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SOCIEDADE LIGHT
Estamos na sociedade Light. Nada
de levar as crianças aos funerais
dos seus entes queridos, nada de
lhes mostrarmos os velhinhos
doentes (enviamo-los para o hospi-
tal). Também não há espaço para
os avós contarem as histórias do
passado que cimentam a identida-
de e sentido de pertença à família.
Em vez dos avós há o tablet, sem-
pre presente, a corrida para as
diversas atividades…
E muitas vezes os avós moram lon-
ge ou já estão nos lares, então o
convívio é com os pais cansados
pela pressa do dia-a-dia, exaustos
pela pressão do trabalho, ou então
com os amigos e filhos destes, um
espelho da família inicial, marcados
pela tecnologia e pela pressa.
Esta sociedade quer rir-se, alienar-
se com as telenovelas, esquecer
cancros e mortes (isso é para os
outros!), pensar na roupa rasgada
por uma moda insensata, na unha
cuidada, no cabelo a duas cores…
Repito – estamos na sociedade
light.
Se esta sociedade é confrontada
com uma calamidade (os refugia-
dos dos países em guerra, por
exemplo), alarma-se por um
momento, mas a rotina segue
implacável. Se é confrontada com a
morte de um familiar muito chega-
do entra em rotura emocional e
procura apoio psicológico.
Esta sociedade não providencia
defesas cognitivas, comportamen-
tais, espirituais aos seus membros.
E depois dizem que cada vez há
mais doença mental. Admiram-se?
Dr.ª Margarida Moniz
GRUPO DE AUTOREPRESENTAÇÃO
“JANELA ABERTA”
O Grupo de Autorrepresentação (GAR) da Casa
de Saúde do Espírito Santo, “Janela Aberta”, reali-
zou no dia 26 de junho do corrente ano um festi-
val de sopas.
Os objetivos dessa atividade foram divulgar o
GAR e angariar fundos para a aquisição de um computador. Esta atividade foi anunciada antecipa-
damente durante duas semanas pela comunidade angrense.
O festival de sopas só foi possível acontecer devido ao apoio incondicional da Casa de Saúde do
Espírito Santo, através da ajuda imprescindível da sua equipa técnica.
A preparação do festival contou com a colaboração graciosa das estudantes de enfermagem da
Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo – Universidade dos Açores, em Ensino Clíni-
co de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica e com o apoio das suas tutoras clínicas, as enfer-
meiras: Sónia Falcão, Célia Aguiar e Catarina Sousa.
O festival realizou-se no salão polivalente Dr. Hélio Flores Brasil da Casa de Saúde do Espírito Santo.
A Irmã Lúcia Reduto abriu o festival, fazendo-o à boa maneira hospitaleira, cumprimentando todos
os presentes e agradecendo a participação de todos. Estiveram presentes 110 pessoas: Irmãs, cola-
boradores, familiares, professores e estudantes universitários e angrenses.
Esteve à disposição do paladar de todos os participantes, oito diferentes sopas. Todas as sopas
foram confecionadas de forma voluntária e gratuita.
Sopa de Legumes – Equipa técnica da Casa de Saúde do Espírito Santo.
Sopa de Beterraba – Colaboradores da Unidade São João de Deus.
Sopa de Amêndoa – Grupo de Leigos Hospitaleiros da Casa de Saúde do Espírito Santo.
Sopa de Grão com Bacalhau – Colaboradores da Unidade São José.
Sopa de Marisco – Colaboradores da Cozinha e da Lavandaria da Casa de Saúde do Espírito Santo.
Canja de Legumes – GAR.
Sopa de Salsa – Colaboradores Administrativos e Serviços Gerais.
Sopa de Alho Francês - Colaboradores da Unidade São Bento Menni.
Todas as pessoas após provarem as sopas, votaram de forma secreta, na sopa ou sopas que mais
lhes agradaram. As três sopas mais votadas foram a canja de legumes do GAR, a sopa de marisco e
a sopa de grão com bacalhau.
Durante o festival, a presidente do GAR, D. Eduarda Câmara e a vice-presidente, D. Jocelina Gonçal-
ves, apresentaram uma palestra sobre os direitos e os deveres dos utentes.
De acordo com o previsto, também se realizou o sorteio de rifas que o GAR promoveu nos últimos
três meses, tendo sido apurados os primeiros três lugares.
