2
8/2/2019 SOS MONOGRAFIA SARAIVA http://slidepdf.com/reader/full/sos-monografia-saraiva 1/2 A metodologia tem o papel de suporte e incentivo à pesquisa; é um instrumento fundamental para desenvolver a capacidade de construir conhecimento. Partimos do pressuposto de que os homens não estão prontos e aca- bados; sendo assim, devemos estar sempre dispostos a aprender. Dentro das universidades e faculdades, a pesquisa científica assume papel relevante na formação dos alunos e é um dos desafios do sistema educacional de nosso país. O sociólogo Pedro Demo lembra aspectos necessários para o cidadão e trabalhador moderno: o domínio sobre a capacidade de aprender a aprender e saber pensar funcionam como garantias para uma atuação inovadora e produtiva. É imprescindível que o aluno tenha sua criatividade estimulada, pro- duza trabalhos científicos inovadores, combinando diversas fontes de informação, estabelecendo diálogos e conclusões a partir delas, fugindo sempre das meras reproduções. A pesquisa, portanto, exige criatividade e inovação, unindo teoria e prática. Cada vez precisamos mais de educação de qualidade, e um dos caminhos para atingir esse grau de excelência é o desenvolvimento de trabalhos científicos. Aliás, não podemos esquecer o conteúdo do art. 205 de nossa Consti- tuição Federal, que estabelece a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, a ser promovida e incentivada com a colabora- ção da sociedade. O objetivo é o pleno desenvolvimento da pessoa, sua preparação para o exercício da cidadania, além de sua qualificação para a atividade produtiva. O contrário de ciência é o que denominamos senso comum ou opi- nião, caracterizados pela ausência de questionamento sistemático. O senso comum não é científico, porque é aceito sem crítica, exame ou discussão. Embora não recorra ao questionamento sistemático, o senso comum também é útil para o desenvolvimento da ciência, pois nos permite ana- lisar a realidade de forma concreta. Em muitos temas da ciência preci- samos trazer o real, a experiência vivida, para que o trabalho científico tenha utilidade, possa ser aplicado em nossa sociedade. No contexto do senso comum existe ainda o que chamamos de bom senso, caracteriza- do pela percepção simples – mas adequada – da realidade. A elaboração de um trabalho científico requer bom senso, que se traduz, entre outros exemplos possíveis, na forma de argumentar com simplicidade, na adequação do conteúdo ao tema, na quantidade de citações e notas de rodapé apresentadas. Esclarecemos, desde já, que o trabalho científico pode ser uma monografia, uma dissertação ou uma tese, modalidades que adiante iremos conceituar. Os trabalhos científicos ocorrem em torno de uma ou mais hipóteses de trabalho. Mas que é a hipótese de trabalho? Na prática, levantar uma hipótese é criar questionamentos, inda- gações que nos levem a encontrar respostas satisfatórias ao longo do trabalho. De acordo com os ensinamentos de Pedro Demo, uma hipóte- se de trabalho é o levantamento, a proposição de um problema que se buscará esclarecer por meio de uma abordagem científica, isto é, crítica, sistemática e rigorosa. Em princípio trabalhamos com uma hipótese, isto é, com uma afirmação presumida ou possível, já que não sabemos se é verdadeira ou não ou se de fato encontraremos uma solução para o problema levantado. Ao nos depararmos com o tema do trabalho científico devemos in- dagar o porquê de o desenvolvermos, determinar os motivos que nos levaram a escolher aquele aspecto ou questão. É importante levantar esses motivos para que, a partir deles, possamos formular a hipótese ou as hipóteses de trabalho. Em uma abordagem sucinta, podemos dizer que a hipótese de traba- lho é a grande pergunta capaz de nos conduzir através da pesquisa ao desenvolvimento de determinado tema. O conceito de educação, como a própria Constituição reconhece, deve ir além da simples qualificação para o trabalho. A educação deverá pos- sibilitar o desenvolvimento de todas as habilidades humanas, dentre as quais ressaltamos a importância da preparação do indivíduo para o exer- cício da cidadania. O empenho na produção de conhecimento por meio da realização de trabalhos científicos constitui instrumento primordial para a prática ple- na da cidadania, e a inovação é fundamental na produção desse conhe- cimento. Cabe ao pesquisador, para alcançar o novo, buscar a necessária inovação e manter um persistente questionamento sistemático crítico e criativo, como ensina o já citado Pedro Demo. Fazer ciência pressupõe suscitar questões sempre rigorosas em bus- ca da sistematização do conhecimento. Para caracterizar determinada ciência, é necessário existir um objeto e um método a ser aplicado na construção do conhecimento. Tomemos a definição de ciência como o questionamento sistemático crítico e criativo, aliado à intervenção prática inovadora. Teoria e prática pressupõem um relacionamento lógico-dialético, mú- tuo apoio e interdependência relativa, isto é, a prática requer a neces- sidade da teoria, assim como a teoria requer algum conhecimento da prática. O filósofo Nicola Abbagnano define ciência como o conhecimento capaz de incluir, seja de que modo for, alguma justificação amplamente aceita. Seu oposto é a opinião, cuja única garantia é fornecida por seu próprio anunciador. A ciência tem compromisso com a crítica, com o que é passível de discussão e também com a busca da verdade. Podemos dizer que a ci- ência é uma pretensão de conhecimento, que se empenha em reunir e D EFINIÇÃO DE CIÊNCIA N OÇÕES SOBRE PESQUISA CIENTÍFICA D EFINIÇÃO DE SENSO COMUM H IPÓTESE DE TRABALHO examinar argumentos favoráveis e desfavoráveis em relação a deter- minado assunto. A ciência implica, ainda, qualidade formal. É preciso que o trabalho a ser desenvolvido seja formalmente lógico, que apresente uma siste-ma- tização e a ela obedeça. O texto científico não pode apresentar contradi- ções, pois nesse caso deixaria de ser científico, rigoroso e siste-matizado. Quem desenvolve uma pesquisa científica, elabora um trabalho cien- tífico precisa trazer qualidade política para esse trabalho, pois a comu- nicação deve ser crítica e realizada de forma aberta e democrática. É pre- ciso participar como sujeito crítico e criativo. Ressaltamos que a crítica presente na ciência não deve dar-se pela mera vontade de criticar, mas para fundamentar, argumentar, construin- do ou reconstruindo conceitos e práticas que não são úteis em nossa sociedade. Precisamos inovar e reconstruir o conhecimento fazendo uso exatamente dessa espécie de capacidade crítica e sistemática. Quando abordamos o tema ciência, não significa que a pesquisa deva ser pautada pela objetividade ou pela neutralidade, pois podemos afir- mar que é impossível a existência de neutralidade científica. A ideologia se faz presente e deve estar inserida nos trabalhos científicos.

