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Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal 1 Socioeconomia & Ciência Animal Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 076, de 31 de julho de 2014 EDITORIAL Em que pese o crescimento e o potencial de desenvolvimento da indústria de pescados no Brasil, ainda há desafios significativos. Um deles é o gerenciamento dos resíduos do processamento. Com o texto “Será que do peixe tudo é aproveitado?”, a mestranda Débora Planello aborda a questão defendendo que o problema dos resíduos pode ser uma solução para aumentar a rentabilidade desta cadeia agroindustrial. No segundo artigo de divulgação desta 76ª edição do boletim Socioeconomia & Ciência Animal, nossas alunas analisam a evolução das despesas familiares no Brasil na primeira década do novo milênio. Habitação continua sendo a principal despesa dos brasileiros. O aumento no consumo de açúcares e gorduras acende o sinal amarelo para maiores riscos de saúde, decorrentes da obesidade. Estamos gastando mais com higiene e cuidados pessoais e menos com educação. Essas e outras conclusões são apresentadas no texto. Nosso monitoramento de publicações científicas levou à seleção de artigos da Acta Amazonica, Ciência Rural, Revista Árvore, Journal of Environmental Management, Environmental Research Letters etc. Na seção de teses e dissertações divulgamos os trabalhos “Impacto socioeconômico das políticas sanitárias sobre os estabelecimentos avícolas comerciais de postura da Regional Agropecuária de Limeira, Estado de São Paulo”, de Luciano Lagatta, e “Análise econômica das ações de combate à brucelose bovina no Brasil”, de Ana Júlia Silva e Alves, ambas defendidas na FMVZ/USP. Sugerimos o acesso a quatro novas publicações bastante interessantes: i) “La Producción de Ruminantes Menores em las Zonas Áridas de Latinoamerica”, elaborada pelo IFDA, Icarda e Embrapa Caprinos e Ovinos; ii) “Uso agrícola dos solos brasileiros”, da Embrapa Solos; iii) “Thorstein Veblen: O Teórico da Economia Moderna”, do autor Murilo Cruz; e iv) “Noções de Marketing para Médicos Veterinários”, pela Quiron Comunicação. Todas estão disponíveis para download. Sugerimos, ainda, visita ao website do International Water Management Institute (IWMI). A instituição objetiva fornecer soluções, baseadas em evidências, para a gestão sustentável da água e da terra para a segurança alimentar, das populações e do ambiente. Atualizamos as seções de livros, oportunidades de trabalho e eventos técnicos e científicos. Nossa pesquisa do Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC) identificou ligeira queda nos custos em julho, em quatro das cinco regiões acompanhadas, em função de redução nos preços de alguns itens de alimentação. No programa de extensão “Diálogos no LAE”, teremos três encontros no mês de agosto, com a novidade de que agora os diálogos também acontecerão em São Paulo, na sede da FMVZ/USP. Nos dias 12 (em Pirassununga) e 27 (em São Paulo), haverá a presença do Analista de Sistemas Diógenes Pissinati de Oliveira, que abordará o tema “Software de Gestão Veterinária EquinoVet®”. No dia 13 de agosto, em Pirassununga, teremos uma palestra internacional. O Professor George Stilwell, da Universidade de Lisboa, tratará o tema “Avaliação de dor e bem estar em ruminantes”. Participe! Lembramos que nossa página no Facebook continua sendo atualizada diariamente com diversas informações e notícias de interesse. Para acessá-la: www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP Boa leitura! Os editores

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Socioeconomia & Ciência Animal

Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 076, de 31 de julho de 2014

EDITORIAL Em que pese o crescimento e o potencial de desenvolvimento da indústria de pescados no Brasil, ainda há desafios significativos. Um deles é o gerenciamento dos resíduos do processamento. Com o texto “Será que do peixe tudo é aproveitado?”, a mestranda Débora Planello aborda a questão defendendo que o problema dos resíduos pode ser uma solução para aumentar a rentabilidade desta cadeia agroindustrial. No segundo artigo de divulgação desta 76ª edição do boletim Socioeconomia & Ciência Animal, nossas alunas analisam a evolução das despesas familiares no Brasil na primeira década do novo milênio. Habitação continua sendo a principal despesa dos brasileiros. O aumento no consumo de açúcares e gorduras acende o sinal amarelo para maiores riscos de saúde, decorrentes da obesidade. Estamos gastando mais com higiene e cuidados pessoais e menos com educação. Essas e outras conclusões são apresentadas no texto. Nosso monitoramento de publicações científicas levou à seleção de artigos da Acta Amazonica, Ciência Rural, Revista Árvore, Journal of Environmental Management, Environmental Research Letters etc. Na seção de teses e dissertações divulgamos os trabalhos “Impacto socioeconômico das políticas sanitárias sobre os estabelecimentos avícolas comerciais de postura da Regional Agropecuária de Limeira, Estado de São Paulo”, de Luciano Lagatta, e “Análise econômica das ações de combate à brucelose bovina no Brasil”, de Ana Júlia Silva e Alves, ambas defendidas na FMVZ/USP.

Sugerimos o acesso a quatro novas publicações bastante interessantes: i) “La Producción de Ruminantes Menores em las Zonas Áridas de Latinoamerica”, elaborada pelo IFDA, Icarda e Embrapa Caprinos e Ovinos; ii) “Uso agrícola dos solos brasileiros”, da Embrapa Solos; iii) “Thorstein Veblen: O Teórico da Economia Moderna”, do autor Murilo Cruz; e iv) “Noções de Marketing para Médicos Veterinários”, pela Quiron Comunicação. Todas estão disponíveis para download. Sugerimos, ainda, visita ao website do International Water Management Institute (IWMI). A instituição objetiva fornecer soluções, baseadas em evidências, para a gestão sustentável da água e da terra para a segurança alimentar, das populações e do ambiente. Atualizamos as seções de livros, oportunidades de trabalho e eventos técnicos e científicos. Nossa pesquisa do Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC) identificou ligeira queda nos custos em julho, em quatro das cinco regiões acompanhadas, em função de redução nos preços de alguns itens de alimentação. No programa de extensão “Diálogos no LAE”, teremos três encontros no mês de agosto, com a novidade de que agora os diálogos também acontecerão em São Paulo, na sede da FMVZ/USP. Nos dias 12 (em Pirassununga) e 27 (em São Paulo), haverá a presença do Analista de Sistemas Diógenes Pissinati de Oliveira, que abordará o tema “Software de Gestão Veterinária EquinoVet®”. No dia 13 de agosto, em Pirassununga, teremos uma palestra internacional. O Professor George Stilwell, da Universidade de Lisboa, tratará o tema “Avaliação de dor e bem estar em ruminantes”. Participe! Lembramos que nossa página no Facebook continua sendo atualizada diariamente com diversas informações e notícias de interesse. Para acessá-la: www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP Boa leitura! Os editores

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DIVULGAÇÃO I

SERÁ QUE DO PEIXE TUDO É APROVEITADO?

Débora Rosche Ferreira Planello1

A produção brasileira de pescado já ultrapassa 1,4 milhões de toneladas. Os investimentos em empreendimentos e pesquisa na área produtiva são altos e dispersos em todo o país, porém o foco tem sido para a aquicultura, que, por exemplo, cresceu 38% entre 2010 e 2011. Considerando o desenvolvimento da piscicultura continental, responsável por quase 87% da produção de pescado nacional, e as perspectivas podem ser ainda maiores para os próximos anos. É interessante notar que, para a produção brasileira de pescado, essas perspectivas são tão positivas que muito se tem investido em tanques, nutrição, genética, etc. Contudo, pouco se vê ou se fala em investimentos para processamento dos subprodutos do pescado. É sabido da existência de fábricas de óleo e farinha de peixe para a produção de ração animal. Mas, você já parou para pensar que, se o rendimento de uma processadora de pescado é de aproximadamente 50% do total produzido (que pode variar de acordo com a espécie, tipo de processamento etc.), o volume de resíduos gerados, apenas pela indústria do pescado no Brasil, gira em torno de 700 mil toneladas? Esse volume é quase o total de lixo produzido em um ano em uma cidade grande como Campinas (SP). Assim como as cadeias agroindustriais do frango, suíno e bovino aproveitam todos seus subprodutos, a máxima “do peixe tudo é aproveitado” pode ser uma realidade, afinal, realmente é possível se aproveitar tudo. Retira-se a carne em forma de filé ou posta, a pele pode ser submetida ao processo de curtimento transformando-a em couro. A carcaça segue para produção de ração animal; vísceras, cabeça, couro e carne descartada são usadas para a produção de óleo de peixe. Todos esses fins permitem agregar valor à produção.

