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Só um Pedacinho PEDRO REIS Uma conversa rápida sobre Comportamento, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Sem catastrofismo ou soluções midiáticas os textos foram produzidos com a intenção de oferecer um momento de reflexão. Da Idade Média até hoje nossos hábitos permanecem muito parecidos. A grande diferença está na quantidade de pessoas que vive no mundo hoje.

Só um Pedacinho - farolcomunitario.com.br · destino quase certo após sua apresentação é o lixo, o lugar mais inadequado para esse produto. Converse com os professores sobre

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Só um Pedacinho

PEDRO REIS

Uma conversa rápida sobreComportamento,

Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Sem catastrofismo ou soluções midiáticas os textos foram produzidos com a intenção de

oferecer um momento de reflexão.

Da Idade Média até hoje nossos hábitos permanecem muito parecidos.

A grande diferença está na quantidade de pessoas que vive no mundo hoje.

Só um Pedacinho

Uberlândia - MG junho de 2014

Pedro Reisedição gratuita do autor

Imagem no rodapé da capa: Lixão da Estrutural - Brasília - Marcello Casal Jr /AgênciaBrasil

Para Ler e pensar

O mundo atual está muito diferente do mundo de há 50 anos. Na verdade é mais diferente do que em qualquer época conhecida da nossa história. O desenvolvimento tecnológico acelerado, mudou hábitos e referências.

Os artigos são autorais e foram escritos em diferentes períodos nos últimos 20 anos.

Foram publicados em diversos sites e jornais e objetivam lançar uma pequena luz nas questões ambientais e de sustentabilidade.

Em suma, nossa própria manutenção com qualidade sobre a Terra.

Alguns dados podem estar defasados, em especial os estatísticos, mas o conceito de cada um segue muito atual.

Boa Leitura!

Este livro é grátis, mas os direitos autorais são meus. As fotos são de fontes livres e da mesma forma precisam sempre e necessariamente receber os créditos. Se você reproduzir um trecho ou o todo, lembre-se de dar todos os créditos e nunca, jamais venda.

03 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

A Terra vista da Apolo 17 Domínio público/NASA

Sol de Verão

Estamos no verão, a estação mais glamourosa do ano, que aqui pelas bandas do hemisfério sul, acontece agora de dezembro até março.

Muito sol, muita água de coco, pouca roupa, alimentação leve.

Você, que é uma pessoa inteligente e de bem com a vida, sabe como é importante, tomar pequenos cuidados para ter um verão maravilhoso.

Portanto vou te dar os parabéns, por manter os vasos com terra ou areia úmida, por manter as caixas d'água tampadas, manter o seu lindo terreno, que você pagou com dinheiro do seu trabalho, bem limpinho e com o mato baixo.

Parabéns mesmo, por participar na coleta seletiva, ajudando um catador a manter a família.

Parabéns porque assim seus filhos e netos vão conhecer uma cidade bonita e saudável.A saúde pública, fica muito mais saudável com a participação de todos nós e você está colaborando para que isso se mantenha assim.

É sempre bom lembrar que Uberlândia tem um dos mais altos IDH do Brasil, o Índice de Desenvolvimento Humano que a ONU produz.

Dessa forma, fica o convite para uma passeada pelo Parque do Sabiá, uma caminhada pela passarela do Rio Uberabinha e uma olhada para o oeste no fim da tarde, acontecem desenhos maravilhosos no céu de fim de dia por aqui.

Como diz um bom amigo - A vida assim não tem mosquito.

04 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Respeito pelo que cada um é

Somos seres semelhantes, porém diversos em crença, cor da pele, traços faciais, atributos de corpo, mente e espírito; orientação religiosa, sexual, política e vivencial, segundo valores que só cada um pode avaliar.

Cabe-nos conviver pacificamente uns com os outros, porque somos interdependentes uns dos outros.

É bom demais viver a diversidade. Amplia nossa percepção de vida, faz de nós seres mansos; permite-nos enxergar a vida em suas infinitas versões, cores, perfumes, sons e texturas.

Cada um de nós é bonito apenas por existir e não segundo padrões impostos.

Sejamos aprendizes sempre, da diversidade que o outro representa diante de nossos olhos e cons t ruamos com nossos ges tos , pensamentos e palavras a Paz na Terra.

Em breve a Prefeitura de Uberlândia vai dar um grande passo no sentido de organizar a coleta seletiva no município e vai fazer isso pensando no social e na saúde pública, ajudando a gerar divisas e fazendo da nossa cidade mais um ponto no Brasil onde crescimento sustentável é mais do que uma expressão.

