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SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. Sede Social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Matriculada na C. R. C. da Maia sob o nº. 506 035 034 Capital Social: 700 000 000 euros Pessoa Colectiva nº. 506 035 034 Sociedade Aberta Relatório Anual Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas Exercício de 2011 28 de Fevereiro de 2012

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SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

Sede Social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia

Matriculada na C. R. C. da Maia sob o nº. 506 035 034

Capital Social: 700 000 000 euros

Pessoa Colectiva nº. 506 035 034

Sociedade Aberta

Relatório Anual

Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas

Exercício de 2011

28 de Fevereiro de 2012

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Índice

RELATÓRIO DE GESTÃO ......................................................................................... 6 

1.  Mensagem do Presidente do Conselho de Administração .................................. 6 

2.  Mensagem dos co-CEOs Rui Correia e João Paulo Pinto ................................... 6 

3.  Relatório de Gestão ................................................................................................ 7 

3.1.  Actividade Sectorial em 2011............................................................................... 7 

3.2.  Análise por Área Geográfica ................................................................................ 8 

3.2.1.  Península Ibérica................................................................................................... 8 

3.2.2.  Europa Central (Alemanha, França e Reino Unido) ............................................ 9 

3.2.3.  Resto do Mundo (Canadá e África do Sul)......................................................... 10 

3.3.  Actividade Financeira em 2011 .......................................................................... 11 

3.4.  Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA ......................... 14 

3.5.  Actividade desenvolvida pelos Membros Não-Executivos do Conselho de Administração ............................................................................................................. 15 

3.6.  Gestão de Riscos ................................................................................................. 15 

3.6.1.  Risco de crédito .................................................................................................. 15 

3.6.2.  Riscos de Mercado ............................................................................................. 16 

3.6.3.  Risco de Liquidez ............................................................................................... 16 

3.6.4.  Riscos Legais ...................................................................................................... 17 

3.6.5.  Riscos Operacionais ........................................................................................... 17 

3.7.  Relatório de Social e Ambiental ......................................................................... 18 

3.7.1.  Relatório Social .................................................................................................. 22 

3.7.2.  Relatório ambiental ............................................................................................ 25 

3.8.  Acções próprias .................................................................................................. 29 

3.9.  Proposta de Aplicação de Resultados ................................................................. 29 

3.10.  Perspectivas futuras ............................................................................................ 29 

3.11.  Política de Dividendos ........................................................................................ 29 

3.12.  Agradecimentos .................................................................................................. 29 

RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE ................................................... 32 

0.  Declaração de cumprimento ................................................................................ 32 

1.  Assembleia Geral .................................................................................................. 40 

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1.1.  Composição da Mesa da Assembleia Geral e duração do mandato ................... 40 

1.2.  Remuneração do Presidente da Mesa de Assembleia Geral ............................... 40 

1.3.  Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas na Assembleia Geral 41 

2.  Órgãos de Administração e Fiscalização ............................................................ 43 

2.1.  Órgãos Sociais .................................................................................................... 43 

2.1.1.  Conselho de Administração ................................................................................ 43 

2.1.2.  Comissão Executiva ........................................................................................... 45 

2.1.3.  Conselho Fiscal .................................................................................................. 47 

2.1.4.  Revisor Oficial de Contas ................................................................................... 47 

2.1.5.  Secretário da Sociedade ...................................................................................... 47 

2.2.  Controlo Interno, Auditoria Interna e Gestão de Risco ...................................... 47 

2.2.1.  Controlo Interno ................................................................................................. 47 

2.2.2.  Auditoria Interna ................................................................................................ 48 

2.2.3.  Gestão de Risco .................................................................................................. 49 

2.2.4.  Responsabilidade do órgão de administração e do órgão de fiscalização nos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos .................................................................... 54 

2.3.  Regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade ................................ 55 

2.4.  Identificação dos principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da actividade ........................................................... 55 

2.5.  Poderes do órgão de administração .................................................................... 56 

2.6.  Politica de rotação dos pelouros do Conselho de Administração e designação e substituição dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização ................. 56 

2.7.  Assistência às Reuniões do Conselho de Administração, das Comissões, do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética. ................................................................................... 57 

2.8.  Independência dos membros do Conselho de Administração ............................ 57 

2.9.  Qualificações profissionais do Conselho de Administração, actividades profissionais dos últimos cinco anos, e acções detidas e data da primeira designação e data de termo de mandato ...................................................................................................................... 58 

2.10.  Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho de administração à data de 31 de Dezembro de 2011 ....................................................................................... 60 

2.11.  Identificação, independência, mandato, qualificações, actividades profissionais dos membros do Conselho Fiscal e avaliação do auditor externo .................................... 63 

2.11.1. Identificação, Independência e mandato dos membros do Conselho Fiscal ...... 63 

2.11.2. Qualificações profissionais dos membros do Conselho Fiscal, actividades profissionais dos últimos cinco anos, acções detidas ....................................................................... 64 

2.11.3. Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho Fiscal à data de 31 de Dezembro de 2011 ...................................................................................................... 65 

2.11.4. Eleição e avaliação do Auditor externo .............................................................. 65 

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2.12.  Remunerações e Outras Compensações dos Administradores e membros do Conselho Fiscal ........................................................................................................................... 66 

2.13.  Política de comunicação de Irregularidades ....................................................... 71 

2.14.  Comissões com competências especializadas .................................................... 73 

2.14.1. Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC) ....................................................... 74 

2.14.2. Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética (SREEC).................. 75 

2.14.3. Comissão de Nomeações e Remunerações (BNRC) .......................................... 75 

2.14.4. Responsável pelo Governo Societário ................................................................ 76 

3.  Informação ............................................................................................................ 76 

3.1.  Estrutura de Capitais ........................................................................................... 76 

3.2.  Participações qualificadas, calculadas nos termos do art. 20º do CVM. ............ 76 

3.3.  Identificação dos accionistas titulares de direitos especiais ............................... 76 

3.4.  Restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções. ................................................... 77 

3.5.  Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto. 77 

3.6.  Regras para alterações aos Estatutos da sociedade ............................................. 77 

3.7.  Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes. ............................................................................................... 77 

3.8.  Evolução da Cotação das Acções em 2011 ........................................................ 77 

3.9.  Política de Distribuição de Dividendos .............................................................. 79 

3.10.  Negócios com Partes Relacionadas .................................................................... 79 

3.11.  Relações com Investidores ................................................................................. 79 

3.12.  Remuneração Anual do Auditor ......................................................................... 80 

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ANEXOS Anexos ao Relatório de Gestão e Participações Qualificadas Anexo a que se refere o artº. 447 do Código das Sociedades Comerciais Anexo a que se refere o artº. 448 do Código das Sociedades Comerciais Participações qualificadas Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº1 do Art. 245º do Código dos Valores Mobiliários Demonstrações Financeiras Individuais Demonstrações de Posição Financeira Demonstrações de Resultados por Naturezas Demonstrações do Rendimento Integral Demonstrações de Alterações no Capital Próprio Demonstrações dos Fluxos de Caixa Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais Demonstrações Financeiras Consolidadas Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira Demonstrações consolidadas de Resultados por Naturezas Demonstrações Consolidadas do Rendimento Integral Demonstrações consolidadas de Alterações nos Capitais Próprios Demonstrações consolidadas dos Fluxos de Caixa Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria e do Conselho Fiscal Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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RELATÓRIO DE GESTÃO

1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

“O mundo e nomeadamente a Europa, tem vindo a enfrentar uma crise financeira em moldes muito diferentes de todas as anteriores e de repercussões que nunca vivenciamos nem imaginamos anteriormente. O euro está a ser posto à prova e com ele todo um conceito de uma economia europeia integrada que foi criada com objectivos que agora são questionáveis. A crise da dívida soberana e a instabilidade do euro impõem uma nova ordem e nesse sentido, não apenas os governos têm que repensar o estado social, mas também, as empresas terão que se orientar para uma nova era global, mais exigente e com novos desafios. Também a Sonae Indústria atravessou este ano um marco importante. Num período muito difícil resultante da combinação de uma crise internacional nos mercados financeiro e imobiliário, e tendo-se assistido a uma melhoria sustentada da performance operacional da empresa, há lugar para um novo ciclo, com uma performance significativamente melhor. Aprovamos neste ano 4 orientações estratégicas que acreditamos que nos permitem atingir tal melhoria: (i) Construir uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e

comprometidas; (ii) Criar uma cultura de alta performance, fomentando a excelência operacional e a

inovação; (iii) Ser uma empresa com enfoque no mercado, com uma oferta integrada e consistente; (iv) Desenvolver fábricas competitivas, com fornecimento seguro de madeira O trabalho está já a decorrer, e a partir da Assembleia Geral Anual de accionistas, iremos reportar mais detalhes relativamente às iniciativas que estamos a implementar.”

2. Mensagem dos co-CEOs Rui Correia e João Paulo Pinto

“Apesar de, em 2011, termos enfrentado mais um ano difícil em termos de ambiente macroeconómico, particularmente no que diz respeito à construção residencial, é com prazer que reportamos mais um ano de melhorias, tendo atingido o melhor EBITDA recorrente desde 2007, e tendo já registado vários meses de resultado liquido positivo. Este é o nono trimestre consecutivo em que se regista uma forte tendência positiva no EBITDA recorrente dos últimos 12 meses. Em 2011, conseguimos atingir os 108 milhões de euros de EBITDA recorrente, 8% de 1,364 milhões de euros de volume de negócios. Esta melhoria de 2,4pp de margem EBITDA recorrente, quando comparado com 2010, foi registada com base em significativas melhorias de eficiência operacional, alcançadas em quase todas as fábricas nos 7 países onde operamos. O volume de vendas em 2011 manteve-se no mesmo nível que em 2010, mas o volume de negócios subiu 6%, em resultado de alguma recuperação nos preços de mercado, devido a um melhor equilíbrio entre a oferta e a procura e à venda de um melhor mix de produtos. Ao comparar com 2010, os custos variáveis estão 8% acima, devendo-se tal aumento aos químicos e à madeira. Por outro lado, os custos fixos ficaram 2% abaixo. A gestão do fundo de maneio continua a ser uma das nossas prioridades, tendo diminuído 2 milhões de euros quando comparado com o final de 2010. Apesar do aumento do valor unitário das matérias-primas e dos produtos, o período médio de stocks melhorou 4 dias.

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Em termos de investimento, implementamos um projecto importante no Canada, aumentado a capacidade de processamento de madeira reciclada, com vista a diversificar o abastecimento, utilizando materiais mais sustentáveis e eficientes em termos de custo. Também iniciamos a expansão de capacidade de produção de MDF na África do Sul, com vista a substituir as importações para este mercado local. Adicionalmente, arrancamos com a reconstrução da área de preparação de partículas da fábrica de Knowsley, no Reino Unido, que foi destruída com um incêndio em Junho de 2011. Este ano também conseguimos o refinanciamento da divida a vencer, apesar da difícil situação do mercado bancário. Contratamos um financiamento no valor de 50 milhões de euros na Sonae Indústria SGPS e de 81 milhões de dólares canadianos na Tafisa Canadá, com vista a diversificar as fontes de financiamento e adaptar o perfil de amortização da dívida à geração de cash flow esperado. Em 2012, prosseguiremos com a estratégia de refinanciamento que temos vindo adoptar com sucesso, refinanciando parte dos financiamentos que se vencem nos nossos bancos de relacionamento e levantando novos financiamentos em subsidiárias que têm um balanço mais forte. Também trabalharemos arduamente com vista a finalizar o processo de venda de imóveis “não core” bem como de activos industriais. Relativamente a 2012, estamos confiantes, que continuaremos a melhorar o EBITDA recorrente suportado pela consolidação das melhorias alcançadas em 2011 e pela implementação de novas iniciativas alinhadas com a estratégia que temos vindo a seguir e que está focada no desenvolvimento de pessoas, excelência operacional, orientação para o cliente e melhor utilização da nossa base industrial. Se não houver nenhuma deterioração inesperada no ambiente macroeconómico durante 2012, esperamos voltar aos lucros, e alcançar um rácio Divida Liquida para EBITDA recorrente próximo de 5 (após ter já melhorado de 10,1 em 2010 para 6,6 em 2011), permitindo-nos continuar a melhorar o perfil de risco de crédito, diversificando as fontes de financiamento e refinanciando a divida a vencer. Gostaríamos de agradecer aos nossos clientes, colaboradores, bancos e accionistas pelo seu contínuo apoio e confiança.”

% var

V o lu m e d e n eg ó c io s co n so lid ad o 1.769 1 .283 1 .293 1 .364 6%

E B IT D A 139 104 53 76 45%

E B IT D A exc lu in d o item s n ão -reco rren tes 100 46 71 108 51%

M arg em E B IT D A % exclu in d o item s n ão -reco rren tes 5 ,7% 3,6% 5,5% 7,9%

R esu ltad o L íq u id o a trib u íve l ao s Acc io n is tas (108 ) (59 ) (74) (58 ) 22%

D ív id a L íq u id a C o n so lid ad a 890 757 718 715 0%

2009* 2010 20112011 / 2010

2008

* Em Agosto de 2009 vendemos as nossas operações do Brasil

3. Relatório de Gestão

3.1. Actividade Sectorial em 2011 As condições de mercado do sector dos painéis derivados de madeira melhoraram ligeiramente pelo segundo ano consecutivo, quando comparando com os anos extremamente difíceis de 2008 e 2009, o que resultou numa subida da utilização da capacidade global. No entanto, a indústria foi negativamente afectada pela crise da divida soberana o que levou a um quadro macroeconómico menos favorável e ao consequente impacto negativo nos sectores de construção e mobiliário. Sector Europeu da Construção e Mobiliário De acordo com as últimas previsões da Euroconstruct, a crise da dívida soberana levou a maioria dos membros Euroconstruct a rever em baixa as suas previsões após a Conferência de Helsínquia (Junho de 2011). Uma das principais consequências foi a redução da

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confiança dos empresários e consumidores, o que também reduziu as previsões do sector da construção. A estimativa de 2011 ficou praticamente inalterada (em -0,6% em volume, de -0,4%), mas para 2012 e 2013, é agora estimado não ser superior a 1,1% em 2012 e 1,7% em 2013. Alem disso, as exportações de mobiliário dos países UE27 caíram 4,5% em termos de volume (apesar de terem aumentado 0,3% em valor) nos primeiros 11 meses de 2011, de acordo com informações do Eurostat. Sector Europeu de painéis derivados de madeira De acordo com estimativas da European Panel Federation a produção de aglomerado de partículas nos países EPF subiu 1% (comparativamente com o período homólogo) para 31 milhões de m3, com vendas nacionais a recuperar 4% e as exportações a crescerem 6%. A produção de MDF desceu ligeiramente (0,6% comparativamente com o período homólogo) para cerca de 15 milhões de m3 com vendas nacionais estáveis (+0,1% comparativamente com o período homólogo). A produção de OSB manteve-se estável com quase 5 milhões de m3. Pavimentos Laminados (Laminate Flooring) Apesar de uma nova ligeira diminuição na intenção dos consumidores de construir ou reformar casas e apartamentos, a actividade de construção e as licenças de habitação terão supostamente recuperado ligeiramente em 2011. Neste sentido, os dados preliminares da EPLF (European Producers of Laminate Flooring), indicam uma previsão razoavelmente optimista para 2011. Sector Norte Americano de painéis derivados de madeira O consumo de MDF e de aglomerado na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos, continuou a ser afectado por um mercado imobiliário ainda deprimido e uma indústria do mobiliário pressionada pelas importações. O consumo de aglomerado de partículas na América do Norte deverá ter crescido 1,5% em 2011, mas a partir de níveis muitos baixos. Estima-se que a procura interna de MDF tenha crescido 8% em 2011 comparado com o período homólogo. Sector Sul Africano de painéis derivados de madeira De acordo com as estatísticas locais, as licenças para construção residencial terão recuperado 7% entre Janeiro e Novembro em comparação com o ano anterior, e o sector mobiliário terá recuperado em 2011 2,3%, quando comparado com o período homólogo (de acordo com o Innomis). 3.2. Análise por Área Geográfica 3.2.1. Península Ibérica A Península Ibérica continuou a enfrentar condições de mercado adversas, devido à situação macroeconómica e ao consequente anúncio de medidas de austeridade em ambos os países, que está a causar um ambiente económico muito deprimido que está já a ter impacto na procura. As licenças de construção para novas habitações em Portugal estão 20%1 abaixo dos valores do ano passado, após uma redução já sentida em 2010 de 9%2 em relação a 2009. A mesma situação é vivida em Espanha com uma redução de 13%3 em cima de outra redução já sentida em 2010 de 17%4. O volume de vendas a partir da Península Ibérica no 4T11, quando comparado com 3T11 caiu 3% mas o volume de negócios subiu ligeiramente alcançando 92 milhões de euros. O

1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Fevereiro 2012 (para o período entre Jan. e Nov.) 2 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Fevereiro 2012 (comparando 2010 com 2009) 3 Fonte: Ministerio de Fomento, Fevereiro 2012 (para o período entre Jan. e Nov.) 4 Fonte: Ministerio de Fomento, Fevereiro 2012 (comparando 2010 com 2009)

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EBITDA recorrente recuperou de 5,3% para 7,5%, devido à adopção de uma diferente metodologia para alocação de custos fixos entre os trimestres, já referida anteriormente. Considerado a mesma base de alocação de custos utilizada no ano passado, do 3T11 para o 4T11, o EBITDA recorrente teria diminuído 1,5pp de 8,1% para 6,6% (em vez de subir de 5,3% para 7,5%). A causa principal para um EBITDA recorrente tradicionalmente mais baixo neste trimestre são os elevados custos variáveis por unidade produzida nesta altura do ano, nomeadamente os da madeira e os da energia, e particularmente este trimestre houve uma subida muito elevada do custo dos químicos. Também a menor actividade que caracteriza o mês de Dezembro impacta os resultados do último trimestre.

9398

105

90 92

4,6% 6,7%

10,0%

5,3%

7,5%

5,9%9,2% 8,1%

6,6%

4T10 1T11 2T11 3T11 4T11

V olum e de Negócios* e M argem E BITDA Recorrente Península Ibérica

€ M n

341

367384

9,9%

7,4%

7,5%

FY09 FY10 FY11

Volume de Negócios* e Margem EBITDA Recorrente Península Ibérica

€ Mn

- - - Percentagem de EBITDA Recorrente considerando a mesma repartição de custos fixos utilizada no ano passado * Inclui vendas entra empresas do grupo

Comparando FY11 com FY10, o volume de vendas a partir da Península Ibérica aumentou 1%, e o volume de negócios subiu 5%. A margem de EBITDA recorrente manteve-se em 7,5%, o que significa que o aumento do volume de negócios e a redução de custos fixos foram absorvidos pelos elevados custos dos químicos, da energia e da madeira. 3.2.2. Europa Central (Alemanha, França e Reino Unido) Na Europa Central, a actividade tem vindo a recuperar, impactando positivamente o volume de negócios nesta região. Adicionalmente, a margem EBITDA recorrente continua a demonstrar as melhorias de eficiência implementadas.

167

195 199184 182

-0,1%1,5%

7,5% 7,1%5,6%

4T10 1T11 2T11 3T11 4T11

Volume de Negócios* e Margem EBITDA Recorrente Europa Central

€ Mn

694 691

760

-4,0%

0,2%

5,4%

FY09 FY10 FY11

Volume de Negócios* e Margem EBITDA Recorrente Europa Central

€ Mn

* Inclui vendas entra empresas do grupo

Na Alemanha, as licenças de construção para novos edifícios foram 20%5 acima do período homólogo, o que indica que o mercado está a recuperar, ao comparar com o ano transacto, mas a um ritmo mais lento durante o 2S11. Durante o 4T11, comparado com o 3T11, o

5 Fonte: German Federal Statistical Office, Fevereiro 2012 (para o período entre Jan. e Novembro)

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volume de vendas e o volume de negócios desceram ligeiramente o que levou à queda de 1pp da margem de EBITDA recorrente. Comparando FY11 com FY10, o volume de vendas aumentou 4% e volume de negócios subiu 14%. Estes efeitos combinados com melhorias de eficiência levaram a uma subida da margem EBITDA recorrente em 3pp. Em França, a procura de produtos para construção e mobiliário continua fraca, havendo no entanto algumas tendências positivas, como é o caso das licenças de construção de novas habitações que subiram 16%6, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Durante o 4T11, comparado com o 3T11, o volume de vendas caiu 6%, e o volume de negócios desceu 4%. Os custos variáveis subiram 6%, não apenas devido à subida dos custos da madeira em 6% mas também aos custos da energia que foram 14% mais elevados. Estes efeitos combinados levaram a uma queda da margem EBITDA recorrente de 8pp. Comparando FY11 com FY10, o volume de vendas aumentou 10% e o volume de negócio cresceu 19%, o que levou à recuperação da margem EBITDA recorrente em 14pp. No Reino Unido, as encomendas para novas habitações caíram 2%7, quando comparado com o período homólogo. No entanto, em Junho 2011, ocorreu um incêndio na fábrica do Reino Unido o que interrompeu a actividade normal de produção desde essa altura, tendo sido reiniciada no final de Janeiro de 2012. Entre Junho e Dezembro, o fornecimento de placas para os clientes do Reino Unido foi efectuado através de outras fábricas da Europa, o que dificulta comparações com o ano anterior. Na Europa Central, do 3T11 para o 4T11, apesar da actividade ter sido afectada pelas condições de inverno, o volume de negócios apenas diminuiu 1% para 182 milhões de Euros e, o EBITDA recorrente caiu 1.5pp de 7,1% para 5,6%. Quando comparando FY11 com FY10, o volume de vendas subiu 1% e o volume de negócio cresceu 10% o que combinado com melhorias de eficiência operacionais levou a uma subida de 5pp da margem de EBITDA recorrente atingindo 5,4%. 3.2.3. Resto do Mundo (Canadá e África do Sul) O desempenho no Canadá e África do Sul, reflecte a conjugação de distintas tendências do mercado e dos impactos específicos, o que dificulta comparações directas.

62 62 62 63 68

16,3%12,7%

15,6% 17,0%13,9%

4T10 1T11 2T11 3T11 4T11

Volume de Negócios* e Margem EBITDA Recorrente Resto do Mundo

€ Mn

263251 255

15,3%

17,0%

14,8%

FY09 FY10 FY11

Volume de Negócios* e Margem EBITDA Recorrente Resto do Mundo

€ Mn

* Inclui vendas entra empresas do grupo

Na América do Norte, a construção de novas habitações recuperou 4%8 nos EUA mas recuou 4%9 no Canadá, o que demonstra existirem sinais de recuperação do mercado dos 6 Fonte: Service économie statistiques et prospective (Ministère de l'Écologie, de l'Energie, du Développement durable et de l'Aménagement du territoire), Fevereiro 2012 (para o período entre Jan. e Novembro) 7 Fonte: Office for National Statistics UK, Fevereiro 2012 (para o período entre Jan. e Setembro) 8 Fonte: RISI Fevereiro 2012 (entre Janeiro e Dezembro, em relação ao mesmo período do ano transacto) 9 Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, Fevereiro 2012 (entre Janeiro e Setembro, em relação ao mesmo período do ano transacto)

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EUA. O volume de vendas no 4T11 contrariou o movimento sazonal geralmente negativo subindo 2%, incluindo uma maior percentagem de produtos de valor acrescentado vendidos, e o volume de negócios (em moeda local) foi 23% acima, quando comparando com o 3T11. No entanto, estes efeitos positivos não foram suficientes para superar a subida de 6% dos custos de produção, levando a uma queda da margem EBITDA recorrente de 3pp. Comparando o FY11 com FY10, o volume de vendas caiu 4% mas o volume de negócios (em moeda local) recuperou 2%. A nossa quota de mercado em 2011 voltou a aumentar, apesar de termos assistido a menores vendas10 desta indústria a partir do Canada. No entanto, a margem de EBITDA recorrente caiu 2,8pp devido aos custos variáveis mais elevados nomeadamente dos químicos, que estão 21% acima do custo do ano anterior. Na África do Sul, as licenças de construção residencial registaram um crescimento de 7%11. O volume de vendas e o volume de negócios em moeda local no 4T11, quando comparado com o 3T11 diminuíram 2% e 4%, respectivamente, devido à época de férias, o que levou à queda da margem de EBITDA recorrente em 2pp. Comparando o FY11 com o FY10, o volume de vendas aumentou 8% e o volume de negócios (em moeda local) subiu 6%. No entanto, a margem de EBITDA recorrente recuou 2pp devido à subida de 6% dos custos de produção (principalmente energia, químicos e madeira que estiveram 62%, 11% e 6% respectivamente acima, quando comparado com o ano anterior). O Volume de Negócios no Resto do Mundo no 4T11 subiu 7%, quando comparado com o 3T11, totalizando 68 milhões de Euros mas a margem de EBITDA recorrente caiu 3pp para 14%. Esta redução de EBITDA recorrente é consequência de custos mais elevados. Quando comparado com FY10, o volume de negócios no FY11 subiu ligeiramente e a margem de EBITDA recorrente caiu 2pp para 15% do volume de negócios, devido aos custos variáveis mais elevados, nomeadamente dos químicos (que estão 21% acima no Canada e 11% acima na África do Sul). 3.3. Actividade Financeira em 2011 No FY11, o Volume de Negócios Consolidado foi de 1.364 milhões de Euros, 6% acima do valor alcançado no FY10. O EBITDA recorrente foi de 108 milhões de Euros, o que resultou numa recuperação de 2,4pp de margem de EBITDA recorrente, alcançando 7,9% de volume de negócios. Esta melhoria da margem resulta principalmente de um mercado mais forte e de ganhos de eficiência operacionais na Alemanha e em França.

320352 356

326 331

4,5% 5,0%

9,9%8,8% 8,0%

4T10 1T11 2T11 3T11 4T11

Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Consolidada

€ Mn

1.283 1.2931.364

3,6%

5,5%

7,9%

FY09 FY10 FY11

Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Consolidada

€€ Mn

10 Fonte: CPA: Composite Panel Association 11 Fonte: Statistics South Africa, Fevereiro 2012, (entre Janeiro e Novembro, relativamente ao período homólogo)

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O EBITDA total12 em 2011 foi de 76 milhões de Euros, o que inclui cerca de 25 milhões de Euros da multa imposta pela autoridade da concorrência alemã à Glunz na Alemanha. Esta multa será paga em seis parcelas anuais: a primeira de 2 milhões de euros já foi paga em 2011, a segunda também no valor de 2 milhões de euros será paga em 2012, e as restantes de maior valor, seguidas de uma sétima que representa o pagamento de juros.

% var

Volume de negócios consolidado 1.217 1.293 1.364 6%

Outros Proveitos Operacionais 75 66 67 2%

EBITD A 7 53 76 45%

EBITDA excluindo items não-recorrentes 33 71 108 51%

Margem EBITDA % excluindo items não-recorrentes 2,7% 5,5% 7,9%

Amortizações e depreciações (116) (95) (84) 12%

Provisões e Perdas de Imparidade (29) (19) (18) 5%

R esultados Operacionais (93) (26) (8) 70%

Encargos F inanceiros Líquidos (50) (47) (50) (7%)

Dos quais Juros Líquidos (29) (24) (30) (26%)

Dos quais D escontos F inanceiros Líquidos (13) (13) (13) (0%)

R esultados antes de Impostos (143) (73) (58) 20%

Impostos (4) (2) (0) 87%

Dos quais Impostos Correntes (1) (2) (3) (12%)

R esultado Líquido atribuível aos Accionistas (146) (74) (58) 22%

(milhões euros)

2009* 20112011/ 2010

2010

* Recalculado numa base comparável, excluindo os valores da operação do Brasil

O prejuízo liquido consolidado atribuível aos accionistas da Sonae Indústria no FY11 foi de 58 milhões de Euros, representando uma melhoria de 16 milhões de Euros quando comparado com FY10. Excluindo os custos referentes à multa, os prejuízos alcançados teriam sido de 33 milhões de euros. Os juros líquidos no FY11 estão acima dos valores de FY10 em 6 milhões de Euros, devido à taxa de juro mais elevada.

V o lu m e d e n eg ó c io s co n so lid ad o 320 326 331 3% 2%

O utros P ro ve itos O p era c iona is 13 18 29 125% 66%

E B IT D A 10 26 (1 ) (114% ) (105% )

E B ITD A exc luindo item s não -reco rrentes 14 29 26 85% (8% )

M a rgem E B ITD A % exc l. i tem s não -reco rrentes 4 ,5% 8 ,8% 8,0%

A m ortizações e dep rec iações (21 ) (22 ) (19 ) 9% 12%

P rovisões e P e rdas de Im pa ridade (9 ) (1 ) 18

R es u lta d o s O p era c io n a is (13 ) 5 4 133% (14% )

E nca rgos F inance iros L íquidos (12 ) (12 ) (13 ) (13% ) (7% )

D os qua is Juros L íquidos (6 ) (8 ) (9 ) (34% ) (8% )

D os qua is D escontos F inance iros L íquidos (3 ) (3 ) (4 ) (9% ) (13% )

R esu ltad o s an tes d e Im p o sto s (25 ) (7 ) (9 ) 64% (22% )

Im postos 1 (1 ) 5

D os qua is Im postos C o rrentes (1 ) (0 ) (1 ) (102% ) (163% )

R esu ltad o L íq u id o a trib u íve l ao s Acc io n is tas (23 ) (9 ) (4 ) 82% 52%

4T 11 / 3T 114T 10

4T 11 / 4T 10

(m ilh õ es eu ro s)

4T 113T 11

12 EBITDA = Resultados Operacionais + Depreciações & Amortizações + (Provisões e perdas por imparidade - perdas por imparidade – Reversão de perdas por imparidade + Reversão de perdas por imparidade de clientes + Reversão de perdas por imparidade de outros devedores - Ganhos em provisões)

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No 4T11, o Volume de Negócios Consolidado atingiu 331 milhões de Euros, o que representa uma recuperação de 2% face ao 3T11. No entanto, o aumento do custo das matérias-primas (não compensada por ajustamentos de preços), combinada com as medidas de redução de stock implementadas, levou a uma queda de 0,8pp no EBITDA recorrente, para 26 milhões de euros (8% do Volume de Negócios). O EBITDA total no 4T11 foi negativo em 1 milhão de euros, o qual inclui cerca de 25 milhões de Euros da multa, que estavam já registados na conta de provisões deste o 2T11.

(milhões euros)

Activos Não Correntes 1.135 1.103 1.081 1.049 1.064Imobilizações Corpóreas 984 953 935 905 915Goodwill 94 93 93 93 93Impostos Diferidos Activos 40 38 36 34 38Outros Activos Não Correntes 17 19 17 17 18Activos Correntes 351 383 398 398 368Existências 129 138 147 145 137Clientes 159 202 202 191 158Caixa e Investimentos 27 11 14 10 24Outros Activos Correntes 35 33 34 52 48Total do Activo 1.486 1.486 1.478 1.447 1.432

Capitais Próprios 298 269 244 231 236Interesses Minoritários 1 1 0 0 0Capitais Próprios + Interesses Minoritários 299 270 244 232 236

Dívidas a Terceiros 745 740 742 734 739 CP 175 140 116 106 157 MLP 570 599 626 628 581Fornecedores 152 185 174 168 161Outros Passivos 290 291 318 313 296Total do Passivo 1.187 1.216 1.234 1.215 1.196Total do Passivo, Capitais Próprios e Interesses Minoritários 1.486 1.486 1.478 1.447 1.432

Dívida Líquida 718 729 728 724 715

1T112010 9M11 20111S 11

No 4T11, o prejuízo líquido consolidado atribuível aos accionistas da Sonae Indústria, foi de 4 milhões de Euros, uma melhoria de 19 milhões de Euros face ao 4T10.

Durante o ano de 2011, o Activo Fixo aumentou 35 milhões de Euros, dos quais 26 milhões de euros são na sua maioria relacionados com investimentos em manutenção, segurança, saúde e ambiente. Cerca de 3 milhões de euros foram investidos num projecto no Canada para aumentar a capacidade de utilização de madeira reciclada na linha de produção mais

104 6

7

47

7

7

9

4

7

1428

22

35

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2009 2010 2011

Activo Fixo Adicional

1T 2T 3T 4T

Milhões Euros

6 milhões de Euros são relativos à reconstrução da fábrica do Reino Unido

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recente e 6 milhões de Euros estão relacionados com a reconstrução da fábrica do Reino Unido, que foram pagos ao abrigo do programa de seguro.

Durante o 4T11, o fundo de maneio13 reduziu em 34 milhões de Euros, o que permitiu voltar a diminuir a divida líquida em 9 milhões de euros. Apesar dos custos das matérias-primas terem sido 8% mais elevados em 2011, quando comparado com 2010, conseguiu-se melhorar o fundo de maneio reduzindo-o em 2 milhões de Euros. Este efeito, combinado com a restrição dos investimentos, permitiu reduzir a dívida líquida em 3 milhões de euros.

O rácio Divida Liquida para EBITDA recorrente cai de 10,1x há um ano atrás para 6,6x nos últimos 12 meses. A divida líquida reduziu em 42 milhões de euros desde 2009 e em 3 milhões de euros durante o ano passado. O EBITDA recorrente é 62 milhões de Euros acima quando comparado com 2009 e 36 milhões de Euros mais elevado do que em 2010. Este é o nono trimestre consecutivo em que se regista uma forte tendência positiva no EBITDA recorrente dos últimos 12 meses. 3.4. Análise das Contas Individuais da Sonae Indústria, SGPS, SA A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade mãe do grupo Sonae Indústria, é responsável por definir as directrizes estratégicas para o grupo, gerir as participações e

13 Fundo de Maneio = Existências + Clientes - Fornecedores

0

100

200

300

400

5001

T0

9

1S

09

9M

09

20

09

1T

10

1S

10

9M

10

20

10

1T

11

1S

11

9M

11

20

11

FUNDO DE MANEIO: 2009 - 2011

€Mn

400

500

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

1T10 1S10 9M10 2010 1T11 1S11 9M11 2011

Dívida Líquida(milhões Euros)

Dívida Líquida/ EBITDA Recor.

Dívida Líquida / EBITDA Recorrente Dívida Líquida

EBITDA recorrente dos últimos 12 meses

12M EBITDA Recurrente

(milhões Euros)

120

110

100

90

80

70

60

50

40

O Fundo de Maneio foi reduzido em 122 milhões de euros desde Dezembro de 2008

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monitorizar a actividade das suas subsidiárias. Entre as várias actividades, a sociedade é responsável pela função financeira global, alocando fundos e gerindo as necessidades de tesouraria das suas subsidiárias. 3.5. Actividade desenvolvida pelos Membros Não-Executivos do Conselho de Administração Todos os administradores não executivos da Sonae Indústria integram uma das Comissões do Conselho de Administração com Competências Especializadas, (a descrição pormenorizadas das suas funções está descrita no Relatório do Governo da Sociedade). Nesse foro aqueles administradores analisam as matérias que são da competência da respectiva Comissão, dando directrizes à sociedade sobre as mesmas e apresentando propostas ao Conselho de Administração. Para além dessa participação nas Comissões Especializadas, os administradores não executivos participam activamente nas reuniões do Conselho de Administração, onde discutem e questionam as matérias em análise. Os membros não executivos do Conselho de Administração participam igualmente, de acordo com a experiência profissional que possuem, na análise da optimização da estrutura industrial, projectos de expansão e de reestruturação, no desenvolvimento de contactos internacionais relevantes com possíveis parceiros e autoridades, no âmbito das áreas geográficas em que a sociedade está actualmente presente ou em que equaciona poder vir a investir. 3.6. Gestão de Riscos 3.6.1. Risco de crédito 1. Créditos sobre clientes O risco de crédito, na Sonae Indústria, resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus Clientes, relacionados com a actividade operacional. O principal objectivo da gestão de risco de crédito, na Sonae Indústria, é garantir a cobrança efectiva dos recebimentos operacionais de Clientes em conformidade com as condições negociadas. De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por parte dos Clientes, as empresas do Grupo expostas a este tipo de risco têm: - Constituído um Comité de análise e acompanhamento do Risco de Crédito; - Implementado processos e procedimentos pró-activos de gestão de crédito sempre suportados por sistemas de informação; - Mecanismos de cobertura (seguros de crédito, cartas de crédito, etc). Para promover uma troca de experiências num nível horizontal mais amplo, a Sonae Indústria criou o “Fórum de Gestão de Risco de Crédito”. O objectivo é partilhar experiências, competências e informações que irão promover a definição de directrizes e implementação de acções chave que sejam sustentáveis. 2. Outros activos financeiros para além de créditos sobre clientes Para além dos activos resultantes das actividades operacionais, as empresas do Grupo detêm activos financeiros decorrentes do seu relacionamento com Instituições Financeiras, tais como depósitos bancários, investimentos financeiros e derivados financeiros (com valor de mercado positivo). Consequentemente, existe também risco de crédito associado ao potencial incumprimento pecuniário das Instituições Financeiras que são contraparte nestes relacionamentos. Preferencialmente, as empresas do Grupo, tem operações de financiamento com Instituições Financeiras que possuem um rating mínimo de Investment Grade. Por outro lado, de um modo geral, a exposição relacionada com este tipo de activos financeiros é amplamente diversificada e de duração limitada no tempo.

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3.6.2. Riscos de Mercado 1. Risco de Taxa de Juro Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável nas suas Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de juro. Regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro. Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria. Como excepções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae Indústria pode contratar derivados de taxa de juro. 2. Risco de Taxa de Câmbio Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. As Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de translação como de transacção. Também como regra do Grupo, sempre que possível e economicamente viável, as empresas do Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira. Ainda como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da actividade operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco cambial deve ser mitigado através da contratação de derivados cambiais levados a cabo na subsidiária exposta ao referido risco. As empresas do Grupo não contratam derivados cambiais com objectivos de trading, geração de proveitos ou fins especulativos. Como política, o risco de translação em resultado da conversão do investimento (Capitais Próprios) em subsidiárias não Euro, não é coberto uma vez que estes investimentos são considerados de longo prazo e se assume que a cobertura destes valores não acrescenta valor no longo prazo. Os ganhos e as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de câmbio dos valores de Capitais Próprios denominados em outras divisas que não o Euro, são contabilizados na rubrica Reservas de Conversão, incluída na rubrica de outro Rendimento Integral Acumulado. 3.6.3. Risco de Liquidez A gestão de risco de liquidez, na Sonae Indústria, tem por objectivo garantir que a sociedade possui capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário para poder levar a cabo as suas actividades de negócio, implementar a sua estratégia, e cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis. Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspectos: a) Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao nível das operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual); b) Diversificação de fontes de financiamento; c) Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração excessiva em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida;

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d) Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo (committed e uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de operações financeiras (como é o caso do programa de Securitização de créditos comerciais). Isto ajuda a assegurar um balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados. Ainda com o objectivo de mitigar o Risco de Liquidez, é política da Sonae Indústria não admitir nos seus contratos de financiamento, cláusulas relativas ao cumprimento de rácios financeiros que possam conduzir ao vencimento antecipado dos financiamentos. Esta política tem em linha de conta o carácter cíclico da indústria de painéis de madeira, o qual afecta directamente os valores observados para os rácios financeiros ao longo do ciclo económico 3.6.4. Riscos Legais A Sonae Indústria e suas participadas estão obrigadas, e promovem activamente, o respeito pelas leis aplicáveis nos países e regiões em que operam. Mudanças nesses enquadramentos legais podem traduzir-se em alterações, ou mesmo restrições, às condições actuais de exploração, e podem originar custos acrescidos. Entre Março de 2009 e Setembro de 2011, a Glunz AG, a GHP GmbH, e outros fabricantes alemães de painéis derivados de madeira foram submetidos a um procedimento de investigação pela Autoridade da Concorrência alemã por alegada violação do direito da concorrência. Um escritório de advogados líder do mercado alemão foi contratado para ajudar Glunz AG e GHP GmbH. Em Julho de 2011, a Glunz AG, concordou com a Autoridade da Concorrência alemã (Bundeskartellamt) sobre os termos de um acordo (liquidação), que poria fim à investigação em curso, nos termos do qual a Glunz AG concordou em pagar uma multa de um montante a ser determinado, mas que não seria superior a 27,7 milhões de euros. Foi também acordado que a multa aplicada seria paga em seis parcelas anuais (as duas primeiras são de 2 milhões de euros cada, e as restantes de valores superiores), seguidas de uma sétima que representa o pagamento de juros. Em Setembro de 2011, a Autoridade da Concorrência alemã emitiu uma decisão final de aplicação de uma coima de 27,7 milhões de euros à Glunz, a serem pagos nas condições acima referidas. Esta decisão foi posteriormente revista a pedido Glunz e o montante final da coima - emitido em Dezembro - foi reduzido para cerca de 25 milhões de euros, a ser pago em condições semelhantes. A Sonae Indústria, SGPS, SA é, e pretende continuar a ser, justamente reconhecida pela forma como age de acordo com as regras e os valores da concorrência com base no mérito, na força dos mercados livres e respeito ilimitado para o consumidor. Para atingir esse objectivo, estão em vigor medidas para reforçar a promoção e divulgação das iniciativas de conformidade existentes dentro do grupo. Tais medidas incluem formação para os colaboradores, a fim de garantir que todas as partes da nossa organização, em todas as geografias têm uma consciência mais profunda e mais completa e um respeito mais rigoroso perante as suas obrigações legais. 3.6.5. Riscos Operacionais O fabrico de painéis derivados de madeira é uma actividade industrial com um risco operacional muito significativo, quer de incêndio, quer de explosão. Consequentemente, a gestão de risco operacional desenvolve a sua actividade na implementação de normas e na escolha de sistemas passíveis de redução dos riscos das unidades industriais. Uma descrição pormenorizada deste ponto encontra-se no Relatório do Governo da Sociedade

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3.7. Relatório de Social e Ambiental O nosso contexto de negócio Somos um dos maiores produtores mundiais de painéis derivados de madeira, com 27 fábricas localizadas em 7 países, distribuídos por 3 continentes. Em 2011, a nossa actividade englobava, a nível mundial, 4.71214 colaboradores e um volume de negócios de 1.364 milhões de euros. Os nossos produtos são vendidos em 92 países e temos uma capacidade produtiva anual superior a 7 milhões de m3 de painéis derivados de madeira.

Sites da Sonae Indústria (Dez. 2011)

A nossa história Desde a fundação, em 1959, levámos a cabo um processo de expansão, concretizado de forma consolidada e durante um longo período, através de crescimento orgânico e de aquisições. Ao longo da década de 90, foram realizadas aquisições e efectuados investimentos significativos em projectos de raiz no Brasil, Canadá, África do Sul, Espanha e Reino Unido. Em 1998, através da aquisição do grupo alemão Glunz, expandimo-nos para a Alemanha e França. Em 2006, adquirimos os activos do grupo alemão Hornitex e uma fábrica de aglomerado de partículas em França (Darbo). Em 2007 a nossa produção de

14 Internos FTE (Full Time Equivalents) excluindo estagiários

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painéis de crus tinha crescido para mais de 10 milhões de m3 que comparava com a penas 2 milhões de m3 em 1997. Em 2008 e 2009 fomos forçados a tomar medidas de retracção, encerrando activos insustentáveis e desinvestindo em activos específicos perante a existência de melhores intervenientes, e a prosseguir a nossa actividade de forma mais eficiente e flexível do que anteriormente. Em 2008, encerrámos duas linhas: uma de aglomerado de partículas na fábrica de Valladolid (Espanha) e outra de MDF na fábrica de Meppen (Alemanha). Em Março de 2009, encerrámos as fábricas de aglomerado de partículas em Coleraine (Reino Unido) e em George (África do Sul). Para além destas, em Junho, encerrámos duas fábricas em França, St. Dizier e Châtellerault. No 4º trimestre de 2009, encerrámos a fábrica de Kaisersesch e no início de 2010, encerrámos a unidade de Duisburg (a qual tinha parado a produção no início de 2009). No decurso de 2009 e em linha com a estratégia de reforço do balanço, tomou-se a decisão de alienar as operações no Brasil, o que foi facilitado pelo processo de consolidação já a decorrer neste mercado. Em Abril de 2010, vendemos também a fábrica de Lure (França) à Swedspan, uma subsidiária do grupo INGKA (que também detém o grupo IKEA).

Evolução da capacidade deste 1992 O processo decisório subjacente ao encerramento das diversas unidades industriais assentou numa perspectiva, o mais abrangente possível, de análise custo-benefício, efectuada casuisticamente Esta incluiu os impactos sociais e ambientais, presentes e futuros, de cada operação. Este processo de reestruturação resultou numa redução total da nossa capacidade produtiva de 2.600.000 m3 (incluindo 640.000 m3 de redução proveniente da venda da Tafisa Brasil) e na venda da unidade de Lure (em 2010). À data deste relatório, a nossa capacidade produtiva total era de praticamente 7.455.000 m3. A nossa estrutura de capital Sonae Indústria tem um accionista maioritário – EFANOR - que detém 51% do seu capital e é cotada na NYSE Euronext Lisbon.

0,831,7

6,71 7,34

10,1

8,0 7,5 7,5

0

2

4

6

8

10

12

1992 1997 1999 2004 2007 2009 2010 2011

Millions of m3

1993Aquisição da Tafisa – o 2º maior produtor em Espanha – com unidades industriais em Espanha e no Canadá

1997Período de Investimento em unidades novas no Brasil, África do Sul e Reino Unido.

1999-2004Reestruturação da Glunz

Período de Investimento em Portugal, Espanha, Canadá e Brasil.Aquisição da Sappi na África do Sul.

,

,

,

1998Aquisição da Glunz com operações na Alemanha, França e Reuno Unido.

2005JV com a Tarkett (Alemanha)

2006Aquisição da Hornitex e da Darbo

ABRIL2010

Venda da fábrica de Lure (França)

2008+2009Fase de reestruturação

AGOSTO2009

Venda das operações no Brasil

Milhões de m3

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Até 2005, a Sonae Indústria foi uma subsidiária da Sonae, altura em que decorreu um processo de autonomização (spin-off) desta sociedade, que passou a focar-se exclusivamente no seu negócio principal: a produção de painéis derivados de madeira. A nossa actividade está orientada para a melhoria do desempenho operacional e temos orgulho na solidez e eficiência da nossa força laboral. Através de regras claras de governo da sociedade, de uma gestão de risco eficiente e de uma preocupação genuína com o ambiente e a segurança das pessoas, o nosso propósito é sermos reconhecidos como um líder mundial sustentável no sector da indústria de painéis derivados de madeira. Os nossos valores e estratégia Os nossos valores representam a pedra fundamental sobre a qual construímos o nosso negócio e servem para orientar o nosso comportamento: Ambição, Inovação Autenticidade e Responsabilidade. Nos últimos trimestres, temos vindo a dar especial atenção a 4 directrizes estratégicas que queremos prosseguir no longo prazo para melhorar significativamente a nossa performance. São elas: 1. Construir uma equipa de elevada qualidade, com pessoas talentosas, capazes e

comprometidas Um programa de alinhamento e desenvolvimento de pessoas está já a decorrer

2. Criar uma cultura de alta performance fomentando a excelência operacional e a

inovação Foi lançado um programa estruturado para desenvolver as melhores práticas e a partilha de conhecimento, reforçada por uma abordagem lean manufacturing

3. Ser uma empresa com enfoque no mercado e com uma oferta integrada e

consistente Foi lançada a colecção global Innovus que tem vindo a ganhar uma crescente aceitação pelos nossos clientes

4. Desenvolver fábricas competitivas, com fornecimento seguro de madeira

Estão a decorrer várias iniciativas que visam aumentar a flexibilidade de utilização da matéria prima utilizada (por exemplo o investimento no Canadá para aumentar a utilização de madeira reciclada numa das mais recentes linhas de produção)

Os nossos produtos e as suas variadas aplicações Os painéis derivados de madeira são uma alternativa valiosa à madeira maciça com algumas vantagens claras, nomeadamente, a utilização eficiente das matérias-primas. Outra vantagem particular é a flexibilidade dimensional, que (em contraste com a madeira maciça) permite a produção de dimensões feitas-à-medida, as quais podem ser adaptadas aos requisitos das aplicações dos clientes. Assim, hoje em dia assistimos à substituição da madeira maciça pelos painéis derivados de madeira num número crescente de aplicações.

PB MDF OSB

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Os nossos produtos de base são o aglomerado de partículas (PB), muito versátil e indicado para a generalidade das utilizações nas indústrias de mobiliário e construção; o aglomerado de fibras de média densidade (MDF), um excelente substituto da madeira maciça e ideal para o mobiliário, pavimentos e indústria da construção; e os painéis de fibras orientadas (OSB), que são altamente resistentes e indicados para aplicações estruturais e não-estruturais na indústria da construção.

Mais de 50% da nossa produção é transformada em produtos de valor acrescentado, tais como os pavimentos laminados (laminate flooring) e os painéis revestidos a melamina (MFC). Estes, por sua vez, são utilizados numa enorme variedade de aplicações, tais como: mobiliário, pavimentos, gavetas, portas, embalagens, decoração de interior, assim como cozinha e utensílios de jardinagem. Armazenamento de carbono em produtos derivados de madeira Em tempos em que os eventos climáticos extremos, como inundações e secas, sinalizam que a mudança climática é muito mais do que uma discussão científica teórica, as sociedades em geral – e as empresas em particular – estão cada vez mais à procura de formas para combater estes novos cenários climáticos e realidades. Os produtos derivados de madeira, têm um papel importante a desempenhar nesta realidade. A Sonae Indústria acredita que utilizar mais madeira representa um forte contributo para combater as alterações climáticas, porque pode, por um lado, reduzir as fontes de CO2, e por outro lado, aumentar os sumidouros de CO2 e o armazenamento de carbono. A redução das fontes de CO2 resulta da madeira ser um material que armazena energia, podendo substituir, em diversas aplicações, outros materiais que usam mais energia – e geram mais emissões – durante a sua produção. A utilização da madeira pode também aumentar os sumidouros de CO2 e o armazenamento de carbono, uma vez que a própria floresta tem um papel único no sequestro de carbono da atmosfera – as florestas ao crescer, absorvem mais CO2, e os produtos florestais mantêm o carbono armazenado durante sua vida útil. A utilização de produtos de madeira estimula um maior crescimento da floresta, e um mercado eficiente para produtos de madeira oferece um incentivo financeiro para investir na gestão activa da floresta.