1 Bacharel em Ciências dos Alimentos. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal,

Porém, ainda não é nítida a percepção do valor que esse resíduo tem para a indústria do pescado nacional. Alguns pesquisadores indicam que a sustentabilidade econômica dessa cadeia depende do destino correto dos resíduos para, assim, aumentar o rendimento do produtor que tem custos bastante elevados para se focar apenas na produção da carne de peixe. As possibilidades para os subprodutos do pescado – cabeça, pele, escama, vísceras, carcaça – como mencionadas anteriormente, são diversas e, diferentemente de outros resíduos, têm um apelo nutricional muito grande. Os coprodutos gerados a partir dos resíduos, em geral, podem ser destinados a alimentação humana ou à produção animal e vegetal, como fertilizante. A silagem, por exemplo, pode ser obtida na forma química, enzimática ou microbiológica e é um produto liquefeito utilizado como ingrediente para ração ou adubo. A compostagem dos resíduos de pescado gera um composto orgânico que pode ser utilizado na alimentação animal ou como fertilizante. Outros coprodutos que podem ser gerados são a farinha e o óleo de peixe, ricos em ômega-3, destinados para a produção de ração e, atualmente, são essas as indústrias que absorvem a maior parte do volume do resíduo de pescado. Mas será que esses usos são os que dão maior rentabilidade para o produtor? Quando se fala do uso dos resíduos para alimentação humana, pode-se falar do óleo de peixe, um produto de alto valor agregado, rico em ômega-3, encontrado na forma de cápsula. Mas não apenas o óleo é um exemplo de agregação de valor ao resíduo de pescado. O minced, ou polpa – parte comestível do pescado, separada mecanicamente é outra opção de utilização interessante. Essa carne mecanicamente separada (CMS) torna-se um ingrediente que é utilizado no desenvolvimento de novos produtos à base de peixe como empanados e hambúrgueres, com alto rendimento e reduzida quantidade de material descartado. Gelatina é uma outra opção de coproduto que pode ser gerado a partir de partes não comestíveis do pescado. Além de todas as possibilidades citadas acima, o biocombustível a partir das vísceras do pescado se mostrou também uma alternativa técnica e economicamente viável. Contudo, para funcionar, é preciso uma logística estruturada na região em que a máquina estiver instalada para a coleta do

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP). E-mail: [email protected].

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material a ser utilizado para a produção do biocombustível - pois também demanda certo controle de qualidade da matéria-prima que será processada. Para a pele de peixe – que representa entre 4,5% a 8,5% do peso – ao invés de descarta-la é possível transformá-la em couro por meio de curtimento. Esse tipo de atividade ainda é feito mais artesanalmente, em algumas comunidades próximas a colônias de pescadores, envolvendo a população local que usa a atividade como uma forma de melhoria da condição de vida, educação ambiental e como uma renda adicional. O couro do peixe pode ser trabalhado e transformado em roupas, sapatos, bolsas e bijuterias. O descarte correto dos resíduos do pescado é um tema de extrema importância. Portanto, para evitar a poluição do solo e lençóis freáticos é importante orientar, coletar adequadamente e oferecer uma alternativa aos pescadores e piscicultores. Ter uma estrutura para captar e transformar esse material e agregar valor à produção é muito bom para o meio ambiente e para as pessoas, pois gera-se renda e emprego. Todas essas alternativas apresentadas podem ser consideradas em um plano de negócio de uma nova empresa processadora de pescado ou, como uma inovação das indústrias já existentes. Com a destinação correta dos subprodutos do pescado é possível evitar uma poluição ambiental, aumentar a lucratividade do produtor e gerar novos postos de trabalho, tornando assim a pesca e a aquicultura mais competitivas e sustentáveis. Assim, respondendo à pergunta inicial: sim, do pescado tudo pode ser aproveitado. Só resta que as diferentes formas de processar o resíduo aqui apresentadas sejam implementadas pelos empresários e empreendedores do setor, tornando assim a atividade ainda mais rentável. Referências BRASIL. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim Estatístico de Pesca e Aquicultura 2011. Ferraz de Arruda, L.; Borghesi, R.; Oetterer, M. Aproveitamento de resíduos reduz desperdícios e

2 Trabalho desenvolvido pelas alunas de graduação do Curso de Medicina Veterinária (FMVZ/USP), Turma 78, para a disciplina de Sociologia e Extensão, 2014. 3 Graduandas do curso de Medicina Veterinária, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP). E-mail para contato: [email protected].

poluição ambiental. Visão Agrícola, Piracicaba, v.8, n.11, p.150-151, Jul-Dez 2012. Ferraz de Arruda, L. Aproveitamento do resíduo do beneficiamento da Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) para obtenção de silagem e óleo como subprodutos. Dissertação (Mestrado). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba, 2004. Ferraz de Arruda, L.; Galvão, J.A.; Borghesi, R.; Oetterer, M. Produtores e cientistas buscam novas práticas que protejam o meio ambiente. Visão Agrícola, Piracicaba, v.8, v.11, p.152-153, Jul-Dez 2012. Melo, G. O., et al. Biodiesel de óleo de peixe uma alternativa para regiões semi-áridas. Embrapa Algodão-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: Congresso Brasileiro de Mamona, 4.; Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, 1., 2010, João Pessoa. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2010. Oetterer, M. Tecnologias emergentes para o processamento do pescado. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz. Piracicaba– SP (2006). Vidotti, Rose Meire. Tecnologias para o aproveitamento integral de peixes. DIVULGAÇÃO II EVOLUÇÃO DAS DESPESAS FAMILIARES NO BRASIL NA PRIMEIRA DÉCADA DO MILÊNIO2

Caroline Topan3 Giovana Kalar3

Laiz Y. Shirayama3 Yuki Tanaka3

Thayla Sara Soares Stivari4

A economia brasileira sofreu grandes alterações desde sua estabilização até os dias de hoje. Atualmente, o Brasil é a sétima economia mundial com um Produto Interno Bruto (PIB) de, aproximadamente, 2,215 trilhões de dólares, de

4 Médica Veterinária. Monitora do Programa de Aperfeiçoamento do Ensino (PAE), disciplina de Sociologia e Extensão. Aluna de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Produção Animal. Pesquisadora do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE/FMVZ/USP). E-mail: [email protected].

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acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O resultado do crescimento econômico do país é obtido pelo PIB, que é a mensuração da atividade econômica do país por meio da soma de todos os bens e serviços produzidos em um determinado período. Um PIB elevado, como no caso do Brasil, significa que a economia está em fase de crescimento, e há maior renda per capita. Isso aumenta o consumo e, quanto maior o PIB por pessoa, tende a ser maior a qualidade de vida e o acesso aos serviços. Além disso, há influencia também na geração de empregos e, principalmente, no enriquecimento da população. Para analisar essa mudança proporcionada pelo aumento do PIB, e por consequência, o enriquecimento da população, a análise dos gastos no consumo da população pode ser um bom indicador da influência da evolução das despesas sobre o PIB. O Brasil foi palco de importantes mudanças nos hábitos de consumo nos últimos anos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal comportamento foi obtido por meio da análise dos dados adquiridos nas Pesquisas de Orçamento Familiares (POF) do IBGE, que analisam a composição dos gastos e do consumo das famílias. De acordo com o instituto, a Pesquisa de Orçamentos Familiares é uma ferramenta que permite estudar, analisar a evolução dos hábitos de consumo das famílias no cálculo das Contas Nacionais. Além disso, os dados da pesquisa são utilizados para a produção dos Índices de Preços ao Consumidor. No total existem quatro POFs realizados pelo IBGE, o de 1987-1988, que teve como base o Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF); o de 1995-1996; o de 2002/2003, que englobou novos aspectos como nutrição e condição de vida; e a quarta pesquisa referente aos anos de 2008/2009. Para o presente estudo, pretendeu-se analisar as duas últimas pesquisas realizadas nos períodos de 2002/03 e 2008/09. Materiais e métodos Os dados e informações utilizados nesta pesquisa foram obtidos através do banco de dados on-line do IBGE (IBGE, 2014). Analisou-se os conteúdos publicados referente as Pesquisas de Orçamentos Familiares dos anos 2002/03 e 2008/09 e o Indicador IBGE de volume e valores correntes do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, realizado até o ano de 2013 (IBGE, 2014). O desenho da amostra para a obtenção dos valores, utilizados nos POFs, fornece informações importantes de despesas, sejam elas totais ou com

itens específicos, analisados segundo características da pessoa de referência da família, reconhecidamente determinantes da qualidade de vida no Brasil. O termo “família”, nas pesquisas do ENDEF e das POFs, para efeito de divulgação de resultados, tem sido utilizado para representar o conceito Unidade de Consumo que compreende um único morador ou conjunto de moradores que compartilham da mesma fonte de alimentação ou compartilham as despesas com moradia. Para cada pessoa moradora do domicílio, foi pesquisada a informação relacionada ao grau de parentesco ou sua natureza de subordinação doméstica em relação a pessoa de referência da Unidade de Consumo. O desenvolvimento da POF 2002/03, segundo o IBGE, compreendeu o período entre julho de 2002 e junho de 2003, totalizando 48.470 domicílios entrevistados. A POF de 2008/09 teve início no dia 19 de maio de 2008 e término no dia 18 de maio de 2009 e entrevistou um total de 55.970 domicílios. Em ambas as POFs, fora realizado um método para o tratamento do efeito inflacionário, o qual possibilitou ajustar os valores monetários e não monetários correntes de despesas com bens, serviços e rendimentos, pesquisados nas Unidades de Consumo, valorando-os a preços de uma data referencial preestabelecida. Os valores obtidos das despesas monetárias (pagamento, realizado à vista ou a prazo, em dinheiro, cheque ou com utilização de cartão de crédito) e não monetárias (correspondem a tudo que é produzido, pescado, caçado, coletado ou recebido em bens e que não tenha passado pelo mercado) médias mensais familiares de habitação, alimentação, transporte, recreação e cultura, educação e higiene e cuidados pessoais, tanto dos anos de 2002/03 e 2008/09, correspondem a dados coletados por meio da análise das pesquisas e dos métodos utilizados para o surgimento das POFs. Resultado e discussão O maior percentual de despesa mensal, em escala nacional, em ambos os períodos de análise, foi direcionado para a habitação, seguido pela alimentação e transporte. A contribuição da alimentação e transporte nos anos de 2002/03 e 2008/09, não diferiram significativamente entre si, correspondendo para a alimentação 17% e 16%, respectivamente, e para o transporte 15% e 16%, respectivamente. Tal fato pode ser atribuído em decorrência do novo modo de vida urbana e em virtude das novas demandas geradas

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principalmente pelo mercado de trabalho, onde o brasileiro tem se alimentado cada vez mais de produtos de preparo rápido e industrializados (GARCIA, 2003).

