Songbook Anaquim

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Introduo

Todos os msicos a dada altura do seu percurso quiseram aprender msicas de outras bandas ou artistas. E se por um lado tentar descobrir os acordes por meio prprio um timo meio de progresso, pode ser frustrante deixar de tocar uma msica s porque se est encalhado em determinado ponto, ou porque no se sabe fazer este ou quele acorde. Alm disso ter uma tablatura ou partitura serve sempre pelo menos como meio de confirmao.

Ns em Anaquim no somos exceo. Por isso decidimos fazer este livro para que as pessoas possam aprender as nossas msicas da maneira que elas foram gravadas em disco. Claro que isto no invalida que faam as vossas prprias verses dos nossos temas, mudando os ritmos ou as progresses harmnicas. O que interessa ter a coragem de as interpretar. Afinal de contas as msicas nascem por obra de uns quantos, mas vivem por obra de muitos mais.

De resto, divirtam-se!

Jos Rebola

Prefcio

Todos

os

msicos de outras

a

dada bandas

altura ou

do

seu

percurso E se

quiseram um

aprender tentar est

msicas

artistas.

por

lado

descobrir os acordes por meio prprio um timo modo de progresso, pode ser frustrante deixar de tocar uma msica s porque se encalhado em determinado ponto ou porque no se sabe fazer este ou aquele acorde. Alm disso ter uma tablatura ou partitura serve sempre, pelo menos, como meio de confirmao. Ns em Anaquim no somos exceo Por isso decidimos fazer este livro, para que as pessoas possam aprender as nossas msicas da maneira que elas foram gravadas em disco. Claro que isto no invalida que faam as vossas prprias verses dos nossos temas, mudando os ritmos ou as progresses interpretar. harmnicas. Afinal de O que interessa as msicas ter nascem a coragem obra de de as uns contas, por

quantos, mas vivem por obra de muitos mais. Divirtam-se!

ANAQUIM

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ndicendice Consideraes As Vidas dos Outros Horas Vagas Ldia Lusadas Chama-me Vida Na Minha Rua O Meu Corao Balalaikas Bocados de Mim Monstros Saltimbanco Vampiros Metamorfose Pobre Velho Louco A Morte Saiu Rua Tom Sawyer 3 4 5 10 13 18 21 24 28 32 38 41 46 50 54 58 62 64

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ConsideraesOs acordes (ou cifras) encontram-se no sistema anglo-saxnico, cuja correspondncia com o nosso a seguinte:

A L

; B Si ; C D ; D R ; E Mi ; F F ; G Sol

Os diagramas dos acordes so apenas sugestes, havendo sempre formas alternativas de os fazer.

Pressupe-se alguma familiarizao com as tablaturas de guitarra. Em caso de dvida, consultem, por exemplo, os seguintes sites:http://alunos.lis.ulusiada.pt/11064601/comolertab.htm

(em portugus)http://www.ultimateguitar.com/lessons/for_beginners/guide_to_tab_notation.html?no_takeover

(em ingls) Apresentam-se aqui as harmonias originais mas elas podem, em alguns casos, ser simplificadas. Como exemplo, acordes de stima (C7) ou nona (C9) podem ser simplificados por acordes maiores normais (C).

Nota para os acordes diminutos, cuja representao feita por dim ou pelo smbolo correspondente , sendo as duas formas equivalentes.

Confiem nos vossos ouvidos mas, para esclarecimento dvida, no hesitem em contactar-nos via facebook https://www.facebook.com/anaquimbanda

de

qualquer

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As Vidas dos OutrosIntro (VER TABLATURA):B7 E E C C E E C# C# F#9 C7 B7 E C#7 F#9 B7

F#9 C7 B7

Verso:E A B Eu sou to bom a falar das vidas dos outros E Am B H sempre um conselho a dar p'rs vidas dos outros G#m F# Nada eterno e se aguentarmos todo o mal tem fim E F# Am B fcil ter calma quando a alma no me di a mim Eu sou to bom a tornar todo o mal inerte Se aos outros que lhes custa que o passado aperte Mas quando a inquietude vem toda para o meu lado Deita-se desnuda e no desgruda at me ter vergado

