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Solvência e Liquidez das Solvência e Liquidez das Empresas Empresas 1º Encontro de Regulação Econômica 1º Encontro de Regulação Econômica Agência Nacional de Saúde Suplementar Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – nov/2009 – ANS – nov/2009

Solvência e Liquidez das Empresas 1º Encontro de Regulação Econômica Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – nov/2009

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Solvência e Liquidez das Empresas Solvência e Liquidez das Empresas 1º Encontro de Regulação Econômica1º Encontro de Regulação EconômicaAgência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – nov/2009Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS – nov/2009

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Em mercados regulados é um pouco diferente. Geração de Valor Em mercados regulados é um pouco diferente. Geração de Valor (ou rentabilidade) X Liquidez (ou segurança)(ou rentabilidade) X Liquidez (ou segurança)

KeED

EKd

ED

DKa

E(Capital Próprio/Acionistas)

(Ke)

AT (Investimentos)

(Ka)

ATIVO

D(Capital de Terceiros/Bancos)

(Kd)

PASSIVO

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A Regulação do Risco em MercadosA Regulação do Risco em Mercados

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Plano de saúdePlano de saúde

Interclínicas utilizou créditos tributários para inflar patrimônioInterclínicas utilizou créditos tributários para inflar patrimônioCarolina Mandl De São Paulo | Valor Econômico - 30/11/2004 - edição nº 1147Carolina Mandl De São Paulo | Valor Econômico - 30/11/2004 - edição nº 1147

O balanço de 2003 publicado pela Interclínicas não parecia à primeira vista retratar uma operadora em O balanço de 2003 publicado pela Interclínicas não parecia à primeira vista retratar uma operadora em dificuldade, que seria levada à liquidação. O plano de saúde apresentava receita em alta, resultado dificuldade, que seria levada à liquidação. O plano de saúde apresentava receita em alta, resultado operacional positivo e sinistralidade (uso dos serviços médicos pelos usuários) em queda.operacional positivo e sinistralidade (uso dos serviços médicos pelos usuários) em queda.

Mas em uma observação mais atenta é possível ver as ressalvas feita auditoria BDO Directa. Mas em uma observação mais atenta é possível ver as ressalvas feita auditoria BDO Directa. A maior A maior parte delas se refere a créditos tributáriosparte delas se refere a créditos tributários. A Interclínicas calculava ter a receber R$ 47,9 milhões em . A Interclínicas calculava ter a receber R$ 47,9 milhões em tributos, como o Imposto de Renda, PIS, Cofins e dos sistemas Sesc e Senac.tributos, como o Imposto de Renda, PIS, Cofins e dos sistemas Sesc e Senac.

Segundo a BDO, esses valores aumentaram o patrimônio líquido da Interclínicas, que ao fim de 2003 Segundo a BDO, esses valores aumentaram o patrimônio líquido da Interclínicas, que ao fim de 2003 era de R$ 12,9 milhões. Sem esses créditos o patrimônio líquido da operadora ficaria negativo.era de R$ 12,9 milhões. Sem esses créditos o patrimônio líquido da operadora ficaria negativo.

Para o caso do Imposto de Renda, por exemplo, a Interclínicas só poderia considerar como créditos a receber se ela gerasse resultados positivos em montante suficiente para recuperá-los.

A auditoria ressalta ainda que a Interclínicas possui um A auditoria ressalta ainda que a Interclínicas possui um "excesso de passivos sobre os ativos "excesso de passivos sobre os ativos circulantes".circulantes". Para um passivo de curto prazo de R$ 96,3 milhões, a operadora tinha em dezembro de Para um passivo de curto prazo de R$ 96,3 milhões, a operadora tinha em dezembro de 2003 um ativo circulante de R$ 32,2 milhões.2003 um ativo circulante de R$ 32,2 milhões.

Fornecedores e corretores de planos de saúde já vinham sentido os problemas na Interclínicas há cerca de um ano. De acordo com André Staffa Filho, De acordo com André Staffa Filho, diretor financeirodiretor financeiro do São Luiz, a operadora vinha do São Luiz, a operadora vinha atrasando as parcelas há um ano, sendo que nos últimos 3 meses, atrasando as parcelas há um ano, sendo que nos últimos 3 meses, a operadora não efetuou nenhuma a operadora não efetuou nenhuma prestaçãoprestação, devendo hoje R$ 2 milhões ao hospital., devendo hoje R$ 2 milhões ao hospital. "Diante desse quadro, resolvemos descredenciar a Interclínicas", diz Staffa. Alguns corretores também relataram ao Valor a mesma situação - estavam há um ano sem receber.

A Evolução dos Controles de Insolvência das Operadoras: a A Evolução dos Controles de Insolvência das Operadoras: a mitigação de riscosmitigação de riscos

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Em Saúde Suplementar é possível controlar Em Saúde Suplementar é possível controlar riscos?riscos?

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O risco por parte das operadoras é semelhante a um derivativo

em finanças: um dos instrumentos de maior risco do mercado

financeiro

O Risco da Saúde Suplementar: a venda de uma opção de compraO Risco da Saúde Suplementar: a venda de uma opção de compra

Resultado = Receita - Despesa

• preço vezes quantidade• determinística

• baseada em cálculo atuarial• probabilística• gerenciamento de riscos

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Em Saúde Suplementar é possível controlar Em Saúde Suplementar é possível controlar riscos?riscos?

OperadoraOperadora

Incorporação Incorporação TecnológicaTecnológica

Controle de ReajusteControle de Reajuste

JudicializaçãoJudicializaçãoEnvelhecimento Envelhecimento PopulacionalPopulacional

Atualização do RolAtualização do Rol

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Qual o papel da Regulação Econômica?Qual o papel da Regulação Econômica?

