fixo tangível e os incorridos posteriormente para adicionar ao item, substituir parte dele ou dar

assistência ao mesmo

O seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos associados ao bem não reembolsáveis (IVA não dedutível) e deduzindo os descontos e os abatimentos

Custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e nas condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida (ex.: trabalhos de construção civil).

Custos estimados de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local, se for uma obrigação da entidade, (ex: remoção de estaleiros de obra, custos de reconstrução ambiental em pedreiras)

Condições necessárias para que o mesmo possa funcionar de forma pretendida

Restauração do local onde o mesmo está localizado

Page 9: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

8

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial – Exemplos de custos diretamente atribuíveis

Custos dos benefícios dos empregados – NCRF 28 – Benefícios dos empregados; decorrentes diretamente da construção ou aquisição de um item do ativo fixo tangível

Custos de preparação do local para instalação de um

item do ativo

Custos de instalação e montagem

Custos iniciais de entrega e de armazenamento

Custos de testes, deduzido dos proveitos líquidos da venda de qualquer item produzido (tais como amostras produzidas

quando se testa o equipamento)

Honorários suportados com a sua compra (ex: comissões, arquitetura, engenharia)

NCRF 10 – Custos dos empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção desse ativo e que possa resultar deste, benefícios económicos futuros

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9

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial

Os custos dos empréstimos podem ser capitalizados no caso de se encontrarem diretamente relacionados com o ativo, ou seja, caso a empresa tenha incorrido no empréstimo devido à aquisição, construção ou produção do bem.

Os custos de empréstimos incluem (NCRF 10, § 5):

Juros de descobertos bancários e de empréstimos obtidos a curto

e longo prazo

Encargos financeiros relativos a locações financeiras

reconhecidas de acordo com a NCRF 9

Amortização de descontos ou prémios relacionados com

empréstimos obtidos

Amortização de custos acessórios incorridos em ligação com a obtenção de empréstimos

Diferenças de câmbio provenientes de empréstimos obtidos em moeda estrangeira até ao ponto em que sejam vistos

como um ajustamento do custo de juros

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10

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial

Preço de compra

Restauração do local onde o mesmo está

localizado

Condições necessárias para que o AFT funcione

de forma perfeita

Estimativa inicial dos custos de

desmantelamento e remoção do ativo

Custos diretamente relacionados com a

colocação do ativo na localização

Custos de preparação do local

Custo iniciais de entrega e manuseamento

Honorários Custos de instalação e

montagem

Custos de benefícios dos empregados decorrentes diretamente da aquisição ou construção do AFT

(trabalhos par a própria entidade

Custos incorridos para testar o funcionamento correto do ativo (deduzidos do valor líquido da venda de

qualquer item produzido enquanto decorrem os testes)

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial de um item do A.F.T. – Desmantelamento e remoção de um A.F.T.

Utilização na produção de inventários

NCRF 18 - inventários

NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

Custos incorridos no desmantelamento e remoção do

ativo

Restauração do local

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial de um item do A.F.T. – Desmantelamento e remoção de um A.F.T.

Exemplo: Desmantelamento de uma unidade fabril instalada num terreno cedido pelo Município por 10 anos sob a forma de direito de superfície. O contrato implica a entrega do terreno no estado em que foi recebido. Assim, os custos de

desmantelamento no final do décimo ano devem ser estimados de acordo com a NCRF 21 e imputados aos inventários produzidos pela unidade fabril de acordo com a NCRF 18 – Inventários

Dados Valores Observações

Custos de desmantelamento no final do 10º ano 1.000.000 €

Taxa de atualização estimada 3% NCRF 21

Valor presente da provisão – Ano 0 744.094 € NCRF 21

Valor do AFT 8.000.000 €

Valor do AFT incluindo a provisão 8.744.094 € NCRF 7, paragrafo 17 alínea c)

Depreciação do componente desmantelado 74.410 €

Produção anual estimada (unidades) 2.000.000

Gastos de conversão fixos e variáveis sem desmantelamento 12.000.000 €

Custos de depreciação do desmantelamento anuais 74.410 €

Valor unitário dos inventários produzidos 6,037 € (12.000.000 + 74.410) / 2.000.000

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A empresa XRT adquiriu, para uso na sua atividade corrente os seguintes ativos:

Uma viatura mista por 35.000€ a que acresce IVA à taxa de 23% e mais 70 € com gastos de registo de propriedade

Um equipamento industrial de 250.000 € a que acresce IVA à taxa de 23% e gastos com direitos aduaneiros de 10.000 €

Para a aquisição deste equipamento foi contraído um empréstimo que originou um encargo com juros de 1.000 € e foram efetuadas obras de adaptação do local para a sua instalação de 3.000 €

Não se preveem custos com a sua remoção no fim da sua vida útil

Custos iniciais a reconhecer em cada um dos itens:

Viatura mista: 35.000 € + 8.050 € (IVA) + 70 € = 43.120 €

Equipamento industrial: 250.000 € + 10.000 € + 1.000 € + 3.000 € = 264.000 €

Todos estes custos para serem aceites têm que estar devidamente documentados

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial - Exemplo

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NCRF 7 – Ativo Fixo Tangível (A.F.T.)

Mensuração inicial de um item do ativo

Troca de um ativo fixo tangível – parágrafos 25 a 27 da NCRF 7

Aquisição Mensuração

Por troca com outro ativo monetário

Por troca com ativo não monetário

Por troca com uma combinação de ativos monetários e não monetários

Justo valor Exceção

Troca careça de substância comercial

Não sejam fiavelmente mensurados

Justo valor do ativo cedido versus

Justo valor do ativo recebido

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NCRF 7 – Ativo Fixo Tangível (A.F.T.)

Mensuração inicial de um item do ativo - Exemplo

Desmantelamento de uma unidade de transformação instalada num terreno cedido pela Câmara Municipal por 20 anos sobre a forma de direito de superfície. O contrato implica a entrega do terreno no estado em que foi recebido. Os custos de desmantelamento no final do vigésimo ano devem ser estimados de acordo com a NCRF 21 e imputados aos inventários produzidos pela unidade fabril de acordo

com a NCRF 18

Dados Valores Observações

Custos de desmantelamento no final do ano 20 650 000

Taxa de atualização estimada 5% NCRF 21, NI 2

Valor presente da provisão – Ano 0 244 978 NCRF 21

Valor do AFT 7 000 000

Valor do AFT incluindo a provisão 7 244 978 NCRF 7, paragrafo 17

Depreciação do componente desmantelamento 12 249

Produção anual estimada (unidades) 3 500 000

Gastos de conversão fixos e variáveis sem desmantelamento 9 000 000

Custos de depreciação do desmantelamento anuais 12 249

Valor unitário dos inventários produzidos 2,57

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial – Exemplos de custos não imputáveis ao ativo

Custos com a abertura de novas instalações

Custos suportados com a introdução de um novo produto ou serviço (incluindo custos de publicidade ou de atividades

promocionais

Custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de clientes (incluindo custos de formação

de pessoal)

Custos de administração e outros custos gerais (atividades de suporte)

Custos com a manutenção diária ou assistência técnica devem ser reconhecidos nos resultados

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial – Construção de um ativo fixo tangível pela própria entidade

Produção

Juros de financiamento

Venda do A.F.T. NCRF 10 – Custos de empréstimos obtidos

Incluído no AFT

Custos de quantias anormais de material, mão-de-obra e outros

Excluído do A.F.T.