Ponte:G#7 C#m to simples quando estou de fora G#7 C#m A ver passar as nuvens pelo ar D C#m Aplaudir, rever-me e concluir F#m G# Que eu tambm j l estive e... F#m G# C#m J soube ultrapassar G#7 C#m S a mim que ningum me entende G#7 C#m e a minha dor no tem como acabar D C#m Ai quo melhor era acordar um dia F#m G# A B E E ter as vidas dos outros todas em meu lugar

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Refro:E C As vidas dos outros, nunca me soam mal E C# Vem problemas no que no fundo normal F#9 C7 B7 Ai se eles soubessem como viver assim E C#7 F#9 B As vidas dos outros so to simples para mim E C As vidas dos outros, nunca me soam mal E C# Vem problemas no que no fundo normal F#9 C7 B7 Ai se eles soubessem como viver assim E C#7 F#9 B As vidas dos outros so to simples para mim E C#7 F#9 B E As vidas dos outros so to simples para mim

Interldio:E A B E C#m A B E

Verso:Eu sou to bom a falar das vidas dos outros Sempre me sei comportar nas vidas dos outros Volta, revolta, o melhor est para vir Solta tudo agora, no demora tornas a sorrir Eu sou to bom a apagar qualquer mau momento Se aos outros que lhes bate porta o sofrimento Mexe, remexe, alguma coisa hs-de encontrar A soluo procurar

Paragem:E F# Eu sou to bom a falar,eu sou to bom a cantar Am B eu sou to bom a contar as vidas dos outros E F# Eu sou to bom a falar, Eu sou to bom a curar Am B7 Tudo menos o meu prprio mal

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Refro:As vidas dos outros, nunca me soam mal Vem problemas no que no fundo normal Ai se eles soubessem como viver assim As vidas dos outros so to simples para mim As vidas dos outros, nunca me soam mal Vem problemas no que no fundo normal Ai se eles soubessem como viver assim As vidas dos outros so to simples para mim

Final:E A B E

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Horas VagasIntro:Bm Bm Em Bm A A D D F F F# F# Em Bm Bm Bm B F Bm Bm Em Bm A A D D F F F# F# G Bm G F# G F# Bm Bm

F# F F# G F# A7

Verso:D Pus as mos frente pra no perceber D Tentei que o segredo fosse esconder Bb A D Que h quem diga que a vida dos outros, esto loucos Mas no evito que essa ideia cresa em mim Eu prprio j pensei que fosse assim Tudo um grande embuste de quem chora, agora

Ponte:Bb A D Temo que a razo se escape a quem teimar em no mudar Bb A D E Filhos da caverna que outros ajudaram a povoar Gm A F# Bm De um irrespirvel ar, que canta e dana e entretm quem vem C# Mas sempre insiste, que s ele existe, G F# Bm e ai de quem negar t-lo por rei A7

Verso:Saibam que eu nem sempre fui um escravo fiel Noutros tempos tive o meu papel De Messias estereotipado, moldado Mas nada reneguei por me julgar sozinho, Seno ainda me perdia plo caminho que as indicaes so pouco claras, e raras

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Ponte:S nas horas vagas eu desperto e vejo, o que desejo S nessas horas vagas novas sombras so cativa iluso De uma outra criao, que canta e dana e entretm quem vem E ainda que teime, que s ela reine, de bom grado a aceito como lei

Interldio:Bm C# Mas no vou conseguir, se no chegar a entender Em F# Bm Se m vontade ou simples tradio sofrer Bm C# Eu no vou muito longe, nesta incerta viagem Em F# Bm Se o combustvel for minha coragem Encosto-me a dormir e a aceitar o que nego Qualquer paisagem serve a um olhar cego E melhor esquecer que j tive outra prece, Que a vida bem premeia quem merece

Final:Bm C# Como animais, como animais, Em F# Bm vou-me curar do vcio de querer sempre mais Bm C# Em F# Bm Como animais, como animais, enquanto ainda no tarde de mais Bm C# Como animais, como animais, Em F# Bm curei-me do desejo de querer sempre mais Bm C# Em F# Bm6 Bm Como animais, como animais, enquanto ainda no tarde de mais