Fonte: adaptado do IBGE (2014). A diminuição da desigualdade social impulsionada, dentre outras coisas, pelos programas governamentais de distribuição de renda, fez com que as classes mais carentes tivessem acesso a mais fontes de alimentos. O consumo diário de carne já faz parte da cultura alimentar do brasileiro e conforme a renda da população mais carente aumenta, aumenta também o consumo de alimentos com maior valor agregado; e entre eles está a carne e os derivados de leite. Em estudo realizado por Levy et al. (2012), os autores demonstraram que houve durante esses anos um aumento significativo no consumo de açúcares livres e gorduras, sendo que a proporção de gordura saturada foi maior no meio urbano decorrente, principalmente, do consumo de produtos de origem animal. Ou seja, o acesso a alimentos ricos em açúcares e gorduras aumentou; contudo, o mesmo aumento não foi observado para o consumo de frutas, legumes e verduras. O acesso a tipos mais variados de alimentos não garante uma nutrição adequada. O aspecto nutricional do indivíduo é de grande importância para o estado, pois à medida que a condição de vida da população melhora e uma política pública de alimentação saudável não é realizada, um novo problema de saúde pública pode surgir, como a obesidade por exemplo. Segundo o POF de 2008/09, as maiores médias de consumo diário de alimentos per capita ocorreram para o feijão, arroz, carne bovina, sucos, refrigerantes e café. Já para produtos consumidos fora do domicilio em relação ao consumo total, foi maior que 50% para a cerveja, salgados (fritos e assados) e salgadinhos industrializados.

O investimento em higiene e cuidados pessoais nos anos de 2002/03 foram de 1,8% do total de despesas e 2% para o período de 2008/09. Com a melhora da condição de vida e consequentemente de seu bem-estar, a população passar a consumir artigos de beleza como perfumes, maquiagens, cremes, produtos para limpeza de pele e entre outros. E, além disso, há o aumento da compra de artigos de higiene básica como sabonete, shampoo, alicate cortador de unha, etc. Segundo Silveira Neto & Menezes (2010), o aumento dos gastos com higiene e cuidados pessoais pode ter ocorrido também, ou pelo menos em parte, devido ao barateamento destes produtos em virtude da abertura comercial brasileira e ao mesmo tempo, a estabilização de seus preços relativos. Segundo a ABIHPEC (2014) – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos –, o Brasil tem crescido cada vez mais nesse segmento. E como alguns fatores deste crescimento, eles destacam:

� O acesso das classes D e E aos produtos do setor, devido ao aumento de renda;

� Aos novos integrantes da classe C que passaram a consumir produtos com maior valor agregado;

� A crescente participação da mulher do mercado de trabalho;

� A utilização de tecnologia bem como o aumento da produtividade, que possibilita que os produtos do setor sejam comercializados com um custo mais acessível, pois o setor em questão sobre aumentos menores do que os índices de preços da economia geral;

� Constantes lançamentos de produtos que atendam às exigências de mercado;

� O aumento da expectativa de vida, que traz a necessidade de preservar a juventude.

Em relação a proporção despendida mensalmente pelas famílias em educação, em escala nacional, observou-se uma diminuição em relação aos períodos de 2002/03 para 2008/09, 3,3% para 2,5% respectivamente, quase 1 ponto percentual. Quando se comparam esses resultados com outras fontes relacionadas à educação nacional, observa-se certa incongruência. Segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), os números dos anos de 2005, 2007 e 2009 apresentam um aumento na nota observada, superando até mesmo os dados esperados para os anos correspondentes. Além disso, dados mais detalhados da Pesquisa de

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Orçamentos Familiares de 2008/09 mostraram que houve uma redução significativa na variância de investimentos em educação entre famílias com representantes com mais anos de estudo e de menos anos de estudo.

Fonte: adaptado de IDEB (2014).

Uma explicação para essa disparidade de resultados pode ser devido à desigualdade social prevalecente na população brasileira, que leva a educação à classificação de um direito constitucional não respeitado integralmente. Análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2010a), mostram que a média de anos de estudo das diferentes regiões brasileiras apresentam uma variação significante, sendo exemplos o Nordeste, que apresenta média de 6,3 anos de estudo e o Sudeste com 8,2 anos. Outro dado da mesma fonte é a diferença entre as zonas rural e urbana, sendo que a última apresenta cerca de 3,9 anos a mais. Além disso, negros apresentam aproximadamente 1,7 anos de estudo a menos que os brancos. Apesar da redução nos valores de variação de despesas familiares entre famílias com menor e maior poder aquisitivo com esse tipo de despesa, a mesma não foi suficiente para aniquilar a redução vista entre os anos de 2002 a 2009. O investimento em recreação e cultura nos anos de 2002/03 e 2008/09 sofreram redução na porcentagem de contribuição. Esse resultado foi inesperado e, uma das explicações possíveis para este dado foi a crise financeira mundial de 2008, que teve seu início em 2007 nos Estados Unidos e se alastrou globalmente devido à falência de bancos que estavam envolvidos no mercado hipotecário. Apesar desta crise não ter envolvido o Brasil diretamente, pode ter afetado o mesmo indiretamente, reduzindo o investimento brasileiro em viagens ou outro tipo de recreação pelo receio

da crise atingir o Brasil, levando a população a poupar capital (Moller & Vital, 2010). Em relação à habitação, o maior contribuinte no comprometimento da receita familiar, observa-se que tal comportamento pode ser um obstáculo significativo para as famílias mais pobres em adquirir uma habitação formal e segura. Assim como no item educação, a análise nacional de forma generalizada leva a crer que as famílias brasileiras não sofreram grandes mudanças orçamentárias neste quesito, porém, pesquisas mais detalhadas realizadas pelo IPEA (2010b) mostram que houve um aumento de cerca de 4% na proporção de famílias que pagam aluguel, sendo que o quarto mais pobre dos pagantes teve sua renda mensal comprometida em 15% a 20% e os pagantes do décimo mais rico tiveram comprometimento de apenas 5% a 7%. Essa discrepância pode ser devida à menor segurança locatícia, contudo, independente dos motivos dessa heterogeneidade, esse dado mostra-se preocupante quando o mesmo leva ao incentivo da ocupação de terras informais e inseguras. Portanto, é preciso refletir sobre os dados minuciosos, não generalizando este item para toda a população. Considerações A economia brasileira sofreu grandes alterações desde sua estabilização até os dias de hoje e a análise dos gastos no consumo da população pode ser um bom indicador da influência da evolução das despesas sobre o PIB. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares o maior percentual de investimento mensal, em escala nacional, entre os anos de 2002 a 2009 foi direcionado para a habitação, seguido pela alimentação e transporte. As famílias com os anos passaram a investir mais em higiene e cuidados pessoais e transporte, deixando de investir em educação e alimentação.

Referências Bibliográficas IBGE. Contas Nacionais Trimestrais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm> Acesso em: 17 maio 2014. IBGE. Perfil das despesas no Brasil indicadores selecionados 2002-2003. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:

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<ftp://ftp.ibge.gov.br/Orcamentos_Familiares/Pesquisa_de_Orcamentos_Familiares_2002_2003/Perfil_das_despesas_no_Brasil_indicadores_selecionados/ > Acesso em: 17 maio 2014. IBGE. Perfil das despesas no Brasil indicadores selecionados 2008-2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < ftp://ftp.ibge.gov.br/Orcamentos_Familiares/Pesquisa_de_Orcamentos_Familiares_2008_2009/Perfil_das_Despesas_no_Brasil/ > Acesso em: 17 maio 2014. O Brasil em Quatro Décadas. São Paulo: Ed. IPEA, 2010. ISSN 1415-4765. http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1663/1/TD_1500.pdf Comunicados IPEA, Nº 66. PNAD 2009 - Primeiras análises: Situação da educação brasileira - avanços e problemas.18 de novembro de 2010a. Comunicados IPEA,Nº 69.Evolução das despesas com habitação e transporte público nas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF): análise preliminar - 2002-2009.1º de dezembro de 2010b. MOLLER, H.D; VITAL,T. Os impactos da crise financeira global 2008/2009 e da crise na área de euro desde 2010 sobre a balança comercial brasileira. Revista de administração, contabilidade e economia da FUNDACE. Ribeirão Preto, 2013. ABIHPEC. Panorama do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Disponível em: http://www.abihpec.org.br/wp-content/uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf Acesso em: 21 maio 2014. NETO, R. M. S; MENEZES, T.A. Nível e Evolução da Desigualdade dos Gastos Familiares no Brasil: uma Análise para as Regiões Metropolitanas no Período 1996 a 2003. Est. Econ., São Paulo, v.40, n.2, p.341-372, 2010.

