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Sociedade açucareira

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  • 1. Contedo apresentado: Conceitos de colnia Brasil pr-colonial Sociedade do acar Aula dia 30-05

2. METRPOLE COLNIA EXCLUSIVO COMERCIAL produtos manufaturados e escravos Matrias primas Produtos agrcolas Ouro Prata Produtos tropicais 3. Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direo ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas no pde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou- lhe um barrete vermelho e uma carapua de linho que levava na cabea, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, midas que querem parecer de aljfar, as quais peas creio que o Capito manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu s naus por ser tarde e no poder haver deles mais fala,por causa do mar. Documento: Carta de PeroVaz de Caminha 4. PERODO PR-COLONIAL Brasil deixado em segundo plano: Comrcio com as ndias aliado ausncia de metais preciosos; Pau-Brasil: Fabricao de tintura para tecidos com explorao nmade e predatria utilizando prticas de escambo com ndios Expedies Guarda-Costas: Salvar de pirataria (fracasso) Fatores que iniciam a colonizao: Medo de perder territrios; Decadncia do comrcio com as ndias; Esperana de encontrar metais preciosos; 5. Imagem produzida pelo pintor frances Jean Batiste Debret,que esteve em viagem pelo Brasil durante o sculo XIX. 6. INCIO DA COLONIZAO Oficialmente em 1530 a expedio chefiada por Martim Afonso de Souza veio ao Brasil com as seguintes atribuies: Expulsar piratas da costa; Buscar ouro; Iniciar a colonizao; Criar organizaes Administravas; (Capitanias Hereditrias) 7. Capitanias Hereditrias: Diviso do territrio brasileiro em faixas de terras invendveis doadas aos homens de confiana do rei, suas principais funes eram: Administrar e proteger as terras; Exercer a justia real Cobrana de Impostos Incentivo da produo de manufaturas Distribuir lotes de terras (Sesmarias) queles portugueses que desejassem vir para o Novo Mundo. 8. GOVERNO GERAL Devido fatores como falta de interesse dos portugueses em vir pra o Brasil, falta de recursos, distncia com a metrpole e conflitos com indgenas levaram em 1549 a criao do Governo Geral que tinha como objetivo: o Centralizar a administrao colonial; o Impulsionar o desenvolvimento; o Fundas a Capital (Salvador); o Estimular a economia: Cana-de-acar; 9. Economia do Acar Condies favorveis: Solo, clima, mo-de-obra e mercado externo Caractersticas: o Latifndios; o Monocultura; o Agroexportadora; o Uso de mo-de-obra escrava negra de origem africana; o Pouca mobilidade social; o Religiosidade aflorada; 10. Engenhos (unidade produtiva bsica): Casa Grande (residncia do senhor de engenho e famlia). Senzala (ambiente insalubre destinado aos escravos). Sociedade do Acar Senhores. Escravos. Capital Holands: Financiamento da produo, transporte, refino e distribuio da Europa. 11. 1- casa-grande 2- capela 3- senzala 4- roda d'gua 5- moenda 6- fornalha 7- cozimento do caldo 8- casa de purgar 9- roa 10- moradia trabalhadores livres 11- canavial 12- roa dos escravos 13- transporte de cana 14- transporte de lenha para a fornalha 12. UNIO IBRICA (1580-1640) Perodo em que Portugal e Espanha so governados pelo mesmo rei (D. Sebastio), isso faz com que a Espanha torna-se dona das possesses Portuguesas. Consequncias: o Tratado deTordesilhas comea a ser ultrapassado; o Inimigos da Espanha invadem o Brasil em represlia ao governo espanhol, por exemplo a Holanda que impedida de fazer comrcio em qualquer colnia espanhola, no caso com o Brasil (no qual tem muito dinheiro investido) 13. Invaso Holandesa Tentativa de romper o bloqueio econmico imposto pelo governo espanhol ao comrcio do acar: 1624 Invaso da Bahia (fracasso). Criao da Companhia das ndias Ocidentais empresa holandesa responsvel por viabilizar recursos para invadir novamente o Brasil. 