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LdiaIntro: (VER TABLATURA)Dm E Dm/F E x4 Dm E Dm/F E Dm Dm E Dm/F E Dm E Dm/F Dm/F E E Dm/F Dm/F E Dm E Dm/F E Dm Dm E Dm/F E Dm E A A A Dm A

Parte 1:Dm Gm A Quem te falou em escolhas certas mentiu-te Dm Gm A Quem te apontou caminhos sem os percorrer Dm Gm C F Quem te mostrou suas aguarelas nas telas pintadas Bb E A por uma s forma de ver Dm Gm A Quem te falou numa verdade enganou-te Dm Gm A H mais verdades escondidas por a Dm Dm

Dm Gm A Somos volteis somos feitos de contrrios Dm Gm A Dm Somos todos santos somos todos mercenrios

Ponte:Dm E Dm/F E Dm E Dm/F E Sa- cri - fi - co minha vontade, Dm E Dm/F E Dm E A A por um tiro no escuro que nos deixa ss Dm E Dm/F E Dm E Dm/F E Custa ver que na realida-de Dm E Dm/F E Dm A Dm o tiro no foi no escuro o tiro foi em ns No pretendo no fazer erros, vou aprendendo com o mal que trago em mim E se aprendo sinto-me gente, que s gente quem consegue ser assim

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Refro:Dm Bb E Algum, A Dm que vendo o mal nunca est bem E Bb E

A Dm Bb Que vendo o mal nunca est bem, A Dm que vendo o mal nunca est bem Dm Bb E Algum,

Bb E A Bb E

A Dm que vendo o mal nunca est bem E

A Dm Bb Que vendo o mal nunca est bem, A que vendo o mal nunca est Dm E Dm/F E Dm bem E Dm/F E

Dm E Dm/F E Dm

A

Dm

Parte 2:Dm Algum me disse que a vida passa a correr Gm Dm E A E eu fui na corrida sem sequer me aperceber Dm Algum me disse que a vida passa a correr Gm Dm A Dm E eu fui na corrida sem parar pra abastecer Dm C Bb F A vida so dois dias disse um homem j maduro Gm Dm E A Tive um ontem e hoje o mais certo no ter futuro Dm C Bb F O velho do Restelo diz que a vida so dois dias Gm Dm A Dm E entre o choro e o riso eu no deixei horas vazias

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Parte 3:Dm A7 Dm Ldia enlacemos as mos vamos ficar ento A7 somente a ver passar o rio Dm A7 Dm Ldia joguemos xadrez faamos isso em vez A7 de dar guerra o nosso brio Dm A7 Dm Ldia, sejamos alheios aos desgostos feios A7 de quem j no quer quem tem Dm A7 Dm Mas Ldia,eu sinto-me vazio a ver passar o rio, A sem te ter nem fazer por ser

Refro:Algum, que vendo o mal nunca est bem Que vendo o mal nunca est bem, que vendo o mal nunca est bem Algum, cuja maldio afinal Est nessa fraqueza carnal, de querer o bem e ter o mal

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LusadasIntro:D D G A A x3

Verso:D B E Este o nosso triste fado, A G# G F# Do vamos andando e do pobre coitado F# Bm Velha cano em que a culpa do estado Bb A Por ser o espelho do reinado E a histria, por mais do que uma vez Foi mais cruel que a de Pedro e Ins Levou-nos o que tanta falta nos fez, Sem deixar razes ou porqus

Ponte:Bm Temos fuga ao fisco, estradas de alto risco E Temos valiosos costumes e tradies D A Que eu no percebo, se nos maldizemos, quais as razes? Temos chicos espertos, burlas e protestos Temos tantos motivos pra sorrir Que eu nem imagino qual ser a desculpa que vem a seguir

Refro:D C# D C# C B Gosto tanto deste pas, s no entendo o que o faz feliz E Se rir da misria de outros, quando a vemos A A7 Ou chorar da nossa prpria, quando a temos

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D C# C C# C B Gosto tanto deste pas, s no entendo quando ele se diz E Senhor de um futuro maturo, duro mas seguro A D Eu juro que ainda no o vi