As estudantes de enfermagem encerraram o festival, sendo que presentearam a audiência com um
agrupamento musical e como havia música, espaço e pessoas, dançou-se.
O GAR agradece toda a generosidade, simpatia e ajuda que recebeu de todos.
O GAR alerta a todos os leitores que a solidão é a maior deficiência.
GAR “Janela Aberta”
2
Eu, Maria da Conceição Capote, encontro-me pela terceira vez na Casa
de Saúde do Espírito Santo, por razões diferentes que acabam englo-
bando uma só razão, a primeira que me trouxe cá.
O primeiro impacto foi marcante. Contudo, fui muito bem recebida,
muito apoiada, tanto pela minha médica, a Exma. Sra. Dra. Margarida
Moniz, como pelo pessoal de enfermagem, auxiliares e Irmãs.
Confesso que quando cá cheguei pela primeira vez senti-me num
ambiente desconhecido. Hoje entro cá como se fosse a minha casa
com uma enorme família, coisa que não tenho, vivo só com Deus. Mas
tenho um filho, que vai vivendo a sua vida.
Hoje sinto um grande conforto em saber que não estou tão só quanto
isso, e já disse ao meu filho que não quero ser um “fardo” para nin-
guém, e que ele me traga para esta Casa quando eu não me puder
valer a mim mesma. Quero acabar os meus dias onde sempre fui bem
recebida e muito acarinhada. Um bem-haja a todos!
Maria da Conceição Capote
Há pessoas, épocas e lugares que marcam a nossa vida, que desper-
tam algo especial em nós, que abrem nossos olhos de modo irreversí-
vel e transformam a nossa maneira de ver o mundo. É assim que me
sinto desde que colaboro com a Casa de Saúde do Espirito Santo,
poder fazer parte desta família hospitaleira, dar o meu pequeno con-
tributo para o bem-estar e a auto estima das utentes, contribuir para
que se sintam mais bonitas e como tal tornam o meu dia mais enri-
quecedor devido à partilha gratuita que se traduz num dar e receber.
Sempre achei que para mim é mais fácil falar do que escrever de forma que tentar escrever por palavras aquilo que sinto não
é uma tarefa fácil…
O tempo que passo na companhia de todos vós, família hospitaleira, contribui imensamente para o meu crescimento pessoal
e profissional. Esta experiência faz de mim uma pessoa melhor, olhar os problemas de forma diferente e encarar a vida e as
pessoas de outra forma. Percebo que às vezes basta um afeto, um abraço, uma palavra ou simplesmente pintar as unhas
para “arrancar” um sorriso simples e sincero, é preciso tão pouco para fazer alguém feliz!
Tem sido um privilégio trabalhar nesta Instituição, quero agradecer a oportunidade que me dão. Cada um de vós tem um
papel importante na minha integração. O meu muito obrigado a todos.
Marla Candeias
Claro que não vou falar da Maria do Carmo como mãe e como pessoa
porque isso me ficaria mal, vou sim agradecer o contributo da Institui-
ção das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, Casa de Saú-
de do Espírito Santo, e dos funcionários que com carinho e muita
paciência têm tratado dela. Ao princípio ainda ouviram algumas res-
postas tortas, devido ao seu feitio impulsivo. Essa fase passou e agora
a minha mãe é uma velhinha, que não faz mal a ninguém, que fez 100
anos de idade no dia 16 de Julho. O centenário foi comemorado com
muito afeto e alegria na Casa de Saúde do Espírito Santo onde é bem
cuidada diariamente. Obrigada a todos!
Graça Monjardino
TESTEMUNHOS
3
SERVIÇO DE PASTORAL
ECOS DUM CENTENÁRIO (Continuação dos números anteriores)
Como foi largamente noticiado, em Abril encerramos as celebrações do Centenário da Partida para Deus de S. Bento Menni
(2014-2015), mas o protagonista destas celebrações merece que continuemos a evocar alguns dos traços mais marcantes da
sua espiritualidade que, quer queiramos, quer não, nos apontam um caminho, porque pertencemos a uma família, a Família
Hospitaleira, que ele encarnou, enriqueceu e em que plasmou a sua personalidade de homem e de santo, que continua a ser
o “Marco” e o ponto de partida para o “Recriar a Hospitalidade “ em que todos estamos comprometidos.