Venda de ativos no decurso normal da

atividade

NCRF 18 - Inventários

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração inicial – Troca de um ativo fixo tangível – Parágrafo 25 a 27

Aquisição

Por troca com outro ativo monetário

Por troca com ativo não monetário

Por troca com uma combinação de ativos monetários e não

monetários

Mensuração

Justo valor Exceção

Troca careça de substância comercial

Justo valor do ativo recebido

Justo valor do ativo cedido

Não sejam fiavelmente mensurados

Page 20: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Modelo de custo Modelo de revalorização

Os itens do ativo fixo tangível deve ser escriturado pelo seu custo (-) depreciações acumuladas (-) perdas por imparidade

acumuladas

Os itens do ativo fixo tangível cujo justo valor possa ser determinado com fiabilidade, deve ser escriturado por uma quantia revalorizada, que corresponde ao seu justo valor à

data da revalorização (-) depreciações acumuladas (-) perdas por imparidade acumuladas

Se não houver forma de avaliar pelo mercado o justo valor devido à natureza especializada do item ou se o item for

raramente vendido, exceto como parte de um negócio em continuação, uma entidade pode precisar de estimar o justo valor usando uma abordagem pelo rendimento ou pelo custo

de reposição depreciado

Page 21: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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Valorização de um A.F.T. por componentes:

Depreciar separadamente cada parte de um item do AFT, com um custo significativo em relação ao custo total

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

A sociedade Ertar, comprou um equipamento industrial em Janeiro de 2010 por 12.000.000 €. O equipamento é constituído por 3 componentes – componente 1 - 2.500.000 €, componente 2 – 5.500.000 € e o componente 3 – 4.000.000 €, sendo as vidas úteis de:

Componente 1 e componente 2 – 8 anos

Componente 3 – 3 anos

A componente 3 foi substituída em 2013 com um custo de 4.500.000 €, tendo uma vida útil de 3 anos

Valor da depreciação anual entre 2010-2012: (2.500.000+5.500.000)/8+4.000.000/3 = 2.333.333 €

Em 2013 a empresa reconhece o custo suportado com a substituição do componente 3, por um valor de 4.dado que o mesmo já assumia um valor nulo.

Se no entanto a substituição do componente 3 tivesse que ser antecipado, por exemplo para 2012, o procedimento contabilístico seria:

Valor da depreciação em 2010 e 2011 - (2.500.000+5.500.000)/8+4.500.000/3 = 2.333.333 € e em 2012 - (2.500.000+5.500.000)/8+4.500.000/3 = 2.500.000 €.

A empresa reconheceria no início de 2012 o custo suportado com a substituição do componente 3, devendo também reconhecer uma preda por imparidade no valor de 1.333.333 €

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – modelo de revalorização

Valor Contabilístico = Justo valor – Depreciações acumuladas subsequentes – Perdas por imparidade subsequentes

Justo valor

Terrenos e edifícios

Avaliações feitas por peritos qualificados e independentes

Se não houver provas com base no mercado não é possível utilizar o

método de revalorização

Instalações e equipamentos

Valor de mercado determinado por avaliação

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Modelo de revalorização – qualquer depreciação acumulada à data da revalorização é tratada de uma das seguintes formas:

As amortizações acumuladas à data da revalorização são tratadas de uma das

seguintes formas:

O valor do ajustamento proveniente do recálculo da revalorização, deve ser

contabilizado da seguinte forma:

C.1 C.2 D.1 D.2

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

As amortizações acumuladas à data da revalorização são tratadas de uma das seguintes formas:

C.1 – recalculada na proporção da alteração, na quantia registada bruta do ativo a fim de que a quantia evidenciada no

ativo após a revalorização iguale o montante revalorizado

C.2 – eliminada contra a quantia registada bruta do ativo, sendo a quantia líquida recalculada para a quantia

revalorizada do ativo

Valorização – mensuração subsequente

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

O valor do ajustamento proveniente do recálculo da revalorização, deve ser contabilizado da seguinte forma:

D.1. 1 – Se a revalorização provoque um aumento do valor do ativo, este aumento deve ser creditado diretamente ao capital próprio na conta 58 – Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e

intangíveis

D.2.1 – caso a revalorização provoque uma redução do ativo, esta redução deve ser debitada numa conta de resultados – 656

– Perdas por imparidade – ativos intangíveis.

D.1. 2 – Se o aumento reverter um decréscimo da revalorização este deve ser creditado numa conta de resultados 7626 – Reversões por

perdas por imparidade – ativos intangíveis

D.2.2 - Contudo, se no que diz respeito a este ativo ainda restar qualquer excedente de revalorização na conta correspondente

de capital próprio, então essa diminuição deve ser debitada diretamente na conta de capital próprio até ao limite do saldo de

crédito existente

Valorização – mensuração subsequente

Page 26: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Valorização – mensuração subsequente

Se aumenta o valor do ativo

Reverte imparidade

Se não:

Reconhecer em excedentes de revalorização

Se sim:

Reconhecer rendimento

Se diminui o valor do ativo

Excedente de revalorização já reconhecido?

Se não:

Imparidade

NCRF 12

Se sim:

Debitar conta excedentes de revalorização

Page 27: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – Reconhecimento para o justo valor de um Ativo Fixo Tangível

Reconhecimento do aumento para o Justo Valor Reconhecimento da diminuição para o Justo Valor

Regra Geral

Diretamente no Capital Próprio Nos resultados

Conta 58 – Excedentes de revalorização de AFT e AI Conta 655 – Perdas por imparidade em AFT

Exceção Nos resultados (quando se verificar a reversão de um decréscimo de revalorização do mesmo ativo previamente reconhecido nos resultados)

Nos Capitais Próprios (quando se verificar a existência de um saldo credor no excedente de revalorização com respeito ao mesmo ativo)

Conta 7625 – Reversões de perdas por imparidade em AFT

Conta 58 – Excedentes de revalorização de AFT e AI

Exemplo Regra Geral e Exceção

Valor Contabilístico Justo valor Ajustamento Conta Opção

AFT 1 = 20.000 € (2007) 24.000 € + 4.000 € 58 Regra geral

AFT 2 = 24.000 € (2007) 22.000 € - 2.000 € 655 Regra geral

AFT 3 = 18.000 € (2008) 22.000 € + 4.000 € 58 Regra geral

+ 4.000 € 7625 Exceção

AFT 4 = 24.000 € (2008) 22.000 € - 2.000 € 58 Exceção

Page 28: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – revalorização de um ativo fixo tangível – Depreciações acumuladas à data da revalorização do mesmo

Se um ativo tangível for revalorizado

Então;

Toda a classe de ativos à qual pertença, deve ser revalorizada (princípio da consistência)

Reexpressas proporcionalmente Eliminadas contra a quantia escriturada bruta do ativo

Page 29: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

28

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Dados: A entidade Vi&Revi é detentora de um imóvel constituído por terreno e edifício e que tem vindo a ser reconhecido pelo modelo de

custo, sendo o edifício depreciado à taxa de 2%. No fim de 2013 e depois de contabilizadas as depreciações, os valores na contabilidade

eram de 500.000 e 1.000.000 euros, respetivamente.

O justo valor do terreno é de 650.000 euros e o do edifício é de 1.200.000 euros, de acordo com uma avaliação de peritos.

A entidade pretende adotar o modelo de revalorização no fim do ano 2013, utilizando os justos valores apurados pelos peritos.

Pretende-se apurar os valores relativos à revalorização, incluindo o respetivo imposto diferido e proceder ao seu registo no ano de 2013.

Considera-se uma taxa de depreciação de 2% e uma taxa média de IRC de 25,5%.

