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IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS Educação médica: por uma ortopedia melhor. Com esse slogan, a nova diretoria da SBOT MINAS pretende impulsionar a atualização científica dos ortopedistas mineiros | 08 Espaço do residente: trabalho voluntário na África | 10 Como eu faço | 18 JORNAL SBOT MINAS janeiro a março | 2017 Ano VIII - Nº 29 Posse

SOCIEDADE BRASILEIRA DE TRAUMATOLOGIA GARANTIDA … · EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE Dr. Robinson Esteves Santos Pires Gestão 2017 Segunda opinião: É um direito do paciente

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IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

Educação médica: por uma ortopedia melhor. Com esse slogan, a nova diretoria da SBOT MINAS pretende impulsionar a atualização científica dos ortopedistas mineiros | 08

Espaço do residente: trabalho voluntário na África | 10

Como eu faço | 18

JORNAL SBOT MINAS janeiro a março | 2017Ano VII I - Nº 29

Posse

• Mais de 5 milhões de implantações8

• Mais de 300 publicações9

• Sobrevivência de 100% por 17 anos1

• A mais baixa taxa de revisão2-5

(cimentado, não cimentado e fixação híbrida)

• Referência para PROMs6

• Classificação ODEP 10A* para CR cimentado e Joelhos PS com e sem patela7

• A cada 90 segundos, um paciente recebe um Joelho NexGen8

1. CR cemented, n=80, per Kim, Y.H., et al. Cementless and cemented total knee arthroplasty in patients younger than fifty five years. Which is better? International Orthopaedics (SICOT) (2014) 38:297–303.2. Australian Orthopaedic Association National Joint Replacement Registry. Annual Report. Adelaide.AOA 2015: Table KT8 Cumulative Percent Revision of Primary Total Knee Replacement with Cement Fixation.3. Australian Orthopaedic Association National Joint Replacement Registry. Annual Report. Adelaide.AOA 2015: Table KT9 Cumulative Percent Revision of Primary Total Knee Replacement with Cementless Fixation.4. Australian Orthopaedic Association National Joint Replacement Registry. Annual Report. Adelaide. AOA 2015: Table KT10 Cumulative Percent Revision of Primary Total Knee Replacement with Hybrid Fixation.5. Select variants per 2015 Swedish National Registry disponíveis em http://myknee.se/en/ (pp. 42-43).6. Baker, P.N., et al. The effect of surgical factors on early patient-reported outcome measures (PROMs) following total knee replacement. J Bone Joint Surg Br. 2012;94:1058.7. As Latest ODEP ratings encontram-se em http://www.odep.org.uk.8. 2015 Sales data disponíveis na Zimmer Biomet.9. Pesquisa no EMBASE: «NexGen» E «Knee».

Salvo indicação em contrário, todo o conteúdo e as marcas comerciais neste documento são propriedade da Zimmer Biomet ou de suas afiliadas; não é permitido redistribuir, duplicar ou divulgar, no todo ou em parte, sem o expresso consentimento, por escrito, da Zimmer Biomet. Este material se destina a profissionais da saúde. A distribuição a qualquer outro destinatário é proibida. Não se destina a distribuição na França. Verifique as liberações do produto por país e consulte as instruções de uso específicas do produto. Para informações completas do produto, inclusive indicações, contraindicações, advertências, precauções e potenciais efeitos adversos, consulte a bula.

©2016 Zimmer Biomet

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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Robinson Esteves Santos PiresGestão 2017

Segunda opinião:

É

um direito do paciente e uma prerrogativa do médico assistente

com imenso prazer que iniciamos nossa caminhada à frente da SBOT MINAS. Aqui chegamos com inúmeros projetos e acreditamos que, ao final, com determinação, perseverança e, principalmente, com o inestimável en-

gajamento de toda a classe, colheremos os frutos desejados. Con-fesso que nossa intenção, neste primeiro editorial, era a de apresen-tar-lhes projetos de defesa profissional, de ensino e treinamento, de resgate da memória da ortopedia mineira, dentre outros tantos. No entanto, no mês de fevereiro, deparamo-nos com uma situação de completo desrespeito à autonomia do médico, que exigiu, por parte da diretoria da SBOT MINAS, um posicionamento firme de repú-dio a uma prática que vem se tornando corriqueira em nosso meio: trata-se da solicitação de segunda opinião médica pelas operadoras de planos/seguros de saúde.

Segundo consta no material de divulgação de determinado seguro de saúde, o programa tem a proposta de “proporcionar ao segurado mais tranquilidade e segurança no momento da escolha do tratamento a ser seguido”. Caso o paciente possua indicação cirúrgica para doenças degenerativas da coluna vertebral, escolio-se, cirurgia buco-maxilo-facial, dispositivos cardíacos e cirurgias bariátricas, a operadora/seguro de saúde solicitará uma segunda opinião de especialista indicado por ela própria, sem custos para o paciente.

Senhores, a solicitação de segunda opinião médica é, na ver-dade, um direito do paciente e, ao mesmo tempo, uma prerroga-tiva do médico assistente, conforme assegurado pelo art. 39 do Código de Ética Médica. Paradoxalmente, o que vemos é uma to-tal interferência do seguro de saúde na relação médico-paciente, uma vez que a segunda opinião é solicitada pela própria operado-ra, e não pelo paciente.

Em termos legais, parece não haver dúvida de que o procedi-mento de solicitação de segunda opinião não pode ser utilizado, institucionalmente, por qualquer entidade (sejam planos e ope-radoras de saúde, sejam hospitais públicos ou privados, clínicas etc.). Parece tratar-se de um mecanismo oblíquo de vulneração da autonomia do médico assistente, a quem cabe, precipuamente, realizar o diagnóstico, indicar o prognóstico, informar paciente ou representante legal sobre riscos e gravidade, não estando su-jeito a uma espécie de referendo de outro colega eventualmente “indicado” por tais entidades.

Justamente em função de tal compreensão da matéria é que, por exemplo, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande

Prezados amigos ortopedistas de Minas Gerais,

do Sul, em parecer solicitado pelo colega Dr. Asdrubal Falavigna em 2016 e assinado pelos doutores Rogério Wolf de Aguiar (Pre-sidente) e Ismael Maguilnik (Primeiro-Secretário), tratou o tema, na verdade, como “de auditoria, no qual estaria sendo avaliado se o médico assistente está utilizando os melhores meios cientifica-mente reconhecidos ao seu alcance em favor do paciente (Artigo 32 do CEM) ou se estaria exagerando a gravidade, o diagnóstico ou complicando a terapêutica (Artigo 35 do CEM)”. Ocorre que, conforme disposto no CEM e na Resolução CFM 1.956/2010, au-ditoria não se confunde, de modo algum, com segunda opinião.

Na verdade, auditoria pressupõe a apresentação de relatório formal, com apontamento, fundamentado, de eventual equívoco perpetrado pelo médico assistente, se e quando houver indícios de má conduta, e não como mecanismo regular de emissão de segunda opinião, este sim de todo indevido.

O fato de eventualmente “existir uma autorização padrão, previamente assinada pelo paciente dando poderes à operadora de planos de saúde de realizar tal encaminhamento não encontra respaldo no CEM, configurando flagrante interferência na rela-ção médico-paciente”, conforme também explicitado no parecer do CREMERS.

É importante salientarmos que o referido parecer destaca ainda que “o médico que recebe encaminhamentos por parte da operadora de saúde, de pacientes já em atendimento com outro profissional para realizar uma nova consulta visando obter uma segunda opinião, sem a solicitação expressa do paciente ou suges-tão do médico assistente, pode configurar infrações aos artigos 51, 52, 53, 58, 59 e 94, entre outros”.

Enfim, a atual Diretoria da SBOT MINAS repudia essa in-devida interferência na relação médico-paciente efetivada por alguns operadores de planos/seguros de saúde. Já solicitamos, inclusive, parecer junto ao CRM-MG sobre os trâmites ético/le-gais a serem adotados. Fica a garantia, no entanto e desde já, de que nenhum esforço será medido por esta Diretoria, com vistas a que os imperativos éticos que modulam a conduta do médi-co assistente e do médico auditor ou perito, sejam estritamente observados e preservados, visto que, ao final, o paciente é que será o grande perdedor desse embate entre o viés excessivamente econômico de tais entidades e o dever inafastável do médico de indicar o tratamento e os melhores procedimentos disponíveis, independentemente do preço.