COZINHA/ESCRITÓRIO/MOBILIARIO DE CASA CONSTRUÇÃO

PAVIMENTOS DECORAÇÃO EMBALAGEM

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Adicionalmente, quando os produtos de madeira são reutilizados ou reciclados, o armazenamento de carbono é prolongado numa nova vida útil, evitando emissões de CO2 para a atmosfera. Que quantidade de CO2 pode ser poupada com a utilização de madeira? “O efeito combinado de armazenamento e de substituição de carbono significa que um metro cúbico de madeira armazena 0,9 toneladas de CO2 e substitui 1,1 tonelada - num total de 2,0 toneladas de CO2"

Dr Arno Frühwald, Universidade de Hamburgo “Podem ser armazenadas 12-30 toneladas de carbono na construção e conteúdo duma casa média em madeira”

Dr Arno Frühwald, Universidade de Hamburgo 3.7.1. Relatório Social As nossas pessoas Na Sonae Indústria, esforçamo-nos por apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos colaboradores de modo a que possam atingir os seus próprios objectivos de desenvolvimento de carreira.

No final de 2011, a Sonae Indústria empregava 4.712 pessoas em 8 diferentes países.

PENÍNSULA IBÉRICA; 1719

FRANÇA; 554

REINO UNIDO; 216

ALEMANHA; 1564

CANADÁ; 316

ÁFRICA DO SUL; 315 HOLANDA; 27

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Na Sonae Indústria a maioria dos nossos colaboradores têm entre 45 e 54 anos de idade e no total empregamos cerca de 16% de colaboradoras.

Nos últimos anos, a produtividade tem vindo a aumentar de uma forma muito significativa, especialmente devido ao processo de reestruturação que levamos a cabo.

22%

29%34%

15%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

<=34 35 a 44 45 a 54 >=55

Força de Trabalho por idade 84% Sexo masculino 16% Sexo feminino 

Numero de colaboradores e produtividade

1) FTE's (Full time Employees) excluindo estagiários Productividade

2) Hornitex e Darbo BASE 100: 2002

6.895

7.805

6.2245.710

5.438 5.438

6.9446.471

5.3684.789 4.712

100

123,4

149,5

163,8167,0

181,0

166,3

145,3

164,1

176,1

95

120

145

170

195

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

2)

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O absentismo tem vindo a diminuir nos últimos anos

Principais Indicadores de Segurança e Saúde O ano de 2011 foi o quinto ano consecutivo em que se conseguiu medir de uma forma sistemática e consistente os indicadores de desempenho de segurança e saúde nas fábricas da Sonae Indústria. Esses indicadores (consolidados no país e no mundo) são mostrados nas figuras abaixo.

Índice de casos de acidentes com baixa por País 

Em 2011 houve uma melhoria no índice de casos de acidentes com baixa apresentado este uma redução de 19% quando comparado com 2010. Desde 2008 houve uma diminuição de 31%, apesar de um desempenho não tão positivo em 2010.

6,3%5,5% 5,7%

5,0% 5,0%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

2007 2008 2009 2010 2011

Absentismo 

0

2

4

6

8

10

12

Iberia França Alemanha Reino Unido Canada África do Sul Sonae Indústria

Índice de casos de acidentes com baixa

FY'08 FY'09 FY'10 FY'11

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Índice de gravidade 

Apesar da diminuição significativa do número de acidentes (índice de casos de acidentes com baixa), o índice de gravidade aumentou 24% em 2011 comparado com o ano anterior, devido principalmente a casos de dores prolongadas nas costas que originaram muito tempo fora do local de trabalho. Um programa específico para lidar com a causa destas lesões foi lançado. Globalmente, desde 2008 há uma diminuição de 5% do índice de gravidade no grupo.

Notas: Casos de acidentes com baixa: qualquer acidente ou doença ocupacional que impeça o colaborador de apresentar-se ao trabalho, em qualquer turno subsequente e calendarizado. Acidentes fatais e doenças são considerados Casos de acidentes com baixa, independentemente do tempo que medeia o acidente e o falecimento em consequência da doença. Índice de casos de acidentes com baixa: Número de casos de acidentes com baixa *200 000/ Número de horas trabalhadas. Representa o número de casos de acidentes com baixa por 100 trabalhadores (calculados numa base de 200,000 horas por colaborador (100 colaboradores a tempo inteiro, a trabalhar 50 semanas, 40 horas por semana). Índice de gravidade = Número de dias de trabalho perdidos devido a casos de acidentes com baixa *1.000 / Número de horas trabalhadas

3.7.2. Relatório ambiental

Consumo de madeira (tonelada/m3 produzido)

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

Iberia França Alemanha Reino Unido Canada África do Sul Sonae Indústria

Índice de gravidade

FY'08 FY'09 FY'10 FY'11

0,70 0,71 0,70 0,72 0,70

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

2011 2010 2009 2008 2007

Consumo de madeira por m3 produzido(tonelada seca/m3)

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O consumo específico de madeira melhorou em relação aos valores 2010, numa tendência que foi registada ao longo de 2011. Todas as operações contribuíram para este progresso, com França a registar as maiores melhorias

Consumo de Madeira por tipo

No computo geral de abastecimento de madeira para todas as operações da Sonae Indústria a contribuição de madeira reciclada permaneceu estável quando comparado com os valores em 2010. A contribuição relativa de rolaria aumentou durante 2011. A operação em Eiweiler (joint-venture com Tarket), bem como as operações francesas, foram as que mais contribuíram para essa tendência Consumo de agua (m3/m3) - Municipal, à superfície e subterrânea Consumo específico de água melhorou em relação ao ano de 2010, alcançando o melhor desempenho nos últimos 5 anos. As contribuições mais significativas para esta tendência foram a partir de França (principalmente Le Creusot) e Alemanha (principalmente Horn e Beeskow).

40

%

43

%

34%

59

%

55

% 61

%

38

%

35

%

41

%

37

%

18

%

5%

84

%

39

%22%

22

%

26

%

3%

27

%

95

%

16

%

FY'10 FY'11 Pen. Ibérica França Alemanha Reino Unido Canada Africa do Sul

0,490,54 0,57 0,57 0,55

0,0

0,2

0,4

0,6

2011 2010 2009 2008 2007

Consumo de água por m3 produzido(m3/m3)

Reciclados Subprodutos Rolaria

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Geração de Resíduos (kg/m3) – Resíduos perigosos e não perigosos A geração de resíduos específicos melhorou consistentemente quando comparado com os valores de 2010 e de anos anteriores. França (principalmente Linxe & Le Creusot), e o Canadá foram as melhores performances a contribuir para esta melhoria. Apenas o Reino Unido foi uma excepção, com um aumento significativo deste indicador, afectado pela interrupção da actividade.

Sistemas de Gestão Na Sonae Indústria, procura-se constantemente desenvolver e melhorar os sistemas de qualidade ambiental e de segurança e saúde. Durante 2011, foram obtidas novas certificações para gestão ambiental (ISO 14001) para a operação de laminados de alta pressão na Maia e para a operação de aglomerado em Solsona, Espanha. Além disso, e seguindo os esforços da Sonae Indústria para desenvolver na sua cadeia de responsabilidade matérias-primas com base na floresta, várias operações alcançaram as suas certificações de PEFC (Programa para o Reconhecimento de Certificação Florestal) e de FSC (Forest Stewardship Council): Auxerre, Le Creusot e Ussel, em França; Horn e Nettgau, na Alemanha; Cuellar, em Espanha, e Alcanede, Castelo de Paiva e Vilela, em Portugal. As especificações da Norma de Segurança e Saúde Ocupacional (OHSAS 18001) têm os requisitos para um sistema de gestão de segurança e saúde, que apoia o nosso compromisso com a Saúde interna e com as normas de segurança. Com vista ao controlo absoluto dos riscos em termos de Saúde e Segurança bem como da melhoria de desempenho, em linha com o compromisso da gestão de topo, foram obtidas novas certificações em três fábricas em OHSAS 18001: Linares, Valladolid e Cuellar, em Espanha.

25,4 29,1 33,940,0 35,6

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

2011 2010 2009 2008 2007

Geração de resíduos por m3

produzido (kg/m3)

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Para um panorama geral das certificações actuais, por favor consulte o quadro abaixo.

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3.8. Acções próprias A sociedade não adquiriu, nem alienou acções próprias durante o exercício. À data de 31 de Dezembro, a sociedade não detinha acções próprias. 3.9. Proposta de Aplicação de Resultados A Sonae Indústria, SGPS, SA, enquanto sociedade gestora das participações sociais do grupo, com base nas contas individuais, gerou um Resultado Líquido no exercício de 2011 de 175.705,95 euros e, numa base consolidada, gerou um Resultado Liquido negativo de 57,800,172 euros. O Conselho de Administração, irá propor, na Assembleia Geral de Accionistas, que o Resultado Líquido de 175.705,95 euros seja levado a resultados transitados. 3.10. Perspectivas futuras Para 2012, esperamos que nossas margens de EBITDA continuem a melhorar, sustentada em mais eficiências operacionais, um enfoque mais forte no cliente com base numa oferta mais integrada e fiável e um maior equilíbrio entre oferta e procura na maioria dos mercados, onde operamos. É expectável que estes efeitos combinados nos permitam gerar margens de contribuição mais elevadas. A gestão do fundo de maneio permanecerá como uma prioridade e continuaremos a ser muito selectivos nos investimentos a fim de alcançar maior desalavancagem em 2012. 3.11. Política de Dividendos O Conselho de Administração definiu como objectivo a distribuição de 50% dos lucros da sociedade. Em cada ano o rácio de pagamento real a ser proposto pelo Conselho de Administração terá em consideração o grau de solidez da estrutura de capitais da sociedade, assim como o plano de investimentos existente. 3.12. Agradecimentos Gostaríamos de agradecer a todos os colaboradores pela dedicação que têm demonstrado, principalmente neste ambiente de mercado menos positivo. Aproveitamos esta oportunidade para agradecer também aos nossos accionistas, clientes, fornecedores e comunidades locais pela confiança em nós depositada. 28 de Fevereiro de 2012 O Conselho de Administração, _________________________ Belmiro de Azevedo

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_________________________ Álvaro Cuervo García _________________________ Paulo Azevedo _________________________ Albrecht Ehlers _________________________ Rui Correia _________________________ João Paulo Pinto _________________________ Christophe Chambonnet

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RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

2011

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RELATÓRIO DO GOVERNO DA SOCIEDADE

0. Declaração de cumprimento

A Sonae Indústria, SGPS, SA (Sonae Indústria) encontra-se sujeita ao Código de Governo das Sociedades publicado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários em Janeiro de 2010, o qual se encontra publicado no endereço www.cmvm.pt. Das recomendações constantes do Código de Governo a que se encontra sujeita a Sonae Indústria apenas não cumpre 2 das recomendações, pelas razões abaixo explicitadas. Além do cumprimento das obrigações legais e das recomendações do referido Código a Sonae Indústria, consciente da importância de um bom governo corporativo, quer para os seus negócios, quer para os seus accionistas, procura constantemente adoptar as melhores práticas em todas as áreas em que actua, tendo elaborado o seu próprio código de conduta, o qual pode ser consultado no sítio da sociedade www.sonaeindustria.com. Durante o ano de 2011, o Conselho de Administração, deliberou introduzir algumas alterações no Código de Ética tendo as mesmas como objectivo reforçar o princípio, que já constava do mesmo, de que todos os administradores e colaboradores do Grupo devem pautar as suas condutas pelo estrito cumprimento das leis aplicáveis.

RECOMENDAÇÃO Grau de

Cumprimento Relatório do

Governo

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

I.1.1 O presidente da mesa da assembleia-geral deve dispor de recursos humanos e logísticos de apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica da sociedade.

Cumpre 1.1

I.1.2 A remuneração do presidente da mesa da assembleia-geral deve ser divulgada no relatório anual sobre o governo da sociedade.

Cumpre 1.2

I.2 PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA

I.2.1 A antecedência imposta para a recepção, pela mesa, das declarações de depósito ou bloqueio das acções para a participação em assembleia-geral não deve ser superior a 5 dias úteis

Cumpre 1.3

I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia-geral, a sociedade não deve obrigar ao bloqueio durante todo o período que medeia até que a sessão seja retomada, devendo bastar-se com a antecedência exigida na primeira sessão

Cumpre 1.3

I.3 VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO

I.3.1 As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária ao voto por correspondência e, quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência

Cumpre 1.3.

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electrónico.

I.3.2 O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida por correspondência não deve ser superior a 3 dias úteis.

Cumpre 1.3.

I.3.3 As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e a participação accionista, preferencialmente através de previsão estatutária que faça corresponder um voto a cada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que, designadamente: i) tenham acções que não confiram o direito de voto; ii) estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados.

Cumpre 1.3.

I.4 QUÓRUM DELIBERATIVO

As sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

Cumpre 1.3.

I.5 ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS

Extractos de actas das reuniões da assembleia-geral, ou documentos de conteúdo equivalente, devem ser disponibilizados aos accionistas no sítio da Internet da sociedade no prazo de 5 dias, após a realização da assembleia-geral, ainda que não constituam informação privilegiada. A informação divulgada deve abranger as deliberações tomadas, o capital representado e os resultados das votações. Estas informações devem ser conservadas no sítio na Internet da sociedade durante pelo menos três anos.

Cumpre 1.3.

I.6 MEDIDAS RELATIVAS AO CONTROLO DAS SOCIEDADES

I.6.1 As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Os estatutos das sociedades que, respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de forma individual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos será sujeita a deliberação pela Assembleia Geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal - e que nessa deliberação se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.

Cumpre 1.3.

I.6.2 Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa forma a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

Cumpre 1.3.

II. ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

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II.1 TEMAS GERAIS

II.1.1 ESTRUTURA E COMPETÊNCIA

II.1.1.1 O órgão de administração deve avaliar no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade, o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seu funcionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para os superar.

Cumpre 2.1.

II.1.1.2 As sociedades devem criar sistemas internos de controlo, e gestão de riscos, em salvaguarda do seu valor e em benefício da transparência do seu governo societário, que permitam identificar e gerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintes componentes: i) fixação dos objectivos estratégicos da sociedade em matéria de assumpção de riscos; ii) identificação dos principais riscos ligados à concreta actividade exercida e dos eventos susceptíveis de originar riscos; iii) análise e mensuração do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv) gestão do risco com vista ao alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica da sociedade quanto à assunção de riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adoptadas e da sua eficácia; vi) adopção de mecanismos internos de informação e comunicação sobre as diversas componentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliação periódica do sistema implementado e adopção das modificações que se mostrem necessárias.

Cumpre 2.2.2.

II.1.1.3 O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização a responsabilidade pela avaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respectivo ajustamento às necessidades da sociedade.

Cumpre 2.2.4.

II.1.1.4 As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade: i) identificar os principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da actividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema de gestão de riscos.

Cumpre 2.4.

II.1.1.5 Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamento os quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade.

Cumpre 2.3.

II.1.2 INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIA

II.1.2.1 O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membros executivos.

Cumpre 2.1.1. e 2.1.2.

II.1.2.2 De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado de administradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estrutura accionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total de administradores.

Cumpre 2.8.

II.1.2.3 A avaliação da independência dos seus membros não executivos feita pelo órgão de administração deve ter em conta as regras legais e regulamentares em vigor sobre os requisitos de independência e o regime de

Cumpre 2.8.

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incompatibilidades aplicáveis aos membros dos outros órgãos sociais, assegurando a coerência sistemática e temporal na aplicação dos critérios de independência a toda a sociedade. Não deve ser considerado independente administrador que, noutro órgão social, não pudesse assumir essa qualidade por força das normas aplicáveis.

II.1.3 ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃO

II.1.3.1 Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão de auditoria ou da comissão para as matérias financeiras deve ser independente e possuir as competências adequadas ao exercício das respectivas funções.

Cumpre 2.11.

II.1.3.2 O processo de selecção de candidatos a administradores não executivos deve ser concebido de forma a impedir a interferência dos administradores executivos.

Cumpre 2.8.

II.1.4 POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

II.1.4.1 A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos meios através dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente, incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamento a ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendido pelo declarante.

Cumpre 2.13.

II.1.4.2 As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o governo das sociedades.

Cumpre 2.13.

II.1.5 REMUNERAÇÃO

II.1.5.1 A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de longo prazo da sociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Para este efeito, as remunerações devem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinte forma: i) a remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar uma componente variável cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizada pelos órgãos competentes da sociedade, de acordo com critérios mensuráveis pré determinados, que considere o real crescimento da empresa e a riqueza efectivamente criada para os accionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscos assumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da empresa; ii) A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes; iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período; iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da

Cumpre 2.12.

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remuneração que lhes for fixada pela sociedade; v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as acções da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas acções; vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos; vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensação estabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa de administrador não seja paga se a destituição ou cessação por acordo é devida a desadequado desempenho do administrador; viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deverá incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da sociedade.

II.1.5.2 A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deve, além do conteúdo ali referido, conter suficiente informação: i) sobre quais os grupos de sociedades cuja política e práticas remuneratórias foram tomadas como elemento comparativo para a fixação da remuneração; ii) sobre os pagamentos relativos à destituição ou cessação por acordo de funções de administradores.

Cumpre 2.12.

II.1.5.3 A declaração sobre a política de remunerações a que se refere o art. 2.º da Lei n.º 28/2009 deve abranger igualmente as remunerações dos dirigentes na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenha uma componente variável importante. A declaração deve ser detalhada e a política apresentada deve ter em conta, nomeadamente, o desempenho de longo prazo da sociedade, o cumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e a contenção na tomada de riscos.

Cumpre 2.12.

II.1.5.4 Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações do preço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve ser acompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado, das condições a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas em assembleia-geral as principais características do sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários.

Cumpre 2.12.

II.1.5.6 Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nas assembleias-gerais de accionistas.

Não cumpre

Na Assembleia Geral de 2011 nenhum dos membros da Comissão de Vencimentos

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pode estar presente.

II.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

II.2.1 Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração e fiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre 2.1.2.

II.2.2 O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de forma consentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

Cumpre 2.1.2.

II.2.3 Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o conselho de administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de forma independente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aos accionistas no âmbito do relatório sobre o governo da sociedade.

Não Aplicável

II.2.4 O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

Cumpre 2.8.

II.2.5 A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dos pelouros no conselho de administração, designadamente do responsável do pelouro financeiro, e informar sobre ela no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Cumpre 2.6.

II.3 ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

II.3.1 Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

Cumpre 2.7.

II.3.2 O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do conselho de administração e, conforme aplicável, ao presidente do conselho fiscal ou da comissão de auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

Cumpre 2.7.

II.3.3 O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do conselho geral e de supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões.

Não Aplicável

II.4 CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS, COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCAL

II.4.1 O conselho geral e de supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento, acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte do conselho de administração executivo. Entre as matérias sobre as quais o conselho

Não Aplicável

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geral e de supervisão deve pronunciar-se incluem-se: i) a definição da estratégia e das políticas gerais da sociedade; ii) a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

II.4.2 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas.

Cumpre 2.1.3.

II.4.3 Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscal devem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados.

Cumpre 2.1.3.

II.4.4 O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectiva remuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios.

Cumpre 2.11.4.

II.4.5 O conselho geral de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante o modelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito.

Cumpre 2.11.4.

II.4.6 Os serviços de auditoria interna e os que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance) devem reportar funcionalmente à Comissão de Auditoria, ao Conselho Geral e de Supervisão ou, no caso das sociedades que adoptem o modelo latino, a um administrador independente ou ao Conselho Fiscal, independentemente da relação hierárquica que esses serviços mantenham com a administração executiva da sociedade.

Cumpre 2.2.4.

II.5 COMISSÕES ESPECIALIZADAS

II.5.1 Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e o conselho geral e de supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: i) assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema de governo adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria; iii) identificar atempadamente potenciais candidatos com o elevado perfil necessário ao desempenho de funções de administrador.

Cumpre 2.14. e 2.1.

II.5.2 Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

Não Cumpre

Um dos membros da Comissão de Vencimentos é também o Presidente do

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Conselho de Administração e é indirectamente o accionista maioritário da empresa.

II.5.3 Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho de Administração, ao próprio Conselho de Administração da sociedade ou que tenha relação actual com consultora da empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou colectiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.

Cumpre 2.12.

II.5.4 Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem.

Cumpre 2.14.

III. INFORMAÇÃO E AUDITORIA

III.1 DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃO

III.1.1 As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com o mercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias no acesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinete de apoio ao investidor.

Cumpre 3.11.

III.1.2 A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgada em inglês: a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais; b) Estatutos; c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado; d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso; e) Documentos de prestação de contas; f) Calendário semestral de eventos societários; g) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral; h) Convocatórias para a realização de assembleia geral.

Cumpre 3.11.

III.1.3 As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respectivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

Cumpre 3.12.

III.1.4 O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.

Cumpre 2.2.4.

III.1.5 A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem

Cumpre 3.12.

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ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu relatório anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.

IV. CONFLITOS DE INTERESSES

IV.1 RELAÇÕES COM ACCIONISTAS

IV.1.1 Os negócios da sociedade com accionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado.

Cumpre 3.10.

IV.1.2 Os negócios de relevância significativa com accionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser submetidos a parecer prévio do órgão de fiscalização. Este órgão deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância destes negócios e os demais termos da sua intervenção.

Cumpre 3.10.

  

1. Assembleia Geral

1.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral e duração do mandato

A Mesa da Assembleia Geral de accionistas, foi eleita na Assembleia Geral Anual de Accionistas da Sonae Indústria, realizada em 28 de Abril de 2009 para o mandato 2009-2011, e é composta por: - João Augusto Esmeriz Vieira de Castro - Presidente - António Agostinho Cardoso da Conceição Guedes - Secretário A sociedade coloca à disposição dos membros da mesa da Assembleia Geral os recursos humanos e logísticos de apoio adequados às suas necessidades, através do departamento legal corporativo. Este colabora activamente na preparação das Assembleias Gerais, garantindo a publicação das respectivas convocatórias, recepção e controlo de todas as comunicações de accionistas e intermediários financeiros, trabalhando em estreita colaboração e garantindo, igualmente, toda a logística das assembleias gerais.

1.2. Remuneração do Presidente da Mesa de Assembleia Geral A remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral da sociedade consiste numa retribuição fixa, determinada tendo em conta a situação da sociedade e as práticas de mercado. A remuneração do presidente da mesa da Assembleia Geral em 2011 foi de 5 000 euros.

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1.3. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas na Assembleia Geral

Nos termos dos estatutos da sociedade, a Assembleia Geral é constituída apenas pelos accionistas com direito a voto, que, comprovem junto da sociedade a sua titularidade, nos termos estabelecidos na lei. Nos temos do disposto no artigo 23º-C do Código dos Valores Mobiliários, aditado pelo Decreto-Lei nº 49/2010 de 19 de Maio, tem direito a participar nas assembleias gerais e aí discutir e votar, quem, na data de registo, a qual corresponde às 0 horas do 5º dia de negociação anterior ao da realização da assembleia, for titular de acções que lhe confiram, segundo a lei e o contrato de sociedade, pelo menos um voto. Na Assembleia Geral Anual realizada em 2011 foram aplicadas já as novas regras legais tendo sido deliberado naquela Assembleia Geral a alteração dos estatutos para os adaptar às mesmas. No que respeita ao bloqueio de acções quando a Assembleia Geral é suspensa, aplica-se o estabelecido na lei. Nos termos dos estatutos da Sonae Indústria, os accionistas podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral, nos termos estabelecidos na lei e nos constantes do respectivo aviso convocatório. A cada acção corresponde um voto. Os estatutos da Sonae Indústria, prevêem que, para que a Assembleia Geral de Accionistas possa funcionar em primeira reunião, é necessário que se encontrem presentes ou representados accionistas titulares de mais de 50% do capital social. As deliberações da Assembleia Geral de Accionistas são tomadas por maioria simples, excepto se a lei exigir outra maioria. Os estatutos da sociedade prevêem que enquanto a sociedade for considerada «sociedade com o capital aberto ao investimento do público», os accionistas poderão votar por correspondência relativamente a todas as matérias constantes da ordem de trabalhos, estabelecendo as regras a que o exercício do voto por correspondência se encontra sujeito. Estabelecem, nomeadamente, os estatutos da sociedade que só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Estes votos terão que ser recepcionados, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da qualidade de accionista e que os votos exercidos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas de deliberação apresentadas posteriormente à data em que esses mesmos votos tenham sido emitidos. A Sonae Indústria disponibiliza um modelo específico de voto por correspondência, tanto no seu sítio na Internet, www.sonaeindustria.com, como na sua sede social. Os estatutos da Sonae Indústria, prevêem que o voto por correspondência possa ser exercido por via electrónica, se esse meio for colocado à disposição dos accionistas e constar do aviso convocatório. Esta possibilidade resultou da alteração introduzida nos estatutos na última Assembleia Geral, pelo que ainda não foi utilizada. A informação preparatória para a Assembleia Geral e as propostas a apresentar pelo Conselho de Administração são disponibilizadas na data da divulgação da convocatória. A Sonae Indústria após a sua Assembleia Geral realizada em 31 de Março de 2011 comunicou ao mercado o teor das propostas e respectivas deliberações tomadas na referida

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Assembleia, tendo colocado no seu sítio, na mesma data, informação sobre o capital representado e os resultados da votação para cada uma das propostas apresentadas na Assembleia, juntamente com o teor destas. Estas informações irão ser conservadas no sítio na Internet da sociedade durante pelo menos três anos, podendo assim os accionistas acederem às mesmas. Na Assembleia Geral de accionistas realizada no dia 31 de Março de 2011, nenhum dos membros da Comissão de Vencimentos esteve presente, por impossibilidade de agenda. Conforme estabelecido nos estatutos da sociedade a Assembleia Geral de accionistas é responsável por fixar a remuneração dos membros dos órgãos sociais ou de eleger uma comissão para este efeito. A Assembleia Geral Anual de accionistas da Sonae Indústria de 2009 elegeu uma Comissão de Vencimentos para novo mandato, tendo a Assembleia Geral de Accionistas realizada em Março de 2011 deliberado aumentar para três o número de membros da Comissão de Vencimentos, designando Belmiro Mendes de Azevedo para ocupar o lugar em aberto (a Comissão de Vencimentos encontra-se descrita no ponto 2.12. deste relatório). A Comissão de Vencimentos apresentou à aprovação dos accionistas uma proposta relativa à política de remuneração dos membros dos órgãos sociais e dos dirigentes, bem como um regulamento do plano de atribuição de acções da Sonae Indústria no âmbito do Prémio Variável de Médio Prazo, tendo a mesma sido aprovada pela Assembleia Geral. No que respeita ao desempenho dos membros do órgão de administração, em todas as assembleias gerais anuais é incluído, nos termos da lei, um ponto na ordem de trabalhos relativo à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, onde, se assim o pretenderem, os accionistas podem discutir o desempenho dos membros da administração. A política de remuneração e o plano de atribuição de acções aprovados pela Assembleia Geral Anual de 2011 prevêem que o Prémio Variável de Médio Prazo dos administradores executivos da sociedade bem como o dos administradores executivos de outras sociedades participadas e o dos colaboradores que sejam elegíveis, seja pago através da entrega de acções próprias, sem qualquer custo, àqueles administradores e colaboradores, definindo a forma como se efectua essa atribuição, mantendo sempre a sociedade a opção pela entrega, em sua substituição, do valor em dinheiro. A Sonae Indústria, bem como as sociedades directa ou indirectamente dela dependentes, não aprovaram qualquer regulamento de opção de acções próprias a administradores ou quadros. A Sonae Indústria não possui sistemas de benefícios de reforma. A sociedade não tomou medidas, que impeçam o sucesso de ofertas públicas de aquisição de acções da sociedade, nem os seus estatutos prevêem qualquer limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único accionista. Em 31 de Dezembro de 2011 existiam financiamentos no montante de cerca de 26 milhões de euros, relativamente aos quais os respectivos credores têm a possibilidade de considerar vencida a divida, no caso de mudança do controlo accionista. A sociedade não estabeleceu outros tipos relevantes de acordos, que estariam sujeitos a alterações ou cessação no caso de transferência de controlo da sociedade, bem como não tem previstas quaisquer medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no seu património em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração.

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Não existem acordos relativos a indemnizações ou pagamentos a efectuar, quer a administradores, quer a colaboradores, por termo do contrato resultante de mudança de controlo da sociedade.

2. Órgãos de Administração e Fiscalização

SECÇÃO I – Temas Gerais

2.1. Órgãos Sociais

Os estatutos da Sonae Indústria definem um modelo de governação da sociedade, denominado como modelo Latino Reforçado, tendo assim um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas. O responsável pelo governo societário analisa anualmente as vantagens e os possíveis inconvenientes da adopção deste modelo, reportando-as ao Conselho de Administração. O Conselho de Administração entende que o referido modelo defende os interesses da sociedade e dos seus accionistas, mostrando-se eficaz, não tendo deparado com quaisquer constrangimentos ao seu funcionamento.

2.1.1. Conselho de Administração Nos termos dos estatutos da sociedade, o Conselho de Administração pode ser constituído por um número par ou impar de membros, no mínimo de três e no máximo de treze, eleitos em Assembleia Geral. O Conselho de Administração da Sonae Indústria à data de 31 de Dezembro de 2011 era composto por 7 administradores, atendendo a que, o administrador Per Knuts renunciou ao cargo de administrador em Março de 2011 e a Assembleia Geral Anual realizada no mesmo

COMISSÃO EXECUTIVA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ASSEMBLEIAGERAL

CONSELHOFISCAL

AUDITOR EXTERNOREVISOR OFICIAL

DE CONTAS

COMISSÃO DEAUDITORIA E FINANÇAS

COMISSÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTE E ÉTICA

COMISSÃO DE NOMEAÇÕES E REMUNERAÇÕES

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

RESPONSÁVEL PELO GOVERNO

SOCIETÁRIO

COMISSÃO DEVENCIMENTOS

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mês deliberou reduzir o número de membros do Conselho de Administração para oito membros e a que o anterior Presidente da Comissão Executiva, Carlos Bianchi de Aguiar, renunciou ao cargo de administrador em Julho de 2011 e não foi substituído. Acresce que, em Agosto de 2011 faleceu o administrador Thomas Nysten, tendo o Conselho de Administração procedido à sua substituição, cooptando um novo administrador. Dos actuais 7 administradores, 5 foram eleitos na Assembleia Geral Anual de 2009 para o mandato 2009-2011; João Paulo dos Santos Pinto, foi eleito até ao termo do mandato em curso, na Assembleia Geral Anual de 2010 e Albrecht Olof Lothar Ehlers foi cooptado pelo Conselho de Administração em 8 de Setembro de 2011, para substituir o administrador Thomas Nysten que havia falecido em Agosto do mesmo ano. O Conselho de Administração da Sonae Indústria é composto por: - Belmiro Mendes de Azevedo – Presidente (Não Executivo) - Álvaro Cuervo Garcia (Não Executivo e Independente); - Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (Não executivo) - Albrecht Olof Lothar Ehlers (Não Executivo e Independente) - Rui Manuel Gonçalves Correia (Executivo) - João Paulo dos Santos Pinto (Executivo) - Christophe Chambonnet (Executivo) O Presidente do Conselho de Administração, o qual é designado pelo Conselho, tem voto de qualidade. Tal como estipulado nos estatutos da sociedade, o Conselho de Administração reúne trimestralmente e, adicionalmente, sempre que o Presidente ou dois dos seus membros o convoquem. Todas as decisões tomadas são registadas em acta. Nos termos dos estatutos, considerar-se-á que um administrador incorre em falta definitiva, quando o mesmo faltar a duas reuniões, seguidas ou interpoladas, sem apresentar justificação que seja aceite pelo Conselho de Administração. Em 2011 realizaram-se 6 reuniões do Conselho de Administração. O Conselho de Administração apenas pode deliberar, se a maioria dos seus membros estiver presente ou representada e as decisões são tomadas por maioria dos votos emitidos pelos administradores presentes ou representados e dos que votem por correspondência. De acordo com as melhores práticas de governo societário, o Conselho de Administração efectua periodicamente uma avaliação formal, com o apoio de um consultor externo. A última vez que efectuou tal processo foi no ano de 2008. A avaliação foi concebida para analisar o modo de funcionamento do Conselho e das respectivas Comissões, para avaliar o governo societário ao nível do Conselho e propor acções de melhoria. As acções que foram identificadas na avaliação realizada em 2008, foram já implementadas. Naquele processo de avaliação, cada administrador tem a oportunidade de avaliar os seus colegas de conselho, formulando a sua opinião relativamente a um conjunto de itens relacionados com o respectivo desempenho, tendo depois cada administrador a possibilidade de se pronunciar sobre a análise efectuada. Todo este processo é efectuado com o apoio de um consultor externo. Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e indo ao encontro das melhores práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração nomeou 3 Comissões com Competências Especializadas e um Responsável pelo Governo Societário. A Comissão de Ética anteriormente existente foi, no final do ano 2011, extinta, passando a constituir uma subcomissão da Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente, que se passou a denominar Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e

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Ética. A composição destas comissões especializadas está descrita no ponto 2.14. deste relatório.

2.1.2. Comissão Executiva A Comissão Executiva é nomeada pelos membros do Conselho de Administração e é composta por 3 membros.

O Conselho de Administração delegou na Comissão Executiva todos os poderes de gestão corrente da sociedade, com expressa exclusão dos seguintes:

a) eleição do Presidente do Conselho de Administração; b) cooptação de administradores; c) pedido de convocação de Assembleias Gerais; d) aprovação do Relatório e Contas anuais; e) prestação de cauções e garantias reais ou pessoais pela sociedade; f) deliberação de mudança de sede e de aumento de capital social; g) deliberação sobre projectos de fusão, cisão e transformação da sociedade; h) aprovação do business plan e do orçamento anual da Sociedade; i) definição das políticas de recursos humanos, nomeadamente planos de atribuição de

acções e planos de atribuição de remuneração variável, aplicável a quadros de topo (nível G4 e superior), em áreas que não sejam da competência da Assembleia Geral ou da Comissão de Vencimentos, assim como decisões sobre a compensação individual de quadros de Nível G3 e superior, que estão delegadas à Comissão de Nomeações e Remunerações e, quando estes são Administradores da sociedade é requerida a deliberação da Comissão de Vencimentos ou da Assembleia Geral de Accionistas;

j) definição ou alteração de políticas contabilísticas sempre que a sociedade em causa esteja integrada no perímetro de consolidação do Grupo;

k) aprovação de contas trimestrais e relatório e contas semestrais; l) compra e venda, leasing financeiro de longa duração ou outros investimentos em activos

fixos tangíveis quando envolvam valores que excedam o montante de cinco milhões de euros por cada transacção;

m) subscrição ou compra de acções em sociedades participadas se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de vinte milhões de euros;

n) investimento em novas sociedades bem como investimento em outros activos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de dez milhões de euros;

o) outros investimentos financeiros se, durante o exercício social e no seu conjunto, excederem o valor acumulado de dez milhões de euros, excepto se enquadrados no curso ordinário dos negócios, nomeadamente investimentos de curto prazo de liquidez disponível;

p) desinvestimentos ou alienação de activos desde que resulte da referida transacção um efeito significativo (entendido como sendo igual ou superior a 5%) sobre os resultados

COMISSÃO EXECUTIVA

Rui CorreiaPresidente e CFO

João Paulo PintoVice-Presidente e CITO

Christophe ChambonnetCMSO

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operacionais da sociedade ou afecte os postos de trabalho de mais de cem trabalhadores;

q) definição da estratégia e das politicas gerais da Sonae Indústria e do Grupo Sonae Indústria;

r) definição da estrutura empresarial do Grupo Sonae Indústria. Em 2010 a Comissão Executiva adoptou um modelo de organização matricial, com a criação de duas novas funções, CMSO –“Chief Marketing and Sales Officer” (Responsável de Marketing e Vendas) e CITO – “Chief Industrial and Technology Officer” (Responsável Industrial e de Tecnologia). Com a renúncia do Presidente da Comissão Executiva em Julho de 2011, o Conselho de Administração decidiu implementar interinamente um modelo de gestão com dois CEOs, que ficaram responsáveis conjuntamente pela liderança e gestão da sociedade, tendo sido nomeado Rui Correia, como presidente da Comissão Executiva e João Paulo Pinto como vice-presidente, passando as áreas que reportam à Comissão Executiva a estar assim divididas:

A Comissão Executiva reúne-se ordinariamente, pelo menos, uma vez por mês, com excepção do mês de Agosto e, além disso, todas as vezes que o seu Presidente ou o seu

Rui CorreiaJoão Paulo Pinto

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

CANADA

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

ÁFRICA DO SUL

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

IBERIA

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

FRANÇA

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

ALEMANHA

INDUSTRIAL

MkT & Vendas

Admin & Finanças

REINO UNIDO

Comissão Executiva

CFO

CMSO

CI&TO

FinançasCorporativas

ServiçosPartilhados

AuditoriaInterna

Consolidação

Planeamento eControlo de Gestão

Legal

IT Global Processos eOrganização do Negócio

Fiscal Prestador deServiços IT

Relação comInvestidores

Novos Negócios em Africa

CFORui Correia

Comunicação

Colaboração

Recursos Humanos Global

Co-CEO'sRui Correia / João Paulo Pinto

Investigação e Desenvolvimento

Compras Globais

Melhores PráticasIndustriais

Qualidade

CITOJoão Paulo Pinto

Exportação Global

Gestão dosPrincipais Clientes

CMSOChristophe Chambonnet

Comissão Executiva

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Vice-Presidente a convoque por escrito, com pelo menos três dias de antecedência em relação à data marcada; a reunião só poderá realizar-se, desde que se encontrem presentes (fisicamente ou por videoconferência) dois dos seus membros. O Presidente Executivo preside à reunião. As deliberações da Comissão Executiva são tomadas com os votos favoráveis do Presidente e do Vice-Presidente da Comissão Executiva. Na falta de quórum, a Comissão Executiva deverá submeter a matéria em causa a deliberação do Conselho de Administração.

2.1.3. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal da sociedade pode ser constituído por um número par ou impar de membros, com um mínimo de três e um máximo de cinco, devendo existir um ou dois suplentes, consoante a sua composição for de, respectivamente, três ou mais elementos. O Conselho Fiscal da sociedade foi eleito na Assembleia Geral Anual de 2009, para o mandato 2009-2011 e tem a seguinte composição: - Manuel Heleno Sismeiro – Presidente - Armando Luís Vieira de Magalhães -Vogal - Jorge Manuel Felizes Morgado – Vogal - Óscar José Alçada da Quinta – Vogal Suplente No Relatório do Conselho Fiscal, disponibilizado no sítio da sociedade conjuntamente com os demais documentos de prestação de contas, o Conselho Fiscal descreveu a actividade de fiscalização desenvolvida, não tendo referido quaisquer constrangimentos detectados.

2.1.4. Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é a PriceWaterHouseCoopers & Associados, SROC, Lda, representada por Hermínio António Paulos Afonso.

2.1.5. Secretário da Sociedade O secretário da Sociedade e o seu suplente são nomeados pelo Conselho de Administração e têm um mandato de 3 anos coincidente com os dos demais órgãos sociais, tendo sido designadas em 2009 para novo mandato (2009-2011). Ao secretário compete exercer as funções estabelecidas na lei. O secretário e o respectivo suplente são: Efectivo: Júlia Maria Moreira da Silva Santos Suplente: Patrícia Isabel Chemega dos Santos

2.2. Controlo Interno, Auditoria Interna e Gestão de Risco

2.2.1. Controlo Interno A Sonae Indústria é uma organização que assenta na integridade dos seus princípios e em valores éticos, promovidos pelo topo da hierarquia através do exemplo.

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Os diversos órgãos de gestão da sociedade são o resultado de uma filosofia de gestão e estilo de actuação que se baseia numa forte estrutura organizativa com uma atribuição adequada de autoridade e de responsabilidades. Políticas e procedimentos adequados na área de recursos humanos e a existência do Código de Conduta constituem parte integrante desta estrutura. A Sonae Indústria enfrenta uma diversidade de riscos, internos e externos, os quais têm de ser avaliados, estando por isso implantada uma cultura de prevenção e de detecção preventiva. Tal como se referirá mais adiante, foi concebido um sistema integrado de gestão transversal de risco (Enterprise-Wide Risk Management Framework), o qual é mantido devidamente actualizado. Foram estabelecidas políticas e procedimentos, para garantir o cumprimento das directivas dos órgãos de gestão. A Sonae Indústria tem uma equipa específica de Processos de Negócio & Organização (Business Process & Organization), a qual, ao trabalhar com as operações locais e os departamentos corporativos, actua como um Centro de Excelência para a concretização de objectivos-chave, tais como: prioritização, desenvolvimento e implementação de processos (incluindo actividades de controlo); manutenção de uma Biblioteca dos Processos (Process Library) (que reúne todo o conhecimento e documentação); definição das melhores práticas e avaliação do desempenho dos processos. Na Sonae Indústria existe um conjunto significativo de actividades, tais como: aprovações, autorizações, verificações, reconciliações, revisões do desempenho operacional, segurança dos activos e segregação de funções. A informação pertinente é identificada, recolhida e comunicada, num determinado prazo e de tal forma que permita que os colaboradores possam cumprir as suas responsabilidades. A Sonae Indústria tem um departamento de Planeamento e Controlo de Gestão, que, apoiado em sistemas de informação sólidos, produz relatórios com informações operacionais, financeiras e relacionadas com questões de conformidade. O departamento de Consolidação de Contas é responsável pela preparação de informação financeira consolidada, com base em reporting packages enviados pelos responsáveis Administrativo-Financeiros de cada país. O Centro de Serviços Partilhados efectua a contabilização dos movimentos nas contas de todas as subsidiárias, com a excepção das subsidiárias canadianas, ajudando assim a garantir o alinhamento de políticas e reforçando os procedimentos e controlos. Os sistemas de controlo internos são monitorizados. Existem actividades permanentes de monitorização a decorrer, nomeadamente actividades regulares de supervisão e de gestão. Há avaliações separadas realizadas pelo departamento de Auditoria Interna cujo âmbito e frequência dependem, em primeira instância, da avaliação de riscos e da eficácia dos procedimentos de monitorização existentes. Existem procedimentos de reporte periódicos aos órgãos de administração e fiscalização das principais deficiências de controlo interno e incumprimentos dos procedimentos e políticas definidas pela Sonae Indústria. A Sonae Indústria tem um nível razoável de confiança no sistema de controlo interno implementado. A comunicação da Visão, Valores e Princípios na organização reforça a importância do comportamento ético. A existência de um Código de Conduta, de um instrumento Whistleblower, e da Subcomissão de Ética aumentam a cultura de controlo da organização.

2.2.2. Auditoria Interna A Auditoria Interna é uma actividade independente e objectiva, que visa auxiliar a Sonae Indústria a atingir os seus objectivos, participando no processo de criação de valor. Utiliza

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uma abordagem sistemática e estruturada para avaliar e melhorar a eficácia da gestão de risco, dos processos de controlo interno e do governo da sociedade. A Auditoria Interna actua em conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (International Standards for the Professional Practice of Internal Auditing), estabelecidas pelo Instituto de Auditores Internos (Institute of Internal Auditors), incluindo o respectivo Código de Ética. No desempenho das suas competências, a Auditoria Interna tem acesso a quaisquer pessoas, registos, informações, sistemas e bens considerados necessários. A Auditoria Interna reporta funcionalmente à Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC) e ao Conselho Fiscal. O planeamento da actividade da Auditoria Interna é essencialmente desenvolvido com base numa avaliação prévia e sistemática dos riscos dos negócios da Sonae Indústria. O plano anual da actividade de Auditoria Interna é previamente aprovado pela Comissão Executiva e apresentado à Comissão de Auditoria e Finanças e ao Conselho Fiscal. Periodicamente são preparados e enviados à Comissão Executiva, à Comissão de Auditoria e Finanças e ao Conselho Fiscal da Sonae Indústria relatórios descritivos da actividade de Auditoria Interna, o qual inclui o resumo das principais deficiências de controlo interno e de incumprimentos dos procedimentos e políticas definidos pela sociedade. O sistema de reporte implementado garante um feedback regular, uma revisão adequada das actividades desenvolvidas e a possibilidade de ajustar o plano de actividades às necessidades emergentes. A Comissão de Auditoria e Finanças e o Conselho Fiscal são responsáveis por supervisionar a eficácia da função de Auditoria Interna. Nesse sentido, a Auditoria Interna desenvolveu um programa de garantia e promoção da qualidade, que contempla análises contínuas e regulares, bem como avaliações periódicas da qualidade conduzidas a nível interno e externo.

2.2.3. Gestão de Risco A Gestão de Risco é uma das componentes da cultura da Sonae Indústria, está presente em todos os processos de gestão e é uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores, aos diferentes níveis do grupo Sonae Industria. A Gestão de Risco compreende os processos de identificação dos riscos potenciais, analisando o seu possível impacto nos objectivos estratégicos da organização, evitando a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos. Realiza-se uma abordagem global para assegurar uma cobertura adequada e equilibrada do risco operacional, através da transferência deste para o painel re-segurador. A Sonae Indústria desenvolveu vários programas globais de colocação do risco no mercado segurador implementados localmente, visando a cobertura de:

Danos patrimoniais (incluindo avaria de máquinas) e Perdas de Exploração Danos no transporte de mercadorias Danos causados a terceiros (Responsabilidade Civil) Danos Ambientais; Morosidade e Insolvência de Clientes

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A Sonae Indústria adopta apólices globais como suporte aos processos de gestão de risco e está empenhada em melhorar, quer a protecção dos seus activos, quer os níveis de prevenção, para reforçar a parceria com o mercado segurador.

2.2.3.1. A Organização da Gestão de Risco O fabrico de painéis derivados de madeira é uma actividade industrial com um risco operacional muito significativo, quer de incêndio, quer de explosão. Consequentemente, a gestão de risco operacional desenvolve a sua actividade na implementação de normas e na escolha de sistemas passíveis de redução dos riscos das unidades industriais. Reconhecendo esta importância, e a transversalidade da função, a Gestão de Risco está integrada no departamento responsável pela consolidação das melhores práticas Industriais, Ambientais, Energéticas, de manutenção e de Segurança e Saúde no Trabalho (Departamento Corporativo IndBest). A área de Gestão de Risco está dividida em duas funções: Gestão de Risco Operacional e Gestão de Seguros de forma a focar a primeira no desenvolvimento e implementação de acções de mitigação de riscos nas operações industriais, e a segunda no desenvolvimento de competências para uma gestão mais racional e eficaz das várias políticas de seguros subscritas pelo Grupo. A área de Gestão de Risco conta com uma equipa de duas pessoas a tempo inteiro: um responsável pela Gestão de Risco Operacional e outro pela Gestão dos Seguros. Está formalmente constituída uma rede de Responsáveis pela Gestão de Risco por País, em cada um dos países onde a Sonae Indústria tem operações e, em cada uma das unidades industriais, existe um Responsável da Unidade pela Gestão de Risco. A organização do Departamento Corporativo IndBest (“Industrial Best Practices”) pode ser analisada no quadro em anexo:

A função de Gestão de Risco tem também uma importante ligação ao departamento Corporativo de Planeamento e Controlo de Gestão, o qual tem 7 pessoas e está dividido em três equipas, para permitir uma gestão mais eficaz dos desafios e alterações que os negócios enfrentam: a equipa de Reporte Corporativo, que é também responsável pela análise dos negócios, a equipa de Análise de Investimentos e Grandes Projectos e a equipa de Planeamento Estratégico e Projectos Especiais.

Departamento Corporativo IndBest

Ambiente Eco-eficiência

Higiene e Segurança

Gestão de Risco

Engenharia e Processos

Energia

IndBest – Recursos Locais Especializados

IBERIA FRANÇA ALEMANHA REINO UNIDO CANADA AFRICA

DO SUL

Manutenção

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2.2.3.2. O processo de Gestão de Risco Integrada A Gestão de Risco na organização está suportada numa metodologia uniforme e integrada, denominada Enterprise-Wide Risk Management (EWRM). Em 2006, foi consolidado o processo de sistematização desencadeado em 2004, tendo sido perfeitamente integrado e alinhado com os objectivos estratégicos do negócio, visando a prioritização, por um lado, dos riscos relevantes do negócio e, por outro, a identificação das acções para mitigar os seus impactos. Este processo percorreu a organização de forma transversal, envolvendo todos os países e funções corporativas. O Modelo de Risco, construído em 2004 e revisto em 2006, agrega os riscos do negócio em três categorias (Riscos de Envolvente de Negócio, Riscos do Processo de Negócio e Riscos da Informação para a Tomada de Decisão), e contém a quantificação da Relevância (impacto no EBITDA e na eficiência operacional), assim como da Probabilidade (a frequência da ocorrência do acontecimento ou do cenário) de riscos críticos para a Sonae Indústria. O Modelo de Risco é periodicamente actualizado e em 2008 foi incluído um novo risco, “Preocupações da Comunidade”, a fim de avaliar a influência - negativa ou positiva -, que a Sonae Indústria poderia exercer nas comunidades locais onde são desenvolvidas suas actividades. Em 2009, e no âmbito da gestão do risco “Preocupações da Comunidade”, a Sonae Indústria iniciou formalmente a actividade de um fórum de comunicação ambiental com a comunidade de White River, na África do Sul. Este fórum foi constituído no contexto do projecto de expansão da capacidade produtiva da unidade industrial, que foi finalizado em 2009. As preocupações da comunidade centraram-se, essencialmente, em questões associadas à emissão de pó e ruído, com origem nas componentes mais antigas do processo industrial, que levarão a um extenso plano de investimentos, para mitigação dos problemas observados. A gestão dos riscos financeiros, enquadrada nos riscos do processo do negócio, é efectuada e monitorizada no âmbito da actividade da função financeira. Em Março de 2011, o processo foi revisto e relançado com uma abordagem bottom up. Este novo exercício foi planeado em duas fases principais:

- Avaliações individuais de risco por País, resultando num Mapa de Risco País - Avaliação global que, em conjunto com o Mapa de Risco País, deu origem aos dados

para a definição Global de Mapa de Risco da Sonae Indústria. O exercício consolidado irá ser a base para o Mapa Global de Risco da Sonae Indústria a ser definido pela Comissão Executiva.

