18
Sociólogo e filósofo alemão Jürgen Habermas 18/6/1929, Düsseldorf, Alemanha Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação Aos 25 anos, Jürgen Habermas graduou-se com o trabalho "O Absoluto e a História", sobre Schelling. Foi assistente do filósofo e sociólogo Theodor W. Adorno durante cinco anos, até 1959, na chamada Escola de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", integrando a reflexão filosófica com a sociologia. Aos 31 anos, Habermas passou a lecionar filosofia em Heidelberg e, em 1961, publicou a famosa obra "Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica", inserida em "O estudante e a Política". Habermas passou, então, a lecionar filosofia e sociologia na Universidade de Frankfurt. Entre as obras e os artigos publicados na década de 1960, destacam- se: "Evolução Estrutural da Vida Pública", "Teoria e Práxis", "Lógica das Ciências Sociais", "Técnica e Ciência como Ideologia" e Conhecimento e Interesse". Mudou-se para Nova York em 1968 e tornou-se professor da New York School for Social Research. Em 1972, transferiu-se para Starnberg, assumindo a direção do Instituto Max-Planck e, em 1983, voltou a lecionar na Universidade de Frankfurt. Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao tecnicismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao conhecimento objetivo e prático. Introduzindo uma nova visão a respeito das relações entre a linguagem e a sociedade, em 1981 Habermas publicou aquela que é considerada sua obra mais importante: "Teoria da Ação Comunicativa". Em algumas outras obras, Habermas abordou as ciências sociais e, em especial, dedicou-se a estudar o direito. Em "Conhecimento e Interesse", publicada em 1968, Habermas apresenta uma distinção entre as ciências exatas e as ciências humanas, afirmando a especificidade das ciências sociais. Em "A Transformação Estrutural da Esfera Pública", de 1962, aborda o fundamento da legitimidade da autoridade política como o consenso e a discussão racional. Em "Entre Fatos e Normas", publicado em 1996, o filósofo faz uma descrição do contexto social necessário à democracia, e esclarece fundamentos da lei, de direitos fundamentais, bem como uma crítica ao papel da lei e do Estado. Augusto Comte

Sociólogo e filósofo alemão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sociólogo e filósofo alemão

Sociólogo e filósofo alemão

Jürgen Habermas18/6/1929, Düsseldorf, AlemanhaDa Página 3 - Pedagogia & Comunicação

Aos 25 anos, Jürgen Habermas graduou-se com o trabalho "O Absoluto e a História", sobre Schelling. Foi assistente do filósofo e sociólogo Theodor W. Adorno durante cinco anos, até 1959, na chamada Escola de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", integrando a reflexão filosófica com a sociologia.

Aos 31 anos, Habermas passou a lecionar filosofia em Heidelberg e, em 1961, publicou a famosa obra "Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica", inserida em "O estudante e a Política".

Habermas passou, então, a lecionar filosofia e sociologia na Universidade de Frankfurt. Entre as obras e os artigos publicados na década de 1960, destacam-se: "Evolução Estrutural da Vida Pública", "Teoria e Práxis", "Lógica das Ciências Sociais", "Técnica e Ciência como Ideologia" e Conhecimento e Interesse".

Mudou-se para Nova York em 1968 e tornou-se professor da New York School for Social Research. Em 1972, transferiu-se para Starnberg, assumindo a direção do Instituto Max-Planck e, em 1983, voltou a lecionar na Universidade de Frankfurt.

Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao tecnicismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao conhecimento objetivo e prático.

Introduzindo uma nova visão a respeito das relações entre a linguagem e a sociedade, em 1981 Habermas publicou aquela que é considerada sua obra mais importante: "Teoria da Ação Comunicativa".

Em algumas outras obras, Habermas abordou as ciências sociais e, em especial, dedicou-se a estudar o direito. Em "Conhecimento e Interesse", publicada em 1968, Habermas apresenta uma distinção entre as ciências exatas e as ciências humanas, afirmando a especificidade das ciências sociais.

Em "A Transformação Estrutural da Esfera Pública", de 1962, aborda o fundamento da legitimidade da autoridade política como o consenso e a discussão racional. Em "Entre Fatos e Normas", publicado em 1996, o filósofo faz uma descrição do contexto social necessário à democracia, e esclarece fundamentos da lei, de direitos fundamentais, bem como uma crítica ao papel da lei e do Estado.

Augusto Comte

Imprimir el artículo  |  Volver al Home

Comte, cujo nome completo era Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798, em Montpellier, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. Filósofo e auto-proclamado líder religioso, deu à ciência da Sociologia seu nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistemática.

Foi aluno da célebre École Polytechnique, uma escola em Paris fundada em 1794 onde se ensinava a ciência e o pensamento mais avançados da época. De família pobre, sustentou seus estudos com o ensino ocasional da matemática e oportunidades no jornalismo.

Um de seus primeiros empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósofo a ver claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias Comte absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu.