Cálculos: Valor de aquisição do edifício (Va): Va - 2% x Va x 5 anos = 1.000.000 € então; Va = 1.111.111 €

Depreciações acumuladas = 1.111.111 € - 1.000.000 € = 111.111 €

Revalorizações: do terreno - 650.000 € – 500.000 € = 150.000 €

Do edifício – 1.200.000 € - 1.000.000 = 200.000 €

Impostos diferidos = (150.000 € + 200.000 €) x 25,5% = 89.250 €

Revalorização das depreciações acumuladas, será:

Coeficiente de revalorização: 1.200.000 € / 1.000.000 € = 1,2

Valor de aquisição revalorizado: 1.111.111 € x 1,2 = 1.333.333 €

Acréscimo decorrente da revalorização: 1.333.333 € - 1.111.111 € = 222.222 €

Page 30: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Depreciações acumuladas revalorizadas: 111.111 x 1,2 = 133.333 €

Acréscimo decorrente da revalorização = 133.333 € - 111.111 € = 22.222 €

Revalorização líquida do edifício: 222.222 € - 22.222 € = 200.000 €

Depreciações do período:

Hipótese 1 : Com a anulação das depreciações acumuladas: 1.200.000 € x 2% = 24.000 €

Hipótese 2 : Com a revalorização das depreciações acumuladas: 1.333.333 € x 2% = 26.667 €

Utilização da reserva de revalorização:

Hipótese 1 : 200.000 € x 2% = 4.000 € Imposto diferido : 4.000 € x 25,5% = 1.020 €

Hipótese 2 : 222.222 € x 2% = 4.444 € Imposto diferido : 4.444 € x 25,5% = 1.133 €

Page 31: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

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Lançamentos contabilísticos ano 2013 e 2014

Hipótese 1 : Com anulação das depreciações acumuladas

Dia Operação Descrição Contas movimentadas Importância

Débito Crédito

2013 1 Anulação das depreciações do edifício 43.8 43.2 111.111 €

2 Revalorização do edifício 43.2 200.000 €

Revalorizações do terreno 43.1 150.000 €

Total da revalorização 58.91 350.000 €

3 Imposto diferido da revalorização 58.92 27.42 89.250 €

2014 1 Depreciações do período 64.2 43.8 24.000 €

Anulação da reserva de revalorização 58.91 56 4.000 €

Reversão do imposto diferido 27.42 58.92 1.020 €

Hipótese 2 : Regularização das depreciações acumuladas

Dia Operação Descrição Contas movimentadas Importância

Débito Crédito

2013 1 Revalorizações das depreciações do edifício 43.8 22.222 €

2 Revalorização do edifício 43.2 500.000 €

Revalorizações do terreno 43.1 150.000 €

Total da revalorização 58.91 627.778 €

3 Imposto diferido da revalorização 58.92 27.42 89.250 €

2014 1 Depreciação do período 64.2 43.8 26.667 €

Anulação da reserva de revalorização 58.91 56 4.444 €

Reversão do imposto diferido 27.42 58.92 1.133 €

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Page 32: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

31

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Admitindo que a entidade no dentro de 2 anos procede à alienação do imóvel por um valor global de 1.500.000 €. Proceder ao

cálculo das mais ou menos valias e efetuar os respetivos registos:

Valor contabilístico do edifício: Valor reavaliado – 1.200.000 €

Depreciações acumuladas – 1.200.000 € x 2% x 7 anos = 168.000 €

Menos valia = 1.500.000 € - ((1.200.000 € - 168.000 €) + 650.000 €) = -182.000 € (conta 68.71)

Reserva de reavaliação ainda não utilizada – do edifício – 200.000 – 2% x 200.000 € x 7 anos = 172.000 €

Do terreno (na totalidade) – 150.000 €

Imposto diferido sobre a reserva reavaliação não utilizada – (172.000 € + 150.000 €) x 25,5% = 82.110 €

Se a venda fosse por 1.750.000 €

Mais valia = 1.750.000 € - ((1.200.000 € - 168.000 €) + 650.000 €) = 68.000 € (conta 78.71)

Lançamentos – admitindo a hipótese 1 e só para as menos valias

Operação Descrição Contas movimentadas Valor

Débito Crédito

1

Anulação do valor revalorizado- terreno 68.71 43.1 625.000 €

Anulação do valor revalorizado- edifício 68.71 43.2 1.200.000 €

Anulação depreciações acumuladas - edifício 43.8 68.71 168.000 €

Valor da venda 12.1 68.71 1.500.000 €

Anulação da reserva de reavaliação 58.91 56 322.000 €

Anulação da reserva de reavaliação – impostos diferidos 27.42 58.92 82.110 €

Page 33: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

32

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Reconhecimento como Ativo Fixo Tangível versus reconhecimento como gasto do período

A GEST, adquiriu a pronto pagamento em Janeiro de 2010, um equipamento industrial por 400.000 €. No final de cada 3 anos, o

equipamento industrial tem de ser sujeito a uma revisão integral com um custo de 60.000 €. A vida útil estimada é de 9 anos. A

empresa adota o método da linha reta. O capital próprio da empresa é de 100.000 €.

Descrição

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6

Depreciação 44.444 44.444 44.444 44.444 44.444 44.444

Quantia escriturada 355.556 311.112 266.668 221.224 177.780 133.336

Tem a seguinte distribuição de rendimentos

Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6

Resultados operacionais 60.000 65.000 70.000 68.000 72.000 65.000

Page 34: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

33

Reconhecimento como gasto versus reconhecimento como ativo fixo tangível

Como ativo tangível

Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6

Resultados Operac. 60 000,00

65 000,00

70 000,00

68 000,00 72 000,00 65 000,00

Gasto no período 44 444,44

44 444,44

64 444,44

64 444,44 64 444,44 64 444,44

Resultado período 15 555,56

20 555,56

5 555,56

3 555,56 7 555,56 555,56

Valor líquido ativo 355 555,56 311 111,11 306 666,67 262 222,22 217 777,78 173 333,33

Valor capital próprio 115 555,56 136 111,11 141 666,67 145 222,22 152 777,78 153 333,33

Autonomia financeira 32,5% 43,8% 46,2% 55,4% 70,2% 88,5%

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente

Page 35: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

34

Conclusões:

Opção como gasto Opção como investimento

Reduz a carga fiscal Maior carga fiscal do que outra opção

Reduz resultados do período Maior resultado do que na outra opção

Resultados futuros maiores, uma vez que não é afetado pelas depreciações, dado não serem capitalizadas

Resultados futuros menores, uma vez que são afetados pelas depreciações dada a sua capitalização

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – reconhecimento como gasto versus reconhecimento como ativo fixo tangível

Page 36: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

35

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – noção de depreciação e amortização

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis têm carater duradouro

É fixado um determinado período de tempo, durante o qual se espera que possam ser utilizados em condições de funcionamento económico

Esse período é a vida útil ou económica

Na determinação deste período, dever-se-á ter em conta, não só o intervalo de tempo em que o elemento está em normais condições de funcionamento, ou seja, a sua vida física, mas ainda a perda de valor

resultante de inovações tecnológicas ou obsolescência.