Interldio:D D G A x3 A Bb Bm

Parte 2:Bm Os queixumes, sei-os de cor E Endereados, a Nosso Senhor D Intercalados, com suspiro ou dor A De um bom sofredor. Dentro de momentos, seguem-se os lamentos No h dinheiro prs medicamentos No h dinheiro pra tantos sustentos To longe vo outros tempos

Solo 1 e 2:(igual a verso)

Solo 3 e 4:(igual a ponte)

Refro:Gosto tanto deste pas, s no entendo o que o faz feliz Se rir da misria de outros, quando a vemos Ou chorar da nossa prpria, quando a temos Gosto tanto deste pas, s no entendo quando ele se diz Senhor de um futuro maturo, duro mas seguro Eu juro que ainda no o vi

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Chama-me VidaIntro:Am Am Am Bm7(b5) Bm7(b5) E E Dm Am E

Verso:Am Cada dia era um dia, cada hora dizia G C E Am Algo novo sobre ser mulher, sobre ser maior Dm E Sobre o medo e o amor Am Cada olhar, cada adeus, cada gesto dos seus G C E Am Era luz, era choro, era canto, era pouco e era tanto Dm E Do seu manto de cor

Ponte:B F#m C#m E no fundo a fobia da ancoragem, essa eterna viagem D A F A Bem tentava curar, pra ter algo de seu D A F E Am Mas s no nada querer, ela nada perdeu Bm7(b5) E (Toda a gente dizia)

Refro:Am Dm Suga-me at ao tutano e chama-me vida E Am Deixa-me ser a paragem da tua corrida Am/G Am/F#

F Dm Mesmo os rios mais inquietos descansam num mar E Am No quero que um dia caias de tanto voar Bm7(b5) E (E ela respondia)

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Am Dm Voo porque l em cima me deixam sonhar E Am Cada paragem que fao s pra descansar Am/G Am/F#

F Dm Mas levo tudo em minhas guas, no quero apagar-te E Am Chamo-te vida se dela quiseres fazer parte Bm7(b5) E

Interludio:(igual intro)

Verso:Cada cho era um palco, cada rua um teatro Mesmo o erro era um sbio juzo e ao chorar com um sorriso Era fcil sofrer Se temia arriscava, se gostava beijava Sem qualquer preconceito a mensagem que sua passagem Ensinava a viver

Solo:(igual ponte)

Refro:Suga-me at ao tutano e chama-me vida Deixa-me ser a paragem da tua corrida Mesmo os rios mais inquietos descansam num mar No quero que um dia caias de tanto voar Voo porque l em Cada paragem que Mas levo tudo em Chamo-te vida se cima me deixam sonhar fao s pra descansar minhas guas, no quero apagar-te dela quiseres fazer parte

Final:(igual intro)

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Na Minha RuaIntro: (VER TABLATURA)Cm

Verso:Cm Na minha rua, h restos de vidas Cm Restos de famlias de mes desaparecidas G#7 G7 E outras h que deram vida s vidas que por ali param G#7 G7 Vindas de passagem e de passagem l ficaram Na minha rua h restos de cartazes Restos de eleies, de sim ao aborto e outras frases Que eu no votei mas fiz presso pra que outro algum votasse E a minha conscincia passa a vida num impasse

Refro:Cm G D# F G#7 Na minha rua h restos de mim por todo o lado G7 Espalhados pelo tempo e pelo espao Cm G D# F G#7 Na minha rua h pedaos de mim por toda a parte G7 Rasgados e atirados pelo ar

Paragem:Cm

Verso:Na minha rua h restos de namoros De beijos e abraos de zangas e desaforos E eu no tive ningum que se dignasse a odiar-me No meu mau feitio de preguia, humor e charme Na minha rua h restos de noites, Restos de garrafas, bebedeiras e aoites Gemidos disfarados pla euforia dos turistas porta de botes to baratas como ariscas

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Refro:Na minha rua h restos de mim por todo o lado Espalhados pelo tempo e pelo espao Na minha rua h pedaos de mim por toda a parte Rasgados e atirados pelo ar

Solo:(igual a verso)

Refro:Na minha rua h restos de mim por todo o lado Espalhados pelo tempo e pelo espao Na minha rua h pedaos de mim por toda a parte Rasgados e atirados pelo ar