ARTIGOS PUBLICADOS

MORTALIDADE DE TUCUNARÉ ASSOCIADA À PESCA ESPORTIVA DO PESQUE E SOLTE NO RIO NEGRO,

AMAZONAS, BRASIL A pesca esportiva de tucunarés Cichla spp., na Amazônia brasileira, aumentou em popularidade nos últimos anos e tem atraído pescadores esportivos que geram benefícios econômicos para essa região. Entretanto, a sustentabilidade dessa pescaria depende em parte da sobrevivência dos peixes capturados por meio da prática do pesque e solte. O objetivo deste trabalho foi avaliar a mortalidade de Cichla spp., incluindo o tucunaré paca (C. temensis Humbolt), o borboleta (C. orinocensis Humbolt) e o popoca (C. monoculus Agassiz) em dois locais na bacia do rio Negro, o maior tributário do rio Amazonas. Os peixes foram capturados por variados tipos de iscas artificiais e posteriormente monitorados em viveiros construídos no próprio rio por 72 horas. Um total de 162 tucunarés foi capturado, e as mortalidades (% ± intervalo de confiança 95%) foram calculadas. A mortalidade foi 3,5% (± 5,0), 2,3% (± 3,2) e 5,2% (±10,2) para o paca, o borboleta e o popoca, respectivamente. O comprimento padrão dos peixes capturados variou de 26 a 79 cm, mas apenas os peixes menores até 42 cm morreram. A pesquisa sugere que a pesca esportiva não causou substancial mortalidade na população de Cichla spp. na bacia do rio Negro. Thome-souza, M.J.F.; Maceina, M.J.; Forsberg, B.R.; Marshall, B.G. Mortalidade de tucunaré associada à pesca esportiva do pesque e solte no rio Negro, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, v.44, n.4, p.527-532, 2014. http://www.scielo.br/pdf/aa/v44n4/13.pdf

OS IMPACTOS DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA NA BOVINOCULTURA LEITEIRA: UM ESTUDO DOS

INTEGRANTES DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DO LEITE EM UM MUNICÍPIO DE MINAS GERAIS O objetivo deste artigo foi analisar a inserção de tecnologia na cadeia agroindustrial do leite no

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município de Patos de Minas, no Estado de Minas Gerais. Foi realizado um estudo descritivo, de natureza quantitativa, com três segmentos pertencentes à cadeia agroindustrial de leite do município, constituídos por trinta produtores rurais, duas associações de produtores e duas indústrias processadoras de leite, totalizando 34 questionários aplicados aos três segmentos identificados. Os resultados demonstraram que, no período investigado, o setor de bovinocultura leiteira no município passou por profundas mudanças estruturais no que tange a difusão tecnológica, a inovação e a logística, ocasionando, dentre outros, a diminuição do número de empresas rurais, melhoria da infraestrutura e aumento de certificações ambientais. Portanto, pode-se observar que o ambiente mudou e que a incorporação de inovações tecnológicas por parte dos segmentos pesquisados, bem como a modernização de infraestrutura focaram melhoria na produção e processamento do leite. Martins, H.C.; Muylder, C.F.; Lopes, C.A.; Falce, J. Os impactos da difusão tecnológica na bovinocultura leiteira: um estudo dos integrantes da cadeia agroindustrial do leite em um município de Minas Gerais. Ciência Rural, v.44, n.6, p.1141-1146, 2014. http://www.scielo.br/pdf/cr/v44n6/a16514cr2013-1164.pdf

MANEJO AGRÍCOLA NO REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DE UNA: AGROFLORESTAS COMO UMA PERSPECTIVA DE CONSERVAÇÃO

Este estudo investiga os tipos de manejo e o perfil socioeconômico relacionado a estes, nas propriedades rurais do Refúgio de Vida Silvestre de Una. Tem-se como pressuposto de que as agroflorestas sucessionais são as mais favoráveis para conservação do bioma Mata Atlântica, inclusive na escala de paisagem. Portanto, objetiva-se conhecer os aspectos socioeconômicos associados à adoção de um tipo de manejo e sua inserção na paisagem. Para tanto, foram realizadas entrevistas em 73 propriedades, entre janeiro e maio de 2011. Os dados sobre os agrossistemas foram classificados em tipos de manejo: convencional, tradicional, orgânico e agroflorestal. Os resultados apontaram a predominância do tipo de manejo tradicional entre as propriedades. O perfil socioeconômico encontrado é compatível com as características do tipo de manejo predominante, o tradicional.

Observaram-se no manejo tradicional: maior contribuição da mão de obra familiar e menor ocorrência de fonte de renda proveniente de trabalho rural para terceiros. A capacitação para atividade agrícola foi a única característica socioeconômica que apresentou maior importância para o manejo agroflorestal. Na paisagem, os resultados apontaram para a necessidade de adequação das práticas utilizadas nos agroecossistemas tradicionais aos objetivos da conservação do bioma, pois 39% das propriedades estão a uma distância de 350 m dos fragmentos, considerada máxima para que ocorra a conectividade estrutural, e possuem esse tipo de manejo. Sollberg, I.; Schiavetti, A.; Moraes, M.E.B. Manejo agrícola no refúgio de vida silvestre de una: agroflorestas como uma perspectiva de conservação. Revista Árvore, v.38, n.2,p 241-250, 2014. http://www.scielo.br/pdf/rarv/v38n2/04.pdf

BUILDING A COMMUNITY OF PRACTICE FOR SUSTAINABILITY: STRENGTHENING LEARNING AND COLLECTIVE ACTION OF

CANADIAN BIOSPHERE RESERVES THROUGH A NATIONAL PARTNERSHIP Deliberation, dialogue and systematic learning are now considered attributes of good practice for organizations seeking to advance sustainability. Yet we do not know whether organizations that span spatial scales and governance responsibilities can establish effective communities of practice to facilitate learning and action. The purpose of this paper is to generate a framework that specifies actions and processes of a community of practice designed to instill collective learning and action strategies across a multi-level, multi-partner network. The framework is then used to describe and analyze a partnership among practitioners of Canada's 16 UNESCO biosphere reserves, and additional researchers and government representatives from across Canada. The framework is a cycle of seven action steps, beginning and ending with reflecting on and evaluating present practice. It is supported by seven characteristics of collaborative environmental management that are used to gauge the success of the partnership. Our results show that the partnership successfully built trust, established shared norms and common interest, created incentives to participate, generated value

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in information sharing and willingness to engage, demonstrated effective flow of information, and provided leadership and facilitation. Key to success was the presence of a multi-lingual facilitator who could bridge cultural differences across regions and academia-practitioner expectations. The project succeeded in establishing common goals, setting mutual expectations and building relations of trust and respect, and co-creating knowledge. It is too soon to determine whether changes in practices that support sustainability will be maintained over the long term and without the help of an outside facilitator. Reed, M.G.; Godmaire, H.; Abernethy, P.; Guertin, M.A. Building a community of practice for sustainability: Strengthening learning and collective action of Canadian biosphere reserves through a national partnership. Journal of Environmental Management, v.145, 1, p.230-239, 2014. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479714003314 TRADEOFF FRONTIER FOR GLOBAL NITROGEN USE AND CEREAL PRODUCTION Nitrogen fertilizer use across the world's croplands enables high-yielding agricultural production, but does so at considerable environmental cost. Imbalances between nitrogen applied and nitrogen used by crops contributes to excess nitrogen in the environment, with negative consequences for water quality, air quality, and climate change. Here we utilize crop input-yield models to investigate how to minimize nitrogen application while achieving crop production targets. We construct a tradeoff frontier that estimates the minimum nitrogen fertilizer needed to produce a range of maize, wheat, and rice production levels. Additionally, we explore potential environmental consequences by calculating excess nitrogen along the frontier using a soil surface nitrogen balance model. We find considerable opportunity to achieve greater production and decrease both nitrogen application and post-harvest excess nitrogen. Our results suggest that current (circa 2000) levels of cereal production could be achieved with ~50% less nitrogen application and ~60% less excess nitrogen. If current global nitrogen application were held constant but spatially redistributed, production could increase ~30%. If current excess nitrogen were held constant, production could increase ~40%. Efficient spatial patterns of nitrogen use on the frontier involve substantial reductions in many high-use areas and