Vida económica de um bem, normalmente é menor do que a vida física do mesmo

Page 37: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

36

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente - Na determinação do período de vida económica de um bem, deverá ter-se em conta:

Experiência da empresa com ativos semelhantes

Na estimativa da vida útil devem ser considerados

O uso esperado do ativo O desgaste normal e a rutura física esperada

Impacto das inovações tecnológicas

Limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo (datas de extinção de locação)

Vida física do bem

A obsolescência técnica ou comercial

Constrangimentos legais

Page 38: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

37

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis - mensuração subsequente – alterações da vida útil de um bem

O valor residual e a vida útil de um bem devem ser revistos pelo menos no final de cada exercício

financeiro

Sempre que se entender alterar a vida útil estimada, os gastos de depreciação do período corrente e futuros devem ser

estimados com base na vida útil remanescente (NCRF 4 – Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas

contabilísticas e erros)

Page 39: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

38

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – cálculo das quotas – aspetos gerais

Causas principais do desgaste ou perda de valor dos bens do ativo fixo tangível

Causas independentes do uso e resultantes do decorrer do tempo (desgaste físico resultante da ação normal de fatores

estranhos à atividade

Causas provocando uma depreciação do seu uso (o desgaste físico do uso e

perdas de substâncias)

Depreciações inesperadas (desgaste físico provocado por acontecimentos

extraordinários e negligências)

Cobertura de riscos – seguros

Imparidades Cálculo da depreciação correta

Conhecimentos técnicos do avaliador relativamente ao bem

Minimização do subjetivismo que tal avaliação pode estar sujeita

Não existência de um mercado ativo de bens de uso

Capacidade de previsão dos fatores económicos de produção,

comercialização

Page 40: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

39

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações

Exemplo:

A GEST, adquiriu a pronto pagamento em uma viatura por 25.000 €, que espera vir a utilizar durante 4 anos. Tendo em conta os elementos

históricos do setor e da marca, para o referido veículo estimam-se os seguintes valores de mercado:

Fim do 1º ano 80% do preço de compra

Fim do 2º ano 65% do preço de compra

Fim do 3º ano 50% do preço de compra

Fim do 4º ano Poderá ser vendido (valor residual) por 40% do preço de compra

Admitindo que os valores acima descritos refletem, com muita fidelidade, o valor de mercado da viatura, o gasto anual de depreciação será:

Ativo: Viatura marca C – modelo CZ Preço de compra 25.000 €

Período económico Valor de mercado (%) Gasto com depreciação Valor a reconhecer no Balanço

Ano 1 80% 5.000 € 20.000 €

Ano 2ício 65% 3.750 € 16.250 €

Ano 3 50% 3.750 € 12.500 €

Ano 4 40% 2.500 € 10.000 €

SOMA 15.000 €

Para além da adoção do “justo valor” – valor que num mercado ativo, um comprador e um vendedor estão dispostos a comprar e a vender

foram estabelecidos alguns critérios de base teórica que presidem à determinação das quotas anuais de amortização

Page 41: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

40

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Cálculo das quotas

Critérios de base teórica que presidem à determinação das quotas anuais de amortização

Critérios rígidos

Todas as quotas de depreciação e amortização são fixadas à data de aquisição de bens de investimento

Critérios elásticos

A fixação das quotas de depreciação e amortização efetua-se no fim de cada período a que respeitam

Têm apenas em atenção o fator tempo, no processo de depreciação do ativo

São determinados em função de determinados acontecimentos – grau de utilização, preços de mercado

Quotas constantes

Método das quotas variáveis em progressão

geométrica

Quotas variáveis em progressão aritmética

decrescente (critérios dos dígitos)

Critérios de desgaste funcional

Base dupla

Page 42: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

41

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Quotas constantes

O desgaste do bem de investimento é diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é constante o valor das quotas anuais de amortização – método da linha reta

Fórmula de cálculo da quota de depreciação

Q = Vi – R / n = A / n

Vi – Valor de aquisição do ativo fixo

R – Valor residual

A – Valor a depreciar e amortizar A = Vi – R

Q – Quota de depreciação ou amortização do período

n – anos de vida útil ou económica

Page 43: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

42

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Valor do equipamento 32.000 € Anos Valor contabilístico

Valor residual 2.000 € Anual Acumulada

Vida útil 6 anos n 5.000 € 5.000 € 27.000 €

n+1 5.000 € 10.000 € 22.000 €

n+2 5.000 € 15.000 € 17.000 €

n+3 5.000 € 20.000 € 12.000 €

n+4 5.000 € 25.000 € 7.000 €

n+5 5.000 € 30.000 € 2.000 €

Q = V – R /n = (32.000 € – 2.000 €) / 6 = 5.000 €

Page 44: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

43

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Empresa de terraplanagem, adquiriu um novo equipamento em Janeiro de 2012 pelo montante de 246.000 euros (incluindo IVA à taxa de 23%). A taxa máxima de depreciação, fiscalmente permitida, é de 25%, o que corresponde a uma vida útil de 4 anos.

Admite-se que a empresa estimou a vida útil para o equipamento de 4 anos. E estima que a máquina remova 10.000.000 toneladas de areias nesse período. Não foi considerado qualquer valor residual.

Gasto anual de depreciação: 200.000 / 4 = 50.000 euros

Período V. Contabilístico no inicio do período Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 200.000 € 50.000 € 50.000 €

2013 150.000 € 50.000 € 100.000 €

2014 100.000 € 50.000 € 150.000 €

2015 50.000 € 50.000 € 200.000 €

Page 45: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

44

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente (critérios dos dígitos)

Valor equipamento

32.000 € A= 32.000 € - 2.000 € = 30.000€ Anos Amortização Anual Amortização acumulada

Valor contabilístico

Valor residual 2.000 € Períodos = 21 = (1+2+3+4+5+6) n 1.428,57 x 6 = 8.571,42 8.571,42 € 30.000 – 8.571,42 = 23.428,58

Vida útil 6 anos K = 30.000 / 21 = 1.428,57 € n+1 1.428,57 x 5 = 7.142,85 15.714,27 € 23.428,58 – 7.142,85 = 16.285,73

n+2 1.428,57 x 4 = 5.714,28 21.428,55 € 16.285,73 – 5.714,28 = 10.571,45

n+3 1.428,57 x 3 = 4.285,71 25.714,26 € 10.571,45 – 4.285,71 = 6.285,74

n+4 1.428,57 x 2 = 2.854,14 28.571,40 € 6.285,74 – 2.854,14 = 3.428,60

n+5 1.428,60 x 1 = 1.428,60 30.000 € 3.428,60 – 1.428,60 = 2.000

Page 46: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

45

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente (critérios dos dígitos) – Neste método a depreciação é efetuada num débito decrescente durante a vida útil do AFT

1 + 2 + 3 + 4 = 10

Período V.C. no inicio do período Quociente dos dígitos Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 200.000 € 4/10 80.000 € 80.000 €

2013 120.000 € 3/10 60.000 € 140.000 €

2014 60.000 € 2/10 40.000 € 180.000 €

2015 20.000 € 1/10 20.000 € 200.000 €

Ainda o investimento da empresa de terraplanagem

Page 47: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

46

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Do ponto de vista fiscal, segundo o D.R. nº 25/2009, na aplicação do método das quotas degressivas são utilizadas as taxas de depreciação e amortização corrigidas pelos seguintes coeficientes:

1,5 se o período de vida útil do bem é inferior a cinco anos;

2,0 se o período de vida útil do bem é cinco ou seis anos;

2,5 se o período de vida útil do bem é superior a seis anos

No exemplo anterior ter-se-á uma taxa de depreciação de 37,5% (25% x 1,5 = 37,5 %)

Período V.C. no inicio do período Taxa de depreciação Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 200.000 € 37,50 % 75.000 € 75.000 €

2013 125.000 € 33,33 % 41.662 € 116.662 €

2014 83.338 € 50,00 % 41.669 € 158.331 €

2015 41.669 € 100,00 % 41.669 € 200.000 €

Page 48: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

47

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios rígidos

Quotas variáveis em progressão geométrica

Valor equipamento 26.000 €

Valor residual 2.000 € Taxa amortização Valor bem

Valor bem menos valor residual

Amortização Valor

acumulado Valor

contabilístico

Vida útil 6 anos 33,33% 26 000,00 24 000,00 8 000,00 8 000,00 18 000,00

33,33% 16 000,00 5 333,33 13 333,33 12 666,67

33,33% 10 666,67 3 555,56 16 888,89 9 111,11

33,33% 7 111,11 2 370,37 19 259,26 6 740,74

33,33% 4 740,74 1 580,25 20 839,51 5 160,49

33,33% 3 160,49 1 053,50 21 893,00 4 107,00

Acerto final 2 107,00 2 107,00 24 000,00 2 000,00

Taxa aplicável pelo critério das quotas constantes é de 16,66%, por 6 anos de vida útil, deve-se utilizar o dobro da taxa, ou seja, 33,33%

