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O s comentários trazidos pelo nosso entrevistado, engenheiro Yves Mifano, a respeito das atividades do Comitê Permanente Nacional do Ministério do Trabalho, nos permitem conhecer a saudável conscientização da necessidade constante da evolução das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, que tratam das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção no Brasil. A atenção constante aos acidentes e incidentes, sua análise na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) por parte de mestres, encarregados, engenheiros e técnicos são fatores importantes regulamentados pela Norma, que aponta para a formalidade do trabalho e o cuidado com o ser humano, o trabalhador, figura central em todo este processo. Tudo isso tem trazido, como resultado, expressiva diminuição no número e na gravidade dos acidentes. É certo que, com a evolução dos projetos e técnicas construtivas, tais Normas devam ser revistas, periodicamente aperfeiçoadas, com critérios que viabilizem economicamente os empreendimentos e aperfeiçoem as práticas produtivas e seguras. É importante observar, no entanto, a presença de um viés ideológico por parte de alguns atuantes nestas atualizações de regramentos, portadores de propostas aquém da realidade do país, que, sem viabilidade econômica, constituem entraves para a busca de soluções mais inteligentes. O constante aperfeiçoamento na qualificação dos trabalhadores, por exemplo, que muitas vezes chegam à obra sem preparo algum no que tange à segurança, é, sem dúvida, prioritário dentro das alternativas. PUBLICAÇÃO DA SOBLOCO CONSTRUTORA S.A. - EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - MARÇO 2015 - ANO 39 - Nº 191 A segurança na construção civil Infraestrutura Segurança N a opinião do economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, a crise energética que estamos vivendo é reflexo de políticas equivocadas adotadas. “É preciso modernizar, diversificando a matriz energética brasileira através do incentivo à energia solar, à cogeração a gás natural e bagaço de cana, entre outros insumos, o que aliviaria o problema da falta de água”. Pág. 2 C ombater os acidentes de trabalho na construção civil tem sido a meta do governo, da indústria e dos trabalhadores do setor. Yves Mifano, representante da CBIC junto à NR 18, que regulamenta as condições e o meio ambiente dos operários de obras, analisa algumas sugestões de alterações propostas. Pág. 3 Políticas equivocadas Alterações na NR 18 Notícias Loja conceito do Parque Faber-Castell no Shopping Iguatemi São Carlos Reunião do Global Council of Sales and Marketing no Espaço Cerâmica Verão sem estresse na Riviera de São Lourenço Prefeitura de Bertioga aceita logradouros do Módulo 24 na Riviera www.freeimages.com/Krappeweis Pág. 4

Sobloco Informa nº 191

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Publicação da Sobloco Construtora produzida pela ML Jornalismo

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Os comentários trazidos pelo nosso entrevistado, engenheiro Yves Mifano, a respeito das atividades do Comitê Permanente Nacional do Ministério do

Trabalho, nos permitem conhecer a saudável conscientização da necessidade constante da evolução das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, que tratam das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção no Brasil.

A atenção constante aos acidentes e incidentes, sua análise na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) por parte de mestres, encarregados, engenheiros e técnicos são fatores importantes regulamentados pela Norma, que aponta para a formalidade do trabalho e o cuidado com o ser humano, o trabalhador, figura central em todo este processo. Tudo isso tem

trazido, como resultado, expressiva diminuição no número e na gravidade dos acidentes.

É certo que, com a evolução dos projetos e técnicas construtivas, tais Normas devam ser revistas, periodicamente aperfeiçoadas, com critérios que viabilizem economicamente os empreendimentos e aperfeiçoem as práticas produtivas e seguras.

É importante observar, no entanto, a presença de um viés ideológico por parte de alguns atuantes nestas atualizações de regramentos, portadores de propostas aquém da realidade do país, que, sem viabilidade econômica, constituem entraves para a busca de soluções mais inteligentes. O constante aperfeiçoamento na qualificação dos trabalhadores, por exemplo, que muitas vezes chegam à obra sem preparo algum no que tange à segurança, é, sem dúvida, prioritário dentro das alternativas.

publicação da Sobloco conStrutora S.a. - EmprESa dE dESEnvolvimEnto urbano - março 2015 - ano 39 - nº 191