Comte foi apresentado ao filósofo, então diretor do periódico Industrie, no verão de 1817. Saint-Simon, um homem de fértil, mas tumultuada e desordenada criatividade, então quase sessenta anos mais velho que

Page 2: Sociólogo e filósofo alemão

Comte, foi atraído pelo jovem brilhante que possuiu a capacidade treinada e metódica para o trabalho que lhe faltava. Comte tornou-se seu secretário e colaborador próximo, na preparação de seus últimos trabalhos. Quando Saint-Simon experimentou problemas financeiros, Comte permaneceu sem pagamento tanto por razões intelectuais como pela esperanças da recompensa futura.

Os esboços e os ensaios que Comte escreveu durante os anos da associação próxima com Saint-Simon, especialmente entre 1819 e 1824, mostram inequivocamente a influência do mestre. Esses primeiros trabalhos já contêm o núcleo de todas suas idéias principais, mesmo as mais tardias.Em 1824 Comte desentendeu-se com Saint-Simon por questões de autoria legítima de ensaios que Comte devia publicar. A solução, que Comte considerou injusta, foi que cem cópias do trabalho saíram sob o nome de Comte, enquanto mil cópias, intituladas Catechisme des industriels indicavam a autoria de Henri de Saint-Simon. Outra causa do rompimento foi, ironicamente, Comte desdenhar a idéia de um paradigma religioso no projeto de Saint Simon, ele, Comte, que depois haveria de adotar essa idéia proclamando a si mesmo como sumo sacerdote da Humanidade.Em fevereiro 1825 Comte se casou com Caroline Massin, proprietária de uma pequena livraria, uma moça que ele já conhecia a alguns. Comte a achava forte e inteligente, mas depois taxou-a de ambiciosa e desprovida de afetividade. O casamento foi sempre tumultuado por motivos financeiros, uma vez que Comte não conseguia uma posição com salário fixo e contava apenas com os rendimentos das aulas particulares e alguma renda adicional por colaborações a jornais, mais freqüentemente para o Producteur, um jornal fundado pelos filhos espirituais de Saint-Simon após a morte do mestre.

Depois de se afastar de Saint Simon, a principal preocupação de Comte tornou-se a elaboração de sua filosofia positiva. Não tendo nenhuma cadeira oficial da qual expor suas teorias, decidiu oferecer um curso particular que os interessados subscreveriam adiantado, e onde divulgaria sua Summa do conhecimento positivo. O curso abriu em abril, 1826, com a presença de alguns curiosos ilustres como Alexander von Humboldt, diversos membros da academia das ciências, o economista Charles Dunoyer, o duque Napoleon de Montebello, e Hippolyte Carnot, filho do organizador dos exércitos revolucionários e irmão do cientista Sadi Carnot, e vários estudantes da Ecole Polytechnique.Comte deu apenas três aulas e foi obrigado a interromper o curso devido a um colapso nervoso. Seu mal foi diagnosticado como \" mania \" no hospital do famoso Dr. Esquirol, autor de um tratado sobre a doença. Ele próprio submeteu Comte a um tratamento com banhos de água fria e sangrias. Apesar de não receber alta, Comte foi levado para casa por Caroline

Após o retorno para casa, Comte caiu em um estado melancólico profundo, e tentou mesmo o suicide jogando-se no rio Sena. Somente em agosto 1828 logrou sair de sua letargia. O curso das conferências foi recomeçado em 1829, e Comte ficou satisfeito outra vez por encontrar na audiência diversos nomes de grandes das ciências e das letras.

Durante os anos 1830-1842, quando escreveu sua obra prima, Cours de philosophie positive, Comte continuou a viver miseravelmente na margem do mundo acadêmico. Todas as tentativas de ser apontado de para uma cadeira no Ecole Polytechnique ou para uma posição na Academia das ciências ou na faculdade de França foram infrutíferas. Controlou somente em 1832 a ser apontado assistente de \"analyse et de mecanique \" no Ecole; cinco anos mais tarde foi dado também as posições do examinador externo para a mesma escola. A primeira posição trouxe valiosos dois mil francos e o segundo um pouco mais. Mas era pouco para as despesas que tinha com a esposa e por isso continuou com as aulas particulares para escapar da faixa de pobreza.

Durante os anos da concentração intensa quando escreveu o Cours, Comte foi incomodado não somente por dificuldades financeiras e as frustradas tentativas de emprego acadêmico. Também sofreu críticas do mundo científico por parte de importantes figuras que o ridicularizavam pela sua pretensão de submeter ao seu sistema todas as ciências. A mágoa agravou seu estado psicológico. Por razões \"de higiene cerebral\", decidiu-se, em 1838, a não ler mais uma linha de qualquer trabalho científico, limitando-se à leitura de ficção e poesia. Em seus últimos anos o único livro que haveria de ler repetidamente seria o \"Imitação de Cristo\". Sua vida matrimonial, que sempre fora tempestuosa, também se desfez.. Comte teve várias separações de Caroline, que não suportava os seus fracassos e terminou por deixá-lo definitivamente em 1842.