moderate increases in many low-use areas. Such changes may be difficult to achieve in practice due to infrastructure, economic, or political constraints. Increases in agronomic efficiency would expand the frontier to allow greater production and environmental gains. Mueller, N.D.; West, P.C.; Gerber, J.S.; MacDonald, G.K.; Polasky, S.; Fole, J.A. A tradeoff frontier for global nitrogen use and cereal production. Environmental Research Letters, v.9, n.5, 2014. http://iopscience.iop.org/1748-9326/9/5/054002/pdf/1748-9326_9_5_054002.pdf ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS MEDICINAIS EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO MUNICÍPIO DE MANACAPURU, AMAZONAS, BRASIL A utilização de plantas medicinais é uma prática comum entre as populações humanas. O presente trabalho teve por objetivo efetuar levantamento etnobotânico sobre o conhecimento e uso das plantas medicinais em quatro comunidades ribeirinhas do Município de Manacapuru. Foram coletadas informações de 164 moradores locais, selecionados aleatoriamente, por meio de entrevistas semi-estruturadas, observações participantes e visitas guiadas. Os problemas de saúde citados foram classificados de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e índices de concordância foram utilizados para identificar os principais usos de cada espécie. Identificaram-se 171 plantas medicinais, pertencentes a 65 famílias. Lamiaceae (14 espécies), Asteraceae (9 espécies), Fabaceae e Euphorbiaceae (8 espécies) foram as famílias mais comuns. As espécies mais citadas foram Mentha arvensis (hortelã), Ruta graveolens (arruda) e Citrus sinensis (laranja). As folhas foram as partes da planta mais utilizadas e a decocção da folha o procedimento mais comum usado para preparar medicamentos. Os problemas mais comuns citados foram doenças do aparelho digestivo, doenças do aparelho respiratório e problemas com sintomas não classificados. Plantas com índices de concordância maior que 25% foram Plectranthus amboinicus, Chenopodium ambrosioides, Citrus aurantiifolia, Acmella oleracea, Plectranthus barbatus, Mentha arvensis, Citrus sinensis, Lippia origanoides, Lippia alba, Cymbopogon citratus e Ruta graveolens. Estes resultados confirmam que as populações que vivem em Manacapuru ainda

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utilizam plantas medicinais como uma das formas de tratar suas doenças mais frequentes. Vasquez, S.P.F.; Mendonca, M.S.; Noda, S.N. Etnobotânica de plantas medicinais em comunidades ribeirinhas do Município de Manacapuru, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, v.44, n.4, p.457-472, 2014. http://www.scielo.br/pdf/aa/v44n4/07.pdf ECOSYSTEM SERVICES IN URBAN WATER INVESTMENT Increasingly, water agencies and utilities have an obligation to consider the broad environmental impacts associated with investments. To aid in understanding water cycle interdependencies when making urban water supply investment decisions, an ecosystem services typology was augmented with the concept of integrated water resources management. This framework is applied to stormwater harvesting in a case study catchment in Adelaide, South Australia. Results show that this methodological framework can effectively facilitate systematic consideration and quantitative assessment of broad environmental impacts of water supply investments. Five ecosystem service impacts were quantified including provision of 1) urban recreational amenity, 2) regulation of coastal water quality, 3) salinity, 4) greenhouse gas emissions, and 5) support of estuarine habitats. This study shows that ignoring broad environmental impacts can underestimate ecosystem service benefits of water supply investments by a value of up to A$1.36/kL, or three times the cost of operating and maintenance of stormwater harvesting. Rigorous assessment of the public welfare impacts of water infrastructure investments is required to guide long-term optimal water supply investment decisions. Numerous challenges remain in the quantification of broad environmental impacts of a water supply investment including a lack of peer-reviewed studies of environmental impacts, aggregation of incommensurable impacts, potential for double-counting errors, uncertainties in available impact estimates, and how to determine the most suitable quantification technique. Kandulua, J.M; Connora, J.D.; MacDonald, D.H. Ecosystem services in urban water investment. Journal of Environmental Management, v.145, 1, p. 43-53, 2014. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479714002667

A TALE OF TRADE-OFFS: THE IMPACT OF MACROECONOMIC FACTORS ON ENVIRONMENTAL CONCERN We test whether macroeconomic conditions affect individuals' willingness to pay for environmental quality improvements. Improvements in environmental quality, like everything, come at a cost. Individuals facing difficult economic times may be less willing to make trade-offs required for improvements in environmental quality. Using somewhat different methodologies and shorter time frames, prior investigations have generally found a direct relationship between willingness to pay for environmental improvements and macroeconomic conditions. We use a nearly 40-year span (27 periods) of the General Social Survey (1974–2012) to estimate attitudes toward environmental spending while controlling for U.S. macroeconomic conditions and respondent-specific factors such as age, gender, marital status, number of children, residential location, educational attainment, personal financial condition, political party affiliation and ideology. Macroeconomic conditions include one-year lagged controls for the unemployment rate, the rate of economic growth (percentage change in real GDP), and an indicator for whether the U.S. economy was experiencing a recession. We find that, in general, when economic conditions are unfavorable (i.e., during a recession, or with higher unemployment, or lower GDP growth), respondents are more likely to believe the U.S. is spending too much on “improving and protecting the environment”. Interacting lagged macroeconomic controls with respondent's income, we find that these views are at least partially offset by the respondent's own economic condition (i.e., their own real income). Our findings are consistent with the notion that environmental quality is a normal, or procyclical good, i.e., that environmental spending should rise when the economy is expanding and fall during economic contractions. Conroy, S.J.; Emerso, T.L.N. A tale of trade-offs: The impact of macroeconomic factors on environmental concern. Journal of Environmental Management, v.145, 1, p. 88-93, 2014. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479714002898

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INTEGRATED WATER RESOURCES MANAGEMENT AND WATER USERS' ASSOCIATIONS IN THE ARID REGION OF NORTHWEST CHINA: A CASE STUDY OF FARMERS' PERCEPTIONS Water scarcity is a critical policy issue in the arid regions of northwest China. The local government has widely adopted integrated water resources management (IWRM), but lacks support from farmers and farm communities. We undertook a case study in the Minqin oasis of northwest China to examine farmers' responses to IWRM and understand why farmer water users' associations (WUAs) are not functioning effectively at the community level. Results of quantitative and qualitative surveys of 392 farmers in 27 administrative villages showed that over 70% of farmers disapprove of the IWRM market-based reforms. In particular, the failure of farmer WUAs can be attributed to overlapping organizational structures between the WUAs and the villagers' committees; mismatches between the organizational scale of the WUAs and practical irrigation management by the farmers themselves; marginalization of rural women in water decision-making processes; and the inflexibility of IWRM implementation. An important policy implication from this study is that rebuilding farmer WUAs is key to overcoming the difficulties of IWRM. The current water governance structure, which is dominated by administrative systems, must be thoroughly reviewed to break the vicious cycle of tension and distrust between farmers and the government. Xiao-Jun Hu, You-Cai Xiong, Yong-Jin Li, Jian-Xin Wang, Feng-Min Li, Hai-Yang Wang, Lan-Lan Li. Integrated water resources management and water users' associations in the arid region of northwest China: A case study of farmers' perceptions. Journal of Environmental Management, v.145, 1, p.162-169, 2014. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301479714003193

TESES E DISSERTAÇÕES

5 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal (FMVZ/USP), orientada pelo Prof. Dr. Augusto Hauber Gameiro.

IMPACTO SOCIOECONÔMICO DAS POLÍTICAS SANITÁRIAS SOBRE OS ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS COMERCIAIS DE POSTURA DA REGIONAL AGROPECUÁRIA DE LIMEIRA, ESTADO DE SÃO PAULO5

Luciano Lagatta

É reconhecida a importância da avicultura para o agronegócio e para o desenvolvimento do Brasil. Mas o País tem enfrentado grande concorrência internacional, que se traduz em barreiras sanitárias e exigências cada vez maiores de controle de seu rebanho por parte dos importadores. Neste sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou uma série de atos legais para viabilizar a organização dos programas de saúde animal, entre eles as Instruções Normativas n° 56/2007, n° 59/2009, n°36/2012 e n°10/2013, para estabelecer os procedimentos para registro e fiscalização de estabelecimentos avícolas comerciais e de reprodução, voltados à biosseguridade do sistema avícola. Como todos os setores produtivos, a avicultura é fortemente influenciada pela sua estrutura de custos, de modo que há um certo sentimento de que a adequação às medidas de biosseguridade, preconizadas pelas normativas, pode impactar a atividade de produção de ovos comerciais de modo a levar, eventualmente, alguns avicultores ao abandono da mesma. O objetivo deste trabalho foi analisar o impacto socioeconômico das políticas sanitárias para estabelecimentos avícolas comerciais de postura da regional agropecuária de Limeira, Estado de São Paulo, analisando o perfil socioeconômico da propriedade e do produtor e, estimando o custo de produção e seu impacto em atendimento às medidas de biosseguridade preconizadas pelas normativas. Para a análise do perfil das propriedades foram utilizados os dados dos 28 estabelecimentos avícolas, levantados por meio de documentação para registro. Para a análise do perfil do produtor e para estimar os custos de produção foram considerados dez estabelecimentos, voluntários à pesquisa, visitados entre os meses de junho e julho de 2013. O resultado do estudo sugere que as adequações à biosseguridade podem ser factíveis de serem realizadas economicamente, sendo o custo relativamente pequeno frente aos possíveis riscos de enfermidades, representando entre 1,61% e 2,09% do custo total de produção. No entanto, as