2.2.3.3. A Gestão de Risco Operacional Dado o risco associado à actividade industrial da Sonae Indústria e sendo esta líder mundial do sector dos painéis derivados de madeira, seria inaceitável não ter capacidade para recuperar de forma cabal de um evento catastrófico. Por isso, a protecção de activos - chave bem como a prevenção de perdas são uma preocupação constante no Grupo, tendo sido definidas como duas das prioridades para 2011. Em consonância com os Riscos Especiais identificados nas Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS) foi lançado, em 2011, um plano de acção para mitigar o risco associado o sistema de óleo térmico.

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A reunião trimestral online do Fórum de Risco com todos os Responsáveis de Risco nas unidades fabris e Pivots de cada pais (para a função de Risk Management), foi principalmente dedicada ao acompanhamento da implementação desse novo plano.

2.2.3.4. Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS) Este projecto foi desenvolvido para garantir uniformização de processos e procedimentos entre todas as geografias num esforço para melhorar a gestão do risco operacional, com menor ou nenhuma margem de incerteza. Os CORS foram desenvolvidos com referência às normas internacionais, como NFPA15 e/ ou fichas da FM16, tendo sido consideradas as melhores práticas de engenharia de protecção contra incêndios na Sonae Indústria, assim como da indústria da madeira. Todos os procedimentos foram elaborados por uma equipa constituída pela Gestão de Risco Corporativo, pelo Corrector Global de Seguros (Global Broker), pela Seguradora Principal (Fronting Insurance Company) e por uma empresa de consultadoria externa, reconhecida pela totalidade do nosso painel de re-seguradores, que garantiu a imparcialidade do projecto. Internamente, foram também envolvidos outros departamentos como parceiros activos de todo o processo para garantir um amplo alcance do projecto, bem como para mitigar todas as implicações transversais. As Normas Corporativas de Risco Operacional (CORS) estão divididas em três áreas: 1. Programas de Gestão e Procedimentos:

Melhores práticas da indústria no que se refere a medidas de Prevenção de Perdas que envolvem o elemento humano;

Preparação para emergências; Gestão de Programas (manutenção, equipamento para inspecções, formação,

fornecedores externos, limpeza). 2. Sistemas de Protecção contra Incêndios:

Referência a normas reconhecidas internacionalmente, nomeadamente NFPA. Requisitos gerais na detecção e protecção contra incêndio em instalações

industriais, especificações do abastecimento de água para incêndios e características dos materiais de construção;

Integração de uma parte para práticas de vigilância (hardware). 3. Riscos Especiais:

Conhecimento desenvolvido mundialmente na detecção de incêndios e protecção inerente à indústria de painéis de madeira: manuseamento e transporte de partículas molhadas e secas, secadores, prensas, etc;

Questões específicas como as referentes às instalações de óleo térmico e hidráulico, armários e quadros eléctricos ou transformadores.

Em 2011 foram criados 2 novos standards para mitigar riscos específicos de acordo com o processo de melhoria e actualização necessárias. Todas as alterações foram previamente submetidas à aprovação dos engenheiros de risco, da empresa líder de seguro e dos consultores de risco externos.

15 National Fire Protection Association 16 Factory Mutual

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2.2.3.5. Inspecções

Inspecções Externas A partir de 2009, os CORS passaram a ser os processos e procedimentos pelos quais as auditorias de risco se regem para verificar a exposição de cada unidade industrial. Isto permitiu uma maior transparência e harmonização no processo de auditorias. Para alcançar essa harmonização, tivemos que trabalhar com a empresa externa de Consultadoria de Risco e, em 2011, os surveys planeados reavaliaram as classificações existentes para alinhar o método de avaliação em todo o Grupo. Isto teve um efeito imediato sobre o Índice de Qualidade de Risco global (QIN – Quality Index Number), que reduziu em 0,1 em Dezembro de 2011. Para além disto, o formato das auditorias externas manteve-se inalterado - inspecções a todas as unidades, de dois em dois anos. Posteriormente é emitido um relatório com um conjunto de recomendações para cada fábrica visitada. Desde 2000, que o Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Industria melhorou de 5,8 em 2000 para 7,1 em 2009. Durante 2011, 10 programas de auditoria externa foram efectuados e o Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Industria passou para 7,0 (numa escala de 0 a 10).

Inspecções Internas É efectuada uma visita interna a todas as fábricas, de 18 em 18 meses, para analisar o ponto de situação das recomendações internas e externas anteriores e para avaliar o cumprimento das Normas Corporativas de Risco Operacional. O reporte criado em 2010 permitiu apenas uma avaliação qualitativa e por isso não foi suficientemente efectivo para permitir fazer comparações entre as unidades industriais. Em 2011, e com base neste modelo, foi efectuado um desenvolvimento para criar uma plataforma para medir e avaliar com eficácia as fábricas de acordo com o perfil de risco. Foram efectuadas simulações em algumas unidades industriais para validar o novo formato antes no desenvolvimento final desta plataforma informática.

2.2.3.6. Formulário de Auto-avaliação Desde o ano 2000 que existe um formulário de auto-avaliação (SIF – Self Inspection Form) lançado trimestralmente, de forma automática, para todas as unidades fabris.

5,8

6,16,2

6,56,6

6,8

77,1 7,1 7,1 7,1

7,0

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Índice de Qualidade de Risco Global da Sonae Industria

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Com a implementação dos CORS foi lançado, no primeiro trimestre de 2009, uma nova aplicação informática, já considerando as alterações introduzidas. De forma a possibilitar uma avaliação quantitativa da distância entre as directrizes e a situação real em cada fábrica, solicitamos o desenvolvimento dum novo formulário de auto-avaliação. Este processo foi desenvolvido com base no novo template interno de risco. O objectivo é ter o mesmo formato de formulário de auto-avaliação e de Inspecções Internas de risco claramente distribuídos pelos mesmos temas. Com estas alterações, iremos efectivamente fundir 2 actividades autónomas e criar uma ferramenta comum que padroniza o ciclo de actividade da gestão de risco, simplifica o trabalho efectuado nas fábricas e permite um processo mais transparente, compreensível e útil.

2.2.3.7. Plano de Risco 2004-2013 Todos os planos individuais das fábricas (que são actualizados anualmente) definem um conjunto de medidas a tomar, visando o cumprimento, até 2013, das Normas Corporativas de Risco Operacional. Os principais objectivos são:

Melhorar o nível de risco das instalações da Sonae Indústria, fomentando uma maior segurança das pessoas e dos activos, minimizando eventuais períodos de interrupção de negócio.

Obter um retorno financeiro, reflectido no prémio do seguro (a demonstração real da

preocupação com a prevenção de danos).

Constituir a base para a preparação do orçamento anual para o investimento em medidas de Prevenção de Danos e estabelecer prioridades, com base no impacto na Prevenção de Danos.

O Plano de Risco 2004-2013 é parte integrante do Plano Director Industrial da Sonae Indústria, o qual consiste do planeamento do investimento, para cada fábrica, nos próximos 5 anos.

2.2.3.8. Distribuição do Prémio do Seguro O prémio global do seguro da Sonae Indústria é imputado a cada fábrica, sendo que 50% do valor é alocado, de acordo com os preços do mercado segurador e 50% calculado pelo índice de qualidade de risco atribuído a cada fábrica (QIN - Quality Index Number). O primeiro é o valor de seguro de mercado do local segurado e o segundo corresponde ao desempenho individual de cada fábrica associado ao índice de qualidade de risco (QIN - Quality Index Number).

2.2.4. Responsabilidade do órgão de administração e do órgão de fiscalização nos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos

É da responsabilidade do Conselho de Administração a criação das estruturas e serviços necessários a garantir que o sistema de controlo interno e de gestão de riscos funciona adequadamente. Para esse efeito foram criados, já há alguns anos, departamentos específicos para aquelas áreas, constituídos por equipas especializadas, os departamentos de auditoria interna e o de gestão de risco. Competindo ao primeiro a função de monitorizar o cumprimento dos procedimentos e das políticas definidas bem como de reportar à administração alguma irregularidade encontrada. Ao departamento de gestão de risco

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compete analisar os possíveis riscos afectos às sociedades bem como a implementação de normas e escolha de sistemas passíveis de redução desses mesmos riscos. O responsável pelo departamento de auditoria interna reporta funcionalmente e reúne, no mínimo duas vezes por ano com o Conselho Fiscal bem como com a Comissão de Auditoria e Finanças cujo presidente é um administrador independente, podendo aqueles órgãos, sempre que o entendam, solicitar-lhe as informações e esclarecimentos, que entendam por conveniente. Adicionalmente, compete em especial à Comissão de Auditoria e Finanças, a gestão de risco, controlando internamente os processos e negócios e analisando os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa. No âmbito das competências do Conselho Fiscal inclui-se a fiscalização da eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria, tendo este órgão acesso a todos os documentos que solicite e o contacto que entender com os responsáveis dos respectivos departamentos. O auditor externo, verifica a aplicação das políticas e sistemas de remunerações bem como a eficácia e funcionamento dos mecanismos de controlo interno. No caso de encontrar qualquer deficiência ou irregularidade esta será reportada ao Conselho Fiscal.

2.3. Regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade O Conselho de Administração, a Comissão Executiva e o Conselho Fiscal dispõem de regulamentos de funcionamento, podendo os mesmos serem consultados no sítio www.sonaeindustria.com. Não se encontram definidas quaisquer regras relativas a incompatibilidades ou número de cargos acumuláveis, aplicando-se o estabelecido na lei.

SECÇÃO II – Conselho de Administração 2.4. Identificação dos principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a

que a sociedade se expõe no exercício da actividade O principal risco financeiro que a Sonae Indústria enfrenta, prende-se com o risco de crédito sobre clientes, isto é, o risco de um cliente pagar mais tarde ou não pagar os bens adquiridos essencialmente por falta de liquidez. De forma a mitigar este risco, a Sonae Indústria implementou procedimentos de gestão de crédito e processos de aprovação de crédito e possui seguros de crédito sempre que necessário.

Os riscos económicos em que a Sonae Indústria incorre são: risco de taxa de juro, risco de taxa de câmbio e risco de liquidez. O risco da taxa de juro advém da proporção relevante de dívida a taxa variável incluída na Demonstração Consolidada da Posição Financeira, e dos consequentes cash flows de pagamento de juros. Regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro. Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria.

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O risco da taxa de câmbio é consequência da Sonae Indústria enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três continentes diferentes. A Demonstração Consolidada da Posição Financeira e a Demonstração de Resultados encontram-se expostas a risco de câmbio de translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de câmbio tanto de translação como de transacção. Sempre que possível e economicamente viável, as empresas do Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa estrangeira. O risco de liquidez prende-se sobretudo com o objectivo que a sociedade possui de garantir capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário para poder levar a cabo as suas actividades de negócio, implementar a sua estratégia, e cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis. Com este propósito, a gestão de liquidez concentra-se principalmente no planeamento financeiro consistente, na diversificação de fontes de financiamento e de maturidades da dívida emitida. Relativamente aos riscos jurídicos, o principal risco da actividade do Grupo prende-se com alterações legislativas que possam ocorrer ao nível do exercício da actividade (legislação ambiental e do trabalho, entre outras) que podem onerar o exercício da actividade afectando a sua rentabilidade.

2.5. Poderes do órgão de administração O Conselho de Administração está mandatado para assegurar a gestão da empresa, de acordo com o objecto estabelecido nos estatutos e o definido na lei. Actualmente, o Conselho de Administração pode deliberar aumentar o capital social até ao montante de mil e duzentos milhões de euros, por uma ou mais vezes, nos termos estabelecidos na lei.

2.6. Politica de rotação dos pelouros do Conselho de Administração e designação e substituição dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização

A política definida pela Sonae Indústria relativamente à rotação dos pelouros do Conselho de Administração é a de não definir qualquer política nessa área por entender que não existe qualquer benefício para a sociedade e para os seus accionistas, em rodar pelouros do Conselho de Administração quando as pessoas indicadas para cada pelouro sejam competentes e tenham sucesso no pelouro que ocupam. Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas. Grupos de accionistas, representando entre 10 e 20% do capital social da sociedade, podem apresentar uma proposta independente, enviada previamente à Assembleia Geral de Accionistas, para nomear um Administrador. O mesmo accionista não pode apoiar mais de uma lista de Administradores e cada lista tem de identificar, pelo menos duas pessoas elegíveis, para cada cargo a preencher. Se forem apresentadas listas por mais de um grupo de accionistas, a votação incidirá sobre o conjunto dessas listas. Em caso de morte, renúncia ou incapacidade temporária ou permanente de qualquer um dos Administradores, o Conselho de Administração é responsável pela sua substituição. Se o Administrador em causa tiver sido nomeado pelos accionistas minoritários, terá de ser realizada uma eleição separada. Os membros do Conselho Fiscal são igualmente eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas. Os membros efectivos do Conselho Fiscal que se encontrem temporariamente impedidos ou cujas funções tenham cessado são substituídos pelos membros suplentes, mantendo-se estes em funções até à primeira Assembleia Geral anual, a qual deve proceder ao preenchimento das vagas existentes.

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Na falta de suplente os cargos vagos são preenchidos por nova eleição. O Revisor Oficial de Contas é eleito pela Assembleia Geral de Accionistas sob proposta do Conselho Fiscal. Na falta do Revisor Oficial de Contas eleito, compete à mesa da Assembleia Geral da sociedade designar o seu substituto, submetendo essa designação a ratificação pela assembleia geral seguinte. Na falta de designação no prazo de 30 dias, o órgão de gestão da sociedade deve comunicar à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas passando esta a ter o poder para designar o Revisor Oficial de Contas.

2.7. Assistência às Reuniões do Conselho de Administração, das Comissões, do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética.

Durante o exercício de 2011, o Conselho de Administração e as respectivas Comissões, bem como o Conselho Fiscal e a Comissão de Ética (esta Comissão foi extinta na reunião do Conselho de Administração de Dezembro de 2011, tendo passado a partir daquela data a ser uma subcomissão da Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente que se passou a denominar Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética, atendendo a que esta alteração apenas ocorreu no final do ano, a informação a seguir disponibilizada, ainda se refere à anterior estrutura), tiveram o seguinte número de reuniões e participação:

Todos os órgãos sociais e Comissões elaboram actas das respectivas reuniões. Com o objectivo de manter o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal permanentemente informado das deliberações da Comissão Executiva, são disponibilizadas, a todos os seus membros, as actas das reuniões da Comissão Executiva. No final de cada ano a Comissão Executiva elabora o calendário das suas reuniões para o ano seguinte, dando conhecimento do mesmo ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal. Os membros da Comissão Executiva prestam todas as informações requeridas por outros membros dos órgãos sociais em tempo útil e de forma adequada.

2.8. Independência dos membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração da Sonae Indústria é composto por sete (7) administradores, sendo três (3) executivos e quatro (4) não-executivos.

Reuniões e PresençasNúmero de Reuniões

Participação

Conselho de Administração 6 91%

Comissão Executiva 22 100%

Comissão de Auditoria e Finanças 5 83%

Comissão de Responsabilidade Social e Ambiente 2 75%

Comissão de Nomeações e Remunerações 4 93%

Conselho Fiscal 6 100%

Comissão de Ética 1 100%

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Dos Administradores não-executivos, dois (2) são independentes, ou seja, não estão associados a qualquer grupo de interesses específicos da sociedade, não são titulares nem actuam em nome ou por conta de titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% do capital social da sociedade, bem como não foram reeleitos por mais de dois mandatos, cumprindo assim as regras fixadas no nº 5 do artigo 414º do Código das Sociedades Comerciais Os membros independentes, cumprem as regras de incompatibilidades aplicáveis e fixadas no nº1 do art. 414-A do Código das Sociedades Comerciais, uma vez que e no que respeita Albrecht Olof Lothar Ehlers se entende que, apesar de ele ser membro do Supervisory Board da Glunz, AG, sociedade participada da Sonae Indústria, não é violada a regra estabelecida na alínea c) daquela disposição legal. De facto, por um lado, aquela norma, foi elaborada para membros do Conselho Fiscal, tendo que ser interpretada quando aplicada a membros do Conselho de Administração e por outro, o Supervisory Board da Glunz, é no essencial um órgão de fiscalização e não de gestão. Os Administradores independentes exercem uma influência importante no processo de tomada de decisões e no desenvolvimento da estratégia e da política da sociedade. O Conselho de Administração avalia a independência dos seus membros não-executivos aplicando as regras legais estabelecidas para outros órgãos sociais. Em regra os membros do Conselho de Administração, executivos e não-executivos, são designados em Assembleia Geral sob proposta de um accionista, não existindo assim qualquer interferência naquele processo por parte dos administradores executivos. No caso de falta de algum administrador, o Conselho de Administração pode, nos termos da lei, proceder a cooptação, sendo esta da competência exclusiva do Conselho de Administração, já que se trata de matéria não delegável na Comissão Executiva, competindo à Comissão de Nomeações e Remunerações, a qual não é constituída por qualquer administrador executivo, apresentar uma proposta. O Conselho de Administração incluiu no seu relatório de gestão uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos.

2.9. Qualificações profissionais do Conselho de Administração, actividades profissionais dos últimos cinco anos, e acções detidas e data da primeira designação e data de termo de mandato

Belmiro de Azevedo (Presidente): Licenciatura em Engenharia Química - Universidade do Porto; PMD da Harvard Business School e participou no Programa de Gestão Financeira da Universidade de Stanford; desde cedo, ocupou diversas funções no grupo Efanor/Sonae. É, actualmente, Presidente do Conselho de Administração da Sonae SGPS, S.A., Presidente do Conselho de Administração e CEO da Sonae Capital, SGPS S.A. e membro de: «European Union Hong-Kong Business Cooperation Committee; do «International Advisory Board» da Allianz AG; do «International Advisory Board» da Harvard Business School. Foi diversas vezes condecorado, sendo de destacar: a «Encomienda de Numero de la Ordem del Mérito Civil» por Sua Majestade, D. Juan Carlos, Rei de Espanha; a «Ordem do Cruzeiro do Sul» pelo Presidente da República Federal do Brasil; a «Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique» pelo Presidente da República de Portugal; nomeação como «Honorary Fellow» pela London Business School e membro da «Order of Outstanding Contributors to Sustainable Development» pelo World Business Council for Sustainable Development. Álvaro Cuervo García (Independente): Pós-graduação em Estatística e Psicologia e PhD em Economia da Universidade de Madrid (Espanha). É professor universitário de Economia para Gestão Empresarial e foi Chefe do Departamento de Gestão Empresarial da

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Universidade Complutense em Madrid e, ainda, professor universitário de Economia para Gestão Empresarial nas Universidades de Valladolid e Oviedo (Espanha) e de CIDE (México). É também Professor Convidado nas Universidades de Nova Iorque e da Califórnia Berkeley (EUA). É membro do Comité Consultivo do Governo para as Privatizações (espanhol) e Presidente da Associação Científica de Economia e Empresas (Espanha). Desempenha diversas funções de direcção. Paulo Azevedo: Licenciatura em Engenharia Química - EPF Lausanne (Suíça) e Pós-graduação em Estudos Empresariais - EGP (ex-ISEE/UP). Exerceu o cargo de Presidente Executivo da Optimus – Telecomunicações, S.A., entre 1998 e 2000; Presidente da Comissão Executiva da Sonae SGPS, S.A.. Desempenha diversas funções de gestão e administração no grupo Efanor/Sonae. Paulo Azevedo é filho de Belmiro de Azevedo. Albrecht Ehlers (Independente): Advogado, licenciatura em Direito pela Universidade de Münster (Alemanha). De 1987 a 2000 desempenhou diversas funções nas áreas legal e de recursos humanos, na Glunz AG, tendo em 1995 sido designado para integrar o Conselho de Administração Executivo (Vorstand) daquela sociedade, com responsabilidades em diversas áreas nomeadamente recursos humanos e departamento legal. Entre 2000 e 2004 foi vice presidente sénior da Hochtief AG (Alemanha) com responsabilidade nomeadamente nas áreas de recursos humanos e serviços corporativos. A partir de 2004 e até 2009 integrou o Conselho de Administração Executivo (Vorstand) daquela sociedade. A partir do ano 2010 ocupa funções de chanceler na Universidade Técnica de Dortmund (Alemanha). Rui Correia (Presidente da Comissão Executiva e CFO): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto e Pós-graduação em Gestão Empresarial - EGP (ex-ISEE/UP). Integra o Grupo Efanor/Sonae desde 1994, foi Director do Departamento Financeiro da Sonae SGPS, a partir de 2000, e a partir de 2001, ocupou diversos cargos de gestão e administração no grupo Efanor/Sonae. Foi nomeado Administrador Financeiro (CFO) da Sonae Indústria, em 2005 e Presidente da Comissão Executiva em 2011. João Paulo Pinto (Vice-Presidente da Comissão Executiva e CITO): Licenciatura em Engenharia Mecânica – Universidade do Porto e Mestrado em Motores de Combustão Interna (Ècole Nationale du Petrole et dês Moteurs), Paris, e MBA - Universidade do Porto Integra o Grupo Sonae/Efanor desde 1995, onde exerceu diversas funções na área de Marketing e vendas, tendo em 2009 assumido a função de COO da Sonae Indústria para a Península Ibérica. Em 2010 passou a integrar o Conselho de Administração da Sonae Indústria, como membro executivo e com a função de CITO “Chief Industrial and Technology Officer” (Responsável Industrial e de Tecnologia), em 2011 foi designado Vice-Presidente da Comissão Executiva. Christophe Chambonnet (CM&SO): Licenciatura em Engenharia – ISAB (França), MS em Economia Aplicada e MBA – Universidade de Purdue (EUA). Entre 1998 e 2000, desempenhou funções de gestão e administração na área de Marketing em sociedades sediadas nos EUA, Canadá, França e Bélgica. De 2000 a 2005, integrou a administração da Tafisa Canada, sociedade participada da Sonae Indústria. Entre Abril de 2005 a Junho de 2006, foi vice-presidente da sociedade francesa Tembec Avebene SAS. A partir de Julho de 2006, reintegrou o grupo Sonae Indústria, como administrador e director geral da Isoroy SAS. Em finais de 2007 passou a integrar o Conselho de Administração da Sonae Indústria, tendo em Maio de 2010 deixado as funções de director geral da Isoroy, assumindo em exclusivo as funções de administrador executivo da Sonae Indústria com a função de CMSO – “Chief Marketing and Sales Officer” (Responsável de Marketing e Vendas).

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Os Administradores da Sonae Indústria detêm o seguinte número de acções da sociedade:

Nos últimos cinco anos, Belmiro de Azevedo, Rui Correia, Christophe Chambonnet, Paulo Azevedo e João Paulo Pinto foram Administradores de outras empresas do grupo Efanor. No mesmo período, os seguintes Administradores exerceram outros cargos nas seguintes empresas, não pertencentes ao grupo Efanor: José Alvaro Cuervo Garcia: BA Vidrio, S.A.

Albrecht Ehlers: Conselho de Administração Executivo (Vorstand) da Hochtief AG

Belmiro de Azevedo, Paulo Azevedo e Alvaro Cuervo foram inicialmente designados, com efeitos a partir de 15 de Dezembro de 2005, data do registo da fusão da «antiga» Sonae Indústria - SGPS, SA na Sonae 3P - Panels, Pulp and Paper, SA e a redenominação desta última para Sonae Indústria, SGPS, SA. Rui Correia foi inicialmente designado para o Conselho de Administração da Sonae 3P, a 22 de Julho de 2002, Christophe Chambonnet, foi cooptado em reunião do Conselho de Administração realizada em 20 de Dezembro de 2007, tendo a Assembleia Geral Anual realizada no ano de 2008 ratificado a referida cooptação. João Paulo Pinto foi designado na Assembleia Geral anual de 2010 e Albrecht Ehlers foi cooptado em Setembro de 2011. O actual mandato do Conselho de Administração terminou em 31 de Dezembro de 2011, mantendo-se em funções, nos termos da lei até nova designação, o que irá ocorrer na Assembleia Geral Anual a realizar em 2012.

2.10. Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho de administração à data de 31 de Dezembro de 2011

Os membros do Conselho de Administração, actualmente, acumulam a função de membros do Conselho de Administração e de fiscalização de outras sociedades, aqui listadas.

Número de Acções Número de Acções

Belmiro Mendes de Azevedo (1) Efanor Investimentos, SGPS, SAEfanor Investimentos, SGPS, SA (1) 49.999.997 Sonae Indústria, SGPS, SA 44.780.000(1 acção é detida pelo conjuge) Pareuro, BV (2) 2.000.000Sonae Indústria, SGPS, SA 1.010(detidas pelo conjuge)

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (2) Pareuro, BVEfanor Investimentos, SGPS, SA (1) 1 Sonae Indústria, SGPS, SA 27.118.645Migracom, SGPS, SA (3) 1.969.996Sonae Indústria, SGPS, SA 223 (3) Migracom, SGPS, SA(detidas por filho menor) Sonae Indústria, SGPS, SA 90.000

Imparfin, SPS, SA (4) 150.000Rui Manuel Gonçalves Correia

Sonae Indústria, SGPS, SA 12.500 (4) Imparfin, SGPS, SASonae Indústria, SGPS, SA 278.324

Joâo Paulo dos Santos PintoSonae Indústria, SGPS, SA 407

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Em sociedades pertencentes ao grupo Efanor:

Membro do órgão de administração: Belmiro Mendes de Azevedo: Àguas Furtadas-Sociedade Agrícola, SA (Presidente) Alpêssego-Sociedade Agrícola, SA (Presidente) BA – Business Angels SGPS, S.A (Administrador Único). Casa Agrícola de Ambrães, S.A. (Presidente) Efanor Investimentos, SGPS, S.A. (Presidente) Prosa-Produtos e Serviços Agrícolas, SA (Presidente) SC – SGPS, S.A. (Presidente) Selfrio, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae – SGPS, S.A. (Presidente) Sonae Capital, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae Turismo – SGPS, S.A. (Presidente) Spred, SGPS, S.A. (Presidente)

José Alvaro Cuervo Garcia: Sonae – SGPS, S.A.

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo: Efanor Investimentos, SGPS, S.A. MDS, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae - SGPS, S.A. (Presidente da Comissão Executiva) Sonae Investimentos – SGPS, S.A. (Presidente) Sonae MC - Modelo Continente, SGPS, S.A. (Presidente) Sonae Specialized Retail, SGPS, SA (Presidente) Sonae Sierra, SGPS, S.A. (Presidente) Sonaecom, SGPS, S.A. (Presidente) Sonaegest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Presidente) Sonaerp - Retail Properties, S.A.(Presidente)

Rui Manuel Gonçalves Correia: Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Agloma Investimentos, SGPS, S.A. Aserraderos de Cuellar, S.A. BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. Tafisa Canada Inc. (Presidente) GHP GmbH Glunz AG Glunz UK Holdings, Ltd. Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. Isoroy SAS LaminatePark GmbH & Co. Kg Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. Megantic, B.V. Poliface North America Inc. Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. SCS, BV Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A.

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Somit - Imobiliária, S.A. Sonae Indústria - Management Services, SA Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. Sonae Novobord (PTY) Ltd. (Presidente) Tableros de Fibras, S.A. Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricos, SL Tafibra South Africa (PTY) Ltd. (Presidente) Tafisa France S.A.S Tafisa UK, Ltd. Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, SL Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. (Vice-Presidente)

João Paulo Pinto Agloma – Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Agloma Investimentos, SGPS, S.A. Aserraderos de Cuellar, S.A. BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH Darbo, SAS (Presidente) Ecociclo – Energia e Ambiente, S.A. Tafisa Canada Inc. GHP GmbH Glunz AG (Presidente) Glunz UK Holdings, Ltd. (Presidente) Imoplamac – Gestão de Imóveis, S.A. Isoroy SAS (Presidente) LaminatePark GmbH & Co. Kg Maiequipa – Gestão Florestal, S.A. Poliface North America Inc. Racionalización y Manufacturas Forestales, S.A. Serradora Boix, SL Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais – Energia, S.A. Somit - Imobiliária, S.A. Sonae Novobord (PTY) Ltd Sonae Indústria - Management Services, SA Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S.A. Sonae Indústria UK, Ltd. (Presidente) Sonae Tafibra International, B.V. Spanboard Products, Ltd. (Presidente) Tableros de Fibras, S.A. (Presidente) Tableros Tradema, SL Tafiber – Tableros de Fibras Ibéricos, SL Tafibra South Africa (PTY) Ltd. Tafisa France S.A.S (Presidente) Tafisa Developpement SASU (Presidente) Tafisa Investissements SASU (Presidente) Tafisa Participation SASU (Presidente) Tafisa UK, Ltd. (Presidente) Taiber – Tableros Aglomerados Ibéricos, SL Tecmasa Reciclados de Andalucia, SL (Presidente) Tecnologias del Medio Ambiente, S.A.

Christophe Chambonnet: Tafisa Canada Inc.

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Isoroy, SAS LaminatePark GmbH & Co. Kg Plysorol, SAS (Presidente) Tafisa France, SAS

Membro do órgão de fiscalização: Albrecht Ehlers:Glunz AG (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”)

Em sociedades não pertencentes ao grupo Efanor:

Membro de órgão de administração: Belmiro Mendes de Azevedo: Praça Foz – Sociedade Imobiliária, S.A. (Presidente) Setimanale – SGPS, S.A. (Presidente)

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo: Imparfin, SGPS, S.A. Migracom – SGPS, S.A. (Presidente)

José Alvaro Cuervo Garcia: ACS – Actividades de Construccion Y Servicios, S.A. Bolsas Y Mercados Españoles (BME)

Albrecht Ehlers:

Erich-Brost-Institut für Journalismus in Europa GmbH

Membro do órgão de fiscalização: Albrecht Ehlers:

Schindler Deutschland GmbH Salus BKK (Presidente do Conselho Geral – “Aufsichtsrat”)

SECÇÃO III – Conselho Fiscal

2.11. Identificação, independência, mandato, qualificações, actividades profissionais dos membros do Conselho Fiscal e avaliação do auditor externo

2.11.1. Identificação, Independência e mandato dos membros do Conselho Fiscal

Composição do Conselho Fiscal: - Manuel Heleno Sismeiro – Presidente - Armando Luís Vieira de Magalhães -Vogal - Jorge Manuel Felizes Morgado – Vogal - Óscar José Alçada da Quinta – Vogal Suplente

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Todos os membros do Conselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidades previstas no nº1 do art. 414º-A e o critério de independência previsto no nº5 do art. 414, ambos do Código das Sociedades Comerciais. Com vista a garantir a cada momento a independência dos membros do Conselho Fiscal, os respectivos membros, previamente à respectiva designação, emitiram declarações atestando que não incorriam em nenhuma das incompatibilidades previstas no artigo 414º-A do Código das Sociedade Comerciais, bem como que não se encontram em qualquer circunstância que afecte a sua independência nos termos do disposto no nº5 do artigo 414º do mesmo diploma legal, que comunicariam à sociedade a ocorrência de qualquer facto que, no decurso do mandato, determine incompatibilidade ou perda de independência. Foi igualmente solicitado que preenchessem questionários elaborados nos mesmos termos dos utilizados pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários. Os actuais membros do Conselho Fiscal foram eleitos na Assembleia Geral Anual realizada em Abril de 2009 para o mandato 2009-2011.

2.11.2. Qualificações profissionais dos membros do Conselho Fiscal, actividades profissionais dos últimos cinco anos, acções detidas

MANUEL HELENO SISMEIRO (Presidente do Conselho Fiscal): Licenciatura em Finanças, ISCEF (Portugal), Contabilista, ICL (Portugal). Actualmente exerce funções de Consultor em especial nas áreas de auditoria interna e controle interno e é Presidente do conselho fiscal da OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA, da Sonae Indústria, SGPS, SA e da Sonae Capital, SGPS, SA. Foi sócio da Coopers & Lybrand e da Bernardes, Sismeiro & Associados e de 1998 a 2008 da PricewaterwhouseCoopers - auditores e revisores oficiais de contas e responsável pela auditoria e revisão oficial de contas nos mais diversos sectores da actividade económica. Foi igualmente responsável pela gestão do escritório do Porto das referidas sociedades e Director da Divisão de Auditoria, no período 1998 – 2002, e membro do órgão de gestão da PricewaterhouseCoopers, no mesmo período. ARMANDO LUÍS VIEIRA DE MAGALHÃES (Vogal do Conselho Fiscal): Bacharelato em Contabilidade (ex-ICP e actual ESCAP), Licenciatura em Economia - Universidade do Porto, Executive MBA - European Management (IESF/IFG). Ocupou diversas funções numa instituição de crédito (1964-1989), desde 1989 começou a exercer a actividade de revisor oficial de contas, primeiro individualmente e posteriormente como sócio da Santos Carvalho & Associados, SROC e actualmente da Armando Magalhães, Carlos Silva & Associados, SROC, Lda. JORGE MANUEL FELIZES MORGADO (Vogal do Conselho Fiscal): Licenciatura em Gestão – ISEG, Universidade Técnica de Lisboa, MBA em Finanças –IEDE Madrid, MBA em Gestão e Sistemas de Informação – Universidade Católica, Revisor Oficial de Contas. Ocupou diversas funções de auditoria na Coopers & Lybrand (1980-1989), responsável pelo Controlo de Gestão e Auditoria Interna do Grupo Coelima (1989-1991), partner da Deloitte (1991-2004), a partir de 2004 Revisor Oficial de Contas e Partner da Econotopia-Consultoria e Gestão, SA OSCAR ALÇADA DA QUINTA (Vogal-Suplente do Conselho Fiscal): Licenciatura em Economia - Universidade do Porto. Ocupou diversas funções na área administrativa e financeira em diversas sociedades (1982-1986), desde 1986 prestação de serviços no âmbito da auditoria externa a Revisores Oficiais de Contas e a sociedade com aquela actividade e em 1990 obtém a inscrição na Lista dos Revisores Oficiais de Contas, função que passou a exercer em regime de exclusividade, primeiro individualmente e posteriormente como sócio da Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC.

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2.11.3. Listagem das funções exercidas pelos membros do conselho Fiscal à data

de 31 de Dezembro de 2011 Noutras sociedades pertencentes ao grupo Efanor: Manuel Heleno Sismeiro Sonae Capital, SGPS, SA (Presidente do Conselho Fiscal)

Armando Luís Vieira de Magalhães Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal) Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal) Jorge Manuel Felizes Morgado Sonae, SGPS, SA (Conselho Fiscal) Sonae Capital, SGPS, SA (Conselho Fiscal) Sonae Sierra, SGPS, SA (Conselho Fiscal) Óscar Alçada da Quinta Sonaecom - SGPS, S.A. (Conselho Fiscal) Sonae Investimentos, SGPS, SA (Conselho Fiscal) Noutras sociedades não pertencentes ao grupo Efanor: Manuel Heleno Sismeiro OCP Portugal Produtos Farmacêuticos SA (Presidente do Conselho Fiscal) Segafredo Zanetti (Portugal) SA (Presidente da Mesa da Assembleia Geral)

Armando Luís Vieira de Magalhães Futebol Clube do Porto - Futebol S.A.D (Conselho Fiscal) PortoComercial - Sociedade de Comercialização, Licenciamento e Sponsorização, SA (Conselho Fiscal) Óscar Alçada da Quinta BA GLASS I – Serviços de Gestão e Investimentos, SA. (Conselho Fiscal) Caetano-Baviera – Comércio de Automóveis, SA (Conselho Fiscal) Óscar Quinta, Canedo da Mota & Pires Fernandes, SROC (Administração) Nenhum dos membros do Conselho Fiscal possui acções da Sonae Indústria.

2.11.4. Eleição e avaliação do Auditor externo Foi o Conselho Fiscal que, na Assembleia Geral de 2009, propôs a eleição do Revisor Oficial de Contas que é simultaneamente o auditor externo da sociedade. A proposta de politica de remunerações aprovada na assembleia geral de 2011, estabelece que o Revisor Oficial de Contas da sociedade seja remunerado de acordo com os níveis de honorários normais para serviços similares, por referência à informação do mercado, conforme negociado anualmente sob supervisão do Conselho Fiscal e da Comissão de Auditoria e Finanças. O Conselho Fiscal reúne, sempre que assim o entende, com o auditor externo, acompanhando a sua actividade e as conclusões do seu trabalho, através dos relatórios finais de auditoria. Desta forma, é-lhe possível efectuar uma avaliação do trabalho desenvolvido pelo auditor externo. O Conselho Fiscal pode, se ocorrer justa causa, propor à

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Assembleia Geral a destituição do Revisor Oficial de Contas, uma vez que este é eleito sob proposta do Conselho Fiscal.

SECÇÃO IV – Remuneração 2.12. Remunerações e Outras Compensações dos Administradores e

membros do Conselho Fiscal A Comissão de Vencimentos da sociedade é eleita em Assembleia Geral para mandatos de três anos, tendo sido eleita na Assembleia Geral de Abril de 2009 para o mandato 2009-2011. Na Assembleia Geral Anual realizada em 2011 foi alargado o número de membros da Comissão de Vencimentos, passando esta a ser composta por 3 membros. Actualmente a Comissão de Vencimentos é composta por Belmiro Mendes de Azevedo, pela Efanor Investimentos - SGPS, SA, representada pelo Senhor Professor José Manuel Neves Adelino e pela Imparfin - SGPS, SA, representada pelo Senhor José Fernando Oliveira de Almeida Côrte-Real. A participação de Belmiro de Azevedo, que é também Presidente do Conselho de Administração da sociedade, na Comissão de Vencimentos, corresponde à representação do interesse accionista na Comissão de Vencimentos, nela intervindo nessa qualidade. Belmiro de Azevedo não participa na discussão nem está presente no ponto da reunião em que é deliberada a sua própria remuneração, garantindo-se assim a necessária imparcialidade e transparência do processo. O representante da Imparfin José Corte Real trabalha para o Grupo Efanor na área de Recursos Humanos; os seus amplos conhecimentos e vasta experiência na área de Recursos Humanos, nomeadamente em matéria de política de remuneração contribuem muito positivamente para o trabalho da Comissão de Vencimentos. Não foi contratada qualquer empresa para apoiar a Comissão de Vencimentos ou a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração. Para efeitos de benchmark no nível salarial dos membros do Conselho de Administração, aquelas comissões utilizam estudos multi-empresa elaborados por consultores internacionais presentes em Portugal e disponibilizados no mercado. Na Assembleia Geral Anual realizada em 2011 a Comissão de Vencimentos fez aprovar uma politica de remunerações e um plano de atribuição de acções. A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Sonae Indústria e dos seus dirigentes, adere às orientações comunitárias, à legislação nacional e às recomendações da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e é baseada no pressuposto de que a iniciativa, a competência e o empenho são os fundamentos essenciais de um bom desempenho e que este deve estar alinhado com os interesses de médio e longo prazo da sociedade, com vista à sua sustentabilidade. Na determinação da política retributiva são tomadas como elemento comparativo para a fixação da remuneração, por um lado, as referências de mercado fornecidas pelos diversos estudos disponíveis em Portugal e nos demais mercados europeus, nomeadamente os elaborados pelos consultores especializados Mercer e Hay Group e por outro lado, as sociedades incluídas no PSI-20 do Portuguese Stock Index. Os planos retributivos a atribuir aos administradores executivos são definidos tendo por referência estudos de mercado relativos a “Top Executives” de Portugal e da Europa, tendo como posicionamento de referência a mediana do mercado para a remuneração fixa e o terceiro quartil para a remuneração total em circunstâncias comparáveis. As remunerações fixas e as remunerações variáveis objectivo são deliberadas pela Comissão de Vencimentos em diálogo com a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração.

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A componente fixa da remuneração está alinhada, nos seus limites, com os standards do mercado os quais são aferidos pela equivalente praticada nas sociedades comparáveis. A componente variável da remuneração, aplicável aos membros executivos, está sujeita a limites máximos percentuais e obedece a critérios de desempenho pré-estabelecidos e mensuráveis indicadores de desempenho - comprometidos com cada um dos membros executivos em cada exercício social. A componente variável da remuneração é aferida por avaliação da performance de um conjunto de indicadores de desempenho, quer do negócio com cariz essencialmente económico e financeiro “Key Performance Indicators of Business Activity” (Business KPIs) quer individuais, combinando estes últimos indicadores de desempenho quantificado e não quantificado “Personal Key Performance Indicators” (KPIs Individuais). O conteúdo dos indicadores de desempenho e o seu peso específico na determinação da remuneração efectiva asseguram o alinhamento dos administradores executivos com os objectivos estratégicos definidos e o cumprimento das normas legais em que se enquadra a actividade social. Para o apuramento da componente variável da remuneração é efectuada uma avaliação individual de desempenho pela Comissão de Vencimentos, em diálogo com a Comissão de Nomeações e Remunerações do Conselho de Administração. Esta avaliação tem lugar após serem conhecidos os resultados da sociedade. Assim e relativamente a cada exercício social são avaliadas a actividade da empresa, a performance e os contributos individuais para o sucesso colectivo, que, necessariamente, condicionarão a atribuição da componente fixa e variável do plano retributivo de cada administrador executivo. A disponibilização efectiva de, até cinquenta por cento, inclusive, do valor da remuneração variável atribuída ao administrador executivo, em cada exercício, em resultado da avaliação de desempenho individual e da empresa, é diferida por um período de três anos. Esta componente diferida da remuneração variável é composta por acções, sendo-lhe aplicável o Plano de Atribuição de Acções nos termos do respectivo regulamento. Mantendo a sociedade a opção pela entrega, em substituição das acções, do valor correspondente em dinheiro. A Política de Remuneração da sociedade mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de mandato, quer esta cessação ocorra no termo do respectivo prazo, quer se verifique uma cessação antecipada por qualquer motivo ou fundamento, sem prejuízo da obrigação do cumprimento pela sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria. Não integra a política de Remuneração e Compensação qualquer sistema de benefícios, designadamente de reforma, a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes. Para assegurar a efectividade e transparência dos objectivos da Política de Remuneração e Compensação os administradores executivos: - não celebraram nem devem celebrar, contratos com a sociedade ou com terceiros que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade; - não devem alienar durante o mandato em curso, as acções da sociedade a que possam vir a aceder, por via da atribuição da remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas que necessitem ser alienadas para suportar o pagamento de impostos resultantes do beneficio dessas mesmas acções.

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No que respeita ao órgão de administração da Sonae Indústria, a política aprovada estabelece o seguinte: Administradores executivos (AE) A política remuneratória dos AE inclui:

(i) uma componente fixa, que engloba a Remuneração Base, que é paga por referência ao período de um ano (os vencimentos são pagos em 12 meses) e um subsídio de responsabilidade anual

(ii) um Prémio Variável de Curto Prazo pago no primeiro trimestre do ano seguinte, e

(iii) um Prémio Variável de Médio Prazo, atribuível em Abril do ano seguinte, sob a forma de remuneração diferida ao abrigo do Plano de Atribuição de Acções e respectivo regulamento, que se vence no terceiro aniversário da data da sua atribuição.

(i) Os planos retributivos individuais são definidos em função dos níveis de responsabilidade de cada AE e serão revistos anualmente. A cada AE é atribuída uma classificação designada internamente por Grupo Funcional. Os AE estão classificados nos grupos funcionais “Senior Executive” (G2) e “Executive” (G3). As classificações funcionais estão estruturadas tendo por base o modelo internacional Hay de classificação de funções corporativas, com o objectivo de facilitar comparações de mercado e promover a equidade interna. (ii) O Prémio Variável de Curto Prazo visa recompensar o atingimento de objectivos definidos anualmente, que se encontram ligados aos “Key Performance Indicators of Business Activity” (Business KPIs) e aos “Personal Key Performance Indicators” (Personal KPIs). O prémio objectivo a atribuir corresponde a uma percentagem da componente fixa do Plano Retributivo, que variará entre 40% e 60%, em função do Grupo Funcional do AE. Os Business KPIs, que são essencialmente indicadores económico/financeiros, representam 70% do Prémio e constituem indicadores objectivos. Os restantes 30% derivam dos Personal KPIs, que combinam indicadores de desempenho quantificado e não quantificado. Os valores pagos resultam do desempenho real (resultados do negócio/contributos individuais) e poderão variar entre 0% e 140% do prémio objectivo fixado; (iii) o Prémio Variável de Médio Prazo destina-se a reforçar a ligação dos AE à sociedade, alinhando os seus interesses com os dos accionistas, e aumentando a consciencialização da importância do respectivo desempenho para o sucesso global da organização. Os valores do Prémio Variável de Médio Prazo são definidos anualmente representando para os AE até 100% do Prémio Variável de Curto Prazo atribuído. Este valor em euros será dividido pelo preço médio de cotação de fecho das últimas trinta sessões anteriores á Assembleia Geral ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral se realizar depois desta data, para apuramento de um número de acções a que corresponde. O valor convertido em acções será ajustado por quaisquer variações ocorridas no capital social ou dividendos (Total Shareholder Return) durante um período de diferimento de 3 anos. Na data de vencimento, as acções são entregues sem qualquer custo, mantendo a sociedade a opção pela entrega, em sua substituição do valor correspondente em dinheiro. Prémio variável de Médio Prazo (PVMP) 1. Características do PVMP O PVMP é uma das componentes da Politica Retributiva da SONAE INDÚSTRIA. Esta componente distingue-se das restantes por ter um carácter restrito e discricionário, cuja atribuição é condicionada às regras de elegibilidade estabelecidas no respectivo plano. O PVMP proporciona aos beneficiários a possibilidade de partilharem com os accionistas o valor criado, pela sua intervenção directa na definição da estratégia e na gestão dos negócios, na justa medida do resultado da avaliação anual do seu desempenho.

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2. Enquadramento do PVMP O PVMP constitui uma forma de alinhamento dos interesses dos administradores executivos com os objectivos da organização, reforçando o seu compromisso e fortalecendo a percepção da importância da sua performance para o sucesso da SONAE INDÚSTRIA, com expressão na capitalização bolsista do título. O valor do PVMP relativamente a cada beneficiário corresponde à totalidade da remuneração variável de médio prazo atribuída aos administradores executivos nos termos da Politica de Remuneração e Compensação aprovada pela Assembleia Geral. 3. Elegibilidade São elegíveis para efeitos de atribuição do PVMP da SONAE INDÚSTRIA os administradores executivos. De acordo com a política de remuneração aprovada pelo Conselho de Administração, são igualmente elegíveis para a atribuição do PVMP os colaboradores, a quem por via dessa politica, seja aplicável o Plano.

Membros Elegíveis Valor de referência do prémio variável de médio prazo (% do Prémio Variável de Curto Prazo atribuído)

Administradores Executivos Sonae Indústria

até 100%

Administradores Executivos Negócios

até 50%

Colaboradores termos a definir pelo Conselho de Administração 4. Duração do plano Os PVMP são constituídos anualmente, por períodos de três anos. A partir do início do terceiro plano consecutivo, ocorrerá, a cada momento, a sobreposição de três planos trienais. 5. Valor de referência do PVMP A remuneração variável de médio prazo é valorizada à data da atribuição a preços representativos da cotação do título, no mercado de acções em Portugal, considerando-se para o efeito a média da cotação de fecho das 30 sessões anteriores à Assembleia Geral ou alternativamente as anteriores a 30 de Abril, se a Assembleia Geral ocorrer depois desta data. Aos beneficiários abrangidos é atribuído o direito à aquisição de um número de acções determinado pelo quociente entre o valor do prémio variável de curto prazo atribuído e o valor de cotação à data da atribuição apurado nos termos do parágrafo anterior, podendo tal direito ser exercido decorridos três anos após a atribuição. Os administradores executivos abrangidos pelo plano, adquirem as acções sem pagamento de contrapartida. Os demais colaboradores a quem tenha sido atribuído aquele direito, adquirirem as acções nos termos das condições estabelecidas pelo Conselho de Administração. No caso de, posteriormente à atribuição do direito e antes do seu exercício, se verificar distribuição de dividendos, alteração do valor nominal das acções ou alteração do capital social da sociedade ou qualquer outra modificação na estrutura do capital da sociedade com impacto na expressão económica dos direitos atribuídos, o número de acções cujo direito de aquisição tenha sido atribuído será ajustado para um número equivalente tendo em conta o efeito das referidas alterações. 6. Entrega pela Sociedade No momento do exercício do direito de aquisição de acções atribuído no âmbito do PVMP, a sociedade reserva-se o direito de entregar, em substituição das acções, o numerário equivalente ao seu valor de mercado à data do respectivo exercício.

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7. Vencimento do PVMP O direito de aquisição das acções atribuídas pelo PVMP vence-se decorrido três anos após a sua atribuição. 8. Condições do exercício do direito O direito ao exercício do direito de aquisição das acções atribuídas no termo do Plano caduca se ocorrer a cessação do vínculo entre o beneficiário e a sociedade ou qualquer sociedade pertencente ao Grupo Efanor antes de decorrido o período de três anos subsequente à sua atribuição, sem prejuízo do disposto nos parágrafos seguintes. No caso de incapacidade permanente ou morte do beneficiário, serão recalculados os prémios pendentes, de acordo com o valor de mercado á data, sendo o respectivo pagamento efectuado ao próprio ou aos seus herdeiros. Em caso de reforma do beneficiário os prémios pendentes manter-se-ão em vigor até à data do respectivo vencimento. Administradores não executivos A remuneração dos administradores não executivos (ANE) é estabelecida em função de dados do mercado, segundo os princípios: (1) atribuição de uma remuneração fixa (da qual cerca de 15% paga a título de remuneração de presença nas reuniões do Conselho de Administração ou de alguma das suas Comissões); (2) atribuição de um subsídio de responsabilidade anual, não sendo atribuível qualquer outro valor a título de remuneração ou outra compensação variável aos ANE. A remuneração fixa pode ser incrementada até 5% para os ANE que presidam a uma Comissão do Conselho de Administração.