Comissão de Interlocução com o SINMEDChristiano Esteves Simões | Rodrigo Santos Lazzarini

Comissão CientíficaTrauma: Nathan Oliveira Moreira Santos

Coluna: Bruno FontesOsteometabólica: Sérgio Nogueira Drumond Júnior

Pé e Tornozelo: Daniel Soares BaumfeldJoelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva

Ombro e Cotovelo: Lucas Braga Jacques GonçalvesCirurgia da mão: Gustavo Pacheco Martins Ferreira

Alongamento e Reconstrução: Henrique Carvalho de ResendeMedicina Esportiva: Rodrigo Otávio Dias de AraújoQuadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira

SeccionaisCoordenador Científico das Seccionais

Elmano de Araújo Loures

Diretor de Políticas Públicas das SeccionaisPaulo Henrique Lemos de Moraes

SulPresidente: Júlio César Falaschi Costa

Vice-Presidente: Eugênio César Mendes

SudoestePresidente: Anderson Amaral de Oliveira

Vice-Presidente: Tiago Rodrigues Calil

MetropolitanaPresidente: Marco Túlio Guimarães Leão

Vice-Presidente: Leonardo Marques Adami

LestePresidente: José Mauro Drumond Ramos

Vice-Presidente: Luiz Henrique Vilela

Zona da MataPresidente: Oseas Joaquim de OliveiraVice-presidente: Leonardo de Castro

NortePresidente: Lucas Carvalho

Vice-Presidente: Raphael Cândido Brandão

TriânguloPresidente: Fabiano Canto

Vice-Presidente: Anderson Dias

VertentesPresidente: Mauro Roberto Grissi Pissolati

Vice-Presidente: Leonardo Elias Esper

Av. Brasil, 916 s/603 - 6º andar - Funcionários CEP 30.140-001 - B. Hte. / MG Telefax: (31) 3273-3066

E-mail: [email protected] - www.sbot-mg.org.br

Diretoria

Presidente 2017 – Vice-Presidente 2018Robinson Esteves Santos Pires

Vice-Presidente 2017 - Presidente 2018Cristiano Magalhães Menezes

Secretário Geral: Antônio Tufi Neder FilhoTesoureiro Geral: Matheus Braga Jacques Gonçalves

Secretário Adjunto: Rodrigo Barreiros VieiraTesoureiro Adjunto: Roberto Zambelli Almeida Pinto

Coordenador Científico: Túlio Vinícius Oliveira CamposEditor-Chefe da Revista Mineira de Ortopedia:

Marco Antônio de Castro VeadoRevisor da revista SBOT MINAS:

Arnóbio Moreira Félix

Conselho Fiscal: Fábio Ribeiro Baião | José Carlos Souza Vilela

Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Ex-Presidentes:Wilel Almeida Benevides | Wagner Nogueira da Silva

Ildeu Afonso Almeida Filho | Carlos César Vassalo Marco Túlio Lopes Caldas

DelegadosElmano de Araújo Loures | Francisco Carlos Salles Nogueira

Gilberto Francisco Brandão | Glaydson Gomes GodinhoIldeu Afonso Almeida Filho | Marcelo Back Sternick

Marco Antônio de Castro Veado | Marco Túlio Lopes Caldas Valdeci Manoel de Oliveira | Wagner Nogueira da Silva

Comissão de Ensino e TreinamentoPresidente 2017: Wither de Souza Gama Filho

Membro Consultor: Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros:Leonardo Pelucci Machado | Alessandro Cordoval

Egídio Oliveira Santana Junior | Guilherme Barbosa MoreiraHenrique Carvalho de Resende | Marcelo Mendes FerreiraLucas Amaral dos Santos | Lucas da Silveira Guerra Lages

Carlos Mourão | Heraldo Barbosa CarlosGustavus Lemos Ribeiro Melo | Hugo Bertani Dressler

André Couto Godinho | Jader de Andrade NetoMarcos Antônio Ribeiro Mendes | Kleber Miranda Linhares

Comissão de Educação ContinuadaAntônio Augusto Guimarães Barros | Flávio Márcio Lago e Santos

Frederico Silva Pimenta | Gustavo Pacheco Martins FerreiraLincoln Paiva Costa | Saulo Garzedim Freire

Rodrigo D’Alessandro de Macedo | Lúcio Flávio Biondi Pinheiro Jr.

Comissão de Comunicação e MarketingEduardo Frois Temponi | Otaviano Oliveira Junior

Comissão de Políticas PúblicasAgnus Welerson Vieira | Guilherme Zanini Rocha

Hudson César José Vieira | Márcio Gholmie LabriolaMiller Gomes de Assis

Comissão de Defesa ProfissionalEduardo Luiz Nogueira Gonçalves | Philipe Maia

Rodrigo Galinari da Costa Faria

Comissão de Benefícios e PrevidênciaEgídio Oliveira Santana Junior | Roberto Garcia

Comissão de Controle de MateriaisFrederico de Souza Ferreira | Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Tecnologia da InformaçãoThiago Ildefonso Dornellas Torres | Eduardo Frois Temponi

Antônio Augusto Guimarães Barros

JORNAL SBOT MINASFotolito/Impressão: Gráfica Premier

Periodicidade: trimestral | Tiragem: 1.500 exemplares

As informações da revista SBOT MINAS podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

ÍNDICE

11 | Calendário de eventos | Homenagens

12 | Memórias da Ortopedia Mineira

13 | Defesa profissional

14 | Espaço do Residente

16 | Seccionais: Dr. Elmano de Araújo Loures

18 | Como eu faço Aqui você conhecerá a opinião de colegas sobre um mesmo procedimento 20 | Agenda da Diretoria 21 | Sugestão de leitura 22 | Meu hobby: Dr. Agnus Welerson Vieira

O novo presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Esteves, durante discurso de posse

Torcedores aplaudiram ação da SBOT MINAS, no Mineirão

Ação atrai atenção de torcedores e motoristas | 17

06 | Cursos

07 | Opinião Nesta coluna nossos convidados opi- nam sobre temas de interesse dos or- topedistas

08 | Empossada nova diretoria da SBOT MINAS

10 | CET 2017 - Educação Médica

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2º Curso de Educação Continuada

Promoção: CRMMG / SBOT MINAS

Local: Juiz de Fora

Data: 5 de maio de 2017 (sexta feira)

Horário: A definir

Temário: Assuntos relevantes da Traumatologia Ortopédica, com discussão interativa

entre palestrantes e participantes

Objetivo: Divulgar e debater temas correntes na rotina do ortopedista visando condutas

adequadas e melhores resultados.

Curso de Revisão Sistemática e Metanálise

23 e 24 de junho de 2017

PARTICIPE

Informações: Delegacia Regional do CRMMG / Juiz de Fora

Fone: (032) 3216-3879

Organização: Comissão de Educação Continuada da SBOT Nacio-nal, presidida pelo Dr. César Fontenelle, idealizador do projeto.

Local:Centro de Convenções Norma Salvador |Hospital Mater Dei

Contorno, na Av. do Contorno, 9000

Objetivo: Capacitar os colegas ortopedistas na análise e confecção de revisões sistemáticas e metanálises, que consolidam a importância da medi-cina baseada em evidências na prática ortopédica dos dias atuais.

No final do curso, os participantes devem estar aptos a:e explicar a necessidade e a aplicabilidade de revisões sistemá-ticas e metanálises, elistar aspectos importantes de uma revisão sistemática, plane-jar os critérios de elegibilidade em revisões sistemáticas, econduzir uma estratégia de busca sistemática da literatura em base de dados, ecompreender os modelos de efeitos fixos e efeito aleatórios, compreender tamanhos de efeitos (effect sizes) de dados contí-nuos e dicotômicos, eusar o software RevMan para realizar metanálises, eavaliar o risco de vieses em ensaios clínicos randomizados e não randomizados eplanejar os artigos de revisão sistemática ao longo do processo metodológico.

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OPINIÃO

Representatividade

URGENTEA FRENTE PARLAMENTAR DA MEDICINA precisa nascer!

Não podemos mais adiar algo que há muito se faz necessário. Estamos órfãos dentro do Legislativo brasileiro. Médicos e pa-cientes estão vulneráveis e NÃO somos representados na Câ-mara Federal e no Senado. Com raríssimas exceções, casos, por exemplo, do Dr. Ronaldo Caiado e do amigo Dr. Luiz Henrique Mandetta, a maioria dos “colegas” eleitos não compartilham os nossos valores, as nossas ideias.