A segurança na construção civil

Infraestrutura Segurança

N a opinião do economista Adriano Pires, diretor do Centro

Brasileiro de Infraestrutura, a crise energética que estamos vivendo é reflexo de políticas equivocadas adotadas. “É preciso modernizar,

diversificando a matriz energética brasileira através do incentivo à energia solar, à cogeração a gás natural e bagaço de cana, entre outros insumos, o que aliviaria o problema da falta de água”. Pág. 2

C ombater os acidentes de trabalho na construção civil tem sido a meta

do governo, da indústria e dos trabalhadores do setor. Yves Mifano, representante

da CBIC junto à NR 18, que regulamenta as condições e o meio ambiente dos operários de obras, analisa algumas sugestões de alterações propostas. Pág. 3

Políticas equivocadas

Alterações na NR 18

Notícias• Loja conceito do Parque Faber-Castell no Shopping Iguatemi

São Carlos• Reunião do Global Council of Sales and Marketing no Espaço

Cerâmica• Verão sem estresse na Riviera de São Lourenço• Prefeitura de Bertioga aceita logradouros do Módulo 24 na

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Tudo tem seu preço. E o preço que estamos pagando pela atual crise

energética resulta de políticas equivocadas do passado, na avaliação do economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Segundo ele, vários fatores originaram os problemas que estamos enfrentando, entre os quais a Medida Provisória 579, de 2012, exigindo que as empresas geradoras e transmissoras de energia, para renovar suas concessões, reduzissem muito as tarifas cobradas. “Isso ocorreu justamente num momento em que os reservatórios já estavam caindo e o custo da energia subindo. Resultado: incentivou o consumo e, o que é pior, com desperdício. Provocou ainda uma grande conta no setor elétrico, por volta de R$ 140 bilhões. As distribuidoras não puderam repassar o custo para as tarifas e o governo acabou colocando dinheiro do Tesouro Nacional. E isso agora está sendo repassado para os consumidores e contribuintes.”Outra causa da crise é a falta de planejamento. Muitas obras de geração e transmissão de energia estão atrasadas, entre as quais as hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. “Se tivessem sido concluídas a tempo, estaríamos

numa situação bem mais confortável”, comenta Adriano Pires. “Para agravar, este último verão foi muito quente e choveu bem menos que o esperado e, em nenhum momento, o governo propôs à população um programa de uso eficiente de energia.”

Medidas já

Na opinião do diretor do CBIE, estamos totalmente dependentes da ocorrência de chuvas sobretudo porque o governo não corre atrás de outra solução. “O governo deveria ir aos jornais, à televisão, explicar: ‘temos um problema sério de oferta de energia elétrica, precisamos moderar o consumo, quem gastar menos vai ter um bônus, quem consumir mais vai pagar multa’. O que ele fez até agora? Promoveu aumento brutal de tarifa. Que, por sinal, era necessário, mas está excessivamente elevado, deveria ter sido feito de forma gradual. O ‘tarifaço’ pode provocar inadimplência, além de incentivar o próprio furto de energia. O governo está numa posição imobilista e perplexa, sem coragem de tomar as atitudes que precisam ser tomadas. E, quanto mais demorar, mais o problema aumenta e pior é o remédio.”

Mais investimentos

Entre os fatores que contribuíram para o grande atraso nos investimentos em obras de infraestrutura, o economista destaca a dificuldade de se obter licenciamento ambiental e as taxas de retorno oferecidas pelo governo nos leilões de geração e de transmissão de energia sempre muito abaixo do que o mercado exige. “Isso acabou obrigando as empresas estatais a assumir papéis que poderiam ter sido feitos pela iniciativa privada, além de atrair o chamado ‘investidor abutre’, aquele que ganhou o leilão mas não entregou a obra. A situação dramática que estamos vivendo hoje ocorre devido a uma política que pouco se preocupou com a segurança energética, baseada no populismo tarifário.”

Energias alternativas

Um fato chama a atenção de Adriano Pires: o Brasil tem uma enorme diversidade energética – água, vento, sol, biomassa, gás natural... “No entanto, não conseguimos aproveitar essa nossa vantagem competitiva. É preciso modernizar a política energética brasileira, diversificando mais a matriz elétrica, não ficar tão dependente

da água, incentivar as chamadas microgerações como painéis fotovoltaicos de energia solar, cogeração a gás natural e a bagaço de cana. É preciso aproveitar todas as formas de energia, seja eólica, solar, nuclear etc.”