SOS MONOGRAFIA SARAIVA

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SOS MONOGRAFIA SARAIVA

8/2/2019 SOS MONOGRAFIA SARAIVA

http://slidepdf.com/reader/full/sos-monografia-saraiva 1/2

A metodologia tem o papel de suporte e incentivo à pesquisa; é uminstrumento fundamental para desenvolver a capacidade de construirconhecimento.

Partimos do pressuposto de que os homens não estão prontos e aca-bados; sendo assim, devemos estar sempre dispostos a aprender.

Dentro das universidades e faculdades, a pesquisa científica assumepapel relevante na formação dos alunos e é um dos desafios do sistemaeducacional de nosso país.

O sociólogo Pedro Demo lembra aspectos necessários para o cidadãoe trabalhador moderno: o domínio sobre a capacidade de aprender aaprender e saber pensar funcionam como garantias para uma atuaçãoinovadora e produtiva.

É imprescindível que o aluno tenha sua criatividade estimulada, pro-duza trabalhos científicos inovadores, combinando diversas fontes de

informação, estabelecendo diálogos e conclusões a partir delas, fugindosempre das meras reproduções.

A pesquisa, portanto, exige criatividade e inovação, unindo teoria eprática. Cada vez precisamos mais de educação de qualidade, e um doscaminhos para atingir esse grau de excelência é o desenvolvimento detrabalhos científicos.

Aliás, não podemos esquecer o conteúdo do art. 205 de nossa Consti-tuição Federal, que estabelece a educação como direito de todos e deverdo Estado e da família, a ser promovida e incentivada com a colabora-ção da sociedade. O objetivo é o pleno desenvolvimento da pessoa, suapreparação para o exercício da cidadania, além de sua qualificação paraa atividade produtiva.

O contrário de ciência é o que denominamos senso comum ou opi-nião, caracterizados pela ausência de questionamento sistemático.

O senso comum não é científico, porque é aceito sem crítica, exameou discussão.