Final:Cm F to bom saber que h vida assim Cm F Ai faz to bem, saber com quem contar D# D Eu quero ir, poder ento fugir G# G bom pra mim bom pra quem to bem me quer

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O Meu CoraoIntro: (VER TABLATURA)G D 4x

Verso:G D O meu corao um viajante, G D que se entrega num instante por a aonde for G D Acha que sabe bem o que eu preciso, G D prende-se a qualquer sorriso, sem motivos de maior G D G D O meu corao inocente, pensa que a vida um mar de rosas A D A D Mas eu que vi espinhos em toda a gente, afasto essas certezas duvidosas O meu corao um bicho muito estranho que se esconde e no responde a quem chamar Alrgico ao exterior vive na toca, onde se esconde e sufoca por no ver entrar o ar O meu corao vive trancado, diz-se que atirou a chave ao mar E eu que a procurei por todo o lado, s me resta assim continuar

Refro:G D Corao triste, no me arrastes em teu passo G D Meu corpo insiste em decidir o que fao Am B7 Em D/F# G Se eu vir que sim tu vires que no eu c vou bem sem corao A D Entre o morrer de amor e o viver nesta priso G D Corao louco, no me imponhas o teu vcio G D Que a pouco e pouco, vou cedendo ao sacrifcio Am B7 Em D/F# G que eu sei bem que se acordares e procurares por a, A D G encontras outro corao pra ti

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Verso:O meu corao uma criana, ansiosa pela dana de quem lhe estender a mo Mas este caprichoso e corrosivo, analista compulsivo que no chega concluso O meu corao segue as novelas, jubila com as falas das actrizes O meu carrega histrias de mazelas, e afasta-se desses finais felizes

Refro Interludio:G G A D7 2x

Ponte:Em B7 Falei primeiro a bem por ser assunto de respeito B7 Em Mas no me deu ouvidos, prosseguiu naquele jeito Am Em Mudei prs ameaas, tentei que usasse a razo F# B Mas palavra estranha pr meu pobre corao Em B7 Farta desses maus tratos fiz as malas e parti B7 Em E logo te encontrei com o mesmo mal de que eu sofri Am Em A mesma frustrao, a mesma pose, o mesmo olhar F# B E em teu toque senti no meu corpo outro pulsar Am G Juntos rimos de tudo s chormos nas novelas F B7 Fingimos ser crianas e danmos como elas Am G Perdemos noite e dia, e entre histrias e canes D Juntmos nomes, gostos e moradas, e quase sem dar por nada encontrmos coraes

Refro

FinalG D (7x) G

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Bocados de Mim(s vozes) Eu gostava de ser dessas pessoas positivas que andam pela vida cheias de planos pra amanh Que dizem frases feitas mas tm suas prprias manias e as outras gostam delas porque elas so mesmo assim Eu gostava que no fundo o mundo fosse simples, que o dia fosse um barco e a noite fosse um cais Se tudo fosse sim ou no pra mim era mais fcil e eu no tinha que magoar as pessoas que gosto mais

Verso:D G Eu gostava de ser mais ajuda pr famlia, Em A de aprender a fazer bolos em casa da minha av D G Porque ela me quer l e at faz alguns petiscos Em A coa minha me a ajudar pra que ela no se sinta s D G Eu gostava de me lembrar mais de algumas coisas Em A que a vida foi levando em tratamentos de choque D G De me recordar de cheiros, de barulhos Em A D e dos discos com que a minha irm me ensinou a ser algum do rock

Ponte:Bm F#m Mas ando pela vida feito placa de auto-estrada, G D A que ensina o caminho aos outros mas pouco sabe de si Bm F#m Mas ando pela vida por ver andar meus amigos, G Em A D e confesso que por v-los nem me custa andar a

Interldio:D G A G A D 2x

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Verso:Eu gostava de ser um assunto mais peculiar, como o blog da Filipa e os textos que l diz Qualquer coisa que tivesse algum efeito nas pessoas como os poemas da Ins ou as anedotas do Lus Eu gostava de me dedicar aos trocadilhos, que me fazem perder tempo e no fazem rir ningum Porque h coisas que no so pra rir so s para ter pinta j dizia o meu pai e eu s agora entendi bem

