Sociologia Positivismo Marxismo e Sociologia Compreensiva

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Os três clássicos da sociologia: positivismo, marxismo e sociologia: síntese

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Sociologia

SociologiaPositivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva CORRENTES FILOSOFICAS SOCIAISO QUE O POSITIVISMOO Positivismo

Ordem: garantir o bom funcionamento da sociedade, a harmonia social, inibir conflitos sociais, greves, manifestaes.Progresso: sociedade industrial, exaltao da cincia e da tecnologia.Ordem e ProgressoSc XVIII Revoluo Industrial;Nova mentalidade;A cincia considerada o nico conhecimento possvel, tornando-se o novo deus da humanidade. Contexto histrico:O cientificismo do sculo XVIIIAugusto Comte (1798 - 1857) Comte e a lei dos trs estadoso teolgico: mentalidade mtica- os fenmenos resultam da ao dos deuses.o metafsico: contexto da razo filosfica em que se busca explicar a origem e o destino do universo.o positivo: contexto do aparecimento da cincia a maturidade do esprito humano.

O positivismo foi a primeira corrente terica a pensar questes sociais, dando origem ao que conhecemos hoje por Sociologia. Tal corrente terica procurava resolver os conflitos sociais por meio da exaltao a coeso, a harmonia natural entre os indivduos, ao bem-estar do todo social. O pensamento positivistaComte via na Sociologia uma restauradora da ordem social, sendo responsvel por encontrar respostas para os problemas sociais advindos da sociedade que surgia: a sociedade capitalista.O positivismo derivou do cientificismo, isto , da crena no poder exclusivo e absoluto da razo humana em conhecer a realidade.O pensamento positivista buscava analisar a sociedade como a mesma objetividade das cincias naturais, haja visto que tais cincias haviam obtido respeito da sociedade.

Comte se diz o fundador da sociologia, usa os modelos da biologia para explicar a sociedade como um organismo coletivo organicismo.Organicismo: a sociedade sendo percebida como um organismo composto de partes interdependentes, cujas partes so responsveis pelo bom funcionamento do todo.

A ideia que de que as sociedades, tal qual os seres vivos, se modificam e se desenvolvem num mesmo sentido, simboliza a passagem de um estgio inferior para um estgio superior.Darwinismo socialEssa passagem de estgios significaria a evoluo do organismo e sua adaptao, isto , somente os mais fortes sobreviveriam. Portanto, o capitalismo simbolizaria o progresso da humanidade e os pases que a ele aderissem seriam os mais evoludos.

O darwinismo social justificava o colonialismo europeu e refletia o otimismo dos europeus em relao a sua cultura.

Comte afirma que apenas uma elite teria capacidade de desenvolver a parte frontal do crebro, sede da faculdade superior, e conclui que a maioria dos seres humanos devem ser moldados e dirigidos a fim de garantir o progresso dentro da ordem.Voc lembra de ter visto o lema Ordem e Progresso em algum lugar? Comte e o PositivismoA sociologia de Comte gira em torno de ncleos constantes: a famlia, o trabalho, a ptria, a religio.Apesar da viso conservadora, Comte no desejava voltar ao passado nem eliminar o progresso.

Nenhum grande progresso pode efetivamente se realizar se no tende finalmente para a evidente consolidao da ordem. A religio da humanidadeA rgida construo terica comteana culmina com a concepo da religio positiva (atribui-se isto deteriorao da sua sade mental).Comte e o PositivismoSegundo o socilogo Lolita O. Benoit a ideologia religiosa esteve presente desde os escritos na forma ainda obscura do poder espiritual moderno, e finalmente no Curso de filosofia positiva, obra principal de Comte, foi pensada como imanente sociologia. Comte pretendia refundar o poder espiritual em princpios no-teolgicos Igreja Positivista.

A religio Positiva O positivismo exerceu grande influncia no pensamento latino-americano.1876- Sociedade Positivista do Brasil1881 Igreja e Apostolado Positivista do Brasil, no Rio de Janeiro (Miguel Lemos e Teixeira Mendes)Lus Pereira Barreto e Benjamim Constant.Os adeptos do positivismo eram jovens da pequeno-burguesia comercial pertencentes s cidades em crescimento X aristocracia rural.O Positivismo no BrasilINTRODUO SOCIOLOGIAO positivismo uma corrente filosfica que surgiu na Frana no comeo do sculo XIX.

Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill.

O positivismo defende a ideia de que o conhecimento cientfico a nica forma de conhecimento verdadeiro.

De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria correta se ela foi comprovada atravs de mtodos cientficos vlidos.

O QUE O POSITIVISMOINTRODUO SOCIOLOGIAO positivismo definiu o objeto, o mtodo e os conceitos fundamentais da sociologia.

O francs, Condorcet (1753 -1794), foi o primeiro a considerar a cincias sociais como algo matematicamente racional que s poder ser corretamente analisado se no estiver ligado a ideologias de classes, dogmas, interesses ou preconceitos.