Embora não recorra ao questionamento sistemático, o senso comumtambém é útil para o desenvolvimento da ciência, pois nos permite ana-lisar a realidade de forma concreta. Em muitos temas da ciência preci-samos trazer o real, a experiência vivida, para que o trabalho científicotenha utilidade, possa ser aplicado em nossa sociedade. No contexto do

senso comum existe ainda o que chamamos de bom senso, caracteriza-do pela percepção simples – mas adequada – da realidade.A elaboração de um trabalho científico requer bom senso, que se

traduz, entre outros exemplos possíveis, na forma de argumentar comsimplicidade, na adequação do conteúdo ao tema, na quantidade decitações e notas de rodapé apresentadas. Esclarecemos, desde já, que otrabalho científico pode ser uma monografia, uma dissertação ou umatese, modalidades que adiante iremos conceituar.

Os trabalhos científicos ocorrem em torno de uma o u mais hipótesesde trabalho. Mas que é a hipótese de trabalho?

Na prática, levantar uma hipótese é criar questionamentos, inda-gações que nos levem a encontrar respostas satisfatórias ao longo do

trabalho. De acordo com os ensinamentos de Pedro Demo, uma hipóte-se de trabalho é o levantamento, a proposição de um problema que sebuscará esclarecer por meio de uma abordagem científica, isto é, crítica,sistemática e rigorosa. Em princípio trabalhamos com uma hipótese, istoé, com uma afirmação presumida ou possível, já que não sabemos seé verdadeira ou não ou se de fato encontraremos uma solução para oproblema levantado.

Ao nos depararmos com o tema do trabalho científico devemos in-dagar o porquê de o desenvolvermos, determinar os motivos que noslevaram a escolher aquele aspecto ou questão. É importante levantaresses motivos para que, a partir deles, possamos formular a hipótese ouas hipóteses de trabalho.

Em uma abordagem sucinta, podemos dizer que a hipótese de traba-lho é a grande pergunta capaz de nos conduzir através da pesquisa aodesenvolvimento de determinado tema.

O conceito de educação, como a própria Constituição reconhece, deveir além da simples qualificação para o trabalho. A educação deverá pos-sibilitar o desenvolvimento de todas as habilidades humanas, dentre as

quais ressaltamos a importância da preparação do indivíduo para o exer-cício da cidadania.

O empenho na produção de conhecimento por meio da realização detrabalhos científicos constitui instrumento primordial para a prática ple-na da cidadania, e a inovação é fundamental na produção desse conhe-cimento. Cabe ao pesquisador, para alcançar o novo, buscar a necessáriainovação e manter um persistente questionamento sistemático crítico ecriativo, como ensina o já citado Pedro Demo.

Fazer ciência pressupõe suscitar questões sempre rigorosas em bus-ca da sistematização do conhecimento. Para caracterizar determinadaciência, é necessário existir um objeto e um método a ser aplicado na

construção do conhecimento.Tomemos a definição de ciência como o questionamento sistemático

crítico e criativo, aliado à intervenção prática inovadora.Teoria e prática pressupõem um relacionamento lógico-dialético, mú-

tuo apoio e interdependência relativa, isto é, a prática requer a neces-sidade da teoria, assim como a teoria requer algum conhecimento daprática.

O filósofo Nicola Abbagnano define ciência como o conhecimentocapaz de incluir, seja de que modo for, alguma justificação amplamenteaceita. Seu oposto é a opinião, cuja única garantia é fornecida por seupróprio anunciador.

A ciência tem compromisso com a crítica, com o que é passível dediscussão e também com a busca da verdade. Podemos dizer que a ci-ência é uma pretensão de conhecimento, que se empenha em reunir e

D E F I N I Ç Ã O D E C I Ê N C I A

N O Ç Õ E S S O B R E P E S Q U I S A C I E N T Í F I C A

D E F I N I Ç Ã O D E S E N S O C O M U M

H I P Ó T E S E D E T R A B A L H O

examinar argumentos favoráveis e desfavoráveis em relação a deter-

minado assunto.A ciência implica, ainda, qualidade formal. É preciso que o trabalho aser desenvolvido seja formalmente lógico, que apresente uma siste-ma-tização e a ela o bedeça. O texto científico não pode apresentar contradi-ções, pois nesse caso deixaria de ser científico, rigoroso e siste-matizado.

Quem desenvolve uma pesquisa científica, elabora um trabalho cien-tífico precisa trazer qualidade política para esse trabalho, pois a comu-nicação deve ser crítica e realizada de forma aberta e democrática. É pre-ciso participar como sujeito crítico e criativo.