Medidas controversas

Pode ser um contrassenso mas a queda no preço internacional do petróleo, que poderia beneficiar o País, vai influir contra. “Quando o petróleo custava mais de US$ 100 o barril, o governo resolveu não só abaixar a tarifa de energia elétrica como também obrigou a Petrobrás a vender gasolina e diesel mais barato que o preço internacional, causando enorme prejuízo ao caixa da empresa. Agora que a energia poderia ficar mais barata porque o barril de petróleo diminuiu, vamos ter a energia mais cara do mundo para pagar a conta lá de trás e também repor o caixa da Petrobrás. Mais uma vez, estamos na contramão do mundo. Enquanto a maioria dos países vai aproveitar a energia elétrica para retomada do crescimento e o controle da inflação, no Brasil vai ser o contrário, com a energia representando obstáculo para o crescimento e provocando aumento da inflação.”

Não podemos mais ficar dependentes apenas da ocorrência de chuvas

Infraestrutura

É preciso diversificar a matriz energética

brasileira

Adriano Pires: “Mais uma vez, estamos na contramão do mundo.”

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A indústria da construção civil durante muito tempo foi uma das primeiras no

ranking de acidentes de trabalho. Muito tem sido feito com sucesso para modificar esse panorama. “O setor formal vem se organizando cada vez mais para combater os acidentes”, destaca o engenheiro Yves Mifano, diretor da Vice-Presidência de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP e representante titular da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) junto à NR 18, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego que trata das condições e meio ambiente de trabalho da indústria da construção no Brasil. “As empresas atuam ministrando treinamentos e instruções constantes às suas equipes e cobrando dos subempreiteiros as mesmas exigências, além de promover cursos específicos.Um dos empecilhos é a falta de estudo de grande parte dos trabalhadores assim como sua heterogeneidade, o que cria desde dificuldades de comunicação até de conscientização dos riscos inerentes em qualquer serviço.”

Norma regulamentadora

Instituída nos anos 1970, a NR 18 estabelece diretrizes

administrativas, de planejamento e de organização para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na construção. Desde 1995, quando foi criado o Comitê Permanente Nacional, com a participação de representantes do governo, dos sindicatos patronais e dos sindicatos laborais para discutir os itens dessa norma, os acidentes passaram a ter uma diminuição constante. Alterações na NR 18 estão sendo discutidas e inúmeras alterações sugeridas, com o aumento de aproximadamente 100 páginas da versão original para cerca de 400 páginas da versão nova. “Uma das razões desse crescimento é a inclusão da construção pesada, que antes não fazia parte, além de entrar em mais detalhes que não eram abordados”, comenta Mifano. “Algumas sugestões de modificações são adequadas, outras não. Entre elas, por exemplo, a tentativa de eliminar o uso de bandeja nas obras para usar andaime fachadeiro, que encareceria barbaramente as construções. Ainda bem que conseguimos reverter essa ideia, que seria uma insensatez e não geraria nenhum aumento na segurança, até o contrário.”Outro problema, na sua opinião, é

a obrigação de novos elevadores de passageiros em obras com especificações que hoje não existem no mercado e que nenhuma empresa se interessou em fabricar. “Com essas características sugeridas, nem o que é usado atualmente para o transporte de material seria aprovado. Estamos mostrando que não tem sentido cobrar essas especificações de elevadores de carga.”Para o representante da CBIC, no geral há medidas positivas, que vão gerar mais segurança no trabalho, mas outras vão acarretar custos adicionais que não têm sentido. “Algumas mudanças, se aprovadas, vão criar obstáculos para a execução de obras com avanços tecnológicos. Um exemplo da filosofia reinante é a NR 12, que trata de máquinas, com um nível de exigências descabidas, fazendo com que até mesmo máquinas importadas de última geração não possam ser usadas. Querem colocar no Brasil normas que não existem nem no Primeiro Mundo. Como não custa nada para o pessoal do governo e para o sindicato laboral, eles chegam a propor regras sem viabilidade econômica, muitas com viés ideológico, que geram aumento nos custos e, consequentemente, no preço do imóvel, tornando-o mais distante da realidade brasileira.”

Outra questão, segundo o engenheiro, é que alguns itens não são muito claros quanto à sua execução. Além disso, o auditor fiscal do trabalho às vezes usa de subjetividade para fiscalizar, chegando até a fazer exigências diferentes do que a norma preconiza.