Passados alguns anos de envolvimento político, uma certeza: NADA conseguiremos mudar se não fizermos as escolhas cer-tas nas URNAS. Só assim seremos REPRESENTADOS! Faremos nossas vozes serem de fato escutadas. Em 2016 todo o plane-jamento foi feito. Ainda estamos no “papel”. Agora é chegada a hora de realmente começarmos a existir, superar diferenças, en-tender que precisamos estar juntos para crescermos. Nos espe-lharmos na americana “Advocacy” e darmos exemplo de gestão, eficiência e transparência legislativa.

Um estatuto está pronto para ser aprovado. E ressalto que a FRENTE PARLAMENTAR DA MEDICINA não será mais uma Entidade como quase 200 outras. Será enxuta. Será apenas um caminho para podermos defender nossas ideias. Expor nossos pensamentos. Contrapor argumentos. Respeitar deveres. Exigir direitos. Lutar não apenas pelos médicos, mas, principalmente, pela medicina de excelência, que beneficia a todos. Especial-mente nossos PACIENTES!

Tenho incansavelmente repetido. E não irei parar. Deixemos a vaidade de lado. Vamos sair da nossa “zona de conforto” e ar-regaçar as mangas. Se desejamos ser valorizados, façamos por onde! Nos consultórios, hospitais e nas mais diversas esferas po-líticas. A SBOT e suas regionais têm prestado sua grande contri-buição. Precisamos ir além. Outras Sociedades, Conselhos, As-sociações. Se não ocuparmos nossos espaços, outros farão. Disso não tenho dúvida!

Vamos TODOS! Vamos JUNTOS! Afinal 2018 está chegando!

Dr. Bernardo Luiz Fornaciari Ramosu Membro Titular da SBOT e da SBOPu Ortopedista Pediátrico da Rede Mater Dei de Saúde

compromissos da nova DiretoriaA posse da nova Diretoria da

SBOT MINAS - gestão 2017 e 2018, teve um tom de união da classe mé-dica em torno de uma pauta de rei-vindicações já conhecidas como maior representatividade política, qualificação profissional, melhoria salarial e dos serviços oferecidos à população. A solenidade aconteceu no último dia 09 de fevereiro, na Associação Médica de Minas Ge-rais, com a presença dos presidentes da SBOT BRASIL, Dr. João Maurí-cio Barreto, do CRMMG, Dr. Fábio Guerra, da AMMG, Dr. Lincoln Lo-pes Ferreira, e da Dra. Amélia Maria Fernandes Pessoa, representando o Dr. Fernando Luiz de Mendonça, presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais. Presentes também ex-presidentes da SBOT Nacional, da SBOT MINAS, familiares, amigos e dezenas de ortopedistas dos diver-sos serviços de Belo Horizonte.

Abrindo os discursos, o Dr. João Maurício Barreto falou sobre o ca-

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rinho que tem por Minas Gerais e pela regional mineira, cujo papel é fundamental no fortalecimento da Ortopedia. Da mesma forma, o Dr. Lincoln Ferreira parabenizou o tra-balho da Sociedade, desejando su-cesso para a nova diretoria e ressal-tando que a AMMG estará sempre de portas abertas para a Ortopedia.

O presidente do CRMMG, Dr. Fábio Guerra, também enalteceu o papel da SBOT MINAS no fortaleci-mento da especialidade, trabalho este que passa pelo projeto de Educação Continuada, desenvolvido conjun-tamente com o Conselho Regional. Segundo ele, esta ação terá sequência e será fortalecida agora com a nova diretoria da SBOT MINAS.

Em nome da gestão 2015 e 2016, o então presidente Dr. Marco Túlio Caldas agradeceu o apoio que teve durante o seu mandato, reforçando a importância da alternância do car-go com a vice-presidência.

“Tivemos muitas dificuldades,

mas conseguimos superá-las. Dei-xamos uma entidade mais fortale-cida e com as finanças equilibradas. Durante a nossa gestão, investimos na Educação Continuada, na Defe-sa Profissional e na união da classe médica, cujo envolvimento precisa ser ainda maior na promoção do médico”.

Dando sequência ao cerimonial, em seu discurso de posse, o vice-presidente da SBOT MINAS 2017 e presidente da regional em 2018, Dr. Cristiano Menezes, enfatizou também o papel das entidades mé-dicas. “É necessário dar clareza e visibilidade às funções do sindica-to, do CRMMG e das sociedades médicas. A diretoria da SBOT MI-NAS, que ora se empossa, tem um perfil que lhe permite fazer essa leitura e construir esse novo diá-logo. A sua eleição se deu por um consenso, construído de maneira respeitosa e amistosa, como sem-pre ocorreu na SBOT MINAS, fiel,

Solenidade de Posse: Drs. Cristiano Menezes/vice-presidente da SBOT MINAS em 2017; Lincoln Lopes/presidente da AMMG; João Maurício Barreto/presidente da SBOT; Marco Túlio Caldas/ex-presidente da SBOT MINAS, Robinson

Esteves/presidente da SBOT MINAS em 2017; e Fábio Guerra/presidente do CRMMG

Educação médica e defesa profissional:

Sociais

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pois, à sua tradição”. Para o novo presidente da SBOT

MINAS, Dr. Robinson Esteves San-tos Pires, “apesar do cenário de insta-bilidade política e da crise financeira sem precedentes em nosso país, acre-ditamos que deixaremos um legado positivo no final da nossa gestão, marcada pela excelência na educação continuada e pela luta incansável na melhoria das condições de trabalho dos ortopedistas mineiros”.

“Temos inúmeros projetos pre-vistos. Alguns em fase de plane-jamento e estudo de viabilidade financeira, outros em fase de execu-ção, dentre os quais, podemos des-tacar a realização de simpósios em nossas Seccionais, em parceria com o CRMMG: os primeiros em Juiz de Fora e Montes Claros, e mais cinco simulados para residentes nas insta-lações do CRM”, afirmou, acrescen-tando ainda o projeto MEMÓRIAS DA ORTOPEDIA MINEIRA, um registro da história dos serviços do Estado, iniciando pelo Hospital Or-topédico; o fortalecimento da Frente Parlamentar da Medicina; o 1° Sim-pósio Multidisciplinar de Medicina Ligada ao Futebol, a acontecer ainda em 2017, dentro das instalações do Mineirão, idealizado por colegas or-topedistas do Atlético e do Cruzei-ro; e o projeto VIAS DE ACESSO: vídeos cirúrgicos, gravados em 3D, a serem disponibilizados para os nossos associados durante os even-tos científicos da SBOT MINAS”.

Outra ação importante será a criação de cursos de Medicina Ba-seada em Evidências com a chan-cela da SBOT NACIONAL, culmi-nando com o Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia.

Finalizando seu discurso, o novo presidente da SBOT MINAS disse que, embora os desafios sejam gran-des, “confesso que, com um time composto por membros de reco-nhecida idoneidade e integridade profissional, não há o que temer”, principalmente contando com o apoio dos nossos associados”.

E D U C A Ç Ã O M É D I C A

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CET 2017

Demais integrantes da CET MINAS

Membro Consultor: Dr. Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros das Especialidades:

Dr. Leonardo Pelucci MachadoDr. Alessandro Cordoval de BarrosDr. Egidio Oliveira Santana Junior

Guilherme Barbosa MoreiraHenrique Carvalho de Resende

Marcelo Mendes Ferreira,Lucas Amaral dos Santos

Lucas da Silveira Guerra LagesCarlos Mauricio Dutra Mourão

Heraldo Barbosa CarlosGustavus Lemos Ribeiro Melo

Hugo Bertani DresslerAndré Couto GodinhoJader de Andrade Neto

Kleber Miranda Linhares

Criada com o objetivo de capacitar o candidato à prova de título de especialista - TEOT -, a Comissão de Ensino e Trei-namento da SBOT MINAS vem realizan-do excelente trabalho. O nível de aprova-ção dos candidatos mineiros nos exames é bastante significativo, o que comprova a seriedade e a qualidade de todos os en-volvidos nesse projeto.

De acordo com o atual presidente da CET MINAS, Dr. Wither de Souza Gama Filho, “hoje nossa equipe é composta por colegas de todas as áreas da Ortopedia. São especialistas que atuam em institui-ções públicas e privadas, têm amplo con-tato com os residentes e são preceptores das respectivas especialidades nos hospi-tais em que trabalham”.

Cada vez mais, a CET MINAS vem trabalhando no sentido de diminuir as distâncias entre todas as regiões de Minas Gerais. “Temos fácil contato com os co-legas do interior para auxiliá-los em suas demandas e no treinamento dos residen-tes em seus respectivos serviços”.