O primeiro a usar o termo POSITIVO foi Saint-Simon (1760-1825)- discpulo direto de Condorcet - que teria por modelo uma espcie de fisiologia social.

INTRODUO SOCIOLOGIAA ideia de que a cincia e a razo seriam capazes de captar a dinmica das sociedades e de que existiriam leis naturais regulando seu desenvolvimento vai ganhando fora durante o sculo XVIII.

Auguste Comte (1798-1857) - discpulo direto de Saint-Simon considerava Simmon e Concordet negativos e crticos e que ate agora no haviam sido descobertos as leis sociais devido essa negatividade.

Comte, com o positivismo, foi o primeiro a sistematizar o pensamento sociolgico, definindo seu objeto, estabelecendo conceitos e mtodos de investigao.

INTRODUO SOCIOLOGIA A sociedade humana regulada por leis naturais invariveis e independentes da vontade e da ao humana.

Os mtodos e procedimentos para se conhecer a sociedade so exatamente os mesmos utilizados para conhecer a natureza.

As cincias da sociedade, assim como as cincias naturais, so cincias objetivas, neutras, livres de juzos de valor.

As cincias sociais no teriam vnculo com classes sociais, posies polticas ou ideologias.

IDEIAS PRINCIPAIS DO POSITIVISMOINTRODUO SOCIOLOGIAComte diz que a humanidade est em permanente desenvolvimento ou evoluo e formulou o que chama de lei fundamental.

Tudo que pensamos e fazemos para por trs etapas:

1 Ponto de partida : estado teolgico ou fictcio, 2 Ponto de transio : estado metafsico ou abstrato3 Ponto fixo, definitivo : estado cientfico ou positivo

Veja a seguir estas trs etapas explicadas atravs de exemplos:

LEIS FUNDAMENTAIS / SOCIAISINTRODUO SOCIOLOGIAESTADO TEOLGICO - a explicao da realidade ocorreria a partir da crena na interveno de seres sobrenaturais. ESTADO METAFSICO - impe o abstrato na explicao dos fatos (usoo da imaginao) compreende-se a sociedade como originria de um contrato.

ESTADO POSITIVO - ocorreria a subordinao da imaginao e da argumentao observao dos fatos concretos.

Comte acreditava que se vivia o caos social. Era necessrio deixar para trs os preconceitos e noes equivocadas, fruto da imaginao ou do fervor religioso, e estabelecendo definitivamente o domnio da cincia e da razo.

LEIS FUNDAMENTAIS / SOCIAISINTRODUO SOCIOLOGIADurkheim elaborou regras para a observao do OBJETO das ciencias sociais: os fatos sociais so elas:

Considerar os fatos sociais como coisas;Afastar os preconceitos e as noes pr-concebidas; Definir previamente tais fatos pelos caracteres exteriores que lhes so comuns;Consider-los sem tomar em considerao suas manifestaes individuais.

FATOS SOCIAIS so: toda maneira de agir fixa ou no, suscetvel de exercer sobre o indivduo uma coero exterior; ou ento ainda, que geral na extenso de uma sociedade dada, apresentando uma existncia prpria, independente das manifestaes individuais que possa ter - DURKHEIN

FATOS SOCIAISINTRODUO SOCIOLOGIASo: maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das conscincias individuais DURKHEIM

OU SEJA:

So externos, algo dotado de vida propria, influenciadas pela sociedade - so prticas, crenas e modos de agir que existem antes do indivduo nascer e continuaro a existir aps sua morte.

Segundo Durkheim, todos possuem duas conscincias: UMA INDIVIDUAL, que nica a cada indivduo e lhe coloca problemas de ordem individual; OUTRA COLETIVA OU COMUM, caracterizada como um conjunto de ideias, sentimentos e hbitos que exprimem em cada indivduo o grupo do qual faz parte.

CARACTERISTICAS DOS FATOS SOCIAISINTRODUO SOCIOLOGIASo laos que unem os membros entre si e ao grupo que podem ser:

SOLIDARIEDADES MECANICAS com noes primitivas, ligadas por laos de sangue ou compatibilidades. Indivduos que compartilham das mesmas noes e valores.

SOLIDARIEDADES ORGANICAS No compartilham de interesses mtuos. A diviso social, portanto se torna maior, cada membro executa uma funo diferente para coexistir o TODO.

SOLIDARIEDADECORRENTES FILOSOFICAS SOCIAISO QUE O MARXISMOINTRODUO SOCIOLOGIAFoi desenvolvido na primeira meta do sec. XIX (1848) com a publicao Manifesto do Partido Comunista por Karl Marx e Friedrich Engels.

Desenvolveu a teoria de prxis: uma ao transformadora da realidade, rumo concretizao da idealidade.

Marx concentrou seus esforos na crtica poltica ao modelo de sociedade vigente ao seu tempo, procurando bases concretas para defender seu modelo nas longnquas na Histria da Humanidade.

Modelo este que levaria o Homem ao desenvolvimento mximo de suas potencialidades.