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Já sem o Regulador...Já sem o Regulador...

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O Funcionamento Financeiro das Operadoras de Planos de O Funcionamento Financeiro das Operadoras de Planos de Saúde (Mutualismo)Saúde (Mutualismo)

Pagamento do total de despesas

Lucro/Prejuízo

DespesasElevadas

DespesasBaixas

Operadora dePlanos de Saúde

Receitas

Muitosbeneficiários

com pouca

utilização

Poucosbeneficiários

com muita utilização

Carteira

CICLO FINANCEIRO FAVORÁVEL

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A Dinâmica de um Futuro Previsível – População A Dinâmica de um Futuro Previsível – População IBGEIBGE

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Risco deRisco deInsolvênciaInsolvência

Choques ExógenosVariáveis Macroeconômicas

RegulaçãoBarreiras à entrada (escala) e à

saídaNova dinâmica na relação entre receitas e despesas

Forças de MercadoCompetição efetiva e potencial

Eficiência Gerencial

Judiciárioconcessão de liminares nãoprevistas em

contrato

Risco de Insolvência de OperadorasRisco de Insolvência de Operadoras

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Risco deRisco deInsolvênciaInsolvência

Sobrecarga do Sistema Público

Risco SistêmicoHospitais/Laboratórios

ConcentraçãoNecessidade de Defesa da

Concorrência

BeneficiárioRisco de ficar sem assistência

Efeitos Potenciais da Insolvência de OperadorasEfeitos Potenciais da Insolvência de Operadoras

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Risco SistêmicoRisco Sistêmico

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O gerenciamento do riscoO gerenciamento do risco

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Um dos objetivos da regulação é reduzir a assimetria de informações, produzindo benefícios duradouros que impactam toda a cadeia produtiva.

Nesse espírito, a ANS produziu o Atlas e o Anuário Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar.

Informação minimiza riscos – diminuir a assimetria de informação

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O Controle Prudencial em Três O Controle Prudencial em Três EstágiosEstágios

•Regulação: estabelecimento de regras de comportamento•Objetivo: maximizar o bem-estar/minimizar o risco de insolvência

•Monitoramento: observação do cumprimento das regras

•Supervisão: observação, mais genérica, do comportamento das firmas

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Exemplos de normativos que regulam riscosExemplos de normativos que regulam riscos

PRUDENCIAIS

Plano de Contas (RN n.º 27 e 28)Garantias Financeiras(RDC n.º 77, RN nº 14, RN nº 57, RN n.º67, RN n º75, RNs nº 159 e 160)Acompanhamento Econômico-Financeiro:

DIOPS (RN n.º 29)Plano de Recuperação(RDC n.º22)Regimes Especiais(RN n.º 52)

ESTRUTURAIS

Segmentação(RDC n.º 39)Regras de Acesso(RDC n.º 05, RDC nº 77 e RN nº 85, RN 100)Liquidação Extrajudicial(RDC n.º 47)Transferência de Controle Societário(RDC n.º 83, RN 142)Administradores(RN n.º 11)

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Monitoramento Econômico-FinanceiroMonitoramento Econômico-Financeiro

• Acompanhamento regular

• Plano de Recuperação

• Regimes Especiais:

- Direção Fiscal

- Direção Técnica

• Liquidação

GRAU DE SEVERIDADE

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Setor de Saúde SuplementarSetor de Saúde Suplementar

OPS em Acomp. Regular

1.469

OPS em Plano de Recuperação

26

OPS em DF/DT 128

OPS em processo de liquidação

74

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Exigências RegulatóriasExigências Regulatórias

Patrimoniais Patrimônio Mínimo Ajustado

Margem de Solvência

Financeiras Provisões Técnicas

Ativos Garantidores

Para operar no setor as operadoras devem seguir algumas regras prudenciais:

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Exigências RegulatóriasExigências Regulatórias

Corresponde à exigência mínima de participação do capital próprio em função da abrangência e região de atuação.

Patrimônio Mínimo Ajustado

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Exigências RegulatóriasExigências Regulatórias

Tamanho do patrimônio exigido que a operadora deve manter para suportar o nível de atividade em que ela opera.

Margem de Solvência

Prazo escalonado de 10 anos para constituição, a partir de 1º de janeiro de 2008.

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Exigências RegulatóriasExigências Regulatórias

Calculadas em função dos riscos a que as operadoras estão sujeitas ao garantir cobertura assistencial.

Provisões Técnicas

Prazo escalonado de 6 anos para constituição (PEONA) , a partir de 1º de janeiro de 2008.

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Exigências RegulatóriasExigências Regulatórias

Efetivação financeira das provisões técnicas que garante a lastro em recursos monetários do montante de risco calculado.

Ativos Garantidores

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PanoramaPanoramaEndividamentoEndividamento

Endividamento

0,40

0,45

0,50

0,55

0,60

0,65

0,70

0,75

1ºTrim 2ºTrim 3ºTrim 4ºTrim 1ºTrim 2ºTrim 3ºTrim 4ºTrim 1ºTrim 2ºTrim

2007 2008 2009

Cooperativa Médica Medicina de Grupo Seguradora MH

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Margem de Lucro Líquido

-

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

1ºTrim 2ºTrim 3ºTrim 4ºTrim 1ºTrim 2ºTrim 3ºTrim 4ºTrim 1ºTrim 2ºTrim

2007 2008 2009

Cooperativa Médica Medicina de Grupo Seguradora MH

PanoramaPanoramaMargem de Lucro LíquidoMargem de Lucro Líquido

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Obrigado!!! Obrigado!!!