Nós cidadãos conscientes vamos fazer a nossa parte. Feliz 2007 prá todos.

05 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Lei da Atração

Somos capazes, individualmente de promover grandes mudanças em nossa vida. Pensamos geralmente que não, porque ensinaram que as coisas eram desse ou daquele modo e na maioria das vezes seguimos fazendo, até por comodidade.

Você por acaso, fala para si mesmo, coisas como - Cuidado, olhe para os dois lados antes de atravessar a rua? - Quase certo que não, é automático. A mensagem ficou guardada e bem guardada, aparecendo na hora em que é necessária.

Lixo, todos nós crescemos dentro de uma cultura que joga no lixo, tudo o que não serve e tudo que parece que não serve, mas ninguém foi ensinado a tratar o inservível de maneira seletiva, ou seja, devolver cada coisa que não nos serve, para o lugar mais adequado.

Pois é, plástico, vidro, metais e papel, são matérias primas importantes que merecem da nossa parte muito cuidado, afinal de contas, tudo isso é produzido com recursos da natureza, que é tudo que está a nossa volta.

Vou sugerir, que a exemplo do que seus pais fizeram, quando você aprendeu a olhar para os dois lados da rua antes de atravessá-la, você olhe para as caixas, garrafas, latas e potes que acabaram de ser usados e afirme

- Atenção, esta embalagem pode ser reciclada, vou separar para um catador e ajudar a mim mesmo, preservando o ambiente.

Você pode até achar ridículo, mas foi assim que seus pais fizeram, para reduzir ao máximo, o risco de você ser atropelado e estar aqui agora, lendo esse artigo.

06 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Água, Água, Água

Imagine aquele filme de aventura no meio do deserto, o aventureiro, perdido, à procura de um oásis e que acaba perdendo os sentidos.

Imaginou?

Agora e se essa mesma cena acontecesse na sua casa; você acorda de manhã, vai lavar o rosto e a torneira está seca, tudo seco, chuveiro, válvula, o irrigador do jardim. Acabou

A quantidade de água no mundo não mudou, mas sem o uso racional e consciente, ela vai se tornar cada vez mais rara. A água que nós bebemos é captada de uma fonte, uma nascente que precisa estar limpa e da água purificada nas centrais de tratamento. Usar a água ou contaminá-la com produtos perigosos vai trazer conseqüências desagradáveis para todos nós. Você inclusive.

Experimente escovar os dentes com um copo na pia, escove e enxágüe com um ou dois copos d'água, a economia é de vinte e cinco litros por escovada; se sua família é de quatro pessoas, você economizou cem litros e no final do mês serão 3 metros cúbicos a menos na sua conta, só pela escovada matinal.

Outro vilão são as válvulas de descarga, enquanto nos países desenvolvidos ela consome até 6 litros por uso, no Brasil consome até 20 litros, portanto usar só o necessário e não jogar nenhum papel, objeto ou lixo no vaso sanitário. Alguns podem até dizer - Pô mas que cara chato, toda semana falando disso. Que seja.

Melhor que acordar de manhã um dia e as torneiras estarem secas, por colapso no abastecimento. E todo mundo feito o filme do deserto, andando pelas ruas, pedindo - Água, Água, Água. Pense nisso!

07 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Feliz Natal com a cidade limpa

O final do ano está chegando e apesar de tudo, as pessoas estão pelas ruas, comprando presentes, para de alguma forma, curtir as festas e confraternizar, com parentes e amigos.

Embalagens de todo o tipo, pipocam para todos os lados e o dia 26 de dezembro, vai ser uma festa para os catadores.

Comemore o Natal, renove seus votos de Paz e Harmonia entre os seres humanos e lembre de separar as embalagens dos restos de peru.

Semana que vem começa um novo ano e Uberlândia pode e deve começar 2007 fazendo jus à sua vocação de cidade moderna, uma pequena metrópole encravada no coração do Brasil.

Tenho certeza que vamos ter um ano cheio de realizações e crescimento. Meio-ambiente limpo, coleta seletiva, nada de mosquito da dengue, UAI's vazias, escolas cheias.

Meu desejo sincero a todos é de muita fartura, saúde e felicidade. Está em nossas mãos tornar nossos mais profundos e maravilhosos sonhos em realidade. Abraços ecológicos a todos e Feliz Natal.

08 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Cuidar do nosso futuro

Eu que sou forasteiro, me encantei com essa cidade desde que a conheci. O nascer e o pôr do Sol de Uberlândia são fascinantes, o Rio Uberabinha tem um traçado simpático e o barulho da água é musical. Poesia? Quem sabe?