Page 49: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

48

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios elásticos

Critério do desgaste funcional

Neste critério as quotas de depreciação são proporcionais à utilização dos ativos fixos. São determinadas com base em unidades que exprimem a atividade desenvolvida durante os sucessivos exercícios da sua vida útil ou económica. Este critério é admitido pela NCRF 7,

ao considerar que a vida útil pode ser admitida pelo “número de unidades de produção ou semelhantes que se espera obter do ativo

V – valor de custo de aquisição do ativo fixo Equipamento 5.100 €

R-Valor residual Valor residual 100 €

A-Valor a depreciar – A=V-R Vida útil 5 anos

U-Número de unidades de atividade Atividade estimada 25.000 horas

U(x)-Número de unidades da atividade desenvolvida no ano x A = V – R = 5.100 €– 100 € = 5.000 €

q-quota de depreciação por unidade de atividade prevista q = 5.000 € / 25.000 horas = 0,2 € / hora

Q(t)-quota de depreciação do ano t Anos Atividade real (horas)

Amortização Valor contabilístico Q = (V – R) / U = A / U Anual Acumulação

Q(t) = q x U(x) n 4.000 4.000 x 0,2 = 800 € 800 € 4.200 €

n+1 7.000 7.000 x 0,2 = 1.400 € 2.200 € 2.800 €

n+2 5.000 5.000 x 0,2 = 1.000 € 3.200 € 1.800 €

n+3 5.000 5.000 x 0,2 = 1.000 € 4.200 € 800 €

n+4 4.000 4.000 x 0,2 = 800 € 5.000 € 0 €

Número de unidades de atividade pode ser (kms, horas, produtos fabricados, previsto para a vida útil do ativo fixo)

Page 50: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

49

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Critérios elásticos

Critérios de base dupla – combinação dos critérios das quotas constantes e desgaste funcional

Valor equipamento

5 100,00 Anos Valor do bem

Amortizações anuais Amortizações acumuladas Base dupla Valor contabilístico

Valor residual 100,00 Quotas constantes

Desgaste funcional

Quotas constantes

Desgaste funcional

Amortização anual Amortização acumulada

Vida útil (anos) 5 n 5 100,00 1 000,00 800,00 1 000,00 800,00 1.000 € (valor maior) 1 000,00 4 100,00

n+1 1 000,00 1 400,00 2 000,00 2 200,00 1.200 € (2.200 - 1.000) 2 200,00 2 900,00

n+2 1 000,00 1 000,00 3 000,00 3 200,00 1.000 € (3.200 - 2.200) 3 200,00 1 900,00

n+3 1 000,00 1 000,00 4 000,00 4 200,00 1.000 € (4.200 - 3.200) 4 200,00 900,00

n+4 1 000,00 800,00 5 000,00 5 000,00 800 € (5.000 - 4.200) 5 000,00 100,00

Page 51: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

50

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Outro critério

Método das unidades de produção

Valor aquisição 210 000,00

Anos Valor do bem

sem V.R. Depreciação - Kms

percorridos Depreciação anual

Depreciação acumulada

Valor contabilístico

Valor residual 10 000,00 n 200 000,00 75 000 50 000,00 50 000,00 160 000,00

Vida útil (anos) 5 n+1 70 000 46 666,67 96 666,67 113 333,33

Atividade - Kms 300 000 n+2 60 000 40 000,00 136 666,67 73 333,33

n+3 50 000 33 333,33 170 000,00 40 000,00

Depreciação por unidade n+4 45 000 30 000,00 200 000,00 10 000,00

200.000 € / 300.000 Kms 0,67 300 000 200 000,00

Page 52: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

51

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Outro critério

Método das unidades de produção

A unidade de imputação é a tonelada de areia movimentada. Admite-se a seguinte distribuição nos 4 anos do equipamento de movimentação de areias

Ano 2012 2013 2014 2015 Total

Toneladas 2.900.000 3.000.000 2.300.000 1.800.000 10.000.000

Período V.C. no início do período Quociente das toneladas movimentadas

Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 200.000 2.900.000/10.000.000 58.000 € 58.000 €

2013 142.000 3.000.000/10.000.000 60.000 € 118.000 €

2014 82.000 2.300.000/10.000.000 46.000 € 164.000 €

2015 36.000 1.800.000/10.000.000 36.000 € 200.000 €

Page 53: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

52

Quotas constantes Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente (critério dos dígitos)

Método das quotas variáveis em progressão geométrica

Van

tage

ns

Grande simplicidade Ao sobrecarregar-se os primeiros anos com quotas mais elevadas, consegue-se um equilíbrio de gastos, dado que nos últimos anos aumentam os gastos de manutenção

As mesmas vantagens citadas para as quotas variáveis em progressão aritmética

Os lucros tendem a ser mais afetados por gastos nos primeiros exercícios

Desta forma consegue-se que o pagamento de impostos seja diferido para períodos posteriores

Inco

nve

nie

nte

s

Despesas de conservação crescem à medida que o ativo fixo vai envelhecendo. O somatório das amortizações com a manutenção tende a subir, sobrecarregando os últimos exercícios da vida útil do bem.

Cálculos mais elaborados para a determinação das quotas de depreciação

Cálculos mais elaborados para a determinação das quotas de depreciação

Com o envelhecimento o ativo fixo tende a diminuir a produtividade, o que é contraditório com a anterior linha

Neste critério o valor a depreciar nunca será nulo.

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Quadro comparativo das vantagens e

desvantagens – critérios rígidos

Page 54: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

53

Desgaste funcional Base dupla

Van

tage

ns

Proporcional à contabilização anual de um gasto de depreciação que se aproxima do grau de utilização (desgaste físico)

Conjuga o desgaste provocado pela utilização física (resultante de atividade desenvolvida) com o decorrente da utilização temporal

Inco

nve

nie

nte

s

As quotas de depreciação são calculadas em função de um coeficiente, cujo valor é estimado com base na atividade prevista para o bem, estimativa que poderá não se concretizar

Implica cálculos muito elaborados

Com este critério não haverá depreciação no período em que o bem esteja inativo, não contemplando a depreciação provocada pelo fator “tempo”, ou seja, a redução de valor decorrente do envelhecimento do ativo

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Quadro comparativo das vantagens e desvantagens – critérios elásticos

Page 55: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

54

Contabilização Vantagens Desvantagens

Méto

do

dir

eto

Débito 64 – Gastos de depreciação e amortização Crédito 43 – Ativos fixos tangíveis

Maior facilidade do registo, porque é mais claro

Desconhecimento do valor de aquisição dos investimentos

O saldo da conta de investimentos corresponde sempre ao seu valor contabilístico

Desconhecimento do montante das amortizações efetuadas

Méto

do

in

dir

eto

Débito 64 – Gastos de depreciação e amortização Crédito 438 – Depreciações e amortizações acumuladas

Dá-nos em qualquer momento o total das amortizações efetuadas em qualquer investimento

Movimento de maior número de contas

O saldo das contas de investimentos representa o seu valor de aquisição

Menos imediata a determinação do valor contabilístico

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Depreciações e amortizações – Métodos de registo das depreciações / amortizações

Page 56: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

55

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Depreciações por componentes – caso particular

Sempre que num determinado ativo possam ser identificados os seus componentes e estes tenham períodos de vida útil diferentes, tais componentes poderão ser depreciados separadamente tendo em atenção os respetivos anos de utilidade esperada, cada componente

deve:

Ser facilmente e perfeitamente identificável O seu valor seja apurado com razoável

fiabilidade

A sua vida útil seja determinada com alguma segurança e fidelidade

A sociedade JPF adquiriu em N-4 um equipamento industrial no valor de 1.000.000 euros, cuja vida útil está estimada em 8 anos. Neste valor está incorporado um kit, o qual tem um valor à data de compra do equipamento de 130.000 euros e cuja vida útil se estima em 4 anos.