Da mesma forma em que os avanços da especialidade não param, a CET MI-NAS também não para. Ela está em uma evolução constante. Atualmente, está em perfeita sintonia com a CET Nacional no que diz respeito ao formato de suas ava-liações. “Seguimos os padrões nas forma-tações das questões, no nível de conhe-cimento teórico exigido e, na prova oral, com uso de slides e casos clínicos, que cobram situações reais de forma dinâmi-ca, na avaliação dos candidatos à prova de título da nossa sociedade. Estamos também atuando nas adequações dos Serviços de Ortopedia e Traumatologia de Minas Gerais”.

Para o Dr. Wither de Souza, a CET é um ramo muito importante da SBOT, “pois influenciamos na qualidade da for-mação dos futuros ortopedistas e trau-matologistas. Recebemos total apoio da presidência e dos chefes dos serviços do Estado. Nossas condutas são sempre dis-cutidas e colocamos na prática o que fi-cou decidido em consenso”.

Um dos principais objetivos da CET MINAS é manter o elevado percentual de

aprovação no TEOT, que gira em mais de 90%, e orientar os residentes nesta jornada.

“Não há qualificação e aprovação sem o esforço dos candidatos, sem discussões e aulas com seus preceptores e colegas de plantão, mas orientamos uma forma de por na prática o que foi estudado nos li-vros e artigos”, afirma.

Sobre o Regimento Interno da CET MINAS, em elaboração, ele explica que “o documento irá direcionar nossas con-dutas e a nossa relação com a SBOT, os serviços de Ortopedia/Traumatologia e seus residentes nos três anos de formação básica e nas subespecialidades, ou seja, irá normatizar o funcionamento da co-missão mineira, seus deveres e seus direi-tos. Servirá também para termos normas e condutas que possam atender às mais diferentes realidades de todos os serviços de Ortopedia / Traumatologia do nosso Estado que, como sabemos, são muito discrepantes”. Isto significa que o Regi-mento dará respaldo legal para a CET MINAS tomar atitudes em defesa da boa formação médica ortopédica e dos pro-fissionais da nossa sociedade.

Para ser aprovado, o documento será avaliado por todos os integrantes da Co-missão de Ensino e Treinamento e pela diretoria da SBOT MINAS e apresentado para votação na AGO, durante o Con-gresso Mineiro de Ortopedia.

De acordo com o Dr. Wither de Sou-za, “a CET foi de grande auxílio na minha orientação para os estudos na obtenção do TEOT. O período de residência exige muita dedicação e estudo, é um tempo de “glicemia baixa e adrenalina alta”! Assim, foi com grande orgulho, que há cinco anos, substitui meu amigo e colega Dr. Saulo Garzedim para dar apoio na área da Oncologia Ortopédica, e no último Congresso Mineiro, realizado em BH, re-cebi o convite para substituir o Dr. Túlio Campos.

À frente da CET MINAS, “seguire-mos dando apoio aos serviços do interior e aos serviços que, por quaisquer outros motivos, necessitem de uma atenção es-pecial. Vamos melhorar a formação dos especialistas para podermos atender com primazia a nossa população”, conclui.

CET MINAS: Presidente 2017:

Dr. Wither de Souza Gama Filho

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1º MÓDULO: JOELHO, PÉ E TORNOZELOData: 31 de março e 1º de abril | Local: CRMMG (*) | Horário: (**)

2º MÓDULO: OMBRO/COTOVELO E MÃOData: 26 e 27 de maio | Local: CRMMG (*) | Horário: (**)

3º MÓDULO: COLUNA E QUADRILData: 11 e 12 de agosto | Local: CRMMG (*) | Horário: (**)

4º MÓDULO: INFANTIL E TUMORData: 27 e 28 de outubro | Local: CRMMG (*) | Horário: (**)

5º MÓDULO: HABILIDADES | EXAME FÍSICOData: A confirmar | Local: A confirmar | Horário: (**)

(*) Rua dos Timbiras, 1200, Funcionários. B. Horizonte | MG CEP 30140–060

(**) Sextas-feiras: 19h | Sábados: 08h

Outros eventos

rogramação | CET 2017p

Durante a posse da nova Direto-ria da SBOT MINAS, o novo pre-sidente, Dr. Robinson Esteves, en-tregou a medalha “Marco Antônio Percope” para o ex-presidente da Regional, Dr. Carlos César Vassalo (2015), e o novo vice-presidente, Dr. Cristiano Menezes, entregou a me-dalha para o ex-presidente Dr. Mar-co Túlio Caldas (2016).

“É fundamental que instituições como as nossas levem ao médico o co-nhecimento técnico. Esse trabalho tem como principal beneficiário o paciente. Além de aprimorar seus conhecimentos, o médico deve ter também uma maior consciência de classe. A Frente Parla-mentar da Medicina é uma forma da ca-tegoria ter representatividade junto aos poderes legislativos estaduais e federal, através de uma plataforma de reivindi-cações que inclui a defesa de uma saúde de qualidade, melhor estrutura finan-ceira para os serviços médicos, qualifi-cação profissional e uma melhor saúde complementar.”

Dr. Fábio Guerra, presidente do CRMMG, durante a

posse da nova Diretoria da SBOT MINAS

Destaque

Homenagens

37º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão | 30-03-17- MG

Curso Internacional de Cirurgia do Ombro e Cotovelo | 30-03-17- SP

1º Módulo Joelho, Pé e Tornozelo (CRMMG) | 01-04-17 – MG

XI Congresso Brasileiro de Oncologia Ortopédica (CBOO)19-04-18- PA

Congresso Sul-Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia | 30-04-17 – PR

XXIII Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico | 11-05-17- DF

XXIV Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico – (CBTO)17 a 19-05-18 - BH/MG

18º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé 18-05-17- RS

Simpósio Márcio Ibrahim de Carvalho | 2 e 3-06-17 - BH/MG

3º Encontro de Residentes de Ortopedia da Santa Casa de Belo Hori-zonte | 23 e 24-06-17 - BH/MG

VIII Congresso Internacional de Artrosplatia | 29-06-17 – RJ

VIII Jornada Lyonesa no Brasil/LCA (Joelho) | 29-08-17 - GO

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FRegistrando a nossa história

O resgate da história é de

suma importância para à construção

de uma identidade, seja de um povo,

ou de um grupo.”

Filosoficamente, memória signi-fica a capacidade de reter um dado de uma experiência ou conheci-mento adquirido e trazê-lo à mente. Esse processo tem um caráter pri-mordial para o crescimento de uma nação, ou de um grupo, uma vez que aporta elementos e valores para a sua transformação. Assim, regis-trar o passado, ir em busca de suas raízes e trazer esta visão para o pre-sente é manter vivas as experiências vividas. É fazer história. Nesse sen-tido a SBOT MINAS criou o proje-to “MEMÓRIAS DA ORTOPEDIA MINEIRA”. À frente dele estão os colegas Marcelo Back Sternick e Marco Antônio de Castro Veado.

“A ideia de resgatarmos a nossa história nasceu de um bem suce-dido projeto semelhante realizado pela SBOT Rio de Janeiro, pelo ex-presidente daquela Regional, Dr. Vincenzo Giordano,” informa o Dr. Robinson Esteves, ao explicar que serão feitas várias entrevistas com os pioneiros da Ortopedia mineira em diversos Serviços. Esses contatos serão gravados em vídeos e disponi-bilizados no canal da SBOT MINAS no YouTube.

Cada registro será feito no pró-prio hospital e terá duração de 90 minutos. Os coordenadores do pro-jeto, os ex-presidentes da SBOT MI-NAS, Marco Antônio Veado e Mar-celo Sternick, serão os moderadores e pautarão a conversa de forma que os pontos mais marcantes da história de cada serviço sejam resgatados.

Serão três programas a serem gra-vados em 2017. Para isso, foi contra-tada uma empresa que se encarrega-rá da gravação e edição de todos os conteúdos. O primeiro programa será

realizado no Hospital Ortopédico, dia 04 de abril. Foram convidados os se-guintes colegas para participarem des-sa gravação: Arlindo Gomes Pardini Junior; José Márcio Gonçalves; Mar-celo Magalhães; Sérgio Nogueira Dru-mond; Nelson Baisi, Ângelo Paolucci e Roberto Sakamoto. A SBOT MINAS fará uma homenagem a cada um des-tes importantes colegas que contribuí-ram para o crescimento, não somente do Hospital Ortopédico, mas de toda a ortopedia mineira. Todos os colegas ortopedistas, residentes e fisioterapeu-tas que participam e/ou participaram do serviço estão convidados para as-sistirem à gravação do projeto.