Só e isolado, continuou a atacar os cientistas que se recusaram a reconhecê-lo. Queixou-se de seus inimigos aos ministros do Rei, escreveu cartas delirantes à imprensa e atormentou a paciência de seus poucos restantes amigos. Criando demasiado inimigos na Ecole Polytechnique, sua nomeação como o

Page 3: Sociólogo e filósofo alemão

examinador não foi renovada em 1844. Perdeu com isto a metade de sua renda. (iria perder também a posição de assistente na Ecole em 1851.)

Contudo apesar de todos estas adversidades, Comte começou lentamente a adquirir discípulos. E mais importante para ele foi que, além de encontrar alguns discípulos franceses notáveis, tais como o eminente intelectual Emile Littre, era o fato de que sua doutrina positiva havia atravessado o Canal e recebera considerável atenção na Inglaterra. David Brewster, um físico eminente, saudou-o nas páginas do Edinburgh Review em 1838 e, o mais gratificante de tudo, John Stuart Mill transformou-se em seu admirador, citando-o em seu System of Logic (1843) como um dos principais pensadores europeus. Comte e Mill se corresponderam regularmente, e serviu a Comte não somente para refinar seus pensamentos como também para desabafar com o filósofo inglês as tribulações de sua vida conjugal e as dificuldades de sua existência material. Mill arrecadou entre admiradores britânicos de Comte uma soma considerável em dinheiro e lhe enviou como socorro para suas dificuldades financeiras.No mesmo ano de 1844, Comte conheceu Clotilde de Vaux, por quem se apaixonou. Ela era uma mulher de trinta anos abandonada pelo marido, um funcionário público do baixo escalão, que havia fugido do país depois de se apropriar de fundos do governo. Um irmão de Clotilde que havia sido aluno de Comte na Escola Politécnica, e o convidou a ir à casa de seus pais, onde lhe apresentou a irmã.

Comte ficou inteiramente seduzido por ela. Sua paixão tem, porém, um desdobramento inusitado. Clotilde está impedida pela lei de casar-se achando-se o seu marido foragido.Auguste Comte tinha então quarenta e sete anos, e havia se separado três anos antes de sua mulher. Acabara de concluir seu monumental Cours de philosophie positive, e se preparava para escrever o que pretendia que seria sua principal obra, o Système de politique positive. da qual ele considerava o Cours de philosophie como apenas uma introdução. Entusiasmado com a própria paixão, Auguste Comte afirma que nada pode ser mais eficaz para o bem pensar que o bem querer, e se torna um abrasado feminista. Afirma que a mulher encarna o sentimento e portanto, em última análise, a própria Humanidade. Busca então seriamente associar o sexo feminino, na pessoa de Clotilde, à obra de renovação social e moral que se impôs completar. Clotilde tenta colaborar, através de um romance filosófico, Wilhelmine, que ela se põe febrilmente a escrever. Mas adoece de tuberculose e vem a falecer em 1846.

Comte irá devotar o resto de sua vida à memória do \"seu anjo\". O Système de politique positive, que tinha começado a esboçar em 1844 e no qual completou sua formulação da sociologia., iria transformar-se em um memorial a sua amada. Cinco anos mais tarde, em 1851, ao publicar essa obra, dedicou-a a Clotilde, dizendo esperar que a humanidade, reconhecida, haveria de lembrar sempre seu nome junto ao dela.

No Système de politique positive, Comte, voltando-se contra a doutrina do mestre Saint-Simon, defendeu a primazia da emoção sobre o intelecto, do sentimento sobre a racionalidade; e proclamou repetidamente o poder curativo do calor feminino para a humanidade dominada por tempo demasiado pela aspereza do intelecto masculino. Por outro lado, maquiou a proposta de disciplina eclesiástica de Saint-Simon criando a Religião da Humanidade.

Quando o Système apareceu entre 1851 e 1854, Comte escandalizou e perdeu a maioria dos seguidores racionalistas que ele havia conquistado com tanta dificuldade nos últimos quinze anos. John Stuart Mill e Emile Littre não aceitaram que o amor universal fosse a solução para todas as dificuldades da época. Tão pouco aceitariam a Religião da Humanidade da qual Comte se proclamou agora o sumo sacerdote. A observação dos rituais múltiplos segundo o calendário anual, os detalhes da elaborada liturgia indicavam que o antigo profeta do estágio positivo havia regressado às trevas do estágio teológico. Comte passou a assinar suas circulares - aos novos discípulos que conseguiu reunir - como \"fundador da religião universal e sumo sacerdote da humanidade\". Tentou converter o Superior Geral dos Jesuítas à nova fé e comparou suas circulares aos discípulos com as epístolas de São Paulo. Fundou a Societé Positiviste, que se transformou no centro principal de seu ensino. Os membros se cotizaram para assegurar a subsistência do mestre e fizeram os votos de espalhar sua mensagem. As missões se instalaram, na Espanha, Inglaterra, Estados Unidos, e na Holanda.Cada noite, das sete às nove, exceto nas quartas-feiras quando a Societé Positiviste tinha sua reunião regular, Comte recebia seus discípulos em sua casa em Paris: políticos, intelectuais e operários, que lhe votavam grande respeito e veneração. Comte estava longe do entusiasmo republicano e libertário de sua juventude. O moto da Igreja Positiva era amor, ordem e progresso O jovem estudante de passeata agora pregava as virtudes do amor, da submissão e a necessidade da ordem para o progresso social.

