Sobre Ações Civis Públicas

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Sobre Ações Civis Públicas Sobre Ações Civis Públicas

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LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.RegulamentoRegulamentoRegulamentoMensagem de vetoDisciplina a ao civil pblica de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico (VETADO) e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono auinte Lei: Art. 1 Regem-se pelas disposies desta Lei, sem prejuzo da ao popular, as aes dde por danos morais e patrimoniais causados: (Redao dada pela Lei n 8.884, de 11.6.1994) l - ao meio-ambiente; ll - ao consumidor; III ordem urbanstica; (Includo pela Lei n 10.257, de 10.7.2001) (Vide Medida p80-35, de 2001) IV a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstierado do Inciso III, pela Lei n 10.257, de 10.7.2001) V-por infrao da ordem econmica e da economia popular; (Redao dada pela Medida p-35, de 2001) VI- ordem urbanstica. (Redao dada pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001) Pargrafo nico.No ser cabvel ao civil pblica para veicular pretenses que envbuies previdencirias, o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficirios podem ser individualmente determinados. (Includo pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001) Art. 2 As aes previstas nesta Lei sero propostas no foro do local onde ocorrer o do juzo ter competncia funcional para processar e julgar a causa. Pargrafo nicoA propositura da ao prevenir a jurisdio do juzo para todas as antadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Includo pela Medida provisria n 2.180-35, de 2001) Art. 3 A ao civil poder ter por objeto a condenao em dinheiro ou o cumprimento dazer ou no fazer. Art. 4o Poder ser ajuizada ao cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusiitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, ordem urbanstica ou aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico (VETADO). (Redao dada pela Lei n 10.257, de 10.7.2001) Art. 5o Tm legitimidade para propor a ao principal e a ao cautelar: (Redao dad48, de 2007). I - o Ministrio Pblico; (Redao dada pela Lei n 11.448, de 2007). II - a Defensoria Pblica; (Redao dada pela Lei n 11.448, de 2007). III - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; (Includo pela Lei n 1e 2007). IV - a autarquia, empresa pblica, fundao ou sociedade de economia mista; (Includo n 11.448, de 2007). V - a associao que, concomitantemente: (Includo pela Lei n 11.448, de 2007). a) esteja constituda h pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Includo pela11.448, de 2007). b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteo ao meio ambiente, ao consor, ordem econmica, livre concorrncia ou ao patrimnio artstico, esttico, histrico, ttico e paisagstico. (Includo pela Lei n 11.448, de 2007). 1 O Ministrio Pblico, se no intervier no processo como parte, atuar obrigatoriaiscal da lei. 2 Fica facultado ao Poder Pblico e a outras associaes legitimadas nos termos deshabilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 3 Em caso de desistncia infundada ou abandono da ao por associao legitimada, oo ou outro legitimado assumir a titularidade ativa. (Redao dada pela Lei n 8.078, de 1990) 4. O requisito da pr-constituio poder ser dispensado pelo juiz, quando haja manesse social evidenciado pela dimenso ou caracterstica do dano, ou pela relevncia do bem jurdico a ser protegido. (Includo pela Lei n 8.078, de 11.9.1990) 5. Admitir-se- o litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicos da UnioFederal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Includo pela Lei n 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) 6 Os rgos pblicos legitimados podero tomar dos interessados compromisso de conduta s exigncias legais, mediante cominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial. (Includo pela Lei n 8.078, de 11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ) Art. 6 Qualquer pessoa poder e o servidor pblico dever provocar a iniciativa do Milico, ministrando-lhe informaes sobre fatos que constituam objeto da ao civil e indicando-lhe os elementos de convico. Art. 7 Se, no exerccio de suas funes, os juzes e tribunais tiverem conhecimento de possam ensejar a propositura da ao civil, remetero peas ao Ministrio Pblico para as providncias cabveis. Art. 8 Para instruir a inicial, o interessado poder requerer s autoridades competen certides e informaes que julgar necessrias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. 