Ponte:Mas sem Mas que ando pela vida cinzento e esbatido, ter a coragem de convidar gente pra danar ando pela vida sem ter a lata do Hugo, capaz de fazer tudo para a malta se animar

Interldio

Verso:Eu gostava de saber explicar bem o que sinto, de no mentir como minto quando digo que estou bem Porque todos temos dores e para cheirar as flores desbravamos os caminhos com a ajuda de quem vem Eu gostava de ser qualquer coisa mais bonita, fosse o sorriso da Rita fosse o carinho da Rute De lutar cegamente por aquilo em que se acredita porque h lutas que se perdem mas precisam que algum lute

Ponte:Mas ando pela vida s vezes sem ser sincero, isso l me vai custando quando hora de deitar Finjo ser a pessoa que eu quero que os outros gostem, e acabo a no ser nada que valha a pena gostar

Final:G A D G A D So s bocados de mim, so s bocados de ns G A Bm G Em A D So s bocados que eu enfim, deixei ir na minha voz So s bocados de mim, so s bocados de ns So s bocados que eu enfim, deixei ir na minha voz

Fim:D A D A D A D

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MonstrosIntro baixo (VER TABLATURA compassos 1-8):Dm Dm C C Bb Bb A A Dm Dm F F Bb Bb A A

Riff1 (VER TABLATURA compassos 9-17):Dm C Bb A x4

Verso:Dm C Bb A Eu no acredito que seja abenoado Dm C Bb A Se algum me enfeitiou foi o prprio Diabo Dm F G A Coitado! Que feitio to mal empregue Dm Bb A Dm Podia t-lo guardado para o Sr. que se segue Leva a tua avante que eu levo a minha cruz Troco o masoquismo por algum que me seduz E a luz, que nunca chega a ser a minha Ofusca nos momentos em que a razo me convinha

Ponte:Gm Dm No queiras salvar algum que nasce condenado Gm Bb Ab A Dm No queiras a calma de uma alma enforcada na negao de si

Riff2 (solo): Dm C Bb A

x3

Dm

C

Bb

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Refro:A Dm A Dm Mas bem l no fundo, sei que h mais no mundo Gm C F E Que escapam aos padres ditos normais, e banais A Dm A Dm Incompreendidos, auto-excludos F C Bb A D5 Monstros com bocados a menos, com pecados a mais F C Bb A D5 Monstros com bocados a menos, com pecados a mais D5b D5b

Riff1:(igual intro)

Verso:Eu no acredito na bela sem seno Vivo iludido com a prpria iluso E no me digam que ela no existe O mundo ao fim ao cabo de quem lhe resiste Leva a tua avante que eu levo o que restou Que interessa o que seria se no fosse como sou No vou modificar minha vontade S porque mais ningum lhe v um vu de verdade

Ponte:No queiras o hoje de um eterno insatisfeito Amanh a fria de um mundo imperfeito volta pra se vingar em ti

Riff2

Refro:Mas bem l no fundo, sei que h mais no mundo Que escapam aos padres ditos normais, e banais So postos de lado, marginalizados Monstros com bocados a menos, com pecados a mais

(3x)

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SaltimbancoRiff:Am Am Dm Dm Am Am Dm Dm Am Am B7 Dm E E Am

Verso:Am O meu destino simplesmente andar plo mundo Dm E Pode no ser profunda esta tarefa que me escolhem, em que me acolhem, Am onde tudo dura um segundo Am A minha vida simplesmente ler poemas, Dm E Filmes de cinema com finais j conhecidos, fazer rudos Am Am/G F E Am Para ouvidos incompreendidos, numa tentativa de ateno

Ponte:Dm E Incaracteristicamente falando eu gosto, F C e o gosto dos outros se bom gosto meu tambm E Am Am/G Se ouvir ensina eu aprendo mais do que preciso, F E Am sem ter que dar lies pra ningum Insuspeitamente falando at aposto, viro melhores dias do que o dia que a vem Mas sem degraus uma escada parede e no caminho valem pelo uso que eles tm