Ressaltamos que a crítica presente na ciência não deve dar-se pelamera vontade de criticar, mas para fundamentar, argumentar, construin-do ou reconstruindo conceitos e práticas que não são úteis em nossasociedade. Precisamos inovar e reconstruir o conhecimento fazendo usoexatamente dessa espécie de capacidade crítica e sistemática.

Quando abordamos o tema ciência, não significa que a pesquisa deva

ser pautada pela objetividade ou pela neutralidade, pois podemos afir-mar que é impossível a existência de neutralidade científica. A ideologiase faz presente e deve estar inserida nos trabalhos científicos.

Page 2: SOS MONOGRAFIA SARAIVA

8/2/2019 SOS MONOGRAFIA SARAIVA

http://slidepdf.com/reader/full/sos-monografia-saraiva 2/2

ESSENCIALÉ claro que muitas vezes, ao escolhermos o tema, játemos em mente a conclusão a que pretendemos che-gar. Na verdade trata-se de uma presunção, pois nãotemos certeza absoluta de que chegaremos, de fato, auma conclusão.

É difícil extrair a hipótese de trabalho sem um estu-do prévio do tema. Normalmente, para adotar uma po-sição, precisamos conhecer os argumentos favoráveis edesfavoráveis em relação ao assunto.

Pedro Demo lembra algumas práticas que podemfacilitar a formulação da hipótese de trabalho. A pri-meira seria a leitura disponível. Uma aproximaçãocom o tema e os assuntos mais próximos por meio daleitura de uma bibliografia, ainda que básica. Será útilconhecer os principais autores que trataram do assun-to, quais linhas analíticas foram desenvolvidas, queprocessos ou métodos foram utilizados.

Depois viria a experiência em pesquisa, capaz deaproximar e familiarizar o pesquisador com o tema,além de lhe proporcionar uma percepção prática eprévia sobre o que deve ser abandonado e a linha de

investigação que poderá ser aplicada.Por fim, temos a habilidade criativa, capaz de fu-

gir ao repetido e rotineiro, de propor e sugerir o sur-preendente, o inesperado, o novo descoberto sob umaspecto.

Pedro Demo, ao tratar da questão teoria e prática, lembra a existência de uma relação do tipo lógico-dialéticaisto é, uma necessita da outra; a aparente independêncide cada uma delas é apenas relativa. Ensina ainda quepara haver inovação, ela tem de acontecer na práticaindo além da especulação e do discurso acadêmico.

Daí a preocupação de definir um tema que sejrelevante e tenha aplicação em nossa sociedade; é nmomento de definir os objetivos do trabalho e sua

 justificativas que se externalizam esses ideais.

Cumpre salientar que todo trabalho científico contém uma ideologia, e esta não deve ser desprezada. o compromisso político assumido pelo aluno no momento da defesa das suas posições, ou seja, a justificativa para a realização do trabalho científico.

Não devemos esquecer que o trabalho científictrata de um objeto construído, isto é, a construçãcientífica necessita da participação do sujeito comverdadeiro construtor. Não há falar em neutralidadcientífica, pois sempre haverá a participação do sujeto, com seus valores, ideais e vivência, na construçãdo trabalho.

O estudo deste tópico será voltado especificament

para a área jurídica.Consideremos a seguinte questão: a ciência juríd

ca tem uma atitude teórica ou prática? Ou ambas amesmo tempo? A resposta é: depende da posição e dobjeto de cada autor ou cientista do direito. A ciênci

 jurídica ora é considerada por seu aspecto teórico, orpelo aspecto prático; podendo, ainda, apresentar umsolução eclética, misturada.

c) Pesquisa empírica: lida diretamente com a ma-nifestação do real, possibilitando uma argumentaçãoalicerçada na vivência concreta.

d) Pesquisa prática: voltada para intervir em um

aspecto determinado da realidade, produzindo alter-nativas, propondo soluções.

• Tipos de monografia

Damásio de Jesus e Takeshy Tachizawa propõem trêstipos de monografia: monografia de análise teórica;monografia de estudo de caso e monografia de análiseteórico-empírica.

Na monografia de análise teórica o pesquisadordiscute, de modo coerente e articulado, as idéias esugestões suscitadas a partir da leitura de autores re-conhecidos. A bibliografia é selecionada com base notema único da pesquisa. Seu foco pode ser a compara-ção de algumas teorias existentes ou a contraposiçãocrítica a uma delas.