“A ideia é resgatar a história da Ortopedia mineira e, eventualmen-te, contarmos alguma novidade. Será um passo adiante em relação a um li-vro que foi lançado pela Regional em 2008”, complementa o Dr. Marcelo Sternick, acrescentando que toda produção do conhecimento se dá a partir de memórias de um passado que é consolidado no presente. “Re-gistrar a história da Ortopedia mi-neira é manter vivas as experiências vividas e tê-las como referência na construção de novas histórias. Assim se constrói uma nação. Assim, tam-bém, se constrói um grupo, como o nosso, que se fortalece ao escrever e a fazer a sua história”, afirma.

Registrar fatos e depoimentos, observa Sternick, “nos leva a ter uma visão maior da nossa categoria. Por isso, me sinto honrado pelo convite feito pela atual diretoria, através do Dr. Robinson Esteves. Estamos tra-balhando para que o projeto ME-MÓRIAS DA ORTOPEDIA MINEI-RA seja um grande sucesso. E que todos gostem”.

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Defesa profissional

Sociedade de Coluna fecha acordo com planos de saúde

Um dos pontos mais sensíveis da medicina, em todas as suas especia-lidades, é, sem dúvida, a sua relação com os planos de saúde, especial-mente a tabela de procedimentos médicos, cujos valores estão bem aquém do justo, posição unânime entre médicos e entidades médicas.

Nesse mar de reivindicações, de-sentendimentos e negociações, a So-ciedade Brasileira de Coluna - Re-gional Minas Gerais, conseguiu um feito: melhorar a tabela de procedi-mentos relacionada à especialidade. As negociações foram conduzidas durante a gestão do Dr. Marcos An-tônio Ferreira e duraram um ano.

“Ao assumir a presidência da regional mineira para o biênio 2015/2016, iniciamos uma aborda-gem direta com os planos de saúde com objetivo de apresentar um ma-nual de codificação de procedimen-tos em cirurgia da coluna vertebral elaborado pela SBC nacional, com apoio da SBOT e SBN, e a possibili-dade de implantá-lo com o objetivo de otimização no recebimento de honorários médicos e padroniza-ção na solicitação de procedimen-

tos cirúrgicos”, conta o Dr. Marcos Ferreira, ao explicar que as primei-ras negociações aconteceram com representantes do Grupo Unidas, Amil e Unimed-BH. “No caso espe-cífico da Unimed-BH, além da im-plantação do Manual de Codifica-ção de Procedimentos em Cirurgia da Coluna Vertebral da SBC, tam-bém o pagamento das cirurgias de escoliose, das artrodeses por nível e

das osteotomias vertebrais em casos específicos”.

Ele conta que as negociações fo-ram longas e tiveram importante participação dos colegas Leonardo Silluzio e Júlio Santiago, principal-mente na exposição feita para os auditores que entenderam o real quadro, facilitando a aprovação das propostas.

Com base nessa experiência, o Dr. Marcos Ferreira sugere às de-mais especialidades médicas, em especial à Ortopedia, “serem objeti-vas na apresentação de suas deman-das, pois solicitações muito genéri-cas dificultam a análise de impacto econômico por parte das fontes pa-gadoras, o que trava o desenrolar das negociações”.

Hoje, destaca, “o enfoque da Re-gional Minas da SBC gira em torno da 2º opinião exigida por alguns planos de saúde que deve ser regu-lamentada, com regras mais claras, para evitar a intromissão dos planos de saúde na autonomia do trabalho médico, que tem consequências tan-to para nós, médicos, quanto para os pacientes”.

Dr. Marcos Antônio Ferreira:feliz com o acordo firmado

ESPAÇO dor e s i d e n t e

14

Algumas experiências na juventude são determinantes na vida profissional e pessoal. Essas experiências apontam um novo caminho, uma outra visão de mundo e são muito enriquecedoras em todos os aspectos. O jovem André Lou-renço Pereira, 27 anos, graduado em medicina pela UFMG em dezembro de 2014, foi aprovado em primeiro lugar na residência de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Em 2012, no final do curso, ele parti-cipou de um trabalho voluntário em Gana, na África, que mudou a sua vida. Segundo ele, “vivi e amadureci em um país marcado pela miséria, mas com um coração enorme”.

Este ano, ele termina o último ano de Residência.Antes de falar de sua experiência na África, André Lou-

renço explica a sua escolha pela ortopedia e fala da im-portância da Residência Médica: “Sempre gostei muito de esportes em geral e, durante a faculdade, várias atividades extracurriculares que realizei foram ligadas à ortopedia, como monitorias, participação em ligas acadêmicas, jorna-

das e congressos, projeto de extensão e estágio no Clube Atlético Mineiro. Essas experiências aliadas ao gosto pelo esporte acabaram me direcionando para a ortopedia, área em que estou muito satisfeito até o momento.”

Para André, os pilares da residência são a dedicação e o interesse pessoal do residente associado a um serviço com grande variedade de bons preceptores que dão exemplo e direcionamento à formação.

“Os mestres e professores são um guia e exemplo para direcionar meu aprendizado e formação”, salienta.

Sobre os colegas de residência diz: “Todos são muito profissionais, justos, formam um grupo unido e ajudam uns aos outros.”

Indagado sobre orientação na residência sobre a relação médico paciente, afirma: “Também acredito que seja muito pelo exemplo dos preceptores. A relação médico paciente é algo muito pessoal, não tem um gabarito a ser seguido. Acho que o ideal é tratar o paciente como gostaria se de ser

Experiência de André Lourenço PereiraResidente em Ortopedia e Traumatologia

Trabalho voluntário na África

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tratado, de forma humana e sempre pensando no melhor possível para ele.

Ainda como estudante de medicina e com o vigor que o caracteriza, André foi para Gana, na África, trabalhar com pacientes com AIDS. “Essa experiência foi durante o final da faculdade. Um amigo me apresentou uma organização estudantil que me indicou esse projeto de combate à AIDS naquele país. Eu fiz o processo seletivo e passei”, lembra.

O trabalho voluntário era na periferia de Accra, capital. Gana é um país muito pobre, porém estável politicamente. “No bairro em que eu morava não tinha rede de esgoto, água encanada e luz elétrica. A cada dois dias um caminhão fornecia água e a cada três dias tinha um dia de raciona-mento de energia. Transporte público e acesso a alimenta-ção em geral também eram difíceis, basicamente pequenas vendas com alguns itens básicos para alimentação.”

Na pobre capital de Gana, “eu trabalhava de segunda a sexta, de 07h até às 15h, em uma casa que funcionava como uma clínica de atendimento a pessoas portadoras do vírus HIV, seja na forma de tratamento, prevenção de transmis-são e orientação/apoio psicológico. O grupo de funcioná-rios era composto por uma médica holandesa, uma enfer-meira, dois técnicos e uma secretária de Gana. O acesso a medicamentos era por meio de doações de organizações internacionais e a clínica não tinha suporte para internar pacientes caso precisasse. Esse encaminhamento era muito complicado pela pouca disponibilidade de leitos hospitala-res. Associado a esse trabalho, eu dava aula em escolas, cre-ches e orfanatos sobre prevenção de doenças infecciosas”

O choque de realidade foi enorme. “Eu me achava uma pessoa tolerante, capaz de conviver em diversas situações. Mas foi só ao realmente viver uma realidade que mal sabia que existia que pude entender um pouco de pobreza, sofri-mento, solidariedade e amor ao próximo”

“Logo na primeira semana que cheguei, atendemos um paciente que ia pela primeira vez a clínica, já em estágio muito avançado da doença. Ele acabou morrendo no outro dia. A clínica não tinha os medicamentos, profissionais e estruturas para ajudar o doente. E ele foi só uma pequena parcela da população que de fato consegue chegar até um atendimento médico.”

Esta experiência transforma qualquer pessoa, destaca André Pereira. “Diria que eu me tornei uma pessoa mais consciente do mundo, ciente das responsabilidades e do quanto é preciso ajudar quem precisa. O trabalho em Gana me permitiu expandir a minha forma de enxergar o pacien-te e a doença, e manter uma relação entre médico e pacien-te mais humanizada”

Trabalhar em uma clínica especializada em pessoas HIV em Gana, acrescenta, “foi o maior desafio da minha vida. Vivi e amadureci em um país marcado pela miséria mas com um coração enorme. Conviver diariamente com aque-las pessoas me fez perceber que fiz uma pequena diferen-ça na vida delas, mas no fim foram elas que me mudaram completamente. Participar de um trabalho voluntário é muito mais que servir ao próximo. É lutar pelos seus ideais e por um mundo melhor e mais solidário”, conclui.