A avaliação dos membros executivos do Conselho de Administração é efectuada em conjunto pela Comissão de Vencimentos em ligação com Comissão de Nomeações e Remunerações (BNRC), tal como explicitado no 2.14.3. Os critérios de avaliação dos administradores executivos que se encontram pré-determinados são os seguintes: critérios objectivos relacionados com o grau de sucesso de

2010 2011 2010 (a) 2011 (b) 2010 (c) 2011 (d) 2010 2011

Belmiro de Azevedo (Presidente) 182.800 181.300 182.800 181.300

Paulo Azevedo 28.100 27.540 28.100 27.540

Álvaro Cuervo 28.900 28.667 28.900 28.667

Per Knuts (e) 34.660 5.858 34.660 5.858

Thomas Nysten (f) 38.900 21.867 38.900 21.867

Albrecht Ehlers (g) 23.256 23.256

Carlos Bianchi Aguiar (h) (Ex CEO) 242.000 138.667 120.260 362.260 138.667

Rui Correia (co‐CEO) 215.000 232.100 109.532 86.250 53.350 86.250 377.882 404.600

Christophe Chambonnet 212.200 212.200 166.000 147.000 50.000 52.500 428.200 411.700

João Paulo Pinto (i) (co‐CEO) 142.500 212.100 72.700 75.000 72.700 75.000 287.900 362.100

Total do Conselho de Administração 1.125.060 1.083.555 468.492 308.250 176.050 213.750 1.769.602 1.605.555

Total da Remuneração Anual

Fixa

Total do Prémio Variável de Curto

prazo

Total do Prémio Variável de Médio

PrazoTotal

2011

(a) relativo a 2010, valor aprovado e pago em 2011

(e)relativo a  2 meses de 2011

(f) relativo a 7 meses de 2011

(g) relativo a 4 meses na Sonae Indústria e a 12 meses na Glunz em 2011

(h) relativo a aproximadamente 7 meses de 2011

(i) relativo a 8 meses de 2010

(b) relativo a 2011, baseado em valores objectivo mas esta atribuição depende KPIs reais alcançados, e da subsequente 

aprovação por parte da Comissão de Vencimentos

(d) relativo a 2011, baseado em valores objectivo mas esta atribuição depende KPIs reais alcançados, e da subsequente 

aprovação por parte da Comissão de Vencimentos. O valor inicialmente atribuido é diferido e dependente da 

performance da cotação das acções durante um periodo de 3 anos de carência até 2015

(c)relativo a 2010, aprovado em 2011 e diferido e dependente da performance da cotação das acções durante um periodo 

de 3 anos de carência até 2014

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implementação das iniciativas e acções acordadas a implementar no ano em questão; e critérios subjectivos que estão relacionados com o contributo em termos de experiência e conhecimento para as discussões do conselho de administração, a qualidade da preparação das reuniões e da contribuição para as discussões do conselho de administração e dos comités e compromisso com o sucesso da companhia, entre outros. Não foram efectuados pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. A sociedade não possui planos de atribuição de opções de aquisição de acções. Conselho Fiscal No que respeita ao Conselho Fiscal a politica de remuneração aprovada estabelece que a sua remuneração consiste numa retribuição fixa, determinada tendo em conta a situação da sociedade e as práticas de mercado e inclui um subsídio de responsabilidade anual O Presidente do Conselho Fiscal no ano de 2011 auferiu a remuneração total de 10.100 euros, e cada um dos dois vogais auferiu a remuneração de 8.100 euros. Dirigentes A política de remunerações aprovada pela Assembleia Geral, estabelece que a política de remuneração aplicável às pessoas que sejam consideradas dirigentes, na acepção do nº3 do artigo 248º-B do Código de Valores Mobiliários, seja equivalente à adoptada para a remuneração de outros quadros do mesmo nível de funções e responsabilidades, sem a atribuição de qualquer benefício adicional face ao que decorre do respectivo grupo funcional.

2.13. Política de comunicação de Irregularidades Durante o ano de 2008, com a formalização do novo Código de Conduta foi elaborada uma politica de comunicação de irregularidades, que se encontra disponível no sítio www.sonaeindustria.com. Qualquer colaborador ou prestador de serviços do Grupo pode apresentar, de forma confidencial, preocupações relativas a qualquer comportamento ou decisão que no seu entendimento, não respeite a ética ou o Código de Conduta. Um possível caso de irregularidade deve ser enviado por e-mail ou por correio para um dos seguintes endereços: Por e-mail: [email protected] Por correio: Sonae Industria SGPS, S.A. Responsável pelo Governo Societário Lugar do Espido, Via Norte Apartado 1096 4470-177 Maia Codex Portugal Quando solicitado, poderá ser marcada uma reunião para clarificar o possível caso de irregularidade com o Responsável pelo Governo Societário. Cada irregularidade será recebida pelo Responsável pelo Governo Societário que terá a responsabilidade de iniciar e supervisionar a investigação de todas as denúncias. Concluída

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a investigação e caso se verifique que a irregularidade comunicada corresponde a um comportamento faltoso, a Subcomissão de Ética da Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética, deverá comunicar ao superior hierárquico do colaborador em causa ou à entidade patronal do prestador de serviços a situação em causa a fim de serem aplicadas as acções correctivas e/ou serem instaurados procedimentos disciplinares. Dado que a sociedade pretende encorajar a comunicação em boa fé de qualquer possível caso de irregularidade, evitando ao mesmo tempo danos para a reputação de pessoas inocentes à partida indicadas como possíveis suspeitos de conduta inadequada, não são aceites denúncias anónimas. A investigação será realizada de forma confidencial e a sociedade garante que não haverá qualquer tipo de acção discriminatória ou de retaliação contra qualquer colaborador ou prestador de serviços que comunique em boa fé um possível caso de irregularidade. No caso de qualquer colaborador ou prestador de serviços considerar que sofreu algum tipo de retaliação por ter efectuado uma denúncia ou por ter participado numa investigação deve dar conhecimento desse facto de imediato ao Responsável pelo Governo Societário. A sociedade disponibiliza na sua intranet um formulário de comunicação de irregularidades. A sociedade mantém um registo de todas as denúncias e processos investigados, bem como das respectivas conclusões o qual estará acessível para consulta pelos órgãos sociais e pelo auditor externo. O Código de Conduta da Sonae Indústria contém um conjunto de normas baseadas nos valores partilhados, que regem as actividades do Grupo Sonae Indústria. É aplicável a todas as pessoas contratadas pelo Grupo, incluindo membros dos órgãos estatutários, e directores das sociedades do Grupo, administradores, quadros superiores, colaboradores e pessoas cujo estatuto é equivalente ao de colaboradores, tais como trabalhadores temporários e prestadores de serviços. O Código de Conduta define linhas de orientação de natureza ética empresarial que devem ser seguidas por todos os colaboradores e prestadores de serviços durante o desempenho das respectivas funções. Durante o ano de 2011, o Conselho de Administração, deliberou introduzir algumas alterações no Código de Ética tendo as mesmas como objectivo reforçar o princípio, que já constava do mesmo, de que todos os administradores e colaboradores do Grupo devem pautar as suas condutas pelo estrito cumprimento das leis aplicáveis. A Sonae Indústria adopta e promove de forma activa as mais exigentes normas éticas de conduta profissional a todos os níveis do Grupo. O compromisso relativamente a normas de conduta deve partir dos níveis mais elevados da empresa. Assim, os gestores de topo da Sonae Indústria devem constituir um exemplo para toda a organização através das suas acções, liderando de forma activa a adopção destas normas e controlando a sua aplicação. É particularmente importante que um compromisso em relação a estas normas seja aceite por todos os colaboradores e prestadores de serviços em todo o Grupo, onde quer que estes desenvolvam a sua actividade. Em cada organização local também devem ser adoptados princípios e acções adequados para lidar com questões éticas específicas que possam surgir nos respectivos países. O Código de Conduta da Sonae Indústria foi elaborado de forma a explicitar claramente a conduta desta perante todas as suas partes interessadas, bem como a relacionar esta conduta com os valores da própria empresa. O Código de Conduta está estruturado da seguinte forma:

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Relacionamento com colaboradores e prestadores de serviços Partilha de conhecimento e desenvolvimento pessoal Inovação e iniciativa Respeito, responsabilização e cooperação Confidencialidade e responsabilidade Sustentabilidade Conflito de interesses Segurança e Saúde no Trabalho Consciência Social Comunicação Cumprimento

Relacionamento com accionistas e outros investidores

Criação de valor Transparência Cumprimento

Relacionamento com governos e comunidades locais

Comportamento Ético Consciência Social Directriz Fiscal Consciência Ambiental

Relacionamento com parceiros de negócios

Foco no Cliente Integridade Comportamento Ético Transparência

Relacionamento com concorrentes

Observância das leis da concorrência Comportamento Ético

O documento integral do Código de Conduta pode ser consultado no site da empresa através do endereço: www.sonaeindustria.com.

SECÇÃO V – Comissões Especializadas

2.14. Comissões com competências especializadas Para melhorar a eficiência operacional do Conselho de Administração e indo ao encontro das melhores práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração nomeou 3 Comissões com Competências Especializadas, e um Responsável pelo Governo Societário. A Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética tem ainda uma subcomissão de Ética.

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2.14.1. Comissão de Auditoria e Finanças (BAFC) O BAFC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos: Álvaro Cuervo (Presidente, Independente). Paulo Azevedo; Albrecht Ehlers (Independente);

O BAFC reúne, ordinariamente, pelo menos 5 vezes por ano, tendo as seguintes atribuições principais: proceder à análise e emitir parecer sobre as demonstrações financeiras e as

apresentações de resultados, a publicitar ao mercado, com vista a apresentar as suas conclusões ao Conselho de Administração;

analisar a gestão de risco, controlar internamente os processos e negócios; analisar os resultados dos trabalhos da auditoria interna e externa; analisar a evolução dos principais rácios financeiros e alterações dos ratings formais e

informais da sociedade, incluindo reportes das agências de rating; analisar e aconselhar sobre quaisquer alterações nas políticas e práticas contabilísticas; verificar o cumprimento das normas contabilísticas; verificar o cumprimento das obrigações legais e estatutárias, em particular no âmbito

financeiro. Durante 2011, o BAFC reuniu 5 vezes, tendo registado em acta o teor das respectivas deliberações. As competências atribuídas ao BAFC, como comissão especializada do Conselho de Administração, são desenvolvidas numa óptica de gestão da sociedade não se sobrepondo às funções do Conselho Fiscal, enquanto órgão de fiscalização. O BAFC é uma comissão a quem compete, dentro do Conselho de Administração e dos poderes de gestão que este possui, analisar detalhadamente as demonstrações financeiras, os processos de gestão de risco, e a evolução dos principais rácios financeiros, entre outros temas, emitindo recomendações para deliberação final em sede do Conselho de Administração, operacionalizando assim melhor o seu funcionamento.

BAFCComissão de Auditoria e

Finanças

SREECComissão de

Responsabilidade Social, Ambiente e Ética

BNRCComissão de Nomeações

e Remunerações

Belmiro de Azevedo

Álvaro Cuervo (Ind)

Paulo Azevedo

Albrecht Ehlers (Ind)

COMISSÕES COM COMPETÊNCIAS ESPECIALIZADAS

Responsável pelo Governo

Societário

David BainBelmiro de Azevedo

Albrecht Ehlers (Ind)

Álvaro Cuervo (Ind)

Paulo Azevedo

Albrecht Ehlers (Ind)

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2.14.2. Comissão de Responsabilidade Social, Ambiente e Ética (SREEC) O SREEC é composto pelos seguintes Administradores Não-executivos: Belmiro de Azevedo (Presidente); Albrecht Ehlers (Independente). Compete a esta Comissão: rever e aconselhar o Conselho de Administração na informação e nos reportes a serem

incluídos nas contas semestrais e anuais da sociedade; acompanhar na condução dos negócios da sociedade, os impactos em termos de

sustentabilidade, nas suas vertentes económica, ambiental e social, bem como do governo societário e dos standards éticos. Cabendo-lhe salvaguardar e acompanhar a implementação do Código de Conduta, bem como proceder à sua actualização sempre que necessário.

Esta comissão tem uma Subcomissão de Ética composta pelo membro do Conselho de Administração Independente e Não-Executivo, pelo Responsável pelo Governo Corporativo e pelo Auditor Interno, que tem como função assessorar o SREEC. A Subcomissão de Ética apresenta pelo menos um relatório anual ao Conselho de Administração e, quando apropriado, também ao órgão de fiscalização do país em causa, em questões relacionadas com governo societário e ética nos negócios. Os membros actuais da Subcomissão de Ética são: Albrecht Ehlers (Presidente) David Bain (Responsável pela Governo Societário) Rogério Ribeiro (Auditor Interno) O SREEC reuniu 2 vezes durante o ano de 2011 e registou em acta o teor das suas deliberações. A Comissão de Ética reuniu uma vez.

2.14.3. Comissão de Nomeações e Remunerações (BNRC) O BNRC é composto pelos seguintes Administradores não-executivos: Belmiro de Azevedo (Presidente); Álvaro Cuervo (Independente); Paulo Azevedo; Albrecht Ehlers (Independente). Esta Comissão reúne, normalmente, pelo menos, duas vezes por ano, sendo a sua atribuição principal a de analisar e apresentar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração, relativas à remuneração e outras compensações dos membros do conselho de administração e analisar e aprovar propostas e recomendações, em nome do Conselho de Administração à Comissão de Vencimentos, relativas à remuneração e outras compensações de outros quadros de topo do Grupo Sonae Indústria, em função da actividade por estes desenvolvida. Compete igualmente ao BNRC identificar potenciais candidatos com perfil para administrador, quer para a própria sociedade quer para as sociedades suas participadas. O BNRC faz a ligação com a Comissão de Vencimentos da Sonae Indústria, por só assim poder ser garantido que a Comissão de Vencimentos possui, relativamente a cada administrador, mas principalmente no que respeita aos administradores executivos, o necessário conhecimento sobre o desempenho dos mesmos ao longo do exercício, atendendo a que a Comissão de Vencimentos não acompanha de perto a actividade desenvolvida pelos administradores, não possuindo assim o necessário conhecimento que

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lhe permite exercer as funções que lhe competem de forma correcta. O BNRC pode também solicitar assessoria de entidades externas, desde que estas se comprometam a manter sigilo absoluto sobre a informação obtida em resultado dessa cooperação. Em 2011, o BNRC reuniu 4 vezes, tendo registado em acta o teor das respectivas reuniões.

2.14.4. Responsável pelo Governo Societário O Responsável pelo Governo Societário (BCGO – Board and Corporate Governance Officer), é David Graham Shenton Bain, o qual reporta ao Conselho de Administração, através do Presidente. As suas atribuições principais são:

apoiar o Conselho de Administração na definição da sua função, objectivos e procedimentos operacionais, de modo a optimizar o seu desempenho;

assumir um papel de liderança na organização das avaliações ao Conselho de Administração;

manter-se ao corrente de todas as alterações legislativas, reguladoras e do governo societário;

apoiar e desafiar o Conselho de Administração para alcançar os standards mais avançados de governo societário;

apoiar o Conselho de Administração, assegurando-se de que o conceito de grupos de interesse e a necessidade de proteger os interesses minoritários estão acautelados, aquando da tomada de decisões importantes para o negócio.

Analisar anualmente as vantagens e os possíveis inconvenientes da adopção do modelo de governação adoptado pela sociedade.

Esta função é acumulada com a de secretário do BAFC e do BNRC, e de membro da Subcomissão de Ética.

3. Informação

3.1. Estrutura de Capitais

O capital social da Sonae Indústria é de 700 milhões de euros e está representado por 140 milhões de acções ordinárias, nominativas e com um valor nominal de 5 euros por acção. Todas as acções estão cotadas na NYSE Euronext Lisbon. Não há limitações, nem restrições, relativamente à transferência ou venda de acções.

3.2. Participações qualificadas, calculadas nos termos do art. 20º do CVM.

3.3. Identificação dos accionistas titulares de direitos especiais

Não existem accionistas titulares de direitos especiais.

Accionista Número de Acções % do Capital Social % Direito de VotoEfanor Investimentos, SGPS, S.ADirectamente 44.780.000 31,9857% 31,9857%Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor) 27.118.645 19,3705% 19,3705%Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor) 1.010 0,0007% 0,0007%Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 711 0,0005% 0,0005%Através de Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 223 0,0002% 0,0002%Através da Migracom, SGPS, SA (sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo) 90.000 0,0643% 0,0643%Através da Linhacom, SGPS, SA (sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo) 23.186 0,0166% 0,0166%

72.013.775 51,4384% 51,4384%

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3.4. Restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções.

Não existem quaisquer restrições à transmissibilidade das acções da sociedade.

3.5. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.

Quanto é do conhecimento da sociedade não existem acordos parassociais que possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou direitos de voto.

3.6. Regras para alterações aos Estatutos da sociedade As regras aplicáveis a alterações dos estatutos da sociedade são as estabelecidas na lei. Cabe à assembleia geral de accionistas deliberar sobre a alteração dos estatutos da sociedade, podendo contudo o Conselho de Administração deliberar alterar a sede social dentro do território nacional, bem como deliberar aumentar o capital social por novas entradas em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite de mil e duzentos milhões de euros.

3.7. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes.

Não se encontram previstos quaisquer mecanismos de controlo num sistema de participação dos trabalhadores no capital da sociedade.

3.8. Evolução da Cotação das Acções em 2011 A evolução da cotação da Sonae Indústria é particularmente afectada por crises bem como por recuperações da actividade económica, pelo facto da empresa actuar num sector de actividade altamente cíclico, dependente da actividade de construção e de mobiliário. Adicionalmente, a cotação da empresa, tem também vindo a ser afectada pela crise das dívidas soberanas, que geram uma maior aversão ao risco de investir em Portugal, a consequentemente saída de investidores nomeadamente estrangeiros do mercado de capitais português bem como a subsequente menor liquidez.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

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20-1

2-11

Volume Sonae Indústria PSI 20

31/12/110,635€

31/12/101,91€

15/11/11Valor minimo: 0,5€

21/01/11Valor máximo: 1,927€

23/03/11Valor máximo acções transaccionadas: 

695.876

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Já o ano de 2008 tinha sido marcado por uma queda generalizada nos mercados accionistas a nível global, em consequência do aprofundar da crise de confiança nos mercados de capitais resultante dos problemas relacionados com os créditos hipotecários subprime. Durante aquele ano a cotação tinha descido de 6,65€ no final de 2007 para 1,53€ no final de 2008. Em 2009, houve uma ligeira recuperação dos mercados bolsistas, nomeadamente da cotação das acções da Sonae Indústria que recuperaram 69%, de 1,53€ para 2,58€. Em 2010, as acções da Sonae Indústria desvalorizaram 26%, de 2,58€ no final de 2009 para 1,91€ no final de 2010. Durante o ano de 2011, a cotação caiu 67%, de 1,91€ no final de 2010 para 0,635€ no final de 2011. O valor máximo foi atingido no dia 21 de Janeiro de 2011 (1,927 €) e o valor mínimo a 15 de Dezembro de 2011 (0,5 €).

Em termos de liquidez, o título registou um volume de negócios médio diário de 161.940 acções tendo o valor mais elevado de 695,876 acções sido atingido no dia 23 de Março de 2011.

Indicadores Bolsistas 2008 2009 2010 2011

Capital Social 700.000.000 700.000.000 700.000.000 700.000

Número total de acções 140.000.000 140.000.000 140.000.000 140.000.000

Resultado Líquido ‐108.447.796 ‐58.782.190 ‐74.434.786 ‐57.800.173

Resultado Líquido por acção ‐0,77 ‐0,42 ‐0,53 ‐0,41

Dividendos por acção* 0 0 0 0

Valor Máximo 6,65 2,82 2,75 1,93

Valor Mínimo 1,51 1,20 1,68 0,50

Valor Médio 3,32 2,16 2,23 1,23

Cotação (31/12) 1,53 2,58 1,91 0,64

Capitalização Bolsista (31/12) 213.500.000 360.500.000 267.400.000 88.900.000

Transações Médias Diàrias** 908.119 513.226 317.104 161.940

* distribuidos no ano seguinte

** Número médio de acções transaccionadas por dia

24/02/2011: Apresentação dos resultados consolidados relativos ao exercíciode 2010

04/04/2011: Informação sobre celebração de novo programa de papelcomercial

11/05/2011: Apresentação dos resultados consolidados relativos ao primeirotrimestre de 2011

31/05/2011: Celebração de contrato relativo à construção de central abiomassa f lorestal

13/06/2011: Informação relativa a um incêndio ocorrido na fábrica deKnowsley, no Reino Unido

14/07/2011: Informação sobre f inanciamento obtido pela participada Taf isaCanada Inc.

22/07/2011: Informação sobre acordo da participada Glunz AG com aAutoridade da Concorrência Alemã

28/07/2011: Renúncia do Presidente da Comissão Executiva e consequentereorganização da Comissão Executiva

28/07/2011 : Apresentação dos resultados consolidados relativos ao primeirosemestre de 2011

07/11/2011: Apresentação dos resultados consolidados relativos a nove mesesde 2011

PRINCIPAIS EVENTOS EM 2011

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3.9. Política de Distribuição de Dividendos O Conselho de Administração definiu como objectivo a distribuição de 50% dos lucros da sociedade. Em cada ano, o rácio de pagamento real a ser proposto pelo Conselho de Administração terá em consideração o grau de solidez da estrutura de capitais da sociedade, assim como o plano de investimentos existente.

3.10. Negócios com Partes Relacionadas A sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração, bem como com os do Conselho Fiscal. As operações com sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da actividade normal da sociedade e foram realizadas em condições normais de mercado e a preços que respeitam as normas sobre preços de transferência. Qualquer transacção com accionistas titulares de participações qualificadas ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários (accionistas de referência), que envolva valor superior a 10 milhões de euros deve ser submetida a parecer prévio do Conselho Fiscal. O pedido de parecer deve ser acompanhado de todos os elementos necessários que permitam uma análise comparada com o mercado e a forma como serão geridos potenciais conflitos de interesse. Qualquer transacção que for contratada com accionistas de referência deve ser resultado de um processo comparativo de propostas, não estando sujeita a parecer prévio do Conselho Fiscal qualquer transacção de valor inferior a 10 milhões de euros devendo contudo, ser prestada informação ao Conselho Fiscal, nos seguintes termos: O CFO da Sonae Indústria é responsável por informar o Conselho Fiscal:

1) trimestralmente, de todas as transacções com accionistas de referência que ultrapassem 1 milhão de euros e quaisquer outras operações que sejam consideradas particularmente "sensíveis" pela administração.

2) Numa base anual, transacções com accionistas de referência com valores acumulados anuais que excedam 5 milhões de euros.

3.11. Relações com Investidores A Sonae Indústria tem um Departamento de Apoio ao Investidor, responsável por gerir a relação entre a Sociedade e os accionistas, investidores, analistas e autoridades de mercado, incluindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Trimestralmente, este departamento é responsável por coordenar a preparação da apresentação de resultados a ser divulgada ao mercado, assim como esclarecer, sempre que necessário, quaisquer factos relevantes ou eventos, que possam influenciar o preço da acção. Este departamento está permanentemente disponível para responder a qualquer questão formulada pelo mercado. A sociedade está disponível para reunir com investidores, quer em roadshows, em reuniões individuais, que lhe sejam solicitadas, quer em conferências em que participe. O Departamento de Apoio ao Investidor pode ser contactado por e-mail, [email protected] ou por telefone: +351.220.100.638. A directora do departamento é Patrícia Vieira Pinto. Para além disso, a Sonae Indústria tem um sítio institucional, www.sonaeindustria.com, onde são colocadas todas as informações relevantes, tais como: apresentações de resultados, comunicados, relatórios e contas e outros documentos do domínio público, notas de imprensa ou notícias genéricas sobre diversos temas relacionados com a sociedade e o grupo.

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O representante legal da Sonae Indústria para as Relações com o Mercado de capitais é o seu administrador Rui Correia, que pode ser contactado via Departamento de Apoio ao Investidor, ou, se pretendido, através do email, [email protected]. O sítio da sociedade na Internet dispõem de diversa informação em inglês, nela se incluindo a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados no artigo 171º do Código das Sociedades Comerciais, os estatutos, a identidade dos órgãos sociais e do representante para as relações com o mercado, o gabinete de apoio ao investidor, respectivas funções e meios de acesso, documentos de prestação de contas, calendáriode eventos societários, propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral e convocatórias para a realização da assembleia geral.

3.12. Remuneração Anual do Auditor O auditor externo da sociedade é a PriceWaterhouseCoopers, que, no exercício de 2011, facturou à Sonae Indústria e às sociedades suas participadas o valor total de 443 807 euros, sendo 93,64% relativo a serviços de revisão legal de contas, 6,05% relativos a outros serviços de garantia de fiabilidade e 0,31% relativos a serviços de consultoria fiscal. Os serviços de consultoria fiscal, no montante de 1361 euros, foram solicitados pela Tafibra Suisse e respeitam à verificação de um pedido de reembolso de imposto e consulta num processo de redução de capital. Apesar do diminuto valor do serviço contratado o Conselho Fiscal aprovou esta contratação. A PriceWaterhouseCoopers é o revisor oficial de contas da sociedade desde a Assembleia Geral anual de 2006, e está no seu segundo mandato de três anos, não tendo assim, a Sonae Indústria ainda definido qualquer período para a sua rotatividade.

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Anexos ao Relatório de Gestão Participações Qualificadas

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Saldo em 31.12.2011

Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade

Belmiro Mendes de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 49,999,997 (1 acção é detida pelo conjuge) Sonae Indústria, SGPS, SA 1,010 (detidas pelo conjuge)

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo Efanor Investimentos, SGPS, SA (1) 1 Migracom, SGPS, SA (2) 1,969,996 Sonae Indústria, SGPS, SA 223 (detidas por filho menor)

Rui Manuel Gonçalves Correia Sonae Indústria, SGPS, SA 12,500

João Paulo dos Santos Pinto Sonae Indústria, SGPS, SA 407

Agostinho Conceição Guedes Sonae Indústria, SGPS, SA 2,520

Saldo em 31.12.2011

Data Quantidade Valor Md. € Quantidade Valor Md. € Quantidade(1) Efanor Investimentos, SGPS, SA

Sonae Indústria SGPS SA 44 780 000

ANEXO A QUE SE REFERE O ART. 447º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

Aquisições Alienações

Aquisições Alienações

Sonae Indústria, SGPS, SA 44,780,000 Pareuro, BV (3) 2,000,000

(2) Migracom, SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 90,000 Imparfim, SGPS, SA (4) 150,000

(3) Pareuro, BV Sonae Indústria, SGPS, SA 27,118,645

(4) Imparfin, SGPS, SA Sonae Indústria, SGPS, SA 278,324

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Número de acções a 31.12.2011

Efanor Investimentos, SGPS, SASonae Indústria,SGPS, SA 44,780,000Pareuro, BV 2,000,000

Pareuro, BVSonae Indústria, SGPS, SA 27,118,645

ANEXO A QUE SE REFERE O ARTIGO 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

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Accionista Nº de acções % Capital Social % Direitos de VotoEfanor Investimentos, SGPS, SADirectamente 44,780,000 31.9857% 31.9857%

Através da Pareuro, BV (dominada pela Efanor) 27,118,645 19.3705% 19.3705%

Através de Maria Margarida CarvalhaisTeixeira de Azevedo (administradora da Efanor) 1,010 0.0007% 0.0007%

Através de Nuno Miguel Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 711 0.0005% 0.0005%

Através de Duarte Paulo Teixeira de Azevedo (administrador da Efanor e detidas por descendente) 223 0.0002% 0.0002%

Através da Migracom, SGPS, SA(sociedade dominada pelo administrador da Efanor, Paulo Azevedo) 90,000 0.0643% 0.0643%

Atravé da Linhacom, SGPS, SA(sociedade dominada pela administradora da Efanor, Cláudia Azevedo) 23,186 0.0166% 0.0166%

Total de Imputação 72,013,775 51.4384% 51.4384%

Cumprimento do disposto no Artº 8º, nº 1, alínea b) do Regulamento da CMVM nº 5/2008

PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

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Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do

nº1 do Art. 245º do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos do disposto na alínea c) do nº1 do Artigo 245º do Código dos Valores

Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da Sonae Indústria, SGPS,

SA declaram que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

a) o relatório de gestão, as contas anuais e demais documentos de prestação de

contas exigidos por lei, foram elaborados em conformidade com as normas

contabilísticas aplicavéis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do

activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e

das sociedades incluídas no perímetro de consolidação; e

b) o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do

desempenho e da posição da sociedade e das sociedades incluídas no

perímetro de consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e

incertezas com que se defrontam.

Belmiro Mendes de Azevedo

Álvaro Cuervo Garcia

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo

Albrecht Olof Luther Ehlers

Rui Manuel Gonçalves Correia

João Paulo dos Santos Pinto

Christophe Chambonnet

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Demonstrações Financeiras Individuais

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ACTIVO Notas 31.12.11 31.12.10

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activo Fixo Tangível 3 3.738 5.268

Activo Intangivel 4 44 228

Propriedades de investimento 0 -

Diferenças de consolidação 0 -

Investimentos em empreendimentos conjuntos 0 -

Investimentos em empresas do grupo e associadas 18,6 921.463.036 926.283.898

Investimentos disponiveis para venda 5,6 117.922 117.922

Activos por Impostos diferidos 7 9.120.837 10.607.168

Outros activos não correntes 5,8 574.993.958 583.020.801

Total de activos não correntes 1.505.699.535 1.520.035.284

ACTIVOS CORRENTES:Existencias 0 -

Clientes 5,9 248.036 324.034

Outras dívidas de terceiros 5,9 3.453.506 2.044.068

Estado e outros entes públicos 9 531.308 887.897

Outros activos correntes 5,10 75.324 124.562

Caixa e equivalentes de caixa 5,11 5.887.410 5.620.080

Total de activos correntes 10.195.585 9.000.643

Activos não correntes classificados como detidos para venda 0 -

TOTAL DO ACTIVO 1.515.895.120 1.529.035.927

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 700.000.000 700.000.000Reservas Legais 3.131.757 3.131.757Outras reservas e resultados acumulados 264.698.654 264.522.948Outro rendimento integral acumulado 0

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 967.830.411 967.654.705

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Sonae Indústria-SGPS,SADEMONSTRAÇÓES INDIVIDUAIS DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em EUR)

PASSIVO NÃO CORRENTE:Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo 5,13 89.143.872 86.818.182Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 5,13 287.993.050 301.063.535Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo - -

Derivados - -

Outros empréstimos - -

Responsabilidades por beneficios de aposentação 14 - 269.678Responsabilidades por opções de acções - -

Outros credores não correntes - -

Impostos diferidos passivos - -

Provisões - -

Total de passivos não correntes 377.136.922 388.151.395

PASSIVO CORRENTE:Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo 5,13 69.469.697 89.261.364Empréstimos bancários de curto prazo - -

Empréstimos obrigacionistas - parcela de curto prazo 5,13 15.000.000 -

Credores por locações financeiras - parcela de curto prazo - -

Credores por locações financeiras - curto prazo - -

Outros empréstimos - -

Fornecedores 5,15 258.174 1.006.270Outras dívidas a terceiros 5,16 81.155.379 79.297.062Estado e outros entes públicos 16 914.492 674.000Outros passivos correntes 5,17 4.130.045 2.991.132Responsabilidades por opções de acções - -

Responsabilidades por beneficios de aposentação - -

Provisões - -

Total de passivos correntes 170.927.788 173.229.827

Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para vendaclassificados como detidos para venda - -

TOTAL DO PASSIVO 548.064.709 561.381.222

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1.515.895.120 1.529.035.927

O Anexo faz parte destas Demonstrações Financeiras Individuais

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Notas 31.12.11 31.12.10

Proveitos operacionais: 0 0Vendas - -

Prestações de serviços 22 438.023 2.804.016Variação de valor das propriedades de investimento - -

Outros proveitos operacionais 23 345.857 201.683Total de proveitos operacionais 783.881 3.005.699

Custos operacionais 0 0Custo das vendas - -

Variação da produção - -

Fornecimentos e serviços externos -1.328.578 -2.836.661Gastos com o pessoal -931.708 -2.822.637Amortizações e depreciações 3,4 -1.714 -3.097Provisões e perdas por imparidade 18 - -

Outros custos operacionais 23 -227.110 -327.392Total de custos operacionais -2.489.110 -5.989.786

Resultados operacionais -1.705.229 -2.984.087

Resultados financeiros 24 1.120.879 2.039.193Resultados relativos a empresas associadas - -

Resultados relativos a investimentos 25 869.278 1.031.539Resultado antes de impostos 284.927 86.645

Sonae Indústria-SGPS,SADEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DE RESULTADOS POR NATUREZA

(Montantes expressos em EUR)

PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Imposto sobre o rendimento - imposto corrente 26 1.377.109 1.083.379Imposto sobre o rendimento - imposto diferido 26 -1.486.331 -2.713.457

Resultado depois de impostos 175.706 -1.543.432

Resultados de operações em descontinuação após impostos

Resultado Líquido do exercício 175.706 -1.543.432

RESULTADOS POR ACÇÃOExcluindo Operações em Descontinuação Basico 0,00 -0,01

Diluido 0,00 -0,01

O Anexo faz parte destas Demonstrações Financeiras Individuais

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NOTAS 31.12.11 31.12.10

Resultado Líquido do exercício 175.706 (1.543.432)

Outro Rendimento Integral do periodo

Variação no justo valor dos activos disponíveis para venda

Variação no justo valor dos derivados de cobertura de fluxos de caixa - 1.413.512

Ganhos relativos a reavaliações de imobilizado

Ganhos (perdas) actuariais em planos de benefícios de pensões

Quota-parte de outro rendimento integral de associadas

Imposto relativo às componentes do Outro rendimento integral

Outro rendimento integral líquido do período

- 1.413.512

RENDIMENTO INTEGRAL TOTAL DO PERIODO 175.706 -129.920

O Anexo faz parte destas Demonstrações Financeiras Individuais

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DO RENDIMENTO INTEGRAL

(Montantes expressos em EUR)

Sonae Indústria-SGPS,SA

PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

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Capital SocialReserva

legal

Outras reservas e Resultados acumulados

Activos disponíveis para venda

Derivados de cobertura de fluxos de

caixa

Reserva de Reavaliação

Ganhos / (perdas)

actuariais em planos

de benefícios

de pensões

Quota-parte de outro

rendimento integral de associadas

Imposto Relativo às

componentes de outro

rendimento integral

SubtotalTotal dos Capitais Próprios

NOTAS

Saldo em 01.01.11 700 000 000 3 131 757 264 522 948 967 654 705

Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior

Rendimento integral total

Resultado liquido do exercicio 27 175 706 175 706 Outro rendimento integral do exercicio Total 175 706 175 706

Outros Saldo em 31.12.11 12 700 000 000 3 131 757 264 698 654 967 830 411

Saldo em 01.01.10 700 000 000 2 737 181 266 460 956 -1 413 512 -1 413 512 967 784 625

Aplicação do resultado liquido do exercicio anterior 394 576 - 394 576

Rendimento integral total

Resultado liquido do exercicio 27 - 1 543 432 - 1 543 432 Outro rendimento integral do exercicio 1 413 512 1 413 512 1 413 512 Total - 1 543 432 - 129 920

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DE ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010(Montantes expressos em EUR)

Outro rendimento integral acumulado

Sonae Indústria-SGPS,SA

Outros Saldo em 31.12.10 12 700 000 000 3 131 757 264 522 948 -1 413 512 967 654 705

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ACTIVIDADES OPERACIONAIS: NOTAS

Recebimento de Clientes 514.021,02 2.547.565,00 Pagamentos a fornecedores 2.002.127,55 2.597.176,00 Pagamentos ao Pessoal 1.257.813,13 2.974.946,00

Fluxo Gerado Pelas Operações -2.745.920 -3.024.557

Pagamento/recebimento imposto s/rendimento -2.060.069 -1.884.435 Outros recebim./pagam.rel.à activ.operacional 267.196 262.806

Fluxo das actividades operacionais [1] -418.655 -877.316

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros 5.974.736 Activos Fixos Tangiveis Activos Fixos intangiveis Dividendos 869.278 1.031.539 Juros e proveitos similares 6.844.013 1.031.539

Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 1.088.754 Activos Fixos Tangiveis

SONAE INDÚSTRIA,SGPS,S.A.DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS FLUXOS DE CAIXA

31.12.2011 31.12.2010

(Montantes expressos em EUR)

PARA OS PERIODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

Activos Fixos Tangiveis Activos Fixos Intangiveis 1.088.754

Variação de empréstimos concedidos -50.064.883

Fluxo das actividades investimento [2] 5.755.260 51.096.422

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de: Juros e custos similares 19.505.177 24.360.478 Empréstimos concedidos 274.663.600 Empréstimos obtidos 3.836.333.000 4.130.501.777 5.940.000.000 5.964.360.478

Pagamentos respeitantes a: Juros e custos similares 21.239.959 17.053.858 Dividendos pagos 48 Empréstimos concedidos 264.069.681 Empréstimos obtidos 3.850.261.364 6.002.386.364 Outros 4.135.571.052 2.130.637 6.021.570.859

Variação de outros empréstimos obtidos -893.000

Fluxo das actividades de financiamento [3] -5.069.275 -58.103.381

Variação de caixa e seus equivalentes 267.330 -7.884.275

Caixa e seus equivalentes início exercício 11 5.620.080 13.504.355Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 11 5.887.410 5.620.080Variação de caixa e seus equivalentes 267.330 -7.884.275

O Anexo faz parte destas Demonstrações Financeiras Individuais

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1

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em euros)

1. Nota Introdutória

A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. (“Empresa”) tem a sua sede no Lugar do Espido, Via

Norte, Apartado 1096, 4470-177 Maia, Portugal.

2. Principais Politicas Contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações

financeiras são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)

emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas

pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior

“Standing Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2011 e

aprovadas pela União Europeia.

Durante o exercício de 2011 tornaram-se aplicáveis as seguintes normas e interpretações:

IAS 32 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Apresentação – classificação de direitos

emitidos’;IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’;IAS 24 (alteração –

partes relacionadas);Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para

os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2011. O processo de melhoria

anual de 2010 afecta as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC

13;IFRIC 14 (Alteração) ' IAS 19 - Limitação aos activos decorrentes de planos de

benefícios definidos e a sua interacção com requisitos de contribuições mínimas';

IFRIC 19, ‘Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital’.

O efeito nas Demonstrações Financeiras da empresa do período findo em 31.12.2011

decorrentes da adopção das normas revistas, foi imaterial.

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A 31 de Dezembro de 2011 estavam emitidas as seguintes normas e interpretações que

não foram aplicadas, dado apenas serem de aplicação obrigatória em exercícios

posteriores:

IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Julho de 2011;IRFS 7 (alteração), ‘Instrumentos financeiros:

Divulgações – Transferência de activos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Julho de 2011);IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendimento’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012);IAS 1 (alteração),

‘Apresentação de demonstrações financeiras” (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2012);IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – classificação e

mensuração’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de

2013);IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar nos exercícios

que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013);IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013);IFRS 12 (novo) –

‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2013); IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013);IAS 27 (revisão

2011) ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2013);IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em associadas e

empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2013);IAS 19 (revisão 2011),’Benefícios aos empregados’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013);IFRIC 20 (nova),’Custos de

remoção na fase de produção de uma mina de superfície’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013).

Não se estima que da futura adopção destas normas decorram impactos significativos para

as Demonstrações Financeiras anexas.

Estas demonstrações financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos

contabilísticos da empresa no pressuposto da continuidade das operações e tomando por

base o custo histórico, excepto para os instrumentos financeiros que se encontram

registados ao justo valor.

2.2 Investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas

As partes de capital em empresas do grupo e associadas são registadas ao custo de

aquisição adicionado de eventuais despesas de compra. É feita uma avaliação dos

investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas quando existem indícios de

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que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de

imparidade que se demonstrem existir.

Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros (dividendos recebidos) são

registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a

sua distribuição.

2.3 Activos Fixos Tangíveis

Os Activos Fixos Tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para

IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de

aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos

geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas

por imparidade acumuladas.

Os Activos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, de acordo com o

método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para

cada grupo de bens.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil

estimada:

As despesas com reparação e manutenção de activos são consideradas como custo no

exercício em que ocorrem.

Os Activos Fixos tangíveis em curso representam Activos ainda em fase de construção,

encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de

imparidade. Estes activos são depreciados a partir do momento em que os activos

subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.

Anos

Edifícios industriais 40

Outras construções 20

Equipamento básico principal 15 < x < 25

Equipamento básico suporte 5 < x < 20

Instalações técnicas 15 < x < 20

Equipamento administrativo 4

Outros Activos Fixos Tangiveis 5

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4

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate dos activos fixos tangíveis são

determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na

data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração de

resultados, como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais.

2.4 Activos Intangíveis

Os activos Intangíveis encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das

amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os Activos Intangíveis só são

reconhecidos se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para a

empresa, sejam controláveis por esta e se possam medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento, para as quais a Empresa demonstre capacidade para

completar o seu desenvolvimento e iniciar o seu uso e para as quais seja provável que o

activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas

de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do

exercício em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são

registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na

situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais

seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a empresa. Nestas

situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das

quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde

genericamente a 5 anos.

2.5 Locações

Os contratos de locação, em que a empresa age como locatário, são classificados como (i)

locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem

transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da

substância e não da forma do contrato.

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Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como

custo na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de

locação.

2.6. Imparidade dos activos não correntes

É efectuada uma avaliação de imparidade com referência ao final de cada exercício e

sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o

montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia

recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração de

resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de

venda líquido, é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção

entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente

atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros

estimados que espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final

da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no

caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo

pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada

quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou

diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de

imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por

imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como Outros proveitos

operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da

quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por

imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

2.7. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como

custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a

aquisição, construção ou produção de activos fixos, são capitalizados, fazendo parte do

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custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das

actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando o activo

se encontra pronto a ser utilizado ou quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer

rendimentos financeiros gerados por empréstimos obtidos, directamente relacionados com

um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para

capitalização

2.8. Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a sociedade tem uma obrigação

presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a

resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa

ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são

ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

2.9. Instrumentos financeiros

a) Investimentos

Os investimentos detidos pela sociedade classificam-se como segue:

- Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;

- Investimentos disponíveis para venda

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os

investimentos detidos para negociação que a sociedade adquire tendo em vista a sua

alienação num curto período de tempo. São classificados no balanço da sociedade

como investimentos correntes.

A sociedade classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são

enquadráveis como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados

nem como investimento detidos até à maturidade.

Os investimentos disponíveis para venda são classificados como activos não

correntes, excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses

da data de balanço.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da

assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data

de liquidação financeira.

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Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o

justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de

resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus

justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem

qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua

venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível

estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição

deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos

mensurados ao justo valor através de resultados são registados (as) na rubrica

Resultados financeira da demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos

disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de

justo valor incluída na rubrica Reservas e resultados transitados até o investimento

ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do

investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma

perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a)

na demonstração de resultados.

b) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no

balanço deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica

Perdas por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor

realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que

indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo

em dívida não será recebido. Para tal, a sociedade tem em consideração informação

de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas

responsabilidades bem como informação histórica dos saldos vencidos e não

recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante

escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros

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estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se

perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

As dívidas de terceiros são apresentadas no balanço como activos correntes, excepto

quando a respectiva maturidade é superior a doze meses da data de balanço,

situações em que são apresentadas como activos não correntes.

c) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de

acordo com a substância contratual independentemente da forma legal que

assumem.

d) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de

despesas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são

calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica

Resultados Financeiros da demonstração de resultados de acordo com o princípio de

especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.13. A parcela do

juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao

valor contabilístico do empréstimo caso não sejam liquidados durante o período.

e) Fornecedores

As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal.

f) Instrumentos derivados

A sociedade utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros

como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos

derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela sociedade definidos como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de

cobertura de taxa de juro (“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as

convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de

reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são materialmente idênticos

às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que

configuram relações perfeitas de cobertura.

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9

As ineficiências, eventualmente existentes, são registadas nas rubricas Resultados

financeiras da demonstração de resultados.

Os critérios utilizados pela sociedade para classificar os instrumentos derivados como

instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de

alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

- Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta;

- A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de

caixa, são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente

reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são

reconhecidas em capitais próprios, na rubrica Reservas de cobertura incluída na

rubrica Reservas e resultados transitados do balanço, sendo transferidas para a

rubrica Resultados financeiros da demonstração de resultados no mesmo exercício

em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com

recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por

base a actualização, para a data do balanço, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo

e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o

instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado

deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor

acumuladas e diferidas em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída

em Reservas e resultados transitados, são transferidas para resultados do exercício

ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de

cobertura deram origem; as reavaliações subsequentes são registadas directamente

nas rubricas da demonstração de resultados.

Estes instrumentos derivados em relação aos quais a empresa não aplicou “hedge

accounting”, são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente

reavaliados ao seu justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas

informáticas específicas, afectam directamente a rubrica Resultados financeiros da

demonstração de resultados.

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Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros

contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que

os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e

nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com

os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.

Em situações específicas, a sociedade pode proceder à contratação de derivados de

taxa de juro com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações,

os derivados serão registados pelo seu justo valor através da demonstração de

resultados. Nas situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja

mensurado ao justo valor (nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao

custo amortizado), a parcela eficaz de cobertura será ajustada no valor contabilístico

do instrumento coberto, através da demonstração de resultados.

Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros activos não

correntes, Outros activos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos

correntes do balanço.

g) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem

aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de

tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente

mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes

de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de

Empréstimos, no balanço.

2.10. Responsabilidades por pensões

Conforme mencionado na Nota 14, a empresa tem constituído um contrato seguro para os

trabalhadores contratados até 31/12/94, segundo o qual terão a faculdade de receber uma

renda vitalícia de 20% do salário a essa data.

É um Plano de Benefícios Definidos que tem a forma de contrato seguro.

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2.11. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os

mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos

afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de

divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas

divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.12. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis

da sociedade de acordo com as regras fiscais, e considera, quando existem situações

relevantes, a tributação diferida.

A partir de 2006 a empresa optou pela Aplicação do Regime Especial de Tributação dos

Grupos de Sociedades. Sendo o Grupo de Tributação a 2011 constituído pelas seguintes

sociedades participadas: Euroresinas – Indústrias Químicas, S.A., Sonae Indústria de

Revestimentos, S.A., Ecociclo– Energia e Ambiente, S.A., Maiequipa– Gestão Florestal,

S.A., Agloma– Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A., Movelpartes–

Componentes para a Industria de Mobiliário, S.A, Sonae Industria- Management Services

SA, Sonae Industria PCDM SA, Siaf Energia SA, Imoplamac Gestão de Imóveis SA, Agloma

Investimentos SGPS, e Somit Imobiliaria SA

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço

e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos

de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos

diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação

em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das

diferenças temporárias.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas

razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em

que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias

dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão

desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a

sua utilização futura.

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Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do período, excepto se

resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o

imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.13. Rédito e especialização dos exercícios

Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração de

resultados à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos no período em que são atribuídos aos

sócios ou accionistas.

Os custos e proveitos são contabilizados no período a que dizem respeito,

independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os custos e proveitos cujo

valor real não seja conhecido são estimados.

Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os

custos e os proveitos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas

ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas

que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses

períodos, pelo valor que lhes corresponde.

2.14. Mais-valias e menos-valias

As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de activos fixos

tangíveis e activos intangíveis e de investimentos, são apresentadas na demonstração de

resultados pelo valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido

contabilístico na data de alienação ou abate, nas rubricas de Outros proveitos operacionais

e Outros custos operacionais.

2.15. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as

taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças,

pagamentos ou à data do balanço, dessas mesmas transacções, são registadas como

proveitos e custos na demonstração de resultados do período, excepto as relativas a

valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital

próprio.

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2.16. Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições

que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos

após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a

data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.

2.17. Gestão de risco

a) Riscos de Mercado

i) Risco de Taxa de Juro

Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável no seu, e dos

consequentes cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se

exposta a risco de taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do

Euro, uma vez que a maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.

Como regra geral, a Sonae Indústria SGPS não cobre por meio de derivados

financeiros a sua exposição às variações de taxas de juro.

Como excepções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae

Indústria pode contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os

seguintes princípios são observados:

- Os derivados não são utilizados com objectivos de trading, geração de proveitos ou

fins especulativos;

- A sociedade apenas contrata derivados com Instituições Financeiras com rating

mínimo Investment Grade;

- Os derivados contratados replicam exactamente as exposições subjacentes no que

diz respeito às datas de liquidação e indexantes de base;

- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são

sempre conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;

- Cotações de pelo menos duas Instituições Financeiras são obtidas antes da

contratação de derivados de taxa de juro.

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ii) Outros Riscos de Preço

A 31 de Dezembro de 2011 a sociedade não detinha investimentos significativos

classificados como disponíveis para venda.

b) Risco de Liquidez

A gestão de risco de liquidez, na Sonae Indústria, tem por objectivo garantir que a

sociedade possui capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário

para poder levar a cabo as suas actividades de negócio, implementar a sua estratégia,

e cumprir com as suas obrigações de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo

tempo a necessidade de obter financiamento em condições desfavoráveis.

Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspectos:

- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao

nível das operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes

horizontes temporais (semanal, mensal, anual e plurianual);

- Diversificação de fontes de financiamento;

- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração

excessiva em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.

- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo

(committed e uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de

operações financeiras (como é o caso do programa de Securitização de créditos

comerciais), assegurando um balanceamento entre níveis adequados de liquidez e de

commitment fees suportados;

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3. Activos Fixos Tangíveis

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no

valor dos Activos Fixos Tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por

imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Terrenos e Edifícios

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Ferramentas e utensílios

Taras e Vasilhames

Outros activos Fixos Tangiveis

Activos Fixos Tangiveis em

cursoTotal

Act ivo bruto :

Saldo inicial - 38.099 - 131.827 - - - - 169.926

Alienações - - - - - - - - -

Saldo final - 38.099 - 131.827 - - - - 169.926

Depreciações e perdas de

imparidade acumuladas

Saldo inicial - 37.335 - 127.323 - - - - 164.658

Depreciação do Exercicio - 381 - 1.149 - - - - 1.530

Alienações - - - - - - -

Saldo final - 37.716 - 128.472 - - - - 166.188

Valo r lí quido - 383 - 3.355 - - - - 3.738

Terrenos e Edifícios

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Ferramentas e utensílios

Taras e Vasilhames

Outros activos Fixos Tangiveis

Activos Fixos Tangiveis em

cursoTotal

Act ivo bruto :

Saldo inicial - 38.099 - 131.827 - - - - 169.926

Alienações - - - - - - - - -

Saldo final - 38.099 - 131.827 - - - - 169.926

Depreciações e perdas de

imparidade acumuladas

Saldo inicial - 35.575 - 126.170 - - - - 161.745

Depreciação do Exercicio - 1.760 - 1.153 - - - - 2.913

Alienações - - - - - - -

Saldo final - 37.335 - 127.323 - - - - 164.658

Valo r lí quido - 764 - 4.504 - - - - 5.268

31.12.10

ACTIVO FIXO TANGIVEL

31.12.11

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4. Activos Intangíveis

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no

valor dos Activos Intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por

imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Despesas de desenvolvimen

toSoftw are

Trespasses

Activo intangivel em

CursoTotal

GI NGI Total GI NGI Total GI NGI Total GI + NGIActivo bruto:

Saldo inicial - - - - 550 550 - - - - 550Aquisições - - - - - - - - - -Transferencias - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -Saldo f inal - - - - 550 550 - - - - 550

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas

Saldo inicial - - - - 322 322 - - - - 322Amortização Exercicio - - - - 184 184 - - 184Outros - - - - - - - -Saldo f inal - - - - 506 506 - - - 506

Valor líquido - - - - 44 44 - - - - 44

Despesas de desenvolvimen

toSoftw are

Trespasses

Activo intangivel em

CursoTotal

GI NGI Total GI NGI Total GI NGI Total GI + NGIActivo bruto:

Saldo inicial - - - - 550 550 - - - - 550Aquisições - - - - - - - - - -Transferencias - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -Saldo f inal - - - - 550 550 - - - - 550

Amortizações e perdas de

imparidade acumuladas

Saldo inicial - - - - 138 138 - - - - 138Amortização Exercicio - - - - 184 184 - - 184

Outros - - - - - - - -

Saldo f inal - - - - 322 322 - - - 322

Valor líquido - - - - 228 228 - - - - 228

31.12.10

Despesas de desenvolvimento

Softw areActivo intangivel

em Curso

Softw are

ACTIVO INTANGIVEL

31.12.11

Activo intangivel em Curso

Despesas de desenvolvimento

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5. Instrumentos financeiros

No balanço à data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010 estão incluídos os seguintes instrumentos financeiros:

Activos Activos não

Empréstimos registados a Activos abrangidos

e contas a justo valor por Derivados de disponíveis pela

NOTAS receber resultados cobertura para venda Sub-total IFRS 7 Total

31.12.11

Activos não correntes

Investimentos disponíveis para venda 6 117 922 117 922 117 922

Outros activos não correntes 8 574.993.958 574 993 958 574.993.958

Activos correntes

Clientes 9 248.036 248 036 248.036

Outras dívidas de terceiros 9 3.453.506 3 453 506 3.453.506

Outros activos correntes 10 75.324 75.324

Caixa e equivalentes de caixa 11 5.887.410 5 887 410 5.887.410

Total 584.582.910 117.922 584.700.832 75.324 584.776.156

31.12.10

Activos não correntes

Investimentos disponíveis para venda 6 117 922 117 922 117 922

Outros activos não correntes 8 583.020.801 583 020 801 583.020.801

Activos correntes

Clientes 9 324.034 324 034 324.034

Outras dívidas de terceiros 9 2.044.013 2 044 013 55 2.044.068

Outros activos correntes 10 124.562 124.562

Caixa e equivalentes de caixa 11 5.620.080 5 620 080 5.620.080

Total 591.008.928 117.922 591.126.850 124.617 591.251.467

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Passivos Passivos não

registados a Outros abrangidos

justo valor Derivados de passivos pela

por resultados cobertura financeiros Sub-total IFRS 7 Total

31.12.11

Passivos não correntes

Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 13 89.143.872 89.143.872 89.143.872

Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 13 287.993.050 287.993.050 287.993.050

Passivos correntes

Empréstimos bancários 13 69.469.697 69.469.697 69.469.697

Empréstimos obrigacionistas 13 15.000.000 15.000.000 15.000.000

Fornecedores 15 258.174 258.174 258.174

Outros passivos correntes 17 81.155.353 81.155.353 4.130.072 85.285.425

Total 543 020 146 543 020 146 4 130 072 547 150 218

31.12.10

Passivos não correntes

Empréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 13 86.818.182 86.818.182 86.818.182

Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 13 301.063.535 301.063.535 301.063.535

Passivos correntes

Empréstimos bancários 13 89.261.364 89.261.364 89.261.364

Fornecedores 15 1.006.270 1.006.270 1.006.270

Outros passivos correntes 17 79.293.776 79.293.776 2.994.417 82.288.193

Total 557 443 127 557 443 127 2 994 417 560 437 544

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6. Investimentos

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica pode ser decomposta como segue:

Investimentos em empresas do grupo

As principais variações nesta rubrica referem-se:

Ao aumento de Capital Social e cobertura de prejuízos na participada Ecociclo

no valor de 1.088.754 euros.

À redução do Capital Social por extinção de acções nas participadas Movelpartes

e Sonae Industria Management Services no valor de 4.000.000 euros e 1.750.000

euros respectivamente.

À alienação da participação na Sonaegest no valor de 159.615 euros em 23 de

Maio de 2011.

Investimentos disponíveis para venda

Os Investimentos Disponíveis para venda referem-se a participações financeiras que

não cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiarias ou associadas

Não Correntes Correntes Não Correntes Correntes

Invest imentos em Empresas do Grupo

Saldo em 1 de Janeiro 948.826.873 948.826.873Aquisições durante o período 1.088.754Alienações durante o período 159.615Outros 5.750.000

Saldo final do período 944.006.011 948.826.873

Perdas por imparidade acumuladas (22.542.975) (22.542.975)921.463.036 926.283.898

Invest imentos dispo niveis para venda

Justo valor em 1 de Janeiro 117.922 117.922Aquisições durante o período - -Alienações durante o período - -Aumento/(diminuição) no justo valor - -Outros - -

Justo valor no final do período 117.922 117.922

Invest imentos F inanceiro s D erivado s

Justo valor em 1 de Janeiro

Aquisições durante o período - -Alienações durante o período - -Aumento/(diminuição) no justo valor

Outros

Justo valor no final do período - -

921.580.958 - 926.401.819 -

31.12.11 31.12.10

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Em 31 de Dezembro de 2011, a Sociedade detinha as seguintes participações em

empresas do Grupo e Associadas , incluídas na rubrica de Investimentos em Empresas do

grupo e associadas.

a) Estima-se que o montante pelo qual o custo de aquisição das participações financeiras

na Agloma-Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada e Maiequipa-Gestão Florestal

se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, tendo sido reconhecidas em

anos anteriores, perdas por imparidade, apresentadas na rubrica “ Perdas por

Imparidade Acumuladas de Investimentos” (Nota 18).

b) O valor dos capitais próprios e resultado líquido das participadas respeitam a contas

preparadas de acordo com o normativo IFRS. Com excepção da Somit Imobiliária em

que as contas foram preparadas de acordo com as disposições do Sistema de

Normalização Contabilístico (SNC)

c) Foram realizados testes de imparidade à data de 31 de Dezembro de 2011, relativo às

empresas Tafisa Tableros de Fibra e Sonae Industria Revestimentos, consistiram em

determinar o valor recuperável através do método dos fluxos de caixa descontados.

Para tal, foram efectuadas projecções dos fluxos de caixa operacionais por um período

de 8 anos, posteriormente extrapolados através de uma perpetuidade e actualizados à

data de encerramento das presentes demonstrações financeiras. As taxas de desconto

utilizadas correspondem às taxas médias ponderadas do custo do capital (WACC),

calculadas através da metodologia CAPM (Capital Asset Pricing Model) para cada

segmento relatável, antes de impostos. Estas taxas consideram especificidades do

Euroresinas - Industrias Quimicas, S.A. 100,00% 15.838.525 - 16.502.437 920.792 b)

Maiequipa - Gestão Florestal,S.A. 100,00% 3.438.885 2.232.476 831.120 9.848 a)-b)

Movelpartes - Componentes para Industria do Mobiliário,S.A . 100,00% 4.180.114 - 2.882.224 -655.935 b)

Sonae Industria de Revestimentos,S.A. 100,00% 21.729.193 - 11.950.391 923.610 b)-c)

Imoplamac - Gestão de Imóveis,S.A. 100,00% 6.000.000 - 6.297.963 564.687 b)

Sonae Industria -Management Services SA 100,00% 250.000 - 2.015.621 174.173 b)

Taiber 0,02% 25.142 - -11.916.527 -17.057.868 b)

Tafisa - Tableros de Fibras,S.A. 98,78% 861.581.325 - 130.032.195 532.125 b)-c)

Ecociclo - Gestão Ambiental,S.A. 100,00% 1.720.021 - 451.576 -1.232.080 b)

Sonae Industria - Produção e Comercialização de Derivados de Madeira,S.A. 0,02% 3.497.787 - 82.704.830 2.410.516 b)

Siaf Energia, S.A. 0,20% 5.000 - 8.100.743 1.050.653 b)

Somit Imobiliaria 0,02% 10 - 3.042.605 246.133 b)

Agloma - Soc.Ind.Madeira Aglomerada,S.A. 100,00% 20.738.810 20.310.499 169.906 -9.041 a)-b)

Agloma Investimentos,S.A. 6,54% 5.000.000 - 86.567.011 2.449.778 b)

Sonae RE, Societé Anonyme 0,04% 1.200 - 3.000.000 0

944.006.011 22.542.975

Sociedade%

ParticipaçãoCusto de Aquisição

Capitais Proprios

Resultados Liquidos

Perdas de Imparidade

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mercado, incorporando diferentes factores de risco, bem como as taxas de juro sem

risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos de cada país considerado.

A utilização de um período de 8 anos para projecção dos fluxos de caixa teve em

consideração a extensão e intensidade dos ciclos económicos a que a actividade do

grupo está sujeita.

Os fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui

projecções actualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos

ocorridos nos mercados em que o Grupo actua.

É convicção do Conselho de Administração que uma alteração plausível no valor dos

pressupostos básicos utilizados para a determinação do valor recuperável não teria

como consequência a constatação de uma imparidade em relação ao montante

escriturado em Investimentos em empresas do Grupo.

Não foi registada qualquer perda por imparidade na sequência dos testes realizados

ao montante escriturado na rubrica Investimentos em empresas do grupo, à data de

encerramento das presentes demonstrações financeiras Individuais, para além da

referida na alínea a) acima.

7. Impostos diferidos

O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 de acordo

com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

O montante incluído em Outros diz respeito a benefícios fiscais SIFIDE a deduzir nos próximos anos

SIR

Península Ibérica Alemanha França

Taxa de desconto (antes imposto) 12,10% 9,78% 10,38% 13,71

Taxa de crescimento da perpetuidade 1,00% 1,00% 1,00% 1,00%

Período de projecção dos f luxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos

Conclusões do Teste Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

Tableros de Fibras

Activos Passivos Activos Passivos

Imparidade de Activos 5.077.625 - 5.077.625 -Prejuízos Fiscais Reportáveis 2.769.634 - 5.529.543Outros 1.273.578 - - -

9.120.837 - 10.607.168 -

IMPOSTOS DIFERIDOS-SALDOS

31.12.11 31.12.10

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8. Outros activos não correntes

O detalhe dos outros activos não correntes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, é o

seguinte :

Os empréstimos concedidos a empresas do Grupo têm vencimento de médio e longo prazo

e no final do ano venciam juros à taxa de 4,2970%.

9. Clientes , Outras dívidas de terceiros e Estado e Outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica Clientes tinha a seguinte composição:

Activos Passivos Activos Passivos

Saldo inicial 10.607.168 - 13.320.625 -

Efeito em resultados:

Imparidade de Activos - - - -Prejuízos Fiscais Reportáveis (2.759.909) (2.713.457)Outros 1.273.578 - -

Sub Total (1.486.331) - (2.713.457) -

Saldo final 9.120.837 - 10.607.168 -

31.12.11 31.12.10

IMPOSTOS DIFERIDOS - MOVIMENTOS

31.12.11 31.12.10

Empréstimos concedidos a empresas do grupo (Nota 2.2 e 21) 574 993 958 583 020 801

Outros Empréstimos Concedidos - - Outros Devedores - -Estado e Outros entes Públicos - -Outros Activos não Correntes - -

574 993 958 583 020 801

Perdas de Imparidade Acumuladas (Nota 18)

Instrumentos financeiros 574 993 958 583 020 801

31.12.11 31.12.10

Clientes, conta corrente 248 036 324 034Clientes de cobrança duvidosa - -

Perdas de imparidade acumuladas em clientes - -

248 036 324 034

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Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as contas correntes de Clientes tinham as seguintes

maturidades:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas Outras dívidas de terceiros e Estado e

Outros entes públicos e tinham a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os Outros devedores tinham a seguinte maturidade:

31.12.11 31.12.10

Não vencido 237.158 296.007Vencido mas sem registo de imparidade

< 30 dias 5.087 24.227 30 - 90 dias

>90 dias 5.791 3.80010.878 28.027

Total 248.036 324.034

31.12.11 31.12.10

Outras dividas de terceiros

Accionistas Emp Grupo - Juros 2 114 678 -

Accionistas Emp Grupo - IRC Grupo 1 052 958 2 036 831

3 167 636 2 036 831

Outros devedores 285.870 7.237

3.453.506 2.044.068

31.12.11 31.12.10

Estado e outros entes públicos- Activo

Imposto sobre o rendimento 530 552 476 854

Imposto sobre o valor acrescentado - 411 043

Outros 756 -

531 308 887 897

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10. Outros activos correntes

O detalhe dos outros activos correntes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, é o seguinte:

A rubrica “Acréscimos Proveitos” refere essencialmente a juros a receber da aplicação

referente a Cash Reserve relativa ao programa de securitização do grupo

11. Caixa e equivalentes de caixa

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o

seguinte:

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

Não vencido

Vencido mas sem registo de imparidade - - 345 - 345 -

< 30 dias 275.975 82 9.550 - 285.525 82

'30 - 90 dias - - - - - -

>90 dias - - - 7.155 - 7.155 275.975 82 9.550 7.155 285.870 7.237

Total 275.975 82 9.895 7.155 285.870 7.237

ANTIGUIDADE DE FORNECEDORES (SALDOS

ACTIVOS)ANTIGUIDADE DE DEVEDORES

DIVERSOS TOTAL OUTROS DEVEDORES

ANTIGUIDADE DE OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

31.12.11 31.12.10

Acréscimos de Proveitos 23 398 20 007

Custos Diferidos 51 926 104 555

75 324 124 562

31.12.11 31.12.10

Numerário 667 2 478Depósitos bancários 76 095 30 894Aplicações de tesouraria 5 810 648 5 586 707Caixa e equivalentes de caixa no balanço 5 887 410 5 620 080

Descobertos bancários - -

Caixa e equivalentes de caixa na demonstração de fluxos de caixa 5 887 410 5 620 080

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A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos

imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a

menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A rubrica “Aplicações de tesouraria” é decomposta pelo montante de 5.810.648 euros

referente Cash Reserve relativo ao processo de Securitização do grupo.

12. Capital Próprio

Capital Social

Em 31 de Dezembro de 2011, o capital social, integralmente subscrito e realizado, está

representado por 140 000 000 de acções ordinárias, ao portador e escriturais, com o valor

nominal de cinco euros.

As seguintes pessoas colectivas detêm mais de 20% do capital subscrito em 31 de

Dezembro de 2011:

Entidade %

Efanor Investimentos, SGPS, S. A. 31,9

Reservas

O Capital Próprio a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 tem a seguinte decomposição:

2011 2010

Capital Social 700.000.000 700.000.000

Reservas Legais 3.131.757 3.131.757

Reservas Livres 20.145.630 20.145.630

Reservas Outras 245.920.750 245.920.750

Resultados Transitados -1.543.432 -

Resultado Liquido do Exercicio 175.706 -1.543.432

967.830.411 967.654.705

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25

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido

anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos

20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa,

mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou

incorporada no capital.

Reservas Outras: esta rubrica inclui reservas de fusão de exercícios anteriores as quais,

nos termos de legislação Portuguesa não são distribuíveis

13. Financiamentos Obtidos

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:

As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa

anterior, foram as seguintes:

Os empréstimos são reembolsáveis nos seguintes anos:

NOTAS Correntes Não correntes Correntes Não correntes CorrentesNão

correntesCorrentes

Não correntes

Empréstimos bancários a) 14 469 697 17 227 559 14 469 697 17 348 485 16 761 364 31 818 182 16 761 364 31 818 182Empréstimos obrigacionistas b) 15 000 000 287 993 050 15 000 000 290 000 000 - 301 063 535 - 305 000 000Outros empréstimos-Papel Comercial c) 55 000 000 71 916 313 55 000 000 73 000 000 72 500 000 55 000 000 72 500 000 55 000 000

Descobertos bancários - - - - - - - -

Endividamento bruto 84 469 697 377 136 922 84 469 697 380 348 485 89 261 364 387 881 716 89 261 364 391 818 182

Investimentos Caixa e equiv. caixa no balanço 5 887 410 5.887.410 - 5 620 080 - 5 620 080 -

Endividamento líquido 78 582 287 377 136 922 78 582 287 380 348 485 83 641 284 387 881 716 83 641 284 391 818 182

Endividamento líquido total 475 459 466

Valor Nominal

31.12.10

455 719 208 458 930 772 471 523 000

Custo amortizado Valor Nominal

31.12.11

Custo amortizado

2011 2010

Emprestimos Bancarios 5,102% 3,356%

Obrigações 3,346% 2,497%Outros Emprestimos 4,287% 1,999%

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26

a) Em 31 de Dezembro de 2011, os empréstimos bancários contraídos resumem-se como

segue:

Foi celebrado em 19 de Fevereiro 2009 um contrato de Mutuo com uma Instituição

bancária no montante de 20.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros à taxa de

mercado e será amortizado entre 2009 e 2015. À data de 31 de Dezembro de 2011 o

valor do empréstimo totalizava 11.818.182 euros, apresentado na rubrica Passivo

Corrente pelo valor de 3.636.364 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 8.181.818

euros

Foi celebrado em 27 de Outubro 2009 um contrato de Mutuo com uma Instituição

bancária no montante de 20.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros à taxa de

mercado e será amortizado entre 2011 e 2012. À data de 31 de Dezembro de 2011 o

valor do empréstimo totalizava 10.000.000 euros, apresentado na rubrica de Passivo

Corrente

Foi celebrado em 05 de Agosto de 2010 um Contrato Abertura Credito com uma

instituição Bancária no montante de 10.000.000 Euros. Este Empréstimo vence juros à

taxa de mercado e será Amortizado entre 2012 e 2015 apresentado na rubrica Passivo

Corrente pelo valor de 833.333 euros e Passivo não Corrente pelo valor de 9.166.667

euros

b) Os empréstimos obrigacionistas em vigor à data de 31 de Dezembro de 2011

são os seguintes :

Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março

de 2005, no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final

do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de

um spread e serão pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de

cada ano;

31.12.11 31.12.10

2011 - 89.261.364

2012 84.469.697 64.469.697

2013 164.969.697 111.969.697

2014 136.969.697 136.969.697

2015 33.409.091 33.409.091

2016 30.000.000 30.000.000

2017 15.000.000 15.000.000

464.818.182 481.079.546

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27

Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014, emitido em 28 de Março de 2006,

no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo

de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses acrescida de um spread

e serão pagos semestralmente nos dias 28 de Março e 28 de Setembro de cada ano;

Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 (2º emissão), emitido em 2 de

Agosto de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação

no final do prazo de 8 anos. Os juros são calculados à taxa EURIBOR de 6 meses

acrescida de um spread e serão pagos semestralmente nos dias 2 de Fevereiro e 2 de

Agosto de cada ano

Em 05 de Maio 2010 foi emitido Empréstimo Obrigacionista Sonae Industria 2010/2017 no

montante de 150.000.000 euros a ser reembolsado em 10 prestações semestrais e

sucessivas a partir da 5º data de pagamento de juros,ou seja Novembro de 2012 ,

apresentado na rubrica Passivo Corrente pelo valor de 15.000.000 euros e Passivo não

Corrente pelo valor de 135.000.000 euros. Os Juros são calculados à taxa Euribor 6

meses acrescida de um spread e serão pagos semestral e postecipadamente nos dias

05 de Maio e 5 de Novembro de cada ano.

C) Emissões de papel comercial a 31 de Dezembro 2011

Em 25 de Janeiro de 2006 foi celebrado e posteriormente aditado, um contrato entre a

Sonae Indústria, SGPS, S.A. e um conjunto de instituições bancárias para emissão de papel

comercial até ao montante nominal máximo de 160.000.000. O prazo deste programa

vence-se a 27 de Janeiro de 2016. O saldo em 31 de Dezembro de 2011 é de 55.000.000

euros, dos quais 35.000.000 euros com vencimento a curto prazo.Os juros são calculados à

taxa Euribor referente ao prazo de emissão.

Em 30 de Setembro de 2009 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um novo

contrato para emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal

máximo de 40.000.000 euros e vence-se entre 2011 e 2013. O saldo em 31 de

Dezembro de 2011 é de 30.000.000 euros dos quais 20.000.000 euros com vencimento a

curto prazo.

Em 28 de Setembro de 2010 foi celebrado pela Sonae Industria, SGPS, SA um novo

contrato para emissão de papel comercial . O programa tem um montante nominal máximo

de 2.500.000 euros e vence no prazo de 1 ano. À data de 31 Dezembro de 2011 o

montante não estava utilizado

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28

Em 31 de Maio de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um novo contrato

para emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de

50.000.000 euros e vence-se em Março de 2013. O saldo em 31 de Dezembro de 2011 é de

43.000.000 euros

14. Responsabilidades por pensões

À data de 31 de Dezembro de 2011 a Sonae Industria SGPS não tinha colaboradores

com beneficio do contrato de seguro tendo sido anulada a provisão constituída em anos

anteriores pela rubrica de gastos com o pessoal , com a saída do respectivo beneficiário

durante o ano

15. Fornecedores

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes

de aquisições decorrentes do curso normal das actividades da sociedade. As contas de

fornecedores têm as seguintes maturidades:

A diminuição do montante apresentado em fornecedores prende-se com a diminuição dos débitos de vários serviços após a transferência do pessoal administrativo em Dezembro de 2010

16. Outras dívidas a terceiros e Estado e Outros entes públicos

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 estas rubricas tinham a seguinte composição:

31.12.11 31.12.10A Pagar a < 90 dias 254.863 1.006.270

90 - 180 dias 3.311 - > 180 dias - -

258.174 1.006.270

MATURIDADE DE FORNECEDORES C/C

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17. Outros Passivos Correntes

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

18. Provisões e perdas de imparidade acumuladas

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante o

exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi o seguinte:

As perdas por imparidade são deduzidas ao valor do correspondente activo.

31.12.11 31.12.10

Estado e outros entes públicos - Passivo

Imposto sobre o rendimento 856 738 631 955Retenções Imposto 21 719 37 761Imposto s/ Valor acrescentado 29 646Contribuições para a segurança social 6 389 4 284Outros

Passivos não abrangidos pela IFRS7 914 492 674 000

Outras dívidas a terceiros

Empréstimos obtidos de empresas do Grupo (Nota 21) 81 135 000 78 802 000

Instrumentos f inanceiros 81 135 000 78 802 000

Outros credores 20 379 495 062

81 155 379 79 297 062

31.12.11 31.12.10

Custos a pagar

Remunerações a Liquidar 568 633 610 774

Seguros a Liquidar 4 122

Juros a liquidar 3 409 823 2 308 370

Fornecimentos e Out serv 147 468 71 989

Passivos não abrangidos pela IFRS7 4 130 045 2 991 132

Rubricas Saldo inicial Aumento Diminuições Reversões Saldo final

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 6) 22 542 975 22 542 975

22 542 975 22 542 975

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19. Locações operacionais

Durante o exercício de 2011 foi reconhecido como custo do exercício o montante de 47.901

euros relativo a rendas a título de contratos de locação operacional.

Adicionalmente, à data de balanço a sociedade detinha contratos irrevogáveis de locação

operacional, cujas rendas vencem como se segue:

20. Riscos financeiros

Os riscos de liquidez descrito na nota 2.17, b) no que diz respeito ao endividamento bruto referido na nota 13 pode ser analisado como segue:

31.12.11 31.12.10

Vencíveis em 2011 47.901 136.086

Vencíveis em 2012 15.590 74.768

Vencíveis em 2013 14.217 57.330

Vencíveis em 2014 14.217 16.219

Vencíveis em 2015 14.217 -

Vencíveis em 2016 11.847 -

117.989 284.403

2012 84.469.697 15.250.385 99.720.082

2013 164.969.697 13.315.236 178.284.933

2014 136.969.697 7.016.893 143.986.590

2015 33.409.091 3.196.385 36.605.477

2016 30.000.000 1.723.652 31.723.652

2017 15.000.000 341.336 15.341.336

>2017 - - -

464.818.182 40.843.887 505.662.069

Riscos Financeiros

Maturidade do

endividamento BrutoJuros Total

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Os valores de juros indicados no quadro anterior foram calculados com base nas taxas de juro em

vigor a 31 de Dezembro de 2011 para cada um dos valores em dívida. O valor indicado para 2012

na Maturidade do endividamento bruto inclui, para além das amortizações de dívida programadas,

a amortização dos valores considerados no endividamento de final de 2011, para os quais o

compromisso da dívida é inferior a um ano (apesar de se poder vir a verificar a renovação dos

limites de crédito em questão).

Na análise do risco da taxa de juro descrito na nota 2.17 b) i) foi calculado o efeito que se teria

produzido nos resultados de impostos do exercício de 2011 e 2010, se se tivesse verificado uma

variação de +/- 7,5% pp em relação às taxas de juro verificadas no exercício

21. Partes relacionadas

Saldos e transacções efectuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2011

e 2010 podem ser detalhados como se segue:

0,75% -0,75% 0,75% -0,75%

Endividamento Bruto

Intragrupo -81.135.000 -684.868 684.868 -79.261.364 -595.536 595.536

Externo -464.818.182 -2.965.499 2.965.499 -477.143.081 -3.555.507 3.555.507

-545.953.182 -3.650.367 3.650.367 -556.404.445 -4.151.043 4.151.043

Instrumentos Financeiros

Derivados - - - - 401.458 -401.458

- - - - 401.458 -401.458

553.538.061 4.517.609 -4.517.609 564.131.979 4.679.307 -4.679.307

5.810.648 42.866 -42.866 5.586.707 84.474 -84.474

559.348.709 4.560.475 -4.560.475 569.718.686 4.763.780 -4.763.780

910.108 -910.108 1.014.196 -1.014.196

Aplicações Tesouraria

(externas)

Riscos Financeiros

2011 2010

"Notional"

Efeitos em resultados (Valores em

Eur) "Notional"

Efeitos em resultados (Valores em Eur)

Empréstimos concedidos a

empresas do grupo

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32

As remunerações dos órgãos sociais são detalhadas da seguinte forma:

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

438 025 2 774 918 360 124 1 255 403 24 123 106 19 279 701 2 765 809 954 622

- Agloma - - - - 87 - 34 1.062 - Agloma Investimentos - - - - - - 2.380.309 823.891 - Ecociclo - 9.000 - - 28.263 25.739 203 156 - Euroresinas 7.928 81.472 - - 366.412 336.559 - - - Glunz 141.879 671.509 - - - - - - - Implamac - - - - 257.578 153.177 - - - SInd-pcdm 49.958 395.025 27.812 182.599 1.846.569 2.563.653 - - - Isoroy 52.496 442.000 - - - - - - - Maiequipa - - - - 42.939 34.608 - - - Movelpartes 5.075 12.489 - 14.809 - - 83.049 24.697 - Somit Imobiliária - - - - 124.567 40.284 1.410 525 - Siaf Energia - - - - - - 94.425 22.194 - Sonae Industria Revestimentos 7.415 20.204 1.219 9.263 - - 157.329 47.192 - Sonaecenter - - 148.425 236.041 - - - - - Sonae ,sgps - - 50.000 53.327 - - - - - Sonae Uk 22.140 160.927 - - - - - - - Sind - Management services 3.054 4.491 55.697 583.173 793 - 33.308 19.990 - Tafisa Canadá 42.739 296.552 - - - - - - - Tafisa Tableros Fibra 60.681 388.544 - - - - - - - Sonae Novobord 33.711 292.705 - - - - - - - Taiber - - - - 21.455.898 16.125.681 - - - Novis - - 10.761 15.694 - - - - - Impaper 8.997 - - - - - - - - Equador - - 66.210 160.497 - - - - - Efanor ,Sgps - - - - - - 15.742 14.915 - GHP 1.952 - - - - - - -

Fornecimentos e Serviços

externosTransacções Juros auferidos Juros SuportadosPrestações de Serviços

Saldos

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

242 247 315 939 24 986 649 135 81 135 000 78 802 000 553 538 060 583 020 801

- Agloma - - - - - - 8.000 - - Agloma Investimentos - - - - 81.135.000 78.802.000 - - - Ecociclo 470 1.377 - - - - 520.000 205.941 - Euroresinas 5.366 11.165 - - - - 4.471.900 7.564.670 - Glunz 66.490 67.404 - - - - - - - Implamac - - - - - - 7.387.520 5.770.484 - SInd-pcdm 34.317 49.139 1.239 13.778 - - 6.698.366 72.081.538 - Isoroy 27.986 45.417 - - - - - - - Maiequipa - - - - - - 1.015.000 1.123.894 - Movelpartes 5.756 1.716 - - - - - - - Somit Imobiliária - - - - - - 3.425.000 1.587.000 - Siaf Energia - - - - - - - - - Sonae Industria Revestimentos 7.817 2.785 53 1.607 - - - - - Sonae ,sgps - - - 64.526 - - - - - Sonae Uk 10.947 17.187 - 1.306 - - - - - Sind - Management services 3.756 992 5.439 540.895 - - - - - Taf isa Canadá 19.569 52.373 - - - - - - - Taf isa Tableros Fibra 37.872 37.815 - - - - - - - Sonae Novobord 16.176 28.569 - - - - - - - Taiber - - - - - - 530.012.274 494.687.274 - Novis - - 1.775 2.666 - - - - - Equador - - 16.480 24.357 - - - - - GHP 163 - - - - - - - - Impaper 5 562 - - - - - - -

ClientesOutras dividas a

Terceiros

Outros Activos não

correntesFornecedores

31.12.2011 31.12.2010

Remuneração fixa 875.078 890.060Remuneração variável 302.492 538.000

1.177.570 1.428.060

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33

Honorários pagos à sociedade de Revisores oficiais de contas Pricewatherhouse Coopers &

Associados Lda.

Honorários Totais referentes revisão legal de contas 14.903 euros

A politica de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização ,

bem como o montante anual auferido pelos respectivos membros de forma individual são

apresentados no relatório de governo da sociedade .

22. Prestações de Serviços

As prestações de serviços em 2011 e 2010 referem-se essencialmente a fees de gestão

debitados às participadas :

A diminuição das prestações de serviço deve-se ao facto de ter sido transferido pessoal administrativo da empresa para a participada Sonae Industria Management Services em Dezembro de 2010

23. Outros ganhos e Perdas operacionais

Os Outros Ganhos e Perdas Operacionais são detalhados como segue :

Prestação de Serviços 31.12.11 31.12.10

Fees Corporativos 230.301 - Corporate Project 207.722 - Serviço comunicação interna - 205.407Serviço juridico legal - 156.660Serviço higiene e segurança - 45.533Serviço administração - 1.905.763Serviços de engenharia - 197.285Serviços diversos - 293.368

Total 438.023 2.804.016

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34

24. Resultados financeiros

Em 31 de Dezembro de 2010 a rubrica de custos e perdas - outros incluía perdas em Swaps no

valor de 1.674.207 euros

25. Ganhos relativos a Investimentos

A sociedade no ano 2011 recebeu dividendos no montante de 869.278 euros das seguintes

empresas:

Outros Proveitos Operacionais

31.12.11 31.12.10

Ganhos na alienação de investimentos não correntes 65.121 -Proveitos Suplementares 280 438 - Outros 299 201 683

345 857 201 683

Outros custos operacionais

31.12.11 31.12.10

Impostos- Iva e Imposto selo 137.982 237.757Donativos - 12.040Outros 89.128 77.595

227.110 327.392

31.12.11 31.12.10

Custos e perdas:

Juros suportados 22 590 566 14 898 062Diferenças de câmbio desfavoráveis - 1 484Outros 475 748 2 435 216

Resultados f inanceiros 1 120 879 2 039 193 24 187 194 19 373 955

Proveitos e ganhos:

Juros obtidos 24 187 194 19 339 216Diferenças de câmbio favoráveis - 328Outros (Derivados) - 34.411

24.187.194 19.373.955

2011 2010

Agloma - Soc.Ind.Madeira Aglomerada,S.A. - 199.613Imoplamac - Gestão de Imóveis,S.A. 793.625 599.883Siaf Energia,S.A. - 4.945Somit Imobiliaria SA 554 1.018Sonaegest 75.099 226.080

869.278 1.031.539

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26. Impostos sobre rendimento

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de

2011 e 2010 são detalhados como segue:

O valor registado em imposto corrente diz respeito ao imposto estimado da Sonae Industria,

Sgps, S.A. sobre resultado (individual) do exercício acrescido do calculo sobre Tributação

Autónoma e derrama estimada deduzido do valor da poupança fiscal no montante de

1.096.720 euros resultante do perímetro de Regime Especial de Tributação

Reverteu-se Activo por imposto diferido por prejuízos reportáveis, no montante de 2.759.909

euros e reconheceu-se Activo por imposto diferido no montante de 1.273.578 euros relativo

ao credito fiscal SIFIDE.

A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como se segue:

31.12.11 31.12.10

Imposto corrente 1.031.732 1.562.495Imposto diferido (1.486.331) (2.713.457)

(454.599) (1.150.962)

Imposto corrente Ajust.ano anterior 345.378 (479.115)

(109.222) (1.630.077)

2011 2010

Resultado Antes de Impostos 284.927 86.645 Imposto sobre Rendimento 69.669 20.099

Ajustamentos ao imposto sobre rendimento

Dividendos -217.392 -257.930

Tributação Autónoma e Derrama S Ind SGPS -64.989 117.957

IRC Liquidado dominadas 1.096.721 2.036.831

Utilização imposto diferido grupo -2.759.909 -2.713.457 Reforço Imposto diferido SIFIDE-a) 1.273.578 0

Outros 147.723 -354.463 -454.599 -1.150.963

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a) Este imposto diferido diz respeito ao credito fiscal apurado no subsidio SIFIDE pelas

participadas não deduzido à colecta do grupo e a recuperar num período de 6 anos, por

insuficiência da referida colecta.

27. Resultados por acção

Os resultados por acção do exercício, excluíndo o efeito das operações em descontinuação,

foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações em

descontinuação.

28. Contingência

Em Outubro de 2010 a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma liquidação da autoridade

fiscal de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação em 2006 da sua

participada Socelpac, SGPS, SA , no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser

considerada a 50% para efeitos de cálculo da matéria colectável. Por discordar deste

entendimento a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com a informação

disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a probabilidade

da referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi efectuado

qualquer ajustamento aos montantes registados de imposto corrente e de activo por

imposto diferido relativo a prejuízos fiscais(nota 7).

31.12.11 31.12.10

Resultados

Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico

(resultado líquido do período) 175 706 - 1 543 432

Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído 175 706 - 1 543 432

Número de acções

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado

líquido por acção básico 140 000 000 140 000 000

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado

líquido por acção diluído 140 000 000 140 000 000

Resultado por acção 0,00 -0,01

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37

29. Aprovação das demonstrações financeiras

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração

em 28 de Fevereiro de 2012.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas

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ACTIVO Notas 31.12.2011 31.12.2010

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activos fixos tangíveis 11 915 418 700 983 531 105Diferenças de consolidação 14 92 620 183 93 999 204Activos fixos intangíveis 12 8 576 779 10 119 422Propriedades de investimento 13 1 357 473 1 401 731Investimentos em associadas e empresas excluídas da consolidação 10 2 360 890 2 683 341Investimentos disponíveis para venda 10 1 069 440 1 031 189Activos por impostos diferidos 15 37 874 949 40 182 950Outros activos não correntes 16 3 606 230 919 720

Total de activos não correntes 1 062 884 644 1 133 868 662

ACTIVOS CORRENTES:Existências 18 137 414 763 129 459 556Clientes 19 158 400 706 159 041 460Outras dívidas de terceiros 20 13 132 676 14 049 685Estado e outros entes públicos 22 13 628 325 9 504 284Outros activos correntes 21 21 664 946 11 663 953Caixa e equivalentes de caixa 23 23 570 163 26 915 003

Total de activos correntes 367 811 580 350 633 941

Activos não correntes detidos para venda 17 911 164 1 092 209

TOTAL DO ACTIVO 1 431 607 388 1 485 594 812

CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 24 700 000 000 700 000 000Reserva legal 24 3 131 757 3 131 757Outras reservas e resultados acumulado 24 - 460 542 177 - 402 853 822Outro rendimento integral acumulado 24 - 7 045 530 - 2 609 633

Total 235 544 050 297 668 302Interesses que não controlam 25 332 511 1 105 065

Ó

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DEZEMBRO DE 2011 E 2010

SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

(Montantes expressos em euros)

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 235 876 561 298 773 367

PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo 26 155 127 941 132 402 184Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela de curto prazo 26 287 993 050 301 063 535Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 26 39 494 029 43 539 714Outros empréstimos 26 98 597 712 93 307 071Benefícios pós-emprego 30 24 960 203 25 583 340Outros passivos não correntes 29 77 332 116 62 358 212Passivos por impostos diferidos 15 64 258 210 70 589 486Provisões 34 14 327 908 9 257 411

Total de passivos não correntes 762 091 169 738 100 953

PASSIVOS CORRENTES:Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo 26 111 796 391 144 443 713Empréstimos bancários de curto prazo 26 24 554 807 25 583 321Parcela de curto prazo dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de longo 26 15 000 000 Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo prazo 26 4 593 444 4 468 308Outros empréstimos 26 1 477 788 79 615Fornecedores 31 161 475 903 152 135 488Estado e outros entes públicos 32 13 211 850 12 983 549Outros passivos correntes 33 101 325 866 102 650 824Provisões 34 203 609 6 375 674

Total de passivos correntes 433 639 658 448 720 492

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1 431 607 388 1 485 594 812

O Conselho de Administração

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas

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Notas 31.12.2011 31.12.2010

Rendimentos e ganhos operacionais:Vendas 43 1 360 915 603 1 287 002 692Prestações de serviços 43 3 393 767 5 554 084Outros rendimentos e ganhos operacionais 37 67 301 302 65 983 460

Total de rendimentos e ganhos operacionais 1 431 610 672 1 358 540 236

Gastos e perdas operacionais Custo das vendas 713 162 702 643 759 219Variação da produção - 3 194 610 1 357 597Fornecimentos e serviços externos 361 533 390 367 660 351Gastos com o pessoal 30 223 449 642 242 669 402Amortizações e depreciações 11, 12, 13, 43 83 931 199 95 349 205Provisões e perdas por imparidade 11, 12, 13, 34, 43 17 900 177 18 765 069Outros gastos e perdas operacionais 38 42 644 771 14 878 919

Total de gastos e perdas operacionais 1 439 427 271 1 384 439 762Resultados operacionais - 7 816 599 - 25 899 526

Rendimentos financeiros 40 31 899 353 51 593 962Gastos financeiros 40 82 273 537 98 653 963Resultados relativos a empresas associadas - 20 728 - 101 683Resultados relativos a investimentos 5 271 57 810

Resultado antes de impostos - 58 206 240 - 73 003 400

Imposto sobre o rendimento 15, 41 307 730 2 414 926Resultado depois de impostos - 58 513 970 - 75 418 326

Resultados de operações em descontinuação após impostos- -

Resultado consolidado do exercício - 58 513 970 - 75 418 326Atribuível a:

Accionistas da Empresa-Mãe 42 - 57 800 173 - 74 434 785Interesses que não controlam - 713 797 - 983 541

Resultados por acção

Excluindo operações em descontinuação Básico - 0.4129 - 0.5317Diluído - 0.4129 - 0.5317

Das operações em descontinuaçãoBásico - -Diluído - -

O Conselho de Administração

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS POR NATUREZAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em euros)

SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

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Notas

Montantesreclassificados

Resultado líquido do período (a) 42 - 58 513 970 - 75 418 326 - 1 124 475

Outro rendimento integralVariação da reserva de conversão monetária - 4 512 518 18 898 677 - 289 038Variação no justo valor dos activos disponíveis para venda 10 17 298 90 487Variação no justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de fluxos de caixa 1 413 513 1 413 513Ganhos relativos a reavaliações de imobilizado Ganhos / (perdas) actuariais em planos de benefícios definidos Quota-parte de outro rendimento integral de associadas Imposto relativo às componentes de outro rendimento integral

Outro rendimento integral líquido do período (b) - 4 495 220 20 402 677 1 124 475

Rendimento integral total do período (a) + (b) - 63 009 190 - 55 015 649

Rendimento integral total atribuível a:Accionistas da Empresa-mãe - 62 236 070 - 54 266 766Interesses que não controlam - 773 120 - 748 883

- 63 009 190 - 55 015 649

31.12.2010

SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em euros)

31.12.2011

63 009 190 55 015 649

O Conselho de Administração

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

Page 133: SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. - Euronext · Poderes do órgão de administração ... Regras para alterações aos Estatutos da sociedade ... dívida à geração de cash flow esperado

Capital Social

Reserva legal

Outras reservas e resultados acumulados

Conversão monetária

Activos disponíveis para venda

Derivados de cobertura de fluxos de

caixa

Subtotal

Total dos Capitais Próprios

atribuíveis aos accionistas da Empresa-mãe

Interesses que não

controlam

Total dos capitais próprios

Notas

Saldo em 1 de Janeiro de 2010 24 700 000 000 2 737 181 - 326 976 317 -21 365 240 -1 413 513 -22 778 753 352 982 111 1 703 556 354 685 667Aplicação do resultado líquido do exercicio anterior 394 576 - 394 576

Rendimento integral totalResultado líquido do período -74 434 785 - 74 434 785 - 983 541 - 75 418 326Outro rendimento integral do exercício 18 665 120 90 487 1 413 513 20 169 120 20 169 120 233 557 20 402 677Total -74 434 785 18 665 120 90 487 1 413 513 20 169 120 -54 265 665 - 749 984 -55 015 649

Outros -1 048 144 - 1 048 144 151 494 - 896 650

Saldo em 31 de Dezembro de 2010 700 000 000 3 131 757 -402 853 822 -2 700 120 90 487 -2 609 633 297 668 302 1 105 065 298 773 367

SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em euros)

Outro rendimento integral acumulado

Capital Social

Reserva legal

Outras reservas e resultados acumulados

Conversão monetária

Activos disponíveis para venda

Derivados de cobertura de fluxos de

caixa

Subtotal

Total dos Capitais Próprios

atribuíveis aos accionistas da Empresa-mãe

Interesses que não

controlam

Total dos capitais próprios

Notas

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 24 700 000 000 3 131 757 - 402 853 822 - 2 700 120 90 487 -2 609 633 297 668 302 1 105 065 298 773 367

Rendimento integral totalResultado líquido do período -57 800 173 - 57 800 173 - 713 797 - 58 513 970Outro rendimento integral do exercício -4 451 885 15 988 -4 435 897 - 4 435 897 - 59 323 - 4 495 220Total -57 800 173 -4 451 885 15 988 -4 435 897 - 62 236 070 - 773 120 - 63 009 190

Outros 111 818 111 818 566 112 384

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 700 000 000 3 131 757 -460 542 177 -7 152 005 106 475 -7 045 530 235 544 050 332 511 235 876 561

O Conselho de Administração

Outro rendimento integral acumulado

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas

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SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A. SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXADEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

(Montantes expressos em euros)(Montantes expressos em euros)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 31.12.2011 31.12.2010ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 31.12.2011 31.12.2010

Recebimento de clientes 1 337 944 246 1 248 642 478Recebimento de clientes 1 337 944 246 1 248 642 478Pagamentos a fornecedores 1 066 382 260 991 377 681Pagamentos a fornecedores 1 066 382 260 991 377 681Pagamentos ao pessoal 223 626 922 246 486 040Pagamentos ao pessoal 223 626 922 246 486 040

Fluxos gerados pelas operações 47 935 064 10 778 757 Fluxos gerados pelas operações 47 935 064 10 778 757Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento 3 298 484 - 1 100 968Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento 3 298 484 - 1 100 968Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional 3 6 960 525 27 723 141Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional 3 6 960 525 27 723 141

Fluxos das actividades operacionais (1) 1 9 10 39 602 866 Fluxos das actividades operacionais (1) 51 597 105 39 602 866

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

R bi t i t dRecebimentos provenientes de:I ti t fi i 205 069 69 403 526Investimentos financeiros 205 069 69 403 526Activos fixos tangíveis e intangíveis 3 15 670 994 13 344 483Activos fixos tangíveis e intangíveis 3 15 670 994 13 344 483Subsídios ao investimento 306 564 1 300 533Subsídios ao investimento 306 564 1 300 533Dividendos 80 370 283 890Dividendos 80 370 283 890Outros 81 714Outros 81 714

16 344 711 84 332 432 16 344 711 84 332 432Pagamentos respeitantes a:Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 18 460Investimentos financeirosActivos fixos tangíveis e intangíveis 34 490 158 20 251 110Activos fixos tangíveis e intangíveis

34 508 618 20 251 110 34 508 618 20 251 110Fluxos das actividades de investimento (2) - 18 163 907 64 081 322 Fluxos das actividades de investimento (2) 18 163 907 64 081 322

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

R bi t it tRecebimentos respeitantes a:J it i il 774 376 199 015Juros e proveitos similares 774 376 199 015Empréstimos concedidos 32 945Empréstimos concedidos 32 945Empréstimos obtidos 26 4 067 734 794 6 114 871 368Empréstimos obtidos 26 4 067 734 794 6 114 871 368Outros 2 491 590Outros 2 491 590

4 071 000 760 6 115 103 3284 071 000 760 6 115 103 328Pagamentos respeitantes a:Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares 36 009 555 31 138 309Juros e custos similaresEmpréstimos concedidos 18 133Empréstimos concedidos 18 133Empréstimos obtidos 26 4 065 873 735 6 163 431 270

20 048p

Dividendos 20 048A ti ã d t t d l ã fi i 4 539 226 4 301 988Amortização de contratos de locação financeira 4 539 226 4 301 988Outros 223 463 23 688 237Outros 223 463 23 688 237

4 106 666 027 6 222 577 9374 106 666 027 6 222 577 937Fluxos das actividades de financiamento (3) 35 665 267 107 474 609 Fluxos das actividades de financiamento (3) - 35 665 267 - 107 474 609

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) - 2 232 069 - 3 790 421Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 2 232 069 3 790 421Efeito das diferenças de câmbio 87 295 - 470 334Efeito das diferenças de câmbio 87 295 470 334Caixa e seus equivalentes no início do período 23 3 334 720 6 654 807Caixa e seus equivalentes no início do período 23 3 334 720 6 654 807Caixa e seus equivalentes no fim do período 23 1 015 356 3 334 720Caixa e seus equivalentes no fim do período 23 1 015 356 3 334 720

O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.O anexo faz parte destas demonstrações financeiras consolidadas.

O Conselho de Administração

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1

SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

(Montantes expressos em euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado 1096,

4470-909 Maia, Portugal, sendo a empresa-mãe de um universo de empresas conforme indicado nas

notas 5 a 7 (“Grupo”). Os negócios do Grupo e as áreas de actuação encontram-se descritos na nota

43.

As acções da sociedade encontram-se admitidas à cotação na NYSE Euronext Lisbon.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras

consolidadas são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) emitidas

pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International

Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations

Committee” (“SIC”), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de Janeiro de 2011 e aprovadas pela União

Europeia.

Durante o exercício de 2011 tornaram-se aplicáveis as seguintes normas e interpretações:

IAS 32 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Apresentação – classificação de direitos emitidos’. Esta

alteração refere-se à contabilização de direitos emitidos denominados em moeda diferente da moeda

funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos accionistas por um montante fixo em

qualquer moeda, considera-se que se trata de uma transacção com accionistas a classificar em

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Capitais próprios. Caso contrário, os direitos deverão ser registados como instrumentos derivados

passivos;

IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração permite às entidades que

adoptem IFRS pela primeira vez, usufruírem do mesmo regime transitório da IFRS 7 – ‘Instrumentos

financeiros – Divulgações’, o qual permite a isenção na divulgação dos comparativos para a

classificação do justo valor pelos três níveis exigidos pela IFRS 7, desde que o período comparativo

termine antes de 31 de Dezembro de 2009;

IAS 24 (alteração) ‘Partes relacionadas’. A alteração à norma elimina os requisitos gerais de

divulgação de partes relacionadas para as entidades públicas sendo contudo obrigatória a divulgação

da relação da Entidade com o Estado e quaisquer transacções significativas que tenham ocorrido

com o Estado ou entidades relacionadas com o Estado. Adicionalmente a definição de parte

relacionada foi alterada para eliminar inconsistências na identificação e divulgação das partes

relacionadas;

Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2011. O processo de melhoria anual de 2010 afecta as normas: IFRS 1,

IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13;

IFRIC 14 (Alteração) ' IAS 19 - Limitação aos activos decorrentes de planos de benefícios definidos e

a sua interacção com requisitos de contribuições mínimas'. Esta alteração clarifica que quando é

apurado um saldo activo resultante de pagamentos antecipados voluntários por conta de

contribuições mínimas futuras, o excesso positivo pode ser reconhecido como um activo;

IFRIC 19, ‘Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital’. Esta interpretação

clarifica qual o tratamento contabilístico a adoptar quando uma entidade renegoceia os termos de

uma dívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão de instrumentos de capital

próprio (acções) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados do exercício,

tomando por base o justo valor dos instrumentos de capital emitidos e comparando com o valor

contabilístico da dívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida;

As principais alterações nas políticas contabilísticas do grupo resultantes da aplicação das alterações

às normas, anteriormente referidas, estão relacionadas com a divulgação da natureza do cálculo do

justo valor dos instrumentos financeiros, registado nas demonstrações financeiras ou divulgado nas

notas anexas.