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sucessivas alterações nas legislações podem fazer com que o programa de sanidade avícola perca a credibilidade diante da sociedade e dos produtores que demonstram resistência às mudanças nos paradigmas zoosanitários. ANÁLISE ECONÔMICA DAS AÇÕES DE COMBATE À BRUCELOSE BOVINA NO BRASIL6

Ana Júlia Silva e Alves

Economia como uma ciência de escolha tem sido cada vez mais utilizada na área de Saúde Animal e pode ser útil, como na quantificação dos efeitos financeiros de uma doença, otimização de decisões a serem tomadas quando a doença afeta rebanhos e na determinação dos custos e os benefícios quando o seu controle está sendo cada vez mais abordadas. No Brasil, a brucelose bovina é uma das doenças que causam prejuízos econômicos, além de ser uma zoonose. Para controlar a doença este país criou um Programa Nacional de Controle e Erradicação para brucelose e tuberculose bovina. A partir de dados coletados do último inquérito soro epidemiológico e de dados obtidos por fontes oficiais, o presente trabalho realizou uma análise econômica em dois Estados brasileiros com grande importância na agropecuária do país: São Paulo e Mato Grosso. A A análise econômica foi realizada a partir do benefício custo do controle da brucelose bovina através da vacinação de fêmeas entre 3 a 8 meses como medida compulsória adotada pelo programa. As análises confirmam que o controle da doença através da vacinação tem um retorno econômico importante, nos dois Estados. No Mato Grosso, esse impacto é financeiramente maior, pois a prevalência da doença é alta, quando comparado com o Estado de São Paulo. SUGESTÃO DE PUBLICAÇÃO I

6 Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses (FMVZ/USP), orientada pelo Prof. Dr. Ricardo Augusto Dias.

La Producción de Ruminantes Menores em las Zonas Áridas de Latinoamerica

International Found for Agricultural Development – IFDA International Center for Agricultural Research in the

Dry Areas – ICARDA Embrapa Caprinos e Ovinos

Luis Iñiguez Rojas

Los productores ganaderos de escasos recursos en las zonas áridas de América Latina y de los países en desarrollo del mundo, confrontan desafíos comunes en sus esfuerzos por mantener sus rebaños y hatos, responder con prontitud a las condiciones impuestas por los cambios – con frecuencia súbitos – de un mercado dinámico, y sostener sus medios de vida frente a las nuevas amenazas emergentes del cambio climático. En estos ambientes, los rumiantes menores (cabras y ovinos), incluyendo los camélidos sudamericanos (llamas y alpacas), mejor adaptados que la mayoría de otras especies ganaderas a las condiciones limitantes de escasez de agua, son de vital importancia para la subsistencia de la agricultura campesina. En toda Latinoamérica, la demanda de productos de rumiantes menores observa una rápida y continua expansión, sin embargo los pequeños productores de escasos recursos no llegan a beneficiarse de esta oportunidad. Para que esto ocurra a través del cambio tecnológico, deben de producirse modificaciones profundas en el contexto de la producción, en las políticas públicas que promueva y apoyen la producción, así como en los ambientes del desarrollo y de la investigación. Se espera que en esos escenarios de cambio se encuentre la solución a la mejora de los medios de vida de los productores y a la mitigación de la pobreza. http://www.cnpc.embrapa.br/downloads/livro-ruminantes.pdf SUGESTÃO DE PUBLICAÇÃO II Uso agrícola dos solos brasileiros

Manzatto, Freitas Junior & Peres

Embrapa Solos

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Publicado pela Embrapa Solos, com edição dos pesquisadores Celso Vainer Manzatto, Elias de Freitas Junior e José Roberto Rodrigues Peres, o livro realta a evolução da agropecuária brasileira ao longo das últimas três décadas, com foco principal no uso das terras. São relatos de vários pesquisadores das áreas de ciência do solo, da sociologia e da economia, fundamentais para o entendimento de como e onde as terras foram ocupadas e os resultados dessa ocupação, do ponto de vista econômico, social e ambiental. Retrata claramente o desperdício dos recursos naturais ocorridos pelo mau uso das terras, levando a repensar esta ocupação como forma de se evitar os erros do passado. O que os autores pretendem com o documento não é mudar a história, mas chamar a atenção para o papel fundamental dos solos e de seu uso adequado para a sustentabilidade da agropecuária que constitui hoje a base deste formidável complexo agroindustrial gerador de divisas, com o qual pode conta o Brasil de hoje. Acesse o conteúdo em: http://www.cnps.embrapa.br/publicacoes/pdfs/uso_agricola_solos_brasileiros.pdf

SUGESTÃO DE PUBLICAÇÃO III Thorstein Veblen: O Teórico da Economia Moderna

Murilo Cruz

Nos últimos 14 anos o autor esteve envolvido quase que integralmente com o ensino, a pesquisa, e a redação deste livro; que versa sobre a obra completa (especialmente o núcleo dos principais livros e artigos) do maior teórico social das Américas e um dos maiores economistas e sociólogos de todos os tempos: Thorstein Veblen (1857-1929). Este é o primeiro livro em língua portuguesa sobre a obra (completa) de Veblen. O livro está disponível para download em: https://sites.google.com/site/murillocruzfilho/home/thorstein-veblen---o-teorico-da-economia-moderna

SUGESTÃO DE PUBLICAÇÃO IV

E-book de Marketing para Médicos Veterinários Conceitos fundamentais do Marketing:

Aprenda a ver o Marketing como uma ferramenta transformar a sua empresa em uma estrutura capaz de identificar e atender as necessidades dos consumidores.

Planejamento Estratégico:

Identifique as oportunidades do mercado veterinário, um cenário em constante mutação. Saiba como planejar e atingir os objetivos que vão direcionar a sua empresa.

Mix de Marketing:

Também conhecido como os 5 P’s, um mix de marketing bem estabelecido traduz corretamente para os consumidores todas as propostas definidas no planejamento, e mais importante que isso – produz a resposta desejada no público-alvo.

Disponível para download em: http://www.quironcomunicacao.com.br/marketing-para-veterinarios

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SUGESTÃO DE WEBSITE The International Water Management Institute (IWMI) is a non-profit, scientific research organization focusing on the sustainable use of water and land resources in developing countries. It is headquartered in Colombo, Sri Lanka, with regional offices across Asia and Africa. IWMI works in partnership with governments, civil society and the private sector to develop scalable agricultural water management solutions that have a real impact on poverty reduction, food security and ecosystem health. IWMI is a member of CGIAR, a global research partnership for a food secure future. IWMI’s Mission is to provide evidence-based solutions to sustainably manage water and land resources for food security, people’s livelihoods and the environment. IWMI’s Vision, as reflected in the Strategy 2014-2018, is ‘a water-secure world’. IWMI targets water and land management challenges faced by poor communities in the developing countries, and through this contributes towards the achievement of the United Nations Millennium Development Goals (MDGs) of reducing poverty and hunger, and maintaining a sustainable environment. These are also the goals of CGIAR. IWMI works through collaborative research with many partners in the North and South, and targets policymakers, development agencies, individual farmers and private sector organizations. Visit at: http://www.iwmi.cgiar.org/

LIVROS

Animal Manure Recycling Sommer, Christensen, Schmidt & Jensen Wiley Aquaculture-based Fisheries Lorezen Wiley-Blackwell The Dairy Goat Handbook: For Backyard, Homestead, and Small Farm Starbard Voyageur Press Produção de Ovinos no Brasil Selaive‑Villarroel & Osório ROCA Small Animal Critical Care Medicine, 2e Silverstein & Hopper Saunders Pharma-Nutrition: An Overview Folkerts & Garssen Springer

The Emergent Agriculture: Farming, Sustainability and the Return of the Local Economy Kleppel New Society Publishers Milk Proteins, Second Edition: From Expression to Food Boland, Singh &Thompson

Academic Press Advances in Agronomy, Volume 127 Sparks Academic Press Storey's Guide to Raising Rabbits Bennett Storey Publishing

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Animal Genetic Resources: An International Journal Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) FAO Produção De Suínos: Teoria e Prática Guedes ABCS ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DO CORDEIRO PAULISTA (ICPC) O Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da FMVZ/USP. Em julho os valores dos insumos tiveram, no geral, uma baixa variação em relação a junho. Valores menores, principalmente em relação à alimentação, causaram novamente uma leve queda nas regiões analisadas – exceto na de Bauru. Nela os valores do milho e da cana-de-açúcar tiveram um pequeno aumento, juntamente ao custo de oportunidade da terra, fazendo com que ocorresse leve alta nos custos de produção. A taxa de juros (Selic) se manteve, e vem praticamente estabilizada nos últimos meses, sendo um dos fatores aos quais pode ser atribuída a estabilização dos valores do custo de produção. Tabela: Custo de produção do cordeiro no mês de julho de 2014.

Região

Custo do cordeiro em junho/2014

Custo do cordeiro em julho/2014 Variação

do custo (%) R$/kg

vivo R$/kg

carcaça R$/kg vivo

R$/kg carcaça

Araçatuba1 14,08 30,56 14,06 33,48 -0,14

Bauru1 15,98 39,94 16,01 40,03 0,19

Campinas1 24,26 56,41 24,19 56,26 -0,29

Piracicaba2 23,13 53,79 23,08 53,67 -0,22

São J. Rio Preto1 4,79 10,13 4,77 9,94 -0,42 Custo agregado para o estado3 13,57 31,47 13,55 31,95 -0,13

1 Nas regiões de Araçatuba, Bauru, Campinas e São José do Rio Preto os custos se referem ao kg do cordeiro terminado. 2 Na região de Piracicaba os custos se referem ao kg do cordeiro desmamado, não terminado. 3 Ponderação dos índices regionais baseada nos efetivos de rebanho de cada região, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2011).