Conviver

diariamente

com aquelas pessoas

me fez perceber que

fiz uma pequena

diferença na vida delas,

mas, no fim, foram elas

que me mudaram

completamente.

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Seccionaisquem é quem

Realidade a tua l

”“

Coordenador Científico das Seccionais: Dr. Elmano de Araújo Loures

Como o senhor vê a nova geração de ortopedistas que está sur-gindo na Zona da Mata e em toda a Minas Gerais?A nova geração de ortopedistas formada nos serviços credenciados pela SBOT demonstra um nível técnico e científico notáveis, refle-tindo o alto padrão SBOT de exigências. O TEOT é o parâmetro que tem balizado a atuação dos Serviços, sendo um exame que re-almente mede a proficiência dos egressos dos programas de Resi-dência Médica em Ortopedia e Traumatologia. Portanto, pode-se dizer que os programas de Residência Médica credenciados pela nossa sociedade têm cumprido, com eficiência, sua missão e têm inclusive suprido, pelo menos em parte, as notórias deficiências do ensino médico em nosso país. Desta forma, os Serviços credencia-dos têm elevado muito seu nível técnico e operacional, com mais organização e disciplina, e a prática da Ortopedia e Traumatologia tem tido um grande desenvolvimento, um “feed-back” claramente positivo.

Qual o legado que sua geração pode deixar para essa nova geração?Penso que a evolução da Ortopedia Brasileira em todos os aspec-tos deve-se ao desenvolvimento e organização da SBOT e de suas regionais e este talvez seja o maior legado que os novos médicos recebem, ou seja, uma entidade que, com seriedade e competência, criou um referencial para a formação de especialistas e de serviços especializados, propiciando educação continuada aos seus mem-bros num patamar que em nada fica a dever a países mais desen-volvidos. Obviamente, esta é uma conquista coletiva inestimável.

Qual é a principal diferença desta nova geração para a do senhor?A maior diferença entre as novas gerações e as que as precederam está na tecnologia que se incorporou à pratica ortopédica em alta velocidade e em grande volume. Além disso (e também por isto!), os médicos “analógicos”, atropelados pela era digital, vi-veram ainda um tempo de uma medicina mais heroica e arte-sanal, onde o voluntarismo foi a tônica e, em consequência, a exerceram com humanismo mais evidente que no cenário glo-balizado do século XXI.

Qual a sua expectativa com relação a essa nova geração de or-topedistas?A sequência de eventos que transformou o mundo, as profundas e constantes alterações políticas e sociais em nosso país e as exigên-cias para se acompanhar os avanços tecnológicos, dentre outros motivos, concorreram para que o médico se descuidasse da própria defesa profissional e dos aspectos políticos que toda classe profis-sional deveria ter em mente sempre. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, isto não ocorreu. Hoje todos, sem exceção, pagamos um preço por esta omissão na atuação política e na baixa representatividade da classe médica, já que este fenômeno não se restringiu apenas à Ortopedia. As novas gerações devem se preo-cupar em recuperar este espaço e sair da discussão para a prática, contribuindo para que a Medicina como um todo e, em particular, a Ortopedia seja valorizada pela nação brasileira. Nos últimos anos, a Medicina brasileira foi torpedeada, massacrada e banalizada, ni-velada por baixo. Sociedades e entidades médicas desmoralizadas e desprestigiadas encetaram dura luta para sobreviver. Se produzem médicos aos milhares, sem critérios e sem controle de qualidade, uma afronta ao bom senso, algo inadmissível em qualquer lugar do mundo. É hora de reconquistar espaço político-decisório e corrigir os equívocos enquanto é tempo. A iniciativa tem que ser nossa. Parece uma unanimidade dentre as lideranças médicas que a pro-cura de um ponto de equilíbrio e uma regulação imediata para o mercado médico é essencial. O disparate que se verifica atualmente na formação desenfreada e desqualificada do profissional médico deve ser o ponto de partida para a correção das distorções. Somen-te uma ação coletiva e bem organizada poderá levar a um desfecho satisfatório. Portanto, a nossa expectativa é que a nova geração de médicos em conjunto com os mais experientes assuma um papel pró ativo onde, com uma posição não apenas corporativa mas im-buídos de uma visão bem mais ampla e até patriótica, venha exer-cer uma influência positiva na sociedade, evitando um desastre já desenhado para o futuro não muito distante onde a possibilidade de uma categoria inteira ser literalmente destroçada é real. Se isto acontecer, o maior prejuízo será debitado mais uma vez na conta de cada cidadão brasileiro.

Não há como negar o grande avanço da Medicina nos últimos tempos. Uma nova era surgiu em meio a um descompasso entre o tecnológico e a formação acadêmica do médico. Na Ortopedia, uma nova geração de especialistas tem, agora, a responsabilidade de conduzir esse processo.

Para o Coordenador Científico das Seccionais da SBOT MINAS, Dr. Elmano Loures, esses jovens ortopedistas têm ainda uma missão maior: corrigir as distorções através de uma mobilização da categoria.

J

17

A campanha chamou a atenção demotoristas na Praça da Liberdade

Já sob o comando do Dr. Robinson Esteves, a SBOT MI-NAS realizou uma importante ação educativa às vésperas do Carnaval. Com o slogan Álcool e Volante: Uma mistura que não dá samba!, a campanha Carnaval sem traumas foi criada pela SBOT Nacional e, em 2017, foi lançada em Belo Horizonte, no dia 19 de fevereiro, durante o jogo Atlético e América, no Mineiro. Na ocasião, membros da Federação Mineira de Futebol entraram em campo, antes e no intervalo da partida, carregando uma faixa alertando o torcedor sobre uma dupla que não dá samba: álcool e volante.

Já no dia 24, véspera do Carnaval, uma equipe de ortope-distas ligados à SBOT MINAS entregou folhetos e orientou os motoristas que passaram pela Praça da Liberdade, região Centro-Sul da capital mineira.

De acordo com o presidente da Regional mineira, Dr. Robinson Esteves Santos Pires, “a campanha foi da maior importância para a população, uma vez que os acidentes aumentam entre 20% e 30% nessa época do ano, com con-sequências trágicas para as vítimas e seus familiares”.

A ideia de que o álcool é um estimulante não passa de mito, ressalta. Na verdade, o álcool apenas diminui a timi-dez. Assim, “nunca beba antes de dirigir. Mas, se beber, passe o volante para um amigo ou pegue um táxi. Esta regra vale para todos os dias do ano, não apenas para o período do Car-naval”, orienta.

Como forma de esclarecer a população sobre os riscos de associar álcool e volante, durante a campanha a SBOT Na-cional divulgou uma lista de mitos e verdades para os quais os condutores devem estar sempre atentos. Entre os mitos, tomar café forte diminui o estado de embriaguez; banho frio desperta e reduz os efeitos do álcool e alguns medicamentos diminuem ou eliminam o efeito do álcool. Tudo mentira!

Além de dirigir alcoolizado, outro grande fator de risco de acidentes, é falar ao celular. Mas muito pior é digitar

enquanto estiver dirigindo. Nesse caso, o risco de acidente aumenta 23 vezes.

Durante a campanha, os ortopedistas divulgaram tam-bém os Mandamentos do Folião Nota 10. Entre as normas estão: respeitar o Código de Trânsito; antes de viajar, rever os itens de segurança no automóvel, como freios, pneus, suspensão, extintor de incêndio etc; transporte as crianças adequadamente, sempre no banco de trás, e com cinto de se-gurança. Caso tenha até sete anos, utilizar a cadeirinha; não ultrapassar os limites da velocidade; respeitar os pedestres e demais motoristas; e o mais importante de todos: se diri-gir, não beba. O álcool é responsável por 65% dos acidentes nas estradas. “O Brasil é o campeão mundial em acidentes de trânsito. Assim, faça a sua parte, desse título nós não precisa-mos”, alerta o novo presidente da SBOT MINAS.

Dr. Robinson Esteves: prevenção no trânsito

SBOT MINAS alerta motoristas sobre riscos de acidentes

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Como eu faço

C o n d u t aq u a l s e r i a a s u a ?