Hoje, partilho convosco, caros leitores, uma das “marcas” da sua espiritualidade: Bento Menni o homem Orante.
Na Primeira regra que elaborou para as Irmãs, por ele fundadas, a Oração aparece em primeiro plano, fruto da sua convicção
interior e de quanto a julgava indispensável para a vivência plena da Comunhão com Deus, que desse sentido a todo o ser e
agir do Serviço Hospitaleiro, em favor dos pobres e necessitados, que levasse a ver, para além da sua fragilidade e destruição
humana, o “Rosto Sofredor” do próprio Cristo, que com eles se identifica e toma como feito a Si mesmo tudo o que por eles
fizermos.
Bento Menni sentia, por experiência própria que para se chegar aqui, a este reconhecimento, era indispensável um relaciona-
mento contínuo com Deus: “Um ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus”.
Se é verdade que a “Oração é Dom de Deus”, não é menos verdade que temos de abrir-nos ao acolhimento desse Dom e
colaborar com Deus para que ele frutifique em nós. Não é trabalho de um dia, mas antes de toda a vida.
Às vezes desculpamo-nos com os demasiados afazeres, com o cansaço, com as solicitações de todo o género etc. etc. Bento
Menni foi um homem ocupadíssimo, cuja vida foi uma corrente contínua de solicitações, preocupações e dificuldades de
todo o género. De todas elas tirou partido para: louvar, agradecer e também suplicar ao Deus Bom e Fiel, em quem acredita-
va firmemente.
Se não fosse a sua vida de Comunhão com Deus e Identificação com Ele, não teria, com certeza, levado a bom termo a Mis-
são que lhe foi confiada, nem seria o S. Bento Menni que hoje veneramos, admiramos e cujo espírito somos convidados a
encarnar, porque somos herdeiros do seu legado. Não legado material, mas algo muito mais importante: Valores, espírito,
pobres a quem servir ao jeito de Jesus, Encarnado nos Grandes Pilares da Hospitalidade.
Peçamos-lhe que nos ajude a viver como ele viveu, louvando a Deus pelas pessoas, pelas maravilhas da criação, por tudo o
que vai acontecendo nas nossas vidas.
Ele quer ajudar-nos, somos os membros da sua família!
Ir. Crisantina
ACEITA-TE COMO ÉS
Sempre que ao teu lado vês alguém que te parece
mais talentoso do que tu, mais bonito, mais simpático
e mais querido entre os amigos, não te deixes levar
pela nostalgia. Tu tens tudo o que precisas para ser
feliz e mais, dar felicidade aos que andam ao teu lado.
Tudo e todos precisam de ti, as pessoas, os animais, a
natureza…
Agora és capaz de sentir o quanto vales neste mundo,
apenas basta que te aceites como és.
O fulcro principal da tua vida é andares sempre com a
tua consciência tranquila. Ai terás sempre a fortaleza
que precisas para viveres, continuares em paz e ale-
gria e com vontade de ajudar os outros, que são cria-
turas de Deus como tu.
Aceita-te e serás sempre feliz na vida.
Gisela Brasil
HOSPITALIDADE EM CONTRAPOSIÇÃO AO SISTEMA “MERCANTIL” DA SAÚDE MENTAL
“Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer”( Mt. 25, 45)
Há dias saiu num matutino nacional (1), um artigo que dava conta da problemática do estado em que se encontra a área de
saúde mental em Portugal. O artigo deixa entender os interesses económicos que motivam esta mesma área de saúde; e mais
uma vez fica comprovado que a pessoa humana vale mais por aquilo que tem e não por aquilo que é.
A nossa tarefa não é esboçar um trágico quadro sistémico da degradação a que está votado o nosso sistema de saúde mental,
mas sim apresentar a “resistência” e a dedicação das Instituições religiosas que procuram evidenciar com humanismo, em
conformidade com os seus carismas evangélicos, a promoção da dignidade da pessoa humana.
Neste sentido, a Hospitalidade que incorpora a essência da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de
Jesus, ganha expressão quando é aplicado às pessoas que muitas vezes estão votadas ao abandono da sociedade e, por mais
angustiante que nos pareça, da própria família.