Distorções da informalidade

O diretor do Secovi destaca que as construções formais tomam bastante cuidado com a segurança, contribuindo muito inclusive para a queda nos índices de acidente mesmo levando em consideração o crescimento do número de trabalhadores. “Os grandes causadores de acidentes são pessoas (que não são empresas regulares) sem preparo, que resolvem tocar as obras informalmente. E, o que é pior: para o Ministério do Trabalho, os acidentes gerados nessas obras feitas sem o menor cuidado são imputados ao setor da construção civil, quando na verdade se trata de aventureiros sem qualificação e raramente fiscalizados, que criam muitos problemas não só para os trabalhadores como também para os compradores das obras.”

O representante da CBIC no Comitê Permanente Nacional (CPN) do Ministério do Trabalho e Emprego, Yves Mifano, comenta algumas

sugestões de alterações da NR 18, que estão em fase de discussão

Segurança

Mais segurança na construção civil

Yves Mifano “Algumas medidas são positivas, vão gerar mais segurança”

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Notícias

EmpreendedorismoSÃO CAETANO

Realizado no dia 2 de fevereiro no Espaço Cerâmica, em São Caetano do Sul, o almoço do

Global Council of Sales and Marketing (GCSM), entidade que busca fomentar

e e disseminar as melhores práticas empresariais nas áreas de vendas, marketing, TI, inteligência empresarial, comunicação e empreendedorismo.Na ocasião, personalidades de

destaque no meio empresarial proferiram palestras, como o vice-presidente executivo de Operações da Embraer, Artur Aparecido Valério Coutinho, o reitor da Unimonte (Centro Universitário Monte Serrat), em Santos, e um dos maiores nomes da indústria aeronáutica brasileira, Ozires Silva, e o diretor superintendente da Sobloco Construtora, Luiz Carlos Pereira de Almeida, que falou sobre o Espaço Cerâmica, desenvolvido e implantado pela empresa.Entre os 50 convidados presentes ao evento, estavam os prefeitos de São Caetano do Sul, Paulo Pinheiro, de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, de São Carlos, Paulo Altomani, e o diretor de marketing da Sobloco, Luiz Augusto Pereira de Almeida. www.sobloco.com.br

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Publicação da Sobloco Construtora S.A.

Av. Brig. Faria Lima, 2601- 8º andar Fone (11) 3093-9300

01451-001 - São Paulo

Assessoria Editorial ML Jornalismo Empresarial Ltda

Fone (11) 3887-1930

Jornalista Responsável Miriam Saade Haddad

(MTb 10.496)

Tiragem: 19.000 exemplaresEditora Responsável

Beatriz Almeida

Loja conceito

A Sobloco inaugurou uma loja

conceito do Parque Faber-Castell no Shopping Iguatemi São Carlos. Institucional, seu objetivo é mostrar as características de planejamento do projeto desenvolvido pela empresa assim como cadastrar pessoas interessadas em receber informações e atualizações sobre o empreendimento.

PARQUE FABER-CASTELL RIVIERA DE SÃO LOURENÇO

Logradouros no Módulo 24

Verão sem estresse

Por meio do decreto nº 2256, de 29 de janeiro de 2015,

a Prefeitura Municipal de Bertioga reconheceu a urbanização e aceitou os logradouros públicos executados pela Sobloco no Módulo 24.

Como tem ocorrido em todos os anos, a temporada de verão da Riviera de São Lourenço foi um sucesso. Os frequentadores – uma média de 60 mil pessoas fixas e

78 mil só no Réveillon – puderam curtir o sol, a praia limpa e a beleza do local sem se preocupar com problemas como falta de água: o novo reservatório construído pela Sobloco, com capacidade para 6 mil m³, garantiu o abastecimento.Além disso, uma grande variedade de eventos proporcionou diversão e entretenimento para toda a família, como o Riviera Food Fast, parque gastronômico com as melhores comidas de rua de São Paulo, o Ice Park Riviera, pista de patinação no gelo com 300 m² e parque de diversões, e as atrações do Espaço Veja São Paulo, incluindo brincadeiras para as crianças, arvorismo, cinema, teatro infantil, shows musicais, café e muito mais...

Artur Coutinho

Luiz Carlos Pereira de Almeida