Caso Clínico

Paciente feminino, 46 anos, com diagnóstico de escoliose idiopática diagnosticada aos 14 anos de idade, com indicação cirúrgica à época. Não aceitou cirurgia. Desenvolveu posteriormente dor lombar crônica, com incapacidade progressiva nos últimos dois anos associada à ciática direita, com radiculopatia sensitivo-motora de L5 e S1. Houve falha do tratamento conservador, bem conduzido por mais de um ano. Nos exames de imagem ficam também evidentes uma cifose toracolombar, bem como uma estenose de recesso lateral e forame de L5-S1 à direita, secundários à hipertrofia facetária e embricamento do ligamento ama-relo.

Confira, a seguir, a opinião de três colegas experientes sobre o caso. E você, qual seria a sua conduta?

Apresentação: Dr. Cristiano Menezesu Vice-presidente da SBOT MINAS

Parameter

PT

PI

LL

PI-LL

Pre op Values

21°

58°

-45°

13°

19

D r. M a n u e l P o r t o

D r. L e o n a r d o S i l l u z i o

D r. J ú l i o S a n t i a g o

Paciente em questão apresenta uma patologia da coluna de resolução cirúrgica. Talvez, na juventude, a sua escoliose fosse de menor gravidade quanto à curva, pouca deformidade clínica e sem dor. Mesmo com a

indicação cirúrgica, não houve aceitação do tratamento.A curva, com características do tipo Lenke 5, desenvolveu-se com doença degenerativa própria do tempo e do dese-

quilíbrio de forças em uma coluna com deformidade. Seria uma curva tipo II de Max Aebi, que descreve muito bem esta degeneração, que ocorre tanto no plano frontal quanto no sagital.

A paciente apresenta no plano frontal uma escoliose de 55°, com um equilíbrio do tronco e ombros bem alinhados. No perfil, apresenta uma linha de prumo levemente anteriorizada à transição lombo sacra. A meu ver há uma cifose tóroco-lombar de pouca representatividade. Apresenta uma incidência pélvica PI 58°, PT 21°, LL 45° e PI-LL = 13°. Diante destes parâmetros não há necessidade de grande correção no plano sagital. LL = PI – 9

Conduta Cirúrgica: Minha conduta seria uma artrodese posterior, com hastes e parafusos pediculares de T10 à pélvis.

No seguimento L5-S1, faria uma artrodese do tipo Tlif à direita, com uso de Cage, e descompressão de importante estenose foraminal. Artrodese 360° neste segmento é extremamente importante devido ao risco de pseudoartrose neste nível. Devi-do à extensão da artrodese, acrescentaria a fixação lombo-pélvica com parafusos ilíacos. A fixação e correção da escoliose deve ser feita de maneira habitual nos segmentos de T10 à transição lombo pélvica. Não vejo necessidade de fixar acima do nível T10, apesar da descrição de cifose tóroco-lombar. Não acredito em deformidade transicional nesta paciente com curva torácica equilibrada acima deste nível e aparente boa qualidade óssea. Com o objetivo de melhorar a correção da escoliose e a consolidação, eu faria também artrodese tipo Tlif à direita na concavidade e no ápice da curva escoliótica. Nestes dois níveis faria também osteotomia facetária para melhor obtenção de correção da curva tanto no plano frontal quanto sagital.

A paciente deve ser operada por equipe de cirurgiões experientes com cuidados especiais, reservas de sangue e CTI, equipe multidisciplinar e neuromonitorização. Técnicas menos invasivas são de extrema valia quando feitas por cirurgiões experientes.

A meu ver a primeira consideração é que a paciente não aceitou cirurgia. Proponho bloqueio radicular para tentar aliviar a dor. Trata-se de caso complexo em paciente que já manifestou desejo de não operar.

Trata-se de paciente do sexo feminino, apresentando escoliose lombar D, de 55 graus, com curva compensató-ria torácica E. Verifica-se que a paciente apresenta ombros e pelve nivelados e com a linha de prumo centralizada no sacro. Considera-se a paciente classificável segundo os critérios de Schwab: curva coronal: L, modificadores coronais: PI-LL: + (deformidade moderada); alinhamento global: não patológico; Pelvit Tilt: não patológico. Observa-se também que a paciente apresenta uma cifose na transição tóraco-lombar com ápice em T11-T12.

Em relação à conduta, considerando-se a falência do tratamento clínico, tem-se uma proposta de tratamento cirúrgico que envolveria a descompressão foraminal L5-S1 D, seguido de osteotomias tipo Ponte no segmento L2 a L4 (considerando-se que a curva seja rígida – inclinações laterais não estão disponíveis), seguido de instru-mentação com parafusos pediculares de T10 a S1 com correção da deformidade.

Considera-se que o objetivo principal é o alívio da dor (queixa principal da paciente). Desse modo, a correção da deformidade deveria ser buscada sem exagero, diminuindo o risco de dano neurológico durante manobras de correção.

20

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(Após 13h)

Reunião administrativa

Reunião com o Presidente da

AMMG

Defesa profissional (mobilizando as

seccionais)

Reunião administrativa

Site SBOT_MG e redes sociais

Simpósio multidis-ciplinar de medicina

ligada ao futebol (1º FUTSBOT)

Reunião com a CET

Projeto vias de aces-so cirúrgico, que será realizado no IRCAD de Barretos

Assessoria de Imprensa

Reunião administrativa

Presidente do CRMMG

(Parcerias/Educação)

Fórum da SBOT. Florianópolis (SC)

Presentes: Drs. Robinson Esteves, Cristiano Menezes, Matheus Jacques, Julio Cal-das (Consultoria Podio e Conta Azul)Presentes: Drs. Robinson Esteves e Lincoln Lopes Fer-reira

Presentes: Drs. Robinson Es-teves e Cláudio Pompei (Mu-riaé)

Presentes: Drs. Robinson Esteves, Cristiano Menezes, Matheus Jacques, Roberto Zambelli, Antônio Tufi.

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Cristiano Menezes e Rodrigo Mattos (Dwebnet)

Presentes: Drs.Robinson Es-teves, Cristiano Menezes, Otaviano Oliveira Junior, Daniel Baumfeld, Rodrigo Barreiros.

Presentes: Drs. Robinson Esteves, Wither Gama Filho, Tulio Vinícius, demais Mem-bros da CET.

Presentes: Drs. Robinson Esteves e Paulo Rigolo (He-xagon).

Presentes: Drs. Robinson Esteves e Cristiano Menezes e jornalistas Luiz Francisco e Lúcio Teixeira

Presentes: Drs. Robinson Esteves, Cristiano Menezes, Antônio Tufi, Matheus Ja-cques, Rodrigo Barreiros e Roberto Zambelli.

Presentes: Dr. Robinson Es-teves, Dr. Fábio Guerra, Dr. Eduardo Gonçalves.

Presentes: Drs. Marco Antô-nio Percope, Ildeu Almeida, Francisco Carlos Nogueira, Pedro José Pires Neto e Ro-binson Esteves.

03/01/2017

04/01/2017

09/01/2017

10/01/2017

17/01/2017

18/01/2017

20/01/2017

24/01/2017

26/01/2017

27 e 28/01/2017

07/02/2017

14/02/2017

19/02/2017

20/02/2017

24/02/2017

25/02/2017

06/03/2017

08/03/2017

09/03/2017

Preparação Soleni-dade de Posse

Projeto Memórias da

Ortopedia Mineira.

Carnaval sem trauma (Mineirão)

Reunião

administrativa

Carnaval sem traumas (Pça Liber-

dade)

Reunião administrativa

Jornal SBOT MINAS

Fórum das Regio-nais (São Paulo).

Reunião Executiva da SBOT

(Campinas)

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Ludmila Meira, Érica Menezes, Ludmila Dias (Ce-rimonial) e Vicente Gomes (Mestre de Cerimônia).

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Marco Antônio Veado, Marcelo Back Sternick.

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Cristano Menezes, An-tônio Tufi, Rodrigo Lasmar (Atlético), Otaviano Oliveira Junior (Atlético), Celso Fur-tado (América).

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Cristiano Menezes, Antônio Tufi, Matheus Jac-ques, Rodrigo Barreiros.

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Cristiano Menezes, Rodrigo Barreiros, Matheus Jacques, Médicos ortopedis-tas e residentes de ortopedia de diversos serviços.

Presentes: Drs. Robinson Es-teves, Cristiano Menezes e Matheus Jacques.