A espiritualidade hospitaleira é em nosso entender, o prelúdio da Constituição Pastoral Gaudium et Spes que dedica uma par-
te considerável à promoção da dignidade humana, ao afirmar que esta categoria moral é o critério de atuação em relação
com a pessoa.
Nesta dinâmica inspiradora e carismática em que se insere a hospitalidade evangélica, onde Deus chama todos os homens
para o servirem em espirito e verdade, em virtude do que estão obrigados em consciência, e não coagidos por sistemas políti-
cos e económicos, a hospitalidade desenvolve-se como instrumento humano e humanizador que se impõe, porque Deus tem
em conta a dignidade da pessoa humana que Ele próprio criou e ao qual deve reger-se pela sua própria determinação.
Neste sentido, a Hospitalidade enquanto essência carismática e práxis evangélica é o conteúdo da dimensão da dignidade
humana, porque assenta em três pilares fundamentais da evangelização cristã, ou seja, a verdade sobre Cristo, a verdade
sobre a Igreja, a verdade sobre o Homem, pois, na realidade, essa profunda admiração ao valor e dignidade do ser humano
chama-se Hospitalidade.
A Hospitalidade que tratamos neste pequeno artigo tem um rosto que se chama São Bento Menni, que via no ser humano um
universo de caráter absoluto, onde ninguém deve ser excluído até os abandonados pela sua fragilidade, como o próprio afir-
mava “Minhas filhas, […] praticai a santa hospitalidade, tendo muita paciência com as pobres doentes” (2).
Esta preocupação do fundador das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus assenta na necessidade de um constante
admitir que a pessoa é valor ético na dupla vertente de realidade privada e de realidade pública, inserida numa dialética per-
manente, pois se reduzimos a pessoa ao seu valor privado, caímos na injustiça do totalitarismo individualista, mas se a reduzi-
mos ao seu valor público, então caímos na injustiça do totalitarismo coletivista. E não pode existir valor ético onde existe
injustiça de base, como nos deixa entender o milanês Bento Menni nos seus escritos dirigidos às Irmãs que tanto afeto pater-
nal nutria.
Assim, o evento congregacional da hospitalidade demarcar-se das circunstâncias sociais, económicas e políticas, porque pro-
move o primado do amor e a “revolução dos afetos” perante aqueles que privados das suas capacidades cognitivas, e que na
maioria das vezes são os seres humanos mais frágeis entre os frágeis, em contraposição à ideia capitalista, que a fragilidade
do outro é vista como lucro, poder e ascensão. Tenho dito!
Frei Pedro Cabral, ofm
(1) - In: Público, 14.09.2014.
(2) - Cf. S. Bento Menni O. H. – Cartas, Lisboa, Ed. Gráfica de Coimbra, Lda., 2001, págs. 1092-1903.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ÁREA DA REABILITAÇÃO
O Serviço de Reabilitação desenvolveu, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro diversas atividades alusivas ao
Verão. Começamos o mês de Julho com a participação de utentes no desfile do Bodo de Leite das Sanrafaelinas, para além
das utentes que foram assistir ao cortejo. Também participamos na tradicional bezerrada organizada na Casa de Saúde de
São Rafael.
Com a chegada do Verão chegam também as atividades tradicionais destes meses. Os banhos de mar no Porto Martins e na
Praia da Vitória e os passeios às freguesias natal das utentes mais idosas, com visita às respetivas igrejas e alguns familiares.
Para as utentes que ficam na Instituição fazem-se caminhadas no exterior da Instituição, as tardes são passadas ao ar livre
no jardim, fazem-se trabalhos de malha, lêem-se revistas, contam-se histórias, partilham-se experiências, promove-se a
escuta ativa, etc.
No dia 4 de Setembro realizou-se o passeio grande. Fomos almoçar ao Monte Brasil e, de seguida, fomos dar um passeio de
autocarro pelas freguesias. Paramos a visitar a Ermida de Maria Vieira e o lanche foi proporcionado na zona de merendas
dos Biscoitos.
A meados do mês de Setembro, uma das Voluntárias da Instituição ofereceu um almoço de Espírito Santo a um grupo alar-
gado de utentes, que regressou muito satisfeito e trouxe consigo uma lembrança. Este grupo agradece a generosidade e
toda a partilha oferecida pela Voluntária.