Para que nossos filhos e netos possam ver esse pedaço marav i lhoso de Bras i l , precisamos cuidar de cada detalhe. A coleta seletiva de lixo é um deles.

Pe rm i t e a r ec i c l agem i ndus t r i a l de embalagens, gera renda para o catador, mantém limpas sarjetas e bocas-de-lobo, economiza dinheiro e recursos naturais e prolonga a vida do nosso aterro sanitário.

Da varanda do meu quarto o que eu mais avisto são árvores e todos os dias, reservo um tempo para ouvir o canto dos pássaros. É uma cidade linda.

No quintal da minha casa, dois recipientes recebem separadamente o lixo. O úmido, varrição da casa e papel higiênico em um; no outro, caixas, garrafas, potes, tubos, papel, latas e todas as embalagens que o dia-a-dia vai gerando.

O primeiro custa a encher e vai embora bem pequeno para o caminhão recolher, o outro enche em uma semana e vai limpo para a coleta seletiva que a Dona Denir, recolhe.

Eu sempre falo para os meus parentes lá em São Paulo, o quanto é linda a cidade em que escolhi viver. O ar, as árvores, o rio, o céu, os pássaros e das muitas pessoas que conheço que zelam, para que ela continue assim. Estou convidando você a fazer parte dessa lista. Abraços ecológicos a todos.

09 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Poliestireno Expandido - EPS

Talvez você conheça esse produto pelo nome popular, isopor. O que a princípio, pode parecer uma grande solução do ponto de vista técnico e industrial, não é bem assim.

No passado ele era produzido utilizando o gás CFC, aquele que comprometia a camada de ozônio, hoje não é mais assim.

Embora não seja contaminante, ocupa muito espaço nos aterros e quando alcança os rios e mares é confundido pelos peixes com organismos marinhos causando danos ao sistema digestivo desses.

Seu tempo de degradação é estimado em 150 anos, mas pode levar infinitamente mais.

Por ser composto por 2% de plástico e 98% de ar, sua reciclagem é economicamente inviável.

Existem pesquisas para reutilização do isopor na construção civil como agregado na produção de concreto leve. O material é extremamente leve e de bom isolamento térmico e acústico, mas é de bom tom ser cauteloso na sua utilização.

Ensine seus filhos a não utilizar esse material em trabalhos escolares, já que é sabido que o destino quase certo após sua apresentação é o lixo, o lugar mais inadequado para esse produto.

Converse com os professores sobre isso e criem alternativas utilizando materiais que possam ser reaproveitados. Se desejar saber mais sobre esse assunto mande um e-mail para mim. Abraços ecológicos a todos.

10 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Atenção e vantagens de montão

Já falamos aqui sobre a importância de separar o lixo orgânico das embalagens. Com esse gesto evitamos a sobrecarga do nosso aterro e ainda geramos trabalho para os catadores.

Também já falamos sobre comprar apenas o que necessitamos e com esse gesto, evitar a produção de coisas inúteis que viram lixo rapidinho e sobrecarregam o aterro. Óleo de cozinha na embalagem PET por exemplo.

Não adquirir produtos e objetos feitos ou embalados em isopor, porque muito embora ele seja reciclável é economicamente inviável reciclá-lo. Falei dele na página anterior.

Vale lembrar que espelhos e adesivos em geral também não são recicláveis, portanto...

Varrer o chão com mangueira. Lembre sempre que for ligar a mangueira que só 3% da água da Terra é própria para consumo e nem sempre está disponível para uso imediato.

Ao viajar, não transforme as estradas em lixeira, nem arranque coisas da natureza, como plantas, conchas ou pedras. Se quiser lembranças, faça fotos.

Para ensinar às crianças a importância disso tudo, precisamos praticar. Criança faz o que vê a gente fazer e não o que falamos.

E por falar em criança, não compre objetos produzidos à custa de trabalho infantil; carvão, artesanato, verifique a procedência.

Balas, chicletes e esmolas nas esquinas, sempre têm adulto folgado na outra ponta. Consciência a gente constrói. Abraços Ecológicos.

11 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Mangueira não é vassoura

Muita gente ainda tem o hábito de varrer calçada e quintal com mangueira, de preferência com a torneira toda aberta para aumentar o jato d'água.

Como se não bastasse a insanidade de desperdiçar água, coisa impensável nos dias de hoje, tem o problema da sobrecarga das poucas bocas-de-lobo, com as folhas e demais resíduos, resultantes desse ato.

Muitas pessoas também não sabem que pagam apenas pelo serviço de saneamento e distribuição; não pela água consumida.