A 31 de Dezembro de 2011 estavam emitidas as seguintes normas e interpretações que não foram

aplicadas, dado apenas serem de aplicação obrigatória em exercícios posteriores:

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IFRS 1 (alteração), ‘Adopção pela primeira vez das IFRS’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela União

Europeia. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que operavam

anteriormente em economias hiperinflacionárias, e adoptam pela primeira vez as IFRS. A isenção

permite a uma Entidade optar por mensurar determinados activos e passivos ao justo valor e utilizar o

justo valor como “custo considerado” na demonstração da posição financeira de abertura para as

IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por

“data da transição para as IFRS” nas excepções à aplicação retrospectiva da IFRS;

IRFS 7 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Divulgações – Transferência de activos financeiros (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração à IFRS 7

refere-se às exigências de divulgação a efectuar relativamente a activos financeiros transferidos para

terceiros mas não desreconhecidos do balanço por a entidade manter obrigações associadas ou

envolvimento continuado;

IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção pela União

Europeia. Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com

activos dependendo de a Entidade estimar recuperar o valor líquido do activo através do uso ou da

venda, excepto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo

valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21, a qual é revogada;

IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras” (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adopção

pela União Europeia. Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens

contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no

futuro por resultados do exercício e o respectivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes

de impostos;

IFRS 9 (novo), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (a aplicar nos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção

pela União Europeia. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentos

financeiros e prevê duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os

instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao

custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-flows contratuais e os

cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são

valorizados ao justo valor por via de resultados;

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4

IFRS 10 (novo), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem

em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União

Europeia. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na

IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo.

O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma

entidade única mantém-se inalterado;

IFRS 11 (novo), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro

de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União Europeia. A IFRS 11

centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos

podem ser Operações conjuntas (direitos sobre activos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos

(direitos sobre o activo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação

proporcional deixa de ser permitida;

IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção

pela União Europeia. Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de

interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de

fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao

interesse da Entidade. Uma Entidade pode efectuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha

de aplicar a IFRS 12 na sua totalidade ou as IFRS 10 e 11 e as IAS 27 e 28;

IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União

Europeia. A IFRS 13 tem como objectivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição

precisa de justo valor e constituir a única fonte dos requisitos de mensuração e divulgação do justo

valor a aplicar de forma transversal por todas as IFRSs;

IAS 27 (revisão 2011) ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção

pela União Europeia. A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de

contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e

associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas;

IAS 28 (revisão 2011) ‘Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao

processo de adopção pela União Europeia. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 e

prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os

requerimentos para a aplicação do método da equivalência patrimonial;

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IAS 19 (revisão 2011),’Benefícios aos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adopção pela União

Europeia. Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos

gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a

efectuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios actuariais passam a ser

reconhecidos de imediato e apenas nos “Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do

corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da

responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal

se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro;

IFRIC 20 (nova),’Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta interpretação está ainda sujeita ao

processo de adopção pela União Europeia. Esta interpretação refere-se ao registo dos custos de

remoção de resíduos na fase inicial de uma mina de superfície, como um activo, considerando que a

remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extracção imediata de recursos minerais e a

abertura de acesso a quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro;

As alterações anteriormente referidas, nomeadamente nas normas IAS 19 e IFRS 11, terão efeitos

nas demonstrações financeiras consolidadas do grupo aquando da sua aplicação, que poderão ser

avaliados através das informações mencionadas nas notas 6 - Empresas controladas conjuntamente

(activos, passivos, rendimentos e gastos actualmente registados pelo método de consolidação

proporcional) e 30 - Benefícios pós-emprego (Ganhos e perdas actuariais actualmente não

registados, em conformidade com o do método do corredor).

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos

contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (nota 5) no pressuposto da continuidade das

operações e tomando por base o custo histórico, excepto para os instrumentos financeiros que se

encontram registados de acordo com os critérios descritos na nota 2.12.

2.2. Princípios de consolidação

São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente,

mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de

controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo),

foram incluídas nestas demonstrações financeiras consolidadas, pelo método de consolidação

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integral. O capital próprio e o rendimento integral destas empresas, correspondente à participação

de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente na Demonstração de Posição

Financeira Consolidada e na Demonstração de Resultados Consolidada, respectivamente, na

rubrica Interesses que não controlam. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras

encontram-se detalhadas na nota 5.

O rendimento integral e as restantes rubricas de capital próprio são atribuídas aos detentores de

interesses que não controlam, de acordo com a sua participação, mesmo que esta rubrica adquira

valores negativos.

Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição.

Qualquer excesso do custo de aquisição acrescido da quota-parte dos interesses que não

controlam no justo valor dos activos e passivos adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo

valor da participação dos interesses que não controlam na filial adquirida, em relação ao justo

valor dos activos e passivos líquidos totais da filial adquirida, é reconhecido como diferença de

consolidação positiva (notas 2.2.d) e 14). Caso o diferencial entre o custo de aquisição acrescido

da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos activos e passivos adquiridos,

ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não controlam na

filial adquirida, e o justo valor dos activos e passivos líquidos totais da filial adquirida seja negativo,

o mesmo é reconhecido como rendimento do exercício após reconfirmação do justo valor

atribuído. Os interesses de accionistas que não controlam são apresentados pela respectiva

proporção do justo valor dos activos e passivos identificados, ou alternativamente, pelo justo valor

da respectiva participação na filial adquirida.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas

demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais

para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e

os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

b) Investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente

As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente (empresas que o Grupo

controla em conjunto com entidades terceiras, sendo o controlo conjunto estabelecido

contratualmente ou por acordo parassocial) foram valorizadas nestas demonstrações financeiras

consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto

é adquirido ou constituído. De acordo com este método os activos, passivos, rendimentos e

gastos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas anexas,

rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

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O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis da

empresa controlada conjuntamente na data de aquisição é reconhecido como diferença de

consolidação (nota 2.2.d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos

activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento

do exercício.

As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, na

proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As empresas conjuntamente controladas encontram-se detalhadas na nota 6.

c) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma

influência significativa, através da participação nas decisões financeiras e operacionais da

empresa, mas não detém quer o controlo quer o controlo conjunto das mesmas - geralmente

investimentos representando entre 20% e 50% do capital de uma empresa) são registados pelo

método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas

pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas

variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de

ganhos ou perdas do exercício, e pelos dividendos recebidos.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da

associada na data de aquisição, se positivas são reconhecidas como diferenças de consolidação

positivas (nota 2.2.d)). Se essas diferenças forem negativas são registadas como rendimento do

exercício na rubrica resultados relativos a empresas associadas.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo

possa estar em imparidade, sendo registadas como gasto as perdas por imparidade que se

demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores

deixam de existir, são objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o

investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto quando o

Grupo tenha assumido compromissos para com a associada.

Os ganhos não realizados com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do

Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não

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realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie

que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na nota 6.

d) Diferenças de consolidação

As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,

acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos activos e passivos

adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não

controlam na filial adquirida, e o justo valor dos activos e passivos líquidos totais da filial adquirida,

são reconhecidas como diferença de consolidação positiva (nota 14).

As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas

conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas

empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica Diferenças de consolidação (nota

14).

As diferenças de consolidação dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro encontram-se

registadas na moeda funcional dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo

(euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa

conversão são registadas na rubrica Reserva de Conversão Monetária incluída na rubrica Outro

Rendimento Integral Acumulado.

O valor das diferenças de consolidação não é amortizado, sendo testado anualmente para

verificar se existem perdas por imparidade. As perdas por imparidade das diferenças de

consolidação constatadas no exercício são registadas na demonstração de resultados do

exercício, na rubrica provisões e perdas por imparidade.

As perdas por imparidade relativas a diferenças de consolidação não podem ser revertidas.

As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo,

acrescido da quota-parte dos interesses que não controlam no justo valor dos activos e passivos

adquiridos, ou alternativamente, acrescido do justo valor da participação dos interesses que não

controlam na filial adquirida, e o justo valor dos activos e passivos líquidos totais da filial adquirida,

são reconhecidas como rendimento na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos

activos e passivos adquiridos.

As diferenças negativas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas controladas

conjuntamente e empresas associadas e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas

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empresas à data da sua aquisição, são reconhecidas como rendimento na data de aquisição,

após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos

para euros utilizando as taxas de câmbio à data do balanço e os gastos e rendimentos bem como

os fluxos de caixa são convertidos para euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no

exercício. A diferença cambial resultante gerada após 1 de Janeiro de 2004, é registada no capital

próprio na rubrica de Reserva de Conversão Monetária incluída na rubrica Outro Rendimento

Integral Acumulado. As diferenças cambiais geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição

para IFRS) foram anuladas por contrapartida de Outras Reservas e Resultados Acumulados.

O valor das diferenças de consolidação e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de

entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para

euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a Reserva de Conversão Monetária acumulada

é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação.

As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais e empresas associadas

estrangeiras foram as seguintes:

Libra inglesa 0.8353 0.8676 0.8607 0.8571

Rand sul-africano 10.4833 10.0523 8.8629 9.6759

Dólar canadiano 1.3215 1.3753 1.3322 1.3625

Dólar americano 1.2939 1.3910 1.3362 1.3230

Franco suiço 1.2156 1.2306 1.2504 1.3774

Zloty polaco 4.4579 4.1056 3.9750 3.9931

Fonte: Bloomberg

31.12.2011 31.12.2010

Final do exercício

Média do exercício

Final do exercício

Média do exercício

2.3. Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS),

encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo

de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal

até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

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Os activos fixos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

O Grupo regista como activo fixo tangível os componentes de elementos de equipamento básico que

têm vidas úteis significativamente diferentes das dos respectivos activos principais, ou que só podem

ser utilizadas num activo principal específico. A depreciação destes componentes é efectuada

separadamente tendo em consideração as respectivas vidas úteis identificadas.

As despesas de reparação e manutenção são consideradas como gasto no exercício em que

ocorrem.

As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas

constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos

Edifícios e outras construções 20 - 40

Equipamento básico 2 - 25

Equipamento de transporte 5

Ferramentas e utensílios 5

Equipamento administrativo 4 - 10

Outros activos fixos tangíveis 5

Durante o exercício, a vida útil estimada das Ferramentas e utensílios foi alterada de 4 para 5 anos.

Esta alteração tem efeitos nos exercícios de 2011 e seguintes, que são pouco relevantes.

Activos fixos em curso representam imobilizado em fase de construção e encontram-se registadas ao

custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes activos fixos são

depreciados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de

uso.

O valor residual, a vida útil e o método de depreciação do activo fixo são revistos anualmente.

2.4. Activos fixos intangíveis

Os activos fixos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das

amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos fixos intangíveis só são

reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo,

sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

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11

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são escrituradas na

demonstração de resultados quando incorridas (nota 39).

As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o

seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o

activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de

desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como gasto do exercício em que

são incorridas.

Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de “Software” são registados

como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes

gastos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de

benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes gastos são capitalizados como

activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas

constantes em conformidade com o período de vida útil estimado, o qual varia entre 3 e 6 anos.

2.5. Locações

Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como (i) locações

financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens

inerentes à posse, e como (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não

da forma do contrato.

Os activos fixos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes

responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o activo fixo tangível, as

depreciações e perdas por imparidade acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de

liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor

das rendas e as depreciações do activo fixo tangível são reconhecidos como gastos na

demonstração de resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na

demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

2.6. Propriedades de Investimento

As propriedades de investimento encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das

depreciações e das perdas de imparidade acumuladas. São constituídas, essencialmente, por

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terrenos e edifícios de operações descontinuadas em relação aos quais o Grupo celebrou contratos

de arrendamento com entidades terceiras.

Os períodos e o método de depreciação das propriedades de investimento são os indicados na nota

2.3. para o activo fixo tangível.

2.7. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma

garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas

para a sua concessão.

Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na

demonstração de resultados de acordo com os gastos incorridos.

Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de activos fixos, são incluídos na rubrica

Outros passivos não correntes e são creditados na demonstração de resultados em quotas

constantes durante o período estimado de vida útil dos activos adquiridos.

2.8. Imparidade dos activos não correntes, excepto Diferenças de consolidação e Impostos diferidos

É efectuada uma avaliação de imparidade, à data de cada balanço, sempre que seja identificado um

evento ou alteração nas circunstâncias que indiciem que o montante pelo qual o activo se encontra

registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia

recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração consolidada de

resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade.

A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades

independentes e conhecedoras, deduzido dos gastos directamente atribuíveis à alienação. O valor de

uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso

continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada

para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos

de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se

conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é

efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha

revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como

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Outros rendimentos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao

limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por

imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

2.9. Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como

gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com a aquisição,

construção ou produção de activos fixos, são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A

capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou

desenvolvimento do activo e é interrompida quando o activo se encontra pronto a ser utilizado ou

quando o projecto se encontra suspenso. Quaisquer rendimentos financeiros gerados por

empréstimos obtidos, directamente relacionados com um investimento específico, são deduzidos aos

encargos financeiros elegíveis para capitalização.

2.10. Existências

As mercadorias e matérias-primas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor

realizável líquido, dos dois o mais baixo, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e trabalhos em curso encontram-se

valorizados ao custo médio ponderado de produção ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais

baixo. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos

gerais de fabrico (considerando as amortizações dos equipamentos produtivos calculadas em função

de níveis normais de utilização).

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para completar

a produção e dos custos de comercialização.

As diferenças entre o custo e o respectivo valor de realização das existências, no caso de este ser

inferior ao custo, são registadas como gastos operacionais nas rubricas de Custo das vendas ou

Variação de produção, consoante respeitem a existências de mercadorias e matérias-primas ou a

existências de produtos acabados e semi-acabados, subprodutos e trabalhos em curso,

respectivamente.

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2.11. Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente

(legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa

obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente

estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a

melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um

plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes

envolvidas.

O aumento e a utilização de provisões são reconhecidos em rubricas específicas de resultados,

incluídas, respectivamente, nas rubricas Provisões e perdas por imparidade e Outros Rendimentos

Operacionais, da Demonstração Consolidada de Resultados

2.12. Instrumentos financeiros

a) Investimentos

Os investimentos detidos pelo Grupo classificam-se como segue:

- Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados;

- Investimentos disponíveis para venda;

- Investimentos detidos até à maturidade.

Os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados incluem os investimentos

detidos para negociação que o Grupo adquire tendo em vista a sua alienação num curto

período de tempo. São classificados na Demonstração de Posição Financeira Consolidada

como investimentos correntes.

O Grupo classifica como investimentos disponíveis para venda os que não são enquadráveis

como investimentos mensurados ao justo valor através de resultados nem como investimento

detidos até à maturidade.

Os investimentos disponíveis para venda são classificados como activos não correntes,

excepto se houver intenção de os alienar num período inferior a 12 meses da data de balanço.

Os investimentos detidos até ao vencimento são classificados como Investimentos não

correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo

registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem

intenção e capacidade de os manter até essa data.

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Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor

do preço pago, incluindo despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de

resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos

valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução

relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos

que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo

valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos

mensurados ao justo valor através de resultados são registados(as) na rubrica Resultados

Financeiros da Demonstração Consolidada de Resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos

disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor

incluída na rubrica Outras Reservas e Resultados Acumulados até o investimento ser vendido,

recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe

abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento

em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na Demonstração Consolidada de

Resultados.

b) Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço

consolidado deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Perdas

por imparidade em contas a receber, por forma a reflectir o seu valor realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem,

objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será

recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que

demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades bem como

informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante

escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados,

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descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um

recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula.

As dívidas de terceiros são apresentadas na Demonstração Consolidada de Posição

Financeira como activos correntes, excepto quando a respectiva maturidade é superior a doze

meses da data de balanço, situações em que são apresentadas como activos não correntes.

c) Classificação de capital próprio ou passivo

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a

substância contratual independentemente da forma legal que assumem.

d) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de despesas

com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a

taxa de juro efectiva e contabilizados na rubrica Resultados Financeiros da Demonstração

Consolidada de Resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios,

conforme política definida na nota 2.9. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a

emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico do empréstimo caso não seja

liquidada durante o exercício.

e) Fornecedores

As dívidas a fornecedores são registadas pelo seu valor nominal, dado que não vencem juros e

o efeito do desconto financeiro é considerado imaterial.

f) Instrumentos derivados

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de

garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o

objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de

fluxos de caixa respeitam fundamentalmente a instrumentos de cobertura de taxa de juros

(“swaps”) de empréstimos obtidos. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de

refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de

juro são materialmente idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes

contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. As ineficiências,

eventualmente existentes, são registadas na rubrica Resultados Financeiros da Demonstração

Consolidada de Resultados.

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Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos

de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de

alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

- Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta;

- A transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos derivados classificados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa,

são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu

justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos são reconhecidas em capitais

próprios, na rubrica Reservas de cobertura incluída na rubrica Outro Rendimento Integral

Acumulado da Demonstração Consolidada de Posição Financeira, sendo transferidas para a

rubrica Resultados Financeiros da Demonstração Consolidada de Resultados no mesmo

exercício em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a

sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados, nos termos indicados na nota

27.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o

instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser

qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas

em capital próprio na rubrica Reservas de cobertura, incluída em Outro Rendimento Integral

Acumulado, são transferidas para resultados do exercício ou adicionadas ao valor contabilístico

do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem; as reavaliações

subsequentes são registadas directamente nas rubricas da Demonstração Consolidada de

Resultados.

O Grupo utiliza, ainda, instrumentos financeiros com objectivo de cobertura de fluxos de caixa

que respeitam, essencialmente, a coberturas de taxa de câmbio (“forwards”) de empréstimos

obtidos e operações comerciais que, contudo, não configuram relações perfeitas de cobertura

e, portanto, não receberam tratamento de “hedge accounting”, mas que permitem mitigar, de

forma muito significativa, o efeito de variações cambiais dos empréstimos e saldos a receber,

denominados em divisas, em relação aos quais o Grupo pretende cobrir o risco cambial.

Estes instrumentos derivados em relação aos quais a empresa não aplicou “hedge accounting”,

são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e posteriormente reavaliados ao seu

justo valor, cujas variações, calculadas através de ferramentas informáticas específicas,

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afectam directamente a rubrica Resultados Financeiros da Demonstração Consolidada de

Resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos,

os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e

características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em

que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não

realizadas registadas na Demonstração Consolidada de Resultados.

Em situações específicas, o Grupo pode proceder à contratação de derivados de taxa de juro

com o objectivo de realizar coberturas de justo valor. Nestas situações, os derivados serão

registados pelo seu justo valor através da Demonstração Consolidada de Resultados. Nas

situações em que o instrumento objecto de cobertura não seja mensurado ao justo valor

(nomeadamente, empréstimos que estejam mensurados ao custo amortizado), a parcela eficaz

de cobertura será ajustada no valor contabilístico do instrumento coberto, através da

Demonstração Consolidada de Resultados.

Os instrumentos derivados são apresentados nas rubricas Outros activos não correntes,

Outros activos correntes, Outros passivos não correntes e Outros passivos correntes da

Demonstração Consolidada de Posição Financeira.

g) Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo

após dedução dos passivos e são registados pelo valor recebido, líquido de custos suportados

com a sua emissão.

h) Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao

capital próprio. Os ganhos ou perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas

em Outras reservas incluída em Outras Reservas e Resultados Acumulados.

i) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem aos valores

de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a

menos de três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de

alteração de valor.

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Para efeitos da Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa, a rubrica de caixa e

equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de

Empréstimos, na Demonstração Consolidada de Posição Financeira.

2.13. Benefícios pós-emprego

Conforme mencionado na nota 30 o Grupo assumiu, através de algumas filiais, o compromisso de

conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de

reforma, os quais configuram um plano de benefícios definidos, tendo sido constituídos para o efeito

fundos de pensões autónomos.

A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue

o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais das responsabilidades determinados de

acordo com o “Projected Unit Credit Method”. Os ganhos e perdas actuariais que excedam 10% do

maior entre o valor presente das responsabilidades totais e o justo valor dos activos do fundo

constituído, são reconhecidos na Demonstração Consolidada de Resultados em quotas constantes

durante o período médio remanescente de vida activa dos participantes.

Os custos por responsabilidades passadas são reconhecidos imediatamente nas situações em que

os benefícios se encontram a ser pagos, caso contrário são reconhecidos em quotas constantes

durante o período médio estimado até à data em que os direitos dos colaboradores se vencem

(geralmente na data de reforma caso estejam ao serviço do Grupo).

As responsabilidades por benefícios pós-emprego reconhecidas à data de balanço representam o

valor presente das obrigações por planos de benefícios definidos ajustado de ganhos ou perdas

actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas reduzido do justo valor

dos activos líquidos do fundo de pensões.

2.14. Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo

os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando

benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas

divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

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2.15. Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das

empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das

empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de

cada empresa do Grupo, considerando o resultado e a taxa anual efectiva de imposto estimada.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade do balanço e

reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de relato

contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por

impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou

anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas

razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam

diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício

da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos,

sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, excepto se resultarem

de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também

registado na mesma rubrica.

2.16. Rédito e especialização dos exercícios

Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na Demonstração Consolidada de

Resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos activos são transferidos para o

comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são

reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo

justo valor do montante recebido ou a receber.

Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na Demonstração

Consolidada de Resultados com referência à respectiva fase de acabamento à data do balanço.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercício em que são atribuídos aos sócios ou

accionistas.

Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente

da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja

conhecido são estimados.

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Nas rubricas de Outros activos correntes e Outros passivos correntes, são registados os gastos e os

rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em

exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a

exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor

que lhes corresponde.

2.17. Mais-valias e menos-valias

As mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação ou abate de activos fixos tangíveis e

intangíveis e de investimentos, são apresentadas na Demonstração Consolidada de Resultados pelo

valor correspondente à diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de

alienação ou abate, nas rubricas de Outros rendimentos operacionais e Outros gastos operacionais.

2.18. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções são registadas nas demonstrações financeiras individuais das filiais na moeda

funcional da filial, utilizando as taxas de câmbio em vigor na data da transacção.

Todos os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira nas demonstrações

financeiras individuais das filiais são convertidos para a moeda funcional de cada filial, utilizando as

taxas de câmbio vigentes à data do balanço de cada exercício. Activos e passivos não monetários

denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda

funcional de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo

valor foi determinado.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de

câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data de cobrança, pagamento ou à data

de encerramento das demonstrações financeiras, dessas mesmas transacções, são registadas como

rendimentos e gastos operacionais, no caso de transacções de natureza operacional, ou como

rendimentos e gastos financeiros, no caso de transacções de natureza financeira, na Demonstração

Consolidada de Resultados do Exercício. As diferenças de câmbio relativas a valores não monetários

cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio, são registadas igualmente

em capital próprio.

Quando pretende diminuir a exposição ao risco de taxa de câmbio o Grupo contrata instrumentos

financeiros derivados de cobertura (nota 2.12.f)).

2.19. Responsabilidades pelo Plano de incentivos de médio e longo prazo

A Sociedade e as suas subsidiárias atribuem, anualmente, aos quadros integrados num grupo

funcional com classificação Executive ou superior, um prémio definido em função do valor criado para

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os accionistas no exercício, que será pago passado um período de três anos, na circunstância de o

quadro, ao qual foi atribuído, se manter em funções no final deste período.

A responsabilidade é registada nas rubricas Outros Passivos Não Correntes e Outros Passivos

Correntes da Demonstração Consolidada de Posição Financeira e Gastos com o Pessoal da

Demonstração Consolidada de Resultados. Caso o quadro deixe de exercer funções durante o

período de diferimento do pagamento da responsabilidade anteriormente registada, a mesma será

abatida da Demonstração Consolidada de Posição Financeira por contrapartida da rubrica Gastos

com o Pessoal, da Demonstração Consolidada de Resultados, no período em que se constate a

extinção da responsabilidade.

2.20. Eventos subsequentes

Os eventos que ocorreram após o termo do exercício e que proporcionem informação adicional sobre

condições que existiam à data da Demonstração Consolidada de Posição Financeira são reflectidos

nas demonstrações financeiras consolidadas (eventos registáveis). Os eventos que ocorreram após o

termo do exercício e que proporcionem informação sobre condições que ocorreram após a data da

Demonstração Consolidada de Posição Financeira são divulgados no anexo às demonstrações

financeiras consolidadas, se materiais (eventos não registáveis).

2.21. Informação por segmentos

Em cada exercício são identificados todos os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo, tendo em

consideração o sistema interno de relato de informação financeira (nota 43).

.

2.22. Julgamentos e estimativas

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras

consolidadas incluem:

a) Vidas úteis do activo fixo tangível e intangível (notas 11, 12 e 13);

b) Análises de imparidade das diferenças de consolidação e de activos fixos tangíveis e

intangíveis (nota 14);

c) Análise de imparidade das contas a receber (notas 19 e 20);

d) Registo de ajustamentos aos valores dos activos, nomeadamente, ajustamento de justo valor ;

e) Cálculo de provisões e responsabilidade por benefícios pós-emprego (nota 30).

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação

das presentes demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na

experiência de eventos passados e/ou correntes. Não obstante, poderão ocorrer situações em

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exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas

estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das

demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas, através da Demonstração Consolidada de

Resultados, de forma prospectiva, conforme disposto pela norma IAS 8.

As principais estimativas e os pressupostos relativos a eventos futuros incluídos na preparação das

demonstrações financeiras consolidadas são descritos nas correspondentes notas anexas.

2.23. Direitos de emissão de dióxido de carbono

O Grupo tem instalações industriais, localizadas em diversos países europeus, abrangidas pelo

Comércio Europeu de Licenças de Emissão.

O esquema consiste na atribuição, por parte do Estado onde a instalação se encontra localizada, de

uma quantidade de licenças de emissão de dióxido de carbono, escrituradas nas rubricas Outros

Activos Intangíveis e Rendimentos Diferidos, ao valor de mercado da data de atribuição. O

rendimento diferido é transferido para a rubrica Outros Rendimentos Operacionais linearmente ao

longo do exercício.

À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, é registada, nas

rubricas Acréscimos de Gastos e Outros Gastos Operacionais, a estimativa de emissões até então

realizadas. Caso o valor escriturado em Outros Activos Intangíveis seja inferior ao seu valor de

mercado, é registada a correspondente perda por imparidade.

No exercício seguinte, após apuramento definitivo das emissões de CO2, é efectuado o abate nas

rubricas Outros Activos Intangíveis e Acréscimos de Gastos pelo custo das licenças devolvidas ao

Estado. Nas situações em que as licenças não utilizadas são vendidas, é registada o correspondente

ganho ou perda, correspondente à diferença entre o custo e o valor de mercado, nas rubricas Outros

Rendimentos Operacionais ou Outros Gastos Operacionais.

2.24. Gestão do risco

a) Risco de Crédito

i) Créditos sobre Clientes

O risco de crédito, na Sonae Indústria, resulta maioritariamente dos créditos sobre os seus

Clientes, relacionados com a actividade operacional.

O principal objectivo da gestão de risco de crédito, na Sonae Indústria, é garantir a cobrança

efectiva dos recebimentos operacionais de Clientes em conformidade com as condições

negociadas.

De modo a mitigar o risco de crédito que decorre do potencial incumprimento de pagamento por

parte dos Clientes, as empresas do Grupo expostas a este tipo de risco:

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24

- Têm implementados processos e procedimentos de gestão de crédito proactivos; activos e

reactivos. Processos, estes, suportados por avançados sistemas de informação.

- Dispõem localmente (em cada país) de “comités” de análise e acompanhamento do risco de

crédito;

- Possuem equipas exclusivamente dedicadas à gestão do crédito de clientes e respectivas

cobranças;

- Estabelecem e acompanham os limites de crédito dos seus clientes, monitorizando diariamente

a exposição efectiva;

- Possuem mecanismos de protecção como seguros de crédito quando considerados

economicamente viáveis;

- Utilizam agências de rating de crédito;

- Recorrem aos meios das companhias de seguros e legais disponíveis para recuperação de

crédito quando aplicável.

ii) Outros activos financeiros para além de Créditos sobre Clientes

Para além dos activos resultantes das actividades operacionais, as empresas do Grupo detêm

activos financeiros decorrentes do seu relacionamento com Instituições Financeiras, tais como

depósitos bancários, investimentos financeiros e derivados financeiros (com valor de mercado

positivo). Consequentemente, existe também risco de crédito associado ao potencial

incumprimento pecuniário das Instituições Financeiras que são contraparte nestes

relacionamentos.

Como regra, os activos financeiros decorrentes deste relacionamento com Instituições

Financeiras envolvem preferencialmente contrapartes com rating mínimo de Investment Grade.

Por outro lado, de um modo geral, a exposição relacionada com este tipo de activos financeiros

é amplamente diversificada e de duração limitada no tempo.

b) Riscos de Mercado

i) Risco de Taxa de Juro

Em resultado da proporção relevante de dívida a taxa variável no seu Balanço Consolidado, e

dos consequentes cash flows de pagamento de juros, a Sonae Indústria encontra-se exposta a

risco de taxa de juro, particularmente ao risco de variação de taxa de juro do Euro, uma vez que

a maior parte da sua dívida é denominada nesta divisa.

Como regra geral a Sonae Indústria não cobre por meio de derivados financeiros a sua

exposição às variações de taxas de juro.

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25

Esta abordagem baseia-se no princípio da existência de uma correlação positiva entre os níveis

de taxa de juro e o “cash flow operacional antes de juros líquidos”, que cria um hedging natural

ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos” para a Sonae Indústria. A racionalidade

por detrás deste princípio é a seguinte:

- Na sua actividade operacional a Sonae Indústria encontra-se exposta maioritariamente à área

do Euro e, como referido anteriormente, a sua exposição principal no que se refere à variação de

taxa de juro também se concentra na divisa Euro.

- A actividade operacional da Sonae Indústria é cíclica, sendo positivamente correlacionada com

os ciclos da economia em geral e, em particular, com os ciclos do sector da construção (e

também do sector do mobiliário). Tal facto deve-se essencialmente à natureza dos seus

produtos e ao facto de serem bens duráveis e do tipo commodity, com um desempenho superior

quando as condições económicas são favoráveis.

- Sob condições económicas normais, quando se verificam fortes níveis da actividade económica

e da procura, a inflação tende a aumentar. Tendo em conta que o Banco Central Europeu (BCE)

tem como missão fundamental garantir a estabilidade dos preços, o BCE intervém normalmente

no sentido de aliviar tensões inflacionistas através do recurso à subida das taxas de juro. Efeitos

opostos ocorrem quando se verificam níveis fracos de actividade e de procura, com menores

pressões sobre os preços.

- Quando a actividade e a procura são fortes na zona do Euro, a Sonae Indústria tende a

desempenhar de forma superior ao nível operacional, gerando cash flow operacional mais

elevado. Ao mesmo tempo, quando as condições económicas são favoráveis, o BCE tende a

subir as taxas de juro de modo a refrear a procura e prevenir aumentos de preços, o que se

reflecte, para a Sonae Indústria, em juros líquidos suportados mais elevados, criando-se uma

cobertura natural ao nível do “cash flow operacional após juros líquidos”. O mesmo princípio

(mas com sinais opostos) aplica-se em situações económicas recessivas.

- A Sonae Indústria entende que, para além da taxa de juro do Euro, estes mesmos princípios se

aplicam para as restantes taxas de juro às quais o Grupo se encontra exposto, tais como as da

libra esterlina, dólar canadiano ou do rand sul africano (apesar de reconhecer que em mercados

emergentes o comportamento das taxas de juro é influenciado por outros efeitos não

directamente relacionados com as condições económicas domésticas).

Como excepções à política geral sobre gestão de risco de taxa de juro, a Sonae Indústria pode

contratar derivados de taxa de juro. No caso de tal se verificar, os seguintes princípios são

observados:

- Os derivados não são utilizados com objectivos de trading, geração de rendimentos ou fins

especulativos;

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26

- As empresas do Grupo contratam preferencialmente derivados com Instituições Financeiras

com rating mínimo Investment Grade;

- Os derivados contratados replicam exactamente as exposições subjacentes no que diz respeito

às datas de liquidação e indexantes de base;

- O custo financeiro máximo do conjunto do derivado e da exposição subjacente são sempre

conhecidos e limitados desde o início da contratação do derivado;

- Cotações de pelo menos duas Instituições Financeiras são obtidas antes da contratação de

derivados de taxa de juro.

ii) Risco de Taxa de Câmbio

Enquanto Grupo geograficamente diversificado, com subsidiárias localizadas em três

continentes diferentes, a Sonae Indústria encontra-se exposta a risco de taxa de câmbio. O

Balanço e a Demonstração de Resultados encontram-se expostos a risco de câmbio de

translação e as subsidiárias da Sonae Indústria encontram-se expostas a risco de taxa de

câmbio tanto de translação como de transacção.

O risco de taxa de câmbio prende-se com a possibilidade de registar perdas ou ganhos em

resultado da variação das taxas de câmbio.

O risco de transacção emerge essencialmente quando existe risco cambial relacionado com

cash flows denominados em divisa que não a divisa funcional de cada uma das subsidiárias. Os

cash flows das empresas do Grupo são largamente denominados nas respectivas divisas locais.

Isto é válido independentemente da natureza dos cash flows, ou seja, operacional ou financeira,

e permite um grau considerável de hedging cambial natural, reduzindo o risco de transacção do

Grupo. Em linha com este raciocínio, como princípio, as subsidiárias da Sonae Indústria apenas

contratam dívida financeira denominada na respectiva divisa local.

Também como regra do Grupo, sempre que possível e economicamente viável, as empresas do

Grupo procuram compensar os cash flows positivos e negativos denominados na mesma divisa

estrangeira.

Ainda como regra geral, em situações em que exista risco cambial relevante em resultado da

actividade operacional envolvendo divisas que não a divisa local de cada subsidiária, o risco

cambial deve ser mitigado através da contratação de derivados cambiais levados a cabo na

subsidiária exposta ao referido risco. As empresas do Grupo não contratam derivados cambiais

com objectivos de trading, geração de rendimentos ou fins especulativos.

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O risco de conversão monetária emerge do facto de, no âmbito da preparação das contas

consolidadas do Grupo, as Demonstrações Financeiras das subsidiárias com moeda funcional

diferente da moeda de relato das contas consolidadas (Euro), terem de ser convertidas para

Euros. Uma vez que as taxas de câmbio variam entre os períodos contabilísticos e uma vez que

o valor dos activos e passivos das subsidiárias não são coincidentes, introduz-se volatilidade nas

contas consolidadas devido ao facto de a conversão ser efectuada em períodos diferentes a

taxas de câmbio diferentes.

Como política, o risco de translação em resultado da conversão do Investimento (Capitais

Próprios) em subsidiárias não Euro, não é coberto uma vez que estes investimentos são

considerados de longo prazo e se assume que a cobertura destes valores não acrescenta valor

no longo prazo. Os ganhos e as perdas relacionados com a conversão a diferentes taxas de

câmbio dos valores de Capitais Próprios denominados em outras divisas que não o Euro, são

contabilizados na rubrica Reservas de Conversão, incluída na rubrica Outro rendimento integral

do balanço consolidado.

Algumas subsidiárias da Sonae Indústria concedem ou recebem financiamento intragrupo em

divisas distintas da sua divisa local. Quando se verificam estas situações, o financiamento

intragrupo é sempre denominado na divisa funcional da outra contraparte do Grupo. A política da

Sonae Indústria é cobrir de modo sistemático o valor em aberto destes financiamentos

intragrupo, de modo a reduzir a volatilidade nas Demonstrações Financeiras individuais e

consolidadas. Esta volatilidade resulta do facto de não existir um compensação dos ganhos ou

perdas registadas na Demonstração de Resultados de uma das contrapartes do Grupo com um

activo ou passivo intragrupo denominado noutra divisa que não a sua divisa funcional (ganho ou

perda registado como consequência da alteração do valor do seu activo ou passivo denominado

em divisa estrangeira), do lado da outra contraparte do Grupo. Ao não existir esta compensação,

as contas consolidadas são também afectadas.

Estas coberturas cambiais de financiamentos intragrupo são feitas actualmente através de

contratos forward de taxa de câmbio, levados a cabo pela subsidiária exposta ao risco cambial e

renovados consistentemente numa base semestral. Cotações de pelo menos duas Instituições

Financeiras são obtidas antes da contratação destes derivados. Estes derivados de cobertura

cambial não são utilizados com objectivos de trading, geração de rendimentos ou fins

especulativos.

A análise dos riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio está incluída na nota 28.

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iii) Outros Riscos de Preço

A 31 de Dezembro de 2011 o Grupo não detinha investimentos significativos classificados como

disponíveis para venda.

c) Risco de Liquidez

A gestão de risco de liquidez, na Sonae Indústria, tem por objectivo garantir que o Grupo possui

capacidade para obter atempadamente o financiamento necessário para poder levar a cabo as

suas actividades de negócio, implementar a sua estratégia, e cumprir com as suas obrigações

de pagamento quando devidas, evitando ao mesmo tempo a necessidade de obter

financiamento em condições desfavoráveis.

Com este propósito, a gestão de liquidez no Grupo compreende os seguintes aspectos:

- Planeamento financeiro consistente baseado em previsões de cash flows quer ao nível das

operações (países), quer ao nível consolidado, de acordo com diferentes horizontes temporais

(semanal, mensal, anual e plurianual);

- Diversificação de fontes de financiamento;

- Diversificação das maturidades da dívida emitida de modo a evitar a concentração excessiva

em curtos períodos de tempo das amortizações de dívida.

- Contratação com Bancos de relacionamento, de linhas de crédito de curto prazo (committed e

uncommitted), programas de papel comercial, e outros tipos de operações financeiras (como é o

caso do programa de Securitização de créditos comerciais), assegurando um balanceamento

entre níveis adequados de liquidez e de commitment fees suportados;

Ainda com o objectivo de mitigar o Risco de Liquidez, é política da Sonae Indústria evitar,

sempre que possível, nos seus contratos de financiamento, cláusulas relativas ao cumprimento

de rácios financeiros que possam conduzir ao vencimento antecipado dos financiamentos. Esta

política tem em linha de conta o carácter cíclico da indústria de painéis de madeira, o qual afecta

directamente os valores observados para os rácios financeiros ao longo do ciclo económico.

A análise do risco de liquidez está incluída na nota 26.

3. EVENTOS RELEVANTES

3.1. No dia 10 de Junho de 2011 ocorreu um incêndio na subsidiária Sonae Industria (UK), Limited

que inutilizou os edifícios e equipamentos afectos ao armazenamento de madeira reciclada limpa e à

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preparação de partícula de madeira. Em consequência, a empresa ficou privada de capacidade de

produção de painéis de aglomerado de partículas. Esta limitação foi colmatada com recurso a

importações provenientes de outras subsidiárias do Grupo, o que tem permitido a prossecução das

restantes fases dos processos produtivos instalados nesta unidade industrial, bem como da sua

actividade comercial.

Os danos causados pelo sinistro, designadamente, os activos afectados e as limitações operacionais,

encontram-se cobertos por apólice de seguro contra danos patrimoniais e perdas de exploração,

segundo a qual a Sociedade será indemnizada pelo montante correspondente à aquisição ou

reparação de activos necessários para repor a capacidade operacional da empresa, bem como pelo

montante de perdas de exploração incorridas em consequência das limitações operacionais

existentes, durante um período máximo de 18 meses ou, se anterior, até ao momento de resolução

das mesmas, deduzidos de uma franquia global de 1 000 000 euros.

As presentes demonstrações financeiras consolidadas incluem:

Perda por imparidade registada na rubrica Activos Fixos Tangíveis, da Demonstração Consolidada

de Posição Financeira, pelo montante de 11 969 976 euros (9 998 560 libras), e na rubrica

Provisões e Perdas por Imparidade, da Demonstração Consolidada de Resultados, pelo montante

de 11 523 940 euros (9 998 560 libras), bem como a correspondente indemnização estimada,

registada na rubrica Outros Activos Correntes, da Demonstração Consolidada de Posição

Financeira, pelo montante de 11 969 976 euros (9 998 560 libras), e na rubrica Provisões e

Perdas por Imparidade, da Demonstração Consolidada de Resultados, pelo montante de 11 523

940 euros (9 998 560 libras).

Menos-valia registada na sequência do abate contabilístico dos activos fixos tangíveis sinistrados

na rubrica Outros Gastos e Perdas Operacionais, da Demonstração Consolidada de Resultados,

pelo montante de 443 003 euros (384 364 libras), bem como a correspondente indemnização

estimada, registada na rubrica Outros Activos Correntes, da Demonstração Consolidada de

Posição Financeira, pelo montante de 460 149 euros (384 364 libras), e na rubrica Outros Gastos

e Perdas Operacionais, da Demonstração Consolidada de Resultados, pelo montante de 443 003

euros (384 364 libras).

Indemnização estimada correspondente às perdas de exploração incorridas durante o exercício

findo em 31 de Dezembro de 2011, registada na rubrica Outros Activos Correntes, da

Demonstração Consolidada de Posição financeira, no montante de 24 709 355 euros (20 639 805

libras), e na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais, da Demonstração Consolidada

de Resultados, no montante de 23 788 614 euros (20 639 805 libras). Esta estimativa foi calculada

pela Sociedade tendo em consideração os termos da apólice de seguro, que incluem,

designadamente, a margem de lucro bruta perdida e o acréscimo de custos incorridos para manter

a actividade operacional da empresa, e está sujeita a ajustamento na sequência da análise

efectuada pelas Seguradoras envolvidas.

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30

Os valores registados na Demonstração Consolidada de Posição Financeira diferem dos valores

registados na Demonstração Consolidada de Resultados em virtude de as taxas de câmbio

utilizadas na respectiva conversão para euros serem diferentes.

Os montantes recebidos da companhia de seguros estão incluídos nas rubricas Outros

recebimentos/pagamentos relativos às actividades operacionais e Recebimentos provenientes de

activos fixos tangíveis, da Demonstração Consolidada de Fluxos de Caixa, por 12 373 062 eur e

11 872 075 eur, respectivamente.

Durante o mês de Novembro do ano transacto foram repostas as condições técnicas necessárias a

uma progressiva retoma da actividade produtiva da Sonae Industria (UK), Ltd., interrompida na

sequência do sinistro anteriormente descrito.

3.2. Em Março de 2009 as subsidiárias Glunz AG e GHP GmbH, juntamente com outros produtores

alemães de painéis derivados de madeira, foram objecto de inspecções realizadas pela Autoridade

da Concorrência Alemã (Bundeskartellamt). Em Março de 2010, aquelas sociedades do Grupo

receberam uma nota de ilicitude por alegada violação das leis de concorrência.

As referidas subsidiárias ajustaram com a Autoridade da Concorrência Alemã os termos de um

acordo (settlement), para pôr fim ao processo de investigação em curso no mercado alemão dos

painéis de madeira. O referido settlement implicava a assunção, pela Glunz AG, da obrigação de

pagamento de uma coima no montante máximo de 27,7 milhões de euros, a liquidar em seis

prestações anuais crescentes e uma sétima relativa ao pagamento de juros, pelo que foi reconhecida,

a 30 de Junho de 2011, uma provisão pelo referido montante na rubrica Provisões e perdas por

imparidade da Demonstração Consolidada de Posição Financeira.

Em Setembro de 2011 a Autoridade da Concorrência Alemã adoptou a decisão final relativamente a

este processo de investigação. A Glunz AG objectou a decisão da referida autoridade com vista a

rever as condições associadas ao pagamento da referida coima. Em consequência, o valor da coima

foi reduzido para um montante de aproximadamente 25 400 000 euros, registado na rubrica de

Outros Gastos Operacionais – Outros. Simultaneamente, a provisão anteriormente constituída foi

utilizada (nota 34).

4. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011 a Sociedade passou a apresentar as diferenças

de câmbio referentes a saldos de clientes e fornecedores, anteriormente incluídas nas rubricas de

Rendimentos e Gastos Financeiros, nas rubricas de Outros Rendimentos Operacionais e Outros

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31

Gastos Operacionais da Demonstração Consolidada de Resultados. Os montantes envolvidos são

materialmente irrelevantes (nota 40).

5. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

As empresas filiais incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em

31 de Dezembro de 2011 e 2010, são as seguintes:

FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL

DETIDO

CONDIÇÕES

DE

31.12.2011 31.12.2010 INCLUSÃO

Directo Total Directo Total

Agepan Eiweiler Management, GmbH Eiweiler (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

1) Agepan Flooring Products, SARL Luxemburgo 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Agloma Investimentos, SGPS, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 98,90% 100,00% 98,90% a)

Agloma - Sociedade Industrial de Madeira Aglomerada, S.A. Oliveira do Hospital (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Aserraderos de Cuellar, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 98,90% 100,00% 98,90% a)

BHW Beeskow Holzwerkstoffe GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

2) Cia. de Industrias y Negocios, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Darbo, SAS Linxe (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Ecociclo, Energia e Ambiente, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Euroresinas - Indústrias Quimicas, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

GHP Glunz Holzwerkstoffproduktions GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Glunz AG Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Glunz Service GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Glunz UK Holdings, Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Glunz UkA GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Impaper Europe GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Imoplamac – Gestão de Imóveis, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Isoroy, SAS Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Maiequipa - Gestão Florestal, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Megantic B.V. Amsterdão (Países Baixos) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Movelpartes – Comp. para a Indústria do Mobiliário, S.A. Paredes (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

OSB Deustchland Alemanha 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Poliface North America Baltimore (EUA) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Racionalización y Manufacturas Florestales, S.A. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

SCS Beheer, BV Holanda 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Sociedade de Iniciativa e Aproveit. Florestais - Energias, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,79% 100,00% 98,78% a)

Somit – Imobiliária, S.A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,79% 100,00% 98,79% a)

Sonae Indústria – Management Services, S. A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Sonae Indústria – Prod. e Comerc. Derivados Madeira, S. A. Mangualde (Portugal) 100,00% 98,82% 100,00% 98,82% a)

Sonae Indústria – Soc. Gestora de Participações Sociais, S.A. Maia (Portugal) MÃE MÃE MÃE MÃE MÃE

Sonae Indústria de Revestimentos, S.A. Maia (Portugal) 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% a)

Sonae Novobord (Pty) Ltd Woodmead (África do Sul) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Sonae Tafibra International, B. V. Woerden (Países Baixos) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Sonae Industria (UK), Limited Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Spanboard Products Ltd Belfast (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tableros de Fibras, S.A. Madrid (Espanha) 98,42% 98,78% 98,42% 98,78% a)

Tableros Tradema, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tafiber, Tableros de Fibras Ibéricas, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tafibra Polska Sp. z o. o. i. L. Poznan (Polónia) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tafibra South Africa, Limited Woodmead (África do Sul) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tafisa Canadá Inc Lac Mégantic (Canadá) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

3) Tafisa Canadá Societé en Commandite Lac Mégantic (Canadá) 99,99% 98,78% 99,99% 98,78% a)

4) Tafisa Développement Rungis (França) 100,00% 98,78% a)

Tafisa France S.A.S. Rungis (França) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

4) Tafisa Investissement Rungis (França) 100,00% 98,78% a)

4) Tafisa Participation Rungis (França) 100,00% 98,78% a)

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Tafisa U.K.Ltd. Knowsley (Reino Unido) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Taiber, Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L. Madrid (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tafibra Suisse, SA Tavannes (Suiça) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tecnologias del Medio Ambiente, S.A. Barcelona (Espanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

Tool, GmbH Meppen (Alemanha) 100,00% 98,78% 100,00% 98,78% a)

a) Controlo detido por maioria de votos.

1) Sociedade liquidada à data de 6 de Setembro de 2011;

2) Sociedade liquidada à data de 23 de Maio de 2011;

3) Sociedade fusionada na Tafisa Canada Inc;

4) Sociedade constituída à data de 6 de Dezembro de 2011.

Estas empresas filiais foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação por integração

global, conforme indicado na nota 2.2.a).

6. EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

Os empreendimentos conjuntos, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço

em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são os seguintes:

FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL DETIDO % DE CAPITAL DETIDO

31.12.2011 31.12.2010

Directo Total Directo Total

Laminate Park GmbH & Co. KG Eiweiler (Alemanha) 50,00% 49,39% 50,00% 49,39%

1) Tarkett Agepan Laminate Flooring SCS Luxemburgo 50,00% 49,39% 50,00% 49,39%

Tecmasa, Reciclados de Andalucia, S. L. Alcalá de Guadaira (Espanha) 50,00% 49,39% 50,00% 49,39%

1) Sociedade liquidada à data de 28 de Fevereiro de 2011;

As empresas controladas conjuntamente foram incluídas na consolidação pelo método de

consolidação por integração proporcional, conforme indicado na nota 2.2.b).