Page 4: Sociólogo e filósofo alemão

Em 1857, Comte, após alguns meses de enfermidade, faleceu a cinco de setembro. Um grupo pequeno de discípulos, de amigos, e de vizinhos seguiu seu esquife ao cemitério de Pere Lachaise. Seu túmulo transformou-se no centro de um pequeno cemitério positivista onde estão sepultados, perto do mestre, seus discípulos mais fiéis.

Pensamento. A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna, de modo mais rigoroso que na abordagem de Saint Simon. Em sua Lei dos três estados ou estágios do desenvolvimento intelectual, Comte teoriza que o desenvolvimento intelectual humano havia passado historicamente primeiro por um estágio teológico, em que o mundo e a humanidade foram explicados nos termos dos deuses e dos espíritos; depois através de um estágio metafísico transitório, em que as explanações estavam nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e finalmente para o estágio positivo moderno. Este último estágio se distinguia por uma consciência das limitações do conhecimento humano. As explanações absolutas consequentemente foram abandonadas, buscando-se a descoberta das leis baseadas nas relações sensíveis observáveis entre os fenômenos naturais.

Comte tentou também uma classificação das ciências; baseada na hipótese que as ciências tinham desenvolvido da compreensão de princípios simples e abstratos à compreensão de fenômenos complexos e concretos. Assim as ciências haviam se desenvolvido a partir da matemática, da astronomia, da física, e da química para a biologia e finalmente a sociologia. De acordo com Comte, esta última disciplina não somente fechava a série mas também reduziria fatos sociais as leis científicas e sintetizaria todo o conhecimento humano.

Embora Comte não fosse dele o conceito de sociologia ou da sua área de estudo, ele ampliou seu campo e sistematizou seu conteúdo. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, ou o estudo das forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica social, ou o estudo das causas das mudanças sociais.

Dando nova roupagem às idéias de Hobbes e Adam Smith, afirmou que os princípios subjacentes da sociedade são o egoísmo individual, que é incentivado pela divisão de trabalho, e a coesão social se mantém por meio de um governo e um estado fortes.

Como Saint Simon, queria a administração real do governo e da economia nas mãos dos homens de negócios e dos banqueiros, porém dá um toque pessoal seu, com origem em sua paixão por Clotilde, dizendo que a manutenção da moralidade privada seria competência das mulheres como esposas e mães.

Dando ênfase a hierarquia e obediência, rejeitou a democracia, sustentando que o governo ideal seria constituído por uma elite intelectual. Seu conceito de uma sociedade positiva está no seu Système de politique positive (\"Sistema de Política Positiva\").

Como Saint-Simon, ele veio a adotar a idéia de que a organização da igreja católica romana, divorciada da teologia cristã, podia fornecer um modelo estrutural e simbólico para a sociedade nova, idéia que, no entanto, fora uma das causas alegadas para seu rompimento com o mestre. Comte substituiu a adoração a Deus por uma \"religião da humanidade\"; um sacerdócio espiritual de sociólogos seculares guiaria a sociedade e controlaria a instrução e a moralidade pública.Comte viveu para ver sua obra comentada extensamente em toda a Europa. Muitos intelectuais ingleses foram influenciados por ele, e traduziram e promulgaram seu trabalho. Seus devotos franceses tinham aumentado também, e mantinha uma correspondência volumosa com sociedades positivistas em todo o mundo.

A Habilidade particular de Comte era como um sintetizador das correntes intelectuais as mais diversas. Tomou idéias principalmente dos filósofos modernos do século XVIII. De Saint-Simon e outros reformadores franceses menores Comte tomou a noção de uma estrutura hipotética para a organização social que imitaria a hierarquia e a disciplina existente na igreja católica romana. De vários filósofos do Iluminismo adotou a noção do progresso histórico e particularmente de David Hume e Immanuel Kant tomou sua concepção de positivismo, ou seja, a teoria de que o Teologia e a Metafísica são modalidades primárias imperfeitas do conhecimento e que o conhecimento positivo é baseado em fenômenos naturais e suas propriedades e relações como verificado pelas ciências empíricas, tese Kantiana por excelência..

O mais importante realmente provem de Saint-Simon, que havia enfatizado originalmente a importância crescente da ciência moderna e o potencial da aplicação de métodos científicos ao estudo e à melhoria da

Page 5: Sociólogo e filósofo alemão

sociedade.