A legislação já começa a prever a cobrança p e l a á g u a u t i l i z a d a . C o m g r a n d e s consumidores já é assim, com os residenciais logo, logo.

Matéria prima essencial para a vida é um bem finito; água potável e de fácil acesso representa uma quantidade ínfima no planeta.

O Brasil possui 16% da água disponível para consumo humano e animal e portanto uma riqueza incalculável nas mãos.

Paradoxalmente somos um povo que desperdiça água, como se ela fosse durar infinitamente. Uberlândia é pródiga nesse aspecto e não precisa de estatística, é bastante passear pelos quarteirões da cidade e prestar atenção, na quantidade de mangueiras ligadas, molhando calçadas, muros e quintais todos os dias.

Pelo futuro dos seus netos, economize água e mais do que isso, use-a com responsabilidade, nas quantidades exatas e essencialmente necessárias, para cozinhar e tomar banho.

12 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Pequenas soluções inteligentes

Pessoalmente, produzo seis quilos de rejeitos por ano. Sim, só o que é mesmo rejeito pode ir para o aterro sanitário. Meio quilo por mês, nada mais.

Você pode estar se perguntando, como isso é possível? Acontece que todo o produto que consumo, é separado e destinado a catadores ou transformado em algum utensílio de longa duração. Assim sendo, meu lixo é composto basicamente de limpeza da grade dos ralos, varrição da casa e papel higiênico.

Estamos diante de uma realidade sinistra, jogando fora coisas demais, todos os dias e, com isso, comprometendo a viabilidade de nossa sobrevivência e das gerações futuras.

Experimente instalar um tanque de concreto dentro de casa de 1 metro cúbico, para armazenar água de chuva e use essa água para regar plantas e lavar quintal e calçada. Abra 1 metro quadrado de chão no seu quintal e ajude a aumentar a carga dos lençóis freáticos. Deixe o carro na garagem uma vez por semana.

Plante uma árvore de pequeno porte na sua calçada, nada de sibipirunas ou seringueiras; embaixo da sua calçada passa a tubulação de água e esgoto e árvores de grande porte, acabam por arrebentar ou comprometer esses canos e ainda depois de crescidas, entopem calhas e escondem as lâmpadas dos postes.

E afinal se é para plantar uma árvore, que não seja com a intenção ou a necessidade futura de derrubá-la.

Você vai começar a sentir melhoras no seu bolso e na sua saúde. E o meio-ambiente agradece.

13 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

José Cruz / Agência Brasil

O papel do escritório

Hoje a conversa é com você que está no escritório. Com certeza um grande usuário de papel. São recados, fax, cartas, avisos, tudo colocado no bom e velho papel.

Depois da tarefa cumprida, você amassa e joga fora, certo? Errado. Um dos nossos hábitos mais arraigados é o de jogar papel no lixo. Com isso desperdiçamos até 84% do papel utilizado em algumas regiões do Brasil a ponto de a indústria ter que importar aparas.

Sem con ta r com a necess idade de gigantescas áreas de plantio de eucalipto para produção de matéria prima virgem.

Podemos reduzir muito o uso do papel, e se há necessidade de usá-lo, tratemos de separá-lo e depois encaminhá-lo para um catador ou até mesmo de volta para a gráfica que você utiliza.

O papel jogado no lixo comum, pode representar até 11% do peso total nos aterros e pasmem, o papel enterrado pode durar até mais de 50 anos.

A tarefa não é fácil, mas com um pouco de atenção e boa vontade vamos eliminar esse problema ambiental.

Lógico que não só no escritório, mas nas escolas, repartições públicas e bancos o papel tem presença constante. O segredinho é reduzir o uso, não jogar fora e enviar para reciclagem. Sem amassar.

Se você se interessa pelo tema acesse a p á g i n a d o C e m p r e n a i n t e r n e t www.cempre.org.br que fala sobre o assunto. E por favor, não imprima. O meio-ambiente agradece.

14 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Um mundo de embalagens

Já falamos aqui o quanto a embalagem está presente no mundo de hoje. Combatê-las seria uma tarefa das mais árduas e possivelmente infrutífera. Nada mais sábio portanto que aprender cada vez mais sobre elas e fazer assim o uso adequado das mesmas

Quando no início da década de 60 o sueco Ruben Rausing desenvolveu a hoje conhecida caixa longa vida, pensou na praticidade de se embalar produtos para venda nas lojas de conveniência que ele conhecera na década de 50 quando cursava a universidade nos Estados Unidos.

A caixinha hoje em dia embala um grande número de produtos alimentícios, mas ainda é despejada no lixo comum, embora seja totalmente reciclável.