Se desejar, cadastre-se para ser um informante mensal de preços de insumos, e/ou para receber gratuitamente a planilha de cálculo de custo de produção de cordeiros! Para mais detalhes sobre a caracterização dos sistemas de produção considerados no estudo ou sobre a ponderação do índice estadual, envie e-mail para [email protected]. OPORTUNIDADES Universidade Estadual de Londrina – UEL: abre concurso público para Zootecnista ou profissional de áreas afins no Departamento de Zootecnia, na área de Produção de Ruminantes/ Bovinocultura de Corte e Fisiologia de Digestão de Ruminantes (Edital nº 158/2014). Pré-requisitos: Graduação em Zootecnia ou área afim, com título de Doutor na área de interesse do concurso. Inscrições: até 08/08/2014 presencialmente no Departamento de Zootecnia da Universidade. Informações: http://www.uel.br/portal/ UNESP – Ilha Solteira: abre concurso público para seleção de Professor Substituto da disciplina de Nutrição Animal no Departamento de Biologia e Zootecnia (Edital nº 124/2014). Pré-requisito: Graduação completa no ensino superior, e título mínimo de mestre na área do concurso. Inscrições: até 08/08/2014, presencialmente na Seção Técnica de Comunicações, no campus de Ilha Solteira. Informações: http://www.clp.unesp.br/ ou pelo edital http://cdn.agrobase.com.br/concursos/wp-content/uploads/2014/07/edital-124-2014-unesp.pdf Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – MS: abre concurso público para profissionais das áreas de Agronomia, Biologia, Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal e Zootecnia, junto aos Campi de Cassilândia, Coxim, Ivinhema, Dourados e Aquidauana (Edital nº 038/2014). Pré-requisito: Graduação no curso de interesse e título de Doutor na área desejada, de acordo com a necessidade dos campi. Inscrições: até 14/08/2014. Informações: www.fapems.org.br Prefeitura de Nova Aurora – PR: abre concurso público para Médico Veterinário e Técnico Agropecuário (Edital nº01/2014). Pré-requisito:

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Graduação em Medicina Veterinária e Ensino médio completo e curso técnico em agropecuária. Inscrições: até 14/08/2014. Informações: www.saber.srv.br ou http://www.novaaurora.pr.gov.br/ Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA: abre concurso público para Médico Veterinário e Zootecnista. (Edital nº 51/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária ou Zootecnia. Inscrições: até 21/08/2014. Informações: www.ceps.ufpa.br Prefeitura de Miracena – RJ: abre concurso público para seleção de Zootecnista (Edital nº012/2014). Pré-requisito: Graduação completa e registro no CRMV. Inscrições: até 28/07/2014. Informações: www.cepuerj.uerj.br ou http://www.miracema.rj.gov.br/ Total Alimentos: oferece vaga de estágio para graduandos de Medicina Veterinária na área de Nutrição Animal em Porto Alegre - RS. Pré-requisitos: ser estudante de Medicina Veterinária, residir em Porto Alegre, e ter um perfil dinâmico e comunicativo. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/vaga-estagio-em-medicina-veterinaria-nutricao-animal-porto-alegre-rs/ Tyson Foods: oferece vaga para estágio de orientador técnico (aviário), em Nova Araçá – RS. Pré-requisitos: Estar cursando graduação em medicina veterinária, zootecnia ou agronomia. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/vaga-estagio-de-orientador-tecnico-aviario-nova-araca-rs/ Empresa: oferece vaga de estágio em centro diagnóstico em São Paulo – SP. Pré-requisitos: Cursando o curso de Medicina Veterinária, e ter disponibilidade de estagiar por 1 ano. Inscrições: até 28/08/2014, por meio de envio de currículo para [email protected] sob o Assunto: “CV + formação profissional + cidade que reside”. Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/vaga-estagio-em-centro-de-diagnostico-veterinario-sao-paulo-sp/ Empresa: oferece vaga para estágio em veterinária para o manuseio de animais silvestres. Pré-requisitos: Estar cursando graduação em medicina veterinária, ou curso técnico em veterinária e habilidade com o manuseio de animais silvestres. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/28-vagas-estagio-em-veterinaria-manuseio-de-animais-silvestres-e-roedores/

Empresa: oferece vaga de estágio para o controle de qualidade de produtos congelados e refrigerados, em Guarulhos – SP. Pré-requisitos: Estar cursando graduação em Engenharia de Alimentos, Química, Nutrição, ou área afim a partir do 3º ano, e conhecimento do pacote Office. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/vaga-estagio-em-controle-de-qualidade-produtos-refrigerados-e-congelados-guarulhos-sp/ JBS foods: oferece vaga de analista de garantia da qualidade em empresa de proteína animal, em Forquilhinha – SC. Pré-requisitos: Ensino Superior completo em Engenharia Química/ Alimentos, Medicina Veterinária, Ciências Biológicas, Farmácia Industrial ou áreas correlatas, Inglês intermediário, (desejável avançado: com boa escrita, boa leitura e conversação sem dificuldades), Conhecimento em processo industrial/ Abatedouro, Vivência no Sistema de Gestão da Qualidade; Conhecimento/ vivência em HACCP e GMP. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-analista-de-garantia-da-qualidade-em-empresa-de-proteina-animal-forquilhinha-sc/ Danone: oferece vaga de analista sênior de qualidade & segurança alimentar, em São Paulo – SP. Pré-requisitos: Ensino Superior Completo em Engenharia de Alimentos. Engenharia Química, Biologia, Nutrição ou Medicina Veterinária, BPF, FSS 22000, Pacote Office, Experiência em fábrica de alimentos, Pró-atividade, Capacidade de organizar o trabalho com autonomia, Capacidade de analisar e antecipar os riscos, Habilidade em negociação, influenciar outras pessoas, Boa comunicação e relacionamento interpessoal, Disponibilidade para viagem, Inglês avançado, entre outros. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-analista-senior-de-qualidade-seguranca-alimentar-sao-paulo-sp/ Cargill: oferece vaga de assistente técnico comercial (bovinos de corte e leite), em Uberlândia – MG. Pré-requisitos: Ensino Superior em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Agronomia, especialização em Nutrição de Ruminantes, Desejável Mestrado ou Doutorado na área, atuação técnica em Nutrição de Bovinos de Corte e Leite, prática e conhecimento em formulação de rações e dietas utilizando os softwares RLM, Windiet, NRC, Spartan, desejável inglês fluente, carteira de habilitação “B”, disponibilidade para viagens, bons conhecimentos de informática, entendimento sobre a cadeia produtiva de bovinos

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de corte e leite, espírito inovador, foco no cliente; boa comunicação verbal e escrita, organização, dinamismo, criatividade, capacidade de planejamento, capacidade analítica, trabalho em equipe, habilidade para administrar situações sob pressão. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-assistente-tecnico-comercial-bovinos-de-corte-e-leite-uberlandia-mg/ Timac Agro Brasil: oferece programa de Trainee em todo o Brasil. Pré-requsitos: Formação entre os anos 2012 e 2014 nos cursos de Engenharia Agrícola, Engenharia Agronômica, Agricultura, Zootecnia, ou Medicina Veterinária. Inscrições: até 15/08/2014.Informações: http://www.safradetalentos.com.br/ Bayer: oferece programa de Trainee em São Paulo e Rio de Janeiro. Pré-requisitos: inglês avançado/ fluente, disponibilidade para viagens e mudanças, formação superior nos cursos de Administração, Marketing, Relações Internacionais, Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, Agronomia, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia Química/ Química Industrial, Farmácia e Biomedicina, graduação concluída entre dez/2012 e dez/2014. Inscrições: até 20/08/2014. Informações: http://carreiras.bayer.com.br/pt/jovens-talentos/programa-trainee/ Empresa: oferece vaga de Supervisor de Segurança dos Alimentos, em Salvador – BA. Pré-requisitos: Graduação completa no curso de Medicina Veterinária, experiência na área de segurança alimentar em empresas de varejo de médio e grande porte, conhecimento do pacote Office, e na área de interesse. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-supervisor-de-seguranca-dos-alimentos-salvador-ba/ Empresa: oferece vaga de analista de compras, em Diadema - SP. Pré-requisitos: Formação Superior Completo em Medicina Veterinária, Zootecnia ou áreas afins, conhecimento em TOTVS e Nutrição Animal será um diferencial. Inscrições: até 27/08/2014 por meio de currículo em anexo e no corpo da mensagem para [email protected] sob o Assunto: “CV + formação profissional + cidade que reside”. Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-analista-de-compras-diadema-sp/ Empresa: oferece vaga de consultor técnico/ comercial em nutrição animal (veterinário/

zootecnista), em Campo Verde – MT. Pré-requisitos: Ensino superior em Medicina Veterinária, Zootecnia, e habilidades técnicas para a venda de nutrição animal. Inscrições: até 15/08/2014 por meio do envio de currículo para [email protected] sob o Assunto: “CV + formação profissional + cidade que reside”. Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/07/emprego-consultor-tecnico-comercial-em-nutricao-animal-veterinario-zootecnista-campo-verde-mt/