De Saint-Simon é originalmente a idéia de que a finalidade da análise científica nova da sociedade deve ser amelhorativa e que o resultado final de toda a inovação e sistematização na nova ciência deve ser a orientação do planeamento social. Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã.

Comte segue Saint-Simon quando considera a necessidade de uma ciência social básica e unificadora que explicasse as organizações sociais existentes e guiasse o planeamento social para um futuro melhor. Na sua hábil sistematização Comte chamou esta nova ciência \"Sociologia\", pela primeira vez.

Porém vai temerariamente mais adiante que seu mestre quando afirma que os fenômenos sociais poderiam ser reduzidos a leis da mesma maneira que as órbitas dos corpos celestes haviam sido explicadas pela teoria gravitacional quase trezentos anos antes.

Volver al Home

dam Smith (provavelmente Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de

Julho de 1790) foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o

atribulado século das Luzes, o século XVIII.[1]

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo

econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a

sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de

economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de

indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o

crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do

açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles

em promover seu "auto-interesse".

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma

intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à

queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de

baratear o custo de produção e vencer os competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a

economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante,

movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão

invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade."

Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e

os salários deveriam subir.

Page 6: Sociólogo e filósofo alemão

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência

na burguesia(comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os

direitos feudais e com o mercantilismo.

Índice

 [esconder]

1     Biografia   

2     Posição face à situação nos EUA   

3     Obra   

o 3.1      Teoria dos Sentimentos Morais   

o 3.2      Riqueza das Nações   

4     Ver também   

5     Referências   

6     Ligações externas   

[editar]Biografia

Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A data exata do

seu nascimento foi descoberta em 2006, ele foi batizado em Kirkcaldy em 7 de junho de 1723,

tendo o seu pai falecido seis meses antes.

Aos 15 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia

moral com o "inesquecível" Francis Hutcheson. Em1740, entrou para o Balliol

College da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, "...Oxford deste

tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que a deu) para o que viria a ser a sua obra." e acabou por

abdicar da sua bolsa em 1746. Em 1748 começou a dar aulas emEdimburgo sob

o patronato de Lord Kames. Algumas destas aulas eram de retórica e de literatura, mas mais

tarde dedicou-se à cadeira de "progresso da opulência", e foi então, em finais dos anos 1740,

que ele expôs pela primeira vez a filosofia econômica do "sistema simples e óbvio da liberdade

natural" que ele viria a proclamar no seu Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das

Nações.

Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos

amigos. Em 1751, Smith foi nomeadoprofessor de Lógica na Universidade de Glasgow,

passando, no ano seguinte, a dar a cadeira de filosofia moral. Nas suas aulas, cobria os

campos da ética, retórica, jurisprudência e política econômica ou ainda "política e rendimento".

Em 1759, publicou a Teoria dos sentimentos morais, uma das suas mais conhecidas obras,

incorporando algumas das suas aulas deGlasgow. Este trabalho, que estabeleceu a reputação

de Smith durante a sua própria vida, refere-se à explicação da aprovação ou desaprovação

moral. A sua capacidade de argumentação, fluência e persuasão, mesmo que através de uso

Page 7: Sociólogo e filósofo alemão

da retórica, estão ali bem patenteados. Ele baseia a sua explicação, não como o terceiro Lord

Shaftesbury e Hutcheson tinham feito, num "sentido moral", nem como David Hume, com base

num decisivo sentido de utilidade, mas sim na empatia e simpatia.

Tem havido uma controvérsia considerável quanto a saber se há ou não uma contradição ou

contraste entre a ênfase de Smith na empatia (ou compaixão) como motivação humana

fundamental em "sentimentos morais", e o papel essencial do auto-interesse na "riqueza das

nações". Este parece colocar mais ênfase na harmonia geral dos motivos e atividades

humanas sob uma providência benigna no primeiro livro, enquanto que no segundo livro,

apesar do tema geral da "mão invisível" promovendo a harmonia de interesses, Smith encontra

mais ocasiões para apontar causas de conflitos e o egoísmo estreito da motivação humana.

Smith começava agora a dar mais atenção à jurisprudência e à economia nas suas aulas, e

menos às suas teorias de moral. Esta ideia é reforçada pelas notas tomadas por um dos seus

alunos por volta de 1763, mais tarde editadas por Edwin Cannan Aulas de justiça, polícia,

rendimento e armas, 1896, e pelo que Scott, que o descobriu e publicou, descreve em "Um

esboço inicial de parte da Riqueza das Nações" ("An early draft of part of the Wealth of

Nations"), datado de 1763.

No final de 1763, Smith obteve um posto bem remunerado como tutor do jovem duque de

Buccleuch e deixou o cargo de professor. De 1764 a1766, viajou com o seu protegido,

sobretudo pela França, onde veio a conhecer líderes intelectuais

como Turgot, d'Alembert, André Morellet,Helvétius e, em particular, François Quesnay.

Depois de voltar para Kirkcaldy, dedicou muito do seu tempo nos dez anos seguintes à

sua magnum opus, que surgiu em 1776. Em 1778, recebeu um posto confortável como

comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo. Faleceu na

capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma dolorosa doença.