Assim como com o vidro, no Centro-Oeste existe uma dificuldade de transporte versus custo, tornando a caixinha pouco interessante para os catadores, já que o preço pago é irrisório, menos de três centavos o quilo.

É preciso lembrar que a caixinha longa vida é produzida com papel, plástico e alumínio e que existe tecnologia para o reaproveitamento total da mesma.

Jogá-las no lixo então, torna-se desperdício de dinheiro e matéria prima.

P o r u m a q u e s t ã o g e o g r á fi c a , s e u reaproveitamento aqui e em muitas regiões é ba ixo indo d i re to para o l i xo ou se transformando em vaso de mudas de plantas um uso pós consumo bastante aviltado.

15 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Um mundo de embalagens 2

Continuando o papo, a caixinha longa vida, largamente consumida, vai para o lixo na maior parte das vezes; em alguns casos é utilizada como viveiro para plantas e daí vai para o lixo.

Utilizando muita matéria prima nobre, deveria necessar iamente ser enviada para a reciclagem. Se não há um centro de reaproveitamento local, deveríamos diminuir drasticamente o seu consumo, preferindo a lata ou o saco plástico, lembrando de enviá-los para reciclagem também.

Não precisamos consumir embalagens que poluam demais o meio-ambiente e o consumo deve estar atrelado ao impacto ambiental provocado em cada região, segundo a própria realidade local. Caixas longa-vida e garrafas descartáveis de cerveja e outras bebidas, quase não tem mercado no Centro-Oeste.

Se não tem mercado vão para o lixo e ajudam a comprometer ainda mais a vida útil do aterro sanitário.

Em tempo, sobre o boato que circula de vez em quando na internet sobre a numeração nas caixas de leite longa vida, o único lugar que tem a explicação correta é no site do próprio f a b r i c a n t e d a s m e s m a s , a c e s s e www.tetrapak.com.br e você vai descobrir o significado técnico do número, o resto é bobagem de gente desocupada.

Em tempo ainda, seria muito interessante que em nossa região, se instalasse uma unidade para o reaproveitamento das caixinhas, enquanto isso, evite ou substitua por outro tipo de embalagem. O meio-ambiente agradece.

16 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Agência Brasil

Material nobre jogado fora

Com um quilo de vidro usado pode-se produzir um quilo de vidro novo, tantas vezes quantas forem necessárias.

Vidros coletados são lavados e britados, retornam ao forno, onde são reprocessados a uma temperatura de 1200ºC, condição que elimina totalmente qualquer possibilidade de contaminação do produto final.

Quando se descarta vidro incorretamente, ou seja, no lixo, ocasiona-se o aumento do volume dos aterros sanitários, aumentando o custo das Prefeituras com manuseio e transporte. A utilização do vidro usado (caco) na produção de novos vidros propicia a redução de extração de matéria-prima da natureza e economia de energia.

O Brasil recicla apenas 40% do vidro produzido, enquanto que na Europa esse índice está acima de 75%.

No Centro-Oeste existe uma dificuldade de transporte versus custo e penso que a alternativa mais inteligente seria substituir o vidro por plástico ou alumínio sempre que possível, principalmente com relação às cervejas descartáveis, que representam um desperdício quase total de matéria prima, uma verdadeira vergonha ambiental que a indústria de bebidas lançou e que as autoridades ambientais, não fizeram caso.

Você tem poder para mudar isso. Pense a aja.

17 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Só um pedacinho

O papagaio de uma certa família aceitava as sementes de girassol de todos os moradores, menos da mãe da casa. Toda vez que Dona Maria, dava sementes pro bichinho, levava umas bicadas. Certo dia teve uma idéia genial, para livrar-se das investidas pouco amistosas da ave. Cortou a pontinha do bico e foi cuidar de seus afazeres.

Já no final da tarde, descobriu na gaiola, para sua profunda tristeza, que o papagaio estava morto.

No meio-ambiente é a mesma coisa. Um copinho de plástico, jogado na rua; uma pontinha de cigarro, um palito de fósforo, um papelzinho de bala, inocentes detritos deixados pelo caminho.

Ah! O vento leva; não faz mal é só um papelzinho e assim vamos entupindo as bocas de lobo, construindo lentamente o alagamento das ruas na época da chuva e preparando o ambiente perfeito para a proliferação de doenças.

Não custa nada guardar nos bolsos, os ciscos daquilo que consumimos enquanto estamos na rua, até encontrarmos uma lixeira.

Manter um saquinho no carro para o mesmo fim, também é uma atitude inteligente.

Varrer a própria calçada, recolher as folhas da árvore e de repente teremos uma cidade mais limpa e bonita.