DIÁLOGOS DO LAE

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EVENTO EM DESTAQUE IV Sigera - Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais O Sigera 2015 tem como eixos temáticos as tecnologias de tratamento de resíduos, o uso dos resíduos como fertilizante, os impactos dos resíduos nos sistemas água-solo-ar e planta, a produção de energia a partir de resíduos e os sistemas de gestão de resíduos. Além de discutir os temas ambientais para a sustentabilidade das produções agropecuária e agroindustrial nos próximos anos, o evento tem como objetivos incentivar a apresentação de pesquisas e discussões científicas, fomentar o estabelecimento de parcerias entre os participantes internalizando a temática do gerenciamento dos resíduos nas cadeias produtivas e sensibilizar a sociedade para a importância do tema. Os interessados em participar da quarta edição do Sigera – Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais já podem enviar seus trabalhos científicos. O prazo de envio termina no dia 17 de outubro. O evento acontece de 5 a 7 de maio de 2015 no Rio de Janeiro. As inscrições, orientações e o envio dos trabalhos (no máximo três por autor) são feitas pelo site oficial do IV Sigera na internet, no endereço www.sbera.org.br/sigera2015. No site também é possível acompanhar todas as informações sobre o evento. O Sigera é promovido pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera), com a co-promoção da Embrapa Suínos e Aves e o apoio da Itaipu Binacional. www.sbera.org.br/sigera2015 www.facebook.com/pages/IV-Sigera-Participe/263150533760278

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EVENTOS III Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-estar Animal Curitiba PR – 5 a 7 de agosto de 2014 http://www.cfmv.org.br/bioeticaebea/index.php II Congreso Argentino de Cirugía en Pequeños Animales Buenos Aires, Argentina – 7 a 9 de agosto de 2014 http://www.fvet.uba.ar/eventos/evento.php?ide=850

41º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária - 41º CONBRAVET Gramado RS – 7 a 10 de agosto de 2014 http://www.conbravet2014.com.br/pg.php?pg=fale Family Farming 21st Century: Opportunities and Challenges Chennai, Índia – 7 a 10 de Agosto de 2014 http://www.cta.int/en/event/chennai-tamil-nadu-india/family-farming-in-the-21st-century-opportunities-and-challenges.html II Simpósio de Sepse em Medicina Veterinária – Hospital Veterinário Botafogo Rio de Janeiro RJ – 8 de agosto de 2014 http://hovetbotafogo.com.br SIMPABOV - Simpósio de Pastagens e Bovinocultura de Corte Dracena SP – 8 a 9 de agosto de 2014 http://www.dracena.unesp.br/#!/eventos/simpabov/ IV Workshop Controle do Carrapato - Tema: Resistência e Controle Nova Odessa SP – 14 de agosto de 2014 [email protected] 30 Congreso Nacional y 20 Congreso Iberoamericano de gastroenterología y nutrición veterinária Buenos Aires, Argentina – 18 a 19 de agosto de 2014 http://www.ignv.com.ar V Seminario Regional Agricultura y Cambio Climático “Agrobiodiversidad agricultura familiar y cambio climático” Santiago, Chile – 20 a 21 de agosto de 2014 http://www.fao.org/family-farming-2014/events/pt/ Encuentro de Productores Ecológicos y Sabidurias Populares Manizales, Colômbia – 21 a 24 de agosto de 2014.

http://www.biodiversidadla.org/Principal/Secciones/Reuniones/Colombia_Encuentro_de_productores_ecologicos_y_sabidurias_populares2 VII Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite Belo Horizonte MG – 22 e 24 de agosto de 2014 http://conveniar.fepmvz.com.br/eventos/Forms/Servicos/EventoDados.aspx?CodEvento=31 World Plowing Contest Bordeaux, França – 29 de agosto a 8 de setembro de 2014 http://worldplowing2013.com/ Aquaciência Foz do Iguaçu PR – 1 a 5 de setembro de 2014 http://www.aquaciencia.aquabio.com.br/destaque/aquaciencia-2014 Internacional Conference of the APIRAS and the Fifth Congress of Extention and Education in Agriculture and Natural Resources Management Zanjan, Irã – 2 a 4 de setembro de 2014 http://iaeea2014.znu.ac.ir/ 65o Conferência Anual da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária São Paulo SP – 6 a 7 de setembro de 2014 [email protected] 1o Encontro Nacional de Veterinários Especialistas – ABVET Aguas de Lindoia SP – 8 a 9 de setembro de 2014. http://www.abvet.com.br VI Simpósio de Controle de Qualidade do Pescado - SIMCOPE Santos SP – 10 a 12 de setembro de 2014 [email protected] XIV Congresso Nacional AVEACA - XI Congresso Iberoamericano FIAVAC Buenos Aires, Argentina – 11 e 12 de setembro de 2014 [email protected] 33rd AVRDC Internacional Vegetable Trainning Course Bangkok, Tailândia – 15 de setembro a 5 de dezembro de 2014 http://avrdc.org/?page_id=1439 39thWorld Small Animal Veterinary Association Congress Cape Town, África do Sul – 16 a 19 de setembro de 2014 [email protected]

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La Agroecologia y la Agricultura Familiar Compromiso com la Vida Risaralda, Colômbia – 17 a 19 de setembro de 2014 http://www.fao.org 70 CBMZ – Congresso Brasileiro de Mastozoologia Gramado RS – 22 a 26 de setembro de 2014 [email protected] Internacional Conference “Family Farming in the 21 st Century: Various realities” Warsaw, Polônia – 26 de setembro de 2014 http://www.irwirpan.waw.pl/en/events/upcoming-events/497-international-conference-family-farming-in-the-21st-century-various-realities XXIV Congresso Panamericano de Ciências Veterinárias – PANVET Havana, Cuba – 6 a 9 de outubro de 2014 http://www.pavetcuba.com XVII Congresso e XXII Encontro da ABRAVAS São Paulo SP – 6 a 10 de outubro de 2014 http://www.abravas.org.br IV Congresso Psianimal Lisboa, Portugal – 18 e 19 de outubro de 2014 [email protected] 37° Congreso AAPA – 2nd Joint Meeting ASAS-AAPA – XXXIX Congreso de la Sociedad Chilena de Producción Animal Buenos Aires, Argentina – 20 a 22 de outubro de 2014 http://www.aapa.org.ar/web/2014/04/37-congreso-aapa-ii-joint-meeting-asas-aapa/ Simpósio de Pesquisa em Medicina Veterinária Viçosa MG – 22 a 24 de outubro de 2014 [email protected] 13º Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Linha PET e Veterinária - PET South América São Paulo SP – 28 a 30 de outubro de 2014 [email protected] PorkExpo 2014 Foz do Iguaçu PR – 28 a 30 de outubro de 2014 [email protected] V Encontro Científico de Produção Animal Sustentável Nova Odessa SP – 31 de outubro de 2014 http://www.infobibos.com/ecpas/

EQUIPE Augusto Hauber Gameiro [email protected] Professor da FMVZ/USP Thayla Sara Soares Stivari [email protected] Doutoranda na FMVZ/USP Esther Ramalho Afonso [email protected] Doutoranda na FMVZ/USP Vívian Renata Kida [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FMVZ/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Daniela Atilio Vianello [email protected] Aluna do Curso de Zootecnia da FZEA/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Karen Regina Nogueira [email protected] Aluna do Curso de Engenharia de Biossistemas da FZEA/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Rubens Nunes [email protected] Professor da FZEA/USP Nota: as imagens foram elaboradas gentilmente pelo designer Francisco Eduardo Alberto de Siqueira Garcia. CONTATO USP / FMVZ / VNP / LAE Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal Av. Duque de Caxias Norte, 225 - Campus USP CEP 13.635-900, Pirassununga - SP Telefone: (19) 3565 4224 Fax: (19) 3565 4295

http://lae.fmvz.usp.br

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SOBRE O BOLETIM ELETRÔNICO “SOCIOECONOMIA & CIÊNCIA ANIMAL”

Trata-se de um projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP). O projeto conta com a participação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP). O boletim eletrônico tem o objetivo de divulgar os resultados de pesquisas desenvolvidas e publicadas nacionalmente e internacionalmente, e que tenham como campo de investigação, as Ciências Humanas aplicadas diretamente ou conjuntamente à Ciência Animal. Portanto, este projeto de extensão procura contribuir para o desenvolvimento científico baseado na multidisciplinaridade. O boletim é de livre acesso a todos que tenham interesse, bastando enviar uma mensagem solicitando a inclusão do e-mail destinatário para o seu recebimento. Críticas, ideias e sugestões sempre serão bem vindas.

Para solicitar cadastramento na lista de destinatários ou cancelamento do recebimento, favor escrever para: [email protected] Clique no link abaixo para ter acesso às edições anteriores: http://www3.fmvz.usp.br/index.php/site/biblioteca/publicacoes_eletronicas/s/socioeconomia_ciencia_animal Visite a página do LAE no Facebook: http://www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP

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