Tinha aparentemente dedicado uma parte considerável dos seus rendimentos a numerosos

atos secretos de caridade. -

[editar]Posição face à situação nos EUA

Na sua estada em Glasgow, onde foi professor na universidade local entre 1751 e 1764, Adam

Smith travou contato com vários dos comerciantes de tabaco da cidade, como por

exemplo John Glassford.

Estes punham-no a par dos últimos acontecimentos nas colônias inglesas, nas quais os

ingleses impunham uma restritiva política econômica, como altos impostos e frequentemente

situações de monopólio.

Page 8: Sociólogo e filósofo alemão

As manufaturas inglesas tinham nas colônias americanas um importante cliente, e alguns

empresários influentes exigiram junto ao parlamento inglês que fosse proibido aos norte-

americanos a produção de bens similares, a fim de proteger seus negócios.

Adam Smith sabia que estas restrições acabariam por resultar na revolta dos americanos.

Como Benjamin Rush, um doutor e líder cívico daPensilvânia disse em 1775: "Um povo que

depende de estrangeiros para comida e vestimentas será sempre dependente deles". Os

americanos não tolerariam essas ingerências.

A solução de Adam Smith para as colónias americanas era fomentar o livre comércio, acabar

com os pesados impostos aduaneiros e restrições comerciais e oferecer às colônias uma

representação política no parlamento de West.

[editar]Obra

Pouco antes da sua morte, os manuscritos de Smith tinham sido quase totalmente destruídos.

Nos seus últimos anos, ele teria rejeitado dois grandes tratados, um sobre a teoria e história

do Direito e outro sobre ciências e artes. Os Ensaios sobre temas reflexivos (1795),

posteriormente destruídos, contém provavelmente partes do que deveriam ter sido o último

daqueles dois tratados.

[editar]Teoria dos Sentimentos Morais

Ver artigo principal: Teoria dos sentimentos morais

Em 1759, Smith publicou seu primeiro trabalho, A Teoria dos Sentimentos Morais (The

Theory of Moral Sentiments no original). A qual continuou a fazer grandes revisões do seu

livro, até sua morte. Apesar de A Riqueza das Nações ser amplamente considerada como

a obra mais influente de Smith, acredita-se que o próprio Smith considera a Teoria dos

Sentimentos Morais de ser uma obra superior.

Na obra, Smith examina criticamente o pensamento moral de seu tempo, e sugere que a

consciência surge das relações sociais. Seu objetivo ao escrever a obra foi para explicar a

origem da capacidade da humanidade em formar juízos morais, apesar da natural

tendência dos homens aos auto-interesses. Smith propõe uma teoria da simpatia, em que

o ato de observar os outros torna as pessoas conscientes de si e da moralidade de seu

comportamento.

Estudiosos têm tradicionalmente percebido um conflito entre a Teoria dos Sentimentos

Morais e A Riqueza das Nações, a primeira enfatiza a simpatia pelos outros, enquanto o

segundo enfoca o papel do auto-interesse. Nos últimos anos, porém, a maioria dos

estudiosos da obra de Smith têm argumentado que não existe contradição. Eles alegam

que, em A Teoria dos Sentimentos Morais, Smith desenvolve uma teoria psicologica no

qual os indivíduos buscam a aprovação através do "observador imparcial" que é resultado

de um desejo natural entre os individuos, mais respectivamente ao agente da ação,

Page 9: Sociólogo e filósofo alemão

acerca de se posicionar de um ponto de vista imparcial, para bem julgar, relações

simpatizantes mutuas que se fazem nas relações sociais . Ao invés de ver A Riqueza das

Nações e A Teoria dos Sentimentos Morais vistas como apresentando incompatibilidades

acerca da natureza humana, a maioria dos estudiosos de Smith tem em conta as obras

que enfatizam aspectos diferentes da natureza humana, que variam dependendo da

situação. A riqueza das nações baseia-se em situações onde a moralidade do homem é

susceptível de desempenhar um papel menor, como o trabalhador envolvido na

elaboração do trabalho, enquanto a Teoria dos Sentimentos Morais centra-se em

situações onde a moralidade do homem é susceptível de desempenhar um papel

dominante entre as relações intercambiavéis das pessoas.

Estas opiniões de acordo com alguns autores, ignoram que a visita de Smith para a

França (1764-1766) mudou radicalmente sua opinião anterior e que A Riqueza das

Nações é um convolute heterogênea de suas ex-palestras a qual Quesnay lhe ensinou.

[editar]Riqueza das Nações

Ver artigo principal: A Riqueza das Nações

A Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição

para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina independente. Este livro

tornar-se-ia uma das obras mais influentes no mundo ocidental.

Quando o livro, que se tornaria um estudo contra o mercantilismo, foi publicado

em 1776, havia um sentimento forte contra o livre comércio, quer no Reino Unido

como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das

dificuldades econômicas e as privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo

da publicação nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio:

o parlamento inglês e o público em geral continuariam apegados ao mercantilismo

por muitos anos.