Senão, a exemplo do papagaio de Dona Maria, teremos um ambiente morto, por conta de pequenos descuidos e que por acaso, é onde estamos vivendo.

Pense nisso e aja.

18 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Óleo de cozinha na lata

A embalagem mais adequada para o óleo de cozinha, é a lata tradicional. Essa nova moda anti ecológica de embalar o óleo comestível em garrafas PET vai contra todo o bom senso.

Primeiro, o óleo fica exposto à luz solar oxidando mais rápido; segundo, a embalagem é recusada pelos compradores de sucata, ou pagam um valor ínfimo, dez vezes menos que o PET dos refrigerantes.

Motivo: - O óleo contamina do ponto de vista industrial o processo de reaproveitamento, exigindo lavagens sucessivas, antes que o plástico, possa ser reprocessado, ficando mais caro que a matéria prima virgem.

Além do óleo, são recusadas também as embalagens PET de produtos de limpeza e detergentes, nesse caso prefira sempre as embalagens de plástico opaco. Resultado, as embalagens estão sendo jogadas no lixo, desperdiçando matéria prima.

E vale lembrar também que óleo de cozinha não se joga fora depois de usado, pois ele serve de matéria prima para fazer sabão, que por sua vez é muito menos poluente do que o detergente líquido e muito mais econômico.

Mudar os hábitos um pouco por vez colaborando para um meio-ambiente mais saudável é lucro certo para todos nós.

Latas X PetsCusto unitário: R$0,40 X R$ 0,32Reciclagem: 40% X não se faz

Na natureza: 10 anos X 100 anosValidade: 12 meses X 3 meses

Conservantes: Não X Sim

Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais e fabricantes de Óleo de cozinha.

19 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Sejamos Criativos

Uber lândia gera quase quatrocentas toneladas de resíduos domésticos, todos os dias. Desse total, perto de quarenta por cento, são de materiais e objetos que não precisariam ir para o lixo, ou seja, cento e sessenta toneladas.

Guardadas as devidas proporções, e calculando por preços abaixo da média, mandamos quase dez mil reais para o lixo todo dia. Trezentos mil reais por mês ou três milhões e seiscentos mil por ano.

Apesar do tamanho, nossa cidade não tem uma política organizada de coleta seletiva , *pior, não existe a cultura da seleção do resíduo, ninguém ensina, ainda não está no currículo escolar. A atividade ainda está associada a catadores sub-nutridos e mal pagos, perambulando pelas calçadas a pé ou de carroça.

Mudar esse panorama dá trabalho e não pode ser resolvido com decretos ou folhetos, precisa criar cultura, ensinar e mostrar as vantagens. Sim, há muitas vantagens. Um aterro sanitário é uma obra cara, que ocupa áreas imensas e requer um rigoroso controle.

A tubulação de água pluvial, não entope e assim não haverá enchentes. Os ratos, mosquitos e baratas, não encontrarão ambiente favorável à sua proliferação.

Separar os resíduos e mandar só o que for realmente lixo, para o caminhão da coleta é o primeiro passo. Estabelecer medidas práticas o segundo. Sociedade e Poder Público juntos.

Pense nisso e aja.

*Uberlândia adotou várias ações de coleta seletiva - veja em www.uberlandia.mg.gov.br

20 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Daniel Nunes/Secom PMU

Cultura da Descartabilidade

As relações humanas nas últimas três décadas passaram por transformações profundas, em uma velocidade não antes conhecida.

Os descartáveis, os congelados, a comida pronta e " fas t " roubaram momentos importantes de convivência entre as pessoas.

Sem nos apercebermos, começamos também a descartar e congelar, a querer tudo cada vez mais rápido e nos afastamos uns dos outros.

Naquela época, as pessoas faziam compras na feira, no empório, no bazar e conheciam os comerciantes pelo nome.

O saco de papel kraft e o jornal embalavam praticamente tudo, até carnes e peixes. Arroz, feijão, verduras, frutas, bolachas, óleo de cozinha e farinhas eram vendidos à granel; açúcar e café eram embalados em sacos de papel, sendo este último, torrado na hora da compra.

Leite, iogurte, creme de leite e refrigerante, utilizavam garrafas de vidro; cada um levava sua própria sacola ou carrinho para as compras, e o lixo, basicamente orgânico era depositado em latas, deixadas nas portas das casas, para coleta de caminhão ou carroça.

Entre o final da década de 1960 e o início da de 1 9 7 0 , c o m e ç a r a m a a p a r e c e r o s supermercados, os hipermercados e os shopping centers e com eles um mundo de embalagens que não existiam.