Riff

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Verso:A minha vida terreno fronteirio, Onde o dia acaba e a noite continua, pesada e nua Queimando seu fogo mortio A minha vida de versos e reversos, Propsitos imersos sob o manto da rotina Que recrimina qualquer impulso que lhe fuja ao brao Por ter medo dos que o seguiro

Ponte:Incaracteristicamente eu contribuo Pra qualquer conluio que faa frente razo Se sero bons coisa que ainda ningum sabe ao certo, Mas decerto piores no sero Mas inequivocamente haja a lembrana Que so ms as mudanas para a mesma condio Qualquer destino melhor do que o de um saltimbanco Que anda sem nunca ter o seu cho

Riff final:Am Am Am Dm Dm Am Am Dm Dm Am Am B7 Dm E E Dm E F E Dm E Am

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VampirosIntro (VER TABLATURA):B7 Em Em C B7 Em C x4

Verso:Em Reza a histria que os vampiros j cansados D Em Retornaram ao covil pla madrugada Am Em E entre brumas e despojos retrataram C B7 Cicatrizes de uma luta atribulada Em Mas o mal nunca dorme e pouco descansa D Em Que a vingana nunca espera por ningum Am Em E ponto certo que ao vir outro dia D C B7 Em outra noite vir tambm

Riff 1:Em C B7 Em Em C B7 Em Em Em B7 Em

Verso:Bem astutos disfararam os seus dentes E vestiram outra pele e outra cara Enganavam primeira vista os crentes Enganavam em quem Deus acreditara E ao sarem Prontamente E o sorriso Pelo sangue para a rua a seu contento a cidade lhes sorriu transformou-se num lamento que lhes fugiu

Riff 2:Em C B7 Em Em C B7 Em Em C B7 Em B7 Em

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Refro:D G Tem cuidado que aos morcegos nada escapa B7 Em e da sua capa espreitam quem F Em Lhes franqueia as suas portas chegada B7 Em na inocncia de lhes querer bem D G E cautela vai olhando pelos espelhos B7 Em com uma estaca pronta a usar F Em que os vampiros hoje em dia nada temem D C B7 Em e bebem sangue do mesmo mar

Riff3:Em C B7 Em Em C B7 x4 Em C B7 Em Em C B7 Em

Solo:Em Em Am Em C Am F Am B7 C F B7

Refro:Tem cuidado que aos morcegos nada escapa e da sua capa espreitam quem Lhes franqueia as suas portas chegada na inocncia de lhes querer bem E cautela vai olhando pelos espelhos com uma estaca pronta a usar que os vampiros hoje em dia nada temem e bebem sangue do mesmo mar

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Final Em C B7 Em

Em C

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MetamorfoseRiff:C#m D C#m B A G#m6 C#m x2

Verso:C#m Era uma vez um jovem sem ofcio, A sem respeito pelo sacrifcio,

G#m C#m Sem respeito pelo que a famlia sempre lhe deu C#m A Ficou patente desde tenra idade, que se afastou da sociedade G#m6 C#m Na escolha de viver num sfrego inferno seu

Ponte:D F6 Mas subitamente, algo se fez diferente, A E ento mudou, rompeu, jurou D F6 Levar-se mais a srio, lutar contra o imprio A Gritou, marchou G#7 C#m D C#m E v-lo insatisfeito, de estrela vermelha ao peito B A G#7 C#m E a lutar por direitos que nem sabia serem seus.

Riff Verso:O pai ento andava deprimido, culpava-se pelo sucedido Buscava falhas no seu modo de educar Era coisa que no estava prevista, sair-lhe um filho comunista Ateu e anti-benfiquista pra piorar

Ponte:Mas instintivamente, algo se fez diferente E ento mudou, reviu, jurou No se levar a srio, fazer parte do imprio Comprou, gastou E v-lo engravatado, lugar cativo no estdio, Jantar em clubes privados e a pagar com cartes

Riff

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Interldio (discurso):C#m A G#m C#m x4

Solo baixo e voz (VER TABLATURA):Depois veio o pior, fez amor com quem no amava e desse amor nasceu um sofredor, mal educado no tempo livre dos pais, o sofredor cresceu, e aprendeu, que no nosso mundo pouco h de seu e ento escolheu, todo o caminho que lhe foi dito evitar

Riff

(apenas uma vez)

