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Cisalhamento
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ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO
1.Introdução
O ensaio de cisalhamento direto foi desenvolvido basicamente para a determinação da resistência ao
corte de um corpo de prova de solo, de forma prismática e seção quadrada ou circular e de pequena
espessura.
Este ensaio é geralmente drenado e é mais aplicado ao estudo da resistência ao cisalhamento de
solos com estratificações ou xistosidades definidas, ou quando se quer avaliar a resistência entre
contactos de diferentes materiais.
2.Objetivo
Executar o ensaio de cisalhamento direto utilizando-se de uma caixa de seção quadrada para se
obter, através da interpretação de uma envoltória linear, os valores de ângulo de atrito interno do
solo e do intercepto coesivo.
3.Equipamentos
- Caixa bipartida dotada de placas dentadas e perfuradas, pedras porosas de topo e base e quepe para
transmissão de carga; - Molde do corpo de prova; - Prensa equipada com motor e sistema de
transmissão de carga (pendural); - Extensômetros mecânicos ou transdutores elétricos de
deslocamento;
- Anel de carga ou célula de carga elétrica.
4.Preparação do Corpo de Prova
O corpo de prova a ser ensaiado pode ser de solo compactado ou talhado de uma amostra
indeformada.
- Compactar o corpo de prova (c.p.) nas mesmas condições de densidade e umidade especificados,
nas mesmas dimensões do molde, ou no próprio molde (c.p. compactado);
- Recolher o material não utilizado ou sobrado da talhagem para a determinação da umidade;
- Talhar o corpo de prova do “bloco indeformado” empurrando aos poucos o molde metálico para
baixo até que a seção quadrada (ou circular) seja obtida. O corpo de prova deve preencher o volume
do molde;
- Pesar o corpo de prova juntamente com o molde metálico;
- Transferir o corpo de prova do molde para a caixa de cisalhamento;
- Recolher parte do material sobrado da talhagem para a determinação de umidade;
5.Procedimento do Ensaio
- Instalar na prensa a caixa de cisalhamento contendo o corpo de prova entre as pedras porosas e
placas dentadas, de tal maneira que o c.p. fique no meio, entre as partes inferior e superior da caixa;
- Colocar o pendural para aplicação da tensão vertical e ajustar o extensômetro vertical para dar
início a fase de adensamento do ensaio lento (drenado), por exemplo;
- Aplicar o carregamento (através de pesos) previamente definido e iniciar as leituras de deformação
do c.p.. Quando as deformações se estabilizarem é dado por concluído esta fase;
- O início do cisalhamento se dará após os ajustes do extensômetro horizontal e do sensor (anel ou
célula de carga) que irá medir a força cisalhante desenvolvida durante o ensaio.
6.Cálculos
- Deformação cisalhante específica: hi = lhi/L ; lhi - leitura horizontal; L - lado do c.p.
- Variação de volume do c.p.: vi = lvi.A
- Força cisalhante: Ti= K.lmi ; lmi - leitura do anel ; K - constante do anel
- Tensão cisalhante: i = Ti/A ; A - área do c.p.
- Tensão normal aplicada: = N/A ; N - Carga normal
7.Resultados
Traçar a curva de desenvolvimento do ensaio com os valores de i e i de onde normalmente é
tirado ovalor máximo da tensão cisalhante.
Efetuar o gráfico de variação de volume vi em função da deformação específica i.
Repetir o ensaio pelo menos em mais dois novos corpos de prova com tensões normais diferentes;
ajustaruma reta pelos pontos i x interpretando assim a envoltória de resistência dos ensaios
executados, apartir da qual são determinados os valores do ângulo de atrito interno e o intercepto
coesivo.