A monografia de estudo de caso é mais adequadapara a investigação de processos sociais. Deve ser foca-da na análise de uma instituição; pode escolher comotema acontecimentos contemporâneos, permitindoaprofundar a análise desses acontecimentos.

A monografia de análise teórico-empírica podeapresentar-se sob dois aspectos: análise e interpreta-ção de dados primários a partir de tema previamenteescolhido, com apoio bibliográfico, ou ainda um testede hipóteses ou teorias a partir de dados primários esecundários.

Ainda em relação aos tipos de monografias, pode-mos mencionar os trazidos por Luiz Antonio RizzattoNunes: monografia de compilação; monografia de pes-

quisa de campo e monografia “científica”.

A monografia de compilação trabalha com a pes-quisa bibliográfica e de conteúdo sobre o tema escolhi-do. A tarefa do pesquisador consiste em o rganizar comclareza e didatismo os argumentos, as várias posiçõesdos diferentes autores estudados.

A monografia de pesquisa de campo é um traba-lho de natureza empírica. O pesquisador observa dire-tamente o seu objeto de análise por meio dos fatos edo contato com as pessoas neles envolvidas.

A monografia “científica” (entre aspas, como opróprio autor ressalta, uma vez que todos os tipos demonografias citados são científicos) refere-se aos casos

em que o aluno traz algo novo ao campo do conheci-mento ou questiona, na conclusão, um trabalho já pro-duzido, oferecendo uma conclusão diversa da apresen-tada anteriormente.

Cumpre esclarecer que os tipos de monografias aquiapontados, embora com nomenclaturas distintas, têmmuitas vezes os mesmos objetivos.

É interessante que o aluno, ao iniciar uma pesquisa,faça,a priori, uma reflexão: pretende realizar o trabalhode forma exclusivamente teórica ou tenciona trazer as-pectos práticos e concretos?

Dessa forma, o aluno estará preparado para desen-volver a pesquisa mediante levantamento exclusiva-mente bibliográfico ou, também, por meio da pesqui-sa de campo, com entrevistas, coletas de depoimen-tos, visitas in loco, entre outros instrumentos aptos à

coleta de dados.

Podemos conceituar métodode acordo com Eva Maria

Lakatos e Maria de AndradMarconi, como a reunião de preceitos práticas racionalizados para alcança

conhecimentos verdadeiros e verificáveida forma mais econômica e segura

Tal sistematização permitirá criar umroteiro e desviar-se dos enganos

possibilitando ao pesquisador tomar adecisões mais apropriada

M O N O G R A F I A

M É T O D O S C I E N T Í F I C O

Salientamos, no entanto, que ahipótese de trabalho mais adequadaé a viável, e não necessariamente a maiscriativa e brilhante, que pode ser difícilde concretizar.

Ressaltamos a importâncide tentar conciliar o

conhecimento teórico e a práticaNão se deve perder de vista que os trabalhos científicos têm utilidade não apena

para o universo acadêmico: podem e devemservir a toda a sociedade

NÃO ESQUECERÉ imprescindível que a pesquisa

jurídico-científica adote o métodoapropriado, porque a segurança e

validade do resultado do

pensamento científico dele advêm

A monografia é um trabalho científico que tem porobjetivo o desenvolvimento de um tema único. É mo-dalidade de texto científico muitas vezes requisitadanos trabalhos de conclusão de graduação.

A dissertação, assim como a monografia, trabalhacom o desenvolvimento de um tema único. A diferençaentre as duas consiste no aprofundamento científico.Na dissertação ele é bem maior, pressupondo, por con-seqüência, pesquisa mais extensa e densa.

Já a tese de doutorado pressupõe que se desen-volva um tema novo; é a novidade trazida ao universocientífico. Da mesma forma, é preciso trabalhar comtema único, embora novo e inédito.

• Tipos de pesquisa científica

Pedro Demo define os quatro principais gêneros depesquisa:

a) Pesquisa teórica: envolve a discussão, reformu-lação e elaboração de teorias. Necessita de sólida ba-gagem no assunto escolhido e de grande capacidadeargumentativa, constituindo o centro do pensamentoinvestigativo e científico.

b) Pesquisa metodológica: propõe, constrói e de-

senvolve modelos e instrumentos científicos.

ATENÇÃO

IMPORTANTE