O kit foi substituído por um novo equipamento, com custo de aquisição de 120.000 euros, deve-se apurar o valor das depreciações anuais do equipamento durante todo o período de vida útil.

Ativo : equipamento industrial – 1.000.000 euros Kit: 130.000 (de N-4 a N-1) Kit: 120.000 (de N a N+3)

Período económico Depreciação Equipamento Base Depreciação do componente Total depreciação

N-4 108.750 € 32.500 € 141.250 €

N-3 108.750 € 32.500 € 141.250 €

N-2 108.750 € 32.500 € 141.250 €

N-1 108.750 € 32.500 € 141.250 €

N 108.750 € 30.000 € 138.750 €

N+1 108.750 € 30.000 € 138.750 €

N+2 108.750 € 30.000 € 138.750 €

N+3 108.750 € 30.000 € 138.750 €

Page 57: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

56

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Conta 439 – Perdas por imparidade acumuladas

+ NCRF 12 – Imparidade de ativos

Perdas por imparidade:

Quantias registadas em balanço – quantias calculadas com aplicação dos critérios de mensuração dos

correspondentes ativos da conta 43

Em cada período financeiro a entidade deve realizar testes de imparidade aos seus ativos fixos tangíveis,

para validar o seu justo valor a reconhecer nas demonstrações financeiras

Registo por exercício a débito da conta 655 Reversões são registadas na conta 7625

Anulação de imparidades acumuladas em caso de abate (venda, troca, inutilização)

Registo por débito a crédito da conta 787 Registo a crédito por débito da conta 687

Page 58: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

57

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis – Conta 439 – Perdas por imparidade acumuladas (+ NCRF 12 – Imparidade de

ativos) Imparidade de ativos – Exemplo – Ativos fixos tangíveis e

intangíveis

A empresa TOZ tem uma unidade geradora de caixa com o seguinte valor contabilístico em 31.12.2011, após o registo das depreciações do período:

Equipamento de transporte 100.000 €

Equipamento básico 500.000 €

Equipamento administrativo 30.000 €

Goodwill 120.000 €

A vida útil remanescente de cada um destes elementos era de 10 anos

Após avaliações, sabe-se que a quantia reembolsável desta unidade geradora de caixa no final de 2011, era de 600.000 € e que o justo valor deduzido dos custos de venda do equipamento administrativo era de 20.000 €, identifique o procedimento contabilístico a adotar nesta data.

Reconhecimento das perdas por imparidade Descrição

Transporte Básico Administrativo Goodwill Total

Perda total 750.000 – 600.000 (-) 150.000 € Valor contábil. inicial 100.000 500.000 30.000 120.000 750.000

Dividida em:

Perda goodwill (-) 120.000 € Perda goodwill - - - (120.000) (120.000)

Perda equip.administrativo (-) 10.000 € Perda outros ativos (3.333) (16.667) (10.000) (30.000)

Outras Perdas (-) 20.000 € Valor contábil. final 96.667 483.333 20.000 - 600.000

Lançamentos contabilísticos:

Descritivo Débito Crédito Débito Crédito

439 – Perdas por imparidade acumuladas 30.000 € 433 – Equipamento básico 500.000 €

655 – Em ativos fixos tangíveis 30.000 € 434 – Equipamento de transporte 100.000 €

449 - Perdas por imparidade acumuladas 120.000 € 435 – Equipamento administrativo 30.000 €

656 – Em ativos intangíveis 120.000 € 441 - Goodwill 120.000 €

Totais 150.000 € 150.000 € 750.000 €

Page 59: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

58

Realizar estimativa das quantias recuperáveis

Inventários

Contratos de construção

Ativos por impostos diferidos

Ativos provenientes de benefícios de empregados

Ativos financeiros

Propriedade investimento mensuradas ao justo valor

Ativos biológicos mensurados ao justo valor (-) custos estimados no ponto de venda

Ativos não correntes detidos para alienação

Ativo corrente

?

Ativo tangível?

Ativo intangível com vida

indefinida?

Verifica-se algumas das fontes interna ou externa?

Realizar estimativas das quantias recuperáveis

Sim

N

ã

o

Sim

Sim

Sim

Realizar estimativas das quantias recuperáveis

Page 60: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

59

NCRF 7

Ativos fixos tangíveis – Desreconhecimento de um ativo

No momento da sua alienação Quando não se espera mais benefícios económicos futuros

decorrentes do seu uso ou alienação

Page 61: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

60

As amortizações e depreciações são, observados os requisitos legais, aceites como gasto para efeitos fiscais

Artigo 28º a 33º do DL 159 / 2009 de 13 / 7

( + ) Decreto regulamentar 25 / 2009 de 14 / 9

Definição geral –

artº 23 CIRC

Métodos cálculo das depreciações e

amortizações –artº 29º e 30º CIRC

Quotas de depreciação e amortização – Artº 30º

Depreciação de bens reavaliados

Depreciação de bens objeto de locação financeira

Depreciação nos anos de início e de transmissão (ou

abate)

Depreciação por componentes

Regime fiscal das depreciações / amortizações

Depreciação de bens usados e de grandes reparações

Page 62: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

61

Estudo das sub contas da conta 43 – Ativos fixos tangíveis

431 – Terrenos e recursos naturais afetos às atividades operacionais da empresa

432 – Edifícios e outras construções – edifícios fabris, comerciais, administrativos e sociais, assim como, as

instalações fixas que lhe sejam próprias (água, eletricidade, aquecimento, etç)

Custo de aquisição inclui preço de compra + eventual comissão do mediador + IMT + outros dispêndios na sua compra + legalização (registo na conservatória predial,

escritura pública, ….)

Inclui plantações de natureza permanente, minas, pedreiras

Inclui plantações de natureza permanente, minas, pedreiras

Custos de desbravamento + movimentação de terras e drenagem

Custos de preparação do terreno para utilização posterior, terraplanagem, vedação, sistema de água, de esgotos,

remoção do ativo, reconstruções paisagísticas de pedreiras aquando da cessação da sua atividade

O custo dos edifícios para efeitos contabilísticos, não inclui o valor do terreno onde estão construídos

Valorização à parte

do valor do terreno

Page 63: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

62

Estudo das sub contas da conta 43 – Ativos fixos tangíveis

433 – Equipamento básico – conjunto de instrumentos + máquinas + instalações + outros bens e utensílios, com os

quais de realiza a extração, transformação e elaboração dos produtos ou prestação de serviços