Nestas últimas décadas embalou-se de tudo e o destino das embalagens também tem sido o lixo, agora dentro de um saco preto, outra embalagem que nasceu na mesma época.

(continua)

21 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Acontece que embalagens são produzidas a partir de matérias primas, que são extraídas da natureza e consomem água e energia elétrica.

Não se trata de combatê-las, mas dar-lhes destino adequado, permitindo que retornem ao ciclo de produção, gerando economia, limpeza e poupando os recursos naturais.

Sem dúvida, as embalagens facilitam a nossa vida e organizam as etapas de produção e distribuição, além de garantir a higiene e conservação dos produtos. Nesse sentido, nossa tarefa é consumir com responsabilidade e garantir a continuidade da vida sobre a Terra.

É importante observar que nem todas as regiões do Brasi l possuem os meios adequados para o reaproveitamento de todo t ipo de embalagem. Significa que ao entrarmos numa loja ou supermercado, devemos estar atentos não só à qualidade e preço, mas ao tipo de embalagem e qual pode ser seu destino após o uso.

Diferentemente das matérias orgânicas, as embalagens por conta da diversidade de materiais empregados, têm tempo diferente de decomposição, algumas, como os compostos de borracha (luvas, esponjas sintéticas e pneus) podem durar indefinidamente no meio-ambiente; o vidro leva milhares de anos para se decompor, os plásticos até 500 anos, o que provoca sobrecarga e encurtamento da vida útil dos aterros sanitários, além do risco de contaminação dos lençóis freáticos.

O meio em que vivemos é reflexo de como vivemos e interagimos com ele e isso inclui o consumo e os resíduos gerados. Por outro lado as relações humanas, serão tão mais sólidas na medida em que não nos olharmos como mais um produto na prateleira, pronto para consumo.

22 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

arquivo do autor

Saindo da Idade Média Nos idos do ano 1000 d.C., o sistema feudal entrava em decadência e começavam a surgir os burgos, pequenos agrupamentos humanos ao redor das muralhas dos castelos. Artesãos, artistas, comerciantes, banqueiros iam dando forma ao que chamamos hoje de cidades. O mundo de então possuia estimados 265 milhões de habitantes.

Naquele momento da história da humanidade, ninguém fazia ideia do que fosse saneamento básico; o lixo e o esgoto ficavam pelas ruas e as pessoas morriam de peste.

A limpeza era feita pelos cachorros, gatos, ratos e pelas chuvas que carreavam aquela lambança para os cursos d'água, que, contaminados, matavam ou traziam doenças.

Em 1698 o inglês Thomas Savery, inventa o primeiro motor à vapor e abre a porta para a Era Industrial que iria colocar o mundo em ritmo acelerado. No final dos anos de 1700, a Inglaterra via a expansão da indústria têxtil e em 1800, Alessandro Volta, criava a primeira bateria. Nós já eramos 900 milhões.

Meio ambiente ainda não erapreocupação cortavam-se árvores, cobriam-se ruas, impermeabilizavam o solo, erguiam-se chaminés e produzia-se lixo. Hoje em dia, com cerca de 7 bilhões de habitantes, continuamos a praticar muitos hábitos da Idade Média, com o diferencial que agora soma-se ao lixo orgânico, os materiais sintéticos de vida útil curta e degradação lenta.

A água e o solo de hoje são os mesmos de mil anos atrás e muita gente ainda discute ações para diminuir os impactos da poluição que nós mesmos produzimos.

Continuamos comprando inúmeros produtos embalados sem nos perguntarmos o impacto

23 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

O Triunfo da Morte | Pieter Brueghel

que eles provocam no espaço que ocupamos para viver ou se são realmente necessários.

Temos a dengue trazida por um mosquito que adora a água parada nos artefatos que deixamos ao relento. Temos a gripe H1N1 que encontra campo fértil em péssimos hábitos de higiene. Temos também remédios e vacinas, mas não mudamos nossos hábitos de consumo e vivemos de maneira cada vez mais artificial. Construímos casas, da mesma forma que os primeiros burgos, sem ventilação, sem aproveitamento da luz do sol, cimentamos os quintais e erguemos muros, como se burgueses medievais ainda fôssemos.

Olhe a área de lixo de um grande show, o banheiro de um bar movimentado ou saber quantos lixões a céu aberto existem no Brasil.

Não dá para falar sobre preservação ambiental, dos recursos hídricos, do ar, nem continuar achando que só leis e multas vão corrigir os problemas e seus efeitos. Não dá para continuar pensando que o caminhão de coleta leva para um lugar distante e seguro o monte de resíduos que produzimos a cada dia.