Como tem sido usual, as utentes participaram no dia 28 de Setembro no tradicional Bodo de Leite de São Carlos, do qual
fez parte o cortejo etnográfico no qual não foi esquecida a doce massa sovada acompanhada com leite. De seguida, o gru-
po dirigiu-se a uma tasca para almoçar o tão tradicional prato regional. Após o almoço, como o tempo estava convidativo,
terminou-se este passeio na zona de lazer do Relvão.
Foram, sem dúvida, meses bem preenchidos e animados para as utentes. Mais nos espera nos próximos meses!
A Equipa de Reabilitação
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PRÓXIMOS EVENTOS
Outubro Semana Missionária-Hospitaleira
12 Lema: Visitar e cuidar dos doentes
Rezemos pela África
13 Lema: Dar de comer a quem tem fome
Rezemos pela América
14 Lema: Dar de beber a quem tem sede
Rezemos pela Ásia
15 Lema: Dar abrigo ao peregrino
Rezemos pela Europa
16 Lema: Vestir os nus
Rezemos pela Oceânia
17 Lema: Libertação dos cativos
Rezemos pelos doentes, idosos, imigrantes, refugiados e
marginalizados
18 Lema: Enterrar os mortos
Rezemos pelos missionários “Ad Gentes”
11 Nov. - Comemoração do dia de São Martinho (tradicional sardinhada, castanhas assadas e arroz doce).
Inicio de Dezembro - Elaboração de postais para correspondência de Natal para familiares das utentes.
17 Dez. - Festa de Natal das utentes com concurso de postais de Natal e encenação do grupo de teatro da Casa de Saúde
do Espírito Santo.
A agendar - Festa de Natal dos colaboradores com eucaristia festiva e almoço-convívio.
24 Dez. - Consoada partilhada.
25 Dez. - Festa de natal com eucaristia festiva e almoço partilhado.
31 Dez. - Festa de fim de ano.
10 Out. - Sessão de cinema Divertida-Mente proporcionada pela Direção Regional de Saúde em parceria com a Câmara
Municipal de Angra do Heroísmo para utentes, colaboradores, familiares e amigos da Casa de Saúde do Espírito no Centro
Cultural e de Congressos pelas 15h.
12 Out. - Participação nas comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental da Casa de Saúde de São Rafael.
6ª EDIÇÃO DA
INICIATIVAS DE COMBATE AO ESTIGMA…
O estigma associado à doença mental tem raízes históricas e culturais muito profundas e complexas e é, ainda hoje, respon-
sável por atitudes e processos de marginalização e de exclusão social que inibem a concretização de respostas sociais ade-
quadas e dificulta os esforços de reabilitação e integração das pessoas com doença mental na comunidade.
A Casa de Saúde do Espírito Santo consciente desta realidade e lutando diariamente contra o estigma prevê, neste âmbito,
a execução de dois projetos no próximo mês de dezembro.
O projeto “Visita Solidária”, desenvolvido desde 2013, tem como principal objetivo contribuir para a redução do estigma
associado à doença mental e à Casa de Saúde do Espirito Santo enquanto Instituição que presta cuidados a utentes com
doença mental. Deste modo, a Casa de Saúde do Espirito Santo convida toda a comunidade em geral a visitá-la durante a
quadra natalícia (dezembro e inicio de janeiro), proporcionando desta forma um Natal especial às utentes.
O projeto “Um Natal Diferente“ é desenvolvido por colaboradores da Casa de Saúde do Espirito Santo ao promoverem o
acolhimento de utentes em suas casas nos dias festivos de Natal, proporcionando às utentes uma vivência real do significa-
do de família e aos colaboradores e suas famílias momentos de doação, carinho, partilha e alegria em prol do outro.
Também será realizado na Casa de Saúde do Espirito Santo o projeto ”Envolvimento Natalício” que tem como objetivo pro-
mover o envolvimento das utentes e colaboradores na decoração de natal da Instituição, incluindo concurso de árvores de
natal e presépios nas diferentes unidades/serviços.
A Casa de Saúde do Espirito Santo aguarda e agradece o envolvimento de toda a família hospitaleira e da comunidade em
geral.