1630 1654 Invaso de Pernambuco (maior centro mundial de produo aucareira). Maurcio de Nassau: Governante holands que controla Pernambuco e torna- se amigo do povo (modernizao, financiamento, liberdade ao culto) 1645-54: Insurreio Pernambucana Expulsam os holandeses do Brasil. (Consequncia: Holandeses instalam-se nas Antilhas e produzem acar) 14. (Enem 2001) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma pea para teatro chamada "Calabar", pondo em dvida a reputao de traidor que foi atribuda a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invaso do Nordeste brasileiro, em 1632. - Calabar traiu o Brasil que ainda no existia? Traiu Portugal, nao que explorava a colnia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatria, traiu a elite branca? Os textos referem-se tambm a esta personagem. Texto I: "... dos males que causou Ptria, a Histria, a inflexvel Histria, lhe chamar infiel, desertor e traidor, por todos os sculos" Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JNIOR,A. Do Recncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949. Texto II "Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa daTorre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequncia de vrios crimes praticados..." (os crimes referidos so o de contrabando e roubo). CALMON P. Histria do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1959. Pode-se afirmar que: a) A pea e os textos abordam a temtica de maneira parcial e chegam s mesmas concluses. b) A pea e o texto I refletem uma postura tolerante com relao suposta traio de Calabar, e o texto II mostra uma posio contrria atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrria atitude de Calabar, e a pea demostra uma posio indiferente em relao ao seu suposto ato de traio. d) A pea e o texto II so neutros com relao suposta traio de Calabar, ao contrrio do texto I, que condena a atitude de Calabar. e) A pea questiona a validade da reputao de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II descreve aes positivas e negativas dessa personagem. 15. (Ufsc 2007) "Estvamos na horta da minha casa,e o preto andava em servio;chegou-se a ns e esperou. - casado,disse eu para Escobar.Maria onde est? - Est socando milho,sim,senhor. -Voc ainda se lembra da roa,Toms? - Alembra,sim,senhor. - Bem,v-se embora. Mostrei outro,mais outro,e ainda outro,este Pedro,aquele Jos,aquele outro Damio... -Todas as letras do alfabeto,interrompeu Escobar. Com efeito,eram diferentes letras,e s ento reparei nisto;apontei ainda outros escravos,alguns com os mesmos nomes,distinguindo-se por um apelido,ou da pessoa, como Joo Fulo,Maria Gorda,ou de nao como Pedro Benguela,Antnio Moambique... - E esto todos aqui em casa? perguntou ele. - No,alguns andam ganhando na rua,outros esto alugados.No era possvel ter todos em casa.Nem so todos os da roa;a maior parte ficou l. - O que me admira que D.Glria se acostumasse logo a viver em casa da cidade,onde tudo apertado;a de l naturalmente grande. - No sei,mas parece.Mame tem outras casas maiores que esta;diz porm que h de morrer aqui.As outras esto alugadas.Algumas so bem grandes,como a da Rua da Quitanda... ASSIS,Machado de."Dom Casmurro".So Paulo:FTD,1991, p.145. No dilogo anterior, Escobar e Bentinho conversam sobre os escravos da famlia deste. Sobre o perodo da escravido no Brasil, CORRETO afirmar que: 01) a presena dos escravos no Brasil Imperial podia ser percebida em diferentes atividades, desde os trabalhos nas lavouras at servios domsticos nas casas de fazenda e centros urbanos. 02) os escravos eram trazidos da frica, provenientes de uma nica regio. Isto facilitou a socializao entre os grupos de escravos trazidos ao Brasil. 04) a submisso ao senhor latifundirio era incontestada. Prova disso a inexistncia de fontes histricas que provem a resistncia dos escravos s pssimas condies de vida s quais eram submetidos. 08) a concentrao da propriedade nas mos de poucos foi uma caracterstica do perodo de escravido no Brasil. Um grande proprietrio de terras tambm podia possuir imveis urbanos que contribuam em muito para o aumento de sua riqueza. 16) a extino da escravido garantiu melhores condies de vida aos africanos e seus descendentes, uma vez que a eles eram garantidas as vagas nas indstrias emergentes no Brasil. 32) durante o perodo de introduo da cultura cafeeira no Brasil, o trabalho escravo j no era mais utilizado.