Vivemos na mesma Terra, bebemos a mesma água e respiramos o mesmo ar que os nossos ancestrais e temos tecnologia e conhecimento científico suficiente para não insistir nas barbaridades que os humanos de antanho praticavam, por puro desconhecimento.

Não dá para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, sem assumir o compromisso pessoal e interior de fazer diferente para mudar a realidade que nos atormenta, como atormentou o homem medieval. Aquele porque não sabia, nós por absoluta falta de atitude.

Estabelecido pela Assembléia Geral da ONU em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano, está na hora de trocar a agenda pela ação.

24 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

O Triunfo da Morte | Pieter Brueghel

Sobre pequenos cuidados

Porque a princípio não sei, o tamanho da dor que vai no coração do outro, não posso julgar. E dor aqui, não deve ser vista sob o ponto de vista físico, mas do consciencial.

Aquela sensação de incômodo que habita o coração de nós todos, a força que nos impele numa determinada direção, sempre em busca da tal paz de espírito. É essa sensação que nos conduz pela vida e é a grande responsável pelas nossas atitudes e comportamentos.

Como ninguém ensina a ouvir a alma, mas antes a atender os apelos fáceis do mundo material, o volumoso estímulo sensorial da propaganda vindo de todas as vertentes do pensamento humano, não raro, pouquíssimos seres humanos, ouvem a voz da alma.

Todo comportamento que observamos em nosso semelhante, traz uma mensagem cifrada, que só pode ser compreendida em profundidade, se nos despirmos de amor próprio, orgulho, vaidade e outras tantas e deixarmos à mostra o coração. Toda alma precisa se expressar, encontrar o canal por onde possa fluir e a vida na terra ainda hoje é como um covoal, um labirinto, que não deve ser segu ido ou obedec ido de modo inconsciente, porque a saída não está em nenhum lugar fora, mas dentro.

Quanto mais silencioso fico, menos reativo às reações das pessoas e tudo que está no exterior. Caras feias, gritos, risos, choros, ordens, desprezo, ra iva expressada, vingança, traição, são apenas a ponta do iceberg chamado alma, tentando no meio da barafúrdia, encontrar seu pleno fluxo.

O comportamento das pessoas se torna muito igual, quando ao invés de repararmos no como foi feito ou falado, atentarmos para o que foi feito e falado. (continua)

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ilustração / arquivo do autor

Assim percebemos a intenção por trás do gesto, porque essa é preponderantemente mais importante. O único jeito de perceber o que a vida está nos mostrando, o como nós mesmos estamos nos vendo e aceitando e se é ou não necessário modificar as nossas atitudes.

Evolução, o nome desse longo e tortuoso processo é evolução. Um caminho que se torna mais ameno, se a despeito de todo o desconforto, continuarmos firmes, naquilo que determinamos como propósito.

E como há uma dor (bem entendida) no fundo de cada coração, e no meu também, devo parar e pensar, falar cada vez menos, agir equilibradamente cada vez mais.

Isto não é um conselho, é um exercício para se praticar todos os dias!

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ilustração / arquivo do autor

27 | Só um Pedacinho | Pedro Reis

Mudar os hábitos

Não resta dúvida que fomos acostumados a jogar no lixo tudo aquilo que incomoda ou não tem serventia.

Antigamente era mais fácil, hoje em dia tem muito material que pode voltar ao ciclo de produção.

Pode acreditar que o maior beneficiado é Você mesmo.

Utilizar racionalmente os recursos e devolvê-los para reciclagem economiza água, economiza energia, reduz a poluição do ar e pode por pressão nossa, reduzir preços.

Procure na sua cidade pelo serviço de coleta seletiva e se ainda não tiver comece organizando um.

Dá trabalho, mas é por uma boa causa.

A Sua!

Sou uma pessoa que já fez muita coisa na vida, sempre com a disposição de aprender. Errei

muito mas acertei muito também.

Jornalista, ambientalista, artista plástico e estudioso dos mistérios da vida durante tempo suficiente para concluir que enchemos linguiça

demais ao invés de irmos direto ao ponto.

Este e-book é uma primeira experiência de devolver ao mundo o que ele me ensinou.

Penso que chegou a hora.

Agradeço sua atenção e espero que faça um excelente proveito desses toques

despretensiosos para pensar..... e agir.

Já vivi em 10 ou 12 cidades, hoje vivo em Uberlândia - MG e viveria sem problemas em

Nova Iorque, Paris ou na Ilha do Bananal.

O mundo é um lugar e tanto!

Prazer. Pedro Reis