A Riqueza das nações, e também a Teoria dos sentimentos morais, este de menor

impacto, tornaram-se ponto de partida para qualquer defesa ou crítica de formas

do comunismo, nomeadamente influenciando a escrita de Karl Marx e de

economistas humanistas. Em anos recentes, muitos afirmaram que Adam Smith foi

tomado de rapto por economistas liberais (Laissez-faire economists) e que como

a Teoria dos sentimentos morais mostra, Smith tinha uma inclinação

pelo humanismo.

Tem havido alguma controvérsia sobre a extensão da originalidade de Smith

em Riqueza das nações; alguns argumentam que esta obra acrescentou pouco às

ideias estabelecidas por pensadores como David Hume e Montesquieu. No entanto,

ela permanece como um dos livros mais influentes neste campo até hoje.

Page 10: Sociólogo e filósofo alemão

A obra de Smith aclamada quer pelo mundo acadêmico como na prática. O primeiro-

ministro britânico William Pitt, a braços com a derrocada econômica e social dos

anos que se seguiram à independência americana, foi um partidário do comércio

livre e chamou Riqueza das naçõesde "a melhor solução para todas as questões

ligadas à história do comércio e com o sistema de economia política".

A obra Riqueza das Nações popularizou-se pelo uso da expressão da mão invisível

do mercado. Segundo Adam Smith os agentes econômicos atuando livremente

chegariam a uma situação de eficiência, dispensando assim a ação do Estado para

esse efeito. Assim, atuando de forma livre, os mercados seriam regidos como se por

uma mão invisível que o regula automaticamente sempre chegando a situação ótima

ou de máxima eficiência. Curiosamente a expressão aparece apenas uma vez na

obra Riqueza das Nações.

Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de1679)

foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do

cidadão (1651).

Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a

necessidade de governos e sociedades. No estado natural, enquanto que alguns homens

possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos

demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso,

cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma

constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens têm um

desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam

sociedades entrando num contrato social.

De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros

devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa

assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma

assembleia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia),

deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política doLeviatã mantém no

essencial as ideias de suas duas obras anteriores, Os elementos da lei e Do cidadão (em que

tratou a questão das relações entre Igreja e Estado).

Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em paz se

concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o

Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de

interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido, critica a

livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de certa forma, enfraquecer o moada

pelo estudioso Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método

cartesiano introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo

Page 11: Sociólogo e filósofo alemão

do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele("Só existe o que meus

sentidos percebem") Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria

coerente de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de

que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua

própria vida, e construir toda sua filosofia política a partir desse imperativo.

Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e outros assuntos,

oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em interesse próprio. Foi

contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a obra Meditações sobre

filosofia primeira, deste último.

[editar]Contexto

Nascido em 1588 na Inglaterra dos Tudors, Thomas Hobbes foi influenciado pela reforma

anglicana que ocorrera cinco décadas antes. A cisão com a Igreja Católica fez com que a

Espanha interviesse nos assuntos ingleses enviando a Invencível Armada (“Grande y

Felicíssima Armada”) fato que mais tarde seria relatado por Hobbes em sua autobiografia e terá

grandes influências sobre sua obra. O século XVII foi de grande importância para a Inglaterra

pois marca o começo do expansionismo colonialista ultramarino inglês, com a fundação

de Jamestown, a primeira colônia inglesa nas Américas, em 1607. É também no século XVII

que são lançadas as bases do capitalismo industrial na Inglaterra com a Revolução Gloriosa já

na década de 80 do século XVII. É durante esse período que a Marinha Inglesa irá se

consolidar como a maior e mais bem equipada marinha do mundo, só perdendo a posição para

os EUA no pós-2ª Guerra Mundial. A poderosa marinha irá contribuir para o acúmulo de

capitais que irá financiar o expansionismo colonial e, mais tarde, industrial inglês.

Batalha de Marston Moor (1644) marca uma vitória decisiva das forças parlamentares durante a guerra civil

inglesa

O século XVII na Europa continental é o marco do absolutismo monárquico, tendo seu

expoente máximo o Luis XIV, o Rei Sol que ficou famoso pela frase “L’État c’est moi", influência

da Contra-reforma (representado na Inglaterra pela revolução anglicana). A filosofia do barroco

se baseava no dualismo existente entre o hedonismo e o medo do pecado ou fervor religioso –

Page 12: Sociólogo e filósofo alemão

enquanto que a busca pelo essencialmente humano já havia começado noRenascimento; havia

o receio do divino sobrenatural que poderia punir o terreno e transitório.

Quando Hobbes tinha 30 anos e já havia visitado a Europa continental pela primeira vez, uma

revolta na Boêmia daria início à Guerra dos Trinta Anos, fato que irá reforçar para Hobbes a

sua própria visão pessimista acerca da natureza humana destrutiva. Apenas 12 anos após o

início da guerra no continente europeu, disputas políticas entre o Parlamento e o Rei inglêsdão

início a uma guerra civil na Inglaterra que perdurará por 10 anos.