O QUE O MARXISMOINTRODUO SOCIOLOGIASeu modelo de sociedade perfeita serviu tanto como instrumento para organizao da classe trabalhadora e para o surgimento dos partidos polticos de esquerda em todo o mundo, como para influenciar revolues sociais como a Revoluo Chinesa e a Russa.

O princpio fundamental do marxismo o materialismo, ou seja, a nica realidade seria a matria e suas foras, em transformao contnua.

um homem nunca se banharia no mesmo rio duas vezes, pois, na segunda vez, nem as guas do rio seriam as mesmas, nem o homem permaneceria o mesmo

O QUE O MARXISMOINTRODUO SOCIOLOGIAPara Marx, a base econmica seria determinante para o desenvolvimento das sociedades.

Marx entendia que as relaes econmicas de produo de determinada sociedade permitiriam compreender todos os seus demais aspectos.

A estrutura econmica exerceria um papel determinante no processo de transformao das sociedades humanas.

A transformao da sociedade estaria ligada com a forma como o Homem interfere na natureza para atender as suas necessidades de sobrevivncia.

MATERIALISMO ECONOMICO

INTRODUO SOCIOLOGIAPara Marx, as sociedades, ao longo da Histria, tambm estariam em constante transformao determinadas pelas mudanas em sua base econmica.

Essa transformao se daria atravs de trs elementos:

A TESE uma afirmao : tudo o que existe na natureza constitui tese e tudo o que existe em natureza se transforma;

ANTITESE a negao da tese;

Do conflito entreteseeanttesesurge aSINTESE uma proposta nova.

MATERIALISMO HISTORICOINTRODUO SOCIOLOGIAAtravs dessa dialtica TESE + ANTITESE = SINTESE Marx disse que:

Todo modo de produo j traz em si o germe que provocar sua deteriorao e o surgimento de um modo de produo novo

tendo como motor dessas transformaes a luta de classes.

A origem da diviso da sociedade em classes sociais estaria na propriedade privada dos meios de produo.

Em determinado momento, ento, essa condio de explorao se tornaria de tal forma insuportvel que adviria da a conscincia dessa condio, chamada por Marx de conscincia de classe: o combustvel necessrio para ativar a luta de classes.

MATERIALISMO HISTORICOINTRODUO SOCIOLOGIAA luta de classes encontra expresso mxima na forma da revoluo social, que ento cria a nova ordem de produo, sntese do velho e do novo.

A histria da humanidade seria ento a histria da luta de classes, E a luta de classes dependeria por sua vez da conscincia de classe.

Sendo assim para Marx: a violncia a parteira das novas sociedades.

REVOLUO SOCIALINTRODUO SOCIOLOGIA o papel do indivduo na sociedade advm do papel que desempenha na diviso do trabalho social.

As relaes de produo determinariam as formas de conscincia, organizaes, polticas, religio, lei, filosofia, cincia, arte, literatura e at mesmo a moralidade.

Nesse contexto o Estado seria a superestrutura criada a servio da classe dominante para mante-la em relao a classe subordinada.

ESTRUTURA SOCIALINTRODUO SOCIOLOGIA Para Weber, o objeto da sociologia a ao social. A ao social a conduta humana qual o prprio agente associa um sentido.Weber distingue quatro tipos de ao social:

1. AO RACIONAL EM RELAO A UM FIM;2. AO RACIONAL EM RELAO A UM VALOR;3. AO AFETIVA; 4. AO TRADICIONAL.

Esses tipos de ao encontram-se mais ou menos mesclados na vida social, mas sua classificao necessria para se poder interpretar a vida social

SOCIEDADE SEGUNDO MAX WEBERINTRODUO SOCIOLOGIA O motivo o fundamento da ao e para a sociologia a reconstruo do motivo fundamental para compreender a ao e suas causas.

A tarefa do cientista social descobrir os possveis sentidos das aes humanas presentes na realidade social.

A relao social uma ao cujo sentido compartilhado pelos agentes envolvidos nessa ao.

Esta tentativa de compreeno da ao, motivo e sentido chamada de sociologia compreensiva ou interpretativaSOCIEDADE SEGUNDO MAX WEBERINTRODUO SOCIOLOGIAO cientista constri um modelo pelo estudo das diversas manifestaes particulares do fenmeno, acentuando aquilo que lhe parea caracterstico desse mesmo fenmeno.

Este modelo utpico e jamais existira na sociedade atual.

E ao trabalho histrico se apresenta a tarefa de verificar, em cada caso individual, a maior ou menor distncia da realidade daquele quadro ideal ou seja o estudo para identificar o quanto estamos longe da perfeio.O TIPO IDEALINTRODUO SOCIOLOGIAO cientista constri um modelo pelo estudo das diversas manifestaes particulares do fenmeno, acentuando aquilo que lhe parea caracterstico desse mesmo fenmeno.

Este modelo utpico e jamais existira na sociedade atual.

E ao trabalho histrico se apresenta a tarefa de verificar, em cada caso individual, a maior ou menor distncia da realidade daquele quadro ideal ou seja o estudo para identificar o quanto estamos longe da perfeio.

o tipo ideal instrumento metodolgico de pesquisa. O TIPO IDEAL