A equipa coordenadora dos projetos
CUIDAR DA PESSOA COM DEMÊNCIA DE ALZHEIMER
Assinala-se a 21 de Setembro o Dia Mundial da Pessoa com Demência de
Alzheimer.
Nos últimos anos, a população portuguesa tem vindo a envelhecer cada
vez mais, o que aumentou a prevalência de demências, como a de
Alzheimer.
É uma patologia degenerativa cerebral, progressiva e irreversível, mais
frequente após os 65 anos de idade que se carateriza pela perda de habi-
lidades como o pensar, raciocinar e memorizar.
Alguns dos principais sinais e sintomas são perda da memória para factos
recentes, não reconhecer pessoas que lhe sejam próximas, desorientação
espaço-temporal, incapacidade de comunicar e de executar atos, como
tomar banho, vestir-se e alimentar-se, trocar o lugar dos objetos da casa,
alterações de humor e da personalidade, entre outros.
Com o progresso da doença, a pessoa torna-se cada vez mais dependen-
te física e/ou cognitivamente.
Toda esta evolução provoca um grande impacto/desequilíbrio na dinâmi-
ca familiar, não só pela falta de recursos mas principalmente pela sobre-
carga a que os cuidadores estão expostos. Contudo, o cuidador é a pedra-chave no tratamento da doença, na medida em
que ajuda a satisfazer as necessidades básicas da pessoa com demência de alzheimer.
Deve-se incentivar a autonomia da pessoa, respeitando as suas limitações e supervisionando sempre que necessário. Evitar
discussões, mantendo uma comunicação clara e tranquilizadora, direcionando perguntas que permitem respostas curtas
como sim ou não. Relativamente ao espaço físico, é importante torná-lo seguro de modo a evitar possíveis quedas e situa-
ções de perigo como por exemplo saídas para o exterior da casa.
Tendo em conta a minha prática e experiência na Casa de Saúde do Espírito Santo cuidar com qualidade de uma pessoa com
demência de alzheimer requer acima de tudo carinho, disponibilidade, atenção, compreensão, tolerância e aceitação.
Célia Aguiar
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O L F V N M S A R A T I V I D A D E S W
W F B N M K L Ç O P E R T Y U I I O A S
P H O S P I T A L I D A D E S D F R U D
R D S X F G H B H J U I O E T R T Y D G
E S D F G G H J K K L Ç Q S W E R T E F
A U T O R R E P R E S E N T A Ç A O I B
B Q W E R T Y U I O P A S I S D F F M N
I G H J K L Ç Z X C V B N G N M K L E M
L Q H X V B A S M Z F G T M V X C Z N C
I K L Ç Q W A H T V N M S A X C V B T S
T T E S T E M U N H O S Ç D F G B N A F
A N M K L Ç X C E W R T Y J K L L Ç L T
C I D E M E N C I A U A L Z H E I M E R
A X S D F V G B N U N M R T G B N M U Y
O W X D F G T Y U I O P B N M P Ç E D U
SOPA DE LETRAS
AGRADECIMENTO
A Direção da Casa de Saúde do Espírito Santo agradece o reconhecimento dos
familiares da Sr.ª L. S. P., da Sr.ª M. A. T. e da Sr.ª V. S. que referenciaram através de
agradecimento na imprensa e enviado por carta, evidenciando as boas práticas e
qualidade dos cuidados prestados na Casa de Saúde do Espirito Santo.
FICHA TÉCNICA
CASA DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO
Coordenação e Redação
Ir.ª Crisantina Nogueira
Célia Aguiar
Colaboradores
Dr.ª Margarida Moniz
GAR “Janela Aberta”
Graça Monjardino
M.ª da Conceição Capote
Marla Candeias
Gisela Brasil
Frei Pedro Cabral
Equipa de Reabilitação
Equipa coordenadora dos projetos
CONSULTE O NOSSO SITE: www.irmashospitaleiras.pt/cses/
Tiragem
50 Exemplares
Periodicidade
Trimestral
Preço
Por boletim: 0,60€
Contactos
Rua Dr. Aníbal Bettencourt, 251
9700-240 Angra do Heroísmo
Tel.: 295 401 350 Fax: 295 214 852
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1. Autorrepresentação 2. Testemunhos 3. Atividades 4. Reabilitação
5. Saúde Mental 6. Hospitalidade 7. Estigma 8. Demência Alzheimer