1 O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ou rqualquer organismo pblico ou particular, certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder ser inferior a 10 (dez) dias teis. 2 Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poder ser negada certido ou infose em que a ao poder ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisit-los. Art. 9 Se o rgo do Ministrio Pblico, esgotadas todas as diligncias, se convenceria de fundamento para a propositura da ao civil, promover o arquivamento dos autos do inqurito civil ou das peas informativas, fazendo-o fundamentadamente. 1 Os autos do inqurito civil ou das peas de informao arquivadas sero remetidosse incorrer em falta grave, no prazo de 3 (trs) dias, ao Conselho Superior do Ministrio Pblico. 2 At que, em sesso do Conselho Superior do Ministrio Pblico, seja homologada ou promoo de arquivamento, podero as associaes legitimadas apresentar razes escritas ou documentos, que sero juntados aos autos do inqurito ou anexados s peas de informao. 3 A promoo de arquivamento ser submetida a exame e deliberao do Conselho Supero Pblico, conforme dispuser o seu Regimento. 4 Deixando o Conselho Superior de homologar a promoo de arquivamento, designar, , outro rgo do Ministrio Pblico para o ajuizamento da ao. Art. 10. Constitui crime, punido com pena de recluso de 1 (um) a 3 (trs) anos, mais a de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigaes Reajustveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omisso de dados tcnicos indispensveis propositura da ao civil, quando requisitados pelo Ministrio Pblico.Art. 11. Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer,terminar o cumprimento da prestao da atividade devida ou a cessao da atividade nociva, sob pena de execuo especfica, ou de cominao de multa diria, se esta for suficiente ou compatvel, independentemente de requerimento do autor. Art. 12. Poder o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificao prvia, em deita a agravo. 1 A requerimento de pessoa jurdica de direito pblico interessada, e para evitar g ordem, sade, segurana e economia pblica, poder o Presidente do Tribunal a que comtir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execuo da liminar, em deciso fundamentada, da qual caber agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicao do ato. 2 A multa cominada liminarmente s ser exigvel do ru aps o trnsito em julgado ao autor, mas ser devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. Art. 13. Havendo condenao em dinheiro, a indenizao pelo dano causado reverter a urido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participaro necessariamente o Ministrio Pblico e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados reconstituio dos bens lesados. Pargrafo nico. Enquanto o fundo no for regulamentado, o dinheiro ficar depositado elecimento oficial de crdito, em conta com correo monetria. Art. 14. O juiz poder conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irrepel parte. Art. 15. Decorridos sessenta dias do trnsito em julgado da sentena condenatria, sem associao autora lhe promova a execuo, dever faz-lo o Ministrio Pblico, facultada iguainiciativa aos demais legitimados. (Redao dada pela Lei n 8.078, de 1990) Art. 16. A sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia teial do rgo prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova. (Redao dada pela Lei n 9.494, de 10.9.1997) Art. 17. Em caso de litigncia de m-f, a associao autora e os diretores responsveositura da ao sero solidariamente condenados em honorrios advocatcios e ao dcuplo das custas, sem prejuzo da responsabilidade por perdas e danos. (Renumerado do Pargrafo nico com nova redao pela Lei n 8.078, de 1990) Art. 18. Nas aes de que trata esta lei, no haver adiantamento de custas, emolumentrrios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios de advogado, custas e despesas processuais. (Redao dada pela Lei n 8.078, de 1990) Art. 19. Aplica-se ao civil pblica, prevista nesta Lei, o Cdigo de Processo Civio pela Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que no contrarie suas disposies. Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei ser regulamentado pelo Poder Executo no prazo de 90 (noventa) dias. Art. 21. Aplicam-se defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuai no que for cabvel, os dispositivos do Ttulo III da lei que instituiu o Cdigo de Defesa do Consumidor. (Includo Lei n 8.078, de 1990) Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao. (Renumerado do art. 21, peei n 8.078, de 1990) Art. 23. Revogam-se as disposies em contrrio. (Renumerado do art. 22, pela Lei n 8 1990)Braslia, em 24 de julho de 1985; 164 da Independncia e 97 da Repblica.JOS SARNEYFernando Lyra