Inclui os gastos adicionais com a adaptação de maquinaria e de instalações ao desempenho das atividades próprias da

empresa

434 – Equipamento de transporte – bens circulantes comprados ou produzidos, que não estejam estritamente conexos com o objeto social da empresa, tais como, veículos, aviões, barcos,

empilhadores, gruas, guindastes

Estudo das sub contas da conta 43 – Ativos fixos tangíveis

Page 64: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

63

Estudo das sub contas da conta 43 – Ativos fixos tangíveis

435 – Equipamento administrativo – equipamento social e o mobiliário diverso, os computadores e outros

elementos afetos às áreas administrativas e sociais da empresa

436 – Equipamentos biológicos – registo dos animais e das plantas vivas que

reúnam os requisitos de reconhecimento como investimento e não se enquadrem

na atividade agrícola

437 – Outros ativos fixos tangíveis – taras e vasilhame, embalagens

retornáveis

Respeita às aquisições de animais e plantas com caráter de permanência

NCRF 7

Enquadrados na atividade agrícola

NCRF 17 - Agricultura

Page 65: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

64

NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis - Divulgações

Critérios de mensuração usados para determinar o valor contabilístico bruto

Valor contabilístico bruto e depreciação acumulada (+perdas por imparidade

acumuladas)

Existência e quantia de restrições de titularidade e

AFT que sejam dados como garantia de passivos

Quantia de compromissos contratuais para aquisição

de AFT

Métodos de depreciação usados, vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas

Reconciliação do valor contabilístico no início e no final do período que exponha

a adição, revalorização, alienação, ativos classificados como sendo detidos

para venda, depreciações perdas por imparidade, suas reversões e outras

alterações

Quantia de dispêndios reconhecida na quantia escriturada de um item do AFT no decurso da sua construção

Classes de AFT revalorizadas, indicar data de revalorização, intervenção de um avaliador

independente, excedente e de revalorizações, indicando a alteração do período e quaisquer

restrições na distribuição dos saldos aos acionistas e a medida do justo valor, numa base de não relacionamento entre as partes, ou se foi

estimado usando técnicas de valorização

A questão da divulgação por classes não é referida no NCRF 7, sendo no entanto referida no IAS

16

Quantia que seja incluída nos resultados, de compensação de terceiros por itens do AFT que

estiverem em imparidade, perdidos ou cedidos, se a mesma for divulgada separadamente na

D.R.

Page 66: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

65

NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis – Enquadramento fiscal

Depreciações Bens de baixo valor Não são aceites

como depreciação Custos de aquisição /

produção Cálculo da

depreciação

Alínea g)nº1 Artº 23 CIRC

Artº 33 CIRC Nº1 Artº 29 CIRC DR 25/2009 Artº 20

nº5 Nº1 Artº 20 CIRC

Page 67: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

66

NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis – Enquadramento fiscal

Desgaste mais rápido do que o normal

Reavaliações ao abrigo de diplomas

de carater fiscal Concessões

Peças de componentes

Depreciações de imóveis

DR 25/2009 Artº9 Dr 25/2009 Artº 15 Dr 25/2009 Artº 12 DR 25/2009 Artº 14 Dr 25/2009 Artº10

Page 68: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

67

NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis - Divulgações

Gastos não aceites Perdas por imparidade Mais e menos valias fiscalmente aceites

Menos valias não aceites fiscalmente

Artº 34 CIRC Artº 35 e 38 CIRC Artº 46 e Artº 47 Artº 48

CIRC Alínea l) nº 1 Artº 45 CIRC

Page 69: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

68

NCRF 7 - Casos práticos

Page 70: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

69

Pretende-se que calcule o valor das depreciações de acordo com 3 métodos

1. Método da linha reta

500.000/ 10 = 50.000

Ano Quantia Escriturada Inicio período Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 500.000 50.000 50.000

2013 450.000 50.000 100.000

2014 400.000 50.000 150.000

2015 350.000 50.000 200.000

2016 300.000 50.000 250.000

2017 250.000 50.000 300.000

2018 200.000 50.000 350.000

2019 150.000 50.000 400.000

2020 100.000 50.000 450.000

2021 50.000 50.000 500.000

NCRF 7

Uma empresa de metalomecânica adquiriu em Janeiro e 2011 um forno pelo montante de 500.000 €. O período de vida útil estimado foi de 10 anos e estimou-se um total de produção, ao longo dos 10 anos, de 1.000.000 unidades. Sabe-se que as quantidades de produção anual do forno, ao longo dos 10 anos, foram as seguintes:

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

90.000 110.000 110.000 100.000 110.000 100.000 110.000 120.000 90.000 60.000

Page 71: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

70

2. Método do saldo decrescente: Para um período de vida útil de 5 anos temos: 1+2+3+4+5 +6+7+8+9+10= 55

Ano Quantia Escriturada Inicio período

Quociente Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 500.000 10/55 90.909 90.909

2013 409.091 9/55 81.818 172.727

2014 327.273 8/55 72.727 245.454

2015 245.546 7/55 63.636 309.090

2016 190.910 6/55 54.546 363.636

2017 136.364 5/55 45.455 409.091

2018 90.909 4/55 36.364 445.455

2019 54.545 3/55 27.272 472.727

2020 27.273 2/55 18.182 490.909

2021 9.091 1/55 9.091 500.000

3. Método das unidades de produção

Ano Quantia Escriturada Inicio período Quociente Depreciação do período Depreciação acumulada

2012 500 000 90.000/1.000.000 45 000 45 000

2013 455 000 110.000/1.000.000 55 000 100 000

2014 400 000 110.000/1.000.000 55 000 155 000

2015 345 000 100.000/1.000.000 50 000 205 000

2016 295 000 110.000/1.000.000 55 000 260 000

2017 240 000 100.000/1.000.000 50 000 310 000

2018 190 000 110.000/1.000.000 55 000 365 000

2019 135 000 120.000/1.000.000 60 000 425 000

2020 75 000 90.000/1.000.000 45 000 470 000

2021 30 000 60.000/1.000.000 30 000 500 000

Page 72: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

71

NCRF 7

A sociedade Sumos&Bebidas adquiriu em janeiro de 2011 uma linha de seleção e embalamento de latas que custava, a pronto pagamento

275.000 euros

As condições acordadas foram:

Na entrega do equipamento 75 000

Restante através de 4 letras aceites, com vencimento semestral

montante de cada letra 58 000

Valor da fatura 307 000

Período de vida útil - anos 5

Valor residual 25 000 Pretende-se a contabilização da operação no ano N

Resolução

Na compra de um ativo fixo tangível a diferença entre o pagamento total e o equivalente a pronto pagamento é reconhecida

como juro (NCRF 7, § 24). A taxa de juro semestral implícita é:

Taxa de Juros ao semestre 6,2131%

O mapa de serviço de dívida virá:

Data Capital em divida

Aceite Juro Amortização

jan/11 200 000

jul/11 154 426 58 000 12 426 45 574

jan/12 106 021 58 000 9 595 48 405

jul/12 54 607 58 000 6 587 51 414

jan/13 0 58 000 3 393 54 607

Total 232 000 32 000 200 000

Page 73: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

72

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Pela aquisição do equipamento

433 Ativo fixo tangível - Equipamento básico 275.000

281 Diferimentos – gastos a reconhecer 32.000

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 307.000

Pelo pagamento inicial

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 75.000

12 Depósitos à ordem 75.000

Pelo aceite das letras

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 232.000

2714 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos – títulos a pagar 232.000

Pela liquidação do 1º aceite

6918 Gastos e perdas de financiamento – Outros juros 12.426

2714 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos – títulos a pagar 58.000

281 Diferimentos – gastos a reconhecer 12.426

12 Depósitos à ordem 58.000

Pela liquidação do 2º aceite

6918 Gastos e perdas de financiamento – Outros juros 9.595

2714 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos – títulos a pagar 58.000

281 Diferimentos – gastos a reconhecer 9.595

12 Depósitos à ordem 58.000

Pela depreciação do período

642 Gastos de depreciação e amortização - Ativos fixos tangíveis 25.000

438 Ativos fixos tangíveis – Depreciações acumuladas 25.000

Valor da depreciação anual: (275.000 € - 25.000 €) / 10 = 25.000 €

Page 74: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

73

NCRF 7

A empresa WSR adquiriu em janeiro de 2011 um equipamento de avaliação de precisão pelo valor de 240.000 euros Os custos associados com a compra e instalação da máquina foram os seguintes:

Valor facturado 240 000 €

Desconto comercial 20 000 €

Contrato de inspecção (bienal) 30 000 €

Comissões pela intermediação no negócio 5 000 €

Transporte do equipamento 1 000 €

Horas de funcionários consumidas na montagem 2 500 €

Custos com a elaboração do estudo de viabilidade económica 3 000 €

Custos com a formação do pessoal 2 000 €

Gastos de conservação e reparação no ano N 7 500 €

Período de vida útil - anos 6

Valor residual 0

Pretende-se a contabilização da operação nos anos 2011 2012 2013

De acordo com a NCRF 7 (§§ 17-18) o custo inicial do equipamento engloba os seguintes gastos: valor de fatura,

desconto comercial, comissões, transporte e horas dos funcionários consumidas. O montante global do custo inicial é

de 228 500 €

Os dispêndios associados à elaboração do estudo de viabilidade económica, formação e conservação e reparação,

no montante de 12.500 €, não são incluídos no custo inicial (NCRF 7, §§ 13,20).

Page 75: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

74

Lançamentos contabilísticos

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Pela aquisição do equipamento

433 Ativo fixo tangível - Equipamento básico 228 500 €

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 228 500 €

Pelos outros gastos

6XX Gastos 12 500 €

221 Fornecedores c/c 12 500 €

A inspeção bienal é considerada significativa, podendo ser reconhecida como ativo fixo tangível (NCRF 7, § 15). Cada

nova inspeção deve ser reconhecida, mas os montantes de inspeções anteriormente reconhecidas devem ser

desreconhecidas. Além disso, no cálculo da depreciação anual deve-se efetuar a separação dos componentes,

considerando que a depreciação do valor da inspeção tem um período de vida útil de dois anos, enquanto que a

máquina tem um período de vida útil de 6 anos.

Componente 1 (máquina): 200.000 € Depreciação: 200.000 € / 6 = 33.333 €

Componente 2 (inspeção): 40.000 € Depreciação: 40.000 € / 2 = 20.000 €

Lançamentos contabilísticos

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Pela depreciação anual 2011

643 Gastos de depreciação e amortização - ativos fixos tangíveis 53 333 €

438 Ativos fixos tangíveis - amortizações acumuladas 53 333 €

Pela depreciação anual 2011

643 Gastos de depreciação e amortização - ativos fixos tangíveis 53 333 €

438 Ativos fixos tangíveis - amortizações acumuladas 53 333 €

Page 76: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

75

No ano N+2 ocorre a primeira inspeção. Cada nova inspeção deve ser reconhecida, mas os montantes de inspeções

anteriormente reconhecidas devem ser desreconhecidas (NCRF 7, § 15).

Lançamentos contabilísticos

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Pelo desreconhecimento da inspeção anterior em 2013

438 Ativos fixos tangíveis - amortizações acumuladas 40 000 €

433 Ativos fixos tangíveis - equipamento básico 40 000 €

Pelo reconhecimento da nova inspeção em 2013

433 Ativos fixos tangíveis - equipamento básico 40 000 €

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimento 40 000 €

Pela depreciação anual de 2013

643 Gastos de depreciação e amortização - ativos fixos tangíveis 53 333 €

438 Ativos fixos tangíveis - amortizações acumuladas 53 333 €

Page 77: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

76

NCRF 7

A empresa ALFA, SA adquiriu em Janeiro de 2012 duas viaturas no valor de 60.000 € cada. Foi estimado um período de vida útil de 4 anos. Em Janeiro de 2013 efetuou as seguintes operações de troca de ativos: - Entrega da viatura 1, cujo justo valor era de 45.000 €, mais um pagamento de 1.000 €, por uma outra viatura com um justo valor de 46.000 €; - Entrega da viatura 2, cujo justo valor era de 40.000 €, por uma máquina com um justo valor de 42.500 €. A Administração considera que apenas na troca com a viatura 2 os fluxos de caixa do ativo recebido diferirão dos do ativo cedido.

Pretende-se que proceda ao tratamento contabilístico das operações.

Resolução Troca 1: Como esta troca não tem substância comercial, de acordo com a NCRF 7 (§ 25) o custo do ativo adquirido deve ser escriturado com base na quantia do ativo cedido. Não há lugar ao apuramento de qualquer ganho ou perda com a operação. Valor do ativo recebido: 60.000 € - (60.000 € / 4 anos) + 1.000 € = 46.000 €

Page 78: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

77

Troca de carro 1

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Reconhecimento do ativo

434 Ativo fixo tangível - Equipamento de transporte 46 000 €

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 46 000 €

Pelo pagamento adicional

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 1 000 €

12 Depósitos à ordem 1 000 €

Pelo desreconhecimento do ativo

438 Ativo fixo tangível - Amortizações acumuladas 15 000 €

6871 Outros gastos e perdas - Alienações 45 000 €

434 Ativo fixo tangível - Equipamento de transporte 60 000 €

Extinção da dívida por compensação

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 45 000 €

6871 Outros gastos e perdas - Alienações 45 000 €

Page 79: SNC Investimentos Ativos Fixos Tangíveis

78

Troca 2:

Como a troca tem substância comercial (NCRF 7, § 26) o ativo recebido vai ser escriturado pelo seu justo valor.

Valor do ativo recebido: 42.500 €

Perda: 42.500 € - (60.000 € - 15.000 €) = - 2.500 €

Troca de carro 2

Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Reconhecimento do ativo

434 Ativo fixo tangível - Equipamento de transporte 42 500 €

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 42 500 €

Extinção da dívida por compensação

2711 Outras contas a receber e pagar - Fornecedores de investimentos CG 42 500 €

6871 Outros gastos e perdas - Alienações 42 500 €

Pelo desreconhecimento do ativo

438 Ativo fixo tangível - Amortizações acumuladas 15 000 €

6871 Outros gastos e perdas - Alienações 45 000 €

434 Ativo fixo tangível - Equipamento de transporte 60 000 €

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NCRF 7

A empresa Cerâmica do Norte, SA adquiriu em janeiro de 2012 uma linha de produção por 500.000 €. A linha é composta pelos seguintes componentes:

Descrição Valor Vida útil

Pasteurizador 250.000 10

Passadeira rolante 100.000 8

Câmara de arrefecimento 120.000 7

Restantes itens 30.000 5

Pretende-se que proceda à contabilização das depreciações do período em N

Resolução Cada parte de um ativo fixo tangível com um custo que seja significativo em relação ao custo total deve ser depreciada separadamente (NCRF 7, § 43). Quanto aos itens insignificantes, pode ser aplicado juízos de valor para aplicação dos critérios de reconhecimento e mensuração ao valor agregado (NCRF 7, § 9). Além disso, na medida em que uma entidade deprecie separadamente algumas partes de um item do ativo fixo tangível, também deprecia separadamente o resto do item. O remanescente consiste em partes de um item que não são individualmente significativas (NCRF 7, § 46).

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Registo das operações

Conta Descritivo Débito Crédito

Reconhecimento do ativo

642 Gastos de depreciação e amortização – A.F.T. 67 661 €

438 Amortizações acumuladas – A.F.T. 67 661 €

Descrição Valor Vida útil Depreciação

Pasteurizador 300 000 10 30 000

Passadeira rolante 95 000 8 11 875

Câmara de arrefecimento 135 000 7 19 286

Restantes itens 32 500 5 6 500

Total 562 500 67 661