Os montantes de activos, passivos, rendimentos e gastos incluídos proporcionalmente na

consolidação, após eliminação de saldos e transacções intragrupo, são os seguintes:

31.12.2011 31.12.2010

Activos não correntes 29 931 271 32 949 835Activos correntes 10 112 044 9 198 631Passivos não correntes 3 453 457 3 391 457Passivos correntes 9 413 379 7 184 024Rendimentos e ganhos operacionais 34 811 416 30 487 009Gastos e perdas operacionais 43 750 983 40 706 147

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7. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

As empresas associadas, suas sedes sociais, proporção do capital detido e valor de balanço em 31

de Dezembro de 2011 e 2010 são as seguintes:

FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL

DETIDO

31.12.2011 31.12.2010

Directo Total Directo Total

Serradora Boix Barcelona 31,25% 30,87% 31,25% 30,87%

1) Sonaegest Maia 20,00% 20,00% 20,00% 20,00%

1) Sociedade alienada à data de 23 de Maio de 2011.

As empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência

patrimonial, conforme indicado na nota 2.2.c).

Os montantes agregados de activos, passivos, rendimentos operacionais e resultados

líquidos das empresas associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial nas

presentes demonstrações financeiras consolidadas, são os seguintes:

31.12.2011 31.12.2010

Activos 19 104 437 21 142 208Passivos 11 233 493 11 657 529Rendimentos e ganhos operacionais 21 407 152 21 151 131Resultado líquido - 146 982 - 182 293

8. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

As alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o exercício, mencionadas

nas notas 5, 6 e 7, não produziram efeitos significativos nas demonstrações financeiras

consolidadas.

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9. CATEGORIAS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Nas Demonstrações Consolidadas de Posição Financeira às datas de 31 de Dezembro de

2011 e 2010 estão incluídos os seguintes instrumentos financeiros:

Activos Activos nãoEmpréstimos registados a Activos abrangidose contas a justo valor por Derivados de disponíveis pela

receber resultados cobertura para venda Sub-total IFRS 7 Total

31.12.2011

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 1 069 440 1 069 440 1 069 440Outros activos não correntes 3 601 640 3 601 640 4 590 3 606 230

Activos correntesClientes 158 400 706 158 400 706 158 400 706Outras dívidas de terceiros 10 944 764 10 944 764 2 187 912 13 132 676Outros activos correntes 2 050 956 2 050 956 19 613 990 21 664 946Caixa e equivalentes de caixa 23 570 163 23 570 163 23 570 163

Total 196 517 273 2 050 956 1 069 440 199 637 669 21 806 492 221 444 161

31.12.2010

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 1 031 189 1 031 189 1 031 189Outros activos não correntes 915 139 915 139 4 581 919 720

Activos correntesClientes 159 041 460 159 041 460 159 041 460Outras dívidas de terceiros 13 617 058 13 617 058 432 627 14 049 685Outros activos correntes 3 909 976 3 909 976 7 753 977 11 663 953Caixa e equivalentes de caixa 26 915 003 26 915 003 26 915 003

Total 200 488 660 3 909 976 1 031 189 205 429 825 8 191 185 213 621 010

Passivos Passivos nãoregistados a Passivos abrangidos

justo valor Derivados de ao custo pelapor resultados cobertura amortizado Sub-total IFRS 7 Total

31.12.2011

Passivos não correntesEmpréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 155 127 941 155 127 941 155 127 941Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 287 993 050 287 993 050 287 993 050Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 39 494 029 39 494 029 39 494 029Outros empréstimos 98 597 712 98 597 712 98 597 712Outros passivos não correntes 21 677 155 21 677 155 55 654 961 77 332 116

Passivos correntesEmpréstimos bancários 136 351 198 136 351 198 136 351 198Empréstimos obrigacionistas 15 000 000 15 000 000 15 000 000Credores por locações financeiras 4 593 444 4 593 444 4 593 444Outros empréstimos 1 477 788 1 477 788 1 477 788Fornecedores 161 475 903 161 475 903 161 475 903Outros passivos correntes 2 843 821 13 258 834 16 102 655 85 223 211 101 325 866

Total 2 843 821 935 047 053 801 539 677 140 878 172 942 417 849

31.12.2010

Passivos não correntesEmpréstimos bancários - líquidos da parcela de curto prazo 132 402 184 132 402 184 132 402 184Empréstimos obrigacionistas - líquidos da parcela de curto prazo 301 063 535 301 063 535 301 063 535Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 43 539 714 43 539 714 43 539 714Outros empréstimos 93 307 071 93 307 071 93 307 071Outros passivos não correntes 499 491 499 491 61 858 721 62 358 212

Passivos correntesEmpréstimos bancários 160 027 034 160 027 034 160 027 034Credores por locações financeiras 4 468 308 4 468 308 4 468 308Outros empréstimos 79 615 79 615 79 615Fornecedores 152 135 488 152 135 488 152 135 488Outros passivos correntes 4 755 438 7 390 875 12 146 313 90 504 512 102 650 824

Total 4 755 438 894 913 315 899 668 753 152 363 232 1 052 031 985

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Os activos e passivos não abrangidos pela IFRS 7 são constituídos, essencialmente, por saldos a

receber e a pagar ao Estado, saldos a receber e a pagar aos empregados do Grupo e rubricas de

acréscimos e diferimentos.

10. INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica pode ser decomposta como segue:

Correntes Não correntes Correntes Não correntesInvestimentos em filiais excluídas da consolidação

Saldo inicial 37 054 870 37 054 870AquisiçãoAlienaçãoLiquidação Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonialEfeito da conversão câmbialSaldo final 37 054 870 37 054 870

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 34) 36 990 037 36 990 037Valor líquido dos investimentos em filiais excluídas da consolidação 64 833 64 833

31.12.2011 31.12.2010

Investimentos em associadas

Saldo inicial 2 618 508 2 946 263Aumento de capitalAlienaçãoEfeito de aplicação do método de equivalência patrimonial - 255 841 - 327 755Variação de perímetro - 66 610TransferênciaEfeito da conversão câmbialSaldo final 2 296 057 2 618 508

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 34)Valor líquido dos investimentos em associadas 2 296 057 2 618 508

Investimentos em associadas e em empresas excluídas da consolidação 2 360 890 2 683 341

Correntes Não correntes Correntes Não correntesInvestimentos disponíveis para venda

Saldo inicial 1 047 150 316 663Aquisição 20 953AlienaçãoVariação do justo valor 17 298 90 487Transferência 640 000Efeito da conversão cambialSaldo final 1 085 401 1 047 150

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 34) 15 961 15 961Valor líquido dos investimentos disponíveis para venda 1 069 440 1 031 189

31.12.2011 31.12.2010

Os investimentos disponíveis para venda são constituídos por participações financeiras que

não cumprem os critérios para serem classificadas como subsidiárias ou como associadas

e são registados ao custo de aquisição que se estima não ser materialmente diferente do

seu justo valor. Adicionalmente, incluem uma aplicação num fundo de investimento,

registada pelo seu justo valor calculado com base em informação de mercado (justo valor

de nível 1).

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11. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os movimentos ocorridos

no valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por

imparidade acumuladas, foram os seguintes:

Terrenos e edificios

Equipamento BásicoEquipamento de

transporteFerramentas e

utensiliosEquipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos fixos tangíveis em

curso

Total activos fixos tangíveis

Activo Bruto:

Saldo Inicial 474 349 093 1 827 309 102 15 877 803 17 628 038 44 487 709 15 607 852 18 015 841 2 413 275 438Variações do Perímetro de Consolidação

Investimento 94 515 1 762 307 548 183 542 35 626 660 38 032 207

Desinvestimento 11 380 691 69 244 945 346 862 354 962 4 394 432 979 914 733 409 87 435 215

Reavaliação

Transferências e reclassificações 2 463 044 17 755 279 325 652 302 975 72 145 114 810 - 21 619 730 - 585 825

Variações cambiais - 2 739 615 - 11 943 761 - 21 725 - 135 437 - 282 581 9 598 336 546 - 14 776 975

Saldo Final 462 786 346 1 765 637 982 16 383 051 17 441 156 39 882 841 14 752 346 31 625 908 2 348 509 630

Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo Inicial 155 838 628 1 193 052 860 13 454 739 14 494 066 39 356 773 13 547 266 1 429 744 332

Variações do Perímetro de Consolidação Depreciações do exercício 11 852 937 64 032 018 1 109 547 925 664 2 033 760 717 644 80 671 570Perdas de imparidade do período 6 919 421 5 958 554 2 614 12 880 589

Desinvestimento 10 722 572 68 521 710 334 828 354 913 4 392 599 967 547 85 294 169Reversão de Perdas de imparidade 181 464 181 464Reavaliação

Transferências e reclassificações 3 800 2 020 - 122 4 039 - 186 9 551

Variações cambiais - 158 662 - 4 208 944 - 34 439 - 102 909 - 238 701 4 176 - 4 739 479

Saldo Final 163 733 552 1 190 133 334 14 194 897 14 961 908 36 765 886 13 301 353 1 433 090 930

Saldo final líquido 299 052 794 575 504 648 2 188 154 2 479 248 3 116 955 1 450 993 31 625 908 915 418 700

31.12.2011

Terrenos e edificios

Equipamento Básico

Equipamento de transporte

Ferramentas e utensilios

Equipamento administrativo

Outros activos fixos tangíveis

Activos fixos tangíveis em

curso

Total activos fixos tangíveis

Activo Bruto:

Saldo Inicial 484 371 308 1 883 274 945 15 486 750 18 331 484 44 788 162 15 912 097 21 989 441 2 484 154 187

Variações do Perímetro de Consolidação - 25 542 804 - 84 775 360 - 72 890 - 895 080 - 498 000 - 468 027 - 1 326 199 - 113 578 360

Investimento 243 530 871 025 894 419 43 584 20 033 21 433 530 23 506 121

Desinvestimento 201 658 40 776 915 721 203 175 142 1 603 444 100 271 1 458 783 45 037 416

Transferências e reclassificações 1 843 042 19 106 588 125 903 123 517 725 708 256 427 - 22 913 814 - 732 629

Variações cambiais 13 635 675 49 608 819 164 824 199 675 1 055 250 7 626 291 666 64 963 535

Saldo Final 474 349 093 1 827 309 102 15 877 803 17 628 038 44 487 709 15 607 852 18 015 841 2 413 275 438

Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo Inicial 146 210 883 1 176 605 248 12 986 944 14 070 970 37 718 424 13 194 306 1 400 786 775

Variações do Perímetro de Consolidação - 4 596 070 - 44 607 982 - 62 033 - 840 985 - 449 614 - 307 205 - 50 863 889

Depreciações do exercício 14 519 019 71 764 503 1 034 763 1 286 718 2 819 669 757 912 92 182 584Perdas de imparidade do período 5 207 081 5 207 081

Desinvestimento 64 299 38 369 722 616 715 175 142 1 588 306 99 534 40 913 718

Reversão de Perdas de imparidade 255 271 255 271

Transferências e reclassificações - 2 289 734 1 474 833 - 227 - 23 383 - 838 511

Variações cambiais 2 058 829 21 234 170 111 781 152 732 879 983 1 787 24 439 282

Saldo Final 155 838 628 1 193 052 860 13 454 740 14 494 066 39 356 773 13 547 266 1 429 744 333

Saldo final líquido 318 510 465 634 256 242 2 423 063 3 133 972 5 130 936 2 060 586 18 015 841 983 531 105

31.12.2010

Em Setembro de 2011 foi registada uma perda por imparidade na sequência do sinistro

ocorrido na subsidiária Sonae Industria (UK), Ltd (nota 3). No final do exercício, procedeu-

se ao abate contabilístico dos elementos sinistrados que integravam o Activo Fixo Tangível

com um valor bruto de 22 940 716 eur e depreciações acumuladas de 10 973 773 euros.

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Durante os exercícios de 2011 e 2010 não foram capitalizados juros suportados e outros

encargos financeiros incorridos, no âmbito das condições definidas na nota 2.9.

Em 31 de Dezembro de 2011 o Grupo tinha hipotecado activos fixos tangíveis no montante

de 187 626 161 euros (88 576 298 euros em 31 de Dezembro de 2010) como garantia de

empréstimos bancários obtidos no montante de aproximadamente 66 000 000 euros. À

mesma data, os compromissos assumidos para aquisição de elementos do activo fixo

tangível ascendiam a montantes materialmente irrelevantes.

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os activos fixos tangíveis adquiridas com recurso a

locação financeira apresentavam o seguinte detalhe:

31.12.2010

Activo Bruto:

Terrenos e edifícios 36 937 140 65 969 37 003 109 36 937 140Equipamento Básico 44 798 579 44 798 579 44 798 579

Equipamento de transporte 4 208 729 440 173 191 865 4 840 767 4 208 729

Ferramentas e utensílios

Equipamento administrativo 354 301 2 870 357 171 354 301

Outros activos tangíveis Activos fixos tangíveis em curso 164 800 - 164 800

Saldo Final 86 298 750 604 973 95 904 86 999 626 86 298 750

Depreciações e Perdas de Imparidade acumuladas:Terrenos e edifícios 9 642 386 647 780 8 946 10 299 112 9 642 386

Equipamento Básico 15 494 844 2 988 147 18 482 992 15 494 844

Equipamento de transporte 2 842 217 471 822 12 524 3 326 563 2 842 217

Ferramentas e utensílios

Equipamento administrativo 53 416 80 056 3 646 137 118 53 416

Outros activos tangíveis

Saldo Final 28 032 863 4 187 805 25 116 32 245 785 28 032 863

Saldo final líquido 58 265 887 - 3 582 832 70 788 54 753 841 58 265 887

Saldo inicial Saldo FinalVariações do Perímetro de Consolidação

Outras Variações

Aumento Saldo Final

31.12.2011

Os pagamentos mínimos de locação financeira são apresentados na nota 26.4

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12. ACTIVOS FIXOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os movimentos ocorridos

no valor dos activos fixos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por

imparidade acumuladas, foram os seguintes:

Não gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Total

Activo Bruto:

Saldo Inicial 52 682 3 064 048 16 696 115 1 827 347 63 454 1 873 409 156 144 16 759 569 6 973 630 23 733 199

Variações do Perímetro de Consolidação

Investimento 2 111 813 119 118 1 105 986 119 118 3 217 799 3 336 917

Desinvestimento 1 432 378 1 432 378 1 432 378

Transferências e reclassificações 131 730 - 154 600 305 196 829 - 704 619 - 63 946 - 325 037 536 359 - 701 251 - 164 892

Variações cambiais - 1 005 - 1 983 - 262 714 - 262 714 - 2 988 - 265 702

Saldo Final 183 407 3 061 911 17 033 706 2 024 176 63 454 1 848 225 55 172 937 093 17 152 332 8 054 812 25 207 144

Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo Inicial 23 452 2 858 439 8 869 064 982 489 63 454 816 879 8 932 518 4 681 259 13 613 777

Variações do Perímetro de Consolidação

Amortizações do exercício 36 338 35 645 2 838 409 304 980 2 838 409 376 963 3 215 372

Perdas de imparidade do período

Desinvestimento

Reversão de Perdas de imparidade

Transferências e reclassificações - 141 - 141 - 141

Variações cambiais - 1 005 153 - 197 791 - 197 791 - 852 - 198 643

Saldo Final 58 785 2 894 237 11 509 682 1 287 469 63 454 816 738 11 573 136 5 057 229 16 630 365

Saldo final líquido 124 622 167 674 5 524 024 736 707 1 031 487 55 172 937 093 5 579 196 2 997 583 8 576 779

31.12.2011

Custos de desenvolvimento

Patentes, Royalties e

outros direitos

Software Total activos fixos intangíveisOutros activos fixos

intangíveisActivos fixos intangíveis em

curso

 

Não gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Gerados internamente

Não gerados internamente

Total

Activo Bruto:

Saldo Inicial 43 749 2 896 547 15 033 515 2 156 347 1 649 067 27 106 948 971 15 060 621 7 694 681 22 755 302Variações do Perímetro de Consolidação - 1 313 - 1 313 - 1 313

Investimento 4 785 1 821 921 468 745 4 785 2 290 666 2 295 451

Desinvestimento 1 019 853 1 019 853 1 019 853

Transferências e reclassificações 7 834 165 536 1 285 979 - 329 000 63 454 - 577 726 - 27 106 - 1 261 572 1 322 327 - 1 994 928 - 672 601

Variações cambiais 1 099 1 965 373 149 373 149 3 064 376 213

Saldo Final 52 682 3 064 048 16 696 115 1 827 347 63 454 1 873 409 156 144 16 759 569 6 973 630 23 733 199

Amortizações e Perdas por Imparidade Acumuladas:

Saldo Inicial 18 530 2 836 537 5 974 710 646 583 832 685 5 974 710 4 334 335 10 309 045

Variações do Perímetro de Consolidação - 252 - 252 - 252

Depreciações do exercício 6 542 21 164 2 702 812 383 330 1 435 2 702 812 412 471 3 115 283

Perdas de imparidade do período

Desinvestimento 6 073 6 073 6 073

Reversão de Perdas de imparidade 11 421 7 566 11 421 7 566 18 987

Transferências e reclassificações - 2 719 - 13 310 - 47 424 74 875 - 3 602 61 565 - 53 745 7 820

Variações cambiais 1 099 738 205 104 205 104 1 837 206 941

Saldo Final 23 452 2 858 439 8 869 064 982 489 63 454 816 879 8 932 518 4 681 259 13 613 777

Saldo final líquido 29 230 205 609 7 827 051 844 858 1 056 530 156 144 7 827 051 2 292 371 10 119 422

31.12.2010

Custos de desenvolvimento

Patentes, Royalties e

outros direitosSoftware

Outros activos fixos intangíveis

Activos fixos intangíveis em curso

Total activos fixos intangíveis

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39

13. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os movimentos ocorridos

no valor das propriedades de investimento, bem como nas respectivas depreciações e

perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:

Custo Em curso Total Custo Em curso Total

Activo Bruto:

Saldo inicial 1 667 281 1 667 281 7 465 412 7 465 412

Variações do Perímetro de Consolidação

Investimento

Desinvestimento 5 798 131 5 798 131

Transferências e Reclassificações Variações Cambiais

Saldo Final 1 667 281 1 667 281 1 667 281 1 667 281

Depreciações de Perdas de Imparidade Acumuladas:

Saldo inicial 265 550 265 550 799 679 799 679

Variações do Perímetro de Consolidação

Depreciações do exercício 44 258 44 258 52 291 52 291

Desinvestimento 586 420 586 420

Transferências Variações Cambiais

Saldo Final 309 808 309 808 265 550 265 550

Saldo final líquido 1 357 473 1 357 473 1 401 731 1 401 731

31.12.2011 31.12.2010

31.12.2011 31.12.2010

Rendas de propridades de investimentos 316 870 257 295Custos operacionais directos 273 453 335 595

O justo valor dos activos classificados como propriedades de investimento foi estimado, à

data de 31 de Dezembro de 2011, em 1 500 000 euros, com recurso a informação de

mercado.

14. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os movimentos ocorridos

no valor das diferenças de consolidação positivas foi o seguinte:

31.12.2011 31.12.2010Activo Bruto:

Saldo Inicial 93 999 204 92 175 949Variações de Perímetro de ConsolidaçãoAumentosDiminuições 189 649 1 621Variações cambiais -1 189 372 1 824 876

Saldo Final 92 620 183 93 999 204

Diferenças de consolidação positivas

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40

Os testes de imparidade realizados aos montantes registados na rubrica Diferenças de

Consolidação, à data de 31 de Dezembro de 2011, consistiram em determinar o valor

recuperável através do método dos fluxos de caixa descontados. Para tal, foram efectuadas

projecções dos fluxos de caixa operacionais por um período de 8 anos para cada unidade

geradora de caixa, posteriormente extrapolados através de uma perpetuidade e

actualizados à data de encerramento das presentes demonstrações financeiras

consolidadas. As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas médias ponderadas

do custo do capital (WACC), calculadas através da metodologia CAPM (Capital Asset

Pricing Model) para cada segmento relatável, antes de impostos. Estas taxas consideram

especificidades do mercado, incorporando diferentes factores de risco, bem como as taxas

de juro sem risco das Obrigações do Tesouro a 10 anos de cada país considerado.

A utilização de um período de 8 anos para projecção dos fluxos de caixa teve em

consideração a extensão e intensidade dos ciclos económicos a que a actividade do Grupo

está sujeita.

Os fluxos de caixa considerados têm por base o Plano de Negócios do Grupo, que inclui

projecções actualizadas anualmente de forma a incorporar os desenvolvimentos ocorridos

nos mercados em que o Grupo actua.

As diferenças de consolidação foram distribuídas pelas diferentes unidades geradoras de

caixa, que correspondem aos segmentos relatados.

É convicção do Conselho de Administração que uma alteração plausível no valor dos

pressupostos básicos utilizados para a determinação do valor recuperável não teria como

consequência a constatação de uma imparidade em relação ao montante escriturado de

Diferenças de Consolidação.

31.12.2011:

Diferenças de consolidação 73 116 273 3 522 555 6 027 749 9 953 606

Taxa de desconto (antes de imposto) 12.01% 9.78% 10.38% 16.60%

Taxa de crescimento da perpetuidade 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%

Período de projecção dos fluxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos

Conclusões do teste Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

Península Ibérica Alemanha França África do Sul

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41

31.12.2010:

Diferenças de consolidação 73 205 660 3 522 555 6 027 749 11 243 240

Taxa de desconto (antes de imposto) 11.40% 9.05% 9.38% 16.56%

Taxa de crescimento da perpetuidade 1.00% 1.00% 1.00% 1.00%

Período de projecção dos fluxos de caixa 8 anos 8 anos 8 anos 8 anos

Conclusões do teste Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

África do SulFrançaPenínsula Ibérica Alemanha

Não foi registada qualquer perda por imparidade na sequência dos testes realizados ao

montante escriturado na rubrica Diferenças de consolidação, à data de encerramento das

presentes demonstrações financeiras consolidadas.

15. IMPOSTOS DIFERIDOS

O detalhe e movimento dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro

de 2011 e 2010, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Anulação de Custos Diferidos 102 650 102 651 Homogeneização de Amortizações e Depreciaçõe 59 344 073 69 416 213Provisões não Aceites Fiscalmente 2 028 176 3 468 740 Imparidade de Activos 1 908 207 1 917 159 Prejuízos Fiscais Reportáveis 30 774 820 30 718 893 Anulação de Activos Fixos Tangíveis 53 518 55 941 Reavaliação de Activos Fixos tangíveis 949 780 974 305Outros Impostos Diferidos 3 007 578 3 919 566 3 964 357 198 968

37 874 949 40 182 950 64 258 210 70 589 486

Passivos por Impostos DiferidosActivos por Impostos Diferidos

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42

2011 2010 2011 2010

Saldo inicial 40 182 949 33 229 430 70 589 486 57 367 250

Efeito em resultado:Resultante de alterações nas diferenças temporárias

Homogenização de amortizações e depreciações - 3 478 018 - 5 004 251Movimento de provisões não aceites fiscalmente - 818 732 1 205 426 Imparidade de activos - 8 952 - 1 005Anulação de activos fixos tangíveis - 2 422 - 71 204Anulação de custos diferidos - 14 100 Reavaliações de activos fixos tangíveis depreciáveis - 24 525 - 30 657Prejuízos fiscais reportáveis 605 892 - 7 909 330 Outros impostos diferidos - 906 423 1 621 000 102 641 - 28 588

- 1 130 637 - 5 169 214 - 3 399 902 - 5 063 496Resultante de alteração de taxa de imposto Subtotal - 1 130 637 - 5 169 214 - 3 399 902 - 5 063 496

Efeito em reservas:Itens de Outro Rendimento Integral Efeito de conversão monetária - 1 177 363 1 545 733 - 2 931 374 7 708 732

Efeito de alteração do perímetro Descompensação de Impostos Diferidos 10 577 000 10 577 000

Saldo final 37 874 949 40 182 950 64 258 210 70 589 486

Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos

Em conformidade com o disposto nas Normas Internacionais de Contabilidade / Normas

Internacionais de Relato Financeiro, o Grupo efectua anualmente uma avaliação dos activos

por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais reportáveis, tendo por base projecções

de resultados efectuados para os cinco anos seguintes.

De acordo com a estimativa de resultado fiscal do exercício de 2011 e com as declarações

fiscais do exercício de 2010 das empresas que registam activos por impostos diferidos

referentes a prejuízos fiscais, os mesmos eram reportados como segue:

2012 11 076 538 2 769 635 22 118 172 5 529 5432014 6 100 000 1 525 000 9 053 785 1 525 0002017 5 740 083 1 722 025 5 740 083 1 722 0252018 710 820 213 246 710 820 213 246

23 627 441 6 229 906 37 622 860 8 989 814

Sem caducidade 85 953 341 24 544 914 68 999 143 21 729 079

Total 109 580 782 30 774 820 106 622 003 30 718 893

Caducidade Prejuízo fiscalActivos por impostos

diferidos

31.12.2011 31.12.2010

Prejuízo fiscalActivos por impostos

diferidos

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prejuízos fiscais para os quais não

foram registados activos por impostos diferidos, podem ser detalhados como segue:

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43

2011 296 742014 17 277 579 4 931 170 12 235 492 3 670 6482015 80 830 22 047 36 775 11 0332016 90 224 538 27 065 332 90 183 965 27 055 1892017 64 910 262 19 462 664 58 961 872 17 688 5622018 101 757 410 30 521 331 100 928 741 30 278 6232019 8 141 353 2 438 230 8 057 841 2 417 3522020 1 202 915 354 875 1 082 928 324 8782021 19 542 033 5 856 318 19 416 189 5 824 8572022 746 825 224 047 746 825 224 0472023 47 719 111 14 315 733 47 733 485 14 315 7332024 1 573 065 471 920 1 573 065 471 9202025 23 959 338 7 187 802 529 824 158 9472026 5 913 612 1 774 084

383 048 871 114 625 553 341 487 298 102 441 863

Sem caducidade 1 176 108 196 361 334 785 1 056 505 841 333 391 824

Total 1 559 157 067 475 960 338 1 397 993 139 435 833 687

Caducidade Prejuízo fiscal Crédito de impostoPrejuízo fiscal Crédito de imposto

31.12.2011 31.12.2010

Os activos por impostos diferidos são compensados com o valor dos passivos por impostos

diferidos nas situações em que a Empresa geradora das respectivas diferenças temporárias

tenha a capacidade legal para compensar as quantias reconhecidas e pretenda liquidar o

imposto numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar o passivo por imposto diferido

simultaneamente.

16. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica Outros activos não correntes da

Demonstração Consolidada de Posição Financeira tinha a seguinte composição:

Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido

Empréstimos concedidos a partes relacionadas 10 931 182 10 931 182 10 931 182 10 931 182 Clientes e Outros Devedores 3 601 649 3 601 649 915 139 915 139

Instrumentos Financeiros 14 532 831 10 931 182 3 601 649 11 846 321 10 931 182 915 139

Estado e Outros entes Públicos Outros 4 581 4 581 4 581 4 581

Activos não abrangidos pela IFRS 7 4 581 4 581 4 581 4 581

Total 14 537 412 10 931 182 3 606 230 11 850 902 10 931 182 919 720

31.12.2011 31.12.2010

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44

31.12.2011 31.12.2010

Não vencido 3 601 649 827 583

Vencido mas sem registo de imparidade

< 6 meses 1 428

6 - 12 meses

> 1 ano 86 128 87 556

Vencido com registo de imparidade

< 6 meses

6 - 12 meses

> 1 ano

Total 3 601 649 915 139

ANTIGUIDADE DE CLIENTES E OUTROS DEVEDORES NÃO CORRENTES

17. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

À data de 31 de Dezembro de 2011 estavam classificados como activos não correntes

detidos para venda parte dos activos fixos tangíveis da unidade industrial de George, na

África do Sul, que tinha cessado actividade durante o exercício de 2009, dado existir a

intenção de alienar os referidos activos e existir a perspectiva de concluir uma transacção

de venda durante o exercício de 2012.

Estes activos foram registados pelo menor do custo histórico e do justo valor menos custos

estimados de venda.

18. EXISTÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica Existências da Demonstração Consolidada

de Posição Financeira detalhava-se como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Mercadorias 8 023 419 5 603 702Produtos acabados e intermédios 51 023 041 48 828 043Produtos e trabalhos em curso 1 468 644 1 616 056Matérias primas, subsidiárias e de consumo 84 736 313 84 819 616

145 251 417 140 867 417Perdas por Imparidade Acumuladas (Nota 34) 7 836 654 11 407 861

137 414 763 129 459 556

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45

19. CLIENTES

À data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Clientes da Demonstração

Consolidada de Posição Financeira podia decompor-se como segue:

Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido

Clientes 182 312 171 23 911 465 158 400 706 179 674 204 20 632 744 159 041 460

31.12.201031.12.2011

31.12.2011 31.12.2010

Não vencido 126 072 481 124 008 643Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 30 dias 21 032 391 19 407 105 30 - 90 dias 8 190 759 8 067 156

+ 90 dias 3 046 062 2 980 841

32 269 212 30 455 102Vencido com registo de imparidade

0 - 90 dias 208 170 4 661 667 90 - 180 dias 5 856 403 2 232 352

180 - 360 dias 3 275 899 2 438 691 + 360 dias 14 630 007 15 877 749

23 970 479 25 210 459

Total 182 312 171 179 674 204

20. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica Outras dívidas de terceiros da

Demonstração Consolidada de Posição Financeira tinha a seguinte decomposição:

Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido

Outros devedores 10 964 392 19 628 10 944 764 12 738 812 19 628 12 719 184Adiantamentos a fornecedores 876 700 876 700Accionistas 21 174 21 174

Instrumentos financeiros 10 964 392 19 628 10 944 764 13 636 686 19 628 13 617 058

Outros Devedores 2 187 912 2 187 912 432 627 432 627Activos não abrangidos pela IFRS 7 2 187 912 2 187 912 432 627 432 627

Total 13 152 304 19 628 13 132 676 14 069 313 19 628 14 049 685

31.12.201031.12.2011

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46

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Não vencido 7 414 4 750 138 603 17 993

Vencido mas sem registo de imparidade

0 - 30 dias 10 920 070 12 621 491 5 055 786 687 830 2 181

30 - 90 dias 3 789 12 111 3 789 47 202

+ 90 dias 2 875 105 210 832 3 065 1 000 10 926 734 12 738 812 5 060 407 738 097 3 181

Vencido com registo de imparidade

0 - 90 dias

90 - 180 dias 23 226 23 226

180 - 360 dias

+ 360 dias 7 018 7 018 30 244 30 244

Total 10 964 392 12 738 812 5 095 401 876 700 21 174

ANTIGUIDADE DE ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

ANTIGUIDADE DE ACCIONISTAANTIGUIDADE DE OUTROS

DEVEDORES

A rubrica Outros devedores inclui saldos devedores de fornecedores no montante de 5 868

744 euros.

21. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe da rubrica Outros activos correntes da Demonstração Consolidada de Posição

Financeira em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é o seguinte:

Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido

Instrumentos derivados 2 050 956 2 050 956 3 909 977 3 909 977Instrumentos financeiros 2 050 956 2 050 956 3 909 977 3 909 977

Acréscimo de rendimentos 14 587 610 14 587 610 2 867 985 2 867 985Gastos diferidos 5 026 380 5 026 380 4 879 655 4 879 655Outros 6 336 6 336

Activos não abrangidos pela IFRS 7 19 613 990 19 613 990 7 753 976 7 753 976

Total 21 664 946 21 664 946 11 663 953 11 663 953

31.12.201031.12.2011

À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas o Grupo

não detinha quaisquer instrumentos derivados de cobertura de fluxos de caixa. Os

montantes incluídos no quadro anterior referem-se a instrumentos financeiros derivados

registados ao justo valor através de resultados (nota 27).

A rubrica Acréscimos de rendimentos inclui o montante estimado mas não recebido de

aproximadamente 11,8 milhões de euros, referente à indemnização de seguro registado na

Sonae Industria (UK), Ltd. (nota 3).

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22. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (ACTIVO CORRENTE)

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica Estado e outros entes públicos podia

decompor-se como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Estado e outros entes públicos:Imposto sobre o rendimento 2 944 387 3 202 983Imposto sobre o valor acrescentado 4 674 463 3 569 122Contribuições para a segurança social 58 248 65 927Outros 5 951 227 2 666 252

13 628 325 9 504 284

23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe da rubrica Caixa e equivalentes de caixa da

Demonstração Consolidada de Posição Financeira era o seguinte:

31.12.2011 31.12.2010

Numerário 67 342 67 601Depósitos Bancários e Outras Aplicações de Tesouraria 23 502 821 26 847 403

Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Posição Financeira (Instrumentos financeiros)

23 570 163 26 915 003

Descobertos Bancários (nota 26) 22 554 807 23 580 283

Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Fluxos de Caixa 1 015 356 3 334 720

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com

instituições financeiras, incluídos no passivo corrente da Demonstração Consolidada de

Posição Financeira, na rubrica de empréstimos bancários (nota 26.1).

À data de 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica Depósitos Bancários e Outras

Aplicações de Tesouraria incluía uma aplicação, no montante de 5 810 648 euros (5 586

707 euros em 31 de Dezembro de 2010), efectuada no âmbito da operação de securitização

descrita na nota 26.3. O valor desta aplicação varia continuamente em função do montante

de créditos securitizados.

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24. CAPITAL

24.1. CAPITAL SOCIAL

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital social, integralmente subscrito e realizado,

estava representado por 140 000 000 de acções ordinárias, sem direito a uma remuneração

fixa, com o valor nominal unitário de 5 euros. Nessa data a sociedade e suas filiais não

detinham quaisquer acções próprias.

24.2. RESERVA LEGAL

A rubrica Reserva legal inclui a reserva da Sociedade-mãe constituída e utilizada nos

termos dos artº. 295 e 296 do Código das Sociedades Comerciais.

24.3. OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS ACUMULADOS

A rubrica Outras Reservas e Resultados Acumulados inclui:

- As reservas da Sociedade-mãe e a quota-parte atribuível ao Grupo das reservas das

entidades incluídas na consolidação, constituídas nos termos dos respectivos estatutos ou

por proposta dos respectivos Conselhos de Administração, aprovadas em Assembleia Geral

de Accionistas;

- Os resultados acumulados de exercícios anteriores da Sociedade-mãe e a quota-parte dos

mesmos das entidades incluídas na consolidação, cuja aplicação ainda não foi efectuada;

- O resultado líquido do exercício corrente da Sociedade-mãe e a quota-parte dos mesmos

das entidades incluídas na consolidação;

- Os ajustamentos de consolidação a qualquer das componentes anteriores.

24.4. OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL ACUMULADO

A rubrica Outro Rendimento Integral Acumulado inclui:

- A reserva de conversão monetária, resultante da transposição para Euros das

demonstrações financeiras de subsidiárias expressas em moeda funcional diferente;

- A variação do justo valor dos activos disponíveis para venda (nota 10);

- O saldo de instrumentos financeiros derivados de cobertura (nota 27);

- Os ajustamentos de consolidação a qualquer dos componentes anteriores.

A Sonae Indústria, SGPS, SA é incluída no perímetro de consolidação da Efanor

Investimentos, SGPS, SA.

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25. INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM

Os movimentos desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e

2010 foram os seguintes:

31.12.2011 31.12.2010

Saldo Inicial 1 105 065 1 703 556Perda de controlo de subsidiárias - 43 924Variação resultante da conversão monetária 233 557Resultado do exercício atribuível aos interesses que não controlam - 713 797 - 983 541Outro rendimento integral do exercício - 59 323Outros 566 195 417

Saldo final 332 511 1 105 065

26. EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Empréstimos bancários (nota 26.1) 136 351 198 155 127 941 136 465 283 156 731 858 214 506Empréstimos obrigacionistas (nota 26.2) 15 000 000 287 993 050 15 000 000 290 000 000Credores por locações financeiras (nota 26.4) 4 593 444 39 494 029 4 593 444 39 494 029 -1 217 718Outros empréstimos (nota 26.3) 1 477 788 98 597 712 1 477 788 98 597 712

Endividamento bruto 157 422 430 581 212 732 157 536 515 584 823 599 -1 003 212

Caixa e equiv. caixa no balanço 23 570 163 23 570 163 Endividamento líquido 133 852 267 581 212 732 133 966 352 584 823 599 - 1 003 212

Endividamento líquido total

31.12.2011

Custo Amortizado Valor nominal

715 064 999 718 789 951

Ajustamento ao justo valor

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Empréstimos bancários (nota 26.1) 170 027 034 132 402 184 170 027 034 132 402 184 868 866Empréstimos obrigacionistas (nota 26.2) 301 063 535 305 000 000Credores por locações financeiras (nota 26.4) 4 468 308 43 539 714 4 468 308 43 539 714 -1 928 758Outros empréstimos (nota 26.3) 79 615 93 307 071 79 615 93 307 071

Endividamento bruto 174 574 957 570 312 504 174 574 957 574 248 969 -1 059 892

Investimentos Caixa e equiv. caixa no balanço 26 915 003 26 915 003

Endividamento líquido 147 659 954 570 312 504 147 659 954 574 248 969 - 1 059 892

Endividamento líquido total

31.12.2010

717 972 458 721 908 923

Ajustamento ao justo valor

Custo Amortizado Valor nominal

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50

As taxas de juro médias verificadas para cada classe de endividamento indicado no mapa

anterior, foram as seguintes:

2011 2010

Empréstimos bancários 4.6434% 3.0790%

Obrigações 3.3460% 2.4970%

Locações financeiras 9.9516% 9.9540%

Outros 2.8744% 3.0250%

No cômputo destas taxas de juro médias não foram considerados os descobertos

bancários, por imaterialidade dos montantes envolvidos.

Os valores incluídos na coluna “Ajustamentos ao justo valor” referem-se aos montantes que

teriam que ser registados caso as respectivas rubricas estivessem relevadas ao justo valor.

Os empréstimos referidos nos quadros anteriores não incluem empréstimos concedidos por

partes relacionadas.

As maturidades destes financiamentos encontram-se detalhadas na nota 28.

26.1. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

A rubrica Empréstimos bancários (valor nominal) do quadro da nota 26. inclui as rubricas

Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo, Parcela de

curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo e Empréstimos bancários de curto

prazo da Demonstração Consolidada de Posição Financeira, e detalhava-se à data de 31

de Dezembro de 2011 como segue:

Não corrente

SociedadeParcela de curto

prazoCurto prazo

Descobertos bancários

Sonae Indústria-SGPS,SA 90 348 485 69 469 697 159 818 182

Tafisa Canada Inc. 47 421 108 4 790 458 52 211 566

Tafisa-Tableros de Fibras, SA 16 500 000 2 000 000 3 664 759 22 164 759

Glunz AG 16 826 600 2 313 410 19 140 010

Sonae Novobord (Pty) Ltd 18 581 495 4 224 346 1 081 552 23 887 393

Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 4 926 631 4 926 631

Taiber,Tableros Aglomerados Ibéricos,SL 2 917 422 2 917 422

Tableros Tradema,S.L. 24 584 24 584

Isoroy SAS 2 009 573 2 009 573

Sonae Industria (UK), Ltd. 1 533 414 1 533 414

Outros 380 770 99 375 4 083 462 4 563 607

156 731 858 111 910 476 2 000 000 22 554 807 293 197 141

CorrenteTotal

31.12.2011

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Não corrente

SociedadeParcela de curto

prazoCurto prazo

Descobertos bancários

Sonae Indústria-SGPS,SA 86 818 182 89 261 364 176 079 546

Tafisa-Tableros de Fibras, SA 33 000 000 2 000 000 5 182 695 40 182 695

Glunz AG 16 826 600 16 231 600 3 220 164 36 278 364

Sonae Novobord (Pty) Ltd 26 975 396 4 996 677 1 889 31 973 962

Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 4 994 313 4 994 313

Taiber,Tableros Aglomerados Ibéricos,SL 3 429 847 3 429 847

Tableros Tradema,S.L. 1 229 847 492 446 160 413 1 882 706

Isoroy SAS 986 149 986 149

Sonae Industria (UK), Ltd. 315 257 315 257

Outros 552 159 461 626 3 038 5 289 556 6 306 379

132 402 184 144 443 713 2 003 038 23 580 283 302 429 218

CorrenteTotal

31.12.2010

Empréstimos bancários

Os empréstimos bancários não correntes e a respectiva parcela de curto prazo detalham-se

como segue:

a) Durante os exercícios de 2002 e 2003, a Glunz AG contraiu um financiamento junto do

Banco Europeu de Investimento, no montante total de 119 000 000 euros (dividido em duas

“tranches”). Este empréstimo vence juros semestrais à taxa fixa de 3,64%, e será

reembolsado em 16 prestações semestrais, sucessivas e variáveis, tendo-se vencido a

primeira em Junho de 2005. À data de 31 de Dezembro de 2011, o valor do empréstimo

ascendia a 16 826 600 euros;

b) Durante o primeiro semestre de 2005 foi transferido para a Sonae Indústria, S. G. P. S.,

S. A. um contrato de financiamento celebrado em 2001 pela Sonae, S. G. P. S., S. A. com o

Banco Europeu de Investimentos, no valor de 50 000 000 euros. Este empréstimo vencia

juros trimestrais a uma taxa variável e foi reembolsado em 16 prestações semestrais

consecutivas. À data de 15 de Junho de 2011 o valor do empréstimo foi totalmente

amortizado;

c) Em 25 de Janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A.

e um conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, posteriormente

aditado em 19 de Março de 2008 e em 30 de Setembro de 2010. O programa tem um

montante nominal máximo de 160 000 000 euros e vence-se a 27 de Janeiro de 2016. À

data de 31 de Dezembro de 2011 existiam emissões de Papel Comercial por vencer no

montante de 55 000 000 euros;

d) Em Setembro de 2009 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um novo contrato

para emissão de papel comercial. O programa tinha um montante nominal máximo de 40

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000 000 euros, actualmente reduzido para 30 000 000 euros, e maturidade em 2013. À data

de 31 de Dezembro de 2011 existiam emissões de papel comercial no montante de 30 000

000 euros.

e) Em Fevereiro de 2009 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e

uma instituição financeira portuguesa, num montante de 20 000 000 euros. Este

empréstimo vence juros a uma taxa variável e será reembolsado entre 2009 e 2015. À data

de 31 de Dezembro de 2011 o valor em dívida era de 11 818 182 euros;

f) Em Outubro de 2009 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e

uma instituição bancária portuguesa num montante de EUR 20 000 000. Este empréstimo

vence juros a uma taxa variável e será amortizado entre 2011 e 2012. Em 31 de Dezembro

de 2011, o valor em dívida era de 10 000 000 euros.

g) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae

Indústria, SGPS, S. A., contraiu um financiamento em ZAR junto do Banco Europeu de

Investimento (com um montante máximo de 247 170 000 ZAR). O empréstimo vence juros a

uma taxa variável e será reembolsado em 14 prestações semestrais, sucessivas e iguais,

vencendo-se a primeira em Setembro de 2010. À data de 31 de Dezembro de 2011, o valor

do empréstimo ascendia a 194 205 000 ZAR (18 525 215 euros);

h) Durante o primeiro semestre de 2007 a Sonae Novobord, conjuntamente com a Sonae

Indústra, SGPS, S. A., contraiu um financiamento junto do International Finance Corporation

(IFC) no montante de 71 800 000 ZAR. O empréstimo vence juros a uma taxa de mercado e

será reembolsado em 16 prestações semestrais, sucessivas e iguais, vencendo-se a

primeira em Junho de 2009. À data de 31 de Dezembro de 2011, o valor do empréstimo

ascendia a 44 875 000 ZAR (4 280 626 euros);

i) Em Julho de 2010 foi celebrado pela Tableros de Fibras S.A. um contrato para emissão

de papel comercial, aditado em 14 de Julho de 2011. O programa tinha originalmente um

montante nominal máximo de EUR 33.000.000 e vence-se em 2012. No final de 2011, o

montante nominal máximo era de 16 500 000 euros e este limite estava totalmente utilizado;

j) Em 05 de Agosto de 2010, a Sonae Industria SGPS, S.A. celebrou um contrato de

financiamento por um montante de 10.000.000 euros com uma instituição financeira

portuguesa, vencendo juros a uma taxa variável e sendo amortizável entre 2012 e 2015. Em

31 de Dezembro de 2011, o valor do empréstimo era de 10 000 000 euros.

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k) Em 28 de Setembro de 2010 a Sonae Industria SGPS, S.A celebrou um contrato para

emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa. O programa tem um

montante nominal máximo de EUR 2.500.000 e maturidade em 2012. No final de 2011, este

limite não estava a ser utilizado.

l) Em 31 de Março de 2011 foi celebrado pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. um contrato

para emissão de papel comercial. O programa tem um montante nominal máximo de 50 000

000 euros e maturidade em 2013. À data de 31 de Dezembro de 2011, existiam emissões

de papel comercial por vencer no montante de 43 000 000 euros.

m) Em 14 Julho de 2011 a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no

valor de 81 000 000 de dólares canadianos (CAD), com um sindicato de instituições

financeiras da América do Norte. O financiamento tem um prazo de cinco anos e subdivide-

se em duas partes: uma no valor de CAD 66 000 000, amortizável ao longo deste período, e

outra no valor máximo de CAD 15 000 000, que apenas se vence na maturidade do

financiamento. À data de 31 de Dezembro de 2011, o valor da primeira parte do empréstimo

ascendia a CAD 63 525 000 (48 070 638 euros), sendo que a segunda parte não estava a

ser utilizada. Este contrato de financiamento contempla dois rácios financeiros relativos à

cobertura de encargos fixos e à estrutura de balanço da Tafisa Canada Inc..

n) Em 19 de Julho de 2011 a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no

valor de CAD 5 000 000 com uma instituição financeira canadiana. O financiamento tem um

prazo de cinco anos. À data de 31 de Dezembro de 2011, o valor do empréstimo era de

CAD 4 524 706 (3 423 936 euros). Este contrato de financiamento contempla um rácio

financeiro relativo à estrutura de balanço da Tafisa Canada Inc..

26.2. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS

a) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2005/2013, emitido em 31 de Março de 2005,

no valor de 55 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo

de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 31 de Março e 30 de Setembro de

cada ano;

b) Empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2006/2014 – 1ª. emissão, emitido em 28 de

Março de 2006, no valor de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no

final do prazo de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 28 de Março e 28 de

Setembro de cada ano;

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c) Empréstimo obrigacionista 2006/2014 – 2ª. emissão, emitido em 2 de Agosto de 2006, no

montante de 50 000 000 euros, a ser reembolsado numa única prestação no final do prazo

de 8 anos. Os juros são pagos semestralmente nos dias 2 de Fevereiro e 2 de Agosto de

cada ano;

d) Em 05 de Maio de 2010 a Sonae Industria SGPS, S.A. procedeu à aquisição e

amortização antecipada da totalidade das emissões obrigacionistas “Sonae Industria-

2006/2013”, “Sonae Industria-2008/2013” e “Sonae Industria-2008/2012”, num total de 150

000 000 euros. Na mesma data, a Sonae Industria SGPS, S.A. emitiu novo empréstimo

obrigacionista, por subscrição particular, no montante de 150 000 000 euros, pelo prazo de

7 anos. O reembolso das obrigações será efectuado por redução do valor nominal, em 10

prestações semestrais, iguais e sucessivas, a partir da 5ª data de pagamento de juros. Os

juros são pagos semestralmente nos dias 05 de Maio e 05 de Novembro de cada ano.

Os empréstimos obrigacionistas mencionados anteriormente vencem juros a uma taxa

variável composta pela Euribor a 6 meses acrescida de um spread.

26.3. OUTROS EMPRÉSTIMOS

A rubrica Outros empréstimos do quadro da nota 26 inclui a rubrica Outros empréstimos do

passivo corrente e do passivo não corrente da Demonstração Consolidada de Posição

Financeira e tinha o seguinte detalhe à data de 31 de Dezembro de 2011:

Sociedade CorrenteOperação

securitizaçãoOutros Outros

Glunz AG 18 774 096 78 950

Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 26 738 052 4 940 699 905 958

Isoroy SAS 10 847 868

Tableros Tradema,S.L. 9 815 928 705 742 492 880

Sonae Tafibra International, BV 18 020 406

Sonae Industria (UK), Ltd. 7 492 116

Spanboard Products,Ltd 1 246 078

Outros 16 727

92 934 544 5 663 168 1 477 788

Não corrente

31.12.2011

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55

 

Sociedade CorrenteOperação

securitizaçãoOutros Outros

Glunz AG 22 107 542 78 310

Sonae Ind., Prod. e Com.Deriv.Madeira,SA 19 201 076 3 366 670

Isoroy SAS 14 974 188

Tableros Tradema,S.L. 14 367 998 5 040

Sonae Tafibra International, BV 10 319 607

Sonae Industria (UK), Ltd. 7 500 833

Spanboard Products,Ltd 1 464 117 1 305

Outros

89 935 361 3 371 710 79 615

Não corrente

31.12.2010

Durante o exercício de 2004, a Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A. conjuntamente com as suas

filiais Sonae Indústria – Produção e Comercialização de Derivados de Madeira, S. A. (então

Sonae Tafibra – Gestão Comercial, S.A.), Tableros Tradema, S.L. (então Tafibra, Tableros

Aglomerados y de Fibras, A.I.E.), Isoroy S.A.S. (então Isoroy Diffusion S.N.C.), Glunz AG,

Sonae Tafibra International, B.V. (então Sonae Tafibra Benelux, B. V.), Sonae Industria (UK)

Limited (então Sonae (UK),Limited) e Spanboard Products Limited, celebraram junto do

Banco ABN Amro, N.V. e da TAPCO – Tulip Asset Purchase Company B.V. uma operação

de Securitização de créditos comerciais num montante máximo de 120 000 000 euros, com

vencimento em Março de 2009. Actualmente, o montante máximo da operação é de 125

000 000 euros e o prazo de vencimento, Maio de 2014. Em 31 de Dezembro de 2011, o

valor máximo do empréstimo ascendia a 92 934 576 eur (89 935 361 eur em 31 de

Dezembro de 2010).

Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de

Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de activos financeiros,

nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco de crédito

associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais, num

montante de 105 336 217 eur (109 913 691 eur em 31 de Dezembro de 2010) são mantidos

no Activo consolidado.