Presentes: Drs. Robinson Es-teves e jornalistas Luiz Fran-cisco e Lúcio Teixeira

Presente: Dr. Robinson Esteves

Presente: Dr. Robinson Esteves

agendada diretoria

comentários

abstract

21

Fixação com Placa comparada com tratamento não operatório para fraturas mesodiafisárias desviadas da clavícula

autoresTítulo do artigo:Plate Fixation Compared with Nonoperative Treatment for Displaced Midshaft Clavicular Fractures

Autores:Sarah Woltz, MD, Sylvia A. Stegeman, MD, PhD, Pieta Krijnen, PhD, Bart A. van Dijkman, MD, Tom P.H. van Thiel, MD, Niels W.L. Schep, MD, PhD, Piet A.R. de Rijcke, MD, PhD, Jan Paul M. Fr¨olke, MD, PhD, and Inger B. Schipper, MD, PhD, J Bone Joint Surg Am, 2017; 99:106-12

Comentário: Dr. José Carlos Souza Vilela ([email protected]) Ortopedista do Corpo Clínico do Hospital Mater Dei e Hospital Unimed BH

SUGESTÃO DE LEITURA

Abstract: Background: The use of operative treatment for clavicular fractures is increasing, despite varying results in previous studies. The aim of this study was to compare plate fixation and nonoperative treatment for displaced midshaft clavicular fractures with respect to nonunion, adverse events, and shoulder function.

Methods: In this multicenter, prospective, randomized controlled trial, patients between 18 and 60 years old with a displaced midshaft clavicular fracture were randomized between nonoperative treatment and open reduction with internal plate fixation. The primary outcome was evidence of nonunion at 1 year. Other outcomes were secondary operations, arm function as measured with the Constant shoulder score and Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) score, pain, cosmetic results, and general health status. Outcomes were recorded at 6 weeks, 3 months, and 1 year following trauma.

Results: One hundred and sixty patients were randomized. The rate of nonunion was significantly higher in the no-noperatively treated group than in the operatively treated group (23.1% compared with 2.4%; p < 0.0001), as was the rate of nonunion for which secondary plate fixation was performed (12.9% compared with 1.2%; p = 0.006). The rate of secondary operations was 27.4% in the operatively treated group (16.7% for elective plate removal) and 17.1% in the nonoperatively tre-ated group (p = 0.18). Nineteen percent of the patients in the operatively treated group had persistent loss of sensation arou-nd the scar. No difference was found between the groups with respect to the Constant and DASH scores at all time points.

Conclusions: For patients with a diaphyseal fracture of the clavicle displaced at least 1 shaft width, plate fixationimproves the chances that the bone will heal; however, the rate of patients who need a second operation is considerable.In addition, the procedure does not improve shoulder function or general symptoms, and it does not decrease limitations

compared with nonoperative treatment in a sling. Level of Evidence: Therapeutic Level I. See Instructions for Authors for a complete description of levels of evidence.

Comentário sobre o artigo: As fraturas diafisárias de clavícula são muito comuns na prática clínica. Correspondem a cerca de 2,6% a 4% de todas as fraturas nos adultos, e 44% do total das fraturas da cintura escapular. Em adultos, cerca de 70% das fraturas ocorrem no terço médio da clavícula, sendo que dessas, 48% apresentam desvios, e 19% são cominuídas.

Neer analisou 2235 fraturas do terço médio da clavícula, e encontrou somente três casos de não consolidação. Esse resultado somado ao prestígio do autor criou um senso comum que a fratura de clavícula quase nunca necessitava de tratamento cirúrgico. Porém a partir dos estudos de Hill et al. e Nordqvist et al., maior evidência foi dada às complicações após o tratamento não cirúr-gico das fraturas diafisárias da clavícula. Desde então, autores como Muray et al., Robinson et al. e Postacchini et al. culminando com o clássico estudo de McKee associaram alguns fatores de risco com a ocorrência de não consolidação e de consolidação viciosa, incluindo o tabagismo, a falta de contato ósseo no local da fratura, fraturas transversas ou segmentares, e a idade do paciente assim como as complicações da não consolidação ou consolidação viciosa como dor e discinesia escápulo torácica. Criou-se então o exa-gero do tratamento cirúrgico das fraturas de clávicula que perdurou de 2007 até os dias atuais onde busca-se estratificar melhora o perfil do paciente/personalidade da fratura que se beneficiaria do tratamento cirúrgico.

O presente estudo, um ensaio clínico randomizado e multicêntrico, avaliou 160 pacientes portadores de fratura diafisária da clavícula desviadas, sendo 86 operados e 74 não operados. Os pacientes foram avaliados clinica e radiograficamente após um ano do tratamento.

Observou-se que: - A taxa de não consolidação foi substancialmente maior no grupo não operado (23,1% x 2,4% p<0,0001) - A taxa de necessidade de um segundo procedimento cirúrgico pós tratamento foi maior no grupo operado (27,4% x

17,1% p=0,18); - 90% dos pacientes operados apresentavam disestesia na região da incisão cirúrgica; - O resultado funcional (Constant p=0,35 e DASH p=0,30) após um ano de tratamento era similar nos dois grupos.

O trabalho é categórico em afirmar que o tratamento cirúrgico apresenta taxas muito melhores de consolidação, entretanto eles não diferem no resultado funcional. Porém ele peca por não apresentar a avaliação clínica de eventual discinesia escápulo torácia que é hoje utilizada como argumentação adicional para a indicação cirúrgica, visto que clinicamente não existe diferença signifi-cativa entre os grupos.

Para o futuro necessita-se de trabalhos que estratifiquem melhor o desvio da fratura, e avaliação de parâmetros clínicos da discinesia assim como avaliações subjetivas e funcionais para se determinar quais os pacientes vão se beneficiar com o tratamento cirúrgico.

Por se tratar de entidade clínica frequente na prática ortopédica cotidiana recomenda-se a leitura do artigo.

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““Quandoo cansaço

e o estresse batem à porta,

é hora de pescar

Pesca no rio Amazonas

Tambaqui: 20 kg

paixão pela pesca sempre es-teve presente na vida do colega Agnus Welerson Vieira. Sempre que pode, dá um tempo no trabalho (ele é responsá-vel pelo Serviço de Ombro do Hospital São Francisco de Assis, em Belo Hori-zonte), e vai pescar. Esta paixão apren-deu com o pai. “Quando eu ainda era criança, ele me levava em lagoas e em clubes de pesca”.

“Por volta dos meus 10 anos, eu fi-quei em terceiro lugar em um torneio de pesca. Foi fantástico. Desde então, esse amor pela pescaria só aumentou. “Pelo menos uma vez ao mês vou aos pesqueiros da região. Quando dá, vou duas vezes. Existem bons pesqueiros próximos a Belo Horizonte. Eles são a minha válvula de escape. Quando o cansaço e o estresse batem à porta é hora de pescar”, destaca, observando que a profissão de médico não permi-te férias para longas pescarias. “Assim vou sábado ou domingo bem cedo e passo o dia todo pescando. Volto refei-to mentalmente para poder trabalhar no dia seguinte”.

Os peixes mais comuns nestas pes-carias são tambaqui, pacu, surubim, cachara, pirarara, tilápia, piau e traíra. Raramente, o Dr. Agnus Vieira come os peixes que pesca. “Sou praticante da pesca esportiva”, enfatiza.

Ano passado, pela primeira vez ele teve a oportunidade de fazer um pescaria no Amazonas, no rio Negro. “Eu era o único médico do grupo. Os outros 10 colegas eram da engenharia. Foi um experiência fascinante pescar o tucunaré-açu, peixe que nos propor-ciona grandes emoções”.

Se a pesca é exclusividade mascu-lina, ele diz que não, mas garante que não se vê muitas mulheres praticando esta atividade. Mas às vezes a gente vê uma ou outra pescando, inclusive, tenho a grata satisfação de ter minha esposa, filhas, irmã e mãe na pesca-ria. Em um campeonato que as levei para me ajudarem, uma de minhas filhas ganhou o torneio, pegando um tambaqui de 25 kg”, conta efusivo, lembrando que “o maior peixe que já peguei foi também um tambaqui de 25 kg, mas o mais emocionante foi o meu primeiro tucunaré-açu que pes-quei no Amazonas”.

A meta agora, afirma, “é conseguir este ano passar uns dias com meu grande amigo Miguel, pescando em Cuiabá. Ele me convidou e já estou ansioso para ir e colocar em prática as dicas dadas por outro grande ortope-dista meu amigo, Antônio César Me-zêncio, que é um grande pescador. Os outros amigos que quiserem me con-vidar estou à disposição”.

Dr. Agnus Welerson Vieira