[editar]Biografia

Como Hobbes alegou em sua autobiografia, "ao nascer sua mãe teria dado a luz a gêmeos:

Hobbes e o medo", já que a mãe de Hobbes havia entrado em trabalho de parto prematuro

com medo da Armada Espanhola (a Invencível Armada) que estava prestes a atacar a

Inglaterra. Embora o tema do medo e do seu poder avassalador fossem aparecer mais tarde

em suas obras, os primeiros anos de vida de Hobbes foram em grande parte livres da

ansiedade. Seu pai era o vigário de Charlton e Westport, cidades próximas de Malmesbury,

mas uma disputa com outro vigário, o levou a se mudar para Londres. Como resultado, aos

sete anos de idade, Thomas Hobbes, ficou sob a tutela de seu tio Francisco. Hobbes fez seus

primeiros estudos em Malmesbury e mais tarde em Westport, onde exibiu seus dotes

intelectuais em estudos clássicos. Aos quatorze anos, em 1603, seu tio Francisco financiou os

seus estudos, entrando na Magdalen Hall, Oxford, onde predominava o ensino

da escolástica de inspiração aristotélica, mas a que Hobbes não demonstrou grande interesse.

Magdalen College, em maio de 2007.

Em 1610 ele empreendeu uma viagem à Europa, acompanhando William Cavendish, indo para

França, Itália e Alemanha. Pode observar em primeira mão a pouca apreciação da escolástica

na época - que já estava em claro declínio. As muitas tentativas de abrir portas para

desenvolvimento de outros conhecimentos fez com que ele decidisse retornar à Inglaterra para

aprofundar o estudo dos clássicos. Nesse período, já de volta à Inglaterra, suas relações

Page 13: Sociólogo e filósofo alemão

comFrancis Bacon irão reforçar a linha de seu próprio pensamento, bem fora do aristotelismo e

da escolástica.

Em 1631 a família de nobres ingleses Cavendish novamente pede seus serviços como

guardião do terceiro Duque de Devonshire, e Hobbes irá ocupar este cargo até 1642. Durante

este período, faz outra viagem ao continente, lá permanecendo de 1634 a 1637. Na França,

entra em contato com o círculo intelectual do Padre Mersenne, mentor de Descartes - com

quem estabeleceu uma forte amizade. Em geral, Hobbes era a favor da

explicaçãomecanicista do universo (que predominava na época), em oposição à teleológica

defendida por Aristóteles e a escolástica. Também teve a oportunidade de conhecer Galileu,

durante uma viagem à Itália em 1636 (6 anos antes de Galileu morrer), sob cuja influência

Hobbes desenvolveu a sua filosofia social, baseando-se nos princípios da geometria e ciências

naturais.

Em 1640, quando a possibilidade de uma guerra civil na Inglaterra já era clara, Hobbes,

temendo por sua vida por ser um conhecido defensor da monarquia, viaja de volta para Paris,

onde, mais uma vez, foi recebido pelo círculo de intelectuais francês.

Em 1646, ainda em Paris, vira professor de matemática do Príncipe de Gales, o futuro Carlos II,

que também se encontrava exilado em Paris devido a Guerra Civil Inglesa. Em 1651, dois anos

após a decapitação do rei Carlos I, Hobbes decide voltar para a Inglaterra com o fim da Guerra

Civil e o começo da “Ditadura de Cromwell”. Neste ano também publica “Leviatã”, que provoca

o início de sua disputa com John Bramall, bispo de Derry, o principal acusador de Hobbes

como sendo um “materialista ateu”.

Page 14: Sociólogo e filósofo alemão

Capa da edição original do Leviatã(1651).

A publicação do “De Corpore”, em 1665, irá resultar em uma polêmica com os principais

membros da Royal Society, que criticaram suas contribuições para a matemática bem como as

posições ateístas defendidas por Hobbes. Na Inglaterra, o "anti-Hobbismo" atingiu um pico em

1666 quando seus livros foram queimados na sua alma mater, Oxford.

Hobbes manteve-se um escritor extremamente produtivo na velhice, mesmo sendo prejudicado

pela oposição generalizada de seu trabalho. Viveu até os 91 anos durante uma época em que

a expectativa média de vida não era muito mais do que quarenta anos. Aos 80 anos Hobbes

produziu novas traduções para o inglês, tanto da Ilíada e da Odisseia e escreveu, em 1672,

uma autobiografia em latim. Apesar da polêmica que causou, ele foi uma espécie de símbolo

na Inglaterra até o final de sua vida. Seu ponto de vista pode ser considerado abominável ou

atraente; suas teorias brilhantemente articuladas são lidas por pessoas de todos os espectros

políticos.

Encontra-se sepultado na Igreja São João Batista, Ault Hucknall, Derbyshire na Inglaterra.

Werner Sombart