Ponte 2:D F6 Tentou mudou, mudou gostou, gostou fartou, fartou mudou D F6 Tentou mudou, mudou gostou, gostou fartou, fartou mudou G#7 C#m D C#m E agora diz gente, que por demais evidente, B A G#7 C#m Que a teima de ser diferente no o ensinou a ser s A A

Solo bateria:(acordes do riff)

Riff

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Pobre Velho LoucoIntro (VER TABLATURA):A F# B7 E7

Verso:A F# Eu sou um pobre velho louco que a saudade enjeitou B7 F E7 Guardo a alegria num canto e a tristeza no que restou A F# Eu nunca fui a direito, isso deu cabo de mim B7 F E7 Quando te perdes em estradas no tardas a achar um fim

Ponte:D D# A F# E um copo de vinho em cima da mesa B7 D# A F# Um gira-discos berra msica francesa B7 D# A F# O gato aos ps, quase a adormecer B7 E7 A G# G F# No h melhor maneira de morrer F E7 A No h melhor maneira de morrer

Solo:A F# B7 E7 2x

Verso:Eu sempre fui bom em planos, sempre fui Tento uma vida de luxo levo uma vida de No sei quem traa os destinos mas deve Essa gente de alta roda que dita a moda mau em aco co ser engraado do fado

Ponte:Meio copo de vinho em cima da mesa Um gira-discos canta msica francesa O gato aos ps, quase a adormecer No h melhor maneira de morrer, No h melhor maneira de morrer

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Solo:A F# B7 E7 2x

Verso:Vais ficar triste e sozinho, j dizia a sbia gente E essas lembranas de esperana batem leve levemente Como quem chama por mim, como quem sopra um conselho Amigos eu j vou tarde, eu sou louco, pobre e velho

Ponte:J no Ressoa O gato No h No h h mais vinho e a msica acaba a hora certa na porta de entrada dorme e os ps comeam j a aquecer melhor maneira de morrer mesmo mais nada a fazer

Solo:A A F# F# B7 E7 3x E7 Amaj7 B7 E7 A G# G F# F

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A Morte Saiu RuaIntro piano

Verso:F#m A E F#m A morte saiu rua num dia assim F#m A E F#m Naquele lugar sem nome pra qualquer fim F#m A D Uma gota rubra sobre a calada cai Bm A E F#m E um rio de sangue de um peito aberto sai O vento que d nas canas do canavial E a foice duma ceifeira de Portugal E o som da bigorna como um clarim do cu Vo dizendo em toda a parte o pintor morreu

Interludio:F#m A E F#m x3

Verso:Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual S olho por olho e dente por dente vale lei assassina morte que te matou Teu corpo pertence terra que te abraou Aqui te afirmamos dente por dente assim Que um dia rir melhor quem rir por fim Na curva da estrada h covas feitas no cho E em todas floriro rosas duma nao

Final:F#m A E F#m x4

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Tom SawyerIntro (VER TABLATURA):F

Verso:F Dm Vs passar um barco rumando pr sul F Brincando na proa gostavas de estar Dm Voa l no alto por cima de ti F um grande falco s o rei s feliz

Ponte:Bb E quando tu... Gm vs o Mississipi C voas com a mente

Bb Gm Eb Tu... saltas pela ponte e...

Verso:Nuvens de tormentas esto sobre ti Cobrem todo o cu por cima de ti Corre agora corre e te esconders entre aquelas plantas ou te molhars

Ponte:E sonhars que s um pirata tu... sobre uma fragata tu... sempre frente de um bom grupo de raparigas e rapazes

Refro (x2):F C Tu andas sempre descalo, Tom Sawyer F C Por a a passear, Tom Sawyer Bb C F Dm mil amigos deixars, aqui e alm Gm Eb C descobrir o mundo, viver aventuras

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Solo:(acordes do verso)

Ponte:E sonhars que s um pirata tu... sobre uma fragata tu... sempre frente de um bom grupo de raparigas e rapazes

Refro (x4):Tu andas sempre descalo, Tom Sawyer Por a a passear, Tom Sawyer mil amigos deixars, aqui e alm descobrir o mundo, viver aventuras

Final:F

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ANAQUIM 2011 69