Esta operação de securitização tem associada uma aplicação financeira (cash reserve) que

a 31 de Dezembro de 2011 ascendia a 5 810 648 euros (nota 23).

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56

26.4. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

2011 8 778 843 4 468 3082012 8 931 275 8 724 379 4 884 746 4 749 5172013 8 853 521 8 646 697 5 189 144 5 038 1252014 8 827 116 8 646 626 5 577 102 5 435 7022015 8 784 481 8 522 361 5 991 181 5 752 0372016 8 015 240 5 718 227

após 2016 (2015) 19 856 057 22 355 254 16 727 073 22 564 33363 267 690 65 674 160 44 087 473 48 008 022

Credores por locação financeira - corrente 4 593 444 4 468 308

Credores por locação financeira - não corrente 39 494 029 43 539 714

mínimos de locação financeiraValor actual dos pagamentos

de locação financeiraPagamentos mínimos

Os activos reconhecidos ao abrigo de contratos de locação financeira são apresentados na

nota 11.

26.5. FLUXOS DE CAIXA

Os montantes apresentados nas rubricas Recebimentos provenientes de empréstimos

obtidos e Pagamentos respeitantes a empréstimos concedidos, das actividades de

financiamento da Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa, incluem as renovações

das emissões de papel comercial referidas na nota 26.1.

27. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

O justo valor de instrumentos derivados encontra-se registado como segue:

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Derivados ao justo valor através de resultados: 2 050 956 3 909 977 2 843 821 4 755 438 "Forwards" de taxa de câmbio 2 050 956 3 909 977 2 843 821 4 755 438 "Swaps" de taxa de juro (cobertura de justo valor)

Derivados ao justo valor através de reservas: "Swaps" de taxa de juro (cobertura de fluxos de caixa)

2 050 956 3 909 977 2 843 821 4 755 438

Outros activos correntes (nota 21) Outros passivos correntes (nota 33)

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57

Derivados ao justo valor através de resultado

São constituídos por derivados de taxa de câmbio (“forwards”), em relação aos quais não foi

aplicada contabilidade de cobertura.

A determinação do justo valor dos “forwards” de taxa de câmbio é efectuado com recurso a

sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e a avaliações externas,

quando esses sistemas não permitem a valorização de determinados instrumentos, e teve

por base a actualização para a data do balanço do montante a ser recebido/pago na data

de termo do contrato (justo valor de nível 2). O montante de liquidação considerado na

avaliação é igual ao montante na moeda de referência multiplicado pela diferença entre a

taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada à data da

avaliação (taxa de câmbio “forward” determinada entre a data da avaliação e data de

maturidade do contracto, obtida com recurso a informação de mercado).

Os ganhos e perdas correspondentes à variação do justo valor foram registados na rubrica

Ajustamentos para o justo valor de instrumentos financeiros registados ao justo valor

através de resultados (nota 40), a que corresponde um ganho líquido de 2 443 557 euros

(perda líquida de 17 376 474 euros em 31 de Dezembro de 2010).

Os instrumentos derivados registados ao justo valor através de resultados, detidos pelo

grupo à data de 31 de Dezembro de 2011, vencem integralmente durante o exercício de

2012.

Derivados ao justo valor através de reservas

Durante os exercícios de 2011 e 2010 não foram contratados instrumentos financeiros

derivados registados ao justo valor através de reservas.

28. RISCOS FINANCEIROS

28.1. Risco de liquidez

O risco de liquidez descrito na nota 2.24., c), no que diz respeito ao endividamento bruto

referido na nota 26, pode ser analisado como segue:

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58

Maturidade do endividamento bruto (nota 26)

Juro Total

2012 157 536 515 24 433 549 181 970 064

2013 184 297 080 20 509 978 204 807 058

2014 248 680 702 13 143 853 261 824 555

2015 52 249 502 7 643 257 59 892 759

2016 66 169 469 4 978 660 71 148 129

2017 21 637 066 2 195 685 23 832 751

Após 2017 11 789 780 1 319 753 13 109 533

742 360 114 74 224 735 816 584 849

31.12.2011

Maturidade do endividamento bruto (nota 26)

Juro Total

2011 174 574 957 20 491 727 195 066 684

2012 186 014 092 18 323 026 204 337 118

2013 123 261 480 13 883 049 137 144 528

2014 148 596 031 9 824 382 158 420 413

2015 44 502 677 6 162 283 50 664 960

2016 41 249 382 2 598 140 43 847 522

Após 2016 26 688 843 3 465 545 30 154 388

744 887 461 74 748 151 819 635 612

31.12.2010

Os valores de juros indicados nos quadros anteriores foram calculados com base nas taxas

de juro em vigor a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 para cada um dos valores em dívida. O

valor indicado para 2012 na Maturidade do endividamento bruto inclui, para além das

amortizações de dívida programadas, a amortização dos valores considerados no

endividamento de final de 2011 para os quais o compromisso da dívida é inferior a um ano.

28.2. Risco de mercado

28.2.1. Risco de taxa de juro

Na análise do risco de taxa de juro, descrito na nota 2.24., b), i), foi calculado o efeito que

se teria produzido nos resultados antes de impostos dos exercícios de 2011 e 2010 no caso

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59

de se ter verificado uma variação de +0,75 pontos percentuais e de -0,75 pontos

percentuais em relação às taxas de juro reais verificadas durante esses exercícios:

0.75% -0.75% 0.75% -0.75%

EUR -628 978 526 -3 863 658 3 863 658 -680 368 764 -4 352 780 4 352 780

GBP -8 738 352 - 70 556 70 556 -8 964 930 - 68 998 68 998

CAD -51 448 513 - 158 306 158 306

ZAR -22 805 841 - 139 107 139 107 -31 973 484 - 185 235 185 235

-711 971 232 -4 231 627 4 231 627 -721 307 178 -4 607 014 4 607 014

EUR 401 458 - 401 458

ZAR

401 458 - 401 458

EUR 9 018 675 47 301 - 47 301 18 285 291 98 489 - 98 489

9 018 675 47 301 - 47 301 18 285 291 98 489 - 98 489

-4 184 326 4 184 326 -4 107 066 4 107 066

Endividamento bruto

Instrumentos derivados financeiros

Depósitos bancários e outras aplicações de tesouraria

Análise de sensibilidade

2011 2010

"Notional" (Euros)

Efeito em resultados (Euros) "Notional" (Euros)

Efeito em resultados (Euros)

Os valores de endividamento bruto incluído no quadro anterior exclui descobertos bancários

e empréstimos obtidos que não estão sujeitos a variação da taxa de juro. O montante dos

depósitos bancários e outras aplicações de tesouraria incluído no quadro anterior exclui os

depósitos à ordem.

Considerando a Euribor a 6M como indicador de referência para o nível de taxas de juro do

Euro, uma variação de 0,75 pontos percentuais corresponde a 4,4 vezes o desvio padrão

daquela variável em 2011 (6,3 vezes, em 2010).

28.2.2. Risco de taxa de câmbio

Em relação ao risco de taxa de câmbio, descrito na nota 2.24, b), ii), foram efectuadas:

a) Análises de sensibilidade aos saldos denominados em moeda diferente da moeda

funcional de cada sociedade incluída na consolidação, considerando uma variação de

+1% e -1% em relação às taxas de câmbio verificadas no final dos exercícios de 2011

e 2010.

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60

i) Empréstimos líquidos de aplicações de tesouraria

-1% 1% -1% 1%

CAD 67 851 268 50 931 876 - 509 319 509 319

GBP 36 671 494 25 544 402 43 902 012 29 676 976 - 439 020 439 020 - 296 770 296 770

ZAR 123 340 052 204 909 477 11 765 408 23 119 936 - 117 654 117 654 - 231 199 231 199

Montante denominado em moeda estrangeira

Contra-valor em Euros Análise de sensibilidade

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.20102011 2010

ii) Os restantes instrumentos financeiros activos e passivos não contêm saldos

denominados em moeda diferente da moeda funcional da respectiva sociedade que

constituam riscos cambiais relevantes.

b) Análise de sensibilidade aos instrumentos derivados contratados para cobertura do

risco de câmbio identificado no ponto anterior.

-1% 1% -1% 1%

CAD 63 573 596 47 720 884 477 209 - 477 209

GBP 40 142 922 23 437 650 48 057 902 27 229 393 480 579 - 480 579 272 294 - 272 294

ZAR 147 328 637 241 350 132 14 053 679 27 231 535 140 537 - 140 537 272 315 - 272 315

Montante denominado em moeda estrangeira

Contra-valor em Euros Análise de sensibilidade

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.20102011 2010

28.2.3. Risco de crédito

No que diz respeito ao risco de crédito, descrito na nota 2.24, a), este encontra-se

reflectido, essencialmente, nos montantes escriturados na rubrica Clientes (nota 19). Não

se verificaram diferenças relevantes entre os valores registados nesta rubrica e o respectivo

justo valor.

29. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outros passivos não correntes” pode ser

detalhada como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Empréstimos de partes relacionadas 72 604Outros credores 21 677 155 426 888

Instrumentos financeiros 21 677 155 499 492

Outras dívidas a terceiros 55 654 961 61 858 720Passivos não abrangidos pela IFRS 7 55 654 961 61 858 720

Total 77 332 116 62 358 212

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61

31.12.2011 2012 2013 2014 2015 2016 seguintes a 2016 Total

Maturidade dos Outros Credores não correntes 499 492 2 175 232 7 629 101 5 076 433 4 816 350 1 480 547 21 677 155

499 492 2 175 232 7 629 101 5 076 433 4 816 350 1 480 547 21 677 155

31.12.2010

2010 2011 2012 2013 2014 seguintes a 2014 Total

Maturidade de Empresas Filiais 72 604 72 604

Maturidade dos Outros Credores não corren 426 888 426 888

499 492 499 492

A rubrica Outros credores inclui o montante de 21 177 663 euros a pagar no âmbito do

processo de contra-ordenação instaurado pela Autoridade da Concorrência Alemã, descrito

na nota 3.

A rubrica Outras dívidas a terceiros não correntes inclui o montante de 54 830 716 euros

(60 530 700 euros à data de 31 de Dezembro de 2010) referentes ao diferimento de

rendimentos com subsídios ao investimento.

30. BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO

Diversas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus

empregados prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice,

invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem

numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do trabalhador, aplicada à

tabela salarial negociada anualmente.

O valor actual das responsabilidades por benefícios definidos é avaliado anualmente

através de estudos actuariais realizados com base no método “Projected Unit Credit”. Os

pressupostos actuariais utilizados na avaliação efectuada em 31 de Dezembro de 2011 e

2010, foram os seguintes:

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

Tábua de mortalidadeRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GRichttafeln

2005 GTaxa de crescimento salarial 2,0% 2,0% 0,0% 0,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%Taxa de rendimento do fundo 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1%Taxa técnica actuarial 4,25% 5,4% 4,25% 5,4% 4,25% 5,4% 4,25% 5,4%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75% 1,75%

AlemanhaGlunz AG GHP GmbH Tool GmbH Impaper

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62

31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10 31.12.11 31.12.10

Tábua de mortalidadePA(90) PA(90)

INSEE 2004-2006

INSEE 2004-2006

TV 88/90 TV 88/90

Taxa de crescimento salarial 7,1% 7,1% 2,0% 2,0% 3,0% 3,0%Taxa de rendimento do fundo 8,8% 8,8% - - 2,7% 2,7%Taxa técnica actuarial 8,8% 8,8% 4,5% 4,5% 5,0% 5,0%Taxa de crescimento das pensões 4,6% 4,6% - - 0,0% 0,0%Taxa de crescimento das depesas de 1,2% 1,2%

África do Sul França Portugal

Em exercícios anteriores foram constituídos planos de benefícios por diversas sociedades

do Grupo nos seguintes países:

África do Sul:

A Sonae Novobord (PTY) Ltd. dispõe do seguinte esquema de benefícios aos seus

colaboradores:

Plano de contributos definidos, que compreende um conjunto de activos afectos a

um fundo gerido por entidade terceira. A obrigação da sociedade consiste na

entrega ao fundo das contribuições definidas. Durante o exercício foi reconhecido

na rubrica Gastos com o Pessoal, da Demonstração Consolidada de Resultados,

o montante de 531 164 euros. À data de 31 de Dezembro de 2011 não existiam

contribuições devidas e não pagas ao fundo;

Plano de benefícios definidos, com fundo constituído gerido por entidade terceira,

calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº. 19 com base

em estudos actuariais realizados por entidade independente.

Esquema de comparticipação em despesas de saúde realizadas após a data de

reforma dos colaboradores abrangidos, segundo o qual a empresa comparticipará

50% das despesas de saúde elegíveis.

De acordo com o estudo actuarial efectuado em 31 de Dezembro de 2011, o valor

do passivo por benefícios definidos ascendia a 2 169 264 euros.

Alemanha:

A Glunz AG dispõe de um plano de benefícios definidos, com fundo constítuido,

calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº 19 com base em

estudos actuariais levados a cabo por entidade independente.

A GHP GmbH dispõe de um plano de benefícios definidos, com fundo constituído,

calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº. 19.

A Tool, GmbH dispõe de um plano de benefícios definidos, com fundo constituído,

calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº. 19

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63

A Impaper Europe GmbH & Co. KG dispõe de um plano de benefícios definidos, com

fundo constituído, calculado de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade nº.

19.

De acordo com os estudos actuariais realizados à data de 31 de Dezembro de 2011, o

valor dos passivos por benefícios definidos destas sociedades ascendia a 18 775 307

euros.

França:

A Isoroy SAS e a Darbo SAS, SA estão obrigadas a pagar, no momento de reforma dos

seus colaboradores, uma quantia definida nos termos do acordo colectivo de trabalho do

sector. A responsabilidade das duas sociedades foi avaliada por estudo actuarial

efectuado à data de 31 de Dezembro de 2011 e ascendia a 1 211 924 euros.

Portugal:

Diversas sociedades do Grupo dispõem de um plano de benefícios definidos, com fundo

constituído gerido por entidade terceira, calculado de acordo com a Norma Internacional

de Contabilidade nº 19, com base em estudos actuariais levados a cabo por entidade

independente. Estão abrangidos os trabalhadores de oito sociedades contratados até 31

de Dezembro de 1994 que, a partir do momento da reforma e até ao termo da vida,

receberão mensalmente uma renda correspondente a 20% do seu salário à data de

reforma. Com base no estudo actuarial efectuado em 31 de Dezembro de 2011, o

passivo por benefícios definidos ascendia a 2 803 708 euros.

O movimento ocorrido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 no valor

presente das obrigações de benefícios definidos pode ser decomposto como segue:

Plano sem fundo

constituído

Plano com fundo

constituídoTotal

Plano sem fundo

constituído

Plano com fundo

constituídoTotal

Saldo inicial do valor presente das obrigações de benefícios definidos 1 958 432 32 091 370 34 049 802 1 995 720 27 850 085 29 845 805Custo de juros 152 673 1 453 132 1 605 805 123 750 1 708 614 1 832 364Custo do serviço corrente 101 117 493 665 594 782 63 016 552 669 615 685Perdas / (Ganhos) actuariais 141 162 -1 691 582 -1 550 420 110 168 2 687 377 2 797 545Custos reconhecidos por serviços passados 112 492 - 639 946 - 527 454 Pensões pagas 36 152 1 803 077 1 839 229 196 373 1 875 738 2 072 111Cortes 265 724 265 724Actualização cambial - 144 566 - 773 400 - 917 966 127 875 1 168 361 1 296 236Variação perímetro de consolidação

Saldo final do valor presente das obrigações de benefícios definidos 2 285 158 29 130 162 31 415 320 1 958 432 32 091 370 34 049 802

31.12.2011 31.12.2010

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Durante os exercícios de 2011 e 2010, o justo valor dos activos do plano registou os

seguintes movimentos:

31.12.2011 31.12.2010Saldo inicial do justo valor dos activos do plano 6 305 715 5 379 542Contribuição para os activos do plano 642 376 220 921Retorno esperado dos activos do plano 361 239 376 097Pagamento de pensões 480 782 534 402Ganho (perda) actuarial - 13 356 222 602Actualização cambial - 604 655 640 955

Saldo final do justo valor dos activos do plano 6 210 537 6 305 715

À data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o valor das responsabilidades por benefícios

definidos reconhecidos na Demonstração Consolidada de Posição Financeira é como

segue:

31.12.2011 31.12.2010

Valor presente das obrigações de benefícios definidos 31 415 320 34 049 802Perdas / (Ganhos) actuariais não reconhecidas 244 580 2 161 240Justo valor dos activos do plano 6 210 537 6 305 715Excesso de provisão 493Passivo de benefícios definidos 24 960 203 25 583 340

O efeito destas responsabilidades na rubrica Gastos com pessoal das Demonstrações

Consolidadas de Resultados dos exercícios de 2011 e 2010 é o seguinte:

31.12.2011 31.12.2010

Custo de juros 1 605 805 1 832 364Custo do serviço corrente 594 782 615 686Contribuições dos empregados - 43 473 - 44 647(Aumento) / diminuição do justo valor nos activos do fundo - 361 239 - 376 097(Ganhos) / perdas actuariais reconhecidas 180 844 37 815

1 976 719 2 065 121

A sensibilidade das obrigações do esquema de comparticipação em despesas de saúde

pode ser analisada como segue:

- 1 ppBase de

valorização+ 1 pp - 1 pp

Base de valorização

+ 1 pp

0,2% 1,2% 2,2% 0.20% 1,2% 2.20%

Custo do serviço corrente (projecção ano seguinte) 22 703 18 887 15 644 12 298 10 042 8 237Custo de juros (projecção ano seguinte) 105 501 91 861 80 032 82 479 72 098 63 523Obrigação por benefícios definidos (ano corrente) 1 226 334 1 073 233 940 641 949 916 832 911 735 652

2011 2010

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31. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica Fornecedores da Demonstração

Consolidada de Posição Financeira apresentava as seguintes maturidades:

31.12.2011 31.12.2010

A Pagar a < 90 dias 159 732 862 151 766 034 90 - 180 dias 1 562 143 230 229 > 180 dias 180 898 139 225

161 475 903 152 135 488

MATURIDADE DE FORNECEDORES

32. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVO CORRENTE)

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica Estado apresentava a seguinte

decomposição:

31.12.2011 31.12.2010

Estado e outros entes públicosImposto sobre o rendimento 1 426 868 4 227 831Imposto sobre o valor acrescentado 3 700 592 2 743 732Contribuições para a segurança social 5 261 869 5 873 647Outros 2 822 521 138 339

13 211 850 12 983 549

33. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica Outros passivos correntes pode ser

detalhada como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Accionistas 20 352 25 628Instrumentos financeiros derivados 2 843 821 4 755 438Adiantamentos de clientes 22 820Fornecedores de imobilizado 7 097 091 2 406 602Outros credores 6 141 391 4 935 824

Instrumentos financeiros 16 102 655 12 146 312Outros credores 3 973 352 4 552 847Custos a pagar: Seguros 211 824 129 030 Custos com o pessoal 28 143 748 28 474 717 Encargos financeiros 4 179 444 3 016 520 Descontos de quantidade 19 130 755 20 395 295 Fornecimentos e serviços externos 14 178 438 17 826 640 Outros 8 331 530 9 880 528Proveitos diferidos Subsídios ao investimento 6 925 188 5 990 294 Outros 148 932 238 639

Passivos não abrangidos pela IFRS 7 85 223 211 90 504 511

Total 101 325 866 102 650 824

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31.12.2011 < 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias Total

Maturidade dos Fornecedores de imobilizado correntes 6 219 821 871 914 5 356 7 097 091

Maturidade dos Outros Credores correntes 3 044 469 493 934 2 602 988 6 141 391

9 264 290 1 365 848 2 608 344 13 238 482

31.12.2010 < 90 dias 90 - 180 dias > 180 dias Total

Maturidade dos Fornecedores de imobilizado correntes 2 376 182 30 421 2 406 602

Maturidade dos Outros Credores correntes 3 942 635 528 423 464 765 4 935 824

6 318 817 558 844 464 765 7 342 426

34. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas durante os

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi o seguinte:

Variação Variação Outras Rubricas Saldo inicial cambial de perímetro Aumento Utilização Variações Saldo final

Perdas de imparidade acumuladas em activos fixos tangíveis (Nota 11) 33 392 280 - 425 788 12 880 589 181 464 - 12 136 007 33 529 610Perdas de imparidade acumuladas em activos fixos intangíveis (Nota 12) 19 242 19 242Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 16) 10 931 182 10 931 182Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 19) 20 632 744 - 787 165 10 417 258 5 325 007 - 1 026 365 23 911 465Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 20) 19 628 19 628 Subtotal perdas por imparidade 64 995 076 - 1 212 953 23 297 847 5 506 471 - 13 162 372 68 411 127

Provisões para processos judiciais em curso 6 956 923 722 943 2 060 925 2 826 396 8 445 337Provisões para garantias a clientes 748 934 604 166 832 57 754 858 616Provisões para restruturações 4 588 275 2 939 745 3 940 450 - 2 842 000 745 571Outras provisões 3 338 953 - 1 637 30 624 299 29 487 129 7 507 4 481 993 Subtotal provisões 15 633 085 - 1 033 34 453 819 35 546 258 - 8 097 14 531 517

Subtotal perdas por imparidade e provisões 80 628 161 - 1 213 986 57 751 666 41 052 729 - 13 170 469 82 942 644

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 10) 37 005 998 37 005 998Perdas de imparidade em existências (Nota 18) 11 407 861 - 125 630 6 655 308 7 291 832 - 2 809 054 7 836 654

Total 129 042 020 - 1 339 616 64 406 974 48 344 561 - 15 979 523 127 785 296

2011

  Variação Variação Outras

Rubricas Saldo inicial cambial de perímetro Aumento Utilização Variações Saldo final

Perdas de imparidade acumuladas em activos fixos tangíveis (Nota 11) 28 103 072 337 398 5 207 081 255 271 33 392 280Perdas de imparidade acumuladas em activos fixos intangíveis (Nota 12) 35 048 18 986 3 180 19 242Perdas de imparidade acumuladas em outros activos não correntes (Nota 16) 10 931 182 10 931 182Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 19) 17 800 630 826 166 4 789 696 1 715 518 - 1 068 230 20 632 744Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 20) 19 628 19 628 Subtotal perdas por imparidade 56 889 560 1 163 564 9 996 777 1 989 775 - 1 065 050 64 995 076

Provisões para processos judiciais em curso 8 918 473 309 319 2 273 804 2 935 6 956 923Provisões para garantias a clientes 850 170 3 542 116 777 221 555 748 934Provisões para restruturações 22 582 844 7 453 098 25 447 667 4 588 275Outras provisões 5 670 644 679 - 612 783 889 100 2 608 687 3 338 953 Subtotal provisões 38 022 131 4 221 - 612 783 8 768 294 30 551 713 2 935 15 633 085

Subtotal perdas por imparidade e provisões 94 911 691 1 167 785 - 612 783 18 765 071 32 541 488 - 1 062 115 80 628 161

Perdas de imparidade acumuladas em investimentos (Nota 10) 37 005 998 37 005 998Perdas de imparidade em existências (Nota 18) 13 044 254 182 926 - 348 728 7 199 147 8 320 067 - 349 671 11 407 861

Total 144 961 943 1 350 711 - 961 511 25 964 218 40 861 555 - 1 411 786 129 042 020

2010

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Na Demonstração Consolidada de Posição Financeira, as perdas por imparidade são

deduzidas ao valor do correspondente activo.

Os aumentos e diminuições de provisões e perdas por imparidade encontram-se incluídos

nas seguintes rubricas da Demonstração Consolidada de Resultados:

Perdas Ganhos Perdas Ganhos

Custo das vendas 2 639 663 2 452 499 2 658 667 2 708 004Outros rendimentos operacionais 12 725 184 32 541 488

Variação da produção 4 015 646 4 839 333 4 540 480 5 612 063Provisões e perdas por imparidade 17 900 177 18 765 071

Total (Demonstração Consolidada de Resultados) 24 555 486 20 017 016 25 964 218 40 861 555

Provisão para contra-ordenação Autoridade Alemã da Concorrência (nota 3) 28 327 545 28 327 545

Perda por imparidade referente ao sinistro na Sonae Industria (UK), Ltd. (nota 3) 11 523 943

Total (mapa de movimento das provisões e perdas por imparidade) 64 406 974 48 344 561

2010 2 011

Perdas por imparidade

Na coluna “Utilizações” são incluídas as reversões de perdas por imparidade.

Na coluna “Outras variações” são incluídos os movimentos de perdas por imparidade

efectuados na sequência da alienação ou abate dos activos com os quais estão

relacionadas.

Os montantes de perdas por imparidade em activos fixos tangíveis registados em aumento

e em outras variações, incluem o montante de 11 523 940 eur referente ao sinistro ocorrido

na subsidiária Sonae Industria (UK), Ltd. (nota 3 e 11).

Provisões

No período findo em 30 de Junho de 2011 foi registado um aumento de Outras provisões no

montante de 27,7 milhões de euros referente ao processo de contra-ordenação instaurado

pela Autoridade da Concorrência Alemã, descrito na nota 3. No final do exercício, a

Sociedade procedeu à utilização da referida provisão, incluída na coluna Utilização. Estes

montantes não foram registados nas rubricas Provisões e perdas por imparidade e Outros

rendimentos operacionais da Demonstração Consolidada de Resultados.

À data de 31 de Dezembro de 2011, os saldos de provisões podiam decompor-se como

segue:

Provisões para processos judiciais em curso: inclui, designadamente, uma

estimativa de devolução de subsídios ao investimento atribuídos em exercícios

anteriores, no montante de cerca de 4,1 milhões de euros, e uma estimativa de

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compensação a ex-trabalhadores, no âmbito de anteriores processos de

reestruturação, no montante de cerca de 3,3 milhões de euros.

Outras Provisões: inclui o montante de 2 milhões de euros, estimado para fazer

face a responsabilidades de natureza ambiental, e provisões para impostos no

montante de 1,4 milhões de euros.

A rubrica Provisões e perdas por imparidade, da Demonstração Consolidada de

Resultados, encontra-se detalhada por segmento geográfico na nota 43.

35. LOCAÇÕES OPERACIONAIS

À data de 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o Grupo detinha contratos irrevogáveis de

locação operacional cujas rendas vencem como segue:

31.12.2011 31.12.2010

2011 4 653 8122012 5 506 773 2 367 6572013 3 200 315 1 178 4202014 1 590 233 503 0472015 1 205 115 176 9442016 546 302

Após 2017 (2016) 7 836 12 056 574 8 879 880

de locação operacionalPagamentos mínimos

Durante o exercício de 2011, o Grupo registou na rubrica Fornecimentos e Serviços

Externos, da Demonstração Consolidada de Resultados, rendas referentes a contratos de

locação operacional no montante de 8 645 114 euros (8 663 035 euros no exercício de

2010).

36. PARTES RELACIONADAS

36.1. Os saldos e transacções registados durante o exercício com entidades relacionadas,

podem ser resumidos como segue:

Saldos

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Empresa-mãe

Outras filiais da empresa-mãe 484 863 1 035 043 1 758 154 2 133 642 5 008

Empreendimentos conjuntos 129 665 198 584 751 399 1 243 486 19 611

Contas a receber Contas a pagar Empréstimos

Obtidos Concedidos

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Transacções

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Empresa-mãe 15 075 14 245 15 742 14 915

Outras filiais da empresa-mãe 1 375 465 1 640 378 7 335 719 7 162 221

Empreendimentos conjuntos 4 365 996 2 880 667 10 112 931 11 273 117

Prestações de Serviços Serviços Recebidos Juros Auferidos Juros Suportados

Vendas e Compras e

36.2. A remuneração dos membros do Conselho de Administração da Sociedade pode ser

decomposto como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Benefícios de curto prazo 1 391 805 1 586 760Benefícios de longo prazo 213 750 292 300

1 605 555 1 879 060

À data de 31 de Dezembro de 2011 não havia benefícios pós-emprego atribuídos aos

membros do Conselho de Administração.

36.3. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a Sociedade registou nas

presentes demonstrações financeiras consolidadas os seguintes honorários pagos à

sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC,

Lda e respectiva rede internacional:

31.12.2011 31.12.2010

Honorários totais referentes à revisão legal das contas anuais 415 580 578 980Honorários totais referentes a outros serviços de garantia de fiabilidade 26 866 53 142Honorários totais referentes a outros serviços de consultoria fiscal 1 361

443 807 632 122

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37. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OPERACIONAIS

A rubrica Outros rendimentos e ganhos operacionais da demonstração consolidada de

resultados dos exercícios de 2011 e 2010 detalha-se como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Ganhos na alienação de investimentos não correntes 8 476 008Ganhos na alien. e abate de prop. Invest., activos tang. e intang. 1 384 248 3 109 981Proveitos suplementares 10 783 136 4 637 814Subsídios ao investimento 6 396 051 6 684 633Restituição de impostos 4 783 427 3 504 176Reversão de perdas por imparidade 5 506 472 1 989 777Ganhos em provisões 7 218 712 30 551 712Outros 31 229 256 7 029 359

67 301 302 65 983 460

A rubrica Outros inclui o montante de 23 788 614 eur de estimativa de indemnização de

seguro para perdas de exploração, incorridas na sequência do sinistro ocorrido na

subsidiária Sonae Industria (UK), Ltd. (nota 3).

38. OUTROS GASTOS E PERDAS OPERACIONAIS

A rubrica Outros gastos e perdas operacionais da Demonstração Consolidada de

Resultados dos exercícios de 2011 e 2010 tinha a seguinte decomposição:

31.12.2011 31.12.2010

Impostos 7 326 755 8 567 357Perdas na alien. e abate de prop. Invest., activos tang. e intang. 806 652 1 633 858Outros 34 511 364 4 677 704

42 644 771 14 878 919

A rubrica Outros inclui o montante de aproximadamente 25 400 000 euros referentes ao

processo de contra-ordenação instaurado pela Autoridade Alemã da Concorrência (nota 3).

39. GASTOS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Durante o exercício de 2011, o Grupo registou em diversas rubricas da Demonstração

Consolidada de Resultados, gastos em investigação e desenvolvimento no montante de 1

458 462 euros (1 172 243 euros no exercício de 2010).

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40. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios de 2011 e 2010 têm a seguinte composição:

31.12.2011 31.12.2010

Custos e perdas:Juros suportados

relativos a descobertos e empréstimos bancários 14 473 955 4 994 833relativos a obrigações não convertiveis 11 077 130 7 773 980relativos a contratos de locação financeira 4 351 616 4 805 863relativos a empréstimos cobertos (derivados de cobertura) 1 489 525outros 754 889 5 301 383

30 657 590 24 365 584Diferenças de câmbio desfavoráveis

relativas a clientes 404 467relativas a fornecedores 1 018 706relativas a empréstimos 14 188 650 12 519 283outras 368 191

14 188 650 14 310 647

Descontos de pronto pagamento concedidos 15 467 684 15 185 395Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 15 292 404 37 306 658Perdas na valorizaçao de instrum.derivados de cobertura 1 674 207Justo valor da parte ineficiente dos derivados de cobertura Outros custos e perdas financeiras 6 667 209 5 811 472

82 273 537 98 653 963

31.12.2011 31.12.2010

Proveitos e ganhos:Juros obtidos

relativos a depósitos bancários 106 001 12 404relativos a empréstimos com empresas relacionadas 20 355 14 245outros 203 609 188 849

329 965 215 498Diferenças de câmbio favoráveis

relativas a clientes 781 289relativas a fornecedores 1 597 558relativas a empréstimos 10 869 406 26 342 780outras 361 509

10 869 406 29 083 136

Descontos de pronto pagamento obtidos 2 355 601 2 117 869Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 17 735 961 19 930 184Ganhos na valorização de instrum. derivados de cobertura 34 410Outros proveitos e ganhos financeiras 608 420 212 865

31 899 353 51 593 962

Resultados financeiros - 50 374 184 - 47 060 001

A rubrica Juros suportados – outros incluía, em 31.12.2010, juros de papel comercial no

montante de 3 874 439 euros. Em 31.12.2011, os juros de papel comercial estavam

incluídos na rubrica Juros suportados – relativos a descobertos e empréstimos bancários.

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72

41. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios de 2011 e 2010 são

detalhados como segue:

31.12.2011 31.12.2010

Imposto corrente 2 576 995 2 309 209Imposto diferido - 2 269 265 105 717

307 730 2 414 926

A reconciliação do resultado antes de impostos consolidado com o imposto sobre o

rendimento do exercício consolidado, pode ser apresentada da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010

Result. antes imposto consolidado -58 200 588 -73 003 400

Taxa imposto 25.00% 25.00%

Imposto expectável a 25,0% -14 550 147 -18 250 850

Difª. em taxas de imposto estrangeiras (+) -3 516 290 -5 067 717

Efeito de impostos provinciais/municipais (+) - 256 501 - 199 813

Ajustamentos de consolidação (-) 1 053 419 773 661

Diferenças permanentes Custos não dedutíveis (+) 10 940 054 8 954 978 Proveitos não tributados (-) 191 072 2 319 817

Prejuízos fiscais reportáveis Imposto diferido activo reconhecido sobre prejuízos fiscais de anos anteriores (+) -2 478 699 -3 849 500 Imposto diferido activo não reconhecido em conformidade com IAS 12 (-) -9 189 586 -20 507 456 Utilização de prejuízos fiscais reportáveis cujo imposto diferido não foi reconhecido em exercícios anteriores (+) - 74 - 207 573 Imposto diferido revertido (+) 5 606 865

Imposto diferido passivo referente a depreciações compensado (+) 1 319 913 - 150 686

Efeito de alteração das taxas de imposto

Outros (+) 904 378 -1 834 756

Imposto sobre o rendimento 307 730 2 414 926

O montante da rubrica Custos não dedutíveis inclui o efeito do processo de contra-ordenação

instaurado pela Autoridade da Concorrência Alemã (nota 3).

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42. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção do exercício, excluindo o efeito das operações em descontinuação,

foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:

Resultados

Resultados para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico(Resultado líquido do exercício) - 57 800 173 - 74 434 785

Efeito das acções potenciaisJuro das obrigações convertíveis (líquido de imposto)

Resultados para efeito do cálculo do resultado líquido por acção diluído - 57 800 173 - 74 434 785

Número de acções

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico 140 000 000 140 000 000

Efeito das acções potenciais decorrentes das obrigações convertíveis

Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultadolíquido por acção diluído 140 000 000 140 000 000

Resultado básico por acção -0.4129 -0.5317

Resultado diluído por acção -0.4129 -0.5317

31.12.2011 31.12.2010

Durante o exercício não se registaram resultados referentes a operações descontinuadas.

43. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

A actividade principal do Grupo consiste na produção de painéis aglomerados de madeira e

produtos derivados destes, através de instalações fabris e comerciais localizadas em

Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Países Baixos, Canadá e África

do Sul.

Os segmentos relatáveis identificados para o exercício de 2011, tendo por base o sistema

interno de relato de informação financeira ao órgão decisor, e pelos quais existe um

elemento responsável que integra o órgão de gestão decisor, são os seguintes:

- Península Ibérica;

- Europa Central

- França;

- Alemanha;

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74

- Reino Unido;

- Resto do Mundo

- Canadá;

- África do Sul;

- Restantes segmentos

Os segmentos não relatáveis são incluídos na rubrica Restantes segmentos.

O rédito de cada segmento relatável deriva, principalmente, da produção e venda de painéis

aglomerados de madeiros e seus derivados.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, o grupo efectuou uma alteração da

composição dos segmentos, razão pela qual é reapresentada a informação do exercício

comparativo.

A informação por segmentos referente à Demonstração Consolidada de Resultados é a

seguinte:

Segmentos

Península Ibérica 14 549 699 7 795 206 7 795 206Europa central

França 55 637 115 43 933 354 43 933 354Alemanha 152 279 022 145 039 251 97 348 484Reino Unido 189 158 208 105 294 188 972 605 141 281 838

Resto do mundoCanadá África do Sul

Restantes segmentos 141 430 851 86 533 219 134 223 986

Total dos segmentos 364 085 845 283 301 030 283 301 030

Volume de negócios

31.12.2010

Reapresentado

Intragrupo31.12.2011 31.12.2010

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75

Península Ibérica 337 903 280 329 551 315 329 551 315Europa central

França 102 040 662 87 302 868 87 302 868Alemanha 402 286 987 356 202 545 374 512 279Reino Unido 53 183 330 557 510 979 62 677 929 506 183 342 62 677 930 524 493 077

Resto do mundoCanadá 145 884 403 142 738 382 142 738 382África do Sul 111 113 774 256 998 177 108 760 796 251 499 178 108 760 796 251 499 178

Restantes segmentos 211 896 934 179 131 814 160 822 079

Total dos segmentos 1 364 309 370 1 266 365 649 1 266 365 649

Diferenças de classificação 13 891 094 13 891 094Ajustamento ao método de consolidação proporcional 1 439 184 1 439 184Outros 10 860 848 10 860 848Total dos segmentos após ajustamento 1 292 556 776 1 292 556 776

Volume de negócios (Demonstração consolidada de resultados) 1 364 309 370 1 292 556 776 1 292 556 776

31.12.2011 31.12.2010

Volume de negócios

31.12.2010

Reapresentado

Externo

Segmentos

Península Ibérica 18 677 500 22 806 053 22 806 053Europa central

França 7 073 876 9 300 694 9 300 694Alemanha 26 130 771 29 318 558 28 011 015Reino Unido 4 012 192 37 216 839 4 902 750 43 522 002 4 902 750 42 214 459

Resto do mundoCanadá 13 328 688 15 186 201 15 186 201Brasil África do Sul 5 498 445 18 827 133 5 516 694 20 702 895 5 516 694 20 702 895

Restantes segmentos 8 580 840 10 550 898 11 858 441

Total dos segmentos 83 302 312 97 581 848 97 581 848

Empresas excluidas do perímetro de consolidação de gestão 628 887Ajustamento às depreciações -2 404 722 -2 404 722Outros 172 079 172 079Total dos segmentos após ajustamentos 83 931 199 95 349 205 95 349 205

Amortizações e depreciações (Demonstração consolidada de resultados) 83 931 199 95 349 205 95 349 205

Reapresentado

Amortizações e Depreciações

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2010

Segmentos

Península Ibérica 4 625 380 2 793 044 2 793 044Europa central

França 3 830 361 5 471 409 5 471 409Alemanha 8 959 868 5 676 787 5 731 299Reino Unido 280 948 13 071 177 73 107 11 221 303 73 107 11 275 815

Resto do mundoCanadá 7 933 91 744 91 744Brasil África do Sul 7 933 4 254 375 4 346 119 4 254 375 4 346 119

Restantes segmentos 134 457 404 603 350 091

Total dos segmentos 17 838 947 18 765 069 18 765 069

Empresas excluidas do perímetro de consolidação de gestão 61 230

Total dos segmentos após ajustamentos 17 900 177 18 765 069 18 765 069

Provisões e perdas por imparidade (Demonstração consolidada de resultados) 17 900 177 18 765 069 18 765 069

Reapresentado

Provisões e perdas por imparidade

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2010

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Segmentos

Península Ibérica (0) 631 628Europa central

França 5 525 625 7 914 184Alemanha 818 504 22 002 698Reino Unido 11 658 6 355 787 29 916 882

Resto do mundoCanadá (0)Brasil África do Sul (0)

Restantes segmentos 3 203

Total dos segmentos 6 355 787 30 551 713

Empresas excluidas do perímetro de consolidação de gestão 862 925

Total dos segmentos após ajustamentos 7 218 712 30 551 713

Ganhos em provisões (nota 37) 7 218 712 30 551 713

Utilização de provisões

31.12.2011 31.12.2010

Segmentos

Península Ibérica 2 229 215 792 025Europa central

França 115 467 302 443Alemanha 2 478 266 308 829Reino Unido 1 768 2 595 501 611 272

Resto do mundoCanadá (0)Brasil África do Sul 554 270 554 270 256 974 256 974

Restantes segmentos 116 679 329 506

Total dos segmentos 5 495 665 1 989 777

Empresas excluidas do perímetro de consolidação de gestão 10 807

Total dos segmentos após ajustamentos 5 506 472 1 989 777

Reversão de perdas por imparidade (nota 37) 5 506 472 1 989 777

Reversão de perdas por imparidade

31.12.2011 31.12.2010

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Segmentos

Península Ibérica 3 061 223 2 830 835 2 830 835Europa central

França - 10 335 367 - 31 512 084 - 31 512 084Alemanha - 13 915 341 - 15 374 827 - 14 183 644Reino Unido - 3 684 580 - 27 935 288 - 2 905 353 - 49 792 264 - 2 905 353 - 48 601 081

Resto do mundoCanadá 2 599 874 4 860 549 4 860 549Brasil África do Sul 15 958 100 18 557 974 14 452 798 19 313 347 14 452 798 19 313 347

Restantes segmentos - 2 820 709 - 4 984 997 - 6 176 180

Total dos segmentos - 9 136 800 - 32 633 079 -32,633,079

Empresas excluidas do perímetro de consolidação de gestão 1 399 497 1 543 420 1 543 420Ajustamento às depreciações 3 472 036 3 472 036Mais-valias não registadas resultantes da alienação de subsidiárias 5 877 895 5 877 895Outros - 79 297 - 4 159 798 - 4 159 798

Total dos segmentos após ajustamentos - 7 816 599 - 25 899 526 - 25 899 526

Resultado operacional (Demonstração consolidada de resultados) - 7 816 599 - 25 899 526 - 25 899 526

Reapresentado

Resultado operacional

31.12.201031.12.2011 31.12.2010

Os rendimentos e os gastos financeiros não estão incluídos no sistema interno de relato de

informação financeira ao órgão de gestão decisor.

O volume de negócios por mercado, tendo em consideração a localização dos clientes, é a

seguinte:

Localização do cliente '000 eur

Alemanha 308 634 761 23%América do Norte 149 410 645 11%Espanha 150 084 947 11%Portugal 108 875 322 8%África do Sul 107 122 079 8%França 106 631 648 8%Reino Unido 54 266 446 4%Outros 379 283 522 28%

Total 1 364 309 370 100%

2011

O sistema de relato interno de informação financeira não inclui informação sobre activos e

passivos segmentais. Os activos não correntes, incluídos nas rubricas Activos Fixos

Tangíveis, Activos Fixos Intangíveis, Diferenças de Consolidação, Propriedades de

Investimento e Outros Activos Não Correntes, da Demonstração Consolidada de Posição

Financeira, distribuem-se pelos segmentos da seguinte forma:

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Península Ibérica 275 030 136 275 358 350 275 358 350

Europa centralFrança 80 568 621 85 176 094 85 176 094Alemanha 258 399 501 298 121 081 270 080 214Reino Unido 59 500 458 398 468 580 62 136 001 445 433 176 62 136 001 417 392 309

Resto do mundoCanadá 180 732 434 186 310 379 186 310 379África do Sul 80 353 719 261 086 153 96 745 277 283 055 656 96 745 277 283 055 656

Restantes segmentos 86 994 496 86 123 999 114 164 866

Total dos segmentos 1 021 579 365 1 089 971 181 1 089 971 181

Activos Não Correntes (Demonstração Consolidada de Posição Financeira) 1 021 579 365 1 089 971 181 1 089 971 181

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2010Reapresentado

As transacções entre os diversos segmentos foram efectuadas a preços de mercado e em

condições idênticas às praticadas entre entidades independentes.

44. Contingências

Em Outubro de 2010 a Sonae Industria, SGPS, SA recebeu uma nota de liquidação da

autoridade fiscal, de acordo com a qual a menos-valia resultante da liquidação, em 2006, da

sua participada Socelpac, SGPS, SA, no valor de 74 milhões de euros, apenas deveria ser

considerada em 50% para efeitos de cálculo da matéria colectável. Por discordar deste

entendimento, a sociedade apresentou impugnação judicial. De acordo com a informação

disponível à presente data, o Conselho de Administração considera que a probabilidade de

a referida impugnação ser julgada improcedente é reduzida, pelo que não foi efectuado

qualquer ajustamento aos montantes de imposto corrente e de activo por imposto diferido

registados nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.

45. EVENTOS SUBSEQUENTES

Não ocorreram eventos subsequentes relevantes (nota 2.20).

46. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de

Administração e autorizadas para emissão em 28 de Fevereiro de 2012.

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Certificação Legal de Contas Relatório de Auditoria

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

o′Porto Bessa Leite Complex, Rua António Bessa Leite, 1430 - 5º, 4150-074 Porto, Portugal

Tel +351 225 433 000 Fax +351 225 433 499, www.pwc.com/pt

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o NUPC 506 628 752, Capital Social Euros 314.000

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades

que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069 - 316 Lisboa, Portugal

Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários sob o nº 9077

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Consolidada e Individual Introdução 1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada e individual contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas e individuais anexas da Sonae Indústria, SGPS, S.A., as quais compreendem as Demonstrações consolidadas e individuais de Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2011, (que evidenciam um total de 1.431.607.388 euros e 1.515.895.120 euros, respectivamente, e um total de Capital Próprio consolidado de 235.876.561 euros, o qual inclui um total de interesses que não controlam de 332.511 euros, e individual de 967.830.411 euros, e Outro Rendimento Integral Acumulado negativo consolidado de 7.045.530 euros), as Demonstrações consolidadas e individuais dos resultados por naturezas, as Demonstrações consolidadas e individuais do Rendimento Integral, as Demonstrações consolidadas e individuais de alterações no Capital próprio e as Demonstrações consolidadas e individuais dos fluxos de caixa do período findo naquela data, e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da empresa, (i) a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras consolidadas e individuais que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da empresa bem como do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado e individual das suas operações, o rendimento integral consolidado e individual, as alterações no capital próprio consolidado e individual e os fluxos de caixa consolidados e individuais; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade da empresa bem como o conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

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Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas e individuais não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas e individuais e (vi) a apreciação se a informação financeira consolidada e individual é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação constante do Relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas nos números 4 e 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas e individuais apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada e individual da Sonae Indústria, SGPS, S.A. em 31 de Dezembro de 2011, o resultado consolidado e individual das suas operações, o rendimento integral consolidado e individual, as alterações no capital próprio consolidado e individual e os fluxos consolidados e individuais de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as normas internacionais de relato financeiro (IFRS) tal como adoptados na União Europeia, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

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Relato sobre outros requisitos legais 8 É também nossa opinião que a informação constante do Relatório consolidado de gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas e individuais do exercício e o Relatório do governo das sociedades inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários. 28 de Fevereiro de 2012 PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. representada por: Hermínio António Paulos Afonso, R.O.C.

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Aos Accionistas da

Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A.:

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias aplicáveis e do mandato que nos foi conferido o

Conselho Fiscal apresenta o presente relatório e parecer sobre o relatório de gestão e restantes documentos de

prestação de contas individuais e consolidadas da Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo

em 31 de Dezembro de 2011, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Fiscalização

Durante o exercício, o Conselho Fiscal acompanhou a gestão da empresa, a evolução da sua actividade e das

suas participadas, tendo efectuado reuniões com a frequência e extensão que considerou adequadas. Estas

reuniões contaram, tendo em conta as matérias em análise, com a presença dos responsáveis operacionais da

área financeira, em especial o CFO, da auditoria interna e gestão de riscos. Mantivemos igualmente estreito

contacto com o revisor oficial de contas e auditor externo que nos manteve informados da natureza e

conclusões das auditorias realizadas. No cumprimento destas funções o Conselho Fiscal, sempre obteve da

Administração, dos diversos serviços da empresa, das empresas englobadas na consolidação, e do revisor

oficial de contas, todas as informações e esclarecimentos solicitados, nomeadamente, para a devida

compreensão e avaliação da evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira, bem como dos

sistemas de gestão de riscos e de controlo interno.

Acompanhou ainda o processo de preparação e de divulgação de informação financeira, bem como a revisão

das contas aos documentos de prestação de contas individuais e consolidadas da empresa, tendo recebido do

revisor oficial de contas todas as informações e esclarecimentos solicitados. Adicionalmente, no âmbito das

suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou as demonstrações de posição financeira, individual e

consolidada, em 31 de Dezembro de 2011, as demonstrações individuais e consolidadas dos resultados por

naturezas, as demonstrações consolidadas e individuais do rendimento integral, as demonstrações

consolidadas e individuais de alterações no Capital Próprio e as demonstrações consolidadas e individuais dos

fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes anexos.

Procedeu ainda à apreciação do relatório de gestão do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 emitido pelo

Conselho de Administração e a certificação legal das contas e relatório de auditoria sobre as contas, emitidos

pelo revisor oficial de contas, os quais merecem o acordo do Conselho Fiscal.

Face ao exposto, o Conselho Fiscal é da opinião que a informação constante nas demonstrações financeiras

em apreço, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis,

dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da

Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação e que o relatório de

gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da mesma e das

empresas incluídas no perímetro de consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas

com que se defrontam. Mais se informa que o relatório sobre o governo das sociedades produzido cumpre o

disposto no artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários.

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O Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pela colaboração recebida do Conselho de Administração e dos

serviços.

Parecer

Em consequência do acima referido, o Conselho Fiscal é de opinião que estão reunidas as condições para que

a Assembleia-Geral aprove:

a) O relatório de gestão as demonstrações de posição financeira, individual e consolidada, em 31 de

Dezembro de 2011, as demonstrações individuais e consolidadas dos resultados por naturezas, as

demonstrações consolidadas e individuais do rendimento integral, as demonstrações consolidadas e individuais

de alterações no Capital Próprio e as demonstrações consolidadas e individuais dos fluxos de caixa e os

correspondentes anexos.;

b) A proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

Declaração de responsabilidade

De acordo com o disposto no nº 1, alínea c) do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os membros do

Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante de Relatório de

Gestão e dos demais documentos de prestação de contas, foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo, da situação

financeira e dos resultados da sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação.

Mais entendem que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da

posição da sociedade e das empresas incluídas no perímetro de consolidação e contém uma descrição dos

principais riscos e incertezas com que se defronta.

Maia, 28 de Fevereiro de 2012

O Conselho Fiscal,

Manuel Heleno Sismeiro

Armando Luís Vieira de Magalhães

Jorge Manuel Felizes Morgado